Download - Resenha crítica sobre a antologia O AMOR NO TERCEIRO MILÊNIO - organizada by Wilmar Silva de Andrade
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7/25/2019 Resenha crtica sobre a antologia O AMOR NO TERCEIRO MILNIO - organizada by Wilmar Silva de Andrade
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Sobre O Amor no Terceiro Milnio[BH, Anome, 2015]antologia organizada por Wilmar Silva de Andrade
tt
que possa alar de amorneste mundo triste desen!antoassolado por "dio e desamor#$ uma palavra engasgada na gargantauma palavra in!riadatol#ida!ondenada ao sil%n!io
&'lizabet# (enn", H um poema engasgado na garganta)
A poesia contempornea
*ara alar de poesia pre!isamos antes nos situar+ nde estamos - topologi!a e
temporalmente alando. que podemos !onsiderar poesia. u de po/ti!o. que
dieren!ia um poema de uma m$ima ou de um ann!io publi!it$rio. m teto em prosa
pode ser po/ti!o. ma propaganda de outdoorpode ser po/ti!a. m ensaio liter$rio
pode !onter poesia. m dis!urso pol3ti!o pode nos soar po/ti!o.
*ara responder, pre!isamos relembrar as !ara!ter3sti!as da poesia moderna+ Al/m
de lirismo e ormalismos, os !r3ti!os liter$rios, desde Walter Ben4amin e !tavio *az,
passando por Hugo riedri!#, azem suas listas de mar!as tetuais, de tom dis!ursivo, de
perorman!e enun!iativa que possam !ara!terizar o moderno o4e, a preo!upa67o / o
p"s8moderno+++) desde os poetas8malditos, os ran!eses simbolistas, os essen!iais
Baudelaire, 9allarm/ e (imbaud+ *oetas de nova voz e novo :lego, que souberam
integrar lirismo e !otidiano, vida e es!rita+
;a poesia de ins de s/!ulo 1< at/ #o4e en!ontramos elementos tais !omo a ironia,
a disson=n!ia, a polionia &!om v$rias vozes e antinomias), a proliera67o de metapoemas
&onde a poesia ala de > poesia), as atua6?es i!ono!lastas do[a]s poetas+ @ida e obra
seriam entrela6adas, !om as presen6as etratetuais dos autores, !om suas biograias
e!%ntri!as &assim Sade, Bron, S#elle, *oe, (imbaud, al3, et!), t7o interessantes
quanto seus tetos+ As obras seriam essen!ialmente anti8!an:ni!as, mesmo que depois
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integradas em novos !=nones &at/ os CmalditosC assim Csa!ralizadosC depois, !omo / o
!aso de 9allarm/+++), que as novas gera6?es sempre elegem, nas mar/s das vanguardas+
A ironia, em qualquer que se4a o tema, amor ou morte, sempre ironiza as
ideologias, pois as ideias da gera67o passada sedimentam8se na tradio, que / o alvopredileto das vanguardas, isto /, os novos autores que pre!isam se irmar, assim a
negarem o vel#o e produzirem o novo+ 9esmo que as vanguardas, sabemos bem, saibam
se nutrir das tradi6?es+ (esgate de rom=nti!os e simbolistas mostra o quanto o "dio ao
passado / relativo+ D ir:ni!o ver modernistas se voltarem para barro!os e m3sti!os pr/8
rom=nti!os, quando n7o a bus!arem ra3zes na l3ri!a proven6al+
A metalinguagem, !laro, a lembrar sempre que se trata de literatura, um esor6o da!ondi67o autoral, a voltar8se para o leitor+ Se a quest7o / entregue ao leitor, se o teto /
C!ompletadoC pelo[a] leitor[a], ent7o se !onstata a Cmorte do autorC. Eer3amos apenas um
4ulgamento !r3ti!o8aetivo. D bom o que o leitor de!ide ser bom+ ;em esteti!ismo, nem
#istori!ismo nem moralismo, nem !eti!ismo, mas apenas o leitor !o8autor+ D a apoteose
da Cest/ti!a da re!ep67oC.
9as que leitor / este. Fual Cleitor idealC, ali$s+ D o leitor atento, imaginativo, !r3ti!o.
u aquele que quer antasiar livremente, ugir do drama &ou t/dio) !otidiano. Fuem / o
leitor que nos interessa. Aquele que l% as obras de ostoi/vsGi ou aquele que l% a s/rie
do Harr *otter. Fual deinir$ a obra !an:ni!a. &o leitor / !apaz de C!anonizarC uma obra.
Assim, a s/rie da + I+ (oJling est$ no !=none p"s8moderno+++)
O que antologia?
*or que azer antologias. Kom quais !rit/rios. m re!orte de /po!a, de gera67o.
Amostra de estilos. u eios tem$ti!os. u de g%nero. u de espe!tro pol3ti!o. D v$lida
uma antologia da mul#er negra so!ialista. u dos #omosseuais bran!os da d/!ada de
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duas d/!adas+ Assim, o ant"logo delimitou seu !ampo de leitura e a67o, em seguida se
disponibiliza para a !ol#eita de poemas e quase8poemas, prosas e dis!ursos+ 'le
pretende um re!orte, uma amostragem, em suma, umpanorama+ 9as #$ equ3vo!os aqui+
Autores que n7o est7o bem representados+ Eemos apenas um poema de 9$r!ioAlmeida, de Wilmar Silva, de Nuiz 'dmundo Alves, de (odrigo Starling, de lga @alesGa,
de E=nia iniz, de o7o iniz, de 9ar!os abr3!io, et!, poemas que n7o s7o amostras do
estilo ou da est/ti!a do[a]s poetas, que est7o &qualitativamenteO) a!ima de muitos aqui
eibidos em P, 5, at/ 10 poemasO Ali$s, por que alguns [algumas] poetas t%m direito a
uma p$gina e outros, 10. ;7o pare!e demo!r$ti!o+ ' n7o / por qualidade &quando nos
importa a aristo!ra!ia+++), pois muitos poemas s7o esteti!amente r$geis, mesmo que
dentro da tem$ti!a+
Fuando o ant"logo Wilmar Silva editou, em 200
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Nogo / pre!iso que o !r3ti!o, o leitor atento, ten#a um !rit/rio, visto a multipli!idade
de vozes aqui+ D uma selva de variedade de estilos e est/ti!as que / de assombrar+
Alguns !om epl3!ita qualidade, outros que apenas reptem "rmulas tetuais, !omo
manda o bom !=none+ utros, i!ono!lastas, querem destro6ar o !=none+
&ariedade de estilos
Eemos poetas de estilo !lassi!ista, ou neobarro!os, os !ultivadores de sonetos, os
modernistas, os !on!retistas, os p"s8!on!retistas, os da poesia8pro!esso, aqueles dados
s par"dias, pasti!#es, !olagens &cut'ups), os poetas da 's!rita, de =mbito psi!analista,osMas autore[a]s de poemas em prosa &n7o !onundamos !om prosa po/ti!a+++), poetas
que militam pela presen6a eminina, pela parti!ipa67o das ditas minorias, que !lama
!ontra os !=nones+ D uma polionia de vozes autorais, al/m das polionias internas de
!ada poema M teto+ 9ultipli!idade de leituras tamb/m poss3veis - n7o #$ dogmatismos
aqui+
Ao lado de poetas que !ultivam poemas ormalistas, !uidadosos sonetos,
!omportadas met$oras, previs3veis imagens l3ri!as ou on3ri!as, temos poetas que
desaiam at/ o bom senso, que n7o se prendem a nada, muito menos m/tri!a e rima+ H$
os modernistas da gera67o de T5, ou aqueles que leem Uuimar7es (osa e o7o Kabral
de 9elo ;eto, assim !omo os modernistas M p"s8modernistas &os limites n7o s7o !laros+++)
que mes!lam tradi67o e vanguarda, um !ontedo l3ri!o numa estrutura p"s8!on!retista+ Ao
lado de poetas que nutrem uma erudi67o !lassi!ista a laAleei Bueno ou 9ar!o Nu!!#esi,
tais !omo Antonio 9iranda, 9$r!io Almeida e Salom7o Sousa, temos poetas que preerem
o antia!ademi!ismo, o ludismo e antilirismo da gera67o mime"grao ou marginal, mar!ada
pelos i!ono!lastas Ka!aso, K#a!al e Wal Salom7o, assim Al/!io Kun#a, o7o iniz,
9ar!os abr3!io, Beatriz 9rr#a, Was#ington Assis+
@$rias !olagens &cut'ups) ao estilo dada3stas, surrealistas, renovado pelos (eats, e
pelos publi!it$rios dos anos V0+++ Assim o destaque da obra de (onaldo Werne!G, poeta,
tradutor, agitador !ultural, de Kataguases M 9U, terra dos modernistas As!=nio Nopes e
Humberto 9auro e do surrealista (os$rio us!o, al/m do neo8realista Nuiz (uato+ e
ato, Werne!G, desde seu !l$ssi!o #el)a #el)aggia, de 1
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dispersos pela p$gina, a lalan!e de dados de 9allarm/, !om uma disposi67o gr$i!a de
!olagens, reer%n!ias e imagens, sempre a 4ogar !om o leitor, que deve re!onstruir, no ato
de leitura, a rede de signii!a6?es+
9ais al/m do poema8pro!esso, Werne!G atualiza8se, tal qual um Aonso Xvila,modernista al/m dos modernistas, !onstruindo uma po/ti!a enquanto des!onstr"i um
!=none+ @e4amosAo e "stil%ao, na p+ 221, entre o l3ri!o e o $spero,
s7o $speras as veredas
do amor pou!o a pou!o
despeda6ado
[>]
s7o $speras
as veredas de a6o
motor em pane
tumor to!ando
o !orpo M estil#a6o
s7o $speras
e o amor
pou!o a pou!o
despeda6ado
s7o $speras
e o amor
essa lor esquerda subitamente despetalada
Eemos a quest7o da 's!rita, t"pi!o doMas poetas8psi!analistas a se apoiarem
teori!amente em reud, Na!an, Bart#es, Blan!#ot, para se entregarem s leituras de
Klari!e Nispe!tor, 9arguerite uras, ;elida *iYon, 9aria Uabriela Nlansol+++ Assim o teto
da poeta e psi!analista (enata Arau4o onato, que desta!a a !ondi67o do autor enquanto
leitor de si mesmo,
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A es!rita me !#ama+ Kabe a ela dizer o que es!revo+ Suas palavras !#egam apedir que min#as m7os alem+ Sou apenas passagem+ m !orpo de passagemnuma tentativa de representar+ Sou apenas aquela que to!a o papel !om apena e a tinta+ ;7o sou eu, a3 nem eisto+ H$ uma solid7o, um abandono+ 'mmim somente uma barra, uma barra que me divide e possibilita a es!rita+Kabe a mim depois de um tempo, poder ler o legado, pois n7o sou maisautor e sim leitor das letras deiadas+ &*orpo de Passagem, p+ 20T)
'emplo de poema em prosa+ s Cpoemas em prosaC n7o s7o !onundidos !om a
Cprosa po/ti!aC, pois nesta temos uma prosa, um tom narrativo, mas densa !om elementos
po/ti!os, enquanto naquela #$ um poema, de tom l3ri!o, apenas n7o disposto em versos+
poema em prosa estruturou8se e i!ou !/lebre entre os simbolistas, !om Baudelaire,
(imbaud, 9allarm/, Nautr/amont, sendo, entre n"s, !ultivado por Ana Kristina K/sar,
Hilda Hilst, Aonso Henriques ;eto, 9ar!o Nu!!#esi, loriano 9artins, al/m de ;o/ Zaas
[(epbli!a omini!ana], aqui em BH temos a Adriana @ersiani, autora de +i)ro de Papel
[200
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@irginia Wool, Uabriela 9istral, Klari!e Nispe!tor, 9arguerite uras, Ana Kristina K/sar,
9aria Uabriela Nlansol seriam emininas+
As mul#eres teriam mais voz eminina e os #omens, mais mas!ulina. 9uito "bvio,
n7o. 9as o que dizer de autores de Cvoz emininaC, tais !omo Henr ames, ames o!e,ernando *essoa, 9ar!el *roust, + U+ ;oll, Herberto Helder, Nu3s 9iguel ;ava, et! ou de
autoras de Cvoz mas!ulinaC, tais !omo Simone de Beauvoir, Uertrude Stein, Hilda Hilst,
Ana 9iranda, dentre outras. A quest7o da voz est$ al/m do g%nero, que seria limitador+
Bons autores sabem alar tanto Cmas!ulinosC !omo CemininosC, assim *roust, o!e,
E#omas 9ann, Uuimar7es (osa, Uinsberg, Hilst, para !itar algunsM algumas+
Algumas poetas militam pela voz eminina, que dizem abaada no mundomas!ulino, at/ ma!#ista+ Kombatem a misoginia nas artes, ealtam !ertos s3mbolos do
eminino, !ertas mar!as do ser mul#er+ Assim, inelizmente, a!abam limitadas+ g%nero
n7o pode limitar oMa poeta, uma vez que a poesia n7o tem seo+ A poesia tem sin!eridade
ou ingimento, !oniss7o ou elabora67o, mas seualidade n7o+ A seualidade est$ noMa
autorMa e noMa leitorMa, n7o no teto+ Asseuado, este / uma voz que ter$ re!eptores
distintos, que v7o ler a partir de seus #orizontes de epe!tativas+
Assim, / !laro, que as po/ti!as de W#itman, Nor!a, *asolini, *iva n7o s7o
re!omendadas apenas para #omosseuais, assim !omo Slvia *lat# e Ana Kristina K/sar
n7o es!reveram apenas para mul#eres+ Al/m de seualidade, a poesia tem todos os
seos, onde tudo / seo, num reinado do panseualismo, quando a poesia en!osta seu
!orpo tetual a todas as !oisas+ Fuando lemos um poema n7o nos interessa se oi
#omem ou mul#er, #etero ou #omosseual, liberal ou marista, estas !ondi6?es
etratetuais &geram o teto, mas n7o o epli!am nem o esgotam+++) que n7o deinem o
C!omo lerC a es!rita+ ;o m$imo n7o d7o um !onteto &onde. quando. quem.) que
apenas emolduram o teto+
Assim s7o verdadeiras gratii!a6?es quando en!ontramos poetas que alam al/m
da seualidade, que alam para todos os seos, que na sua ala n7o az !lassii!a6?es ou
dis!rimina6?es+ Ner um poema de W#itman / a!essar uma voz atemporal, aetivamente
pr"ima, toda seual &sem distinguir seo ou seo \)+ / um eemplo, #$ outros+ Aqui, na
antologia, temos "timos autores, da !oniss7o e da elabora67o, que nos deiam belos
poemas, !omo se es!ritos para nossa re!ep67o+
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Neida (eis, !om (ei,o o Prisioneiro[p+ 1P0], ou Augusto Uuimaraens Kaval!anti,
!om Remdio &eneno[p+ T], ou Kaio unqueira 9a!iel, !om Poema de #antiago[p+ 5V],
ou Kel @il#ena, !omA "s-inge[p+ P], ou (egine Nimaverde, !om Minas [p+ 200], ou
'lizabet# (enn", !om Parado.o[p+ 11P], ou 9aria N!ia Sim?es, !om O $n/cio[p+ 1T],todos autores de belos poemas que azem valer a publi!a67o desta antologia, que tanto
nos deia insatiseitos !om a aus%n!ia de poemas de poetas signii!ativos &que eistem
simO A poesia est$ mais viva do que nun!aO Basta uma ol#ada em redes so!iais, revistas
liter$rias, eventos !ulturaisO), tais !omo Adilson Al!#ui, Ne! Sousa, Neonardo 9orais,
Adriana @ersiani, (odrigo Neste, loriano 9artins, @ini!ius 9agal#7es, RGaro 9a, ;euza
Nadeira, iovani 9endon6a, ;elson Aleandre, l$vio Kastro, dentre tantos+
Remdio &eneno 0a melancolia do a1ul2
Eodo amor / b/li!o, requernaval#as e pequenos bar!os selvagensde papel, requer que se improvisees!ultura de sua poeria, que se a6a diamantede sua ru3naEodo amor / b/li!o, manan!ial do *resente,semente de uma tatuagem mental, o amor azsangrar os p$ssaros+Eodo amor !ole!iona abismos!omo quem re!ol#e pre!ip3!ios, !omo quema!ol#e a aridez de sua !#uva^sem os dentes n7o #$ amor poss3vel^suas estruturas des!em para a vidaEodo amor / b/li!o, asa que paira no azar,seu !or!el / alito, 3ild %orses,de sua !loa!a #umana 4orra ouro, de seusob4etos nas!em pequenos deuses e%meros+ amor n7o deia sobreviventes+
A "s-inge
;o mapa do meu !orpo
um ol#o
imerso em !3r!ulos e p$lpebras+
9eio a se!antes, tangentes
meridianos e paralelos
rutila 4usto, pereito, sereno+
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no, !ompleto, reluzente+
Atento a limites
dis!orre livre
no seu distan!iamento e orma+
Atento a obst$!ulos
desliza rotas planas e abertas
pro4eta8se no ininito+
Atrai8me+ ustiga8me+
8 que sou
a que vim.
8 *or que me ol#as io
num mapa semovente
represo o !orpo liberta a alma.
no, integrado, presente
sem arestas e sem =ngulos
instiga8me+
8 e!ira8me ou devoro8te+
8 evora8me O
Parado.o
Komo a dos lagos/ !urta a eist%n!iae !om elesterminasuo!ada pelos sedimentos da vidaque a torturamproundos por verti!ais movimentos'i8la do!e !omo um BaiGalou salgada !omo o 9ar 9orto oriental
Se dores se es!oame preen!#em aqu3eros de ombro amigoemerge em nas!entes
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alora ao ar livreA super3!ie tranquilaem !alma viv%n!iapossui or6as es!ondidass3miles de um rio modeladorque es!ava seu !analormando vales e proundezas
's!oa sobre ro!#as!orta !olos de meandrosgera lagos solit$rios*or moderador se!ulardas mar/s surgeo agrido!e de um mar dantes!o+
poema de 9aria N!ia Sim?es, que des!obrimos ter orma67o em psi!an$lise,
al/m de promotora de eventos !ulturais, / belo e !on!iso em sua orma po/ti!a8narrativa
!omo uma $bula, ou lenda, uma par$bola, uma p$gina de realismo8m$gi!o, !omo uma
!r:ni!a de 9a!ondo, o universo das obras de Uabriel Uar!3a 9$rquez, !omo um poema
do mundo8primevo de 9anoel de Barros, onde as vidas se entrela6am !om a paisagem, o
reeren!ial e o surreal, o prosai!o e o l3ri!o, quando o liter$rio re8!ria o #ist"ri!o,
;o prin!3pio, as !arro6as vin#am desgarradas, pou!os !avaleiros,
!om seus !abelos vermel#os de terra+
'm volta da grande $rvore se aque!iam em ogo brando+;o !repitar da gal#aria, os #omens a!endiam os pitos de pal#a,
tos!os !igarros eitos a !anivete+
' o nome oi8se enraizandoL pau8de8binga+
;as noites es!uras, as mul#eres, !om rio e medo,
se en!ostavam em seus #omens, e o povoado oi nas!endo+
s negros !#egavam trazidos pelos donos e 4uravam que,
durante a !#uva e a trovoada, o sa!i a!endia no lume o seu !a!#imbo+
Assim !ontavam os antigos+
Komo o nosso ob4etivo aqui / alar dos bons poemas da antologia O Amor no
Terceiro Milnio, nosso artigo / deveras breve, trata8se mais um apan#ado de nossas
rele?es sobre o que / es!rever poesia #o4e em dia+ *ena que a antologia desperdi!e
valiosas p$ginas !om dis!ursos, tetos sem eira nem beira, vazios &sim, p$ginas embran!oO), ann!ios de !onsultoria ou !l3ni!a, elogios !onrades, pseudo8artigos, pseudo8
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resen#as+ &_s vezes, o ant"logo pare!e testar nossa pa!i%n!ia+++) ' tanta boa poesia
deiada de ladoO D de dar ins:niaO 9as o que nos salva / que temos sempre gente da
nossa turma &!omo bem sabe o poeta8arquiteto o7o iniz, em Turma, na p+ 12V)+
soldados da #umanidade, aposentados !riativos,empolgados idosos e!onomistas da distribui67o,urbanistas da natureza, maduros adoles!enteseiti!eiros de /rias e sa!erdotes do !onv3vio >
provis"rios melan!"li!os, an4os na multid7o, adas !om !aridademusas de analabetos, ri!os em amizades, !arentes esperan6osos!:n4uges em liberdade e pa!ientes !onquistadores >
inspirados o!iosos, /brios de !ons!i%n!ia, galantes n7o ansiososabastados desprendidos, modistas sem esta67o, l3deres generososatigados !om disposi67o e s$bios aprendizes+++
> tem de tudo na min#a turma+
+eonardo de Magal%aens
[Neonardo 9agal#7es Silva M ale 89U]
linGs para sites de divulga67o de poesia L
Uermina Niteratura
#ttpLMMJJJ+germinaliteratura+!om+brM
Eanto Niteratura
#ttpLMMJJJ+tanto+!om+brM
Kron"pios
#ttpLMMJJJ+!ronopios+!om+brMsiteMdeault+asp
(eleituras
#ttpLMMJJJ+releituras+!omMinde+asp
http://www.germinaliteratura.com.br/http://www.tanto.com.br/http://www.cronopios.com.br/site/default.asphttp://www.releituras.com/index.asphttp://www.tanto.com.br/http://www.cronopios.com.br/site/default.asphttp://www.releituras.com/index.asphttp://www.germinaliteratura.com.br/ -
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ornal de *oesia
#ttpLMMJJJ+4ornaldepoesia+4or+brM
9em"ria @iva
#ttpLMMJJJ+memoriaviva+!om+brM
Antonio 9iranda [!om v$rios poetas]
#ttpLMMJJJ+antoniomiranda+!om+brM*oetas`de`a`zMpoetas`a`z+#tml
Antonio Ki!ero - A!onte!imentos
#ttpLMMantonio!i!ero+blogspot+!om+brM
9allarmargens
#ttpLMMJJJ+mallarmargens+!omM
As Eormentas
#ttpLMMJJJ+astormentas+!omM
A 9agia da *oesia
#ttpLMMJJJ+poesiaspoemaseversos+!om+brM
*oesia Rlimitada
#ttpLMMpoesiailimitada+blogspot+!om+brM
+++
http://www.jornaldepoesia.jor.br/http://www.memoriaviva.com.br/http://www.antoniomiranda.com.br/Poetas_de_a_z/poetas_a_z.htmlhttp://antoniocicero.blogspot.com.br/http://www.mallarmargens.com/http://www.astormentas.com/http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/http://poesiailimitada.blogspot.com.br/http://www.jornaldepoesia.jor.br/http://www.memoriaviva.com.br/http://www.antoniomiranda.com.br/Poetas_de_a_z/poetas_a_z.htmlhttp://antoniocicero.blogspot.com.br/http://www.mallarmargens.com/http://www.astormentas.com/http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/http://poesiailimitada.blogspot.com.br/