Carlos Pinheiro, 2012
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Movimento cultural e artístico que se baseou na recuperação da cultura da Grécia e da Roma antigas (arte, literatura e línguas).
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• Itália.
• Séculos XV e XVI.
• A partir da Itália expandiu-se pelo resto da Europa.
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Condições favoráveis:
• A Itália estava dividida em vários estados e alguns deles eram muito ricos ;
• Alguns desses estados rivalizavam entre si;
• Havia muitos mecenas (homens ricos que ajudavam os artistas);
• Abundância de vestígios romanos e gregos, que serviam de modelo aos artistas.
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«Deus escolheu o Homem *…+ e, colocando-o no centro do Mundo disse-lhe: *…+. És tu que segundo os teus desejos e o teu discernimento, podes escolher *…+.»
Pico della Mirandola, Sobre a dignidade do Homem , 1486
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«Deus escolheu o Homem *…+ e, colocando-o no centro do Mundo disse-lhe: *…+. És tu que segundo os teus desejos e o teu discernimento, podes escolher *…+.»
Pico della Mirandola, Sobre a dignidade do Homem , 1486
Antropocentrismo O Homem passou a estar no centro do Universo e das preocupações humanas. Tudo é feito à medida do Homem, para o bem-estar do Homem e para a sua valorização.
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«Coloquei-te no centro do Mundo para que, daí, pudesses facilmente observar as coisas. *…+ És tu que, pela tua livre vontade, podes escolher o teu próprio modelo e a forma de te realizares. Pela tua vontade, poderás descer às formas degradadas da vida, que são animais. Pela tua vontade, conseguirás alcançar as formas mais elevadas que são divinas.»
Pico della Mirandola, Sobre a dignidade do Homem , 1486
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«Coloquei-te no centro do Mundo para que, daí, pudesses facilmente observar as coisas. *…+ És tu que, pela tua livre vontade, podes escolher o teu próprio modelo e a forma de te realizares. Pela tua vontade, poderás descer às formas degradadas da vida, que são animais. Pela tua vontade, conseguirás alcançar as formas mais elevadas que são divinas.»
Pico della Mirandola, Sobre a dignidade do Homem , 1486
Individualismo O Homem tem capacidade para escolher e decidir por si próprio, para pensar por si próprio e passa a valorizar-se e a acreditar nas suas capacidades.
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«No nosso tempo, todas as matérias nos interessam. Aprendemos grego (sem o qual ninguém se pode considerar sábio), hebraico e latim. Considero indispensável que aprendas estas línguas.»
Rabelais, Cartas de Gargântua a Pantagruel, 1534
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«No nosso tempo, todas as matérias nos interessam. Aprendemos grego (sem o qual ninguém se pode considerar sábio), hebraico e latim. Considero indispensável que aprendas estas línguas.»
Rabelais, Cartas de Gargântua a Pantagruel, 1534
Classicismo e humanismo Gosto pela cultura clássica: pelas línguas grega e latina, pelos pensadores clássicos, pela arte e literatura clássica, pelos valores clássicos que valorizam o Homem.
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«*…+. Quanto à Natureza, quero que a estudes cuidadosamente: deves conhecer os peixes que enchem os mares e as aves que voam nos céus; as árvores de todas as florestas e as ervas de todos os campos; os metais ocultos no ventre da Terra e as pedras preciosas de todos os continentes. *…+ Depois, mais cuidadosamente ainda, estuda os livros dos médicos gregos, árabes e latinos *…+ e através da prática da anatomia, procura conhecer esse outro mundo que é o homem.»
Rabelais, Cartas de Gargântua a Pantagruel, 1534
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«*…+. Quanto à Natureza, quero que a estudes cuidadosamente: deves conhecer os peixes que enchem os mares e as aves que voam nos céus; as árvores de todas as florestas e as ervas de todos os campos; os metais ocultos no ventre da Terra e as pedras preciosas de todos os continentes. *…+ Depois, mais cuidadosamente ainda, estuda os livros dos médicos gregos, árabes e latinos *…+ e através da prática da anatomia, procura conhecer esse outro mundo que é o homem.»
Rabelais, Cartas de Gargântua a Pantagruel, 1534
Naturalismo Interesse pelo estudo da Natureza física e humana em todos os seus aspetos.
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«Se alguém julgar que falo com mais atrevimento do que verdade, venha inspecionar comigo as vidas humanas *…+. Este mete no ventre tudo quanto ganha, poucos dias depois, passa fome. Aquele não vê a felicidade senão no sono e no ócio. *…+ Os negociantes mentem, roubam, defraudam, enganam e consideram-se pessoas muito importantes, porque andam com os dedos cheios de anéis de ouro. *…+»
Erasmo de Roterdão, Elogio da Loucura, 1511
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«Se alguém julgar que falo com mais atrevimento do que verdade, venha inspecionar comigo as vidas humanas *…+. Este mete no ventre tudo quanto ganha, poucos dias depois, passa fome. Aquele não vê a felicidade senão no sono e no ócio. *…+ Os negociantes mentem, roubam, defraudam, enganam e consideram-se pessoas muito importantes, porque andam com os dedos cheios de anéis de ouro. *…+»
Erasmo de Roterdão, Elogio da Loucura, 1511
Espírito crítico O Homem passa a pensar por si próprio, a questionar a sociedade e o mundo que o rodeia, em vez de o aceitar como um dado adquirido. Até o
saber tradicional passa a ser questionado.
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«Nunca os nossos antepassados *…+ imaginaram que viria o tempo em que o Ocidente conheceria o Oriente como agora conhece. Os escritores antigos escreveram sobre isso tantas fábulas que se pensava ser impossível navegar até ao Oriente. *…+ Como a experiência é a mãe de todas as coisas, por ela soubemos radicalmente a verdade.»
Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo de Situ Orbis, 1505
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«Nunca os nossos antepassados *…+ imaginaram que viria o tempo em que o Ocidente conheceria o Oriente como agora conhece. Os escritores antigos escreveram sobre isso tantas fábulas que se pensava ser impossível navegar até ao Oriente. *…+ Como a experiência é a mãe de todas as coisas, por ela soubemos radicalmente a verdade.»
Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo de Situ Orbis, 1505
Experiencialismo e curiosidade científica Necessidade de comprovar pela observação e pela experiência qualquer facto antes de o aceitar como válido; valorização do conhecimento.
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Antropocentrismo
Individualismo
Classicismo
Naturalismo
Curiosidade científica
Espírito crítico
Nova mentalidade.
Nova forma de ver
o mundo.
Desenvolvimento cultural, científico
e artístico.
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• A imprensa tornou-se um importantíssimo meio de difusão de novas ideias, progressos e formas de pensamento, permitindo a publicação de centenas ou milhares de cópias de diversas obras.
• Inventada por Gutemberg no século XV.
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• Anatomia
• Astronomia
• Cartografia
• Botânica
• Zoologia
• Geografia
• Farmacopeia
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Nome Obra Área
Nicolau Copérnico Defendeu o heliocentrismo, segundo o qual no centro estaria o Sol, em torno do qual girariam a Terra e os outros astros
Astronomia
Picco de la Mirandola Sobre a Dignidade do Homem Literatura
André Vesálio Praticou a dissecção de cadáveres, permitindo aprofundar o conhecimento do corpo humano
Anatomia
Nicolau Maquiavel O Príncipe Tratado de Política
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País/nome Obra Área
França: Rabelais
Gargântua e Pantagruel
Literatura
Países Baixos Erasmo de Roterdão
Elogio da Loucura
Literatura, Crítica social
Inglaterra Thomas More Shakespeare
Utopia Romeu e Julieta; Hamlet…
Literatura, Crítica social Teatro, poesia
Espanha Miguel de Cervantes
D. Quixote de la Mancha
Romance de cavalaria
Portugal Luís de Camões Fernão Mendes Pinto Pedro Nunes Duarte Pacheco Pereira
Os Lusíadas Peregrinação Inventou o Nónio Esmeraldo de Situ Orbis
Poesia Literatura Matemática Geografia e Cartografia
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Dois grandes centros da arte renascentista em Itália
Florença
(século XV)
• Sob o mecenato dos Médicis
Roma
(século XVI)
• Sob o mecenato dos Papas
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• Principal arquiteto: Brunelleschi;
• Inspiração: arquitetura clássica – Classicismo
• Tipo de edifícios: – Igrejas
– Palácios
– Bibliotecas
– Hospitais
– Arcadas
– Fontes
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• Horizontalidade (definida pelos frisos, pelas cornijas e balaustradas); • Simetria (equilíbrio, proporção, harmonia) Basílica de S. Pedro,
Vaticano, Roma
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• Colunas e pilastras de ordens clássicas (jónica, dórica, coríntia, toscana e compósita);
• Arco de volta perfeita, substituindo o arco quebrado gótico;
• Abóbada de berço, em vez da de ogiva;
• Cúpula hemisférica, normalmente com lanternim;
• Frontões triangulares;
• Entablamento com frisos e cornijas;
• Planta basilical, nas igrejas
Palácio Rucellai, Florença
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Palácio Farnese, Roma
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• Pintura a óleo • Temas não religiosos • Perspetiva • Sfumato
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Atribuída a Van Eyck (Flandres). (pigmento em pó + óleo de linhaça) Contribui para dar à composição mais vivacidade, mais brilho, maior durabilidade.
Jan van Eyck, O Casal Arnolfini, 1484
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Pietro Perugino, A Entrega das Chaves a São Pedro, 1481-82
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Permite criar a ilusão de profundidade/ tridimensionalidade;
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• Utilizada por Leonardo da Vinci.
• Suaviza os contornos na transição da cor escura para a cor clara.
Leonardo da Vinci, Mona Lisa, 1503
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• Naturalismo (presença de elementos naturais: paisagem, árvores, rios, rochedos…);
• Racionalismo (a composição parece enquadrar-se num esquema geométrico, geralmente uma pirâmide ou triângulo);
• Equilíbrio (distribuição equilibrada das formas, dos volumes);
• Aplicação da lei da perspetiva (profundidade );
• Presença de elementos arquitetónicos (pontes, arcos, edifícios…).
Rafael, Madona no prado, 1505
Van Eyck
• A Última Ceia
• A Virgem com o Menino e Santa Ana
• A Virgem dos Rochedos
• Mona Lisa
Leonardo Da Vinci
• Nascimento de Vénus
• Primavera Sandro Boticelli
• Teto da Capela Sistina
• Moisés (escultura)
• David (escultura)
• Pietá (escultura)
Rafael
Miguel Angelo Buonarroti
• O casamento da Virgem
• A Escola de Atenas
• O Casal Arnolfini
• A Virgem e o Chanceler Rolin
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Jan van Eyck, O Casal Arnolfini, 1484
Van Eyck, A Virgem e o Chanceler Rolin, 1485
Van Eyck, A Virgem e o Chanceler Rolin, 1485 (pormenor)
Leonardo da Vinci, A Última Ceia (1495-1498)
Leonardo da Vinci, A Virgem com o Menino e Santa Ana 1508-1513
Leonardo Da Vinci, A Virgem dos Rochedos , 1506
Rafael, O casamento da Virgem,1504
Rafael, O casamento da Virgem,1504
Rafael, A Escola de Atenas, 1509
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Sandro Botticeli – Primavera, 1482
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Sandro Botticeli – Nascimento de Vénus, 1482
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Sandro Botticeli Nascimento de Vénus (Pormenor)
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Características • Realismo/naturalismo: grande
semelhança com o real, perfeito conhecimento do corpo humano (revela conhecimentos de anatomia);
• Dinamismo: sensação de movimento (nas pregas da roupa, na contração dos músculos, na posição do corpo…);
• Expressividade: captação de sentimentos/ emoções (angústia, tristeza, êxtase, tranquilidade, …)
Miguel Ângelo, Moisés (c. 1513-15)
Miguel Ângelo, Moisés (+ pormenor)
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Miguel Ângelo, David, 1501-04
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Miguel Ângelo, David (pormenor)
Miguel Ângelo, David (pormenor)
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Miguel Ângelo, Pietá, 1499
Miguel Ângelo, Pietá ( pormenor)
Miguel Ângelo, Pietá ( pormenor)
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Miguel Ângelo, Pietá ( pormenores)
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Miguel Ângelo, Pietá ( pormenor)
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• O Homem (enquanto ser humano e indivíduo);
• Figuras mitológicas ( O nascimento de Vénus, Primavera, Júpiter …);
• Temas religiosos (Nossa Senhora, Menino Jesus, santos, a Criação…).
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Claustro do Convento de Cristo, Tomar
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Claustro da Sé de Viseu
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Igreja da Misericórdia, Guimarães Igreja dos Grilos, Porto
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• O Manuelino, embora seja visto arquitetonicamente como uma variante do Gótico, apresenta originalidades, em particular nos motivos decorativos:
• Elementos relacionados com as atividades marítimas, como, amarras, boias de rede, conchas e corais;
• Elementos de carácter vegetalista e naturalista, por exemplo troncos podados e alcachofras;
• Símbolos reais e nacionais como a esfera armilar, a cruz da Ordem de Cristo e o escudo das quinas.
Janela do Convento de Cristo em Tomar
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