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Universidade Federal de Pelotas
Faculdade de Educação
Curso de Pedagogia
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
Relatório Pessoal e da Escola
Bolsista: Samanta Almeida
Coordenadoras: Lourdes FrisonGilceane Porto
Pelotas, janeiro de 2012
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Relatório Pessoal e da Escola
Atuo na escola Núcleo Habitacional Getúlio Vargas, em uma turma de 2°
ano, turma da professora Silvana, onde o contexto da turma é de crianças comidade entre oito e treze anos, sendo multirrepetentes, crianças com problemas
neurológicos, psicológicos, dificuldade de aprendizagem, entre outros. Eu não
tinha noção de que isso era possível, pois não conhecia essa realidade.
Ingressei no PIBID como monitora do projeto o qual fiquei no período de
abril/2011 á agosto/2011, foi uma experiência muito surpreendente e
gratificante, pois criei um vínculo com as crianças, acredito que pelo afeto,
carinho que oferecia as crianças, quando não tinha a reunião até sentia falta.Para mim foi fundamental essa experiência de ser monitora, pois pude ver de
perto as dificuldades de uma escola pública, dificuldades das crianças na
questão da leitura e escrita, pois eu tinha uma ideia muito distorcida sobre da
escola, sobre o fato de ser professora, uma visão romântica sobre a educação.
Pois antes tinha ideia de que ao entrar na sala de aula, devem-se deixar os
problemas de lado, muitas vezes isso não é possível, achava que a família
tinha a preocupação com os estudos de seu filho, e na escola que eu atuo isso
não acontece pelo menos na sua maioria, achava que não era recorrente a
reprovação em classes de alfabetização em massa. Com certeza para mim só
resultou aprendizagem ser monitora do projeto. Pois agora sendo pibidiana
sempre que possível informo minhas colegas de aula para se inscreverem para
serem monitoras do projeto, pois muitas reclamam da falta de prática no curso.
Ao ser selecionada para o PIBID, fiquei muito feliz em virtude de gostar
bastante da área de alfabetização e de trabalhar com crianças em séries
iniciais, diretamente em sala de aula, pode estar dentro de uma escola. E no
sentido de aprender cada vez mais sobre essa área sobre a orientação de
pessoas que estudam há muito tempo.
O projeto PIBID só veio a auxiliar os graduandos no sentido de formação
e qualificação. Devido o curso oferecer poucas práticas em sala de aula,
também a temática sobre a alfabetização o qual é visto somente dois
semestres no curso, ou seja, o currículo de curso de Pedagogia a meu ver
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deve ser reformulado, deve-se dar mais importância a essa área se tratando
sobre leitura e escrita com crianças.
Na sala de aula em que atuo pude perceber pouco interesse e
preocupação da professora titular com sua turma, pois a mesma não trabalha
com a perspectiva de alfabetizar e letrar as crianças, não conta nenhuma
história para as crianças. Várias atividades as quais foram planejadas na
reunião de planejamento em que imprimimos em nossa casa, para levar para a
escola não foram feitas com as crianças, pois as mesmas estavam no seu
armário. Entendemos o PIBID em que se trabalha com a docência
compartilhada, ou seja, a professora e pibidiana em sala de aula, mas a
professora poucas vezes estava presente na sala de aula e sentimos a falta
dela, pois as crianças obedecem à professora e quase não nos escutam.
Percebi o descrédito que a professora titular tem com a educação, pois em
uma conversa informal ela me disse „‟Meninas por que escolheram
Pedagogia‟‟? Além de ganhar pouco, a gente só se incomoda com essas
crianças.
A mesma atribuiu apelidos ofensivos às crianças. Todos os dias, ela
manda embora da sala de aula um aluno as dez horas da manhã dizendo: “que
mais que esse horário ele não rende e não dá para aguentar o mesmo na sala
de aula”. Fiquei apavorada com essa atitude, pois a mesma não tem nenhuma
responsabilidade com as crianças, pois indo embora da escola sem avisar seus
responsáveis correm risco na rua.
No segundo semestre de dois mil e onze, começamos a trabalhar sobre
o Projeto „‟Que letra é essa‟‟? Um documentário de um menino chamado
Patrick organizado pelo Geempa. Justificamos a escolha do documentário pela
abordagem dada a uma trajetória escolar ainda recorrente no Brasil é muitofrequente na escola na qual atuamos. Patrick, personagem principal, no
período de 2002 á 2004, frequentou a primeira série do ensino fundamental. Oobjetivo desse projeto é levar os alunos a conhecerem-se e,
consequentemente a compreender que cada um tem uma identidade.
Contudo foram realizadas várias atividades planejadas na reunião de
planejamento na escola com as professoras e coordenadora uma vez por
semana, do livro organizado pelo Geempa, sobre o documentário „‟Que letra é
essa‟‟? Mas não teve muito sucesso com as crianças, pois se deve ao fato de
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ficar reforçando sobre a identidade na qual a criança pertence, o objetivo de
trabalhar sobre o Projeto Patrick era de fazer com que a criança se reconheça
como tal, mas a cada atividade realizada as crianças não demostravam
interesse em realizar as atividades propostas, ficava evidente em que esse
Projeto não lhes chamava atenção.
Pude perceber o quanto é importante o professor realizar o
planejamento para suas aulas, e estar sempre estudando e se qualificando, e
como se diz „‟sempre se deve ter uma carta na manga‟‟, pois muitas vezes o
que pensamos, planejamos e sonhamos muitas vezes não dá certo, e não
supera nossas expectativas, pois estamos lhe dando com ser humano, mas,
portanto não devemos nos frustrar com isso, pois em vários momentos em
nossa vida o que sonhamos e pensamos muitas vezes não se concretiza.
Em uma reunião de planejamento compartilhado pensamos em começar
a trabalhar com o livro o Carteiro Chegou de AHLBERG, Janet e Allan. Pois as
pibidianas a partir da leitura do livro elaboraram várias sequencias didáticas
para serem feitas com a turma. Que abrange todas as áreas do conhecimento.
Traçamos um projeto para todo o semestre, que se chama “Uma história puxa
a outra” e propõe leitura e produções textuais dos alunos, tendo como base a
sequência do livro o qual contém todos os gêneros textuais.
Na turma em que atuo começamos com a sequencia didática da
Chapeuzinho Vermelho, e não concluímos toda a sequencia didática em virtude
do tempo pois já estávamos quase no final do ano letivo.
Pois entendo que trabalhar com a literatura infantil, é uma oportunidade
de estimular a criança para a mesma ter gosto pela leitura, pois em alguns
casos, a criança tem contato com o livro somente na escola, então é função da
escola proporcionar que a criança tenha contato com o livro.Realizamos todas as sextas-feiras, a hora do conto logo no inicio da
manhã antes da reunião de planejamento. Como atuamos em uma escola de
periferia onde a renda das famílias é predominantemente de classe social
baixa, pois vivemos em uma sociedade em que há muita desigualdade social,
por isso é a escola que deve promover o contato sistemático com a leitura e a
escrita, pois será o espaço privilegiado para esses momentos. Então o
professor deve garantir em sua prática e rotina pedagógica de ler livros deliteratura, levar para a sala de aula diversos tipos de textos isso faz com que a
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criança vá se familiarizando com a leitura, tiver a leitura em sua vida como algo
prazeroso. É importante o professor ter bem claro que a criança tem direito de
ter uma qualidade de ensino independente de sua classe social.
Pois sempre quando realizávamos a hora do conto tínhamos o
compromisso de fazer com que a criança tenha gosto pela leitura, pois na
maioria dos casos, no qual questionamos as crianças se algum familiar lia um
livro para eles, na maioria dos casos nos respondiam não. Ao ouvir uma
história as crianças ficavam bem concentradas, tranquilas, antecipavam
hipóteses do que viria na página seguinte, foram momentos encantadores.
Realizamos na escola o recreio orientado, duas vezes por semana, por
aproximadamente quinze minutos. Devido ao fato, de a mais de um mês ter
sido suspenso o recreio por tempo indeterminado, devido à violência na hora
do recreio, como exemplo, uma criança caiu e quebrou o braço correndo, no
recreio as crianças correm compulsivamente, e há poucos monitores na escola
para pode cuidar das crianças na hora do recreio. Dai a escola já adota essa
prática de suspender o recreio quando acha necessário já há alguns anos.
Achamos equivocada essa atitude, pois entendemos o recreio como
espaço para as crianças brincarem, conversarem, como o direito da criança de
estar na escola e ter esse momento livre. No recreio orientado as crianças
participavam somente se tivessem vontade, pois sua participação não era
imposta por nós. Podemos constatar que as crianças adoravam quando nós
íamos à escola, pois sabiam que iriamos realizar o recreio orientado que
sairiam da sala de aula, e que nós adultos iriamos brincar com elas, pois para
muitas crianças isso não devia fazer parte da realidade de vida da mesma.
Em novembro de 2011, teve o Fórum Fapa em Porto Alegre, onde várias
pibidianas escreveram trabalhos para serem apresentados no evento. Inscrevimeu trabalho em dupla com outra pibidiana, onde foi nosso primeiro trabalho a
ser apresentado, em virtude disso preferimos nos inscrever em forma de
pôster. Acho muito importante que o PIBID, nos incentive a inscrever trabalhos
para serem apresentados à outras instituições de ensino, pois no curso é muito
raro nos informar sobre esses eventos. Mas, fato que me surpreendeu e me
deixou muito alegre, foi o fato de nosso trabalho ter sido escolhido por se
destacar por distinção, pois para esse trabalho ser escrito demandou muitoesforço, dedicação e empenho.