Relatório de Gestão 2016 1
Índice
INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 3
CARATERIZAÇÃO GERAL DA ARSLVT IP ........................................................................................... 4
CONSELHO DIRETIVO.............................................................................................................. 4
FISCAL ÚNICO ......................................................................................................................... 4
CONSELHO CONSULTIVO ........................................................................................................ 4
INSTITUIÇÕES REPRESENTADAS NO CONSELHO CONSULTIVO ................................................. 4
DEPARTAMENTOS/DIVISÃO .................................................................................................... 5
COMISSÕES, ASSESSORIA E SERVIÇOS..................................................................................... 5
GABINETES ............................................................................................................................. 5
UNIDADES E NÚCLEOS ............................................................................................................ 5
EQUIPAS ................................................................................................................................. 6
UNIDADES E CENTROS DO DICAD ........................................................................................... 6
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE (ACES) ..................................................................... 6
ORGANOGRAMA DA ARSLVT IP .............................................................................................. 7
POPULAÇÃO E TERRITÓRIO (SÍNTESE) ............................................................................................ 7
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADORES DE CUIDADOS DE SAÚDE ......................................... 9
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS .......................................................................................... 9
PRODUÇÃO DOS ACES ...........................................................................................................11
CUIDADOS HOSPITALARES .....................................................................................................11
CUIDADOS CONTINUADOS ............................................................................................................13
RECURSOS HUMANOS ...................................................................................................................24
EFETIVOS ...............................................................................................................................24
EVOLUÇÃO DE EFETIVOS POR GRUPO PROFISSIONAL ............................................................24
NÍVEL ETÁRIO ........................................................................................................................26
EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE EFETIVOS POR GRUPO ETÁRIO ...........................................26
NÍVEL DE ESCOLARIDADE.......................................................................................................27
EVOLUÇÃO DE EFETIVOS POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE ........................................................27
TRABALHO EXTRAORDINÁRIO ...............................................................................................28
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS .......................................................28
ABSENTISMO .........................................................................................................................29
Relatório de Gestão 2016 2
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DIAS DE AUSÊNCIA ....................................................................29
DESPESAS COM PESSOAL .......................................................................................................30
TRABALHO EXTRAORDINÁRIO ...............................................................................................31
TRABALHO EM REGIME DE TURNOS ......................................................................................31
OUTROS CUSTOS COM PESSOAL ............................................................................................32
FORMAÇÃO ...........................................................................................................................33
RECURSOS FINANCEIROS...............................................................................................................37
ORGANIZAÇÃO CONTABILÍSTICA............................................................................................37
EXECUÇÃO ORÇAMENTAL .....................................................................................................38
ORÇAMENTO DE RECEITA ......................................................................................................38
ORÇAMENTO DE DESPESA .....................................................................................................40
ANÁLISE DAS MODIFICAÇÕES AO ORÇAMENTO INICIAL .........................................................42
MODIFICAÇÕES AO ORÇAMENTO DA RECEITA .......................................................................42
MODIFICAÇÕES AO ORÇAMENTO DA DESPESA ......................................................................42
ESTRUTURA DA RECEITA ........................................................................................................43
EXECUÇÃO DA RECEITA .........................................................................................................43
EVOLUÇÃO DA RECEITA .........................................................................................................44
EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA RECEITA ................................................................................44
ESTRUTURA DA DESPESA .......................................................................................................45
EXECUÇÃO DA DESPESA ........................................................................................................45
EVOLUÇÃO DA DESPESA ........................................................................................................45
EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA DESPESA ...............................................................................46
ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA .............................................................................................47
ANÁLISE DO BALANÇO – ESTRUTURA E EVOLUÇÃO ...............................................................47
DEMONSTRAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO FUNDO PATRIMONIAL .................................................48
DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS48
ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – ESTRUTURA E EVOLUÇÃO .........................48
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS ...............................................................49
SUBCONTRATOS ....................................................................................................................50
RESULTADOS E SALDO DA GERÊNCIA ............................................................................................51
Relatório de Gestão 2016 3
INTRODUÇÃO
Este documento foi elaborado de acordo com as normas estabelecidas no ponto 13 do Plano
Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS), aprovado pela Portaria n.º 898/2000,
de 28 de Setembro.
As Demonstrações Financeiras que constam deste Relatório tiveram também em conta as
Instruções n.º 1/2004 da 2.ª Secção do Tribunal de Contas, que fixam a organização e a
documentação das contas das entidades incluídas no âmbito de aplicação do POCP e Planos
Sectoriais.
O documento segue de perto a estrutura recomendada no POCMS e está organizado nas
seguintes sete partes:
Caracterização Geral da ARSLVT, I.P., onde consta o modelo organizativo adoptado;
População e Território (Síntese), onde de forma muito resumida se apresentam as
principais grandezas sobre a região;
Organização e Informação sobre Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde (Síntese),
na qual se apresentam o número de utentes por ACES, a produção de cada agrupamento,
a organização da rede hospitalar e uma breve referência aos cuidados integrados;
Recursos Humanos onde é apresentada uma síntese dos principais elementos constantes
do Balanço Social;
Despesas com Pessoal onde são apresentadas com detalhe as despesas com pessoal;
Formação, apresentando-se a síntese do trabalho desenvolvido;
Recursos Financeiros, na qual são apresentados, a organização contabilística, o processo
de arrecadação das receitas e realização das despesas, permitindo, também, avaliar os
desvios e o desempenho relativamente às previsões e dotações iniciais e onde se analisa o
Balanço, a Demonstração de Resultados e respectivos anexos e outros documentos que
sintetizam os elementos mais relevantes da situação económica e financeira da ARSLVT,
traduzindo monetariamente o seu património, a formação de resultados e a
movimentação dos recursos financeiros.
Relatório de Gestão 2016 4
CARATERIZAÇÃO GERAL DA ARSLVT IP
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Instituto Público (ARSLVT, I.P.), nos
termos do Decreto-Lei n.º 222/2007, de 29/05, é uma Pessoa Colectiva de Direito Público,
integrada na Administração Indirecta do Estado, dotada de Personalidade Jurídica, Autonomia
Administrativa, Financeira e Patrimonial, sob a superintendência e Tutela do Ministério da Saúde
e rege-se pelo disposto na Lei-quadro dos Institutos Públicos e pelo disposto no Estatuto do
Serviço Nacional de Saúde.
Tem como Missão (Decreto Lei n.º 22/2012, de 30 de Janeiro) garantir à população, da Região de
Lisboa e Vale do Tejo, o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os
recursos disponíveis às necessidades em saúde e cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de
Saúde.
Os Estatutos da ARSLVT, IP, aprovados pela Portaria nº 161/2012, de 22 de Maio, definem a
Organização interna desta ARS. A ARSLVT é dirigida por um Conselho Directivo constituído por um
Presidente, um Vice-Presidente e dois Vogais e é constituída pelos seguintes Órgãos e Serviços.
CONSELHO DIRETIVO
Presidente do Conselho Directivo – Dra. Rosa Augusta Valente Matos Zorrinho (a partir de 22
de Janeiro 2016)
Vice-Presidente – Dr. Luís Augusto Coelho Pisco
Vogal - Dr. Rui Manuel Duarte Vieira (a partir de 23 de Março 2016)
Vogal - Dr. Nuno Ribeiro de Matos Venade
FISCAL ÚNICO
Cravo Fortes Antão & Associados, SROC Lda.
CONSELHO CONSULTIVO
Presidente: Professor Doutor Constantino Theodor Sakellarides
INSTITUIÇÕES REPRESENTADAS NO CONSELHO CONSULTIVO
NUTS III do Oeste – Comunidade Intermunicipal do Oeste
NUTS III da Lezíria do Tejo - Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo
NUTS III do Médio Tejo - Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo
Área Metropolitana de Lisboa/Associação Nacional dos Municípios Portugueses
Relatório de Gestão 2016 5
Ordem dos Médicos
Ordem dos Médicos Dentistas
Ordem dos Enfermeiros
Ordem dos Farmacêuticos
DEPARTAMENTOS/DIVISÃO
Departamento de Saúde Pública
Departamento de Planeamento e Contratualização
Departamento de Recursos Humanos
Departamento de Gestão e Administração Geral
Departamento de Instalações e Equipamentos
Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências
COMISSÕES, ASSESSORIA E SERVIÇOS
Comissão de Ética para a Saúde
Comissão de Farmácia e Terapêutica
Assessoria Técnica ao Conselho Directivo
Coordenação do Internato de Medicina Geral e Familiar
Coordenação do Internato em Saúde Pública
Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho
GABINETES
Gabinete Jurídico e do Cidadão
Gabinete de Informação e Controlo de Gestão
Gabinete de Projectos e Integração de Cuidados
Gabinete de Sistemas de Informação e Tecnologia
Gabinete de Comunicação
Gabinete de Apoio Técnico e Administrativo
UNIDADES E NÚCLEOS
Unidade Orgânica Flexível de Administração Geral
Unidade Orgânica Flexível de Farmácia
Unidade Orgânica Flexível Gabinete de Auditoria Interna
Núcleo de Estudos e Planeamento
Relatório de Gestão 2016 6
Núcleo de Apoio à Investigação
Academia de Formação e Desenvolvimento
EQUIPAS
Equipa de projecto de Parcerias Público-Privadas
Equipa Regional de Apoio aos Cuidados de Saúde Primários
Equipa Coordenadora Regional de CCI
UNIDADES E CENTROS DO DICAD
Unidades de Alcoologia (UA)
Unidade de Desabituação (UD)
Comunidades Terapêuticas (CT)
Centros de Respostas Integradas (CRI)
AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE (ACES)
Com a publicação da Portaria 394-B/2012 de 29 de Novembro a ARSLVT passa a integrar os
seguintes 15 Agrupamentos de Centros de Saúde:
Lisboa Norte Sintra Arrábida
Lisboa Central Cascais Oeste Norte
Lisboa Ocidental e Oeiras Estuário do Tejo Oeste Sul
Loures Odivelas Almada-Seixal Médio Tejo
Amadora Arco Ribeirinho Lezíria
A criação de ACES foi um dos elementos estruturantes da Reforma dos Cuidados de Saúde
Primários (CSP), visando uma estratégia de descentralização da gestão dos serviços.
Os ACES têm autonomia administrativa e são constituídos por várias Unidades Funcionais, que
agrupam um ou mais Centros de Saúde, e que têm como Missão garantir a prestação de cuidados
de saúde a uma determinada população de uma área geográfica específica. As unidades
funcionais que compõem um ACES são as seguintes:
Unidade de Saúde Familiar (USF);
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP);
Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC)
Unidade de Saúde Pública (USP);
Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP);
Relatório de Gestão 2016 7
Outras unidades propostas pelas ARSLVT, IP e aprovadas pelo Ministério da Saúde.
Em cada ACES, existem órgãos de administração e de fiscalização, designadamente, o Director
Executivo, o Conselho Clínico e o Conselho da Comunidade e Serviços de Apoio, como sejam a
Unidade de Apoio à Gestão (UAG), o Gabinete do Cidadão (GC) e a Equipa Coordenadora Local
dos Cuidados Continuados Integrados (ECL CCI).
ORGANOGRAMA DA ARSLVT IP
A nova organização da ARSLVT, IP traduz uma estrutura centralizada, do ponto de vista funcional,
mas tendencialmente descentralizado do ponto de vista hierárquico, sendo representada pelo
Organograma apresentado.
POPULAÇÃO E TERRITÓRIO (SÍNTESE)
Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT) é constituída por 5 NUTS III: Oeste, Grande Lisboa,
Península de Setúbal, Médio Tejo e Lezíria do Tejo, e é composta por 52 Concelhos, conforme
mapa da página seguinte:
Relatório de Gestão 2016 8
O território da RLVT corresponde a 13,6% do todo o território nacional e concentra 34,7% da
população total (Censos 2011). A Área Metropolitana de Lisboa (AML) corresponde às NUTS III
Grande Lisboa e Península de Setúbal representando 3,2% do território nacional e 26,7% da sua
população.
Em 2001 a população da RLVT era de 3.475.925 residentes. Entre 2001 e 2011 aumentou cerca de
5,3% alcançando 3.659.868 residentes. Esta percentagem é muito superior à nacional, onde a
população apenas aumentou 1,99%.
A Região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta uma elevada densidade populacional (309,4
hab./km2) que é cerca de três vezes superior à média nacional (114,5 hab./km2).
Relatório de Gestão 2016 9
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADORES
DE CUIDADOS DE SAÚDE
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
A 31 de Dezembro de 2016 existiam nos ACES da Região de Lisboa e Vale do Tejo um total de
3.637.382 utentes inscritos frequentadores, o que traduz um acréscimo de 0,2% face ao período
homólogo.
Do total de inscritos 16,7% correspondem a utentes sem médico de família, incluindo os sem
médico por opção.
ACES Inscritos a
31/12/2015 Inscritos a
31/12/2016 Δ% 2016/2015
Lisboa Norte 250.486 252.115 0,7%
Lisboa Central 275.341 278.652 1,2%
Lisboa Ocidental e Oeiras 237.207 240.705 1,5%
Cascais 193.781 195.165 0,7%
Amadora 166.083 168.182 1,3%
Sintra 353.173 353.565 0,1%
Loures - Odivelas 345.042 350.464 1,6%
Estuário do Tejo 223.769 222.518 -0,6%
Almada - Seixal 339.451 342.050 0,8%
Arco Ribeirinho 227.064 216.109 -4,8%
Arrábida 222.312 223.165 0,4%
Oeste Norte 178.471 178.638 0,1%
Oeste Sul 197.640 196.980 -0,3%
Médio Tejo 225.554 225.465 0,0%
Lezíria 194.743 193.609 -0,6%
ARSLVT 3.630.117 3.637.382 0,2% Fonte: RNU
Relatório de Gestão 2016 10
Globalmente a proporção de mulheres/homens frequentadores tem-se mantido ao longo dos
últimos anos, com predomínio do sexo feminino.
A 31 de Dezembro de 2016 encontravam-se em funcionamento 146 Unidades de Saúde Familiar
verificando-se a abertura de mais 10 USF face ao número existente em 2015 (ERA).
Relatório de Gestão 2016 11
PRODUÇÃO DOS ACES
Relativamente à produção de Cuidados de Saúde Primários foram efectuadas um total de
9.323.575 consultas em 2016, verificando-se um acréscimo percentual de aproximadamente 2,8%
relativamente ao ano de 2015.
De notar que a 31/12/2016 continuavam em funcionamento três SAP/24h na região de LVT
(Mafra, Benavente e Coruche).
Consultas 2015 2016 Δ%
2016/2015
MGF 8.637.629 8.874.721 2,7%
Saúde Adultos 7.147.480 7.242.077 1,3%
Saúde Infantil/Juvenil 968.492 1.005.056 3,8%
Saúde Materna 188.642 195.216 3,5%
Planeamento Familiar 296.783 294.562 -0,7%
Domicílios 52.928 50.272 -5,0%
Outro
Doença Aguda 376.659 395.514 5,0%
Especialidade 55.049 53.340 -3,1%
Total (MGF+DA+Espec) 9.069.337 9.323.575 2,8%
Fonte: SIARS
CUIDADOS HOSPITALARES
Actualmente fazem parte do ARSLVT, IP 16 unidades hospitalares:
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE;
Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE;
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE;
Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE;
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE;
Centro Hospitalar Oeste;
Centro Hospitalar Setúbal, EPE;
Hospital Beatriz Ângelo, PPP;
Hospital de Dr. José de Almeida, HPP Cascais;
Relatório de Gestão 2016 12
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP;
Hospital Distrital de Santarém, EPE;
Hospital Garcia de Orta, EPE;
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE;
Instituto Oftalmologia Dr. Gama Pinto;
IPO Francisco Gentil, Centro Regional Oncologia de Lisboa EPE.
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa;
Na área da ARSLVT, IP existem três instituições com contrato de gestão de parceria público-
privada (PPP).
Relatório de Gestão 2016 13
CUIDADOS CONTINUADOS
A RNCCI dirige-se a pessoas em situação de dependência, independentemente da idade, que
precisem de cuidados continuados de saúde e de apoio social, de natureza preventiva,
reabilitativa ou paliativa, prestados através de unidades de internamento (UCCI), de ambulatório
e equipas domiciliárias.
As UCCI podem ser de natureza pública, entidades do terceiro sector ou instituições privadas com
quem as Administrações Regionais de Saúde (ARS) e o Instituto de Segurança Social (ISS) realizam
contratos-programa plurianuais com um período de vigência de três anos civis.
As equipas domiciliárias pertencem aos ACES.
O rácio em UCCI na Região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser o mais baixo a nível nacional,
apesar do aumento do número de camas, sendo o rácio de camas em Portugal Continental de 3,9
e na RLVT de 2,9.
Gráfico II – Rácios de cama/1000 habitantes com mais de 65 anos na RLVT
1. Equipas da ECR-LVT:
Equipa Coordenadora Regional
De acordo com o Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho, alterado e republicado pelo Decreto-
Lei n.º 136/2015 de 28 de Julho, as equipas coordenadoras regionais articulam com a
coordenação aos níveis nacional e local e asseguram o planeamento, a gestão, o controlo e a
avaliação da Rede.
A ECR LVT é uma equipa multidisciplinar, composta por elementos da área da saúde e da
segurança social, que no âmbito das suas funções, articulam com as equipas e unidades da RNCCI
e com as organizações necessárias para o cumprimento da sua missão.
Relatório de Gestão 2016 14
A ECR LVT sofreu uma reformulação ao nível dos elementos que a integram em Novembro de
2016, sendo que a 31 de Dezembro, a composição da ECR era a seguinte:
ECR
Elsa Baião – Coordenadora da ECR LVT da RNCCI
Bernardo Ferreira – Médico de Medicina Geral e Familiar
Ana Soares - Enfermeira
Sandra Neves - Enfermeira
Cristina Caetano - Assistente Social - Representante do ISS
Mónica Pereira - Assistente Social
Pedro Soares - Assistente Social - Gestão de Projectos e Integração de Cuidados
Sandra Graça - Apoio Administrativo
QUADRO II- Constituição da ECR LVT
Equipas de Coordenação Local
Cada ACES tem uma ECL designada pelos Directores Executivos e cuja constituição difere, em
número e em tempo de afectação, consoante as necessidades do exercício das funções e a
disponibilidade de recursos. Integra, à semelhança da ECR, elementos da saúde e da segurança
social.
A ECR tem desenvolvido esforços junto dos Directores Executivos dos ACES para a alocação de
recursos humanos a tempo inteiro para estas equipas.
ECL
Médico
Enfermeiro
Técnico Superior de Serviço Social
Assistente técnico
QUADRO III- constituição da ECL
As ECL têm delegação de competências para executar uma série de tarefas que vai desde a
validação das tipologias, elaboração dos cálculos do valor a pagar pelo doente a colocar, obtenção
do termo de aceitação, visitas de acompanhamento às UCCI, aplicação das grelhas de avaliação
trimestral a cada uma das UCCI, articulação com as EGA e demais equipas da RNCCI.
A articulação das ECL com a ECR é privilegiada.
Relatório de Gestão 2016 15
Equipas de Gestão de Altas e Equipas Referenciadoras das Unidades Funcionais dos
ACES
Na RLVT existem 18 EGA hospitalares e 15 Equipas Referenciadoras das Unidades Funcionais dos
ACES.
Esta estrutura da RNCCI têm um número médio de três elementos por equipa, na sua maioria em
tempo parcial. As EGA nos hospitais têm por função referenciar à RNCCI os doentes que lhes
foram sinalizadas pelos serviços das diferentes especialidades hospitalares, conferir toda a
informação disponibilizada e efectuar a articulação com as ECL.
As equipas referenciadoras dos ACES referenciam à RNCCI os doentes que lhes foram sinalizados
por qualquer profissional de saúde do ACES.
Equipas de Cuidados Continuados Integrados
As ECCI são equipas multidisciplinares que pertencem à RNCCI e estão sediadas nos ACES, na
dependência hierárquica e funcional das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC).
Em 2016 estavam contratualizados 2105 lugares, dispersos por 60 equipas comunitárias. As ECCI
asseguram diariamente, incluindo fins-de-semana e feriados, os cuidados de saúde e apoio social
cuja intensidade e complexidade de cuidados permita a sua prestação no domicílio, por equipas
multidisciplinares.
Quadro IV - Composição das ECCI
Esta ECR efectuou um levantamento dos recursos humanos e materiais necessários para
adequação dos recursos afectos aos rácios desejáveis definidos.
Encontra-se no presente a aferir, em articulação com as Direcções executiva dos ACES, o reforço
das ECCI, no sentido de garantir uma adequada acessibilidade e assegurar acções e cuidados de
natureza preventiva, curativa, de reabilitação e paliativa no domicílio e, através de atendimento
ECCI
Médico
Enfermeiro
Técnico Superior de Serviço Social
Fisioterapeuta/Enfermeiro de reabilitação
Terapeuta Ocupacional
Psicólogo
Nutricionista
Outro perfil
Relatório de Gestão 2016 16
telefónico, garantir o acompanhamento, supervisão e aconselhamento do utente e ou cuidador,
num horário alargado, para situações devidamente identificadas.
O objectivo destas equipas é apoiar a realização de cuidados continuados integrados no domicílio
fomentando aí a permanência das pessoas. Ao complementar as respostas das Unidades de
Saúde Familiar (USF) e das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), as ECCI
permitem configurar um conjunto de respostas com grande proximidade territorial e com grande
impacto em termos de cobertura populacional.
2. Unidades de Cuidados Continuados Integrados - Unidades de Internamento
A nível de internamento em unidades da RNCCI, a região de Lisboa e Vale do Tejo terminou o ano
de 2016 com 2.128 camas distribuídas por quatro tipologias de cuidados.
Grafico III –Evolução Camas por tipologia na RLVT
Ao longo do ano de 2016 na RLVT houve a contratualização de 108 camas de internamento na
RNCCI, passando de 2020 camas em 2015 para 2128 no final do ano de 2016, sendo que entre o
ano de 2011 e até ao final de 2016 houve um ganho de 984 camas em UCCI.
Relatório de Gestão 2016 17
Quadro V: Evolução do número de camas por tipologia na RLVT
Apesar do aumento do número de camas em UCCI, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a
ter o rácio mais baixo na oferta em camas de internamento da RNCCI a nível nacional.
As entidades promotoras e gestoras das UCCI são maioritariamente entidades de natureza privada, seguindo-se as Santas Casas da Misericórdia e as Instituições Particulares de Solidariedade Social.
Gráfico IV – Natureza das Entidades com UCCI
Apesar da crescente evolução de abertura de camas constata-se que o maior constrangimento
actual continua a ser relativo às assimetrias na localização das unidades de internamento na
Região de Lisboa e Vale do Tejo. A cidade de Lisboa continua muito deficitária, não dispondo à
data de nenhuma cama de internamento nas tipologias de Média Duração e Reabilitação e Longa
Relatório de Gestão 2016 18
duração e Manutenção. Na cidade de Lisboa existem apenas 56 camas nas tipologias de
Convalescença e Cuidados Paliativos.
3. Actividade assistencial
Relativamente ao movimento assistencial de todas as tipologias da RNCCI salienta-se um aumento
significativo nas variáveis analisadas, de acordo com o mapa, o que traduz o investimento da ECR
e articulação com as outras equipas dos vários níveis organizacionais da rede.
Movimento Assistencial
Ano 2012
Ano 2013
Ano 2014
Ano 2015
Ano 2016
Diferencial
2015-2016
Nº utentes sinalizados 8.527 12.143 14.948 17.804 22.338 4.534
Nº utentes referenciados 7.161 9.389 10.774 12.213 13.000 787
Nº utentes admitidos 4.945 7.077 8.400 9.718 10.171 453
Nº altas 4.113 6.439 8.254 9.356 10.077 721
Nº episódios cancelados 2.621 3.812 5.195 5.534 7827 2.293
Quadro VI – Movimento assistencial da RNCCI na RLVT Fonte: Unidade Funcional da RNCCI – ACSS
Gráfico V – Evolução do número de doentes colocados por ano (2012-2016)
Relatório de Gestão 2016 19
Gráfico VI - Evolução do nº de doentes colocados por tipologia (2012-2016)
4. Gestão da lista de espera
No que se refere à gestão da lista de espera continua a evidenciar-se a progressão do número de
doentes colocados mensalmente. No ano de 2016 foram colocados pela ECR 13.514 doentes, o
que traduz um aumento de 661 doentes em relação ao ano de 2015 (12853 doentes colocados).
5. Formação
Desde que se iniciou a formação na área da Dor Crónica e no Curso Básico de Cuidados Paliativos
em articulação com a Academia de Formação e Desenvolvimento desta Administração Regional
de Saúde, a procura de aquisição de conhecimentos nestas duas áreas temáticas tem vindo a
aumentar significativamente.
Os profissionais que prestam acções paliativas nas ECCI, no âmbito da RNCCI, sentem cada vez
mais a necessidade de formação nas áreas dos cuidados que prestam diariamente nas ECCI.
Prosseguiu-se com as acções formativas, actualizando conteúdos pedagógicos, de forma a dotar
os profissionais com competências adaptadas aos cuidados que prestam.
Os cuidados são assegurados por equipas multidisciplinares e é imperioso abordar as temáticas
com a transdisciplinaridade de que elas se revestem.
Relatório de Gestão 2016 20
Assim, a ECR tem vindo a realizar as ações formativas mencionadas e desde 2012 até final do ano
de 2016 realizaram-se as seguintes ações:
Ações de formação 2012 2013 2014 2015 2016 Total
Cuidados Paliativos 2 2 1 1 2 8
Dor crónica 1 4 1 1 4 11
Enfermagem de Reabilitação
- - 2 - 2 4
Total de ações realizadas
3 6 4 2 8 23
Quadro VII- Evolução do número de ações de formação realizadas, por temática
Designação Nº de Ações
Nº total de horas
Nº total de formandos
Destinatários Responsabilidade de:
Dor crónica 4 56 106 Médicos,
Enfermeiros
ECR e Academia de Formação e
Desenvolvimento da ARSLVT. IP
Curso base de Cuidados Paliativos
2 70 52 Profissionais de
Saúde
ECR e Academia de Formação e
Desenvolvimento da ARSLVT. IP
Cuidados de reabilitação de enfermagem no domicilio
2 28 34 Enfermeiros
ECR e Academia de Formação e
Desenvolvimento da ARSLVT. IP
Quando VIII – Ações de formação realizadas no ano de 2016
6. Reuniões
Como meio de comunicação formal para o exercício das suas competências a ECR-LVT promoveu
reuniões com as equipas dos diferentes níveis organizacionais e unidades da Rede para
acompanhar a prática no terreno e sistematizar as necessidades sentidas através de dinâmicas
conjuntas de reflexão.
Numa perspetiva de envolvimento e participação das equipas, para operacionalização das
estratégias e avaliação dos procedimentos organizou e promoveu reuniões entre as partes para
cumprimento dos objetivos propostos e otimização dos processos de prestação dos cuidados
continuados integrados.
Relatório de Gestão 2016 21
Realizaram-se diferentes tipos de reunião:
Reuniões parcelares com os Diretores Executivos e Diretores Clínicos dos ACES e as
Equipas de Coordenação Local respetivas
Reunião de equipas e com diferentes níveis de organização para preparação da abertura
das novas unidades no decorrer do ano de 2016
Reuniões de estudo de caso e avaliação de situações específicas com entidades
prestadoras e as ECL e EGA envolvidas nos processos dos utentes.
Reuniões com o Gabinete Jurídico e do Cidadão para articulação e tratamento de:
Contratos-programa Regulamentos
Reclamações
Reuniões plenárias com as ECL
Reuniões com potenciais entidades interessadas em aderir à RNCCI
Reuniões de equipa
7. Visitas técnicas às Unidades
Realizaram-se as visitas no âmbito de:
Acompanhamento de alterações e avaliações conforme pedidos à ECR
Acompanhamento de obra de construção de equipamentos de privados para adesão à
RNCCI
Visitas técnicas finais a equipamentos concluídos para emissão de parecer com vista à
validação dos requisitos funcionais para inclusão na Rede
Visitas de acompanhamento às UCCI com a ECL da área da unidade
8. Financiamento
No ano de 2016 o encargo financeiro da ARSLVT, IP com os lugares de internamento nas quatro
tipologias das unidades de cuidados continuados integrados ascendeu ao montante de
38.538.921,47€ (em 2015 o encargo foi de 35.819.978,15€).
Relatório de Gestão 2016 22
U.CONVALESCENÇA 6 175 113,18
PALIATIVOS 5 219 520,22
ULDM 10 789 926,32
UMDR 16 354 361,75
Total 38 538 921,47
Encargos RNCCI
Este valor é referente a financiamento de funcionamento.
O financiamento de investimento no Programa Modelar foi de 98.653,90€ no ano de 2016. Com
este pagamento deu-se por concluído o financiamento de investimento ao abrigo deste
programa.
9. Conclusão
No ano de 2016 a ECR deu continuidade ao seu objectivo de apostar nas equipas comunitárias e
na rotatividade dos doentes em unidades de internamento, bem como acompanhar com rigor as
taxas de ocupação e tempos de permanência nas UCCI, ECCI e ECSCP, bem como os diferentes
instrumentos de monitorização do funcionamento dos prestadores de cuidados da RNCCI.
O trabalho de proximidade com as diferentes equipas permitiu estabelecer um compromisso
comum que possibilita ultrapassar algumas dificuldades.
A insistência por parte da ECR com as outras estruturas que podem contribuir para agilização dos
processos na fase de referenciação conduziu a uma maior celeridade na conclusão dos
procedimentos.
No entanto, este esforço nesta fase ainda pode melhorar significativamente, com alocação de
recursos humanos às equipas envolvidas no processo (EGA e ECL).
No caso das ECL é mais notório a falta de recursos porque dificultam a maior celeridade na
colocação de doentes. São as ECL que validam as tipologias dos doentes referenciados à RNCCI,
realizam os cálculos dos valores a pagar e obtêm os termos de aceitação. Sem estes
procedimentos efectuados os doentes nem sequer ficam a aguardar colocação.
Tem havido empenho por parte de alguns Directores Executivos para, apesar da carência de
recursos humanos, alocarem maior número de horas aos profissionais das ECL.
Foi ainda definido um plano de contingência para as temperaturas adversas, no sentido de:
- Promover e garantir procedimentos de acordo com as orientações da DGS e em conformidade
com o nível de alerta definido, na perspectiva de estabilização clínica dos utentes nas respectivas
Unidades, minimizando a necessidade de deslocação aos Hospitais, designadamente serviços de
urgência;
Relatório de Gestão 2016 23
- Promover a agilização da colocação de doentes internados em Hospitais e referenciados para a
RNCCI, tendo em conta o nível de contingência em que se encontram;
- Promover a elaboração de Planos de Contingência nas Unidades da RNCCI, que contemplem
medidas de vacinação, climatização, de controlo de infecção, entre outras.
O aumento de resposta que se tem verificado na RNCCI tem levado a mais referenciações das
EGA, o que se traduz no incremento significativo de doentes referenciados.
Apesar do aumento de lugares de internamento da Rede em Lisboa e Vale do Tejo, a lista de
espera continua com um número elevado de doentes, permanecendo esta região com o rácio
cama por habitante mais baixo a nível nacional.
A mobilidade de doentes nas UCCI e a monitorização dos tempos de permanência contribuíram
para o aumento do número de doentes assistidos e para a diminuição significativa do período de
tempo em que os doentes aguardam colocação nas tipologias de Cuidados Paliativos,
Convalescença e Média Duração e Reabilitação.
No que se refere à tipologia de Longa Duração e Manutenção mantem-se a dificuldade nas altas
que estão muito condicionadas pelo elevado número de casos sociais, o que implica que ainda
haja tempos de permanência nesta tipologia que comprometem a filosofia da criação da própria
rede. A RNCCI foi criada para prestar um nível intermédio de cuidados de saúde e apoio social.
Relatório de Gestão 2016 24
RECURSOS HUMANOS
EFETIVOS
Em 31 de Dezembro de 2016, a ARSLVT contava com um total de 8.283 efectivos, distribuídos
pelos diversos grupos profissionais de acordo com o quadro e gráficos seguintes:
EVOLUÇÃO DE EFETIVOS POR GRUPO PROFISSIONAL
Grupos Profissionais Efectivos em 2015
Efectivos em 2016
Var %
Dirigentes 11 11 0%
Médicos 2378 2507 5%
Pessoal de Enfermagem 2390 2427 2%
Técnicos Superiores Saúde 160 157 -2%
Pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 299 295 -1%
Pessoal Informático 34 35 3%
Técnicos Superiores 343 341 -1%
Pessoal Assistente Técnico 1770 1880 6%
Pessoal Assistente Operacional 740 630 -15%
Outro Pessoal 0
Total 8125 8283 2%
Homens 1445 1482 3%
Mulheres 6680 6801 2%
Fonte: Balanço Social anos 2015 e 2016.
Relatório de Gestão 2016 25
Evolução distribuição de efectivos por grupo profissional
Evolução distribuição de efectivos por sexo
Em termos de evolução e comparando com o total de efectivos do ano de 2015, verificou-se um
aumento de 158 efectivos, sendo que os maiores acréscimos se verificaram nos grupos
profissionais do pessoal assistente técnico, médicos e pessoal informático. Regista-se um
decréscimo de pessoal assistente operacional.
Os efectivos da ARSLVT, IP são na sua maioria do sexo feminino, sendo que no ano de 2016
correspondiam a 82 % do total de efectivos.
Relatório de Gestão 2016 26
NÍVEL ETÁRIO
No que respeita à estrutura etária, verifica-se que 45 % dos efectivos têm 50 anos ou mais de
idade, sendo a distribuição pelos vários níveis etários de acordo com o representado no quadro e
gráficos seguintes.
EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE EFETIVOS POR GRUPO
ETÁRIO
Grupo etário Efectivos em 2015 Efectivos em 2016 Var %
Até aos 20 anos 0 0 0%
20 – 24 0 0 0%
25 – 29 363 397 9%
30 – 34 694 708 2%
35 – 39 996 916 -8%
40 – 44 1318 1317 0%
45 – 49 1176 1244 6%
50 – 54 1133 1142 1%
55 – 59 1268 1156 -9%
60 - 64 1031 1199 16%
65 - 69 142 197 39%
70 ou mais 4 7 75%
Total 8125 8283 2% Fonte: Balanço Social
Relatório de Gestão 2016 27
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
Atendendo à área de actividade da ARSLVT, IP, a qual exige profissionais qualificados, no ano de
2016, verifica-se que 58,48 % dos profissionais têm um nível de escolaridade de licenciatura ou
superior, verificando-se um aumento do nível de escolaridade em relação ao ano de 2015.
EVOLUÇÃO DE EFETIVOS POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE
Nível escolaridade Efectivos em 2015 Efectivos em 2016 Var %
< 4 anos escolaridade 17 17 0%
4 anos 195 176 -10%
6 anos 215 204 -5%
9º ano 529 504 -5%
11º ano 396 386 -3%
12º ano ou equivalente 1522 1564 3%
Bacharelato 595 588 -1%
Licenciatura 3975 3954 -1%
Mestrado 680 887 30%
Doutoramento 1 3 200%
Total 8125 8283 2% Fonte: Balanço Social anos 2015 e 2016.
Relatório de Gestão 2016 28
TRABALHO EXTRAORDINÁRIO
Em termos de trabalho extraordinário, entre o ano de 2015 e 2016 verificou-se um acréscimo do
n.º de horas extraordinárias em quase todos os grupos profissionais. Apenas os grupos de pessoal
Assistente Operacional e pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica registaram diminuições de
12% e 4% respectivamente, conforme se apresenta no quadro seguinte.
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS
Grupo profissional N.º de horas extra 2015
N.º de horas extra 2016
Var %
Dirigentes
Médicos 89.004,11 95.544,10 7
Pessoal de Enfermagem 69.435,87 75.615,78 9
Técnicos Superiores Saúde 347,20 504,34 45
Pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica
146,72 141,35 -4
Pessoal Informático 515,62 515,29 0
Técnicos Superiores 1.305,34 2.466,51 89
Pessoal Assistente Técnico 54.172,72 63.816,61 18
Pessoal Assistente Operacional 42.327,14 37.110,13 -12
Outro Pessoal
Total 257.254,62 275.714,11 7 Fonte: Balanço Social anos 2015 e 2016.
Relatório de Gestão 2016 29
ABSENTISMO
Em termos comparativos verifica-se que no ano 2016 houve uma diminuição de 2439 dias de
ausência, sendo que esta diminuição se reflectiu basicamente nos grupos profissionais do Pessoal
Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, no Pessoal Informático e nos Técnicos Superiores.
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DIAS DE AUSÊNCIA
Grupo profissional Dias de ausência
2015 Dias de ausência
2016 Var %
Dirigentes 66,00 89,00 35
Médicos 64.154,00 64.751,00 1
Pessoal de Enfermagem 63.219,00 61.363,00 -3
Técnicos Superiores Saúde 4.001,00 4.195,00 5
Pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica
7.968,00 6.655,00 -16
Pessoal Informático 780,00 658,00 -16
Técnicos Superiores 7.054,00 6.351,00 -10
Pessoal Assistente Técnico 40.504,00 41.611,00 3
Pessoal Assistente Operacional 18.839,00 18.473,00 -2
Outro Pessoal 0,00
Total 206.585,00 204.146,00 -1
Fonte: Balanço Social anos 2015 e 2016.
Relatório de Gestão 2016 30
DESPESAS COM PESSOAL
O mapa seguinte apresenta uma síntese da execução das Despesas com Pessoal. Em termos
globais, verifica-se um acréscimo de 4,2% face ao ano 2015, mais 12 milhões de euros.
Unid. Eur.
2013 2014 2015 2016
Remunerações Certas e Permanentes 205.887.321 199.339.650 194.409.225 204.758.573 10.349.348 5,3
Orgâos Socials 592.186 196.232 202.955 216.124 13.169 6,5
Pessoal em RCTFP por Tempo Indeterminado 144.306.285 137.885.123 133.363.712 142.665.065 9.301.353 7,0
Pessoal em Regime Cont. Individual Trabalho 34.281 34.151 28.547 19.983 -8.564 -30,0
Pessoal em Contrato Trab. a Termo Resolutivo 17.486.366 17.534.817 18.393.575 18.502.300 108.725 0,6
Pessoal em Regime de Tarefa ou Avença
Pessoal em qualquer outra situação 4.712.130 4.532.238 5.207.751 4.769.955 -437.796 -8,4
Gratificações
Representação 154.368 149.660 152.100 157.958 5.858 3,9
Subsídio de Refeição 8.001.604 7.622.859 7.419.523 7.502.902 83.379 1,1
Subsídio de Férias e Natal 30.600.102 31.384.570 29.641.062 30.924.286 1.283.224 4,3
Abonos Variáveis ou Eventuais 31.523.938 36.776.547 33.621.908 33.516.182 -105.726 -0,3
Horas Extraordinárias 5.996.771 4.573.987 4.381.216 4.223.085 -158.131 -3,6
Alimentação e alojamento 8.283 8.283 8.283 527 -7.756 -93,6
Ajudas de Custo 1.038.058 1.074.253 1.114.846 1.114.531 -315 -0,0
Abono para Falhas 15.280 12.561 18.986 10.801 -8.185 -43,1
Formação 1.052.020 1.285.612 1.338.616 1.385.186 46.570 3,5
Subsídio ab. Fixação, Resid. e Alojamento 2.183.234 1.938.830 1.767.776 1.629.984,00 -137.792 -7,8
Subsídio de prevenção 55 33
Subsídio de trabalho nocturo 14.240.089 15.402.463 15.693.783 17.185.397 1.491.614 9,5
Subsídio de turno 42.970 29.889 30.827 28.831 -1.996 -6,5
Indeminização p/ cessação de funções 11.295 1.542.634
Outros Suplementos e Prémios 6.514.258 10.103.699 8.822.245 7.508.372 -1.313.873 -14,9
Outros abonos numerário ou espécie 421.626 804.303 445.330 429.468 -15.862 -3,6
Segurança Social 53.419.713 61.195.121 55.456.792 57.258.509 1.801.717 3,2
Encargos com a Saúde 3.465.100 2.751.381 26.235 2.178 -24.057 -91,7
Subsídio Familiar a Crianças e Jovens 781.085 333.153 305.716 322.312 16.596 5,4
Outras Prestações Familiares 308.472 117.765 143.433 169.335 25.902 18,1
Contribuições para a Segurança Social 46.162.788 54.478.473 52.292.261 54.715.751 2.423.490 4,6
Acidentes em Serviço e Doenças Profissionais 113.380 26.287
Seguros 35.615 31.976 4.962 30.526 25.564 515,2
Outras Pensões 1.329.110 2.219.683 1.029.419 515.619 -513.800 -49,9
Outras Despesas Segurança Social 4.398 21.603 1.654.766 1.502.788 -151.978 -9,2
Subsídio Social de Desemprego 1.219.764 1.214.800
TOTAL 290.830.973 297.311.318 283.487.925 295.533.264 12.045.339 4,2
Fonte: 7.1 Controlo Orçamental Despesa
Execução 2016/2015
Relatório de Gestão 2016 31
TRABALHO EXTRAORDINÁRIO
Os Custos com Trabalho Extraordinário diminuíram 3,6 % face a 2015, conforme mapa abaixo:
Unid. Eur
2013 2014 2015 2016
Pessoal Médico 4.060.324 3.214.010 3.000.481 2.782.250 -218.231 -7,3
Pessoal de Enfermagem 1.136.068 794.382 803.121 877.465 74.344 9,3
Pessoal Téc. Diag. e Terap. 5.701 534 1.717 1.885 168 9,8
Pessoal Técnico Superior 43.950 22.158 17.529 18.426 897 5,1
Pessoal Assistente Técnico 502.317 370.360 378.779 396.796 18.017 4,8
Outro Pessoal 248.466 172.543 179.589 146.263 -33.326 -18,6
Total 5.996.826 4.573.987 4.381.216 4.223.085 -158.131 -3,6
Fonte: Balancete do Razão Geral
Trabalho Extraordinário 2016/2015
TRABALHO EM REGIME DE TURNOS
Ao nível das Rubricas de Trabalho em Regime de Turnos, as mesmas apresentam um aumento de
1 % face a 2015, conforme mapa abaixo:
Unid. Eur
2013 2014 2015 2016
Pessoal Médico 8.217.129 9.699.815 9.765.619 9.946.288 180.669 1,9
Pessoal de Enfermagem 4.444.512 4.682.854 4.874.781 4.898.248 23.467 0,5
Pessoal Téc. Diag. e Terap. 2.957 8.001 4.566 2.804 -1.762 -38,6
Pessoal Técnico Superior 6.932 5.488 5.174 4.612 -562 -10,9
Pessoal Assistente Técnico 2.052.085 2.183.053 2.282.218 2.256.120 -26.098 -1,1
Outro Pessoal 36.642 30.855 25.933 21.773 -4.160 -16,0
Subsídio de Turno 42.970 32.558 33.445 31.439 -2.006 -6,0
Total 14.803.227 16.642.624 16.991.736 17.161.284 169.548 1,0
Fonte: Balancete do Razão Geral
2016/2015Trabalho em Regime de Turnos
Relatório de Gestão 2016 32
OUTROS CUSTOS COM PESSOAL
As Rubricas de Outros Custos com Pessoal apresentaram o comportamento que consta do mapa
seguinte, verificando-se um aumento de 3,2 % face ao ano anterior:
Unid. Eur
2013 2014 2015 2016
Abono para Falhas 15.280 12.561 18.986 10.802 -8.184 -43,1
Subsídio de Refeição 7.989.375 7.619.823 7.415.996 7.499.277 83.281 1,1
Ajudas de Custo 1.024.383 1.074.253 1.114.846 1.114.312 -534 -0,0
Vestuário e Artigos Pessoais 8.242 68.793 63.841 63.287 -554 -0,9
Gratificações
Incentivos e Prémios 6.514.259 10.103.699 8.822.245 9.529.022 706.777 8,0
Subsídio de Fixação 2.183.234 1.938.830 1.767.776 1.629.984 -137.792 -7,8
Formação 1.051.920 1.285.512 1.338.616 1.385.186 46.570 3,5
Outros 63.965 61.856 53.652 54.322 670 1,2
Prestações Sociais Directas 422.996 614.415 741.838 696.460 -45.378 -6,1
Pensões 1.329.110 2.217.952 1.029.419 515.620 -513.799 -49,9
Encargos sobre Remunerações 48.333.789 54.097.808 52.181.774 54.429.512 2.247.738 4,3
Total 68.936.553 79.095.502 74.548.989 76.927.784 2.378.795 3,2
Fonte: Balancete do Razão Geral
2016/2015Outros Custos Com Pessoal
Relatório de Gestão 2016 33
FORMAÇÃO
Execução Formativa da sede da ARSLVT, IP – Formação Interna
A realização formativa da ARSLVT durante o ano de 2016 materializou-se num conjunto de 33
acções de formação que tiveram origem nas necessidades formativas identificadas em diagnóstico
e de acordo com os eixos estratégicos superiormente determinados, bem como a realização de 14
acções de formação extraplano consideradas prioritárias pelo Conselho Directivo e que
resultaram de necessidades prementes para responder a problemáticas de nível nacional como
internacional, nomeadamente em relação à emigração.
Os dados de formação interna apresentados, correspondem na realidade a dois planos
formativos, uma vez que em Abril de 2016, por ordem do Conselho Directivo, o Núcleo de
Qualidade e Formação deixou de existir e passou a ser denominado de Academia de Formação e
Desenvolvimento.
Assim, decorreu um plano formativo até ao final do 1º semestre de 2016, o qual teve o seu início
em Junho do ano anterior e, em maio de 2016, foi apresentado um novo plano formativo para ter
início em Setembro do mesmo ano.
No ano de 2016 no que respeita à área da saúde foram realizadas 23 acções. Deste total, 7 delas
foram no âmbito dos comportamentos aditivos e das dependências e foram incluídas no plano
formativo da ARSLVT em colaboração com a DICAD. A restante oferta formativa esteve associada
na sua grande maioria às áreas dos cuidados paliativos, cessação tabágica, violência doméstica,
materna, infantil e juvenil, violência de adultos, saúde mental em crianças e adolescentes.
As temáticas legislativas na política de prestação de cuidados de saúde para migrantes, refugiados
e pessoas em busca de asilo foram novamente debatidas em 4 acções, dando continuidade às já
realizadas no ano anterior, abrangendo assim 164 profissionais administrativos e de saúde que
lidam directamente com situações neste âmbito nos centros de saúde.
Dados Pedagógicos e Financeiros da Formação Realizada na Sede da ARSLVT, IP em 2016
2016 Nº Ações
Realizadas
Nº participações por duração da acção Total Horas
Nº Formandos Abrangidos
Custos Directos
até 30H 30h até 120H 120H ou +
Ações Internas 47
1.358 645 1.396 7.807,50 €
1.281 77
Ações Externas
11 11
423 11 6.314,00 € 6 4 1
Relatório de Gestão 2016 34
Comparando os dados do quadro apresentado em relação ao ano transacto, o número de acções
internas realizadas teve um acréscimo de 53% (25 em 2015 contra as atuais 47), o que levou
consequentemente a um aumento de 171% no número de formandos integrados nas acções (790
em 2015 contra os atuais 1.358).
Tal como é habitual, verificou-se um número de acções de formação que na sua grande maioria
tem uma carga horária inferior a 30 horas, o que corresponde a 91% do total realizado. A
diminuta carga horária tem como principal objectivo responder de forma imediata a diversas
necessidades formativas e reciclagem de outras temáticas já existentes.
De salientar que o número de profissionais na instituição “obriga” a que o programa das acções
seja delineado para uma carga horária mais reduzida, fazendo com que os mesmos estejam
ausentes por pouco tempo nos seus locais de trabalho.
Analisando o perfil funcional dos destinatários da formação interna, conclui-se que somente três
das categorias profissionais identificadas são responsáveis por mais de 71% dos formandos. Esses
perfis funcionais continuam a ser compostos por assistentes técnicos, médicos e enfermeiros,
seguidos da carreira de técnico superior de saúde.
São estas as carreiras com mais horas de formação interna, sendo que comparativamente ao ano
de 2015, os assistentes técnicos aumentaram o seu número de horas de formação muito por
força da realização de formação da área de ciências empresariais.
As acções realizadas na sede da ARSLVT, IP, recorrem todas a uma organização administrativa e
logística interna. Na sua grande maioria a formadores são internos não implicando custos de
monitoria. Foram realizadas mais 22 ações de formação que no ano anterior, mas houve uma
diminuição de 1.698,16€ relativamente à monitoria paga.
Não se verificaram custos directos em 26 acções, uma vez que se recorreu a transmissão de
conhecimentos de profissionais que integram o quadro da ARSLVT sede, a parcerias com a DGS e
outras entidades externas ligadas à saúde com programas nacionais já preparados para o efeito.
Execução Formativa da sede da ARSLVT, IP – Formação Externa
Durante o ano de 2016, usufruíram de formação em entidades externas à ARSLVT, 11 profissionais
da sede, que no seu total tiveram 423 horas de formação. Esta formação correspondeu
essencialmente a formação específica para gestão de direcção superior, auditorias e certificação
de instalações e equipamentos.
A carreira de técnicos superiores realizou a maioria da formação externa, com 6 profissionais.
Proporcionalmente à formação realizada, os custos diminuíram substancialmente.
Relatório de Gestão 2016 35
Execução Formativa dos ACeS da ARSLVT, IP – Formação Interna
Em relação ao trabalho desenvolvido nos 15 ACES, verificou-se, tal como o ano passado, que os
mesmos possuem um plano formativo mais ou menos estruturado consoante as necessidades dos
seus profissionais.
Durante o ano de 2016, as carreiras que mais formação interna realizaram foram as de medicina e
enfermagem, com um aumento na carreira de medicina comparativamente com o ano anterior,
de apenas 7%. Os enfermeiros também aumentaram ligeiramente a frequência de formação
interna com valores percentuais idênticos, 6,8%. A carreira de assistentes técnicos diminuiu
ligeiramente relativamente ao ano anterior.
A maioria da formação nos ACES está concentrada nos perfis funcionais médicos, enfermeiros e
assistentes técnicos, reflectindo por certo, o diagnóstico de necessidades formativas e as
debilidades que através do mesmo se conseguem percepcionar, mas igualmente o facto de estes
profissionais serem os que constituem os maiores grupos do universo de profissionais associados
aquelas estruturas.
Tal como no ano anterior, em termos de carga horária, as acções até 30 horas são as que foram
realizadas em maior número, mas houve um incremento de 100% nas acções com mais de 120
horas.
No que respeita aos custos, houve um aumento de 44%, consequência directa do aumento do
número de participações.
Execução Formativa dos ACES da ARSLVT, IP – Formação Externa
Verificaram-se 6.887 participações em formação externa nos ACES da ARSLVT, IP, num total de
104.877,50 horas de formação.
A maioria das acções de formação externa verifica a mesma tendência da formação interna no
que respeita à carga horária inferior a 30 horas.
Tal como nos anos anteriores, as carreiras que mais formação externa realizaram foram as de
medicina e enfermagem, totalizando um total de 89,7%. A carreira de “técnico de diagnóstico e
terapêutica” decresceu 58 participações, sendo que as restantes mantiveram os seus valores.
Os custos foram incrementados em cerca de 12% relativamente aos valores de 2015.
Relatório de Gestão 2016 36
Dados Pedagógicos e Financeiros da Formação Realizada nos ACES da ARSLVT, IP em 2016
2016 Nº Participações por duração da acção Total
Horas Custos Directos
até 30H 30h até 120H 120H ou +
Ações Internas
6.752 34.528 25.778,79 €
5.993 63 696
Ações Externas 6.887
104.877,50 173.483,64 € 6.629 251 7
Estágios Curriculares
Foram protocoladas mais 3 entidades durante o ano de 2016, perfazendo um total de 27
protocolos de colaboração entre a ARSLVT, IP e entidades de ensino público e privado.
A assinatura de protocolo permite a recepção imediata de estágios curriculares, que em 2016
contemplou cerca de 2.000 solicitações com múltiplas cargas horárias e em diversificadas áreas
temáticas, com inequívoco predomínio para a área da Saúde Enfermagem.
Relatório de Gestão 2016 37
RECURSOS FINANCEIROS
ORGANIZAÇÃO CONTABILÍSTICA
A actividade contabilística é suportada no POCMS – Portaria n.º 898/2000, de 28 de Setembro,
nas Circulares Normativas e Informativas da Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS,
IP), nos Regulamentos Internos existentes na ARSLVT, IP, nas Circulares Normativas do Conselho
Directivo da ARSLVT, IP. Todos estes documentos sistematizam, regulamentam e determinam
procedimentos que são seguidos pelos Serviços.
A ARSLVT, IP assenta a sua Contabilidade no sistema aplicacional ERP/SAP versão ECC 6.0,
incluindo as seguintes componentes:
Solução vertical da Administração Publica (PSM) – Contabilidade Orçamental;
Área Financeira (FI);
o Contabilidade Patrimonial (inclui contas a pagar e a receber);
o Gestão de tesouraria e reconciliação bancária.
Área Analítica (CO)
o Contabilidade analítica (centros de custos e ordens internas)
Gestão do imobilizado (AA);
Compras e gestão de stocks (MM);
Facturação (SD);
Gestão de contractos (controlo financeiro e Contratação Pública) (PS);
Módulo de Gestão de Penhoras;
Portal WEB ARSexpress – acesso descentralizado (registo das taxas moderadoras cobradas
diariamente);
Diversos Interfaces para carregamento de documentos e operações em massa, incluindo:
o CCF-medicamentos;
o CCF-MCDT’s;
o SISO (cheque dentista);
o RHV (vencimentos);
o Interface genérica de despesa (contas a pagar);
o Interface genérica de receita (contas a receber);
Os vários módulos encontram-se integrados, o que permite uma gestão efectiva dos processos
contabilístico-financeiros.
Relatório de Gestão 2016 38
Existem Demonstrações Financeiras mensais que são apresentadas ao Conselho Directivo da
ARSLVT, IP, existindo também, um reporte mensal à Direcção Geral do Orçamento (DGO) e à
Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS).
A ARSLVT, IP em 2016 estava Organizada em Serviços Centrais e 15 Agrupamentos de Centros de
Saúde (ACES).
EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
No presente ponto será analisada, de forma sintética, a evolução e todo o processo de
arrecadação das receitas e realização das despesas, permitindo, também, avaliar os desvios e o
desempenho relativamente às Previsões e Dotações Iniciais.
ORÇAMENTO DE RECEITA
No mapa e gráficos seguintes são apresentados os valores globais do Orçamento de Receita (OR)
da ARSLVT para os anos 2013 a 2016.
Em termos absolutos verifica-se que em 2016 o valor do OR aumentou 69,4 milhões de euros face
a 2015.
(Euros)
Orçamento Receita 2013 2014 2015 2016
Receitas Correntes 1.474.467.692 1.425.613.130 1.383.250.516 1.459.529.636 76.279.120 5,5
Receitas Capital 678.031 141.320 7.950 35.597 27.647 347,8
Outras Receitas 1.784.000 356.674 7.320.191 422.937 -6.897.254 -94,2
Total 1.476.929.723 1.426.111.124 1.390.578.657 1.459.988.170 69.409.513 5,0
Fonte: Mapa 7. 2 - Controlo Orçamental Receita
2016/2015
Ao nível das Receitas Correntes o ano de 2016 apresenta um aumento de 76,2 milhões de euros
face a 2015.
A Receita de Capital prevista em 2016 apresenta um aumento de 27 mil euros face a 2015.
As Outras Receitas apresentam uma diminuição de 6,8 milhões de euros face a 2015.
Relatório de Gestão 2016 39
0,00 500.000.000,00 1.000.000.000,00 1.500.000.000,00
2013
2014
2015
2016
Receitas Correntes
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
2013
2014
2015
2016
Receitas Capital
Relatório de Gestão 2016 40
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
2013
2014
2015
2016
Outras Receitas
ORÇAMENTO DE DESPESA
O mapa e os gráficos seguintes apresentam os valores globais do Orçamento de Despesa (OD) da
ARSLVT para os anos de 2013 a 2016.
Verifica-se o mesmo comportamento que no Orçamento da Receita, ou seja, um aumento de 68,5
milhões de euros face a 2015.
(Euros)
Orçamento Despesa 2013 2014 2015 2016
Despesas Correntes 1.469.990.142 1.422.089.631 1.387.962.658 1.454.132.195 66.169.537 4,8
Despesas Capital 6.939.581 4.021.493 1.333.094 3.679.303 2.346.209 176,0
Total 1.476.929.723 1.426.111.124 1.389.295.752 1.457.811.498 68.515.746 4,9
Fonte: Mapa 7. 1 - Controlo Orçamental Despesa
2016/2015
Ao nível das Despesas Correntes o ano de 2016 apresenta um acréscimo de 66,1 milhões de euros
face a 2015.
As Despesas de Capital em 2016 apresentam um aumento de 2,3 milhões de euros face ao ano
anterior.
Relatório de Gestão 2016 41
0 500.000.000 1.000.000.000 1.500.000.000
2013
2014
2015
2016
Despesa Correntes
0 2000000 4000000 6000000 8000000
2013
2014
2015
2016
Despesas Capital
Relatório de Gestão 2016 42
ANÁLISE DAS MODIFICAÇÕES AO ORÇAMENTO INICIAL
No decorrer de 2016 foram realizadas 10 Modificações Orçamentais, tipo gestão flexível.
MODIFICAÇÕES AO ORÇAMENTO DA RECEITA
Da leitura do mapa abaixo verifica-se que ao nível das modificações orçamentais da Receita, as
mais significativas tiveram por base o reforço dos Capítulos de Transferências Correntes (+97,1
M€), Taxas, Multas e Outras Penalidades (+ 2,3 M€), e a diminuição Outras Receitas Correntes (-
1,2 M€).
Em termos globais as previsões corrigidas tiveram uma variação positiva de 100,9 milhões de
euros (+ 7,4%).
Modificações Orçamentais à Receita
Unid. Eur
Valor PesoInscrições/
Reforços
Diminuições/
AnulaçõesCred. Especial Valor Peso
1 Impostos Directos
2 Impostos Indirectos
4 Taxas, Multas e Outras Penalidades 31.837.741 2,33% 2.996.285 630.104 0 34.203.922 2,33% 7,4
5 Rendimentos da Propriedade 18.432 0,00% 0 10.237 0 8.195 0,00% -55,5
6 Transferências Correntes 1.313.020.242 96,15% 515.811.300 515.811.300 97.186.489 1.410.206.731 96,16% 7,4
7 Venda de Bens e Serviços Correntes 16.517.580 1,21% 1.985.184 2.642.871 0 15.859.893 1,08% -4,0
8 Outras Receitas Correntes 4.185.636 0,31% 45.933 1.344.548 0 2.887.021 0,20% -31,0
9 Vendas de Bens de Investimento 0 0,00% 0 0 0 0 0,00% -----
10 Transferências de Capital 0 0,00% 30.544 1.008 0 29.536 0,00% -----
12 Passivos Financeiros 0 0,00% 0 0 0 0,00% -----
13 Outras Receitas de Capital 0 0,00% 6061 0 0 6.061 0,00% -----
15 Reposições Não Abatidas nos Pag. 0 0,00% 5.979 0 0 5.979 0,00% -----
16 Saldo da Gerência Anterior 0 0,00% 0 0 3.314.251 3.314.251 0,23% 100,0
TOTAL 1.365.579.631 100,00% 520.881.286 520.440.068 100.500.740 1.466.521.589 100,00% 7,4
Fonte: Mapa 8.3.1.2 – Alterações Orçamentais - Receita
Capítulos Descrição
Previsões Iniciais Modificação Previsões Corrigidas
Variação
MODIFICAÇÕES AO ORÇAMENTO DA DESPESA
Ao nível das Modificações Orçamentais da despesa destaca-se a variação positiva global de 7,1 %
representando 96,9 milhões de euros, salientando-se um aumento de 128,4 milhões de euros nas
rubricas de Aquisição de Bens e Serviços e diminuição de 11,5 milhões de euros e 3,7 milhões de
euros nas rubricas de Despesas com o Pessoal e Aquisição de Bens de Capital respectivamente.
Relatório de Gestão 2016 43
Modificações Orçamentais à Despesa
Unid. Eur
1 Despesas com o Pessoal 307.093.531 22,49% 10.864.932 22.420.020 295.538.443 20,21% -3,8
2 Aquisição de Bens e Serviços 1.033.832.432 75,71% 584.330.042 552.832.521 96.980.610 1.162.310.563 79,47% 12,4
3 Juros e Outros Encargos 13.250 0,00% 315 13.304 0 261 0,00% -98,0
4 Transferências Correntes 174.258 0,01% 517.847 577 0 691.528 0,05% 296,8
5 Subsídios 0 0,00% 0 0 0 0 -----
6 Outras Despesas Correntes 136.322 0,01% 249.383 123.974 0 261.731 0,02% 92,0
7 Aquisição de Bens de Capital 7.088.873 0,52% 5.711.443 9.430.601 0 3.369.715 0,23% -52,5
8 Transferências de Capital 17.240.965 1,26% 9.408.620 26.261.585 0 388.000 0,03% -97,7
10 Passivos Financeiros 0 0,00% 0 0 0 0 -----
TOTAL 1.365.579.631 100,00% 611.082.582 611.082.582 96.980.610 1.462.560.241 100,00% 7,1
Fonte: Mapa 8.3.1.D – Alterações Orçamentais - Despesa
Agrupamento Descrição
Dotações Iniciais Modificação Dotações Corrigidas
VariaçãoCred. EspecialValor Peso
Inscrições/
ReforçosValor
Diminuições/
AnulaçõesPeso
ESTRUTURA DA RECEITA
Neste ponto será analisada a execução da Receita por classificação económica e sua evolução
comparada entre os anos 2013 a 2016.
EXECUÇÃO DA RECEITA
Ao nível da execução orçamental da Receita verifica-se uma execução global de 99,6 %.
Execução da Receita
Descrição Previsões Corrigidas Receita Cobrada Execução Peso do Capítulo
Impostos Indirectos
Taxas, Multas e Outras Penalidades 34.203.922 34.202.298 100,00% 0,02
Rendimentos de Propriedade 8.195 8.195 100,00% 0,00
Transferências Correntes 1.410.206.731 1.410.054.802 99,99% 0,97
Venda de Bens e Serviços Correntes 15.859.893 12.419.361 78,31% 0,01
Outras Receitas Correntes 2.887.021 2.844.981 98,54% 0,00
Correntes 1.463.165.762 1.459.529.637 99,75% 1,00
Venda de Bens de Investimento 0 0 0,00% 0,00
Transferências de Capital 35.597 35.596 100,00% 0,00
Capital 35.597 35.596 100,00% 0,00
Reposições não Abatidas nos Pagtos 5.979 848 14,18% 0,00
Reposições Abatidas nos Pagtos 0 0 ----- -----
Saldo da Gerência Anterior 3.314.251 422.089 12,74% 0,00
Outras Receitas 3.320.230 422.937 12,74% 0,00
Total 1.466.521.589 1.459.988.170 99,55% 1,00
Fonte: Mapa 7. 2 - Controlo Orçamental Receita
Unid. Eur
Relatório de Gestão 2016 44
EVOLUÇÃO DA RECEITA
Por comparação com o ano anterior, destaca-se o aumento de 73 milhões de euros na Receita
Cobrada.
Evolução da Receita
Ano Receitas Previsão Corrigida Receita Emitida Receita Cobrada Receita por Cobrar %
Receitas Correntes 1.474.467.692 1.683.423.649 1.475.931.658 207.491.990 100,1
Receitas de Capital 678.031 501.131 501.131 0 73,9
Outras Receitas 1.784.000 2.075.859 1.783.876 291.983 100,0
TOTAL 1.476.929.723 1.686.000.639 1.478.216.665 207.783.973 99,3
Receitas Correntes 1.425.613.130 1.422.462.018 1.424.749.693 -2.287.675 99,9
Receitas de Capital 141.320 141.315 141.315 0 100,0
Outras Receitas 356.674 11.028.599 338.303 10.690.296 100,0
TOTAL 1.426.111.124 1.433.631.932 1.425.229.311 8.402.621 100,1
Receitas Correntes 1.387.799.990 1.391.861.448 1.385.398.820 6.462.628 99,8
Receitas de Capital 1.483.762 318.380 161.167 157.213 10,9
Outras Receitas 1.294.905 1.294.224 1.294.224 0 99,9
TOTAL 1.390.578.657 1.393.474.052 1.386.854.211 6.619.841 99,7
Receitas Correntes 1.463.165.762 1.463.165.762 1.459.529.637 3.636.125 99,8
Receitas de Capital 35.597 35.597 35.596 1 100,0
Outras Receitas 3.320.230 3.320.230 422.937 2.897.293 12,7
TOTAL 1.466.521.589 1.466.521.589 1.459.988.170 6.533.419 99,6
Fonte: Mapa 7. 2 - Controlo Orçamental Receita* Receita por Cobrar do Ano
2013
2015
2016
Unid. Eur
2014
EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA RECEITA
Ao nível da estrutura da receita destaca-se a variação positiva de 78,4 M€ da rubrica de
Transferências Correntes e a diminuição de praticamente todas as outras rubricas, conforme
mapa seguinte:
Evolução da Estrutura da Receita(Euros)
2013 2014 2015 2016 Peso
Taxas, Multas e Outras Penalidades 47.959.004 34.921.550 35.277.530 34.202.298 2,3 -1.075.232 -3,0
Rendimentos de Propriedade 54.179 8.186 8.303 8.195 0,0 -108 -1,3
Transferências Correntes 1.392.682.303 1.364.095.190 1.331.603.629 1.410.054.802 96,6 78.451.173 5,9
Venda de Bens e Serviços Correntes 31.264.463 18.847.099 15.139.447 12.686.943 0,9 -2.452.504 -16,2
Outras Receitas Correntes 3.971.711 6.877.668 3.369.911 2.844.981 0,2 -524.930 -15,6
Correntes 1.475.931.660 1.424.749.693 1.385.398.820 1.459.797.219 100,0 74.398.399 5,4
Venda de Bens de Investimento 0 0 0 0 0,0 0 -----
Transferências de Capital 501.131 141.315 161.167 35.596 0,0 -125.571 -77,9
Capital 501.131 141.315 161.167 35.596 0,0 -125.571 -77,9
Reposições não Abatidas nos Pagamentos 1.783.876 338.303 11.319 848 0,0 -10.471 -92,5
Saldo da Gerência Anterior 0 0 1.282.905 422.089 0,0 -860.816 -67,1
Outras Receitas 1.783.876 338.303 1.294.224 422.937 0,0 -871.287 -67,3
TOTAL 1.478.216.667 1.425.229.311 1.386.854.211 1.460.255.752 100,0 73.401.541 5,3
Fonte: Mapa 7. 2 - Controlo Orçamental Receita
2016/2015Execução
Receitas
Relatório de Gestão 2016 45
ESTRUTURA DA DESPESA
Neste ponto será analisada a execução da Despesa por classificação económica e sua evolução
comparada entre os anos 2013 a 2016.
EXECUÇÃO DA DESPESA
Ao nível da execução orçamental da Despesa verifica-se uma execução global de 99,68 %.
Execução da DespesaUnid. Eur
Despesas Dotação Corrigida Compromisso Pagamento Comp. Por Pagar Grau. Ex. Orç.
Despesas com o Pessoal 295.537.966 295.534.189 295.534.189 0 100,00%
Aquisição de Bens e Serviços 1.162.311.060 1.158.749.982 1.157.693.354 1.056.628 99,60%
Juros e Outros Encargos 261 260 260 0 99,62%
Transferências Correntes 691.528 665.084 651.975 13.109 94,28%
Outras Despesas Correntes 261.711 259.917 252.417 7.500 96,45%
Correntes 1.458.802.526 1.455.209.432 1.454.132.195 1.077.237 99,68%
Aquisição de Bens de Capital 3.369.715 3.369.700 3.291.303 78.397 97,67%
Transferências de Capital 388.000 388.000 388.000 0 100,00%
Capital 3.757.715 3.757.700 3.679.303 78.397 97,91%
TOTAL 1.462.560.241 1.458.967.132 1.457.811.498 1.155.634 99,68%
Fonte: Mapa 7. 1 - Controlo Orçamental Despesa e Mapa 7.1 Controlo Orçamental Despesa SIGO
EVOLUÇÃO DA DESPESA
A execução orçamental da Despesa face a 2015 regista uma diminuição de compromissos por
pagar no valor de 0,2 milhões, conforme mapa seguinte:
Evolução da Despesa
Ano Despesas Dotação Corrigida Compromisso Pagamento Comp. por pagar Grau Ex. Orç.
Despesas Correntes 1.470.121.625 1.469.832.845 1.467.220.087 2.612.758 99,80
Despesas de Capital 6.808.098 6.650.252 6.637.722 12.530 97,50
Total 1.476.929.723 1.476.483.097 1.473.857.809 2.625.288 99,79
Despesas Correntes 1.422.089.631 1.420.909.791 1.419.972.503 937.288 99,85
Despesas de Capital 4.021.493 4.021.483 3.973.880 47.603 98,82
Total 1.426.111.124 1.424.931.274 1.423.946.383 984.891 99,85
Despesas Correntes 1.384.789.904 1.381.917.682 1.380.639.623 1.278.059 99,70
Despesas de Capital 4.340.922 3.023.017 2.900.338 122.679 66,81
Total 1.389.130.826 1.384.940.699 1.383.539.961 1.400.738 99,60
Despesas Correntes 1.458.802.526 1.455.209.432 1.454.132.195 1.077.237 99,68
Despesas de Capital 3.757.715 3.757.700 3.679.303 78.397 97,91
Total 1.462.560.241 1.458.967.132 1.457.811.498 1.155.634 99,68
Fonte: Mapa 7. 1 - Controlo Orçamental Despesa e Mapa 7.1 Controlo Orçamental Despesa SIGO
2014
2016
Unid. Eur
2013
2015
Relatório de Gestão 2016 46
EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA DESPESA
Em termos globais regista-se um aumento da Despesa paga de 5,4 % (+74,2 M€). Ao nível da
estrutura destacam-se, face ao ano anterior, as variações positivas de 5,7 % (+62,1 M€) na
Aquisição de Bens e Serviços e de 4,2 % (+ 12 M€) no Pessoal, e a diminuição de 82 % (- 1,1 M€)
na rubrica de Outras Despesas Correntes, conforme mapa seguinte:
Evolução da Estrutura da Despesa(Euros)
2013 2014 2015 2016 Peso
Despesas com o Pessoal 290.830.972 297.022.722 283.497.926 295.534.189 20,27 12.036.263 4,2
Aquisição de Bens e Serviços 1.175.981.824 1.121.635.595 1.095.513.380 1.157.693.354 79,41 62.179.974 5,7
Juros e Outros Encargos 6.370 198.012 21.475 260 0,00 -21.215 -98,8
Transferências Correntes 191.310 703.066 155.406 651.975 0,04 496.569 319,5
Outras Despesas Correntes 209.611 413.108 1.451.436 252.417 0,02 -1.199.019 -82,6
Correntes 1.467.220.087 1.419.972.503 1.380.639.623 1.454.132.195 99,75 73.492.572 5,3
Aquisição de Bens de Capital 5.560.260 3.559.671 2.801.684 3.291.303 0,23 489.619 17,5
Transferências de Capital 1.077.462 414.209 98.654 388.000 0,03 289.346 293,3
Capital 6.637.722 3.973.880 2.900.338 3.679.303 0,25 778.965 26,9
TOTAL 1.473.857.809 1.423.946.383 1.383.539.961 1.457.811.498 100,00 74.271.537 5,4
Fonte: Mapa 7. 1 - Controlo Orçamental Despesa
2016/2015Evolução
Relatório de Gestão 2016 47
ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
A análise económica e financeira do presente ponto, sintetiza os resultados alcançados pela
ARSLVT, I.P., bem como a sua situação patrimonial em 31 de Dezembro de 2016, comparada com
os três anos anteriores.
ANÁLISE DO BALANÇO – ESTRUTURA E EVOLUÇÃO
O Balanço retracta a situação do património à data de encerramento do exercício. A ARSLVT, IP
em 31/12/2016, apresentava um Activo Líquido de 341,3 M€ contra 342,8 M€ no mesmo período
do ano anterior registando uma redução global de 1,5 M€ face a 2015. Esta evolução é explicada
pelo efeito conjugado do aumento das Dívidas de Terceiros-Curto Prazo (6,3 M€) e diminuição das
rubricas de Imobilizado (3,8 M€), Existências (1,5 M€), Disponibilidades (1,1 M€) e Acréscimos e
Diferimentos (1,3 M€).
Balanço – Estrutura e Evolução
Unid. Eur
Descrição 2013 2014 2015 2016 Peso
Imobilizado 156.269.721 155.328.876 151.254.368 147.356.036 43,17 -3.898.332 -2,6
Imobilizações Corpóreas 156.269.721 155.328.876 151.254.368 147.356.036 43,17 -3.898.332 -2,6
Circulante 214.976.696 182.891.863 191.617.198 193.973.267 56,83 2.356.069 1,2
Existências 10.821.820 10.141.746 11.106.703 9.589.660 2,81 -1.517.043 -13,7
Dívidas de Terceiros - Curto Prazo 198.248.393 166.072.010 169.475.924 175.905.566 51,54 6.429.642 3,8
Disponibilidades 4.476.406 3.683.210 7.320.620 6.150.260 1,80 -1.170.360 -16,0
Acréscimos e Diferimentos 1.430.077 2.994.897 3.713.951 2.327.781 0,68 -1.386.170 -37,3
TOTAL ACTIVO 371.246.417 338.220.739 342.871.566 341.329.303 100,00 -1.542.263 -0,4
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Fundos Próprios 54.074.800 -3.787.484 -71.887.751 -74.119.550 -21,71 -2.231.799 3,1
Património 44.363.760 46.663.760 46.663.760 46.663.760 13,67 0 0,0
Subsídios 2.385.504 2.385.504 2.385.504 2.385.504 0,70 0 0,0
Doações 4.109.683 4.120.155 4.120.155 4.150.594 1,22 30.439 0,7
Reservas decorrentes de transf. de Activos 11.001.915 11.001.915 11.001.915 11.001.915 3,22 0 0,0
Resultados Transitados -50.009.071 -33.483.347 -69.241.723 -146.490.195 -42,92 -77.248.472 111,6
Resultado Líquido do Exercício 42.223.009 -34.475.471 -66.817.362 8.168.872 2,39 74.986.234 -112,2
Passivo 317.171.616 342.015.894 414.759.315 415.448.853 121,71 689.538 0,2
Provisões para Riscos e Encargos 27.376.036 27.600.995 35.276.120 36.805.677 10,78 1.529.557 4,3
Dívidas a Terceiros - Curto Prazo 5.722.007 6.722.308 6.539.728 6.075.768 1,78 -463.960 -7,1
Acréscimos e Diferimentos 284.073.573 307.692.591 372.943.467 372.567.408 109,15 -376.059 -0,1
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 371.246.417 338.228.411 342.871.564 341.329.303 100,00 -1.542.261 -0,4
Fonte: Mapa 5 - Balanço Analítico
ACTIVO2016/2015
Os Fundos Próprios diminuíram 2,2 M€, explicado pela diminuição verificada na rubrica de
Resultados.
O Passivo aumentou 0,6 M€ devido essencialmente ao aumento da rubrica Provisões para Riscos
e Encargos.
Relatório de Gestão 2016 48
DEMONSTRAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO FUNDO PATRIMONIAL
Apresenta um Saldo Inicial negativo de 71,8 M€ e um Saldo Final também negativo de 74,1 M€
resultantes dos aumentos e diminuições evidenciadas no mapa seguinte:
Unid. Eur
Código das
ContasDesignação Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final
5 Fundo Patrimonial -71.887.751 -2.260.905 -77.248.472 -74.119.549
51 Património 46.663.760 46.663.760
57 Reservas 17.507.574 30.440 17.538.014
575 Subsídios 2.385.504 2.385.504
576 Doações 4.120.155 30.440 4.150.595
577 Reservas Decorrentes de Transf. Activos 11.001.915 11.001.915
59 Resultados Transitados -69.241.723 -77.248.472 -146.490.195
88 Resultado Liquido do Exercício -66.817.362 74.986.234 8.168.872
Fonte: Balancete do Razão Geral
DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E
DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
Verifica-se que existiu um aumento de 0,2 M€ no CMVMC face ao ano anterior.
(Euros)
Matérias-primas, Subsidiárias e de Consumo 2013 2014 2015 2016
Existências iniciais 11.326.580 10.821.820 10.141.746 11.106.703 964.957 9,5
Compras 19.932.159 17.193.118 22.503.180 20.011.855 -2.491.325 -11,07
Regularização de existências -5.665 696.998 -510.800 -248.761 262.039 -51,30
Existências Finais 10.821.819 10.141.746 11.106.703 9.587.143 -1.519.560 -13,68
Custos no exercício 20.431.255 18.570.190 21.027.424 21.282.654 255.230 1,21
Fonte: Balancete do Razão Geral
2016/2015
ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – ESTRUTURA
E EVOLUÇÃO
A Demonstração de Resultados apresenta a formação do Resultado Líquido do Exercício que no
corrente exercício foi positivo em 8,1 M€, por comparação com os 66,8 M€ negativos de 2015 e
34,4 M€ negativos de 2014.
Relatório de Gestão 2016 49
Demonstração de Resultados – Estrutura e Evolução
Unid. Eur
Descrição 2013 2014 2015 2016 Peso
CUSTOS E PERDAS
Custo Merc. Vend.e Matérias Consumidas 20.431.255 18.728.796 21.027.424 21.282.654 1,43% 255.230 1,2
Fornecimentos e Serviços Externos 1.105.629.529 1.121.155.708 1.149.062.734 1.152.931.750 77,51% 3.869.016 0,3
Custos com o Pessoal 289.503.210 293.205.038 287.264.174 297.798.710 20,02% 10.534.536 3,7
Transf. Sub. Correntes Conc. Prest. Sociais 21.499 459.949 26.441 90.601 0,01% 64.160 242,7
Provisões do Exercício 1.638.637 256.575 8.988.482 1.558.305 0,10% -7.430.177 -82,7
Amortizações do Exercício 989.470 6.500.361 6.908.352 7.044.317 0,47% 135.965 2,0
Outros Custos Operacionais 111.222 92.250 121.382 63.684 0,00% -57.698 -47,5
Custos e Perdas Operacionais (A) 1.418.324.822 1.440.398.677 1.473.398.989 1.480.770.021 99,55% 7.371.032 0,5
Custos e Perdas Financeiros 86.397 99.758 110.089 93.843 0,01% -16.246 -14,8
Custos e Perdas Correntes (C) 1.418.411.219 1.440.498.435 1.473.509.078 1.480.863.864 99,56% 7.354.786 0,5
Custos e Perdas Extraordinários 6.431.399 45.313.878 31.122.948 6.530.984 0,44% -24.591.964 -79,0
Total dos Custos e Perdas (E) 1.424.842.618 1.485.812.313 1.504.632.026 1.487.394.848 100,00% -17.237.178 -1,1
PROVEITOS E GANHOS
Vendas e Prestações de Serviços 37.452.008 37.424.836 40.531.821 36.742.565 2,46% -3.789.256 -9,3
Proveitos Suplementares 33.971 71.632 98.427 85.442 -12.985 -13,2
Transferências e Subsídios Obtidos 1.426.259.699 1.364.124.071 1.331.608.576 1.410.097.921 94,29% 78.489.345 5,9
Outros Proveitos e Ganhos Oper. 19.424.188 24.275.802 23.693.391 20.796.952 1,39% -2.896.439 -12,2
Proveitos e Ganhos Operacionais (B) 1.483.169.866 1.425.896.341 1.395.932.215 1.467.722.880 98,14% 71.790.665 5,1
Proveitos e Ganhos Financeiros 174.227 8.838 8.553 8.196 0,00% -357 -4,2
Proveitos e Ganhos Correntes (D) 1.483.344.093 1.425.905.179 1.395.940.768 1.467.731.076 98,14% 71.790.308 5,1
Proveitos Extraordinários 118.044.308 25.431.660 41.873.896 27.832.643 1,86% -14.041.253 -33,5
Total dos Proveitos e Ganhos (F) 1.601.388.401 1.451.336.839 1.437.814.664 1.495.563.719 100,00% 57.749.055 4,0
Resultados Operacionais: (B - A) 64.845.044 -14.502.336 -77.466.774 -13.047.141 64.419.633 -83,2
Resultados Financeiros: (D - B) - (C - A) 87.830 -90.920 -101.536 -85.647 15.889 -15,6
Resultados Correntes: (D - C) 64.932.874 -14.593.256 -77.568.310 -13.132.788 64.435.522 -83,1
Resultados Extraordinários: 111.612.909 -19.882.218 10.750.948 21.301.659 10.550.711 98,1
Resultado Líquido do Exercício: (F - E) 176.545.782 -34.475.474 -66.817.362 8.168.871 74.986.233 -112,2
Fonte: Mapa 6 - Demonstração de Resultados
2016/2015
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS
A Demonstração dos Resultados Financeiros apresenta-se negativa em 85 mil euros, conforme
mapa seguinte:
Unid. Eur
2014 2015 2015 2016 2013 2014 2015 2016
681 - Juros suportados 1.728 389 15.383 232 781 - Juros obtidos 29 23 1
683 - Amortizações investimentos imóveis 0 0 0 0 783 - Rendimentos de imóveis 11.611 8.816 8.552 8.197
684 - Provisões p/aplicações financeiros 0 0 0 0 785 - Diferença câmbio favoráveis 0 0 0 0
685 - Diferenças de câmbio desfavoráveis 0 0 0 0 786 - Descontos p/pagamento obtidos 0 0 0 0
688 - Outros custos e perdas financeiras 84.669 99.369 94.706 93.611 788 - Outros proveitos ganhos fin. 0 0 0 0
Resultados financeiros (+/-) 120.931 -90.919 -101.536 -85.646
Fonte: Mapa 8.2.37 Demonstração dos Resultados Financeiros
Custos e Perdas Proveitos e Ganhos
Exercícios Exercícios
Relatório de Gestão 2016 50
SUBCONTRATOS
O mapa seguinte apresenta de forma desagregada a evolução dos custos com Subcontratos entre
os anos 2013 a 2016.
No global, face a 2015, verificou-se um acréscimo de 2,1 M€.
Destacam-se os aumentos de custos verificados nas rubricas de Endoscopia Gastrenterológica (3,4
M€), Cuidados Continuados (3,0 M€), Hemodiálise (2,3 M€), Outros Subcontratos (1,6 M€) e
Produtos Vendidos por Farmácias (1,2 M€).
Destacam-se, igualmente, as diminuições de Reembolsos (Trabalhos executados em entidades do
Ministério da Saúde) e de Reembolsos (Trabalhos executados em outras entidades).
(Euros)
1 - Meios Complementares de Diagnóstico 115.021.096 114.295.301 120.823.317 123.115.983 2.292.666 1,9
Assistência Ambulatória 519.740 496.410 499.125 499.833 708 0,1
Patologia Clínica 58.986.055 57.879.181 60.834.022 59.804.543 -1.029.479 -1,7
Anatomia Patológica 980.673 1.036.948 1.043.391 1.233.537 190.146 18,2
Imagiologia 40.602.367 39.162.582 40.711.020 40.127.794 -583.226 -1,4
Cardiologia 8.678.040 8.383.106 8.673.738 8.811.333 137.595 1,6
Electroencefalografia 152.987 131.795 125.331 112.287 -13.044 -10,4
Medicina Nuclear 1.916.614 1.779.497 1.817.122 1.917.912 100.790 5,5
Endoscopia Gastrenterológica 2.427.478 4.672.918 6.327.360 9.775.681 3.448.321 54,5
Pneumologia 441.740 430.623 565.497 601.836 36.339 6,4
Outros 315.402 322.241 226.711 231.227 4.516 2,0
2 - Meios Complementares de Terapêutica 126.178.835 129.422.129 132.572.091 135.580.697 3.008.606 2,3
Hemodiálise 106.880.147 110.161.084 113.210.566 115.514.298 2.303.732 2,0
Medicina Física e de Reabilitação 19.298.688 19.261.045 19.361.525 20.066.399 704.874 3,6
Outros
3 - Internamentos 15.746.374 3.050.288 2.732.174 40.915.557 38.183.383 1.397,5
Psiquiatria 12.488.962 6.255
Cuidados Continuados 3.257.412 3.044.033 2.732.174 40.915.557 38.183.383 1.397,5
4 - Transportes de Doentes 16.370.517 15.353.040 16.043.312 16.648.506 605.194 3,8
Bombeiros 13.513.398 13.728.496 14.614.512 15.212.634 598.122 4,1
Outros 2.857.119 1.624.544 1.428.800 1.435.872 7.072 0,5
5 - Aparelhos Complementares de Terapêutica 17 6 10 2 -8 -80,0
6 - Reembolsos ( Trabalhos executados ent MS) 27.840.708 29.444.379 29.635.476 25.557.493 -4.077.983 -13,8
7 - Reembolsos ( Trabalhos exec. em outras entidades ) 79.720.044 76.695.923 83.530.977 42.838.565 -40.692.412 -48,7
8 - Diversos - Outros Subcontratos, HFF, HPP, HCVP 231.256.956 296.551.598 284.055.072 285.657.033 1.601.961 0,6
9 - Produtos Vendidos por Farmácias 435.720.097 440.093.767 445.129.142 446.361.407 1.232.265 0,3
10 - TOTAL DE CONVENCIONADOS (soma 1 a 9) 1.047.854.644 1.104.906.431 1.114.521.571 1.116.675.243 2.153.672 0,2
Fonte: Balancete do Razão Geral
2015 2016/20152013 2014 2016
Relatório de Gestão 2016 51
RESULTADOS E SALDO DA GERÊNCIA
Da análise ao Balanço e à Demonstração de Resultados, que faz parte integrante deste Relatório,
identifica-se um Resultado Líquido positivo de 8,1 M€, um Resultado Operacional negativo de 13
M€ e um EBITDA de menos 6 M€, conforme mapa abaixo.
(Euros)
Débito 2013 2014 2015 2016
Proveitos Totais 1.467.065.627 1.451.336.842 1.437.814.664 1.495.563.720 57.749.056 4,0
Custos Totais 1.424.842.618 1.485.812.313 1.504.632.026 1.487.394.848 -17.237.178 -1,1
Proveitos Operacionais 1.448.989.510 1.425.896.343 1.395.932.215 1.467.722.880 71.790.665 5,1
Custos Operacionais 1.418.324.822 1.440.398.679 1.473.398.989 1.480.770.021 7.371.032 0,5
EBITDA 33.292.795 -7.777.017 -70.443.553 -6.002.824 64.440.729 -91,5
Resultado Operacional 30.664.688 -14.502.336 -77.466.774 -13.047.141 64.419.633 -83,2
Resultado do Exercício 42.223.009 -34.475.471 -66.817.362 8.168.872 74.986.234 -112,2
Fonte: Balancete do Razão Geral
2016/2015
O Saldo da Gerência situou-se nos 6.150.259,82 €, sendo 2.176.671,70 € de Fundos Próprios e
3.973.588,12 € de Fundos Alheios.