Download - Relatório de correção atmosférica
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Departamento de Geografia
Programa de pós-graduação em Geografia
Sensoriamento Remoto I
Relatório de correção atmosférica
Fernando de Souza Antunes
Rio de Janeiro 2015
O objetivo do presente relatório é apresentar o resultado da correção atmosférica
gerada à partir de duas imagens de áreas contíguas, geradas pela constelação de satélites
RapidEye, uma de 20/01/2011 e outra de 20/04/2011.
Entende-se como correção atmosférica o resultado da eliminação ou
minimização dos ruídos causados pelos gases e aerossóis presentes na atmosfera, ou
seja, entre o sensor e o alvo, que causam espalhamento da radiação eletromagnética.
Para trabalhos com grandes áreas, que necessitam de mais de uma imagem para
completar a área total, a correção atmosférica torna-se fundamental, não somente para a
minimização de ruídos causados pela atmosfera, mas para a melhor adequação das
imagens vizinhas e equalização. Na figura 1, observa-se a discrepância entre as duas
imagens sem correção atmosférica, que podem apresentar esta diferença devido a alta
dinâmica da atmosfera em um curto intervalo de tempo e locais diferentes.
Figura 1: imagens sem correção atmosférica.
Ao verificarmos a curva espectral de alvos específicos, como a vegetação,
identificamos uma alteração, como pode ser vista na figura 2, onde a banda 1 aparece no
gráfico como sendo a de maior reflectância, quando na verdade, deveria ser a banda 3
(verde) e a banda 5 (infravermelho próximo), que está corretamente com grande
reflectância.
Figura 2: resposta espectral de imagem sem correção atmosférica.
Para o procedimento foi utilizado o software ERDAS Imagine 2014 e seu
módulo ATCOR 2. Os parâmetros utilizados na correção foram os seguintes:
Tabela 1: parâmetros utilizados na correção atmosférica.
Além dos parâmetros mostrados na tabela 1, foram utilizados na seção
Atmospheric selection, a visibilidade estimada de 39 km e o modelo para região de
incidência solar escolhido foi o rural, midlat summer rural.
Com a correção feita, foi possível verificar a resposta espectral da vegetação e
analisar o gráfico que aparece na figura 3.
IMAGEMÂNGULO DE
ELEVAÇÃO SOLAR
ÂNGULO AZIMUTAL
SOLAR
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA
- SENSOR
ÂNGULO AZIMUTAL -
SATÉLITEELEVATION
7062740_116689 13.4 83.1 8.31 97.9 0.9
7063164_116689 36.4 22.7 22.7 279.2 0.9
Figura 3: resposta espectral de imagem com correção atmosférica.
Observa-se agora que a resposta espectral mostrada no gráfico da figura 3 está
condizente com o que se espera, onde a banda 1 tem valores mais baixos de reflectância
e a banda 3 e 5, verde e infravermelho próximo, respectivamente, os valores mais altos.
Após a correção atmosférica de cada imagem, foi feito o mosaico, unindo as
duas imagens (figura 4).
Figura 4: imagem mosaicada com correção atmosférica.
Analisando o resultado da correção atmosférica, chegamos a conclusão de que a
imagem terá um grande ganho de desempenho, no que diz respeito às respostas
espectrais esperadas, possibilitando uma maior confiabilidade nos trabalhos
desenvolvidos.