ESTADO DO MARANHÃO
FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – FUNAC/MA
CENTRO DA JUVENTUDE NOVA JERUSALÉM – CJNJ
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REGIMENTO INTERNO
São Luís – MA
2012
ESTADO DO MARANHÃO
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SUMARIO
Título Assunto Pag
I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Capítulo I – Dos Princípios do Atendimento Socioeducativo
Capítulo II - Da Medida de Semiliberdade
Capítulo III - Da Unidade de Atendimento
Seção I – Do Regimento Interno
Seção II – Da Rotina Pedagógica na Unidade
Capítulo IV - Dos Servidores
03
04
04
05
05
05
II DOS DIREITOS, DEVERES E INCENTIVOS
Capítulo I - Dos Direitos dos adolescentes
Capítulo II - Dos Deveres dos adolescentes
Capítulo III - Dos Incentivos dos adolescentes
06
07
08
III DA RECEPÇÃO E DO ACOLHIMENTO
Capítulo I - Das Disposições Gerais
Capítulo II - Da Recepção
Capítulo III - Do Acolhimento
Capítulo IV – Do Processo de Ambientação
09
09
10
10
IV DO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (PIA) 11
V DA CONVIVENCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Capítulo I – Das Disposições Gerais
Capítulo II – Das Visitas
Seção I – Das Visitas dos Familiares aos Adolescentes
Seção II – Das Visitas dos Adolescentes a seus Familiares
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12
12
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VI DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Capítulo I - Das Disposições Gerais
Capítulo II - Da Assistência Material
Capítulo III - Da Assistência Educacional
CAPITULO IV - Das Assistências Cultural, Esportiva e ao Lazer
Capítulo V - Da Assistência à Saúde
Capítulo VI - Da Assistência Social
Capítulo VII - Da Assistência Religiosa
Capítulo VIII - Da Assistência Jurídica
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14
15
15
16
16
17
17
VII DO REGULAMENTO DISCIPLINAR
Capítulo I - Das Disposições Gerais
Capítulo II - Das Faltas Disciplinares
Seção I - Das Faltas Disciplinares de Natureza Leve
Seção II - Das Faltas Disciplinares de Natureza Média
Seção III - Das Faltas Disciplinares de Natureza Grave
Capítulo III - Das Sanções
Capítulo IV - Da Aplicação das Sanções
Seção I - Das Circunstâncias Atenuantes
Seção II - Das Circunstâncias Agravantes
Capítulo V - Do Procedimento Disciplinar do adolescente
Capítulo VI - Da Comissão de Avaliação Disciplinar
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18
18
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21
22
22
22
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VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 25
ANEXO I Manual de Procedimentos Internos
ANEXO II Manual de Funções dos Servidores
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PORTARIA NORMATIVA Nº ...........
A PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE DO ESTADO DO MARANHÃO – FUNAC/MA, no exercício de
suas atribuições,
CONSIDERANDO as disposições da Lei 8.069/90 (Estatuto da
Criança e do Adolescente - ECA) e Lei 12.594/12(Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo - SINASE),
CONSIDERADO o Projeto Político Pedagógico da Fundação e o
Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo,
CONSIDERANDO que a Fundação deve garantir a proteção integral
dos direitos dos adolescentes, proporcionar o acesso às políticas sociais e uniformizar
procedimentos operacionais, DETERMINA:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Capítulo I
Dos Princípios do Atendimento Socioeducativo
Art.1º - A Fundação da Criança e do Adolescente-FUNAC, criada em
conformidade com a Lei nº 5.566/93, órgão do poder executivo estadual, vinculado a
Secretaria de Estado dos Direitos Humanos Assistência Social e Cidadania, é
responsável pela execução da política de atendimento a adolescente em cumprimento de
medida socioeducativa restritiva e privativa de liberdade.
Art.2º - São princípios do atendimento socioeducativo ao
adolescente/jovem, dentre outros:
I – respeito aos direitos humanos;
II – responsabilidade solidária entre a sociedade, o Estado e a família;
III – respeito à situação peculiar do adolescente como pessoa em
desenvolvimento;
Institui no âmbito da
Fundação, o Regimento Interno
do Centro da Juventude Nova
Jerusalém
–
Semiliberdade Masculina.
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IV – prioridade absoluta para o adolescente;
V - legalidade;
VI – respeito ao devido processo legal;
VII – excepcionalidade e brevidade;
VIII – incolumidade, integridade física e segurança;
IX – respeito à capacidade do adolescente em cumprir a medida, com
preferência àquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Art. 3º - As unidade de atendimento tem sua capacidade e
características quanto à medida socioeducativa, sexo e faixa etária definida de acordo
com o Estatuto da criança e do Adolescente e seu Plano de Ação pedagógico.
Capitulo II
Da Medida De Semiliberdade
Art. 4º - O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o
início, ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de
atividades externas, independentemente de autorização judicial.
§ 1º. É obrigatória a escolarização e a profissionalização, devendo,
sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade.
§ 2º. A medida não comporta prazo determinado, aplicando-se, no que
couber, as disposições relativas à internação.
Capitulo III
Da Unidade de Atendimento
Art.5º - O Centro de Juventude Nova Jerusalém - CJNJ, localizado à
Rua Bom Jesus, s/nº, no Bairro do São Cristóvão, nesta cidade, tem por finalidade o
atendimento a adolescentes/jovens do sexo masculino em cumprimento de medida
socioeducativa de semiliberdade.
Art.6º - O Centro de Juventude Nova Jerusalém - CJNJ atende
adolescente/jovem na faixa etária de 12 (doze) a 18 (dezoito) anos e, excepcionalmente,
até 21 (vinte e um) anos incompletos.
Parágrafo Único – O Centro da Juventude Nova Jerusalém tem
capacidade máxima para atender 12(doze) adolescentes/jovem, encaminhados por
autoridade competente, provenientes dos diversos Municípios do Estado do Maranhão
ou de outros Estados.
Art.7º - Caberá a esta unidade de atendimento apresentar, anualmente,
o plano de ação pedagógico, que englobará todos os aspectos do trabalho a ser
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desenvolvido na execução da medida socioeducativa, de âmbito técnico e
administrativo, a partir do levantamento das necessidades do adolescente e sua família,
das especificidades regionais e das características definidas para atendimento da
unidade.
Seção I
Do Regimento Interno
Art.8º - O objetivo deste Regimento Interno é regulamentar um padrão
de procedimentos que oriente as ações e atividades do cotidiano, estabelecendo a
disciplina trabalhada na Unidade.
I - Por disciplina entende-se o conjunto de procedimentos que
possibilitam a eficiência, a eficácia e a efetividade na execução das atividades
planejadas, em conformidade com o disposto no art.94 do ECA.
II - Este Regimento é composto pelo Manual de Rotina e Manual de
Funções do Servidor.
Seção II
Da Rotina Pedagógica da Unidade
Art.9º - A Rotina Pedagógica é a distribuição das atividades principais
da casa diariamente com seus respectivos horários e responsáveis diretos.
Parágrafo único: Para a construção da rotina pedagógica se aproveita
as funções básicas do organismo e necessidades fundamentais do ser humano: higiene,
alimentação, sono, convivência, reconhecimento e aprendizagem.
Art.10 - A finalidade da rotina pedagógica é levar o adolescente/jovem
ao cumprimento de horários, normas e regras, criando e mantendo responsabilidades e
cultivando a regularidade nos seus afazeres.
Art.11 - As atividades extraordinárias que completam a jornada, tais
como: festas das mães e dos pais, torneios esportivos, gincanas, festa junina, momentos
religiosos, aniversários, celebrações, solenidades, etc., serão organizados pelo conselho
pedagógico.
Capitulo IV
Dos Servidores
Art.12 – Os servidores responsáveis pelo atendimento ao
adolescente devem estabelecer vínculo e grau de conhecimento que permitam prestar
atenção e auxiliá-los na busca da superação de suas dificuldades internas e externas.
Parágrafo único – Os servidores devem, ainda, zelar para que o
adolescente mantenha a disciplina e demonstre responsabilidade durante a permanência
na unidade de atendimento.
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Art.13 – Aos crimes e infrações administrativas cometidas pelos
servidores deste Centro, serão apurados conforme as normas contidas no Estatuto do
Servidor, Estatuto da Criança e do Adolescente e outras normas correlatas.
TITULO II
DOS DIREITOS, DEVERES E INCENTIVOS DOS ADOLESCENTES
Capitulo I
Dos Direitos dos Adolescentes
Art.14 – Aos adolescentes são assegurados todos os direitos não
atingidos pela sentença ou pela Lei, sem distinção de natureza racial, social, religiosa ou
política.
Art.15 - São direitos do adolescente, dentre outros, os seguintes:
I – entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério
Público;
II – peticionar diretamente a qualquer autoridade;
III – entrevistar-se reservadamente com o seu defensor;
IV – obter informação sobre a sua situação processual;
V – receber tratamento com respeito e dignidade, assegurando-se o
chamamento pelo nome, à proteção contra qualquer forma de sensacionalismo e o sigilo
das informações;
VI – ter acesso às políticas sociais, prestadas por meio de assistências
básicas e especializadas, promovidas direta ou indiretamente pela unidade;
VII – receber visitas semanalmente;
VIII – corresponder-se com seus familiares e amigos;
IX – ter acesso aos meios de comunicação social;
X – manter a posse de seus objetos pessoais, desde que compatíveis e
permitidos pela segurança, e dispor de local seguro para guardá-los, recebendo
comprovante daqueles porventura depositados em poder da unidade;
XI – receber, quando de seu desligamento, os documentos pessoais
indispensáveis à vida em sociedade;
XII – solicitar medida de convivência protetora, assegurando-se
espaço físico apropriado, quando estiver em situação de risco;
XIII – receber orientação das regras de funcionamento da unidade e
das normas deste Regimento Interno, mormente quanto ao regulamento disciplinar.
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Capitulo II
Dos Deveres dos Adolescentes
Art.16 – Cumpre ao adolescente, além das obrigações legais inerentes
ao seu estado, submeter-se às normas de execução da medida socioeducativa.
Art.17- Constituem deveres do adolescente:
I – cumprir fielmente a medida socioeducativa e comportar-se
convenientemente;
II – tratar com urbanidade e respeito às autoridades, servidores e os
demais adolescentes;
III – ter conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de
fuga ou de subversão da ordem ou disciplina interna;
IV – atender às normas deste Regimento Interno e da unidade;
V – obedecer ao servidor no desempenho de suas atribuições;
VI - participar das atividades pedagógicas previstas no plano de ação
pedagógica;
VII – cumprir, quando imposta, a sanção disciplinar;
VIII – zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhe forem
destinados, direta ou indiretamente;
IX – manter a higiene pessoal e conservar o seu alojamento
organizado;
X – submeter-se a revista pessoal, de seu alojamento e pertences,
sempre que necessário e a critério da Unidade;
XI – encaminhar à área competente os objetos ou valores, cuja entrada
não é permitida na unidade;
XII – devolver, para a área competente, os objetos fornecidos pela
unidade e destinados ao uso próprio, quando de seu desligamento;
XIII – permitir a revista e controle, pela área competente, de seus
bens, pertences e valores, quando da entrada na unidade;
XIV – submeter-se a avaliação inicial e continuada pela equipe
multidisciplinar.
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Capitulo III
Dos Incentivos aos Adolescentes
Art.18 – Os incentivos têm por objetivo reconhecer o bom
comportamento do adolescente, a colaboração com a disciplina e as ordens internas, o
interesse e dedicação com as atividades pedagógicas e a evolução, pessoal e coletiva, no
cumprimento da medida sócio-educativa.
Art.19 – São incentivos:
I – o elogio;
II – a recompensa, em observância às prerrogativas da Lei.
§1º- O adolescente que cumprir integralmente as disposições contidas
no Regimento Interno, demonstrando bom comportamento e colaboração com a ordem e
disciplina internas, poderá receber elogio, que será comunicado ao Juiz competente.
§2º- A recompensa será atribuída ao adolescente que, além de atender
aos requisitos do parágrafo anterior, atingir as metas de acordo com a auto-avaliação
disciplinar.
§3º- Compete ao diretor da unidade, ouvida a equipe multidisciplinar,
conceder elogio ou recompensa.
Art.20 – Constituem recompensas, que podem ser concedidas ao
adolescente:
I – liberação na quinta-feira para convivência familiar e comunitária;
II – ter um dia no final de semana de lazer no shopping, praia, cinema,
teatro, restaurante, etc.;
III – liberação no dia do aniversário, tanto do adolescente/jovem como
dos responsáveis, para convivência familiar.
§ 1º – O diretor e a equipe técnica, ao concederem a recompensa,
poderão optar pela mais adequada no momento da concessão.
§ 2º - A concessão da recompensa seguirá critério de progressividade,
tendo por base o desenvolvimento demonstrado pelo adolescente, de acordo com auto-
avaliação disciplinar, e será solicitada ao diretor da unidade pela equipe
multidisciplinar.
Art.21 – O diretor da unidade, ouvida a equipe multidisciplinar,
poderá, por ato motivado, suspender ou restringir recompensas se o adolescente/jovem
deixar de atender os requisitos do § 2º do artigo 19 deste Regimento Interno.
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TITULO III
DA RECEPÇÃO E DO ACOLHIMENTO
Capitulo I
Disposições Gerais
Art.21– Nenhum adolescente será admitido, desligado ou transferido
da unidade, sem ordem expressa da autoridade competente, sob pena de
responsabilidade, nos termos do regulamento em vigor.
Parágrafo único: Nenhum adolescente será admitido ou transferido da
Unidade sem apresentação do Exame de Corpo de Delito feito no Município de
cumprimento da medida.
Art.22 – O adolescente só poderá ser admitido na Unidade em dias
úteis no horário das 08h às 18h.
Capitulo II
Da Recepção
Art.23- O Adolescente ao ingressar na Unidade será recebido pela
Direção, tendo os seus documentos de encaminhamento conferidos e assinados e, ficará
sujeito, de imediato, à:
I – revista pessoal e de seus objetos;
II – entrega do kit básico (escova de dente, creme dental, sabonete,
toalha, shampoo, condicionador e colchão, roupa de cama) para garantir a higiene
pessoal;
III – vestuário e alimentação;
IV – entrega dos objetos e valores, cuja posse não é permitida dentro
da unidade, mediante inventário e recibo daqueles por ventura depositado na unidade,
nos termos do art.124, inciso XV do ECA.
V – comunicação imediata aos pais, familiares ou responsável, legal a
respeito de sua entrada e transferência para a unidade.
Art.24 - O setor de enfermagem verifica situações de saúde aparente
para registro de avaliação inicial.
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Capitulo III
Do Acolhimento
Art.25– O acolhimento será feito pela Equipe Técnica, cabendo nesta
fase:
I – exposição e explicação sobre as normas deste Regimento Interno e
das demais normas do Centro.
II – abertura de 01 (uma) pasta de acompanhamento (dossiê) do
adolescente: para os registros da equipe multiprofissional;
III – Apresentação da Equipe de Referência ao adolescente/jovem;
Art.26– O adolescente/jovem será encaminhado para o alojamento,
observando os problemas externos que possa ter com seus pares, sendo isto avaliado
pela equipe que realizou o acolhimento.
Capitulo IV
Do Processo de Ambientação
Art.27 - Todo adolescente/jovem ao dar entrada na Unidade deverá
passar por um processo de ambientação durante um período de 03 (três) dias, quando
então, será dado inicio ao Plano Individual de Atendimento (PIA) pela equipe
multiprofissional.
Parágrafo único: Entende-se por processo de ambientação, o período
em que será apresentado ao adolescente/jovem o Regimento Interno, Manual do
Adolescente, bem como a rotina diária do Centro.
Art. 28 – Durante o processo de ambientação o adolescente/jovem terá
acesso somente:
I – Ao primeiro atendimento individual com os técnicos de referência
(Psicólogo, Assistente Social, Pedagogo e Advogado) em, no máximo, 48 (quarenta e
oito) horas;
II – Às visitas e às ligações dos familiares;
Art. 29 - A partir do 3º (terceiro) dia o adolescente/jovem deverá
frequentar as atividades internas e externas.
Parágrafo único: Quando o terceiro dia ocorrer no feriado ou no final
de semana, contar-se-á como terceiro dia, o primeiro dia útil seguinte.
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TITULO IV
DO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (PIA)
Art.30- O cumprimento das medidas socioeducativas, em regime de
semiliberdade ou internação, dependerá de Plano Individual de Atendimento (PIA),
instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o
adolescente/jovem.
Parágrafo único: O PIA deverá contemplar a participação dos pais ou
responsáveis, os quais têm o dever de contribuir com o processo ressocializador da
adolescente, sendo esses passíveis de responsabilização administrativa, nos termos
do art. 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente, civil e criminal.
Art. 31 - O PIA será elaborado sob a responsabilidade da equipe
técnica do respectivo programa de atendimento, com a participação efetiva do
adolescente e de sua família, representada por seus pais ou responsável.
Art. 32 - Constarão do plano individual, no mínimo:
I - os resultados da avaliação interdisciplinar;
II - os objetivos declarados pelo adolescente;
III - a previsão de suas atividades de integração social e/ou
capacitação profissional;
IV - atividades de integração e apoio à família;
V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do
plano individual;
VI - as medidas específicas de atenção à sua saúde.
Art. 33 - O plano individual conterá, ainda:
I – A definição das atividades internas e externas, individuais ou
coletivas, das quais o adolescente poderá participar; e
II - a fixação das metas para o alcance de desenvolvimento de
atividades externas.
Parágrafo único. O PIA será elaborado no prazo de até 45 (quarenta e
cinco) dias da data do ingresso do adolescente no programa de atendimento.
Art. 34 - Para a elaboração do PIA, a direção do respectivo programa
de atendimento, pessoalmente ou por meio de membro da equipe técnica, terá acesso
aos autos do procedimento de apuração do ato infracional e aos dos procedimentos de
apuração de outros atos infracionais atribuídos ao mesmo adolescente.
Parágrafo Único - O acesso aos documentos de que trata
o caput deverá ser realizado por funcionário da entidade de atendimento, devidamente
credenciado para tal atividade, ou por membro da direção, em conformidade com as
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normas a serem definidas pelo Poder Judiciário, de forma a preservar o que determinam
os arts. 143 e 144 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Art. 35 - Por ocasião da reavaliação da medida, é obrigatória a
apresentação pela direção do programa de atendimento de relatório da equipe técnica
sobre a evolução do adolescente no cumprimento do plano individual.
Art.36 - O acesso ao plano individual será restrito aos servidores do
respectivo programa de atendimento, o adolescente/jovem e a seus pais ou responsável,
ao Ministério Público e ao defensor, exceto expressa autorização judicial.
TITULO V
DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Capitulo I
Das Disposições Gerais
Art.37 – O adolescente/jovem em cumprimento de medida
socioeducativa de semiliberdade será garantido o direito de convivência familiar e
comunitária, após o trigésimo dia de seu ingresso na Unidade.
Capitulo II
Das Visitas
Seção I
Das Visitas dos Familiares aos Adolescentes
Art.38 – O adolescente receberá visita 01 (uma) vez por semana, as
quartas-feiras, no horário das 14hs às 17hs, sendo no máximo 03(três) visitantes por dia
de visita.
§ 1º - O diretor da unidade poderá, excepcionalmente e
fundamentadamente, autorizar visita em dia e horário diverso do estabelecido,
obedecida a periodicidade e o tempo máximo previstos no “caput”.
§ 2º - Em datas comemorativas serão excepcionalmente permitidos até
05 (cinco) visitantes por adolescente.
§ 3º- Crianças e adolescentes, nos termos do Estatuto da Criança e do
Adolescente, poderão adentrar na unidade acompanhados dos respectivos pais ou
responsáveis legais ou, se desacompanhados, somente mediante ordem judicial.
Art.39 – Quando do ingresso na unidade o adolescente deverá
informar os nomes e endereços dos visitantes.
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§ 1º - A relação fornecida pelo adolescente será submetida aos pais ou
responsáveis legais, que deverão anuir com as indicações.
§ 2º – A equipe multidisciplinar, após a anuência do § 1º, avaliará a
inclusão ou não no rol de visitantes, mediante apresentação de documentos.
Art.40 – Poderão visitar o adolescente/jovem os pais ou responsável
legal, os filhos, os avós, os irmãos, o (a) cônjuge e o (a) companheiro (a) com filho (s)
proveniente da relação.
I - A visita de namorada(o)/cônjuge será autorizada pelos responsáveis
do adolescente, no dia e horário estabelecido no art.38, após a constatação pela equipe
técnica de vínculo afetivo duradouro.
II - Os visitantes oriundos do interior do Estado que não tiverem onde
se hospedar poderão ficar alojados na Unidade, em espaço separado do adolescente,
durante o período máximo de 48(quarenta e oito) horas, com prévia comunicação à
Direção.
Parágrafo único - Na inexistência ou impedimento da visitação das
pessoas elencadas no “caput” o adolescente poderá receber a visita de família
alternativa, depois de comprovada a existência de vínculo afetivo duradouro, pela
equipe técnica.
Art.41 – A visita de indivíduo egresso do sistema penitenciário ou
que esteja em cumprimento de pena poderá ser permitido somente para pais ou irmãos
do adolescente.
Art.42 – O visitante deverá respeitar as normas de segurança
estabelecidas neste Regimento Interno, submetendo-se à revista pessoal e nos objetos
que portar.
Parágrafo único – O diretor da unidade poderá solicitar à autoridade
judiciária a suspensão temporária ou definitiva do visitante, inclusive dos pais ou
responsável legal, se existirem motivos sérios e fundados da sua prejudicialidade ao
cumprimento da medida do adolescente.
Seção II
Das Visitas dos Adolescentes aos Familiares
Art.43 – O adolescente/jovem que residem em São Luis terá direito a
visitar seus repensáveis após 30 (trinta) dias de sua admissão na unidade;
§ 1º - O adolescente/jovem só será liberado para visitar seus
familiares mediante assinatura de termo de responsabilidade, pelo seu responsável legal;
§ 2º - O adolescente permanecerá na companhia de seus familiares
durante o prazo de 03(três) dias, devendo sair da unidade na sexta feira até às 17hs e
retornar com o responsável na segunda feira as 08hs.
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TITULO VI
DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Capitulo I
Das Disposições Gerais
Art.44 – Ao adolescente/jovem é garantido o acesso às políticas
sociais básicas, providenciadas pela unidade, através de articulação com os
equipamentos públicos próximos ao local de atendimento e com a comunidade.
Art.45 – São assistências básicas ao adolescente:
I – material;
II – educacional
III - cultural, esportiva e ao lazer;
IV – saúde;
V – social;
VI – religiosa;
VII – jurídica.
Parágrafo único – Os procedimentos operacionais para a
implementação das políticas sociais, através das assistências básicas ao adolescente,
serão definidos no plano de ação da Unidade bem como no projeto político pedagógico
da Fundação da Criança e do Adolescente - FUNAC.
Capitulo II
Da Assistência Material
Art.46 – A assistência material será padronizada e deverá assegurar:
I - alimentação balanceada e suficiente;
II – vestuário;
III - enxoval de cama e banho;
IV - acesso a produtos e objetos de higiene e asseio pessoal;
V - acolhimento em alojamento em condições adequadas de higiene,
salubridade e segurança.
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Capitulo III
Da Assistência Educacional
Art.47 – O adolescente/jovem em cumprimento de medida
socioeducativa de semiliberdade tem direito à formação estudantil, nos termos do
art.120, § 1º do ECA.
Art.48 – A assistência educacional proporcionará a inclusão escolar do
adolescente, garantindo, ainda:
I – acesso a ensino fundamental e médio, obrigatórios e gratuitos, em
horários alternados e compatíveis, sem distinção racial ou de sexo, impedimentos
intelectuais ou físicos.
II – acesso a espaços internos que proporcionem contato e uso dos
recursos didáticos e pedagógicos;
III - espaços adequados visando o pleno desenvolvimento das ações
educacionais, compostos por salas de leitura, pesquisa, oficinas culturais e
profissionalizantes;
Art.49 – É garantido ao adolescente/jovem a matrícula nas escolas
Municipais e/ou Estaduais, mais próximas da Unidade.
Parágrafo Único: O pedagogo de referência da Unidade acompanhará
e monitorar a frequência e evolução do adolescente/jovem na escola.
Capitulo IV
Das Assistências Culturais, Esportivas e de Lazer
Art.50 – A assistência cultural, esportiva e ao lazer proporcionarão ao
adolescente/jovem:
I – O acesso às fontes de cultura que apóiem e estimulem as diferentes
manifestações culturais e a liberdade de criação;
II – Atividades de esporte, recreação e lazer, com fins educacionais e
de desenvolvimento à saúde, por meio de metodologia inclusiva às diversas atividades
físicas, aliadas ao conhecimento sobre o corpo e a socialização.
Art.51 – As assistência de que trata este capítulo serão garantidas
através de articulações e parcerias feitas pela Direção da Unidade e/ou da Sede
Administrativa da FUNAC com instituições governamentais e não governamentais.
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Capitulo V
Da Assistência à Saúde
Art. 52 – A atenção integral à saúde do adolescente/jovem, por meio
de ações educativas, preventivas e curativas e de forma articulada e integrada com o
sistema único de saúde nas instâncias municipais, estadual e federal, especialmente:
I – acompanhamento do desenvolvimento físico;
II – acompanhamento psicológico;
III – orientação sexual e reprodutiva;
IV – imunização;
V – saúde bucal;
VI – saúde mental;
VII – controle de agravos;
VIII – recebimento de medicamentos e insumos farmacêuticos.
Art.53 – O adolescente/jovem em cumprimento de medida
socioeducativa que apresente indícios de transtorno mental, de deficiência mental, ou
associadas, deverá ser avaliado por equipe técnica multidisciplinar e encaminhados para
avaliação neuropsiquiátrica que constate sua psicopatologia e grau de comprometimento
do distúrbio.
Parágrafo Único: Excepcionalmente, o juiz poderá suspender a
execução da medida socioeducativa, ouvidos o defensor e o Ministério Público, com
vistas a incluir o adolescente em programa de atenção integral à saúde mental que
melhor atenda aos objetivos terapêuticos estabelecidos para o seu caso específico. (§4ª,
Art.64, SINASE)
Capitulo VI
Da Assistência Social
Art.54 - A assistência social garantirá o acesso e a inclusão do
adolescente nos programas, bens e serviços da rede sócio-assistencial, promovendo o
fortalecimento da cidadania, por meio da convivência familiar e comunitária,
proporcionando, dentre outros:
I – acompanhamento sistemático e contínuo do adolescente e sua
família durante o cumprimento da medida sócio-educativa;
II – orientação, encaminhamento e acompanhamento dos
procedimentos oficiais para obtenção dos documentos pessoais;
III – integração e acesso às assistências básicas e especializadas,
definidas neste Regimento Interno, por meio da rede sócio-assistencial;
IV – encaminhamento para a rede de assistência social do seu
município após o cumprimento da medida.
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Capitulo VII
Da Assistência Religiosa
Art.55 - A assistência religiosa, com liberdade de crença e
participação, será oferecida ao adolescente, permitindo-lhe o acesso aos serviços em
local apropriado para encontros e celebrações.
Capitulo VIII
Da Assistência Jurídica
Art.56 - Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o
devido processo legal, devendo ser garantido acesso à Assistência Jurídica.
Art.57 - São asseguradas ao adolescente em restrição de liberdade
entre outras, as seguintes garantias:
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional;
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com
vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III - defesa técnica por advogado ou defensor público;
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na
forma da lei;
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em
qualquer fase do procedimento.
TITULO VII
DO REGULAMENTO DISCIPLINAR
Capitulo I
Das Disposições Gerais
Art.58 – A disciplina é instrumento e condição de viabilização da
Proposta pedagógica, a fim de alcançar o conteúdo pedagógico da medida
socioeducativa, e consiste na manutenção da ordem, por meio de ações colaborativas, na
obediência às determinações das autoridades e de seus agentes, na participação nas
atividades pedagógicas e no cumprimento da medida imposta.
Art.59 - Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e
anterior previsão legal ou regulamentar.
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§ 1º - As sanções disciplinares têm caráter educativo e respeitarão os
direitos fundamentais e a individualização da conduta do adolescente/jovem.
§ 2º - O adolescente não poderá ser responsabilizado, mais de uma
vez, pelo mesmo fato.
§ 3º - São vedadas sanções que impliquem em tratamento cruel,
desumano e degradante.
§ 4º - São proibidas a incomunicabilidade e a suspensão de visita,
assim como qualquer sanção que importe prejuízo às atividades obrigatórias,
consistentes na escolarização, profissionalização e nas medidas de atenção à saúde,
salvo quando para garantir a integridade física dos adolescentes.
§ 5º - A aplicação de sanção coletiva pressupõe a individualização da
conduta de cada adolescente.
Art.60 - O poder disciplinar será exercido de acordo com este
Regimento Interno.
Capitulo II
Das Faltas Disciplinares
Art.61 – As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e
graves.
Art.62 – O adolescente que concorrer para o cometimento da falta
disciplinar incidirá nas mesmas sanções cominadas ao autor, na medida de sua
participação.
Art.63 – Nas faltas disciplinares de natureza grave, conforme o caso, o
diretor da unidade registrará o Boletim de Ocorrência e comunicará o Juiz competente,
para os fins previstos em lei.
Art.64 – Os pais ou responsável legal pelo adolescente, cuja prática de
falta disciplinar se imputa, serão comunicados da ocorrência no primeiro dia de visita
posterior ao fato e antes que ela se inicie.
Seção I
Das Faltas Disciplinares de Natureza Leve
Art.65 – São faltas leves aquelas que não ocasionam prejuízos a si ou
a terceiros.
Art.66 - Considera-se falta disciplinar de natureza leve:
I – Sair da unidade sem autorização;
II – Transitar em espaços da unidade não destinados ao adolescente,
sem autorização;
III – Negociar objetos de uso pessoal;
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IV – Trajar-se sem o vestuário adequado, quando do atendimento e
participação em atividades internas e externas;
V – Negar-se a realiza higienização no seu alojamento;
VI – Trazer equipamentos eletroeletrônicos (celular,televisão,
aparelho de som, DVD);
VII – Não cumprir os horários determinados na rotina pedagógica;
VIII – Não respeitar a privacidade dos colegas;
Seção II
Das Faltas Disciplinares de Natureza Média
Art.67 – São faltas médias aquelas que não ocasionam prejuízos ou
danos a terceiros.
Art.68 – Considera-se falta disciplinar de natureza média:
I - sujar as instalações da Unidade (pichações e danos materiais);
II – recusa à participação nas atividades do Centro ou simulação de
doença para eximir-se de dever legal ou regulamentar;
III – divulgar notícia que possa perturbar a ordem ou disciplina
interna;
IV – portar documentos, objetos ou valores não cedidos e não
autorizados pela unidade;
V – Agressão verbal e/ou gestos obscenos praticados pela primeira
vez contra colegas, funcionários e visitantes
VI – apresentar comportamentos inadequados (brincadeiras agressivas
e desrespeitosas) com outros adolescentes ou com funcionários, além de provocar
perturbações com ruídos, vozerios ou vaias;
VII – impedir ou perturbar a realização de atividades pedagógicas, a
recreação ou o repouso noturno e evadir-se de atividades internas ao Centro;
VIII – praticar atos de comércio de qualquer natureza;
IX – trocar de alojamento, sem autorização;
X – danificar roupas e objetos de uso pessoal;
XI – apostar em jogos de azar de qualquer natureza;
XII – deixar de submeter-se à revista pessoal, de seu alojamento, bens
e pertences;
XIII – apropria-se e fazer uso de roupas e objetos de outros, sem
permissão dos mesmos;
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XIV – Inutilizar ou jogar fora sua própria alimentação com intuito
agressivo (no chão, parede, outrem);
XV – desobedecer às determinações da comunidade administrativa
(Direção, Corpo Técnico, Auxiliares, Instrutores e Professores);
XVI – cometer pequenos furtos (roupas, objetos dos adolescentes,
material de expediente do Centro e outrem);
XVII – envolver-se em tentativa de fugas, sem danos aos demais
adolescentes e ao Centro (em relação a ação do ato);
XVIII – Ausentar-se ou não frequentar atividades externas.
Seção III
Das Faltas Disciplinares de Natureza Grave
Art.69 - São faltas que põe em risco a integridade física ou moral de si
ou de terceiros e/ou a segurança da Unidade.
Parágrafo único: Fica estabelecido que as faltas serão notificadas à
família e conforme o caso, registrado o Boletim de Ocorrência e comunicado ao Juiz
competente, para os fins previstos em lei.
Art.70 – Considera-se falta disciplinar de natureza grave:
I – fugir (com ou sem danos às pessoas e ao patrimônio);
II - possuir indevidamente instrumento capaz de ofender a integridade
física de outrem ou armas de qualquer natureza que possam ser utilizados em fuga ou
movimentos de subversão da ordem ou disciplina interna;
III – transitar sem roupa (nu) pela unidade e praticar atividade que
atendem contra o pudor;
IV – ter em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de
rádio ou similar que permita a comunicação com outros adolescentes ou com o
ambiente externo;
V – Jogar fezes e detritos nos alojamentos, outros espaços da unidade
e nas pessoas;
VI – Liderar e incentivar adolescentes para participar de fuga, motim,
rebelião, praticar incêndios, cometerem espaçamento sob ameaça ou participar de
movimento para subverter a ordem ou disciplina internas;
VII – receber, confeccionar, portar, ter, consumir ou concorrer para
que haja em qualquer local da unidade drogas psicoativas;
VIII – tentar contra a vida de funcionários, internos ou visitantes
(lesão corporal ou tentativa de homicídio);
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IX – praticar atos de violência com ou sem ameaça e /ou abuso sexual;
X – desrespeitar, afrontar e agredir verbalmente a funcionários e a
outros adolescentes.
Art.71- A prática de fato previsto como ato infracional, equivalente a
crime doloso, constitui falta de natureza grave e sujeita o adolescente à sanção
disciplinar e a processo judicial.
Capitulo III
Das Sanções
Art.72 - Constituem sanções disciplinares:
I – advertência verbal;
II – repreensão;
III – suspensão de atividades internas e externas, exceto escolarização
e profissionalização;
IV – recolhimento em local adequado e separado dos outros
adolescentes/jovens.
§ 1º - A advertência verbal é aplicável à falta disciplinar de natureza
leve.
§ 2º - A repreensão é punição revestida de maior rigor, aplicável em
casos de falta disciplinar de natureza média, bem como na hipótese de reincidência em
falta disciplinar de natureza leve.
§ 3º - A suspensão de atividades internas e externas, é sanção
disciplinar aplicável no caso de reincidência ou reiteradas reincidências em faltas
disciplinares de natureza leve e média, não podendo ultrapassar a 20 (vinte) dias.
§ 4º - O recolhimento em local adequado e separado é sanção
aplicável em falta disciplinar de natureza grave.
§ 5º - O adolescente, antes, durante e depois da aplicação da sanção
disciplinar deverá receber cuidados de saúde, bem como acompanhamento da equipe
psicossocial, garantindo-se o acesso irrestrito dos técnicos.
Art.73 – As faltas disciplinares correspondem as seguintes sanções,
previstas nos incisos do artigo 72 deste Regimento Interno:
I – leve e média: incisos I, II, III;
II – grave: inciso IV.
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Capitulo IV
Da Aplicação das Sanções
Art.74 – Na aplicação das sanções disciplinares será observado o
princípio da proporcionalidade e levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as
circunstâncias e as consequências do fato, assim como a pessoa do adolescente faltoso.
Seção I
Das Circunstâncias Atenuantes
Art.75 - São circunstâncias atenuantes, na aplicação das sanções:
I – primariedade em falta disciplinar;
II – bons antecedentes na unidade;
III – perturbação mental ou psicológica, atestada por autoridade
médica competente;
IV – assiduidade e bom aproveitamento nas atividades pedagógicas;
V – bom desempenho nas metas do plano individual de atendimento;
VI - ter desistido de prosseguir na execução da falta disciplinar;
VII – o desconhecimento da norma;
VIII - ter o adolescente:
a) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após
a falta disciplinar, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências;
b) cometido a falta sob coação a que podia resistir, ou em
cumprimento de ordem, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato
injusto de outrem;
c) confessado espontaneamente, perante a autoridade competente, a
autoria da falta disciplinar;
d) cometido a falta disciplinar sob a influência de tumulto, se não o
provocou.
Parágrafo único – A sanção poderá ser ainda atenuada em razão de
circunstância relevante, anterior ou posterior à falta disciplinar, embora não
expressamente regulamentada.
Seção II
Das Circunstâncias Agravantes
Art.76 – São circunstâncias agravantes, na aplicação das sanções:
I – reincidência em falta disciplinar;
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II – ter o adolescente cometido a falta disciplinar:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem em outra falta disciplinar;
c) à traição, de emboscada, dissimulação ou com abuso de confiança;
d) com emprego de fogo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou
de que podia resultar perigo comum;
e) sob efeito de substância psicoativas;
f) em concurso de adolescentes.
Art.77 – A sanção será, ainda, agravada em relação ao adolescente
que:
I – promove ou organiza a cooperação na falta disciplinar ou ainda,
dirige a atividade dos demais participantes;
II - coage ou induz outros adolescentes à execução material da falta
disciplinar;
III - instiga ou determina a cometer a falta alguém não punível em
virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV – executa a falta disciplinar, ou nela participa, mediante paga ou
promessa de recompensa.
Art.78 – O adolescente, cautelarmente, poderá ser separado dos
demais adolescentes, em local apropriado, sem prejuízo das atividades obrigatórias, pelo
prazo de 05 (cinco) dias, quando haja materialidade e indícios de autoria ou participação
em falta disciplinar de natureza grave e o convívio nas áreas comuns possa causar alto
risco à sua integridade, à de outros adolescentes ou à segurança da unidade.
§ 1º - A medida será determinada pelo diretor da unidade, em decisão
fundamentada.
§ 2º - O diretor da unidade deverá comunicar imediatamente a
Presidente da FUNAC e após, enviar cópia da decisão, no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas.
§ 3º - O Juiz competente deverá ser comunicado, com cópia da
decisão, no prazo de 24 (vinte quatro) horas.
Art.79 – A aplicação da medida cautelar não exime o diretor da
unidade de determinar a apuração do fato.
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Capitulo V
Do Procedimento Disciplinar
Art.80 – É dever do servidor que, por qualquer meio, presenciar ou
tiver conhecimento de falta disciplinar, de qualquer natureza, elaborar comunicado, que
conterá:
I - o nome e a identificação do adolescente;
II - local e hora da ocorrência;
III - a falta que lhe é atribuída;
IV - a descrição sucinta dos fatos;
V - a indicação da norma infringida e;
VI - o rol, de no máximo, 03 (três) testemunhas.
Parágrafo único - O comunicado será enviado ao diretor da unidade
que remeterá imediatamente à Comissão de Avaliação Disciplinar.
Art.81– A Comissão de Avaliação Disciplinar designará data para
ouvir o adolescente e as testemunhas eventualmente indicadas no comunicado.
Art.82 – Encerrada as oitivas e não sendo necessária a produção de
outras provas, a Comissão de Avaliação Disciplinar, assegurada a defesa, proferirá
decisão e aplicará a sanção, no prazo máximo de 05 (cinco) dias da ocorrência do fato.
Parágrafo único – A decisão deverá ser fundamentada e descreverá,
em relação a cada adolescente, separadamente, a falta disciplinar que lhe é atribuída, as
provas colhidas, as razões da decisão e, e for o caso, a sanção a ser aplicada.
Art.83 – O diretor da unidade, imediatamente à decisão da Comissão
de Avaliação Disciplinar, determinará as seguintes providências:
I – ciência ao adolescente, seus pais ou responsável legal;
II – registro em ficha disciplinar;
III – comunicação ao Juiz competente, na ocorrência de falta
disciplinar de natureza grave, nos termos este deste Regimento Interno;
IV – arquivamento na pasta de acompanhamento do adolescente.
Capitulo VI
Da Comissão de Avaliação Disciplinar
Art.84 – A Comissão de Avaliação Disciplinar será formada pelo
diretor da unidade, que exercerá a sua presidência, e mais 04 (quatro) membros, com
respectivos suplentes, representantes das seguintes áreas: pedagógica, psicológica,
jurídica e serviço social e monitoria.
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Art.85 – A Comissão de Avaliação Disciplinar será designada por ato
da Presidência da FUNAC, para o exercício de 01 (um) ano, sendo admitida a
recondução.
TITULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art.86 – Continuam em vigor as Portarias e Comunicados Internos
expedidos pela Presidência da FUNACe Direção da Unidade, que não conflitem ou que
complementem as disposições deste Regimento Interno.
Art.87 – O diretor e vice diretor da unidade, o membro da equipe
técnica, pessoal administrativo e educadores são os responsáveis pelo correto e integral
cumprimento das normas deste Regimento Interno.
Art.88 – As normas deste Regimento Interno são aplicáveis ao
adolescente, mesmo quando em movimentação.
Art.89 - As faltas disciplinares em apuração ajustar-se-ão a este
Regimento Interno, caso os dispositivos sejam mais favoráveis ao adolescente.
Art.90 – As unidades administradas em parceria com organizações
não governamentais seguirão as regras contidas neste Regimento Interno, prevalecendo,
se existir conflito, o pactuado no instrumento de avença.
Art.91 – Todos os dados relativos ao adolescente devem ser
imediatamente registrados, sob pena de responsabilidade, nos termos da norma em
vigor.
Art.92 – Admite-se, na matéria de natureza processual constante deste
Regimento Interno, a interpretação extensiva ou aplicação por analogia.
Art.93 – A Direção da Unidade promoverá oficinas aos servidores
para a correta e integral aplicação deste Regimento Interno.
Art.94 – Os casos omissos serão resolvidos pela Direção da Unidade e
Presidência da Fundação da Criança e do Adolescente.
Art.95 – O presente Regimento Interno entra em vigor a partir da data
da sua homologação, revogando-se as disposições contrárias.
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ANEXO I
MANUAL DE
PROCEDIMENTOS
INTERNOS DO CENTRO
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CAPITULO I
NORMAS E PROCEDIMENTOS
1. DO SERVIDOR
O Centro da Juventude Nova Jerusalém (Centro de Medida Socioeducativa
de Semiliberdade), mantém um funcionamento ininterrupto, contando com
profissionais que trabalham em sistema de plantão e outros durante a
semana.
2. DA EQUIPE DE TRABALHO
A Equipe de Profissionais é formada por:
01 Diretora
01 Vice – Diretor
02 Assistentes Sociais
02 Psicólogos
01 Advogado
01 Pedagogo
03 Auxiliares de enfermagem
45 Educadores sociais (34 do sexo masculino e 11 do sexo feminino)
02 Instrutores de Oficinas
04 Administrativos
01 Almoxarifes
05 Serviços Gerais
07 Vigias
04 Cozinheiras
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3. DA ROTINA
O adolescente ao ser admitido neste Centro de Medida Socioeducativa de
Semiliberdade deverá conhecer e cumprir todas as normas e procedimentos
existentes, a rotina pedagógica, bem como o Regimento Interno da casa.
4. DO ACOLHIMENTO DO ADOLESCENTE
O acolhimento será feito pela equipe técnica após a recepção. Esta se dará
nos dias úteis, no horário das 8:00 às 18:00 horas.
5. DOS HORÁRIOS INTERNOS
5.1. Despertar
Despertar – 07:00 às 08:00h
(Higiene Pessoal / Limpeza dos Alojamentos)
5.2. Saída para as atividades
Manhã – 08:00h
Tarde – 13:00h
5.3. Do Repouso
Tarde – Após o almoço – 12:30h
Noite – 20:00h (22:00h adolescentes/jovens inseridos na escolarização)
5.4. Das Refeições:
Café da Manhã – 7:30 às 08:00
Almoço - 12:00 às 12:30h
Lanche - 15:00 às 15:30h
Jantar - 18:00 às 18:30h
Ceia - 21:00 às 21:30h
5.5. Da TV e Vídeo/Som.
Manhã – 11:30 às 12:00h
Tarde - No Intervalo das atividades (17:00 às 18:00)
Noite – TV das 18:00 às 20:00h
5.6. Uso do Telefone.
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Nas 4ª feiras os adolescentes/jovens poderão realizar e receber ligações das
9:00h às 11:00h; (Recebem duas ligações e realizam duas ligações tendo
duração de 05 min. cada uma);
Os adolescentes que se encontrarem em recolhimento disciplinar poderão
realizar e receber ligações; Será permitido o acesso de um adolescente por
vez;
Os adolescentes terão que estar acompanhados por um educador social para
realizar o procedimento; Deverão estar vestidos com camisa ou camiseta.
6. DOS ESPAÇOS E PERMANÊNCIA
6.1. Não é permitido o acesso/permanência do adolescente em:
Sala dos Educadores;
Almoxarifado;
Cozinha;
Na parte externa, somente com a autorização da Equipe Técnica ou
Direção e com acompanhamento do Educador.
6.2 São permitidos o acesso dos adolescentes para atendimento nos seguintes espaços:
Atendimento com a Diretoria;
Atendimento Técnico (psicológico, pedagógico, serviço social e jurídico):
Sala da Equipe Técnica no horário de 09:00h às 12:00 e das 14:00h às
17:30h.
Sala de enfermagem para atendimentos;
Pátio e quadra;
Espaço para refeições: Refeitório.
OBS.1: Os adolescentes têm direitos a acesso ao espaço onde estiver
instalado o telefone, nos horários estabelecidos para a utilização.
OBS.2: Os adolescentes não poderão permanecer em outros alojamentos
após o recolhimento.
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OBS.3: Os adolescentes deverão obrigatoriamente se alimentar no
refeitório, quer seja refeição ou lanche, exceto o lanche da noite.
OBS.4: Os adolescentes devem fazer suas refeições vestidos, sentados à
mesa, sob acompanhamento dos Educadores.
OBS.6: Fica proibido os seguintes materiais nos alojamentos dos
adolescentes (baralho, cadeiras, TV, rádio, etc).
7. DA ESCOLARIZAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO
É obrigatória a participação do adolescente nas atividades de escolarização e
profissionalização mesmo estando em recolhimento disciplinar, exceto os
que estiverem ameaçando a integridade física e a segurança de outros
adolescentes.
7.1. Escolarização
A escolarização funcionará externamente e será:
Contínua
Realizada de 2ª à 6ª feira
Funcionarão em todos os turnos (matutino, vespertino e noturno).
7.2 Profissionalização
Os cursos, profissionalizantes deverão funcionar respeitando a escolarização, e
disponibilidade de horários dos adolescentes/jovens:
a) Aquisição de conhecimento que o qualifique para a
profissionalização, possibilitando a reintegração social e o resgate de
sua cidadania.
b) Desenvolvimento das Habilidades básicas:
Vinculo à educação básica (escolarização)
Valorização das relações humanas e de trabalho
c) Os cursos profissionalizantes são externos,através das parcerias com as
instituições governamentais e não governamentais do S .
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8. ESPORTE / CULTURA / LAZER
As atividades de esporte, cultura e lazer serão oferecidas em caráter interno e externo.
OBS.1: Nos eventos comemorativos com a participação dos familiares,
todos os adolescentes participarão, inclusive os em recolhimento disciplinar
(exceto aqueles que estiverem causando risco a outros adolescentes);
OBS.2 : Estarão inseridos em todas as atividades internas e externas os
adolescentes admitidos logo após completarem 72h de adaptação.
9. DAS SAÍDAS DOS ADOLESCENTES DA UNIDADE
É permitida a saída dos adolescentes da unidade,conforme avaliação multidisciplinar
para:
Escolarização;
Profissionalização
Atendimento à solicitação judicial:
Assistência médica/odontológica:
Emergência.
Convivência familiar e comunitária;
Esporte, cultura e lazer
10. DA GUARDA/CONSERVAÇÃO DOS BENS E VALORES DOS
ADOLESCENTES
A responsabilidade pela guarda e conservação dos bens materiais é de
responsabilidade do adolescente.
No caso de furto e depredação destes bens, deverá ser registrada a
ocorrência no plantão da auxiliares.
Fica proibida a manutenção e uso de telefone celular por adolescentes.
É vetada a negociação de bens/valores ou serviços entre adolescentes e
funcionários ou entre esses, sob qualquer pretexto.
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10.1. Do material fornecido:
É obrigação da Unidade, quanto da admissão do adolescente, fornecer um kit
básico, contendo:
Escova dental;
Sabonete;
Desodorante;
Colher e copo;
Colchão;
Lençol;
Toalha.
OBS 1: Os adolescentes liberados podem levar os materiais de uso pessoal,
com exceção do colchão;
OBS.2: Qualquer solicitação de materiais deverá ser feita aos educadores
que comunicará a direção, esta por sua vez avaliará o pedido encaminhando-
o ao almoxarife, a fim de que seja liberado. Seguirá, portanto, o seguinte
fluxo: ADOLESCENTE – EDUCADORES – DIREÇÃO –
ALMOXARIFE – ADOLESCENTE;
11. DO ATENDIMENTO MÉDICO:
É de responsabilidade da Unidade articular com o Sistema Único de Saúde
assistência médica/odontológica a todos os adolescentes.
Os adolescentes deverão ser acompanhados ao atendimento médico por Técnico na
Área de Saúde, Educador se o caso requerer.
O adolescente admitido deverá ser avaliado quanto às condições físicas e
incluído no programa de atendimento médico/odontológico da Unidade.
Quando o medicamento prescrito precisar ser adquirido, a solicitação
deverá ser encaminhada à Direção da casa que tomará as providências
cabíveis.
Durante a semana, é de responsabilidade do técnico na área de saúde e
auxiliares, a administração dos medicamentos dos adolescentes.
Nos horários noturnos, os medicamentos deverão ser ministrados aos
adolescentes pelos educadores.
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O adolescente não poderá ficar de posse do medicamento em qualquer
circunstância.
A programação semanal de atendimento médico/odontológico deverá ser
registrada no livro da monitoria/enfermagem e ser afixada com antecedência
no quadro de aviso da Unidade.
11.1. Dos adolescentes com doenças/dificuldades Mentais:
A Unidade não tem como atividade/fim trabalhar com adolescente com
problema de saúde mental, não dispondo, portanto, de infraestrutura para
este tipo de público;
Os adolescentes com suspeita de serem portadores destes tipos de
problemas deverão ser encaminhados para avaliação neuropsiquiátrica e
psicopatologia, que constante sua psicopatia e grau de comprometimento
do distúrbio;
Constatada patologia mental deverá ser feito encaminhamento jurídico
para que o adolescente seja transferido para instituição especializada;
As faltas cometidas por estes adolescentes também são caracterizadas
como leves; médias e graves como para o restante da comunidade, devendo
as sanções ser decididas mediante contínua avaliação destes por parte de
toda a Equipe e repassada à Comissão Disciplinar;
As sanções deverão ser estudadas, considerando nível de
comprometimento mental do adolescente e a periculosidade do mesmo.
Nos casos em que os distúrbios mentais conduzam as atividades hostis,
agressivas e de ameaças os mesmos devem ser mantidos reclusos em tempo
e condição que transcendam os sanções normais praticadas com outros
adolescentes, considerando o risco que trazem a toda a comunidade da
Unidade, devendo ser avaliados continuamente pelo psicólogo e assistente
social.
11.3. Do uso do Cigarro:
Não é permitido o uso de cigarro nas dependências da Unidade tanto pelos
adolescentes como aos funcionários.
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12. DAS REVISTAS:
As revistas na Unidade serão realizadas em três níveis:
Revistas aos familiares dos adolescentes e aos prestadores de serviços
temporários com permanência longa na Unidade;
Revistas aos adolescentes ao retornar das saídas da Unidade;
Revista aos alojamentos.
12.1. Aos familiares e prestadores de serviços com permanência longa na
Unidade.
As revistas são feitas pelos educadores, em local reservado e sempre no momento do
ingresso na Unidade:
Quando o visitante, prestador de serviços, negar-se a participar da
revista, este não poderá permanecer nas instalações da Unidade;
Quando detectar durante a revista a presença de objetos, drogas..., Em
relação às drogas, em caso de ser visitante, comunicar os Agentes
Policiais, o revistado será encaminhado para a Direção da Unidade, que
tomará as devidas providências;
Caso seja detectado, em outras ocasiões, a situação acima relatada, em
relação aos pais ou responsáveis dos adolescentes, será feita representação
jurídica contra os mesmos, bem como a proibição temporária das visitas,
por considerá-las nocivas aos adolescentes, de acordo com o Art. 124, § 2º,
XVI da ECA.
12.2. Aos adolescentes:
As revistas aos adolescentes serão feitas pelos educadores, devendo ocorrer:
No ato da admissão do adolescente na Unidade;
No desligamento dos adolescentes da Unidade;
Do retorno de qualquer situação em que o adolescente tenha saído da
Unidade;
Nas saídas e retorno dos adolescentes para as atividades e atendimentos.
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12.2. Aos alojamentos:
Serão feitas revistas em qualquer momento em que haja suspeita ou
denúncia de posse de armas, drogas e etc.;
Quando da situação acima referida, a revista será feita às outras áreas da
Unidade;
Deverão ser realizadas revistas gerais semanalmente;
13. DAS VISITAS DOS FAMILIARES AOS ADOLESCENTES:
São permitidas visitas aos adolescentes nas seguintes condições:
Nas quartas-feiras e aos sábados das 14:00 às 17:00h.
Será permitido o número máximo de três visitantes a cada adolescente e a
cada dia de visita. Nas datas comemorativas será permitido o aumento do
número de visitantes para quatro pessoas.
Os visitantes cuja entrada é permitida deverão ser:
Familiares: Pai, mãe, irmãos, filhos, avós;
Namoradas e amigos: se menores de (18) dezoito anos apenas
acompanhadas dos responsáveis. Se maiores de 18 anos deverão ter
autorização por escrito dos responsáveis pelo adolescente;
Todos os visitantes deverão ser identificados e revistados;
Todos os visitantes terão direito à circulação na unidade, exceto nos
alojamentos, cozinha, almoxarifado, área externa;
Mesmo com medida de recolhimento, o adolescente receberá visitas,
devendo sair do alojamento;
Os visitantes podem trazer lanches, desde que em embalagens não cortantes
(Biscoitos, refrigerantes, frutas,leite líquido e em pó), exceto maçã e
banana.
Não é permitido abraços e beijos com namorada ou esposa.
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14. DAS VISITAS DOS ADOLESCENTES AOS FAMILIARES:
Aos adolescentes que residem em São Luis é permitido passar o final de semana
com seus familiares com saída nas sextas feira e retorno nas segunda feira,
mediante termo de responsabilidade, assinado pelo responsável legal
Aos adolescentes em processos de sanções fica proibido a saída para
CAPITULO II
CUMPRIMENTO DE MEDIDA
14. DA LIBERAÇÃO DO ADOLESCENTE
A liberação só é efetivada mediante Ofício do Juizado da Infância e da
Juventude da Comarca que determinou a internação. Deverá ser feita
assinatura do Termo de Desligamento pelos pais ou responsável do
adolescente.
A Unidade é responsável pela entrega do adolescente, de posse de seus
objetos pessoais, à família ou Entidade onde este vai ficar.
Quando da capital:
O adolescente é encaminhado à sua residência ou o responsável vem pegá-
lo na Unidade, assinando o Termo de Desligamento;
Quando o adolescente for encaminhado à outra Entidade, a Unidade é
responsável por sua entrega a esta, devendo a Direção da mesma assinar o
Termo de Transferência.
Quando do interior:
Se os responsáveis vierem buscar o adolescente, estes deverão assinar o
Termo de Desligamento, levando o adolescente em sua companhia.
OBS 1: Caso os responsáveis não disponham de recursos financeiros para o
retorno, deverão informar antecipadamente à Direção da Unidade para que
esta providencie os recursos necessários ao retorno dos mesmos.
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OBS 2: Caso o adolescente precise ser encaminhado para o interior ou outra
capital, a FUNAC/Unidade, deverão encaminhar o adolescente à sua
residência, acompanhado de uma Assistente Social ou de um Educador
designado pela Direção da Unidade.
OBS 3: A Direção da Unidade deverá providenciar, em tempo hábil,
transporte, carro, diárias para quadro de pessoal envolvido e todas as
condições necessárias para entrega do adolescente.
CAPITULO III
DO REGULAMENTO DISCIPLINAR
15. DAS FALTAS E SANÇÕES:
Define-se por faltas o descumprimento voluntário por parte dos
adolescentes ao prescrito no Regimento Interno da Unidade;
As faltas cometidas pelos adolescentes estão sujeitas a penalizações, de
acordo com nível de gravidade das mesmas, sendo classificadas em:
FALTA LEVE: São faltas que não ocasionam prejuízos ou danos a si ou
a terceiros.
FALTA MÉDIA: São faltas que ocasionam prejuízos ou danos a
terceiros.
FALTA GRAVE: São faltas que põe em risco a integridade física ou
moral de si ou de terceiros e/ou a segurança da Unidade.
OBS.1: Fica estabelecido que as faltas serão notificadas à família e
conforme o caso, o diretor da unidade registrará o Boletim de Ocorrência e
comunicará o Juiz competente, para os fins previstos em lei;
OBS.2: Procedimentos com adolescentes maiores de 18 anos, serão
encaminhados a Justiça Comum;
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15.1. As sanções a serem aplicadas estão escalonadas em ordem crescentes de
severidade, compatibilizando-as com a gravidade da falta:
Advertência verbal;
Repreensão;
Suspensão de atividades recreativas e de lazer;
Recolhimento em local adequado e separado dos outros internos;
Acerca do recolhimento em local adequado, o escalonamento é:
24, 48, ou 72h no alojamento;
De 05-10-15-20 dias no alojamento;
OBS.1: Em caso de acúmulo de penalizações fica estabelecido a vigência da
sanção mais rigorosa, conforme a falta cometida, evitando-se a dupla
penalização;
OBS.2: Fica estabelecido a ampliação da sanção se durante o seu
cumprimento o adolescente cometer novas faltas;
OBS.3: Quando o início do cumprimento da sanção coincidir ou se
aproximar do horário normal de recolhimento do adolescente ao seu
alojamento, a contagem de horas estabelecidas no cumprimento da sanção
será iniciada a partir do momento da liberação do mesmo.
16. DAS SANÇÕES
As sanções a serem aplicadas seguirão os seguintes critérios:
Falta leve:
Advertência verbal;
Reincidência – Recolhimento de 24 à 48h.
Falta Média:
Repreensão, recolhimento de 48 à 72h.
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OBS: No caso de reincidência será registrado como Falta Grave.
Falta Grave:
10 a 20 dias de recolhimento no seu alojamento;
OBS:1. O adolescente que for encontrado com chuço no seu
alojamento,cometerá falta grave;
OBS:2. O adolescente com retorno para segunda provisória permanecerá
no seu alojamento porl0 dias, saindo para atividades pedagógicas após 72
horas.
OBS:3. Os adolescentes com reincidências ou reiteradas reincidências em
faltas disciplinares de natureza leve e média, só sairão do alojamento para
as atividades (escolarização, cursos, atendimentos, palestras, eventos, e
cerimoniais). Ficando suspenso das atividades recreativas e de lazer. Não
podendo ultrapassar 20 dias.
OBS:4. Adolescentes com medida de recolhimento receberá/fará ligações
somente nos dias e horários de visita.
OBS 5. Adolescentes que não receberem medida de recolhimento durante
30 dias será premiado com a sala de TV até às 21:00h, entretanto, estando
ele até às 21:00h e vier a receber uma medida de recolhimento sendo ela de
natureza leve, este ficará em observação por 10 dias e após poderá ser
oportunizado uma outra vez.
17. DAS FUGAS:
Constatada a fuga da Unidade, o procedimento será:
Comunicar a guarda de proteção (Polícia Militar) de plantão pelo número
190;
Registrar Boletim de ocorrência na Delegacia do Bairro;
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Comunicar ao juizado, Direção da FUNAC e familiares;
Recolher de imediato os pertences e os objetos de uso (colchão, lençóis,
etc.) e entregá-los ao almoxarife, os quais serão devolvidos após a
recaptura;
Caso haja danos materiais durante a fuga, estes deverão ser ressarcidos
pelo adolescente à Unidade, quando da captura do mesmo.
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ANEXO II
MANUAL DE FUNCÕES
DOS SERVIDORES
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Objetivo Fundamental:
O Centro da Juventude Canaã tem como missãoGarantir um atendimento humanizado e
com eficácia aos adolescentes em cumprimento de medida, acreditando no seu potencial
de mudança a partir da valorização de suas potencialidades e habilidades, em
consonância com o Estatuto da Criança e do Adolescente e SINASE. Para se alcançar
adequadamente este objetivo, serão definidas as equipes, funções, projeto pedagógico,
responsabilidades e sanções abaixo descritas.
MANUAL DE FUNÇOES DOS SERVIDORES
Objetivo:
Descrever as responsabilidades mínimas de cada profissional no exercício do seu cargo
além de ressaltar as posturas e ações fundamentais comuns a cada servidor. Definir o
organograma institucional, orientando o papel de cada setor e responsabilidades.
Posturas comuns a todos os servidores:
Pontualidade no cumprimento da jornada pedagógica;
Pautar-se pela ética no trato das informações sobre adolescentes e funcionários;
Prestar esclarecimentos por escrito sobre as ações realizadas durante o horário
de trabalho através de atas, relatórios, memorandos e comunicados;
Participar de reuniões para avaliação e planejamento das ações;
Participar de capacitações, treinamentos, qualificação profissional que melhorem
o atendimento do adolescente e a organização do trabalho de acordo com os
objetivos da unidade;
Contribuir com empatia e afetividade para uma formação adequada da equipe,
colaborando para um bom relacionamento Inter profissional;
Prever e comunicar com antecedência alterações que possam afetar a
tranqüilidade e/ou a segurança do Centro, tomando as devidas providências que
competem a sua função;
Cumprir, de acordo com a postura constatada, as regras e sanções estabelecidas
pelo manual do funcionário e Estatuto do Servidor;
Colaborar na preparação e participar das atividades extraordinárias de acordo
com o calendário institucional;
Cumprir as responsabilidades de sua função e colaborar com os demais para que
executem as suas com qualidade;
Propor soluções eficientes para as situações limite ou problemáticas;
Cumprir o Regimento interno e Manual do adolescente;
Zelar pelo patrimônio público e pelo bom uso dos materiais à disposição
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Organograma:
Agrupa os diversos funcionários em setores de acordo com a responsabilidade e funções
específicas. Os profissionais deverão estabelecer um cotidiano de relações que
permitam a funcionalidade da casa, o atendimento adequado do adolescente, familiares,
funcionários e visitantes. Além de estimular uma atitude colaborativa que permita a
adequada execução de ações comuns, embora possuam funções específicas.
FUNÇOES POR CARGO
Direção
Zelar para que a unidade cumpra adequadamente seu papel social e objetivos
geral e específicos;
Exigir que todo o corpo institucional cumpra as determinações do |Regimento
interno, manual de funções e do manual do adolescente;
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Aplicar as normas do manual de normas e procedimentos do funcionário,
juntamente com o responsável pelo setor;
Estabelecer vínculos com as comarcas atendidas;
Organizar toda a equipe para o bom funcionamento do organograma e
fluxograma institucional;
Estabelecer parcerias com outras instituições e esferas públicas para o bom
andamento do atendimento dos adolescentes de acordo com a lei;
Convocar, realizar e presidir reuniões mensais para avaliação e planejamento das
ações pedagógicas e administrativas da unidade;
Participar de reuniões periódicas com a presidência e direção da Funac dando
ciência de todas as ações na unidade;
Visitar todos os espaços da unidade ao assumir o plantão;
Configurar e fiscalizar o cumprimento do calendário institucional;
Tomar decisões administrativas e fiscalizar seu adequado cumprimento.
Vice-diretor
Estabelecer escala anual de férias;
Fiscalizar o cumprimento dos horários laborais dos servidores;
Zelar pelo provimento do almoxarifado e pelo bom uso dos materiais à
disposição das diversas atividades da casa;
Participar das reuniões mensais e semanais;
Organizar trocas de plantões e evitar que o atendimento da casa fique
prejudicado pela falta de funcionários;
Definir escala dos servidores de acordo com as necessidades pedagógicas e de
segurança da casa em parceria com a direção;
Garantir os materiais necessários para o desenvolvimento das atividades
pedagógicas;
Organizar e acompanhar todas as atividades ligadas aos recursos humanos;
Organizar as escalas de saídas do veículo, priorizando saídas para audiências e
médicas dos adolescentes;
Criar e atualizar a pasta do funcionário em parceria com os recursos humanos
(local onde fica arquivadas: folha de presença mensal, cópia do contrato,
atestados e justificativas diversas, etc.).
Assistência social
Preenchimento adequado da ficha de atendimento;
Manutenção e arquivamento de documentos no dossiê do adolescente;
Estabelecer contatos com equipes que atendiam o adolescente anteriormente;
Acompanhamento do adolescente no processo de adaptação do centro;
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Entrevista familiar;
Fortalecer os vínculos entre os adolescentes e familiares;
Estabelecer parcerias institucionais visando à inserção do adolescente e sua
família em programas sociais municipais e estaduais;
Providenciar documentos fundamentais (certidão de nascimento, fotos, carteira
de identidade, carteira de trabalho, CPF, Certificado de alistamento militar, etc.);
Realizar atendimento individual;
Elaboração de relatórios ou síntese de acompanhamento;
Atendimento em grupo de acordo com programação;
Visita domiciliar e contato telefone periódico com a família;
Acompanhamento das visitas dos familiares do adolescente na unidade;
Confecção e atualização da lista dos familiares e ou aparentados autorizados a
visitar o adolescente;
Confecção e atualização da lista de telefones autorizados para o contato com o
adolescente;
Orientação dos familiares quanto às regras da casa, materiais permitidos e / ou
proibidos na instituição e postura e roupas adequadas durante a visita na
instituição;
Elaboração, junto com os técnicos de psicologia e pedagogia propostas para o
plano individual de atendimento do adolescente;
Participar das reuniões com a equipe técnica e direção.
Psicologia
Realização de processo de entrevista do adolescente;
Construir a anamnese;
Atendimento psicológico individual de forma periódica e sistematizada com a
construção de um plano de atendimento individual, contemplando cada
indivíduo dentro de suas especificidades;
Planejar e executar o cronograma de atendimento em conjunto com os demais
integrantes da equipe técnica;
Elaboração do relatório psicológico do adolescente;
Atendimento familiar em parceria com a assistência social;
Realizar visita domiciliar junto com a assistente social, quando possível;
Encaminhamentos e acompanhamento do atendimento psiquiátrico quando
necessário;
Avaliação dos procedimentos junto à equipe técnica;
Planejar e executar atividades e procedimentos que possibilitem a re-
significação dos valores morais e éticos que conduzam a uma convivência
familiar e comunitária equilibrada e responsável;
Elaborar um plano de atendimento grupal (grupos operativo);
Participar das reuniões com a equipe técnica e direção.
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Advocacia
Formatação de todos os relatórios e documentos jurídicos em relação ao
adolescente;
Manutenção e arquivamento dos documentos referentes à pasta jurídica;
Confecção de relatórios circunstanciados quando solicitado;
Acompanhamento às audiências dos adolescentes enquanto guardião
institucional dos direitos jurídicos do adolescente;
Fornecer esclarecimentos a juizados e promotorias sobre o adolescente e o
cumprimento da jornada pedagógica;
Produzir a escala de audiências;
Responder solicitações das comarcas;
Atendimento jurídico individual e familiar para esclarecimento sobre a situação
do adolescente em relação à medida a ser cumprida, seu cumprimento e
procedimentos jurídicos atuais e futuros;
Estabelecer um contato regular com as comarcas para estabelecer conhecimento
e proximidade objetivando a agilidade dos processos;
Participar das reuniões com a equipe técnica e direção;
Assessorar juridicamente a direção quanto a procedimentos legais.
Pedagogia/Técnico em Assuntos Educacionais
Planejar, monitorar e avaliar as ações pedagógicas da escola e oficinas;
Garantir as condições ambientais adequadas ao desenvolvimento das
atividades educacionais e profissionalizantes;
Dar suporte aos profissionais que desempenham as atividades educacionais;
Participar de reuniões multidisciplinares com o objetivo de favorecer o
desenvolvimento do adolescente no seu processo educativo;
Manter permanente contato com os adolescentes para perceber suas
necessidades, interesses para melhor adequação das atividades educacionais
e profissionalizantes;
Participar de processos de educação continuada oferecidos pela instituição;
Estabelecer contato familiar para adequação da documentação escolar do
adolescente.
Setor de enfermagem
Visita aos alojamentos no início do dia para estabelecer demandas de saúde;
Administração de medicação simples e controlada;
Atendimento de emergência e encaminhamento à unidade de saúde;
Suporte ao atendimento médico;
Acompanhamento dos adolescentes nas consultas e procedimentos laboratoriais;
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Preenchimento da ficha de controle das medicações;
Preenchimento do livro-ata registrando as ações do plantão;
Preparação e entrega do material de primeiros-socorros para ao educadores do
plantão noturno;
Abertura e preenchimento adequado da ficha médico-laboratorial dos
adolescentes, registrando o histórico de procedimentos médicos;
Organizar campanhas de vacinação;
Marcar e confirmar consultas dos adolescentes preparando um quadro semanal
de utilização do veículo;
Administração dos primeiros socorros
Auxiliares técnico-pedagógicos/ Educadores
Proceder o acompanhamento aos adolescentes nas atividades diárias, orientando-
os quanto ao atendimento das suas necessidades e formação de hábitos sociais
(higiene pessoal, vestuário, repouso, limpeza e conversação dos ambientes);
Integrarem-se as atividades da Unidade, zelando pela organização e
cumprimento das normas e programações;
Acompanhar os adolescentes em todas as situações em que se faça necessária
sua saída da Unidade (atendimento médico/odontológico, audiências, atividades
profissionalizantes, lazer, refeitório, sala de vídeo etc;);
Manter sigilo profissional, bem como a coerência da equipe frente as situações
de emergenciais;
Revistar os adolescentes nas entradas e saídas das atividades e Unidade;
Orientar e incentivar os adolescentes quanto a sua participação nas atividades da
unidade (escolarização, profissionalização, recreação, esporte, cultura, religião,
trabalho);
Atender os indicativos e as orientações da administração e equipe técnica,
concernente à abordagem individual e grupal;
Fazer o registro diário das atividades realizadas e das ocorrências bem como
informar acerca dos bens sob a guarda dos educadores, no livro de registro, para
só então repassar para a equipe posterior;
Realizar revista diária (sempre que for necessária) nos alojamentos dos
adolescentes, bem como observar e monitorar o processo de visita referente à
ocupação dos espaços e posturas permitidas;
Zelar pela guarda e conservação dos bens materiais e equipamentos sob a guarda
dos educadores;
Suprir os adolescentes com material de higiene pessoal;
Monitorar os adolescentes nas atividades de limpeza/higienização diária das
dependências da unidade;
Participar regularmente das atividades inter setoriais;
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Manter permanentemente contato (dialogo) com os adolescentes atentando para
as suas necessidades, interesses, aspirações, bem como a ocorrência de
problemas, verificando os meios para os soluciona mentos;
Circular pela casa e alojamentos de maneira continua com objetivo de detectar e
solucionar problemas;
Ficar atento aos materiais de uso continuo (tesouras, régua, estilete etc) e seu
retorno;
Cumprir rigorosamente os horários da jornada pedagógica para que não haja
alteração;
Evitar critica do trabalho do outro colega, evitando levar essas criticas aos
espaços inadequados;
Cumprir adequadamente os horários de trabalho, evitando atrasos e saídas
excessivas para a portaria, ou mais cedo, ou não comparecer nos finais de
semana ou feriados;
Não falar palavrões, evitar brincadeiras inadequadas com os adolescentes;
Não fazer “Vistas Grossas” às situações erradas dos adolescentes, comunicando
o observado e agindo dentro de sua competência para solucionar a situação;
É terminantemente proibido dar presentes aos adolescentes sem autorização da
Direção/Equipe técnica;]
Evitar comentar assuntos administrativos ou pessoais na presença dos
adolescentes;
Saber identificar e chamar o adolescente pelo nome evitando chama-los por
apelidos;
Cuidar para que as medicações dos adolescentes sejam ministradas no horário
determinado;
Não esquecer que somos educadores de toda a instituição e que buscamos o
trabalho em conjunto. Por isso evitarmos fofocas, critica desnecessário e usar a
criatividade para ampliar o alcance do nosso trabalho.
Instrutor de oficinas
Zelar pelas materiais e garantir a boa utilização dos mesmos;
Registrar presença e avaliar o adolescente ao longo da atividade em relatório
próprio;
Participar de reuniões periódicas de planejamento e organização das atividades;
Realizar intervenções individuais e grupais;
Atualizar a atividade de acordo com a realidade educacional e do mercado;
Colaborar com a casa na organização e execução de eventos especiais;
Apresentar plano semanal de aulas.
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Secretaria
Arquivamento de documentos;
Serviços de digitação em geral encaminhados pela direção e equipe técnica;
Organização e comunicação do quadro de reuniões e atividades formativas da
unidade;
Digitação e distribuição de avisos, circulares, e ofícios da direção.
Portaria / vigia
Zelar pelo patrimônio institucional;
Permitir o acesso à portaria de pessoas previamente autorizadas;
Manter trancados os portões de acesso a unidade, só abrindo em caso de
emergências (definidos no Regimento interno) ou para facilitar a entrada de
pessoal autorizado;
Somente dar informação sobre adolescentes ou funcionários com prévia
autorização da direção da unidade;
Exigir a identificação dos visitantes antes da entrada na unidade;
Comunicar imediatamente ao superior imediato qualquer alteração;
Serviços gerais
Cuidar dos materiais de limpeza para sejam limpos e devolvidos ao quarto de
limpeza e/ou almoxarifado após o uso;
Zelar pela higienização e manutenção da limpeza de toda a unidade,
especialmente dos espaços comuns como corredores, administração, banheiros,
refeitório, cozinha, etc;
Organização dos espaços comuns (auditório, vivência, refeitório);
Retirada de entulhos e materiais presentes em toda a instituição que possam
oferecer risco à segurança;
Trocar garrafas de café e água;
Manter limpas canaletas e telhados para escoamento adequado de água pluvial;
Cuidar do adequado armazenamento e destinação do lixo produzido na unidade;
Usar fardamento adequado a segurança pessoal e a higiene.
Cozinha
Manter a higiene pessoal, do ambiente de trabalho e dos utensílios usados na
preparação e cozimento dos alimentos;
Preparar os alimentos dentro dos padrões técnicos da cozinha industrial e servi-
los;
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Manter um atendimento de qualidade do público alvo;
Verificar a validade dos atendimentos antes do consumo;
Aperfeiçoar o cardápio a ser oferecido, levando sempre em conta a programação
alimentar;
Respeitar o horário das refeições;
Cuidar do armazenamento adequado dos alimentos e utensílios de preparação;
Construir escala de responsabilidades para preparação de refeições em dias
especiais, segundo o calendário institucional.
Almoxarifado
Receber e registrar a entrada de produtos comprados e encaminhados a unidade;
Observar se as mercadorias a receber, estão dentro dos padrões e qualidade
contratados;
Registrar a saída de matérias do almoxarifado, observando se a requisição está
devidamente assinada;
Zelar pela conservação e o bom armazenamento dos materiais em estoque;
Realizar balanços periódicos;
Prever futuros gastos e antecipar encaminhamentos com autorização da direção
do centro;
Zelar pelo uso equilibrado e adequado dos materiais;
Zelar pelo armazenamento adequado dos materiais e alimentos;
Colaborar com a direção na elaboração da lista de novos materiais que será
enviada ao setor financeiro da FUNAC;
Fiscalizar o bom uso dos materiais cedidos aos funcionários para que não haja
desperdício zelando pela economia dos bens à disposição.