2011
Pedro Ribeiro
Susana Belo
09-02-2011
Recuperação de solos e paisagística: Pedreira “Fetal
Este”
2
3
Índice:
1. Introdução....................................................................................................................7
2. Definição, Localização e Justificação do Projecto .............................................................8
2.1. Identificação do proponente e seu breve historial ...................................................8
2.2. Enquadramento do proponente na actividade que desenvolve ................................9
2.3. Breve descrição do projecto ...................................................................................9
2.4. Etapas da intervenção de recuperação.................................................................. 10
2.5. Antecedentes ...................................................................................................... 10
2.6. Localização do projecto........................................................................................ 12
2.7. Justificação do Projecto ....................................................................................... 15
2.8. Alternativas estudadas......................................................................................... 15
2.9. Projecto associados ou complementares............................................................... 15
2.10. Definição do âmbito de estudo ......................................................................... 16
3. Descrição do Projecto.................................................................................................. 17
3.1. O programa de recuperação................................................................................. 17
4. Caracterização da situação de referência ...................................................................... 22
4.1. Clima .................................................................................................................. 22
4.2. Geologia geomorfologia e neotectónica. ................................................................... 23
4.3. Uso do solo ......................................................................................................... 26
4.4. Caracterização Hidrológica ................................................................................... 28
4.5. Ecologia .............................................................................................................. 29
4.6. Qualidade do ar. .................................................................................................. 34
4.7. Ambiente sonoro................................................................................................. 34
4.8. Paisagem ............................................................................................................ 34
4.9. Património Arquitectónico, arqueológico e cultural ............................................... 35
4.10. Património Natural........................................................................................... 36
4.11. Socioeconómia ................................................................................................ 37
5. Descrição/Definição de Impactes ................................................................................. 38
5.1. Metodologia a aplicar para a avaliação dos mesmos .............................................. 38
5.2. Identificação de Impactes: ................................................................................... 40
5.2.1. Solo ................................................................................................................ 40
5.2.2. Qualidade do ar .............................................................................................. 40
5.2.3. Ambiente sonoro............................................................................................ 40
4
5.2.4. Recursos hídricos ............................................................................................ 41
5.2.5. Ecologia .......................................................................................................... 41
4.2.6 Paisagem ......................................................................................................... 41
5.2.7. Geologia, Geomorfologia, e Neotectónica......................................................... 42
5.2.8. Património Arquitectónico, Arqueológico e Cultural ........................................... 42
5.2.9. Património Natural........................................................................................... 42
5.2.10. Socioeconómia................................................................................................ 42
6. Bibliografia. ................................................................................................................ 43
Anexo1: Mapa de ruido diurnodo Concelho da Batalha......................................................... 47
Anexo 2: Mapa e ruído ao entardecer do Concelho da Batalha.............................................. 48
Anexo 3:Mapa de ruído nocturno do Concelho da Batalha. ................................................... 49
Anexo 4:Vista aérea da pedreira e zona envolvente.............................................................. 50
Anexo 5: Património natural e construído do concelho da Batalha. ....................................... 51
Anexo 6: Cartas de precipitação e temperatura de Portugal continental. ............................... 52
Anexo 7:Valores médios anuais de insolação do concelho da Batalha. ................................... 53
Anexo 8: Valores médios anuais de precipitação no concelho da Batalha............................... 54
Anexo 9: Temperaturas médias anuais no concelho da Batalha. ............................................ 55
Anexo 10: rede natura 2000 e habitats do concelho da Batalha............................................. 56
5
Índice de ilustrações:
Ilustração 1 O distrito de Leiria e a sua Localização Nacional ................................................. 12
Ilustração 2. O distrito de Leiria e os seus varios municipios......................................... 13
Ilustração 3 O concelho da Batalha e as suas varias freguesias. ............................................. 13
Ilustração 4 Carta militar da zona de Reguengo do Fetal. ............................................. 14
Ilustração 5. Fotografia aérea da área a intervencionar delimitada a vermelho. ........... 14
Ilustração 6 croqui do plano de reflorestação e instalação do posto de observação,
trilho de acesso e placas informativas ............................................................................ 21
Ilustração 7. Espelho de falha nas proximidades da povoação de Torrinhas................ 24
Ilustração 8 Figura 1. Espelho de falha, junto à estrada nacional que liga Reguengo do
Fetal a Fátima (fotografia tirada durante actividades da Geologia no Verão) ............... 24
Ilustração 9 Carta geológica da zona de Reguengo do Fetal. é de notar os
afloramentos Doleriticos evidenciados a vermelho e as falhas geológicas a linhas
pretas. .............................................................................................................................. 25
Ilustração 10 Áreas ocupadas por culturas temporárias no Concelho da Batalha. ....... 26
Ilustração 11 Áreas ocupadas por culturas permanentes no Concelho da Batalha. ..... 26
Ilustração 12. Carta de solos de Portugal continental .................................................... 27
Ilustração 13 Buraco Roto cavidade cársica onde ocorre uma exsurgência sazonal. .. 28
Ilustração 14 Carrasco (Quercus coccifera). .................................................................. 30
Ilustração 15 Sobreiro (Quercus suber). ......................................................................... 31
Ilustração 16 Alecrim (Rosmarinus Officinalis ................................................................ 32
Ilustração 17. Doninha (Mustela Nivalis)......................................................................... 32
Ilustração 18. Geneta (Genetta Genetta)........................................................................ 33
6
Índice de Quadros
Quadro 1. Síntese dos impactes de cada descritor ............................................................. 44
Quadro 2. Síntese dos impactos de cada descritor ............................................................. 45
Quadro 3. Síntese dos impactos de cada descritor ............................................................. 46
7
1. Introdução
A recuperação paisagística de uma pedreira pode ter diversas maneiras de ocorrer,
tudo dependo de quem está à frente do projecto, da função e dos objectivos definidos
para o local, das condições do local, do material disponível e, por último, das
condições monetárias.
O termo recuperação, no contexto mineiro, tem extensa aplicação, em que os
principais objectivos incluem a estabilização do terreno, a garantia de segurança
pública, melhoria estética e devolução do espaço para algo considerado, dentro do
contexto regional, para algo útil.
Os diferentes modelos de recuperação paisagística podem ser considerados em três
vertentes: restauração, reabilitação e reconversão. A restauração tem como objecto
devolver o estado original removendo a causa da degradação, isto é, envolve a
restituição mais pura possível ao estado preexistente. Por sua vez, a reabilitação
assume a afectação produzindo um ecossistema parecido com o envolvente, cuja
recriação se pode aproximar em maior ou menor escala do estado ideal (situação
clímax). Já a reconversão visa uma utilização do espaço afectado para outros usos,
distintos ou originais, ou seja, substitui o ecossistema característico da zona, não
obrigando, necessariamente, à revegetação das áreas.
Para o projecto em questão, as vertentes consideradas serão apenas a restauração e
a reabilitação.
8
2. Definição, Localização e Justificação do Projecto
2.1. Identificação do proponente e seu breve historial
O proponente deste Projecto é a empresa Britagens do Oeste – Extracção e
Produção de Britas, S.A., com sede na Rua das Casas Novas, Lote 50, R/C, Loja G,
6000-127 – Castelo Branco, e os respectivos contactos são, telemóvel: 916406619,
fax: 272 089 097 e o e-mail: [email protected].
A Britagens do Oeste é uma Entidade fundada há um quarto de século (tendo
25 anos de existência, sendo construída 2 de Agosto de 1985), conta com mais de um
milhão de extracções para materiais de construção, cimento, pedras decorativas. Esta
entidade tem como objectivo, tentar resolver o problema do impacto visual que, é uma
constante no que diz respeito à indústria pedreira. Esta ideia, não é pioneira, mas tem
o objectivo de incentivar a que mais empresas do ramo tomem a iniciativa para um
projecto como este.
Um dos problemas associados à extracção e produção de britas é a frequente
erosão do solo. A erosão do solo é um processo natural pelo qual há desagregação,
decomposição, transporte e deposição de materiais rochosos mas, com a contínua
exploração pedreira, há uma aceleração do processo tendo como consequências a
perda de solos férteis, poluição da água, entre outros. É com problemas como este,
que se devem encontrar soluções para um reaproveitamento de pedreiras
abandonadas e com um solo degradado, para que no futuro se possam utilizar os
solos sem temer as consequências de uma problemática extracção pedreira no
passado, gerando assim um novo equilíbrio entre o Ambiente e o Homem.
O enquadramento geral da actividade Briteira em Portugal na temática do
impacto e recuperação paisagístico não se apresenta como o melhor, sendo mais que
abundantes os maus exemplos no respeitante a esta temática.
A empresa Britagens do Oeste apresenta-se no mercado como o maior
fornecedor de britas e derivados do distrito de Leiria, tendo colaborado com o seu
fornecimento de materiais de qualidade, para a construção de inúmeras obras públicas
de relevante importância para o desenvolvimento socioeconómico do país. Posto o
anteriormente apresentado, a Britagens do Oeste é uma empresa de importância
magistral para o quadro socioeconómico da região sendo um dos principais
9
empregadores do ramo na região, com 200 colaboradores distribuídos pelas 6
explorações em lavra de momento.
Esta empresa possui também outras 3 antigas pedreiras onde a lavra foi
abandonada á cerca de 5 anos e onde já foram realizadas operações de recuperação.
No quadro nacional a Britagens do Oeste apresenta-se como um exemplo na
área da paisagística, aplicando nas suas explorações medidas de mitigação de
impactos não só após o abandono da lavra, mas também durante a mesma.
2.2. Enquadramento do proponente na actividade que
desenvolve
O enquadramento geral da actividade Briteira em Portugal na temática do
impacto e recuperação paisagístico não se apresenta como o melhor, sendo mais que
abundantes os maus exemplos no respeitante a esta temática.
A empresa Britagens do Oeste apresenta-se no mercado como o maior
fornecedor de britas e derivados do distrito de Leiria, tendo colaborado com o seu
fornecimento de materiais de qualidade, para a construção de inúmeras obras públicas
de relevante importância para o desenvolvimento socioeconómico do país. Posto o
anteriormente apresentado, a Britagens do Oeste é uma empresa de importância
magistral para o quadro socioeconómico da região sendo um dos principais
empregadores do ramo na região, com 200 colaboradores distribuídos pelas 6
explorações em lavra de momento.
Esta empresa possui também outras 3 antigas pedreiras onde a lavra foi
abandonada á cerca de 5 anos e onde já foram realizadas operações de recuperação.
No quadro nacional a Britagens do Oeste apresenta-se como um exemplo na
área da paisagística, aplicando nas suas explorações medidas de mitigação de
impactos não só após o abandono da lavra, mas também durante a mesma.
2.3. Breve descrição do projecto
A acção a desenvolver na pedreira “Fetal Este” visa a minimização dos
impactos ambientais deixados pela “cicatriz” criada pela exploração de rocha com o
objectivo da produção de britas para a construção civil.
10
As actividades que irão ser desenvolvidas com objectivo da recuperação
paisagística da área em causa, visam a estabilização de taludes instáveis, o
enchimento parcial da pedreira com solo, a recuperação da cobertura vegetal usando
espécies autóctones da região visando o enquadramento paisagístico e a preservação
de aspectos geológicos com interesse científico, didáctico ou patrimonial. Prevê-se
também a posterior instalação de trilhos e pontos de observação da fauna e flora,
transformando-se assim a antiga pedreira num clouster de biodiversidade e locar de
eco lazer.
2.4. Etapas da intervenção de recuperação
As actividades a desenvolver durante a execução deste projecto definem-se por:
1. Minimizar os impactes ambientais.
2. Estabilização de taludes.
3. Recuperação de solo e cobertura vegetal.
4. Enquadramento paisagístico.
5. Preservação de ásperos geológicos com interesse didáctico, científico ou
patrimonial com vista á preservação do património geológico.
6. Posterior instalação de trilhos e postos de observação de fauna e flora.
2.5. Antecedentes
A forma como se efectuou o desmonte durante a fase de exploração desta
pedreira vai condicionar a modalidade de recuperação e ser eventualmente aplicada, a
qual neste caso passaria pela recuperação paisagística de modo a que, o impacte
visual criado pela exploração pedreira seja diminuído ao máximo. Antes da
exploração, o espaço em questão era ocupado por vegetação característica da zona,
inclusive espécies protegidas.
No processo de exploração estavam envolvidos processos como a perfuração,
desmonte, carga e transporte, britagem e por último, expedição. No processo de
perfuração, este tem como objectivo a realização de furos para a instalação de
explosivos e era realizada por um carro de perfuração hidráulico com limpeza
pneumática de furo e provido de captador de poeiras. Já no processo de desmonte, a
evolução da limpeza dos solos será realizada de acordo com a sequência e ritmo
deste mesmo processo. As terra provenientes desta operação serãocarregas e
transportadas a depósito temporário, com o cuidado de separar os solos ricos em
11
matéria orgânica. Estes depósitos serão constituídos na periferia da área a desmontar
como forma de criar protecção natural dos trabalhos, evitando assim a propagação de
ruídos e minimizar o impacte visual.
No processo de carga e transporte, os materiais, depois de desmontados com
os explosivos, são carregados e transportados directamente para o britador primário.
Já na britagem, processa-se o material através de uma fragmentação primária,
secundária e rebritagem, produzindo-se diferentes granulometrias de material. Os
materiais britados, eram armazenados em pilhas, separados por granulometria e tipo
de produto.
Por último, no processo de expedição o material britado era transportado por
camiões para os locais de consumo. Tinha uma média de 2,7 camiões/hora,
atendendo a que a movimentação destes se efectuava entre as 6h e as 24h.
Durante o período de exploração, as emissões de poeiras devido ao processo
normal de lavra e às operações de britagem, bem como a ressupensão de poeiras
motivadas pelo movimento do diverso equipamento móvel era uma constante. Eram
igualmente emitidos poluentes gasosos pelos escapes dos veículos em movimento
como resultado da queima de combustíveis líquidos.
Os solos do espaço em estudo, tinham uma capacidade muito limitada, não
sendo susceptíveis de utilização agrícola e com limitações para pastagem, exploração
de matos e exploração florestal. Em muitos casos o solo não é susceptível de qualquer
utilização económica destinando-se assim para vegetação natural ou floresta de
protecção e recuperação. Na área de pedreira desenvolvem-se outras linhas de água
temporárias de reduzida expressão.
No entanto, tendo em atenção as características do local e da respectiva
ocupação do solo, pode dizer-se, de uma forma global, que na altura em que a
pedreira esteve activa, os valores de concentrações de poluentes atmosféricos
poderiam não estar de acordo com os limites admissíveis para a qualidade do ar
ambiente, uma vez que a legislação, nos dias de hoje, é completamente diferente de a
de à de trinta anos atrás.
12
2.6. Localização do projecto
A pedreira Fetal Este encontra-se no lado voltado a Oeste do Maciço Calcário
Estremenho mais precisamente na vertente Sudoeste da Serra da Barroquinha a cerca
de 1,5km do centro da povoação de Reguengo do Fetal, sendo que ocupa uma área
aproximada de 17998m2 e tendo como coordenadas ao centro de N 39o 38´ 50,00´´ O
8o 45´ 33,38´´. Encontra-se desta forma enquadrada na Freguesia de Reguengo do
Fetal, do concelho da Batalha, no Distrito de Leiria. Quanto ao seu enquadramento em
área de ren e de ran não nos foi possível apurar tal facto devido ao PDM do município
da Batalha se encontrar de momento em revisão, no entanto foi possível apurar que a
área a que se refere este projecto se encontra enquadrada na rede Natura 2000.
Sendo mostrado do anexo 10 o mapa do concelho da Batalha relativo á rede Natura
2000
Ilustração 1 O distrito de Leiria e a sua Localização Nacional
13
Ilustração 2. O distrito de Leiria e os seus varios municipios.
Ilustração 3 O concelho da Batalha e as suas varias freguesias.
14
Ilustração 4 Carta militar da zona de Reguengo do Fetal.
Ilustração 5. Fotografia aérea da área a intervencionar delimitada a vermelho.
15
2.7. Justificação do Projecto
Na Pedreira Fetal Este, situada junto à povoação de Reguengo Fetal, a
exploração foi encerrada devido à abusiva extracção e consequente esgotamento da
jazida de brita. Neste espaço, a desertificação é enorme e como consequência ocorreu
que solo é nulo, ficando apenas a rocha-mãe exposta. A vegetação é muito reduzida,
em que a existente é à sua volta e é caracterizada por matagal mediterrânico. A longo
prazo, estas áreas deixam de ter grande utilidade para a natureza e para o homem, e
as soluções de recuperação paisagística limitam-se a repor (deficitariamente) flora no
terreno.
Para este projecto o mais fiável é a revegetação das áreas afectadas com o
mesmo tipo de vegetação envolvente, principalmente constituída por carvalhos,
medronheiros e pinheiros. O objectivo é fazer do local, um espaço com diversificada
flora para que depois a fauna, aos poucos, vá habitando o espaço renovado.
2.8. Alternativas estudadas
Para o projecto em questão foi estudada a alternativa de se aproveitar a zona
da antiga pedreira para a instalação de um aterro sanitário que serviria a população de
Reguengo do Fetal. Tal proposta foi inviabilizada por razões técnicas.
2.9. Projecto associados ou complementares
Para o projecto em questão, serão criados no futuro um posto de observação
de fauna e flora, bem como de algumas características geológicas típicas da região,
serão também colocadas placas informativas com conteúdo respeitante às espécies
arbóreas e arbustivas presentes. Este será construído com recurso a madeira tratada
possuindo este 2,5m×3,00m nas suas dimensões tendo este uma cobertura em telha
plástica. Será instalado um posto de observação.
Quanto às placas informativas estas serão colocadas junto de um exemplar de
cada espécie com informação sobre cada espécie. Mais tarde á medida que a área
vai, sendo ocupada por outras espécies autóctones da região serão instaladas mais
placas.
16
Será também criado um trilho de forma a dar aceso ao posto de observação,
este irá percorrer um percurso junto ao talude de maior dimensão da antiga pedreira
sendo na sua berma colocadas as placas informativas sobre a flora. Este trilho será
construído com recurso a cascalho de rio, sendo ladeado por lancis de cimento para
fim de economia.
Por fim será criada uma ligação entre a área a intervencionar e o percurso
pedestre do buraco-rôto possibilitando assim a livre circulação dos caminhantes. Esta
operação apenas deve ser realizada quando o desenvolvimento do ecossistema
vegetal da área a intervencionar estiver convenientemente desenvolvido, enviando-se
assim perturbações nefastas ao desenvolvimento do mesmo.
O custo total destes projectos complementares rondará os 6000 euros.
2.10. Definição do âmbito de estudo
Para este projecto de recuperação paisagística, os descritores mais
importantes são: a paisagem, qualidade do ar, ambiente sonoro e uso do solo.
No que diz respeito à paisagem é um dos factores mais importante visto que o
projecto baseia-se precisamente na recuperação paisagística de um local abandonado
e com grande exploração pedreira. Quanto à qualidade do ar, este é também, um
factor importante uma vez que a qualidade do ar no momento em que ocorria a
exploração pedreira era má e afectava as povoações em seu redor. Com este
projecto, isso ir-se-á desvanecer à medida que este vai avançando e,
consequentemente, melhorando a qualidade do ar de uma forma muito positiva.
O ambiente sonoro é também importante, pois o som proveniente das
máquinas, camiões e respectivas explosões na extracção era incomodativo para o
meio envolvente. Assim, sem qualquer actividade de exploração o ambiente sonoro
será nulo, sendo apenas emitidos sons das espécies lá viventes.
Por último, e não menos importante, o uso do solo. Mais uma vez com, com a
exploração a existência de solo é inexistente, tendo ficado apenas a rocha-mãe. No
âmbito do projecto, ir-se-á introduzir solo no grande buraco a céu aberto de modo que
se consiga recuperar também vegetação característica do solo.
17
3. Descrição do Projecto
3.1. O programa de recuperação
A forma como se processou a extracção de materiais na pedreira irá influenciar
grandemente o modo como se irá proceder aos diversos paços com vista á
recuperação paisagística da mesma.
A antiga área da pedreira é delimitada por 3 taludes tendo sido extraídos da
pedreira cerca de 68000 m3 de rocha não se pretendendo proceder a um enchimento
total do espaço.
Os 2 taludes mais pequenos que se encontram nos topos da antiga pedreira
são de forma grosseiramente triangular com altura máxima estimada de 30m e 27,74m
de base, o talude maior possui uma forma grosseiramente rectangular tendo 163, 60m
de comprimento e 30m de altura.
Quanto à estabilidade, estes taludes encontram-se numa situação por vezes
precária em certos troços da sua extensão, sendo esta situação mais gravosa no
talude de maiores dimensões de forma rectangular onde se pode observar o
desprendimento evidente de blocos com diâmetros compreendidos entro os 30cm a 1
metro de diâmetro, encontrando-se alguns destes em situação de desprendimento
eminente.
Olhando a situação anteriormente exposta irão ser removidos os blocos e
materiais detríticos mais instáveis dos taludes que irão ser cobertos com rede metálica
em toda a sua extensão, prevenindo-se assim a queda descontrolada de materiais no
futuro.
Após a estabilização dos taludes proceder-se-á ao enchimento parcial da
pedreira com a conveniente instalação de um sistema de drenagens de águas pluviais
na base das camadas de enchimento. O enchimento será efectuado segundo a
técnica de enchimento parcial, com terras provenientes de áreas geográficas
adjacentes sendo esta de natureza areno-conglumerática permitindo-se assim um
eficaz escoamento das águas.
Estabilizada a camada de enchimento proceder-se-á revegetação da área,
onde primeiramente se colocará no terreno uma camada de solo fértil enriquecido com
composto orgânico
O processo de plantio das espécies arbustivas deverá ser realizado em
primeiro lugar, sendo este efectuado em 29 filas com uma distribuição de 6 árvores por
fila. Serão utilizadas as seguintes espécies, Carvalho (Quercus robur) 30 arvores,
Subreiro (Quercus suber) 30 arvores, Carrasco (Quercus ciccifera) 30 arvores,
18
Pinheiro-manso (Pinuspinea) 30 árvores, Medronheiro (Arbotusunedo) 30 árvores,
Alecrim (Rusmarinusofficinalis) 30 árvores. A sementeira das espécies herbáceas com
o objectivo da cobertura do solo será efectuada a granel indo ser necessários 150kg
de sementes ensacadas.
A última etapa do programa prevê a construção de um abrigo para observação
de fauna no extremo Sul da área da antiga pedreira com um pequeno trilho que
atravessa a mesma todo o seu comprimento junto ao talude principal de maiores
dimensões.
Este projecto de recuperação paisagística possui semelhanças em termos
técnicos com a proposta para a recuperação ambiental para a pedreira norte do Cabo
Mondego apresentada pelos professores José Manuel Suares Pinto e António Luís
Almeida Saraiva do Departamento de Ciências da Terra da FCTUC. Porem um
trabalho semelhante também tem sido realizado na recuperação ecológica de
pedreiras na Serra da Arrábida sobre o qual a Doutora Graça Oliveira do Centro de
Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, escreveu um
artigo intitulado “Recuperação Ecológica de Pedreiras – um caso de estudo na Serra
da Arrábida”, este artigo permitiu ter uma ideia do tipo de vegetação a instalar na área
intervencionar. Por fim foi consultado o artigo “restauração, reabilitação reconversão
Esta operação começará com a remoção de todos os blocos ou materiais
detríticos que apresentem risco de queda ou desprendimento imediato ou num futuro
próximo.
Será instalada uma rede metálica de forma a cobrir os taludes e impedir a
queda descontrolada de blocos, esta deverá cobrir todos os 5740,2 m2 de taludes.
I. Enchimento da pedreira: Para proceder ao cumprimento desta tarefa irá proceder-se ao enchimento da
pedreira com terras provenientes de trabalho de escavações de obras de
construção civil do concelho da batalha. O tipo de solo que será utilizado no
enchimento será solo mediterrânico calcário num total aproximado de 1400m2.
O tipo de enchimento que irá ser executado será um enchimento do tipo
reduzido.
Durante o processo de enchimento será instalado um sistema de drenagem
junto á base deste. Para isto recorrer-se-ão a manilhas perfuradas de 30
puladas.
Este sistema de manilhas perfuradas terá uma extensão máxima de 228m.
Para o transporte das terras recorrer-se-á a camiões. Já no local de
intervenção recorrer-se-á a uma máquina pá carregadora e a uma máquina de
19
terraplanagem para rearranjar as terras. Estas maquinas serão transportadas
para o local com recurso a camiões especializados no sei transporte.
Para todas as operações anteriormente especificadas será contratada uma
empresa especializada no ramo da construção civil.
Resíduos e emissões:
Durante esta etapa serão produzidas emissões de gases escape provenientes
do normal funcionamento das máquinas.
II. Recuperação de solo e cobertura vegetal:
A revegetação da área será efectuada em duas grandes fases precedidas da
fertilização do solo com adubo orgânico.
A primeira fase será a do plantio das espécies arbóreas e arbustivas e segunda
será a etapa de sementeira de gramíneas especializadas na cobertura de solo.
Para tal utilizar-se-ão as seguintes espécies, Carvalho (Quercus robur) 30
árvores, Sobreiro (Quercus suber) 30 árvores, Carrasco (Quercus ciccifera) 30
árvores, Pinheiro-manso (Pinuspinea) 30 árvores, Medronheiro (Arbotusunedo)
30 árvores, Alecrim (Rusmarinusofficinalis) 30 árvores. A sementeira das
espécies herbáceas com o objectivo da cobertura do solo será efectuada a
granel indo ser necessários 300kg de sementes para cobertura de solo
ensacadas.
A operação de plantio das árvores e arbustos deverá ser realizada no final do
Outono ao passo que a sementeira das plantas para cobertura do solo deverá
ser realizada na primavera seguinte.
Para efectuar a recuperação de solo e cobertura vegetal será contratada uma
empresa especializada em trabalhos de jardinagem que utilizará o seu recurso
técnico-materiais para completar o que lhe é pedido.
Resíduos e emissões:
Os principais resíduos resultantes dos trabalhos de recuperação de solo e
cobertura vegetal são: vasos de plástico das plantas a colocar no terreno,
sacos vazios de adubo orgânico feitos de ráfia plástica. Sacos vazios de
mistura de sementes para cobertura de solo, feitos em ráfia plástica. Produção
de ruído.
20
III. Instalação de trilho de acesso ao posto de observação de fauna e
placas informativas sobre aflora. Será instalado um posto de observação de fauna com 7,5m2 de área
construído em madeira tratada e com uma cobertura em telhas plásticas,
estima-se o custo de construção do abrigo em 700 euros.
O trilho de acesso ao posto de observação será pavimentado com cascalho de
rio e ladeado com lancis de cimento. Esta operação terá um custo estimado de
2000 euros.
Os trabalhos respeitantes a esta etapa do projecto serão realizados por uma
empresa de trabalhos de jardinagem.
Resíduos e emissões:
Serão produzidos os seguintes resíduos: sacos cimento vazios, aparas de
madeira tratada provenientes da construção e instalação do posto de
observação, aparas das telhas plásticas que constituema cobertura em telhas
plásticas, gazes de escape proveniente dos funcionamento dos veículos
utilizados para transportar material e pessoas para o local da obra e ruído.
IV. Ligação da antiga pedreira por um trilho ao Percurso Pedestre
do Buraco Roto.
Por fim irá ser construída uma ligação entre a área intervencionada e o
Percurso Pedestre do Buraco Roto. Esta será construída sob a forma de uma
via pedonal que segue pela berma da estrada nacional que liga Reguengo do
Fetal a Fátima e será pavimentada com asfalto. O custo desta obra será de
6300 euros e será realizada por uma empresa de construção civil com
experiencia neste tipo de trabalhos.
Resíduos e emissões:
Os resíduos emissões previstas de serem criadas durante a execução desta
etapa do projecto são resíduos de asfalto resultantes do processo de
pavimentação da via pedonal, recipientes da tinta utilizada para executar as
suas marcações, gases de escape resultantes do normal funcionamento das
máquinas envolvidas nos trabalhos e ruído.
21
Em conclusão estima-se que o custo do projecto de recuperação ecológica,
paisagística e reconversão da antiga pedreira ronde os 12500 euros.
Ilustração 6 croqui do plano de reflorestação e instalação do posto de observação, trilho de
acesso e placas informativas
22
4. Caracterização da situação de referência
Em sentido lato apresenta-se neste capítulo uma descrição generalista dos diversos
descritores que caracterizam a área da pedreira a intervencionar e a sua envolvente,
Uso do solo e ordenamento do território, Estes descritores são: o clima, caracterização
geológica, Geomorfológica e solos e neotectónica, caracterização hidrológica,
ecologia, qualidade do ar, ambiente sonoro, paisagem, património arquitectónico,
arqueológico e cultural, património natural, Socioeconómia.
4.1. Clima
Anualmente, os valores médios rodam entre os 13ºC e os 15ºC. A
evapotranspiração real tem valores aproximados dos 600mm. Quanto à precipitação
os valores anuais, estes variam entre os 900 mm e os 1300 mm, chegando a atingir os
1400 mm e os 1600mm no Inverno. Quanto à insolação, esta atinge valores anuais de
2300h a 2400h, com apenas 110h nos meses de Janeiro e 260h/290h nos meses
Julho. A radiação global atinge valores que oscilam entre as 140 Kcal/cm 2 e as 145
Kcal/cm2. Já a presença do vento é frequente, particularmente importante os dos
quadrantes N e NW, transportando massas de ar marítimo, são causadores das
precipitações invernais e dos nevoeiros e maresias característicos, e agricolamente
importante nas épocas secas.
Em geral, o clima é suave de transição entre as condições mediterrânicas e as
atlânticas.
Nos anexos 7; 8 e 9 são mostrados os mapas do concelho da batalha
respeitantes aos níveis de insulação media anual, precipitação media anual e
temperaturas medias anuais respectivamente.
23
4.2. Geologia geomorfologia e neotectónica.
A pedreira Fetal Este encontrasse localizada na Serra de Aire e Candeeiros.
Geologicamente a área localiza-se na Orla Meso-cenozóica. Sendo que esta
unidade geológica se caracteriza por ser constituída maioritariamente por rochas
sedimentares das eras Mesozóica e Cenozóica. A pedreira localiza-se numa zona de
afloramentos calcários datados do Jurássico médio este “complexo montanhoso”
traduz-se num conjunto de elevações, que se desenvolvem entre os 120 m e os 679 m
de altitude. A serra denominada serra de Aire e Candeeiros encontra-se
estruturalmente subdividida em quatro partes, a Serra dos Candeeiros (a Oeste), o
Planalto de Sto. António (ao Centro/Sul), a Serra de Aire (a Este) e o Planalto de S.
Mamede (a Norte). Estas estruturas são separadas entre sim por acidentes tectónicos
e por depressões dai resultantes tais como a da Mendiga, que separa a Serra dos
Candeeiros do Planalto de Sto. António, de Alvados e de Minde-Mira, que separam as
elevações anteriores do Planalto de S. Mamede/Serra de AireNo respeitante à litologia
a serra de Aire e Candeeiros apresenta constituintes geológicos do período Jurássico
Médio. Contudo, neste sistema montanhoso e possível encontrar outras formações
geológicas, de períodos diferentes, tais como formações Cretácicas e Miocénicas, na
extremidade Sudeste e Sul do PNSAC; formações Plio-Plistocénicas, no Sudoeste da
Serra dos Candeeiros; vales e depressões fechadas, com formações modernas,
detríticas e de “terra rossa”; aluviões modernos, ao longo dos cursos de água; e
afloramentos de Doleritos e rochas afins, basaltos e brechas vulcânicas. No
respeitante à sismicidade neotectónica a área caracteriza-se por ser moderadamente
activa, devido á proximidade da falha da Nazaré a qual tem gerado sismos de também
de registar também existência da falha do Reguengo do fetal na proximidade imediata
da antiga moderada intensidade é pedreira, tal falha é comprovada pela existência um
espelho de falha junto ao talude da estrada nacional que liga a povoação de
Reguengo do fetal a Fátima que volta a evidenciar-se na proximidade da povoação de
Torrinhas.
24
Ilustração 7. Espelho de falha nas proximidades da povoação de Torrinhas
Ilustração 8 Figura 1. Espelho de falha, junto à estrada nacional que liga Reguengo do Fetal a
Fátima (fotografia tirada durante actividades da Geologia no Verão)
25
Quanto ao vulcanismo esse apenas está presente sob a forma de estruturas e
evidências antigas, não existindo qualquer fenómeno de actividade efectiva num
passado geológico recente. Sendo que a área a intervencionar se encontra bastante
próximo dum afloramento Dolerítico localizado na proximidade imediata da povoação
de Alqueidão da Serra.
Ilustração 9 Carta geológica da zona de Reguengo do Fetal. é de notar os afloramentos Doleriticos
evidenciados a vermelho e as falhas geológicas a linhas pretas.
26
4.3. Uso do solo
O uso do solo nas imediações da área a intervencionar é o característico da
região, liga-se principalmente com áreas agrícolas de regime minifundiário e terrenos
de matos e vegetação rasteira aptos ao uso na prática da pastorícia, revelando
também estes um grande potencial de usos venatórios.
É de salientar também a existência de manchas florestais ocupadas por Pinheiros,
Eucaliptos e diversas espécies de Quercus das quais é explorada madeira.
Na área a ser intervencionada o uso do solo para habitação é relevante, não só
devido à proximidade relativamente à povoação de Reguengo do Fetal como devido à
existência de três focos nas proximidades imediata da pedreira.
Em termos concretos de uso do solo á que evidenciar a existência de 3 focos
habitacionais a 100m da área a intervencionar situados na berma do caminho que lhe
dá acesso, quanto á utilização para fins agrícolas encantam-se no quadrante oeste da
área abrangida por este projecto uma vinha a cerca de 200m e terrenos baldios na
proximidade imediata da mesma.
No anexo 3 e mostrada uma fotografia da pedreira e área envolvente. Na página
seguinte mostra-se a carta de solos de Portugal Continental. Em baixo gráficos
representativos do uso do solo pra fins agrícolas no conselho da Batalha.
Ilustração 10 Áreas ocupadas por culturas temporárias no Concelho da Batalha.
Ilustração 11 Áreas ocupadas por culturas permanentes no Concelho da Batalha.
27
Ilustração 12. Carta de solos de Portugal continental
28
4.4. Caracterização Hidrológica
A natureza geoquímica dos calcários leva á sua dissolução progressiva criando
cavidades e fendas fazendo com que estes apresentem uma grande permeabilidade
levando a uma rápida infiltração das águas superficiais, impedindo a formação de
cursos de água a superfície, mas originando uma vasta rede de galerias subterrâneas,
sendo, talvez, um dos maiores reservatórios de água doce do Pais, onde nascem
alguns cursos de água importantes, como o rio Alviela e o rio Lena e o Lis.
De facto a água a água apresenta-se como o principal agente erosivo da zona,
dando origem a inúmeras formações cársicas, quer a superfície (poldjes, campos de
lapiás, dolinas e uvalas), quer em profundidade (grutas e algares).
Os principais recursos hidrológicos patentes na Serra de Aire e Candeeiros
prendem-se com exsurgências sendo uma das principais a nascente do Rio Alviela,
conhecida como os “Olhos d’Água do Alviela”, resulta da acumulação de água que se
infiltra ao longo do Planalto de Santo António e que e conduzida através das galerias
subterrâneas até ao ponto onde começa a correr a superfície (exsurgência). Neste
local, nasce, também, a Ribeira de Amiais, que, juntamente com o Rio Alviela (do qual
e afluente), originaram um interessante corredor fluvio-cársico devido a erosão das
rochas calcárias provocada pelas águas. Sendo as serras pobres em água a
superfície, as populações tendem a recorrer a lagoas naturais e semi-naturais, que
ocorrem um pouco por todo o território, em pequenas depressões impermeabilizadas
pela acumulação de argilas.
O local de intervenção propriamente dito apresenta-se relativamente próximo (500-600
m) de uma exsurgência sazonal denominada de Buraco Roto.
Ilustração 13 Buraco Roto cavidade cársica onde ocorre uma exsurgência sazonal.
29
4.5. Ecologia
É a ciência que estuda os ecossistemas, isto é, estuda a distribuição e
abundância de seres vivos e das interacções que determinam a sua distribuição. Estas
interacções podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente. É importante
trata-la nas suas duas vertentes, fauna e flora como distintas. Na vertente fauna, é
importante que se apliquem medidas para que a fauna envolvente não sofra
alterações. Já na vertente flora, é necessário que os seres vivos da floresta envolvente
se aproximem e comecem a habitar a “nova” floresta, de modo a criar um ambiente
próprio que por si só irá afectar também a qualidade das águas superficiais e
subterrâneas, uma vez que as subterrâneas representam mais de 95% das reservas
de água doce exploráveis do globo. Da antiga flora do Parque Natural, encontram-se
ainda vestígios de Carvalho Cerquinho (Quercus faginea), Azinheira (Quercus ilex) e
Sobreiro (Quercus suber)e Medronheiro (Arbutus unedo) em alguns vales e bases de
encostas. Como a sua existência é rara, foram substituídos por matos onde
predominam o Carrasco (Quercus coccifera) e Alecrim (Rosmarinus Officinalis),
associados a outras espécies muitas das quais com um grande interesse aromático e
medicinal. Além destes, existem um grande olival que em grande parte já não é
explorado e, nas depressões onde se acumulou um solo bastante fértil é, ainda, visível
alguma agricultura de subsistência. Já da fauna, esta é bastante diversificada,
contendo cerca de 100 espécies de aves nidificantes, das quais se destaca a Gralha-
de-bico-vermelho (Phyrrhocorax Phyrrhocorax) e um variado número de aves de
rapina. Quanto aos mamíferos, para além das cerca de 10 espécies de morcego ali
existentes, é necessário referir a Doninha (Mustela Nivalis), o Texugo (Meles meles) e
a Geneta (Genetta Genetta) para além de roedores como o Rato-lirão
(Eloymisquercinus).
30
Ilustração 14 Carrasco (Quercus coccifera).
31
Ilustração 15 Sobreiro (Quercus suber).
32
Ilustração 16 Alecrim (Rosmarinus Officinalis
Ilustração 17. Doninha (Mustela Nivalis).
33
Ilustração 18. Geneta (Genetta Genetta).
34
4.6. Qualidade do ar.
O ar é o elemento natural que mais imediatamente faz sentir a sua falta.
Enquanto o ser humano pode viver por períodos relativamente largos sem alimentos
ou água, já quanto ao ar, a sua ausência, ainda que por um período curto de
segundos, é determinante para a continuação da vida. Refere-se ao ar, como a
composição química propiciadora da vida, sendo que este facto é possível de alterar,
uma vez que a referida composição referida é radicalmente alterada pela introdução
de substâncias estranhas. Durante a exploração pedreira, o principal poluente
atmosférico são as partículas em suspensão no ar resultantes das actividades
industriais do núcleo extractivo, já em menor escala, a emissão de poluente
atmosféricos relacionados com os gases de escape dos motores dos diversos veículos
e maquinaria. Nos dias de hoje, com o fim da existência de brita e consequente fecho
da exploração pedreira, a qualidade do ar é menos afectada, uma vez que a
inexistência de veículos e maquinaria faz com que as emissões de gases sejam nulas.
Apesar disso, a rara existência de vegetação leva a que o oxigénio produzido seja
pouco e não sejas capaz de completar o seu ciclo natural de forma mais rápida.
4.7. Ambiente sonoro
Outro dos factores mais importante, visto que durante a exploração pedreira as
principais fontes sonoras provêem do funcionamento do equipamento e respectivos
rebentamentos efectuado durante a extracção. Com este projecto, o ambiente sonoro
seria apenas durante a recuperação do solo e a reflorestação, sendo que após isso,
iriam ser apenas trabalhos manuais cujo nível sonoro será quase nulo e não
prejudicaria as povoações em redor. A longo prazo, o nível sonoro será apenas o da
natureza. No anexo 1; 2; 3 são mostrados os mapas de ruído do concelho da Batalha-
4.8. Paisagem
“A Paisagem, ao contrário do que frequentemente se pensa, não é apenas a
capa, o revestimento superficial, de sistemas naturais ou artificias que lhe estejam
subjacentes. A paisagem é uma imagem daqueles sistemas, daí que uma Paisagem
desordenada corresponde sempre à existência de disfunções e desequilíbrios
ambientais, e que, ao contrário, sistemas naturais ou humanizados em equilíbrio se
traduzam, normalmente em paisagens com alguma beleza” (Espenica, 1997, p. 85). A
paisagem é então, o principal factor deste projecto, uma vez que a pedreira abandona
35
apresentava um factor negativo para a paisagem do espaço, ficando com um aspecto
deserto e sem vida. Com a recuperação paisagística, o local irá ter um menor impacto
visual, ou mesmo um impacto nulo e passará a apresentar uma paisagem muito
característica com a da zona em que se insere.
4.9. Património Arquitectónico, arqueológico e cultural
Uma das características da paisagem local que contribui para este património é
a existência de socalcos nas encostas, resultantes da construção de muros de pedra
arrumada, designados localmente por “caneiros”, e que serviam para suster o pouco
solo existente (pobre e árido), que com a adição de estrume dos rebanhos permitia o
cultivo de alguns produtos. A pedra foi também utilizada pelas populações locais para
outras construções, tipicamente serranas, tais como: habitações, “chousos” (muros de
pedra arrumada que delimitam propriedades e/ou zonas de pasto), abrigos para os
pastores, moinhos de vento, etc.
Uma vez que os recursos hídricos eram limitados à ocupação do solo das
Serras de Aire e Candeeiros, a população utilizava a pedra, também, para construir
diferentes formas de retenção e armazenamento deste recurso, como poços, cisternas
ou outros reservatórios, que são ainda hoje fáceis de encontrar no território.
A Estrada Romana de Alqueidão da Serra, as marinhas de Sal e os Arco da
Memória (em Cabeço Gordo) são elementos patrimoniais importantes na região. Os
dois primeiros foram classificados como Imóvel do Interesse público e o último teria
sido marco divisório das terras atribuídas pelo Rei D. Afonso Henriques aos monges
pela Ordem de Cister.
Como património arqueológico, existem cerca de 500m do local a
intervencionar a jazida paleolítica do Buraco Roto, e diversos abrigos pré-históricos
nas imediações da Pia-da-ovelha. Á que salientar a jazida arqueológica datada da
época romana da Quinta de São Sebastião situada cerca de 3km da antiga pedreira
Por fim á que salientar existência da capela da senhora do fetal a cerca de
600m da antiga pedreira, esta apresentasse como um elemento fulcral na vida
religiosa e cultural da população local pois para além de ser nela que é celebrada a
missa dominical a capela é o elemento central da rumaria da senhora do fetal
realizada uma vez por ano sendo um acontecimento etnograficamente relevante pela
seu insólito rito de serem iluminadas as ruas da povoação de Reguengo do Fetal com
recurso a lamparinas de azeite construídas a partir de cascas de caracóis, sendo que
esta romaria tem raízes que remontam pelo menos á idade media. No anexo 5mostra-
se a mapa do património natural e edificado do Concelho da Batalha.
36
4.10. Património Natural
A natureza calcária da rocha, associada à ausência de cursos de água de
superfície originam uma paisagem cársica à serra, tornando-a rica em pormenores,
quer de carácter natural quer de carácter tradicional associado à população
envolvente.
Na área em estudo, foram inventariadas mais de 1500 cavidades cársicas,
resultantes da infiltração de água através de falhas e diáclases e consequente acção
de meteorização química sobre a rocha calcária. Deste processo resulta uma vasta e
complexa rede de cursos de água subterrâneos que vai abrindo galerias de
desenvolvimento horizontal (grutas) e de desenvolvimento vertical (algares). A água
que circula nestas galerias, acaba por depositar o calcário que precipita, originando
uma variedade de espéleotemas que traduzem em formas de grande beleza como
estalactites, estalagmites, colunas e mantos calcíticos.
Devido à natureza calcária do solo, os poços não eram uma opção, o que levou
as populações a inventar outras formas de reter as águas pluviais. As cisternas eram
construídas nas reentrâncias das rochas ou em pequenos algares, dada a sua
impermeabilidade. Nas habitações, a chuva era recolhida dos telhados e transportada
para as cisternas através de caleiras.
Por fim, o Polje de Mira-Minde, foi incluído na Lista das Terras Húmidas de
importância Internacional no âmbito da Convenção de Ramsar. Este trata-se de uma
depressão cársica que, nos anos de maior pluviosidade, fica inundada durante vários
meses. No anexo 5mostra-se a mapa do património natural e edificado do Concelho
da Batalha.
37
4.11. Socioeconómia
Durante o período de lavra da pedreira esta foi uma importante fonte de emprego e
riqueza para a população local, após o seu encerramento esta tornou-se uma cicatriz
na paisagem envolvente da povoação de Reguengo do Fetal, chegando mesmo a
tornar-se um local dotado de alguma perigosidade devido ao seu deficiente fecho do
acesso ao público e ocorrência da queda de blocos dos seus taludes.
38
5. Descrição/Definição de Impactes
5.1. Metodologia a aplicar para a avaliação dos mesmos
A abordagem metodológica consiste na identificação, caracterização e
avaliação de impactes para cada descritor, anteriormente, apresentado.
A metodologia apresenta a qualificação/quantificação de impactes que cada
acção especifica e, vai ao encontro de processos que, no enquadramento ambiental
do projecto em questão, durante a sua fase de construção e/ou exploração, sejam os
mais adequados.
Para avaliar os impactos necessários tópicos que os qualifiquem e dizem
respeito a:
Natureza: positivo ou negativo, isto é, se trás mais valias ou se retira
capacidade potencial;
Significância: muito significativo, significativo ou pouco significativo, na
medida em determinado o grau que determinada acção exerce em todo
o processo ou parte dele;
Magnitude: baixa, média ou elevada, ou seja, avaliam o impacto que
determinado processo abrange, há impactes que se estendem para
além do projecto em causa;
Probabilidade de ocorrência: certo, provável ou incerto, uma vez que há
certos efeitos causados em determinados aspectos que dependendo do
projecto podem ser positivos ou negativo e, assim sendo, são
acontecimentos certos, prováveis ou incertos;
Duração: temporário ou permanente, sendo que os impactes são quase
todos temporários no projecto em questão, visto que é apenas
executada a fase de construção;
Reversibilidade: reversível ou irreversível, ou seja, a construção de algo
é sempre irreversível consoante as características de cada local;
Incidências: directos ou indirectos, ou seja, são um tipo de impactes que
só surgem algum tempo após a concretização do projecto e que são
devidos a “erros” não calculados na altura em que o projecto foi
estudado;
39
Dimensão espacial: local, regional ou nacional, isto é, se o impacte traz
efeitos apenas a nível local, onde está inserido; se a nível regional, de
um concelho ou distrito ou, se a nível nacional, que posso afectar
alguma funcionalidade normal do país em causa.
Efeitos ao longo do tempo: curto, médio ou longo prazo, sendo
considerados os impactes que não se verificam na altura, mas que vão
actuando desde o seu inicio ou após, alguns anos, da sua
construção/exploração.
40
5.2. Identificação de Impactes:
5.2.1. Solo
A inexistência de solo no local devido à exploração realizada faz com que os
impactes ambientais sejam negativos em muitos aspectos. No que diz respeito à
natureza, esta ausência de solo levou a impactes negativos como a desflorestação
para a consequente exploração pedreira, em vez de os solos serem usados para
pastagens ou exploração florestal.
O actual estado de degradação do local leva a que se pensem em alternativas
para reverter todo este processo de destruição. A inserção de solo no enorme buraco,
será um processo a longo prazo uma vez que, com o passar do tempo, ir-se-á originar
uma escorrência superficial, onde os indicies de erosão irão diminuir, criando assim
condições à criação de coberto vegetal, isto levará a que, os animais do terreno
envolvente irão começar a habitar o espaço renovado.
Será um projecto de dimensão local, pois irá beneficiar as aldeias situadas
perto do local, uma vez que vai influenciar positivamente muitos aspectos que serão
abordados de seguida.
5.2.2. Qualidade do ar
Para este estudo, a qualidade do ar é muito importante, uma vez que a
ausência de recursos naturais como a vegetação, é uma constante o que leva a uma
falta gradual de oxigénio e outros gases importantes. Os recursos naturais são uma
mais-valia para o ambiente e para as povoações a redor da pedreira, na medida em
que irá aumentar a qualidade do ar, será melhorado através a interceptação de
partículas e absorção dos gases poluentes pelas plantas enquanto que, a redução de
temperatura ocorre pela absorção de calor no processo de transpiração e redução da
radiação e reflexão dosraios solares.
5.2.3. Ambiente sonoro
Neste aspecto, o ruído era quase que uma constante durante a exploração,
desde explosões para a extracção de brita à movimentação de camiões, que todos os
dias entravam e saiam para carga respectivo transporte, até às máquinas que levavam
a matéria-prima aos camiões.
41
Com o projecto em questão, o ruído será apenas o da fase de construção,
sendo assim um impacte negativo, mas temporário. Passada esta fase, será
permanente o silêncio, isto é, não irão ser ouvidos sons provenientes de maquinaria,
mas apenas de natureza, passando, assim, a ser um impacte positivo e de carácter
permanente.
5.2.4. Recursos hídricos
Uma vez que o único recurso hídrico estudado no local se encontra a cerca de
500 metros, pressupôs-se que não seria importante, já que em nada afecta no projecto
de construção nem afectou no anterior projecto de exploração.
5.2.5. Ecologia
Para esta fase do projecto, os impactes vão ser todos eles positivos uma vez que se
está a recuperar a fauna e a flora perdida devido à exploração. Será uma recuperação
a longo prazo e muito significativa, pois desde o inicio de construção a fauna e a flora
irão encontrar mais um espaço para co-habitarem.
É neste contexto de ecologia, que se propôs a construção de trilhos e postos de
observação, também impactes positivos e irreversíveis, pois uma vez construídos não
se poderão voltar a desfazer. Estes dois impactes servirão, assim, para a
consciencialização das pessoas a preservar e a gostar da natureza.
4.2.6 Paisagem
Neste descritor o impacte vai ser positivo, na medida em que vai ocorrer a
recuperação da paisagem característica da zona. Será um processo significativo e
permanente, pois a fauna e a flora têm o seu tempo de crescimento, evolução. Será de
dimensão local e a longo prazo, pois será ao longo do tempo que ir-se-ão notar as
diferenças.
42
5.2.7. Geologia, Geomorfologia, e Neotectónica
Para o projecto em causa, a neotectónica em nada influencia os impactes. No caso
da geomorfologia vai ocultar a antiga cicatriz deixa na montanha pela pedreira e elevar
o nível de cota base no interior da antiga pedreira. Já no caso da geologia, esta vai
diminuir o grau de erosão da área. Consideram-se então impactes positivos e
permanentes, de longo prazo e a nível local.
5.2.8. Património Arquitectónico, Arqueológico e Cultural
Os descritores acima referidos em nada interferem nos impactes ambientais, pois
são irrelevantes para o projecto em causa.
5.2.9. Património Natural
Este descritor é positivo pois vai aumentar a biodiversidade e, a longo prazo vai
recuperar a degradação ambiental em que a zona se encontrava. É apenas a nível
local e de permanente duração.
5.2.10. Socioeconómia
Considera-se um descritor positivo e local, mas medida em que vai melhorar a
qualidade de vida das populações em redor.
43
6. Bibliografia.
M.D. da Silva Roque (2003), PARQUE EÓLICO DE ALQUEIDÃO DA SERRA
Estudo de Impacte Ambiental –Volume II – Resumo Não Técnico, PESM – Parque
Eólico da Serra das Meadas, Ld.ª, Lisboa.
M. Bastos, I A Silva, Recuperação, Reabilitação e Reconversão na Recuperação
Paisagística de Minas e Pedreiras, VISA consultores SA.
V. Correia (1999), Os planos integrados de exploração e recuperação paisagística
(PIERP) e o aproveitamento de recursos minerais, Visa Consultores.
G Oliveira (2004), Recuperação Ecológica de Pedreiras – um caso de Estudo na
Serra da Arrábida, Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa.
J M Soares Pinto, A L Almeida Saraiva (1997), Proposta de uma Solução de
Recuperação Ambiental da Pedreira Norte do Cabo Mondego, FCTUC (Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra).
P Castro, J Fernandes, et al. (2007), Diagnóstico de Sustentabilidade – agenda 21
local Batalha, Instituto Superior de Línguas e Administração de Leiria.
Quadro 1. Síntese dos impactes de cada descritor
Descritor
Acções/Ocorrências
que induzem
impactes
Descrições de
impactes
Fase de
ocorrências
Área de
ocorrência
Características
de impactes
Medidas de
minimização
Eficácia
de
medidas
Geologia,
Geomorfologia
e Solos
Consolidação dos taludes
Impedir
desmoronamentos
de rochas
Fase de
construção
Área de
intervenção
Positivo, muito
significativo, de
magnitude elevada,
permanente e
reversível, local e a
longo prazo
---- Longo
prazo
Cobertura com solo
Impedimento de
erosão e permissão
para fixação de
plantas
Fase de
construção
Área de
intervenção
Positivo, muito
significativo,
permanente, local e a
longo prazo
---- Longo
prazo
Reflorestação da área
Permissão da
criação de
ecossistema
Fase de
construção
Área de
intervenção
Positivo, muito
significativo,
permanente, elevada
magnitude, local e a
longo prazo
---- Longo
prazo
Uso do solo e
Ordenamento
do Território
Recuperação do solo
Melhoramento do
aproveitamento do
solo
Fase de
construção
Área de
intervenção
Positivo, muito
significativo,
permanente, local e a
longo prazo
---- Longo
prazo
45
Quadro 2. Síntese dos impactos de cada descritor
Descritor
Acções/Ocorrêcias
que induzem
impactes
Descrições
de impactes
Fase de
ocorrências
Área de
ocorrência
Características de
impactes
Medidas de
minimização
Eficácia
de
medidas
Flora de
Vegetação
Implementação de flora e
vegetação característica da
zona
Melhoramento do
ambiente e do
espaço
Fase de
construção
Área de
intervenção
Positivo, muito significativo,
permanente, local e a longo
prazo
---- Longo prazo
Fauna e
Habitats
Introdução de mais espécies
no terreno
Criação de novos
espaços
habitáveis
Fase de
construção
Área de
intervenção
Positivo, muito significativo,
permanente, reversível,
local e a longo prazo
---- Longo prazo
Qualidade
do ar
Introdução de cobertura
vegetal
Maior captação
de CO2 e
libertação de O2
Fase de
construção
Área de
intervenção
Positivo, muito significativo,
de magnitude elevada,
permanente, local e a longo
prazo
---- Longo prazo
Utilização de maquinaria Libertação de
CO2
Fase de
construção
Área de
intervenção
Negativo, significativo,
reversível, local e de curto
prazo
---- Longo prazo
46
Quadro 3. Síntese dos impactos de cada descritor
Descritor
Acções/Ocorrência
que induzem
impactes
Descrições
de impactes
Fase de
ocorrências
Área de
intervenção
Características
de impactes
Medidas de
minimização
Eficácia
de
medidas
Ambiente
sonoro Utilização de maquinaria
Emissão de sons
acima dos
valores normais
Fase de
construção
Área de
intervenção
Negativo, pouco
significativo, reversível,
local e curto prazo
---- Longo prazo
Paisagem Recuperação da paisagem
característica da região
Produção de
resíduos
Fase de
construção
Área de
intervenção Negativos, significativo,
reversível, local e de
curto prazo
---- Longo prazo
Emissões de
gases de escape
Fase de
construção
Área de
intervenção ---- Longo prazo
Património
Natural
Aumento de biodiversidade
Aumento de
número de
espécies
presente no local
Fase de
construção
Área de
intervenção Positivo, muito
significativo,
irreversível, local e a
longo prazo
---- Longo prazo
Recuperação de degradação
ambiental
Recuperação do
local em causa
Fase de
construção
Área de
intervenção ---- Longo prazo
Socioeconomia Qualidade de vida Melhoramento de
qualidade
Fase de
construção
Área de
intervenção Positivo e local ---- Longo prazo
47
Anexo1: Mapa de ruido diurnodo Concelho da Batalha.
48
Anexo 2: Mapa e ruído ao entardecer do Concelho da Batalha
49
Anexo 3:Mapa de ruído nocturno do Concelho da Batalha.
50
Anexo 4:Vista aérea da pedreira e zona envolvente.
51
Anexo 5: Património natural e construído do concelho da Batalha.
52
Anexo 6: Cartas de precipitação e temperatura de Portugal continental.
53
Anexo 7:Valores médios anuais de insolação do concelho da Batalha.
54
Anexo 8: Valores médios anuais de precipitação no concelho da Batalha.
55
Anexo 9: Temperaturas médias anuais no concelho da Batalha.
56
Anexo 10: rede natura 2000 e habitats do concelho da Batalha.