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Mia Couto
“Na berma de nenhuma Estrada”
Raquel 10ºF nº 23
Escola artística António Arroio. Português. Profª: Eli
Na berma de nenhuma Estrada, Mia couto
Índice:
. síntese da acção
. retrato das personagens
. uma frase surpreendente
. o parágrafo
. o título
. o final
. ilustração
. o tema
. apresentação oral
. apreciação
. Este conto fala-nos de uma rapariga que vive
numa vila, vila de Passo-Longe, que por ser muito
longe, nada lá chegava. Ela queria sair dali, queria ir
para algum sítio, para depois de todos os sítios,
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queria ter saudades de alguém, sentir falta de algo.
Essa rapariga, de nome Menina, pois seus pais antes
de partirem não lhe chegaram a dar um nome, ali,
na Estrada, passava os seus dias, à espera que
alguém a levasse nem ela sabia para onde, bastava
que saísse dali. Seu tio Josseldo sempre lhe diz que
passam pessoas para a levar, simplesmente ela não
quer ir. Algumas pessoas pensam que ela é uma
prostituta. Numa noite, ela volta para a Estrada, e
aparece alguém, que a leva para algum sítio,
simplesmente a leva.
. personagens:
menina - principal, caracterização física: veste-se
com roupas das vizinhas, pinta-se com coisas da loja
do tio. caracterização psicológica: sonhadora,
curiosa, vaidosa, paciente. Indirecta.
Tio Josseldo - secundária, caracterização
psicológica: atencioso
Mãe - secundária
Pai - secundária, caracterização psicológica:
descuidado, despreocupado
Motorista - secundária
Outra pesssoa - secundária
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. Por isso eu, agora, quero tanto ter saudade de
alguém. - Para nós é normal sentir saudades de
alguém, é uma coisa que nem questionamos porque
para nós é normalíssimo, mas para a menina não,
pois não sai dali e não conhece ninguém para além
daquelas pessoas.
A vida de Passo-Longe é tão longe que nem
saudade aqui chega. - A saudade não chega
àquela vila, pois as pessoas não conhecem nada
nem ninguém para além daquela vila, para além
daquele espaço, que parece condicionado.
Até já cansei este sonho. - A menina já tentou tanto
sair dali, todos os dias ela está na Estrada à espera
que alguém a leve, que já cansou o sonho.
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. Riem-se. Dizem que sou louca. Por pouca sorte, não
sou. Quando somos loucos a vida nunca nos faz mal.
Eu sou é de outra vida, não venho de ninguém, nem
vou para nenhuma Deus. - Nada a prende a lado
nenhuma, ela não tem pessoas a quem amar em
sítio nenhum, nem nenhuma sítio que ama, ela
não é de lado nenhum, nem vai para lado
nenhum.
. Na berma de nenhuma Estrada - O título
relaciona-se com a acção, pois a acção passa-
se numa Estrada, toda a história é em volta dessa
Estrada que vai dar não se sabe onde, mas que a
menina quer seguir rumo nela, com destino a
algum outro sítio.
. O final é previsível pois ela vai-se embora da vila
e é isso que demonstra querer em todo o conto,
mas é um final aberto, pois não se sabe para
onde ela foi, nem o que foi fazer, mas isso nem a
personagem sabia.
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. o que eu considero principal neste conto, ou
seja, o tema, é, para além da Estrada claro, o
conhecimento, o querer aprender, conhecer,
reconhecer os sentimentos.
. apresentação oral - na minha apresentação
vou começar por ler o conto e explicar o meu
ponto de vista perante este, o que eu entendi do
conto. Em seguida vou falar um pouco das
personagens e dar a minha opinião.
. Gostei deste conto pois as vezes é isso que nós
precisamos, de nada que nos prenda, de
nenhum sítio, de nenhum sítio estável para estar,
apenas andar e andar e conhecer pessoas,
aprender, aprender com as vivências, com as
pessoas.