Rafael Morais Ferreira
Definição de uma métrica para avaliar o
impacto de uma solução informática numa
empresa têxtil
Projeto de Dissertação de Mestrado
Mestrado em Engenharia e Gestão de Sistemas de
Informação
Trabalho efetuado sob a orientação do
Professor Doutor Pedro Abreu Ribeiro
Janeiro de 2018
ii
DECLARAÇÃO
Nome: Rafael Morais Ferreira
Endereço eletrónico: [email protected] Telefone: 912991877
Bilhete de Identidade/Cartão do Cidadão: 123456789
Título da dissertação: Definição de uma métrica para avaliar o impacto de uma
solução informática numa empresa têxtil
Orientador:
Professor Doutor Pedro Abreu Ribeiro
Ano de conclusão: 2018
Mestrado em Engenharia de Sistemas
É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA DISSERTAÇÃO APENAS PARA
EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO,
QUE A TAL SE COMPROMETE.
Universidade do Minho, _____/_____/_________
Assinatura:
iii
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos serão escritos no documento final da presente dissertação.
“Happiness is the real sense of fulfillment that comes from hard work”
Joseph Barbara
v
RESUMO
Ao longo dos anos tem-se verificado uma forte evolução do setor industrial,
relativamente à introdução de softwares informáticos nos seus ramos de atividade. Com
esta introdução pretende-se verificar um aumento no sucesso dos projetos das
empresas, quer a nível da gestão de prazos, de custos e orçamentos, bem como o
cumprimento do âmbito desses mesmos projetos. Pode referir-se também que o sucesso
de um projeto dentro de uma empresa é “medido” através do tempo, custo/orçamento e
qualidade (Iron Triangle). É difícil definir os parâmetros de sucesso, pois aquilo que
para uns pode ser considerado sucesso de um projeto, para outros pode não significar o
mesmo, visto que depende sempre da perspetiva dos diferentes stakeholders em relação
a esse mesmo projeto.
Neste caso específico, será estudada e analisada a introdução de um software
informático na empresa “Baptista & Soares” (indústria do setor têxtil). Será elaborado
um diagnóstico inicial da empresa para verificar a situação da mesma no presente, para
que no final da elaboração desta dissertação seja possível realizar uma avaliação, no
sentido de se verificar o impacto que este software terá depois de ser implementado na
gestão do armazém e da produção.
Para a elaboração deste artefacto foi efetuada uma revisão de literatura, com o
objetivo de obter um melhor conhecimento sobre critérios de sucesso para definir a
métrica final da dissertação, com ajuda de outros tópicos abordados como Gestão de
Projetos, Sistemas de informação, Engenharia de Software, entre outros. Para o
desenvolvimento desta dissertação foi usada a metodologia Design Science Research in
Information Systems em conjunto com estudo de caso. Esta metodologia será explicada
mais aprofundadamente num dos tópicos deste documento.
Em suma, a finalidade desta dissertação é a definição de uma métrica que irá
avaliar o impacto de uma solução informática na empresa “Baptista & Soares”.
Palavras-Chave: Sistemas de Informação, Tecnologias de Informação, Gestão de Projetos,
Critérios de Sucesso, Análise de Negócio, Engenharia de Software.
vi
vii
ABSTRACT
Regarding the introduction of computer softwares in the industrial sector, there
has been a strong evolution over the years. These softwares aim to increase the success
of business projects’, in terms of deadlines management, costs and budgets, as well as
the accomplishment of the scope of these same projects. Furthermore, the success of a
project within a company it’s "measured" over time, cost / budget and quality (Iron
Triangle). The parameters of success are hard to define as they rely on one’s perception
of success itself and always depend on stakeholders’ different perspectives relatively to
the project in question.
The present study intends to analyse the introduction of a computer software in
the “Baptista & Soares” company (textile industry). An initial diagnosis of the company
will be made to verify the firm’s current situation, so that at the end of this dissertation
it is possible to conduct an evaluation, verifying the impact of the implementation of this
software in the management of the warehouse and production sections.
A bibliographical review was developed in order to obtain a deeper knowledge
about success criteria to define the final metric of the dissertation helped by other topics
addressed such as Project Management, Information Systems, Software Engineering,
among others. The methodology Design Science Research in Information Systems was
used in the development of this thesis, along with a study case.
Thus, the purpose of this dissertation is the definition of a metric that will
evaluate the impact of a computer solution in “Baptista & Soares” company.
Keywords: Information Systems, Information Tecnhnolo Project Management,
Success Criteria, Business Analysis, Software Engineering.
viii
ix
ÍNDICE
Agradecimentos ............................................................................................................................................. iii
Resumo ................................................................................................................................................................ v
Abstract ............................................................................................................................................................ vii
Lista de Figuras ............................................................................................................................................... xi
Lista de Tabelas ............................................................................................................................................ xiii
Lista de Abreviaturas, Siglas e Acrónimos ........................................................................................... xv
1. Introdução ................................................................................................................................................. 1
1.1 . Enquadramento ........................................................................................................................... 1
1.2 . Finalidade e principais objetivos da dissertação ............................................................. 2
1.3 . Estrutura do documento ........................................................................................................... 3
2. Enquadramento conceptual ............................................................................................................... 5
2.1 . Estratégia de pesquisa ............................................................................................................... 5
2.1.1 Fontes dos dados e estratégia de pesquisa ................................................................. 5
2.1.2 Seleção dos artigos ............................................................................................................... 5
2.1.3 Extração de dados e síntese .............................................................................................. 7
2.2 . Sistemas de informação .......................................................................................................... 11
2.3 . Gestão de Projetos .................................................................................................................... 12
2.3.1 Projetos de Tecnologias e Sistemas de Informação .............................................. 12
2.3.2 Gestão de projetos de sistemas de informação....................................................... 13
2.3.3 Critérios de Sucesso em um projeto de TSI .............................................................. 15
2.4 Análise de negócio ...................................................................................................................... 19
2.4.1 Gestão de requisitos .......................................................................................................... 21
2.5 Engenharia de software ............................................................................................................ 23
3. Caracterização do estudo .................................................................................................................. 29
3.1 . Abordagem metodológica ...................................................................................................... 29
3.2 . Caracterização do caso de estudo ....................................................................................... 31
3.3 . Plano de atividades .................................................................................................................. 33
4. Conclusão ................................................................................................................................................ 35
Bibliografia ...................................................................................................................................................... 37
x
xi
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- CINCO GRUPOS DE PROCESSOS DO PMBOK, ADAPTADO (PMI, 2013) ................................................ 14
FIGURA 2- CINCO NÍVEIS DE MATURIDADE RETIRADO DE (PAULK ET AL., 1993) ................................................ 15
FIGURA 3 IRON TRIANGLE ..................................................................................................................................... 16
FIGURA 4- CRITÉRIOS DE SUCESSO POR ATKINSON (1999) ................................................................................... 17
FIGURA 5- CINCO CRITÉRIOS DE (KARLSEN & GOTTSCHALK, 2002) RETIRADO DE INÊS ALMEIDA (2015) ............ 17
FIGURA 6- SEIS ÁREAS DE CONHECIMENTO DO BABOK (IIBA, 2009) ................................................................... 20
FIGURA 7- FONTES DE REQUISITOS DE SOFTWARE (ADAPTADO DE KOSCIANSKI, 2006) ..................................... 22
FIGURA 8- PROCESSO DE LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE REQUISITOS RETIRADO DO ARTIGO DE (MORAES,
2009) ............................................................................................................................................................ 22
FIGURA 9- DISTRIBUIÇÃO DE TÓPICOS DE GESTÃO PARA ENGENHARIA DE SOFTWARE RETIRADO DE IEEE (2014)
..................................................................................................................................................................... 25
FIGURA 10- MODELO DE QUALIDADE PARA QUALIDADE INTERNA E EXTERNA ADAPTADO (ISO, 2003) ............. 26
FIGURA 11- PASSOS DA METODOLOGIA DSR (VAISHNAVI & KUECHLER, 2004) ................................................... 29
FIGURA 12- EXEMPLO DE UM TRACKING DE UMA ENCOMENDA EM UM FORNECEDOR .................................... 32
xiii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- LIGAÇÃO ENTRE FONTES E CONCEITOS ................................................................................................. 7
TABELA 2- CRITÉRIOS DE SUCESSO SEGUNDO SILVIUS & SCHIPPER ( 2015) ......................................................... 18
TABELA 3- ÁREAS DE CONHECIMENTO DO SWEBOK (IEEE, 2014) ........................................................................ 24
TABELA 4 FASES DA METODOLOGIA DSR .............................................................................................................. 30
TABELA 5- PLANIFICAÇÃO DA DISSERTAÇÃO ........................................................................................................ 33
xiv
xv
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS
AIPM Australian Institute of Project Management
APM Association for project management
BABOK Association for Project Management
CMMI Capability Maturity Model Integration
IIBA International Institute of Business Analysis
ICB IPMA Competence baseline
ISO Internacional Standards Organization
IPMA Internacional Project Management Association
PMBoK Project Management Body of Knowledge
PRINCE Projects in Controlled Environment
OGC Office of Government Commerce
PMI Project Management Institute
PMM Project Maturity Model
SI Sistemas de Informação
TI Tecnologias de Informação
TSI Tecnologias e Sistemas de Informação
1
1. INTRODUÇÃO
Neste capítulo vai realizar-se o enquadramento deste projeto de dissertação, será
apresentada a finalidade do mesmo, os principais objetivos e, para finalizar, é
apresentada de forma sintetizada a estrutura do presente documento.
1.1 . Enquadramento
Cada vez se torna mais difícil satisfazer as necessidades de uma empresa. Todos os
projetos criados na empresa têm o objetivo de atingir maior lucro e acrescentar nome à
mesma, atingindo assim um melhor posicionamento no mercado. Quando uma empresa
envolve um gestor de projeto, o objetivo não é meramente comercial. Como foi referido
anteriormente, o objetivo é realizar o trabalho de forma eficiente, cumprindo os prazos,
orçamentos e as especificações desse projeto(Shenhar, Dvir, Levy, & Maltz, 2001). Pode
assim afirmar-se que para um projeto ser concluído com sucesso, vai depender do seu
avaliador, como foi referido por Freeman & Beale (1992):
“Success means different things to different people. An architect may consider
success in terms of aesthetic appearance, an engineer in terms of technical
competence, an account- ant in terms of dollars spent under budget, a human
resources manager in terms of employee satisfaction. Chief executive officers rate
their success in the stock market.”
A presente dissertação está inserida no âmbito de gestão de projetos. Mais
especificamente, o objetivo desta é definir uma métrica para avaliação do impacto de um
software implementado numa empresa têxtil. Encontraram-se várias lacunas no cálculo
da gestão da produção e de encomendas, que consequentemente induziram atrasos das
encomendas, falhas nos códigos dos produtos enviados para os respetivos fornecedores,
entre outras faltas, que provocam uma diminuição do sucesso da empresa. Assim,
tornou-se necessário desenvolver uma solução informática de apoio à decisão que
diminuísse o risco de falhas nos projetos da empresa “Baptista & Soares”.
2
O investimento em tecnologias e sistemas de informação tem crescido nos últimos
anos, introduzindo mudanças significativas nas diferentes áreas de atividade. Diferentes
tipos de sistemas de software e diferentes tipos de projetos foram surgindo para
responder às necessidades das organizações em constante evolução (Gonçalves, Cruz, &
Varajão, 2008).
Num ambiente competitivo como o do setor têxtil, deve sempre existir uma boa
avaliação antes da implementação de qualquer projeto. Assim, para o desenvolvimento
do software proposto há que definir logo o seu objetivo, todos os procedimentos e as
ferramentas a utilizar para a construção do mesmo, de modo a se encontrar em
conformidade com as necessidades que se pretendem satisfazer (Nogueira & Machado,
n.d.).
Na área do setor têxtil ainda se observam demasiadas falhas devido a má gestão. Isso
pode tornar-se um fator de vantagem para outras indústrias, que atualmente usam as
boas práticas para gerir a sua empresa. Essas práticas, na maior parte das vezes, não
necessitam de ser complexas, podem ser simplistas e baseadas no senso comum, mas só
conseguem elevar à excelência e satisfação dos stakeholders se forem usadas
constantemente na gestão da empresa. Uma das formas de identificação de fontes de
boas práticas pode ser a partir da definição de sucesso do projeto, pelos fatores críticos
de sucesso (CSFs - critical success factors), e indicadores chave de sucesso (KPI’s)
(Kerzner, 2016).
Na realização da presente dissertação será também possível efetuar uma avaliação
dos dados reais no pré e pós implementação, esperando-se a validação da métrica
através da análise destes dados.
1.2 . Finalidade e principais objetivos da dissertação
Nesta dissertação vai ser verificado o impacto real de uma solução informática no
armazém e na produção de uma indústria têxtil (Empresa “Baptista & Soares). Serão
estudadas as principais normas sobre gestão de projetos, gestão do âmbito e análise de
negócio. Será também feito um diagnóstico à situação atual nas áreas em estudo e uma
caraterização do alvo atingir. Com o trabalho proposto espera-se que a adoção deste
software nesta empresa tenha uma avaliação final positiva (sucesso) para que
3
futuramente possam ser implementados novos softwares para satisfazer as
necessidades de novos projetos.
Com isto espera-se obter o seguinte resultado final:
• Definição de uma métrica para avaliar o impacto real de uma solução
informática;
• Utilização prática da métrica após o desenvolvimento e instalação do
software;
• Validação da métrica e identificação de gaps e melhorias na solução
informática.
1.3 . Estrutura do documento
Neste primeiro capítulo temos a Introdução, onde se realiza o enquadramento do
trabalho, onde se apresenta a finalidade e os principais objetivos desta dissertação e por
fim, ainda neste capítulo é organizada a estrutura resumida deste documento.
No segundo capítulo, está o Enquadramento Conceptual, onde é definida a
estratégia de pesquisa e a definição de conceitos importantes para uma melhor
compreensão da dissertação.
No terceiro capítulo temos a Caracterização do estudo, a Abordagem metodológica,
onde se encontra presente a descrição do processo de investigação, bem como a
explicação da abordagem metodológica seguida. Ainda neste capítulo encontramos o
Plano de Atividades, onde tem um planeamento prévio das atividades e tarefas a
desenvolver nesta dissertação.
Por último temos o quarto capítulo, Conclusão, onde é feita uma descrição
sintetizada do trabalho realizado nesta dissertação.
4
5
2. ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL
Neste capítulo é descrita a estratégia de pesquisa que foi usada para a revisão de
literatura da presente dissertação, bem como conceitos relevantes para a compreensão
na mesma. São abordados os temas de Sistemas de Informação, Gestão de projeto e
Análise do Negócio.
2.1 . Estratégia de pesquisa
Nesta secção apresentam-se várias subsecções como: Fontes dos dados e
estratégia de pesquisa, Seleção de artigos e Extração de dados e síntese.
2.1.1 Fontes dos dados e estratégia de pesquisa
Para se efetuar a revisão da literatura foi necessário realizar várias pesquisas de
livros, artigos entre outras fontes de dados. Estas pesquisas foram realizadas em vários
motores de busca tais como, GoogleSchoolar, SciecnceDirect, WebofScience,
RepositórioUminho, e IEEE electronic library, para assim assegurar uma boa qualidade
de informação nas pesquisas que realizava. Depois de encontrar bastantes artigos e
livros nestes motores de busca, a preocupação foi perceber se estes eram publicados em
revistas cientificas conceituadas como: International Journal of Project Management;
Project Management Journal; Internacional Journal of Enterprise Information Systems.
2.1.2 Seleção dos artigos
Numa fase inicial, os artigos foram selecionados em função do título e palavra-
chave, sendo que, na maioria das vezes que utilizei este método de seleção, o título nem
sempre retratava o conteúdo do mesmo.
Numa segunda fase o método de seleção passou a ser a leitura do resumo do
artigo. Foi o método de seleção que deu mais resultado, pois o resumo era mais
elucidativo do conteúdo do artigo.
6
Para a realização desta dissertação é de realçar que pesquisei artigos, revistas
cientificas e livros sobre os tópicos abaixo referidos:
• Definissem “sistemas de informação” e “Information Systems”;
• Definissem “Gestão de projeto” e “Project Management”;
• Definissem “Tecnologias de Informação” e “Information Technology”;
• Sucesso e “Success”;
• Critérios de Sucesso em Sistemas de informação e “Information Success
Criteria for Information Systems”;
• Fatores de Sucesso de um projeto em Sistemas de Informação e “Success
factors of Information Systems Project”;
• Gestão de requisitos e “Requirements management”
• Análise de negócio e “Business Analysis”
Depois de efetuar uma pesquisa intensiva destes tópicos nos motores de busca
acima referidos (2.1.2- Fonte dos dados e estratégia de pesquisa), passei para a pesquisa
de uma junção destes termos, como:
• “Project Management for Information Systems”,;
• “Project Management for Information Technologies”;
• “Project types for Information Systems”;
• “Management requirements in Information Systems”;
• ”Successful Project Management in of Information Technologies and
Sistems”;
• “Project types for Information Systems”;
• “Evaluation of project management”.
Estas frases permitiram que o método de pesquisa fosse mais especifico e à
medida que ia inserindo no motor de busca esta junção de termos, outros iam surgindo
que me permitiam assegurar uma pesquisa mais consistente.
7
2.1.3 Extração de dados e síntese
Para uma melhor compreensão do trabalho elaborado, apresenta-se abaixo uma
tabela (Tabela 1) onde se faz a ligação entre os artigos selecionados e os respetivos
conceitos.
Tabela 1- Ligação entre fontes e conceitos
Artigo
Conceitos
Engenharia de Software
Gestão de projetos
Gestão de Requisitos
Sistemas de Informação
Sucesso Análise do negócio
Design Science
Research
Fatores/Critérios
de sucesso
TSI
(Abbasi & Al-Mharmah, 2000) x x
(Almeida, 2015) x x
(Alter, 1992) x
(Álvaro Rocha, 2000) x x x
(Amaral, 1994) x
(Anderson & Merna, 2003) x x
(Artto,Kujala,Dietrich,&Martinsuo,2008) x x x
(Atkinson (1999) x x x
(Baccarini, 1999) x
(Berssaneti, Carvalho, & Muscat, 2012). x x
(Brandon, 2005) x x
(Cadle & Yeates, 2004) x x
(Campos Filho, 1994) x x
(Carvalho, 2000) x
(F. D. Davis & Venkatesh, 2004) x
(Freeman & Beale, 1992) x
(Gonçalves, Cruz, & Varajão, 2008) x
(IIBA, 2009) x
8
Artigo
Conceitos
Engenharia de Software
Gestão de projetos
Gestão de Requisitos
Sistemas de Informação
Sucesso Análise do negócio
Design Science
Research
Fatores/Critérios
de sucesso
TSI
(IEEE, 2014) x
(ISO, 2003) x x
(J. Á. Carvalho, 1996) x x
(K. A. Artto & Dietrich, 2007) x x
(Kerzner, 2016) x x x
(Liberato, Varajão, & Martins, 2015) x x
(Lim & Mohamed, (1999) x
(Lopes, 2001) x
(Mafalda Ferreira, 2013) x x x
(Melorose, Perroy, & Careas, 2015) x
(MORAES, 2009) x
(Munns & Bjeirmi, 1996) x x
(Nogueira & Machado, n.d.) x
(OGC, 2009) x x
(Oliveira & Amaral, 1999) x
(Paiva, Domínguez, Varajão, & Ribeiro, 2011) x x
(Parnas & Weiss, 1987) x
(Paul et al. (2014) x
(PMI, 2013) x x x
(Rezende, 2005) x
(Rocha & Tereso, 2008) x
(Shenhar, Dvir, Levy, & Maltz, 2001) x
9
Artigo
Conceitos
Engenharia de Software
Gestão de projetos
Gestão de Requisitos
Sistemas de Informação
Sucesso Análise do negócio
Design Science
Research
Fatores/Critérios
de sucesso
TSI
(Silvius & Schipper 2015) x x
(Sommerville.I, 2003) x x
(Sommerville, 2011) x x
(Vaishnavi & Kuechler, 2004) x
(Varajão, Trigo, & Barroso, 2009) x x x
(Von Alan, March, Park, & Ram, 2004) x
(Westerveld, 2003) x x
11
2.2 . Sistemas de informação
Apesar de existirem em várias literaturas diferentes definições acerca de sistemas
de informação, não há uma que seja universalmente utilizada. Segundo J. A. Carvalho
(2000) qualquer pessoa que vá a várias conferências, leia livros/documentos sobre
sistemas de informação, das primeiras coisas com que se depara é de não se chegar a um
consenso acerca da sua definição.
Devido ao facto de existir uma diversidade de definições, passo a referenciar
definições interessantes de alguns autores:
De acordo com Oliveira & Amaral (1999), se encararmos a informação como um
produto, um sistema de informação (SI), não é mais do que um processo de
transformação da informação, algo que é comparado com uma fábrica, cujo sucesso
depende do grau de satisfação dos consumidores dessa informação.
J. Á. Carvalho (1996) refere que um sistema de informação é uma designação
utilizada desde há algum tempo para referir o domínio científico que, em termos gerais,
se inclina sobre o estudo e desenvolvimento da adoção e da utilização de aplicações de
tecnologias da informação no suporte ao funcionamento das organizações.
Filomena Lopes (2001) afirma que o SI engloba as atividades organizacionais que
lidam com a informação, e estas são: adquirir, armazenar, recuperar, manipular,
transmitir e utilizar informação.
Um sistema de informação, tal como refere (Amaral, 1994) citando (Alter, 1992), é
uma combinação de procedimentos, informação, pessoas e TI, organizadas para alcançar
o objetivo de uma organização.
Os sistemas de informação na visão de (Jessup & Valacich, 2008) são combinações
de software, hardware e redes de telecomunicações construídos por pessoas que os
usam para recolher, criar e distribuir dados úteis, geralmente em configurações
organizacionais.
Para finalizar esta secção e após uma grande reflexão sobre estas definições,
ficamos com duas últimas. Segundo o PRAXIS de (Amaral, 1994), um Sistema de
Informação é um sistema de atividade humana (social) que pode envolver ou não a
utilização de computadores.
12
Por fim, como refere Filomena Lopes (2001), na sua tese de doutoramento, “um SI
pode ser encarado, sob uma perspetiva social, representando o trabalho organizacional,
mas não esquecendo a sua perspetiva tecnológica”.
2.3 . Gestão de Projetos
Esta secção considera-se importante para o entendimento dos conceitos de projeto
e gestão de projeto, pois o sucesso do projeto e o sucesso da gestão de projeto podem ter
diferentes influências (Munns & Bjeirmi, 1996).
2.3.1 Projetos de Tecnologias e Sistemas de Informação
Os tempos vão evoluindo, e cada vez mais se vai introduzindo as Tecnologias de
Sistemas de Informação (TSI) no dia-a-dia, quer a nível de vida pessoal, profissional ou
social. Dentro das organizações, ou seja, a nível profissional, os sistemas e tecnologias de
informação assumiram uma grande variedade de funções que vão desde o suporte
operacional ao suporte estratégico (Varajão, Trigo, & Barroso, 2009). Os erros nas
especificações dos requisitos foram identificados como um contributo importante para
as falhas dispendiosas de um projeto de software (Davis & Venkatesh, 2004), pois com a
crescente preocupação em entregar projetos dentro do prazo estipulado, com qualidade
e dentro do orçamento combinado é fundamental a utilização de ferramentas
informáticas.
Segundo PMI (2013), em “A Guide to the Project Management Body of Knowledge
(PMBOK® Guide)—Fifth Edition.” refere que um projeto é um esforço temporário
realizado para criar um produto, serviço ou um resultado especifico. A natureza
temporária dos projetos indica que este tem um início e um fim especifico.
De acordo com estas definições dadas de projeto, devemos saber também que um
projeto deve posicionar-se cuidadosamente no seu ambiente e os seus objetivos e
métodos de gestão devem ser combinados de acordo com a situação em questão e o
contexto(Artto,Kujala,Dietrich,&Martinsuo,2008).
Abordando os projetos de SI, custa-nos perceber quais são os tipos de projetos
que existem e quais são as suas caracteristicas. Como tal, diferentes autores têm
13
perspectivas diferentes e segundo K. A. Artto & Dietrich (2007), diferentes tipos de
projetos adotam diferentes tipos de estratégias.
De acordo com o OGC (2009), exemplos de projetos incluem, mas não são
limitados a:
• Desenvolver um novo produto ou serviço;
• Efetuar uma mudança na estrutura, pessoal ou no estilo da organização;
• Desenvolver ou adquirir um novo ou modificado sistema de informação;
• Implementar um novo processo ou procedimento de negócio.
Já Liberato, Varajão, & Martins (2015), num caso de estudo realizado em uma
empresa, publicado no livro “Modern Tecnhiques for Succesful IT Project Management”,
afirmaram existir quatro tipos de projeto: development, requirement definition, ongoing
maintance, corretive maintance.
Cadle & Yeates (2004) identificam que os projetos de TSI podem ser agrupados
em nove grandes tipos, e acreditam que estes podem cobrir a maioria dos projetos:
software development, Package implementaton, System enhancement, Consultancy and
business analysis assignments, System migration, Infrasructure implementation,
Outsourcing (and in-sourcing), Disaster recouvery, e Smaller IS projects.
Não devemos esquecer que um projeto tem um objetivo definido perante as
necessidades, os requisitos pré-estabelecidos e é limitado pelo fator custo, tempo e
recursos alocar (Inês Almeida, 2015).
2.3.2 Gestão de projetos de sistemas de informação
A gestão de projetos evoluiu de um conjunto de processos recomendáveis para
uma metodologia obrigatória a seguir para uma organização sobreviver(Kerzner, 2016).
Abbasi & Al-Mharmah (2000) diz-nos que gestão de projetos é a arte, ciência de
planear, projetar e gerir o trabalho em todas as fases do ciclo de vida de um projeto.
Segundo um dos referenciais mais conhecidos de gestão de projetos, o PMBOK
que foi produzido pelo “Project Management Institute” (PMI, 2013), serve para apoiar
os gestores de projeto na idealização e planeamento dos projetos e este diz-nos que a
gestão de projetos é aplicação de conhecimentos, competências, ferramentas e técnicas
14
para cumprir todas as atividades de acordo com os requisitos do projeto. Este diz-nos
também que a gestão de projetos se encontra agrupada em cinco grupos de processos
que são:
Figura 1- Cinco grupos de
processos do PMBOK, adaptado
(PMI, 2013)
Ainda de acordo com o PMI (2013) pode afirmar-se que a gestão de projetos inclui a
gestão do âmbito, do tempo, do custo, dos recursos humanos, das comunicações, da
qualidade e a gestão de integração.
Anderson & Merna (2003), diz-nos que mesmo quando os projetos são
concluídos dentro do prazo e do orçamento nem sempre o resultado é o desejado de
acordo com o negócio que era esperado, ou exigido. Depois de avaliarmos alguns
projetos que falharam, os motivos não tiveram a ver com incumprimentos de prazo ou
orçamento, mas sim por motivos que surgiram devido a uma má gestão de projetos.
Para ajudar na gestão de projetos é de realçar que existem alguns referenciais
que são preciosos para ajudar nesta gestão como: PMBok, PRINCE2, o AIPM e APM-Body
of Knowledge, ICB-IPMA Competence Baseline. Ao referir, na presente dissertação, estes
referenciais “obrigatoriamente” deve falar-se nos modelos de maturidade, que orientam
a empresa da situação em que se encontra, até ao ponto onde esta pode chegar, e existe
o CMMI e o PMM. Após isto, é fácil de compreender que empresas com um maior nível
de maturidade tenham um retorno de investimento proporcional ao seu nível de
Iniciação
Planeamento
Execução
Controlo e monitorização
Finalização
15
maturidade, pois verificamos uma redução custos neste nível e uma melhoria do
desempenho dos projetos (Mafalda Ferreira, 2013). Para se perceber melhor o conceito
de maturidade, Domingues, Sampaio, & Arezes(2011) apud Paulk, Curtis, Chrissis, &
Weber (1993) definem “maturidade como o processo especifico para, explicitamente,
definir, medir e controlar o crescimento de uma entidade.
Figura 2- Cinco níveis de maturidade retirado de (Paulk et al., 1993)
Gestão de Projetos não é um conceito novo, mas, no entanto, o que tem vindo a
evoluir e a ganhar terreno nesta área, é a forma como são geridos, pois uma boa gestão
de projetos tem normalmente como consequência o sucesso (Jurison, 1999).
2.3.3 Critérios de Sucesso em um projeto de TSI
Para introduzir esta subsecção, será abordado um pouco da definição de sucesso,
pois a palavra sucesso é muito ambígua no que diz respeito ao seu significado, ou seja, o
sucesso pode depender das perspetivas das pessoas, pois o projeto pode ter sido
considerado falhado pela equipa de projeto que o realizou, caso tenham sofrido perdas,
16
mas os utilizadores em geral consideraram o projeto um sucesso. Afirmar se um projeto
teve ou não sucesso, é um processo difícil, pois alguns critérios podem ser cumpridos e
outros não. Ou seja, como refere (Baccarini, 1999) sucesso de um projeto é um tema que
é sempre discutido mas raramente se chega a um consenso.
Conforme a definição de sucesso, também existem vários autores com diferentes
pontos de vista acerca do conceito de critérios de sucesso de um projeto em sistemas de
informação, o que faz com existam vários estudos sobre estes critérios e assim o
conceito varie de estudo para estudo. Quando abordamos o tema critérios de sucesso
associa-se logo ao Iron Triangle (figura 2), associa-se a satisfação do cliente, valorização
pessoal do projeto, avaliação dos utilizadores e stakeholders.
Figura 3 Iron Triangle
Conforme verificado na Figura 2 , conseguimos ver que o Iron Triangle é composto
por custo, tempo e qualidade, sendo que esta era a maneira mais tradicional de
caracterizarmos o sucesso e desempenho de um projeto, ou seja, um projeto que não
esteja longe do orçamento planeado, cumpra o tempo e cumpra os requisitos
estabelecidos pelas partes interessadas já é considerado sucesso (Berssaneti, Carvalho,
& Muscat, 2012).
Contudo, ao longo dos anos, estes critérios que compõem o Iron Triangle foram
considerados básicos. Apresento assim, abaixo, as visões de outros autores:
Atkinson (1999) confirma também que o Iron Triangle continua a ser o critério de
sucesso mais usado para avaliação, mas este apresenta outros critérios como demonstra
a figura 3:
17
Figura 4- Critérios de sucesso por Atkinson (1999)
Após a pesquisa de Atkinson(1999), surge Karlsen & Gottschalk(2002) que
acrescenta mais um critério ao modelo e caracteriza-os como: Performance do projeto;
Resultados do projeto; Implementação do sistema; Benefícios para a empresa cliente;
Benefícios para os stakeholders.
Figura 5- Cinco critérios de (Karlsen & Gottschalk, 2002) retirado de Inês Almeida (2015)
Silvius & Schipper (2015) no seu estudo, desenvolve um grupo de critérios
também mais abrangentes do que o conhecido Iron Triangle. É apresentada de seguida
uma tabela que demonstra os seis critérios de sucesso deste autor:
1ºcategoria
•Custo
•Tempo
•Qualidade
2ª categoria
•Sistemas de Informação
3ª categoria
•Beneficios para a empresa cliente
4ªcategoria
•Beneficios para os stakeholders
18
Tabela 2- Critérios de Sucesso segundo Silvius & Schipper ( 2015)
Fases Orientação
O projeto é executado de forma controlada • O processo de gestão de projetos é adequado;
• Os riscos do projeto são geridos adequadamente;
• O projeto é realizado com um alto padrão de qualidade de trabalho.
O projeto acordado do projeto é concluído no cronograma e dentro do orçamento
• O projeto é concluído dentro do cronograma;
• O projeto é concluído dentro do orçamento;
• O fornecimento é compatível com especificações técnicas.
A entrega do projeto é "adequado para o propósito"
• O entregável deve atender aos requisitos de desempenho funcional;
• O cliente do projeto está a usar o entregável(após a conclusão);
• O entregável está a cumprir as necessidades do cliente;
• O entregável é resolver o problema de um cliente
Os objetivos comerciais ou objetivos do projeto são realizados
• Os objetivos comerciais do projeto são atendidos;
• Os objetivos de negócios dos fornecedores/contratados são atendidos;
• O entregável cria uma maior quota de mercado da organização do cliente.
As partes interessadas (stakeholders) do projeto estão satisfeitas
• O “patrocinador” do projeto está satisfeito com o projeto;
• As outras partes interessadas estão satisfeitas com o projeto;
• O usuário final está satisfeito com o projeto;
• O fornecedor está satisfeito com o projeto;
• A equipa do projeto está satisfeita com o projeto;
• A cooperação de ambas as partes e dos indivíduos no projeto é boa.
O projeto prepara a organização para o futuro
• O projeto prepara a organização para o futuro;
• O projeto contribui para o desenvolvimento das organizações que participam neste;
• O projeto contribui para o desenvolvimento profissional/pessoal dos indivíduos que neste participam;
19
• O projeto cria um impacto económico positivo na sociedade;
• O projeto cria um impacto social positivo;
• O projeto cria um impacto ambiental positivo na sociedade;
• O projeto ganha reconhecimento publico.
.
Westerveld (2003), no seu artigo “The Project Excellence Model”, divide os
critérios de sucesso da seguinte maneira:
• Resultados do projeto
o Orçamento;
o Tempo;
o Qualidade
• Apreciação do cliente;
• Apreciação da equipa de projeto;
• Apreciação dos utilizadores;
• Apreciação dos parceiros contratados;
• Apreciação das partes interessadas (Stakeholders).
Para finalizar esta secção é importante referir, segundo Brandon (2005), que no
seu livro realça que falarmos em critérios de sucesso é diferente de falarmos de fatores
de sucesso. Critérios de sucesso são geralmente independentes do tipo de projeto que
está a ser avaliado, já os fatores de sucesso são muito dependentes do projeto que está a
ser elaborado. A melhor maneira de diferenciarmos estes conceitos, de acordo com Lim
& Mohamed, (1999), é dizermos que critérios de sucesso são princípios e standards, já
fatores de sucesso são factos, circunstâncias e influências.
2.4 Análise de negócio
Um dos grandes referenciais da análise de negócio é o BABOK (Busalmeis Analysis
Body of Knowledge) pelo IIBA (International Institute of Business Analysis) e o objetivo
principal deste guia é identificar as áreas de conhecimento de análise de negócio, que
são reconhecidas e claramente aceites como boas práticas. Segundo o IIBA (2009)
20
análise de negócio é o “conjunto de atividades e técnicas utilizadas para servir como
ligação entre as partes interessadas, com o intuito de compreender a estrutura, as
politicas e operações de uma organização e para recomendar soluções que permitam à
organização alcançar os seus objetivos”. O BABOK encontra-se dividido em seis áreas de
conhecimento apresentadas na Figura 6:
Figura 6- Seis áreas de conhecimento do BABOK (IIBA, 2009)
Com isto, a análise de negócio leva-nos a compreender o funcionamento das
organizações, os seus objetivos, definir as capacidades que a organização deve possuir
para conseguir produzir os produtos e serviços para satisfazer as partes interessadas
externas.
Como descreve também Paul et al. (2014), no seu livro “Business Analysis –
Second Edition”, a análise de negócio consiste num papel da consultoria interna, que tem
a responsabilidade de investigar situações de negócio, identificar e avaliar opções para
melhorar os sistemas de negócio, definir requisitos e garantir o uso efetivo dos sistemas
de informação para atender às necessidades de negócio.
Ficam algumas dúvidas no ar: “Qual é a definição do papel de analista de negócio?”,
“Qual é a habilidade deste?”. Com isto, o IIBA (2009), procura enaltecer o
reconhecimento do cargo de analista de negócio, como um profissional com as
21
responsabilidades bem traçadas, que trabalha como uma ligação entre as partes
interessadas, com o objetivo de analisar, comunicar e validar os requisitos para a
mudança de políticas, processos de negócios e SI’s. O analista de negócio reconhece
também os problemas e oportunidades, no que diz respeito ao contexto dos requisitos e
aconselha soluções para que as organizações consigam atingir os seus objetivos.
2.4.1 Gestão de requisitos
A gestão de requisitos é um subprocesso da Engenharia de Requisitos. De acordo
com Álvaro Rocha (2000) na sua tese de doutoramento gestão de requisitos é o
processo de gestão das mudanças de requisitos de um sistema. Mas, fica assim uma
questão no ar: “O que são requisitos de um sistema?”. Como requisitos, é possível
afirmar que são as características que designam um produto, ou seja, são as
características que definem os critérios de aceitação de um produto. “A engenharia tem
como objetivo colocar nos produtos as características, que dá-mos o nome de
requisitos.”(Sommerville, 2011). Se estivermos abordar um software, segundo
Sommerville (2011), estas características dividem-se em dois tipos que são:
• Funcionais, que tem a ver com o comportamento que o programa ou
sistema apresenta diante das ações dos utilizadores;
• Não funcionais, que quantificam apenas determinados aspetos do
comportamento.
A gestão de requisitos é essencial devido ao grande número de mudanças que
podem surgir de diversas fontes como legislação, envolvidos, exigência de mercado,
entre outras. Este subprocesso é composto por várias atividades como(Salles, 2012):
• Controlo de mudanças- avaliar aquilo que pode ou não ser alterado e o
impacto dessas mudanças;
• Gestão de configuração- definir critérios que viabilizem a realização de
mudanças necessárias, sem modificar a integridade do software;
• Rastreamento- acompanhar a “vida” do requisito, independentemente da
direção que este seguir;
• Gestão da qualidade dos requisitos- criação de requisitos corretos,
completos, verificáveis e consistentes.
22
Na figura 6, abaixo representada, podemos ver os stakeholders que podem
interferir no projeto. Estes manifestam as suas necessidades e estas são documentadas
para possíveis alterações:
Figura 7- Fontes de requisitos de software (Adaptado de KOSCIANSKI, 2006)
Segundo Sommerville (2003), o processo de levantamento de requisitos é um
processo interativo de atividades, com uma contínua validação das mesmas (MORAES,
2009) (Figura 7).
Figura 8- Processo de levantamento e análise de requisitos retirado do artigo de (MORAES, 2009)
SoftwareGestores
Leis e regulamentos
Analistas Utilizadores
Programadores
Clientes
23
Um dos problemas mais comuns na gestão dos requisitos é a instabilidade dos
mesmos e isto acontece quando os clientes ou utilizadores querem introduzir novos
requisitos ou alterar os mesmos, quando o desenvolvimento do projeto(software) já
está em fase avançada. A instabilidade dos requisitos costuma ter um preço alto e
geralmente significa perder trabalho que já foi elaborado, desfazer algum já feito ou
remendar outro. Um dos melhores exemplos para entendermos a complexidade dos
requisitos é abordarmos a planta de um edifício, quando esta é alterada durante a
construção. É, na maior parte das vezes, necessário destruir parte do que já foi feito,
porque ao emendar a obra raramente satisfaz aquilo que é pedido (Sommerville, 2011).
2.5 Engenharia de software
A engenharia de software é uma disciplina muito vasta que cobre várias áreas de
conhecimento. Alguns autores deram o conceito de engenharia de software como o
desenvolvimento de software por muitas pessoas e com várias versões. A definição dada
anteriormente remete-nos para a diferença entre programação e engenharia de
software (conceitos que são confundidos por vários profissionais nas suas
organizações). Enquanto que programar é “escrever” programas, a engenharia de
software preocupa-se com o processo da entrega desses programas que foram
desenvolvidos por várias pessoas que atuam em diferentes áreas(Parnas & Weiss,
1987).
O SWEBOK é um projeto que foi realizado pelo IEEE Computer Society, e este é
um dos principais referenciais da engenharia de software. Para o IEEE (2014) a
engenharia de software é “a aplicação de uma sistemática, disciplinada, abordagem
quantificável para o desenvolvimento, operação e manutenção de software; isto é,
aplicação de engenharia para software”. The Guide to the Software Engineering Body of
Knowledge (SWEBOK Guide) assenta em cinco objetivos que são:
1. Promover uma visão consistente da engenharia de software por todo o
mundo;
24
2. Esclarecer os objetivos da engenharia de software em relação a outras
disciplinas como ciências da computação, gestão de projetos e engenharia
de computadores e matemática;
3. Caracterizar todos os conteúdos da engenharia de software;
4. Providenciar um acesso atualizado ao software;
5. Proporcionar uma base para o desenvolvimento curricular e para a
certificação individual.
O SWEBOK refere ainda que a engenharia de software se apresenta como um conjunto
de áreas de conhecimentos que se consideram essenciais para trabalhar com o
desenvolvimento de software. Essas áreas de conhecimento são:
Tabela 3- Áreas de conhecimento do SWEBOK (IEEE, 2014)
15 áreas de conhecimento do SWEBOK
Requisitos de Software;
Design de Software;
Construção de Software;
Testes de Software;
Manutenção de Software;
Gestão de configuração de software;
Gestão de Engenharia de Software;
Processos de Engenharia de Software;
Ferramentas e métodos de Engenharia de
Software;
Qualidade do Software;
Praticas profissionais de Engenharia de
Software;
Economia da Engenharia de Software;
Fundamentos de Computação;
Fundamentos de Matemática;
Fundamentos de Engenharia.
São quinze as áreas de conhecimento do SWEBOK. Ao olhar para a tabela acima referida
parece que são demais as áreas de conhecimento, mas é preciso ter noção que cada uma
destas áreas é importante para o sucesso de um projeto de desenvolvimento.
25
Segundo Sommerville (2011), os engenheiros de software é que devem insistir
para que exista boa especificação dos requisitos, para que estes sejam claros e precisos,
e estes devem convencer os utilizadores e clientes que:
• É necessária uma boa especificação dos requisitos;
• Não representam uns custos demasiados elevados, mas é preciso
investimento, que se paga com juros altos;
• A intervenção dos utilizadores na engenharia de requisitos é fundamental
para que as necessidades destes sejam corretamente atendidas pelo
produto;
• Uma especificação de requisitos correta custa tempo e dinheiro;
Uma má especificação dos requisitos leva a um custo muito mais elevado e a uma
maior perda de tempo. É impossível abordarmos engenharia de software sem abordar
requisitos de software. Neste sentido, apresento abaixo os tópicos e subtópicos das
áreas de conhecimento dos requisitos:
Figura 9- Distribuição de tópicos de gestão para Engenharia de Software retirado de IEEE (2014)
26
Para uma avaliação da qualidade de software recorremos à ISO 9126, esta norma
contem padrões que avaliam as características de qualidade de um software. No nosso
quotidiano falamos muito sobre qualidade, mas afinal o que é a qualidade? Segundo
Melorose, Perroy, & Careas (2015), a qualidade é o grau atribuído a um conjunto de
características inerentes, que satisfazem os requisitos. Para estes autores a qualidade
não significa vantagem competitiva, mas sim uma condição que não deve ser esquecida
para seja possível competir com sucesso. De acordo com a (ISO, 2003) a qualidade está
divida em dois modelos de qualidade interna e externa, sendo que existem ainda seis
características que definem a qualidade que são a funcionalidade, confiabilidade,
usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade, as quais são ainda divididas
em subcaracterísticas como podemos ver na figura 10.
Figura 10- Modelo de qualidade para qualidade interna e externa adaptado (ISO, 2003)
Qualidade interna e externa
Funcionalidade
Acurácia;
Segurança de acesso;
Interopperabilidade;
Adequação.
Conformidade realicionada à funcionalidade
Confiabilidade
Tolerância às falhas;
Maturidade;
Recuperabilidade.
Conformidade relacionada à confiabilidade
Usabilidade
Operacionalidade;
Atratividade;
Apreensabilidade;
Inteligibilidade.
Conformidade relacionada á usabilidade
Eficiência
Comportamento em relação ao tempo de
uso dos recursos
Conformidade relacionada à
eficiencia
Manutenibilidade
Estabelidade;
Testabilidade;
Analisabilidade;
Modificabilidade
Conformidade relacionada à
manutenibilidade
Portabilidade
Capacidade para ser instalado;
Coexistência;
Capacidade para substituir;
Adaptabilidade.
Conformidade relacionada à portabilidade
27
Cada uma destas características tem uma definição, que apresento abaixo que
influencia a qualidade do software:
• Funcionalidade: Capacidade do produto software conter as funções que atendam
as necessidades (explicitas e implícitas) consoante as necessidades especificas
que este deve responder;
• Confiabilidade: Capacidade do produto de software manter um nível de
desempenho especifico consoante as condições especificas em que é usado (não
falhar);
• Usabilidade: Capacidade do produto de software ser aprendido, operado e
compreendido à vista do utilizador quando se se encontra sob condições
especificadas;
• Eficiência: Capacidade do produto de software atingir o nível de desempenho
apropriado para responder à quantidade de recursos utilizados;
• Manutenibilidade: Capacidade do produto de software ser alterado, isto pode
englobar correções ou adaptações de software devido à mudança de ambiente ou
requisitos;
• Portabilidade: Capacidade do produto de software ser transferível (de um
ambiente para outro).
De um modo geral, consideramos que o objetivo da Engenharia de Software é o
aperfeiçoamento da qualidade dos produtos de software e um aumento da
produtividade dos engenheiros de software, atendendo aos requisitos de eficácia e
eficiência. Nos tempos de hoje, a engenharia de software anda lado a lado com sistemas
de informação pois ambos pretendem auxiliar as organizações a tomarem decisões,
tendo em conta o seu negócio empresarial(Rezende, 2005).
28
29
3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
3.1 . Abordagem metodológica
Na presente dissertação, a abordagem metodológica que será utilizada é a Design
Science Research. Esta metodologia está dividida em cinco fases (Figura 1) , as quais têm
como objetivo encontrar/desenvolver um novo conhecimento, ou seja, esta metodologia
não pretende encontrar grandes teorias ou novas leis gerais, mas deve procurar
compreender os problemas do mundo real e propor assim soluções adequadas a esses
problemas, evoluindo o conhecimento teórico na área do problema (Von Alan, March,
Park, & Ram, 2004). A metodologia Design Science Research pretende, assim, construir
artefactos para resolver novos problemas práticos. Esta metodologia foi escolhida para o
desenvolvimento da minha dissertação pois este método realça os conceitos
importantes para o meu tema de acordo com a revisão da literatura e propõe ainda um
projeto/artefacto que explore um novo método de conhecimento para a ciência, sendo à
posteriori, este projeto/artefacto aplicado em contexto real.
Figura 11- Passos da metodologia DSR (Vaishnavi & Kuechler, 2004)
30
Na Tabela 1 apresentam-se as fases da metodologia Design Science Research
(Vaishnavi & Kuechler, 2004):
Tabela 4 Fases da metodologia DSR
Fases Orientação
1. Perceção do problema • Um artefacto novo e inovador necessita de ser desenvolvido através de revisões da literatura para compreensão de um determinado problema;
• O artefacto resultante deve ser uma resposta ao problema de negócio que é identificado.
2. Sugestão • Medidas de avaliação adequadas e métodos relativos à utilidade, à qualidade e à eficácia de um artefacto do projeto precisam ser definidos neste passo;
• Procura justificar a utilidade do artefacto para o problema a resolver (problema identificado);
• O resultado das pesquisas realizadas precisa ter uma contribuição de várias pesquisas em literaturas para ser possível conhecer bem a teoria e assim posteriormente sugerir uma boa solução do problema.
3. Desenvolvimento • Criação do artefacto; • Métodos de pesquisa adequados devem
ser aplicados no desenvolvimento do artefacto;
• Várias iterações são necessárias para ajustar o artefacto aos requisitos iniciais.
4. Avaliação • O artefacto deve ser avaliado usando as medidas de avaliação e métodos previamente definidos (estratégia de avaliação).
5. Conclusões • Resultados obtidos e a sua interpretação.
Para a validação desta proposta de dissertação, propus que fosse usada a
metodologia Design Science Research em conjunto com o estudo de caso (em contexto
real na empresa Baptista & Soares, tópico que será explicado na subsecção seguinte).
31
3.2 . Caracterização do caso de estudo
Conhecida há mais de trinta anos no ramo têxtil, a Baptista & Soares é um negócio
de família que ultrapassa gerações.
Fundada a 1 de abril de 1981 por Manoel Batista e sua esposa, Maria de Lourdes
Torquato Soares em Taíde, na Póvoa de Lanhoso, rapidamente se expandiu, passando de
uma modesta indústria regional a uma companhia internacional de confeção de artigos
de vestuário em série, que hoje é gerida por José Baptista e a sua esposa Manuela
Baptista. E é esta companhia internacional, que baseia o seu trabalho no design e
confeção de peças de vestuário de diversas e conhecidas marcas, se torna especialista na
área. Até hoje.
Situada a norte de Portugal, a Batista e Soares estabelece-se no mercado devido à
sua alta qualidade de serviço, valor e constante inovação. Já em relação à abordagem do
negócio, desde cedo o seu principal objetivo foi apostar e investir na inovação,
competitividade e nas novas tecnologias, de modo a dar resposta ao exigente ao padrão
do mercado atual. Assim sendo, com várias estratégias em linha e visando uma melhor
abordagem, realça-se o objetivo de criar o seu próprio departamento e pesquisa.
Descrita a empresa e aliando o meu trabalho nesta presente dissertação, é
possível afirmar que é praticamente impensável gerir um grande projeto sem apoio de
um suporte informático, quer devido à sua dimensão, quer à sua complexidade.
Os softwares de gestão de projetos permitem determinar a quantidade de
recursos que é necessária para o processamento de uma encomenda, que aqui é
entendida como um projeto, de maneira a que esta seja entregue ao cliente no prazo
estabelecido e com a máxima qualidade possível, possibilitando assim uma
calendarização mais realista do projeto (D. Rocha & Tereso, 2008). Mesmo nos projetos
menos complicados e mais pequenos, não conseguimos fazer alterações ou atualizar a
rede, sem o uso de um software informático, pois uma pequena alteração na rede pode
significar alteração da rede inteira.
Com a introdução de um novo software nesta indústria vai-me ser permitido
definir uma métrica para o impacto do mesmo, quer a nível dos stakeholders que a vão
manusear, quer a nível de sucesso ou insucesso da mesma quanto ao desempenho na
indústria têxtil. Em indústrias deste nível, o controlo de encomendas (incluindo a gestão
das mesmas) tem de ser calculado ao máximo, para não surgirem erros e existir
32
cumprimento de todo o “projeto”. Com o desenvolvimento deste novo software, a
empresa vê garantido um melhor controlo das encomendas, bem como um melhor
tracking dos pedidos. Um melhor controlo das encomendas minimizará os atrasos
internos e externos, já o tracking dos pedidos permite controlar todos os fornecedores
(controlando as ordens, processos, quais são os fornecedores, tempo de execução, etc).
Na imagem abaixo coloco um pequeno exemplo do tracking de uma encomenda num
fornecedor, para perceber melhor um pouco o software:
Figura 12- Exemplo de um tracking de uma encomenda em um fornecedor
Na imagem acima conseguimos perceber o estado das encomendas nos
fornecedores, onde agora é possível saber se estes estão a cumprir as encomendas. É
possível seguir as quantidades que estes entregam por dia, minimizando os atrasos.
Alberga ainda outras funções que vão fazer com que a empresa consiga melhorar a sua
gestão e obter maior sucesso nos projetos do dia-a-dia.
33
3.3 . Plano de atividades
A tabela 2 representa o cronograma das atividades a realizar:
Atividade 1(A1): Arranque da dissertação, ou seja, definição do tema da dissertação,
identificação dos resultados e objetivos, definição da abordagem metodológica e
realização do plano inicial de atividades;
Atividade 2(A2): Pesquisa e descrição dos conceitos através de uma revisão de
literatura;
Atividade 3(A3): Escrita do projeto de dissertação;
Atividade 4(A4): Pesquisa e recolha de dados da produção;
Atividade 5(A5): Análise dos dados;
Atividade 6(A8): Discussão e apresentação dos resultados;
Atividade 7(A9): Escrita da dissertação.
Tabela 5- Planificação da dissertação
2017 2018
Atividades 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A1 x x
A2 x x x x
A3 x x x
A4 x x x
A5 x x x
A6 x x x
A7 x x x x x x x x x x
34
35
4. CONCLUSÃO
Com o passar do tempo ficou cada vez mais crucial a utilização de softwares para a
gestão dos projetos das organizações, e como tal o presente projeto de dissertação está a
ser realizado com o objetivo de definir o impacto que um software vai ter na gestão da
empresa “Baptista & Soares”. Com a realização deste trabalho (projeto de dissertação),
pretende-se fornecer um enquadramento teórico-metodológico que ajude ao
desenvolvimento do documento da dissertação final. Nesta fase foi efetuada então, uma
revisão de revisão de literatura que consiste em uma pesquisa bibliográfica, para
abordar conceitos chave e conseguir assim um enquadramento conceptual consistente
para a minha dissertação final. Foram então feitas pesquisas acerca de temas como:
Projetos de Tecnologias e Sistemas de informação; Gestão de Projetos relacionado com
SI e TI; sobre sucesso de Projetos e os critérios associados a esse sucesso; Análise de
negócio para abordarmos os requisitos envolvidos em um projeto; e ainda sobre o tema
de Engenharia de software. O presente trabalho foi realizado com base na metodologia
Design Science Research em conjunto com caso de estudo. Esta metodologia foi
adaptada ao meu contexto de problema da dissertação.
Com a elaboração deste projeto, ficou claro que a implementação de software em
uma empresa necessita de passar por diversas avaliações. A escolha do software a
implementar depende do contexto em que a empresa atua (no meu caso é o ramo da
industria têxtil), é necessário ter em atenção a dimensão, a complexidade do projeto e os
objetivos atingir. Na realização deste documento é possível afirmar que o sucesso de um
projeto em uma empresa pode estar diretamente ligado com os softwares de gestão
utilizados na mesma (se esta evoluiu ou apenas regrediu com a implementação deste
devido a uma má avaliação dos requisitos, por exemplo).
Como trabalho futuro, espera-se definir a métrica que avalie o impacto deste
software na empresa. Espera-se que tenha aspetos positivos, que a empresa adquira
maior rapidez, eficiência e competitividade. Espera-se definir também um conjunto de
critérios que ajudem a definir e avaliar o impacto deste software na empresa “Baptista &
Soares” e verificar assim que o planeamento da implementação deste software, surgiu
claramente para melhorar a gestão de projetos e alcançar assim o sucesso que a
empresa esperava (mas o insucesso também pode ser verificado, a análise será
elaborada pormenorizadamente no documento da dissertação final).
36
Por fim, conclui-se que as implementações de software devem requerer o máximo de
atenção por parte das organizações para responderem a todos os requisitos definidos, e
acrescentarem valor aos projetos dos dia-a-dia, aumentando a produtividade das
mesmas.
37
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