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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA
CENTRO DE EDUCAO
DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DA EDUCAO
DISCIPLINA: DIDTICA - PERODO LETIVO: 2014.1
PROFESSORA: MARIA EMLIA SARDELICH
ALUNO: JAYNNO FERNANDO SILVA LOPES - MATRCULA: 11313617
> Anlise das Experincias do Relato
As experincias vividas no encontro com cada prtica docente quando colocadas
sob a luz das teorias so melhor compreendidas e, quando negativas, evitadas. Tomando
por base os textos Dimenses da Competncia, Fundamentos da prtica docente:
elementos quase invisveis e Currculo e Avaliao, h de se analisar, sob quatro
diferentes aspectos, as experincias contidas na atividade do relato das 6 experincias
referentes aos nveis de ensino (Fundamental, Mdio e Superior), classificadas naquela
ocasio como negativas ou positivas.
1 Aspecto: Dimenses da Competncia
No que concerne s dimenses manifestadas nas prticas dos docentes das seis
experincias, elas foram classificadas como positivas ou negativas majoritariamente
tendo por base a dimenso tcnica, aquela que, segundo a autora (Rios - 2010), se refere
ao conjunto dos processos do fazer docente, habilidade de possibilitar a aprendizagem.
A primeira experincia revela ser positiva pela excelncia do docente em utilizar o
seminrio como recurso didtico, provocando no discente o empenho em apreender a tal
ponto o contedo que seja capaz de comunicar compreensivelmente suas noes aos
outros. A dimenso tcnica aqui revelada no por o professor exclusivamente mostrar
alguma excelncia na comunicao do seu objeto de ensino (no caso, o conhecimento de
Histria), , antes, revelada na capacidade de o professor introduzir com eficcia a
turma na apresentao do seminrio. A segunda experincia, classificada, ao contrrio,
como negativa, tambm revela a importncia da dimenso tcnica, nesse caso, em
demonstrando as consequncias de sua falta. Com efeito, tal experincia demonstrou o
fracasso de todos os professores de Lngua Inglesa em sistematizar os contedos, em
fazer a transposio didtica devida etc.
Ainda na anlise das dimenses da competncia, a experincia positiva do
Ensino Mdio revela principalmente a dimenso tcnica. Aqui, a experincia ganha o
carter de positiva por possibilitar a ampliao da capacidade de leitura. O docente, em
percebendo a dificuldade dos alunos para leituras, gerou a necessidade dela para a
realizao de determinada atividade. Do outro lado, a experincia negativa tambm se
caracteriza por fracassar na dimenso tcnica: m correo da atividade, o que revela a
formao docente de m qualidade. Porm, h que se considerar aqui um defeito na
dimenso tica (pela qual se haveria de refletir sobre os princpios que sustentam a
sociedade - sobre os quais se edificam os costumes) da parte do docente ao
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desconsiderar a originalidade e a autenticidade de um trabalho, ferindo o princpio de
averiguar com afinco antes de acusar um plgio.
Sob este aspecto, preciso que se considerem tambm as experincias do Ensino
Superior. Na experincia negativa, revelou-se falha na dimenso tcnica, por o docente
no contextualizar os contedos e no estimular o aspecto crtico (em limitando a viso
histrica sob exclusivo aspecto). Revelou-se tambm nela uma deturpao da dimenso
poltica, em o docente comunicando os contedos tendenciosamente sob aspecto
marxista, confundindo assim o estmulo participao na construo coletiva da
sociedade e ao exerccio de direitos e deveres (Rios - 2010). Em contrapartida, a
experincia positiva mostrou a excelncia do docente na dimenso tcnica, pelo sucesso
na sistematizao dos contedos e pelo constante estmulo anlise.
2 Aspecto: Teorias sustentadoras das prticas docentes
Sob o aspecto das teorias que sustentam as prticas dos docentes, h de se tentar,
por aproximao, julgar sobre qual das teorias expostas pelo texto se edifica a prtica
dos professores das 6 experincias do relato. Os docentes das experincias positivas no
podem ser classificados em nenhuma das trs teorias expostas pelo texto, tendo em vista
que o texto Fundamentos da prtica docente: elementos quase invisveis expe as trs
teorias a partir do fenmeno da marginalidade, ou seja, expe majoritariamente como se
comportariam tais teorias diante do fenmeno da marginalidade, da excluso social.
Julgo que, em nenhuma dessas experincias, os professores estavam interessados em
construir seu fazer docente partindo da marginalidade ou de como eliminar a excluso
social; julgo, antes, que tais docentes pautavam sua prtica pelo objetivo de fazer com
que os alunos apreendessem os contedos e aprimorassem as habilidades. Visto que,
conforme ao exposto pelo captulo, nenhuma dessas teorias esteja principalmente
interessada em tais ltimos objetivos, arbitro que os professores em questo no possam
ser classificados como servidores de nenhuma das trs.
Quanto aos outros professores, os responsveis pela formao de Ensino
Fundamental em Ingls no podem ser julgados como servidores de nenhuma das trs
teorias por sequer terem deixado clara a realizao de algo que se possa nominar
docncia e o professor de Histria do Ensino Mdio igualmente no pode ser
classificado em nenhuma das trs teorias por tambm no ordenar seu trabalho
principalmente ao combate da excluso. No entanto, para classificar o docente do
Ensino Superior, no so necessrios grandes esforos, ele mesmo identificou-se como
adepto da Teoria Histrico-Crtica, caracterizava-se por citar Karl Marx e Antnio
Gramsci como norteadores de seu fazer docente, prezando sempre pelo incentivo luta
social em desfavor da comunicao dos contedos e do estmulo de habilidades.
3 Aspecto: Tendncias Pedaggicas
Haja vista que no possvel, conforme ao exposto por Farias et al., classificar
uma prtica numa daquelas tendncias sem, antes, elenc-la numa das teorias, possvel
empreender a identificao apenas da tendncia pedaggica do docente da experincia
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negativa do Ensino Superior. Dentre as tendncias da Teoria Histrico-Crtica, a que
mais caracteriza tal docente a Tendncia Libertadora, pela forte campanha contra a
alienao que o docente intentava empreender, campanha denominada por Farias et al.
desvelamento dos vus que encobrem a realidade.
4 Aspecto: Prticas Avaliativas
luz da classificao de Cludia de Oliveira Fernandes e Luiz Carlos de Freitas
no texto Currculo e Avaliao, as prticas avaliativas das duas experincias do
Ensino Fundamental, das duas experincias do Ensino Mdio e as duas experincias do
Ensino Superior podem ser classificadas como somativas, por objetivarem valorar o
resultado final do processo didtico. Muitas dessas avaliaes foram realizadas no
decorrer dos diferentes perodos letivos, no entanto, no podem - s por isso - ser
caracterizadas como formativas, porque no objetivavam reorientar o processo.
Referncias
1 aspecto
RIOS, Terezinha Azerdo. Dimenses da Competncia. In: Compreender e ensinar:
por uma docncia da melhor qualidade. 8 ed. So Paulo: Cortez, 2010.
2 e 3 aspectos
FARIAS, Isabel Maria Sabino de et alii. Fundamentos da prtica docente: elementos
quase invisveis. In: Didtica e Docncia: aprendendo a profisso. 3 ed. Braslia:
Liber Livro, 2011.
4 aspecto
FERNANDES, Cludia de Oliveira; FREITAS, Luiz Carlos de. Currculo e
Avaliao. In: BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO,
Ariclia Ribeiro do. Indagaes sobre o Currculo. Braslia: Ministrio da Educao,
Secretaria de Educao Bsica, 2007.