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Vanessa Cunha
Protozooses – II
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1 - Toxoplasmose
O agente etiológico da toxoplasmose é Toxoplasma gondii.
Para melhor compreensão, foram divididos em quatro ciclos biológicos separando a toxoplasmose congênita, do processo que ocorre nos felinos, relação com os herbívoros e nos humanos.
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Ciclo biológico nos humanos
Cisto Taquizoítos
Bradizoítos
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Ciclo biológico nos humanos
Inicialmente, ocorre a ingestão dos cistos na carne mal passada ou mal cozida. Esses cistos possuem, em seu interior, bradizoítos (formas de replicação lenta).
No intestino, os bradizoítos são liberados do cisto e se transformam em taquizoítos, que podem invadir células vizinhas.
Ao invadi-las, transformam-se em bradizoítos novamente e assim sucessivamente.
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Toxoplasmose congênita
Passagem dos taquizoítos da mãe (via placentária) para o feto, contaminando-o.
Mãe Feto
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Ciclo biológico nos felinos
Cistos
Bradizoítos
Esquizontes Merozoítos
Gametócitos
Oocisto
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Ciclo biológico nos felinos Os felinos alimentam-se de alguma carne contendo
cistos, cujo interior possui bradizoítos. No intestino, a parede dos cistos é digerida e são
liberados os bradizoítos que penetram nas células epiteliais e sofrem diversas divisões do núcleo, formando os esquizontes (células multinucleadas).
Ao romper as células, os merozoítos são liberados. Estes podem invadir outras céllas e formar bradizoítos (consequentemente, taquizoítos).
Entretanto, alguns merozoítos formam gametócitos (feminino e masculino). Ao ocorrer a fertilização, é formado o oocisto que será eliminado nas fezes.
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Ciclo biológico no solo
Oocisto Esporozoíto Herbívoros
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Ciclo biológico no solo
O oocisto sofre esporulação (amadurecimento) no solo, formando os esporozoítos.
Os herbívoros contaminam-se ao ingerir o oocisto esporulado, ou seja, os esporozoítos presentes no solo.
Obs: humanos e felinos podem se contaminar dessa forma também!
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Toxoplasma gondii
Tratamento: combinação de sulfadiazina e pirimetamina.
Manifestação clínica: geralmente é assintomático, mas em alguns casos ocorrem linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia, hepatite, pneumoite e miocardite. A forma congênita pode causar lesões oculares (nistagmo ou estrabismo, por exemplo) e do SNC (hidrocefalia e microcefalia, por ex.) ou abortos.
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Toxoplasma gondii
Diagnóstico: pesquisa de anticorpos específicos. Na fase aguda, apresenta picos de IgG, com presença de IgM. Já na fase de transição, a IgM está presente em baixa quantidade e IgG em maior número. Na fase crônica encontra-se baixos IgG e ausência de IgM.
Profilaxia: pré-natal, cozimento adequado de carnes e evitar contato com fezes de gato.
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2 – Doença de Chagas
O agente etiológico da doença de chagas é o Trypanosoma cruzi.
O vetor transmissor da doença é o Triatoma infestans, popularmente chamado de barbeiro.
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Ciclo biológico do Trypanosoma cruzi
Tripomastigota metacíclico
Amastigota
Tripomastigota sanguíneo
Epimastigota
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Ciclo biológico
Ao se alimentar, o barbeiro defeca. A pessoa, ao coçar, faz com que o tripomastigota presente nas fezes do barbeiro possa infectá-la, visto que só é capaz de invadir a mucosa ou tecido lesado.
O tripomastigota metacíclico invade ativamente células nucleadas, vivendo no citosol da célula ao se transformar em amastigota, formando um vacúolo parasitóforo que se funde com lisossomos. Dentro de célula se transformará em tripomastigota sanguíneo.
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Ciclo biológico
Quando o vetor sugar o sangue do hospedeiro, vai ingerir também o tripomastigota sanguíneo que, no interior do barbeiro, se transformará em epimastigota. O epimastigota se divide por divisão binária no intestino do vetor e, depois, se transforma em tripomastigota metacíclico.
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Trypanosoma cruzi
Tratamento: bendonidazol. Diagnóstico: cultivo de barbeiros saudáveis
(alimentam-se do sangue do paciente e procura-se por tripomastigotas nas fezes do barbeiro), pesquisa dos anticorpos da doença e método da gota espessa.
Profilaxia: eliminação do vetor, inseticidas, telas e limpeza do peridomicílio.
Transmissão: congênita, transfusão e através do vetor. Espirros de sangue na mucosa também podem ocasionar a doença.
Obs: animais, exceto aves, são reservatórios – ou seja, possuem o protozoário, mas não apresentam a doença.
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Trypanosoma cruzi
Manifestação clínica:Forma aguda: 1-4 meses. Grande quantidade
de tripomastigota na corrente sanguínea, miocardites, encefalites e sinal de Romanã (inflamação do local da picada, chamado também de chagoma de inoculação).
Forma indeterminada: pode desenvolver ou não a doença.
Forma crônica: nenhum sinal aparente, baixa parasitismo e cardiopatias.