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Engenharia de Produção Mecânica - Turma: EP4P43
ROBÔ BÍPEDE
Universidade Paulista (UNIP) - Limeira
00/00/2076
ROBÔ BÍPEDE
1 – INTRODUÇÃO E OBJETIVOS:
O objetivo deste trabalho é explicar as características e o funcionamento de um
Gerador de energia, utilizando uma roda da água como mecanismo para gerar a
energia.
Iniciamos com um estudo sobre geradores de energia em geral, em seguida uma
explicação sobre energia hidráulica, energia potencial, energia cinética, energia
mecância, conversões de energia e por fim, apresentamos alguns detalhes sobre o
funcionamento e aplicações das rodas da água.
2 – GERADOR DE ENERGIA:
Os geradores usados na indústria são baseados no mesmo princípio empregado por
Faraday e Henry: a indução magnética. O gerador de Faraday consistia num disco
de cobre que girava no campo magnético formado pelos pólos de um ímã de
ferradura e produzia corrente contínua. Um ano depois, outro pesquisador obteve
corrente alternada valendo-se de um gerador com ímãs e enrolamento de fio numa
armadura de ferro.
As máquinas elétricas foram desenvolvidas em ritmo acelerado, devido
principalmente aos trabalhos de Antonio Pacinotti, Zénobe Gramme, que introduziu o
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enrolamento em anel, e de Werner Siemens, que inventou o enrolamento em tambor
até hoje empregado. Somente cerca de cinqüenta anos depois das experiências de
Faraday e Henry foram obtidos geradores comercialmente aproveitáveis. Devem-se
tais conquistas às contribuições de Thomas Edison, Edward Weston, Nikola Tesla,
John Hopkinson e Charles Francis Brush.
No fim do século XIX, a invenção da lâmpada elétrica e a instalação de um sistema
prático de produção e distribuição de corrente elétrica contribuíram para a rápida
evolução dos geradores e motores elétricos. A partir de pequenos geradores,
simples aparelhos de pesquisa em laboratório, foram construídos alternadores e
dínamos de pequena potência e, finalmente, gigantescos geradores.
2.1 – Funcionamento:
O gerador elétrico mais simples é formado por uma espira plana com liberdade
suficiente para se mover sob a ação de um campo magnético uniforme. Essa espira
gira em torno de um eixo perpendicular à direção das linhas de força do campo
magnético aplicado. A variação do valor do fluxo que atravessa a espira móvel induz
nela uma força eletromotriz. Assim, a força eletromotriz resulta do movimento
relativo que há entre a espira e o campo magnético. A corrente produzida desse
modo é alternada. Para se obter corrente contínua, é preciso dotar o gerador de um
dispositivo que faça a retificação da corrente, denominado coletor dos dínamos. Pela
descrição do princípio de funcionamento dos geradores, vê-se que possuem dois
circuitos distintos: o do induzido e o do indutor. No caso do gerador elementar
descrito, o induzido seria a bobina móvel e o indutor o campo magnético.
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Figura - Gerador de Corrente Alternada
1. As duas extremidades da armadura de um gerador de corrente alternada ligam-se
a anéis condutores, a que se apóiam escovas de carbono.
2. A armadura gira e a corrente flui no sentido anti-horário. A escova do anel A
conduz a corrente para fora da armadura, permitindo que uma lâmpada se acenda; o
anel B devolve a corrente à armadura.
3. Quando a armadura gira paralelamente ao campo magnético, não há geração de
corrente.
4. Uma fração de segundos depois, a armadura volta a girar paralelamente ao
campo magnético, e a corrente inverte seu sentido: a escova do anel coletor Ba
conduz para fora da armadura e a do anel A a devolve à armadura.
2.2 – Tipos de Geradores:
Os geradores podem ser divididos numa enorme quantidade de tipos, de acordo
com o aspecto que se leve em conta. Além dos dois grupos mais gerais -- geradores
de corrente contínua e de corrente alternada --, os dínamos podem ser, quanto ao
número de pólos, dipolares e multipolares; quanto ao tipo de enrolamento do
induzido, podem ser em anel e em tambor; quanto ao tipo de excitação, auto-
excitados e de excitação independente.
O enrolamento em anel adotado por Gramme está praticamente em desuso. O
enrolamento induzido consiste num cilindro oco em torno do qual se enrola
continuamente o fio isolado que constitui a bobina. O enrolamento em tambor,
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inventado por Siemens, consiste num cilindro em cuja superfície externa estão
dispostas as bobinas do induzido. Essas bobinas são colocadas em ranhuras
existentes na superfície do tambor, sendo suas duas pontas soldadas às teclas do
coletor. Conforme a maneira como é feita essa ligação, os enrolamentos são
classificados em imbricados e ondulados e podem ser regressivos ou progressivos.
A corrente para a excitação do campo magnético pode ser fornecida pelo próprio
gerador. Nesse caso, diz-se que o gerador é auto-excitado. Quando a corrente para
a excitação é fornecida por uma fonte exterior, o gerador é de excitação
independente. De acordo com a forma de ligação entre as bobinas do indutor e do
induzido nos geradores auto-excitados, diz-se que estes têm excitação dos tipos
série (quando as bobinas excitadoras são constituídas por poucas espiras de fio e
ligadas em série com o induzido); shunt ou paralelo (quando o indutor e o induzido
são ligados em derivação); ou compound (quando existem bobinas excitadoras
ligadas em série e em paralelo com o induzido). Este é o tipo de excitação mais
comumente usado nos dínamos.
Analogamente aos dínamos, os alternadores podem ter enrolamento imbricado ou
ondulado. Podem ainda ter enrolamento em espiral e em cadeia. Naquele, as
bobinas de um mesmo grupo são ligadas de tal maneira que o bobinamento final
tem forma de espiral. Quanto ao número de fases, os alternadores podem ser
monofásicos, difásicos e trifásicos. Os geradores monofásicos são atualmente muito
raros, já que a corrente monofásica pode ser obtida a partir de geradores trifásicos.
Ainda se podem citar alguns tipos especiais de dínamos de uso relativamente
reduzido: o unipolar ou homopolar, o gerador de três escovas e o de pólo diversor.
Em linhas gerais, a construção de dínamos é semelhante à dos alternadores. A
principal diferença está no coletor segmentado para retificação da corrente gerada
no induzido. Esse dispositivo é inexistente nos alternadores, já que, nesse caso, não
há necessidade de se ter uma retificação da corrente gerada. A outra diferença
marcante está no campo indutor. O dínamo emprega o sistema de campo
estacionário, enquanto o alternador é quase sempre de campo giratório -- o que
torna possível a obtenção de maior potência elétrica, reduz a necessidade de
manutenção para assegurar o bom contato entre escovas e anéis coletores e requer
meios mais simples para fazer a ligação com o circuito externo.
O dínamo é formado das seguintes partes principais: carcaça, núcleo e peças
polares, núcleo do induzido ou armadura, induzido, coletor, escovas, porta-escovas,
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eixo e mancais. A carcaça é o suporte mecânico da máquina e serve também como
cobertura externa. É normalmente construída de aço ou ferro fundido. Os pólos são
feitos de aço-silício laminado, para reduzir ao máximo as perdas por corrente de
Foucault, e as bobinas de campo são de fios de cobre. A armadura, peça que aloja
as bobinas do induzido, é de aço laminado e possui condutores internos por onde se
faz o resfriamento da máquina.
O coletor consiste numa série de segmentos de cobre ou bronze fosforoso, isolados
entre si por finíssimas lâminas de mica, que têm a forma externa perfeitamente
cilíndrica. Ao coletor são soldados os terminais das bobinas do induzido. As
escovas, órgãos que coletam a corrente retificada no coletor, são de carvão e grafita
ou metal e grafita. O porta-escovas é a armação metálica que mantém ajustadas as
escovas de encontro ao coletor. Os mancais mais usados são os do tipo de luva,
lubrificados por óleo, ou então do tipo de esferas ou rolamentos lubrificados a
graxa. No alternador, não existe o coletor. Quando o induzido é giratório, as
escovas fazem contato com anéis coletores, a partir das quais a corrente alternada
gerada é transferida para o circuito externo. Quando, ao contrário, o induzido é
estacionário (caso mais freqüente), o papel dos anéis coletores e escovas é conduzir
a corrente contínua necessária para a excitação do campo girante. Nos alternadores
de grande porte é comum a instalação, no mesmo eixo do rotor das máquinas, de
um gerador de corrente contínua de menores proporções (denominado excitatriz)
para o fornecimento dessa corrente.
3 – SOBRE O PROJETO:
O projeto apresentado, foi praticamente feito todo com material reciclável e
artesenalmente, tendo como objetivo demonstrar como é possível gerar energia
através de uma queda da água e quando aumentada essa queda, a tensão aumenta
consequentemente, conforme mostra a tabela:
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Essa tabela foi feita na prática e o resultado foi além das expectativas. A figura
abaixo, mostra em detalhe como é um gerador elétrico e também serve como um
modelo didático de uma usina hidrelétrica, que segue o mesmo princípio.
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Altura (mm)
Tensão Gerada (Volt)
3.1 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO:
3.1.1 - Materiais:
01 Roda da água de acrílico com Ø300mm;
02 polias de Acrílico, sendo que a maior está montada na roda da água e a menor
no gerador;
01 anel O´Ring, trabalhando como correa;
01 bobina, com imã internamente funcionando como gerador;
01 caixa de isopor, para formar o reservatório;
01 bomba da água, para simular a queda da água;
01 conjunto de redução através de engrenagens;
01 metro de mangueira transparente;
02 leds;
01 eixo com 02 rolamentos para sustentar a roda da água;
04 Placas de acrilico nas laterais da caixa, para proteger da água;
01 tubo de silicone;
01 bastão de cola quente;
01 estrutura metálica.
3.1.2 - Montagem:
A polia maior foi colada junto a roda da água e nelas feito um furo para ser colocado
o eixo com os dois rolamentos e os rolamentos foram encaixados em dois tubos
fixados na estrutura metálica.
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A polia menor foi feito um furo e parafusado junto a bobina e a bobina tem um
suporte onde é fixado junto a estrutura metálica e interligando as duas polias foi
colocado um anel O´Ring para trabalhar como correa.
Na caixa de isopor, foi feito um furo na parte de baixo e colocado a bomba da água,
na saída da bomba, colocado a mangueira transparente e mangueira ligada ao tubo
de PVC e o tubo de PVC que também está fixado junto a estrutura metálica.
As placas de acrilico, foram colocadas nas laterais e nas duas extremidades da
caixa, para que não desperdice água e também para proteger o gerador.
Por fim foi possível variar a energia gerada, aumentando a queda da água.
O projeto apresentado, é como mostra as fotos abaixo.
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4 – APLICAÇÕES:
As rodas d´agua geralmente são usadas para irrigação e geração de energia.
Em algumas fazendas costumava usar estas rodas para acionar um moinho de
milho para fazer fubá ou acionar uma maquina como um engenho de cana para
alambique.
Geradores podem ser acoplado as estas rodas da
água de madeira robustas ou rodas da água de
ferro como uma fonte de energia alternativa.
Mas para o assentamento de uma roda dagua de
bomba dagua para irrigação não aconselhamos pelo
motivo da força ser menor, e para fazer o
assentamento de uma roda dagua robusta o custo
ficaria muito elevado, a não ser que seja para uma
estética de uma fazenda, chácara,sitio ou hotel
fazenda, ou somente iluminação.
As micro turbinas tem um aproveitamento maior da geração de energia em
pequenas quedas dagua.
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Geralmente em rodas d'água, flutuantes e a oscilação de energia é muito grande por
este motivo foi desenvolvido um estabilizador para uma grande oscilação de energia
em micro turbinas, micro usinas, micro hidrelétricas, PCH, mini usina, roda d'água e
flutuante que funciona da seguinte forma, a energia gerada pelo gerador pode variar
até 190 V que o estabilizador manterá em 110 V, no 220 V o gerador pode oscilar
até 300 V que o estabilizador manterá em 220 V.
5 – METODOLOGIA:
5.1 – CONCEITOS TEÓRICOS:
Para a construção deste equipamento foram explorados e aplicados os conceitos de
energia hidráulica, energia potencial, energia cinética, energia mecância, energia
mecânica e conversões de energia.
5.2 - ENERGIA
Energia é a capacidade de realizar trabalho e para realizar trabalho, uma, fôrça deve
deslocar um corpo e que o trabalho é igual ao produto da fôrça pela distância que o
corpo move na direção da fôrça. A palavra trabalho tem muitos séculos de
existência. Agora usaremos outra palavra, energia. Os cientistas têm usado essa
palavra há apenas um pouco mais de uma centena de anos. Energia é a capacidade
de fazer trabalho. Energia, como trabalho, pode ser expressa em quilogrâmetros ou
em grama-centímetros. A água da reprêsa de Paulo Afonso tem energia e por isso
pode realizar trabalho, movendo as turbinas. Um pedaço de carvão tem energia e
por isso êle pode, quando queimado, forçar a máquina a puxar um trem numa
estrada de ferro. Um arco encurvado tem energia que atirará a flecha pelo ar. Os
homens aprenderam a utilizar a energia através dos séculos de modo a tornar a vida
dos trabalhadores de hoje mais confortável que a dos príncipes de antigamente.
Esta é a idade da utilização em grande escala da energia.
5.3 – ENERGIA POTENCIAL
Energia potencial é energia armazenada, ou energia de posição. A água das
cataratas do Iguaçu, antes de cair, tem energia potencial. Ela pode realizar trabalho,
após a queda, fazendo girar as pás de turbinas. Quando você puxa para trás a corda
de um arco você armazena energia no arco. Você pode utilizá-la para fazer trabalho,
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atirando a flecha. Quando você dá corda num relógio você põe energia na mola que
mantém os ponteiros em movimento.
A figura acima mostra que a estudante armazena energia potencial no arco, para
disparar a flexa.
Quando você levanta um corpo, dá-lhe energia; nos a chamamos de energia
potencial gravitacional. Suponha que você levante um livro de 1 quilograma a 0,80
metro de altura. Você faz então o trabalho de 0,8 quilogrâmetro e armazena no
corpo essa mesma quantidade de energia. Energia potencial (gravitacional) = pêso
do corpo x elevação; Ep = P x d.
A energia potencial de uma mola esticada. Suponha que sejam necessárias uma
fôrça de 5kg* para esticar uma mola de 15cm uma fôrça de 10kg* para esticá-la de
30cm (Fig. 12-3). Que energia potencial você armazena na mola quando a estica de
30cm? Lembre-se de que a fôrça aumenta à medida que você estica a mola. Você
deve usar a fôrça média que exerce, no cálculo do trabalho feito por você. Portanto,
o trabalho realizado é vezes 30cm, isto é, 1,5kgm. Esta é também a
energia potencial armazenada na mola esticada.
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5.4 – ENERGIA CINÉTICA OU DE MOVIMENTO
Para variar a velocidade de um corpo em movimento é preciso o concurso de forças
externas, as quais realizam certo trabalho. Esse trabalho é uma apreciação da
energia que o corpo apresenta pelo fato de estar em movimento em relação a um
dado sistema de referência. Denominaremos essa energia de cinética e, seu cálculo,
no instante t, no qual a partícula de massa m apresenta velocidade v é:
Ecin. = (1/2).m.v2
Energia cinética é grandeza física escalar, fato que deriva de ser a inércia de um
corpo uma propriedade que se manifesta independente de orientação.
Suponhamos que F seja a resultante das forças que atuam sobre uma partícula de
massa m. O trabalho dessa resultante é igual à diferença entre o valor final e o valor
inicial da energia cinética da partícula;pomos:
Na expressão da primeira linha aplicamos a segunda lei de Newton; o componente
tangencial da força resultante é igual ao produto da massa da partícula por sua
aceleração tangencial.
Na segunda linha destacamos que, a aceleração tangencial at é igual à derivada do
módulo da velocidade (substituímos at por dv/dt) e, a seguir, substituímos o
quociente entre o deslocamento (ds) pelo tempo (dt) pela velocidade do móvel
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(substituímos ds/dt por v). A energia cinética da partícula é justamente o conceito
envolvido na expressão (1/2).m.v2. O teorema do trabalho-energia indica que o
trabalho da resultante das forças que atua sobre uma partícula modifica sua energia
cinética.
5.5 – ENERGIA MECÂNICA
A energia mecânica será a soma da energia potencial com a energia cinética
aplicada e o teorema para a conservação da energia mecânica - Nos sistemas para
os quais se verificam:
texterno, A==>B = 0 e tfat,A==>B = 0 (sistema conservativo) tem-se:
[DEpot.]A==>B + [DEcin.]A==>B = 0 ou seja, Emec.,A = Emec.,B = constante
5.6 – ENERGIA HIDRÁULICA:
A utilização da energia cinética e potencial das águas, pela Humanidade a tempos
imemoriais, já que desde sempre se instalaram variados dispositivos nas margens e
nos leitos dos rios.
Foi, porém, no século XIX que o aproveitamento dessa forma de energia se tornou
mais atraente do ponto de vista econômico, pois, com a invenção dos grupos
turbinas - geradores de energia elétrica e a possibilidade do transporte de
eletricidade a grandes distâncias, se conseguiu obter um elevado rendimento
econômico desse aproveitamento.
A roda d’água horizontal – com uma potência de cerca de 0,3kW – surgiu,
aproximadamente, no século 1. Por volta do século 4, a roda d´água vertical
conseguiu aumentar a potência até cerca de 2kW. As rodas d´água eram usadas,
principalmente, para moer cereais. Por volta do século 16, a roda d´água era a
máquina mais importante e desempenhou um papel fundamental na industrialização
da Europa. No século 17, a potência das rodas d´água já atingira níveis bastante
elevados.
A partir das rodas d´água, essencialmente máquinas de conversão da energia
hidráulica em energia hidráulica em energia mecânica, foram desenvolvidas
posteriormente as usinas hidroelétricas. Um terço da energia elétrica do mundo é
produzida por meios hidroelétricos. A seguir, serão descritas essas duas formas de
conversão da energia proveniente do uso direto da água.
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5.7 – CONVERSÃO HIDROMECÂNICA:
Podemos converter energia hidráulica em energia mecânica através da roda d
´água. Existem rodas horizontais e verticais. A água, ao incidir sobre as pás de uma
roda, exerce uma força que a move. O eixo da roda é ligado a um conjunto de
engrenagens que move algum tipo de mecanismo como a moenda de cereais, de
tecelagem, de serragem, de carga etc. O sistema de engrenagens serve para
modificar a potência transmitida ou a velocidade do mecanismo final.
Devido a um desnível h, a água que desce por um ducto tem sua energia
potencial, U = mgh, convertida em energia cinética, K = mv2/2, que, por sua vez, é
convertida em energia rotacional da roda. Assim, efetivamente, ocorre a conversão
da energia potencial da água em energia cinética rotacional da roda. Existem
situações em que não há um desnível, mas a água possui energia cinética suficiente
para girar rodas, resultando também em conversão hidromecânica. Devido a
dissipações resultantes do atrito entre as componentes do sistema, a energia
rotacional não é exatamente igual a mgh, mas menor. As atuais turbinas são rodas
modificadas de modo a aumentar a eficiência da máquina. Hoje em dia, as turbinas
hidráulicas chegam a ter uma eficiência de 95%, isto é, 95% da energia hidráulica é
convertida em energia mecânica.
5.8 – CONVERSÃO HIDROELÉTRICA:
A conversão da energia hidráulica em elétrica é feita em duas etapas: na primeira, a
energia hidráulica é transformada em energia mecânica rotacional da turbina, e na
Segunda, ocorre a conversão mecanoelétrica, isto é, essa energia mecânica é
convertida em energia elétrica. A corrente e a voltagem geradas por uma usina são
transmitidas e distribuídas por sistemas constituídos por grandes extensões de
cabos, suportados por altas torres, pois, em geral, as usinas estão situadas em
regiões relativamente afastadas dos centros consumidores.
A transformação da energia mecânica em energia elétrica se baseia no fenômeno de
indução eletromagnética, descoberto por Michael Faraday em 1.831. Uma espira
condutora colocada no campo magnético à B de um ímã permanente gira em torno
de um eixo perpendicular a à B. Esse movimento provoca uma variação senoidal do
fluxo de à B com o tempo através da espira, e conseqüentemente, uma corrente
alternada AC é induzida nela. Se forem ligados dois fios aos extremos da espira,
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aparecerá uma tensão alternada entre eles. Pode-se também induzir corrente se, ao
invés da espira, o ímã for girado em torno dela.
Os geradores elétricos utilizados em usinas de energia elétrica possuem, em geral,
um eletroímã no lugar do ímã permanente, e um conjunto de bobinas que forma a
armadura no lugar da espira. O eixo da turbina pode estar ligado ao eletroímã ou à
armadura. Assim, quando a turbina gira, devido ao impacto da água, ela produz um
movimento rotacional relativo entre o eletroímã ou da armadura determina a
freqüência da corrente alternada produzida. Desse modo, a freqüência de 60Hz
significa que o fluxo magnético através da armadura se alterna entre os valores
positivos e negativos 60 vezes por segundo, e conseqüentemente, o mesmo ocorre
com a corrente e a tensão. No Brasil, a freqüência da rede elétrica é 60Hz enquanto
que as do Paraguai e da Inglaterra são 50Hz.
Em geral, a tensão alternada produzida pelos geradores é relativamente baixa.
Assim, para que se possam abastecer diferentes centros utilizando linhas de
transmissão, essa tensão é aumentada até centenas ou milhares de kV por meio de
transformadores. Ao atingir os centros de consumo, a tensão é reduzida, por
exemplo, a algumas dezenas de kV, pelos transformadores das subestações e
distribuída para o público.
Apesar da corrente produzida pelo método descrito ser alternada, ela pode ser
retificada e transmitida como corrente contínua – DC. Uma inconveniência da
adoção de DC é a necessidade de se usar retificadores na saída de usinas e
alternadores antes das subestações, uma vez que os transformadores e motores em
geral utilizam corrente alternada. Isso aumenta muito o custo de sua instalação.
Entretanto, como a tensão é estável, as perdas nas linhas de transmissão são
essencialmente por calor (por efeito Joule ou ôhmicas), enquanto que nas linhas AC
existem grandes perdas por irradiação eletromagnética, além das ôhmicas.
A transmissão de corrente alternada utiliza três cabos enquanto que a de corrente
contínua necessita apenas de dois. Esse é um aspecto que favorece a escolha de
linhas DC. Para uma mesma tensão efetiva, a tensão pico AC é maior (da ordem de
30-40%) que a tensão DC, que é constante. Dessa maneira, tanto as torres de
transmissão como os isoladores para linhas DC podem ser menores que para linhas
AC. Entretanto, essas vantagens só se tornam economicamente compensadoras
para transmissões a longas distâncias, maiores que 600km, já que o custo das
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instalações de retificação é bastante elevado. A energia elétrica a ser produzida pelo
complexo de Itaipu será transmitida por linhas DC.
Existem, atualmente, linhas de transmissão supercondutoras, nas quais as perdas
ôhmicas são reduzidas quase que completamente para tensões DC, e bastante para
tensões AC. O material com que as linhas são manufaturadas é um supercondutor
cuja resistência é extremamente baixa para temperaturas da ordem de dezenas de
kelvin. Entretanto, para que essas linhas possam ser utilizadas, é necessário
superesfriá-las, o que significa que é preciso consumir energia para diminuir as
perdas. Assim, torna-se importante um cálculo cuidadoso para se determinar as
perdas totais durante a transmissão.
O potencial hidroelétrico brasileiro está avaliado em 213.000 MW, dos quais
aproximadamente 10% estão instalados. A bacia do rio Paraná é a mais aproveitada
de todas as bacias hidrográficas, que incluem as dos rios Amazonas, Tocantis, São
Francisco, Uruguai e as do Atlântico NE, N, L, SE. A central de Ilha Solteira é ainda
a maior hidroelétrica brasileira com 3.200 mW e a seguinte é a de Jupiá, com
1.400MW.
A potência da usina de Itaipu está projetada para 12.000MW, dez vezes a da usina
nuclear Angra II.
Como a demanda da energia elétrica não é constante, existem períodos em que a
energia produzida se torna ociosa, ou mesmo perdida. Assim, foram projetadas as
usinas de bombeamento, que aproveitam esses períodos para operar bombas que
transferem a água já circulada pelas turbinas a reservatórios adicionais à represa
principal. Em períodos de demanda máxima – demanda pico – a água desses
reservatórios extras também pode ser aproveitada para impulsionar turbinas
geradoras. Esse método aumenta o aproveitamento das reservas naturais.
As usinas de pequeno porte, onde se aproveita uma queda d´água natural,
produzem poucos impactos ambientais, uma vez que não há construção de
represas. As usinas com reservatórios de acumulação e as de bombeamento,
causam alteração não desprezível ao meio ambiente e ao ser humano. Sua
construção requer o represamento da águas de um ou mais rios.
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6 – CONCLUSÕES:
A utilização da energia é importante: na iluminação das casas, das cidades, nos
serviços domésticos, nas indústrias e em quase todas as atividades do dia a dia do
ser humano.
A utilização de várias formas de energia, além de trazer benefícios à Humanidade,
causam também algumas alterações ambientais. Entre as alterações provocadas
pela construção de uma usina de grande porte estão os impactos geomórficos
(erosão, assoreamento), climatológicos, hídricos, geopolíticos; os efeitos no
ambiente biológico como as modificações nas macro e microfloras terrestre e
aquática, na fauna terrestre e ictiológica fluvial e na ecologia do sistema biótico; e
possíveis efeitos sócio-econômicos-culturais.
A experimentação favoreceu ao grupo um melhor domínio teórico dos conceitos
teóricos estudados.
7 – REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LUIZ FERRAZ NETTO, Usina Hidroelétrica (modelo didático de alternador),
www.feiradeciencias.com.br, 08/11/2006.
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www.copel.com/pagcopel.nsf/docs/0E02B32569EF57D503256EAC005341E3?
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, Sistemas Digitais,
www.gta.ufrj.br/grad/01_1/motor/index.htm, 30/10/2006.
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BIBLIOTECA VIRTUAL LEITE LOPES, Energia e quantidade de movimento,
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LUIZ FERRAZ NETTO, Dinâmica, www.feiradeciencias.com.br, 10/11/2006.
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