MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA
DEPARTAMENTO DE SANIDADE VEGETAL
COORDENAÇÃO-GERAL DE PROTEÇÃO DE PLANTAS
DIVISÃO DE PREVENÇÃO, VIGILÂNCIA E CONTROLE DE PRAGAS
PROGRAMAS OFICIAIS DE COMBATE A PRAGAS
QUARENTENÁRIAS PRESENTES
Decreto nº 7.127, de 04 de março de 2010Aprova a estrutura regimental do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
• Art. 15. (anexo) Ao Departamento de Sanidade Vegetal compete:
• I - elaborar as diretrizes de ação governamental para a sanidade vegetal, com vistas a contribuir para a formulação da política agrícola;
• II - programar, coordenar e promover a execução das atividades de:
• a) vigilância fitossanitária;
• b) prevenção e controle de pragas;
• c) fiscalização do trânsito de vegetais;
• d) promoção de campanhas de educação e demais ações de defesa fitossanitária;
• III - (...)
Portaria nº 45, de 22 de março de 2007Aprova o Regimento Interno da Secretaria de Defesa
Agropecuária
• Art. 73. (anexo) À Divisão de Prevenção, Vigilância
e Controle de Pragas (DPCP/CGPP), compete:
(...)
II - promover e orientar a execução de levantamentos
fitossanitários, programas e campanhas nacionais e
regionais de prevenção, controle e erradicação de
pragas e de educação fitossanitária;
(...)
Organograma parcial
MAPA
SDASecretaria de Defesa
Agropecuária
DSV
Departamento de Sanidade
Vegetal - ONPF
CGPP
Coordenação Geral de Proteção de
Plantas
Divisão de Prevenção,
Vigilância
e Controle de Pragas
• Praga Quarentenária Presente: causaprejuízos inaceitáveis à cultura, nãoestá amplamente distribuída e seencontra sob controle oficial(Convenção Internacional paraProteção dos Vegetais).
Cancro cítrico
• Xanthomonas citri subsp. citri
• Amplamente distribuída na Ásia e América do Sul
• Ausente na Europa
Cancro cítrico
• Erradicação das plantas infectadas
• Não existe variedade imune à doença
• Brasil: Presidente Prudente/SP - 1957
Cancro cítrico
• Paraná – 1958
• Mato Grosso do Sul – 1959
• Mato Grosso – 1979
• Rio Grande do Sul – 1980
• Santa Catarina – 1985
• Minas Gerais – 1988
• Roraima – 2002
• Maranhão - 2009
Disseminação
• Mudas – material propagativo
• Frutos e demais materiais cítricos
• Vento associado a chuvas
• Material de colheita
• Veículos, máquinas e implementos
• Minador dos citros
Controle
• Erradicação
• Poda drástica / desfolha química
• Eliminar as rebrotas
• Área interditada
• Proibição de plantio por 2 anos
Decreto 75.061/1974
Institui a Campanha Nacional de Erradicação do Cancro
Cítrico – CANECC
- Traçar normas da política de pesquisa e combate
- Estabelecer medidas de caráter técnico e administrativo
necessárias a implantação das políticas em todos os
estados envolvidos
- Erradicação da doença
Cancro Cítrico
- Visando evitar impedimentos ao comércio
internacional de frutos cítricos, os países membros
do Mercosul, com base nas normas internacionais
pertinentes, demandaram a realização de avaliação
de risco de Xanthomonas citri subsp. citri em frutos
cítricos como única via de ingresso, com objetivo de
se analisar as opções de manejo de risco para evitar
o estabelecimento desta praga numa área livre;
- Para a realização dos estudos e a consequente
publicação de uma norma que tratasse do tema, foi
criado no âmbito do COSAVE, o Grupo Ad Hoc de
Cancro Cítrico em 2003;
Cancro Cítrico
- Os estudos concluíram que a aplicação de um
sistema de manejo de risco, de acordo com a
NIMF 14, permite reduzir e controlar o risco de
introdução e estabelecimento da praga e
representa uma medida equivalente menos
restritiva para o comércio;
- Baseado nos resultados da análise de risco, o
Grupo Mercado Comum aprovou, através da
Resolução MERCOSUL/GMC n° 48/05, o “Sistema
Integrado de Medidas Fitossanitárias para o
Manejo de Risco de Xanthomonas citri subsp. citri
em Frutos Cítricos”;
SMR para Cancro Cítrico
- Os estudos concluíram que frutos cítricos
provenientes de áreas de ocorrência da praga,
mas que se apresentam sem sintomas e
recebem tratamento pós-colheita em casa
de embalagem, representam risco aceitável
para o comércio, inclusive para áreas livres da
praga.
SMR para Cancro Cítrico
- Foi solicitada a possibilidade de
adoção das medidas preconizadas no
SMR para a comercialização
interestadual de frutos cítricos;
- Revisão da Legislação do Cancro
Cítrico.
Huanglongbing
• Origem provável: China
• Endêmica em países africanos e asiáticos
• Candidatus Liberibacter africanus- Triosa eritrea
• Candidatus Liberibacter asiaticus- Diaphorina citri
Huanglongbing
• Pomares da região central de SP (2004)
• Terceira variante
• Candidatus Liberibacter americanus
• Variante asiática
Medidas de Prevenção
• Aquisição de mudas sadias
• Fiscalização do trânsito de mudas
• Monitoramento
• Conscientização do setor produtivo
Ações de Controle
• Eliminação das plantas doentes (erradicação)
• Controle do vetor (Diaphorina citri)
• Eliminação da Murta
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53/2008
O OEDSV delimitará e oficializará, no âmbito de suacompetência, as áreas de ocorrência da praga.
Em área de ocorrência, a manutenção de plantas básicas,plantas matrizes e borbulheiras, bem como a produção demudas, somente será permitida em ambiente protegidopor tela de malha com abertura de, no máximo, 0,87 x0,30mm (zero vírgula oitenta e sete por zero vírgulatrinta milímetros).
As plantas básicas e plantas matrizes deverão seranualmente indexadas para comprovação da ausência dabactéria causadora do HLB.
Nas áreas delimitadas com ocorrência da praga,
em todas as propriedades onde existam plantas
hospedeiras, o proprietário, arrendatário ou
ocupante a qualquer título promoverá
obrigatoriamente, no mínimo, vistorias
trimestrais, objetivando identificar e eliminar as
plantas com sintomas de HLB.
O proprietário, arrendatário ou ocupante a
qualquer título do estabelecimento deverá
apresentar dois relatórios anuais, comunicando
ao OEDSV os resultados das vistorias referentes
ao semestre imediatamente anterior, sendo o
primeiro até 15 de julho e o segundo até 15 de
janeiro.
Mosca Negra dos Citros
- Hemipteros (Aleyrodidae)
- Origem: Sudoeste da Ásia
- Insetos sugadores
- Dano direto/Fumagina
Mosca Negra dos Citros
- IN 38/1999: Praga Quarentenária A1
- Primeira detecção no país: Março/2001
- Belém/PA e municípios vizinhos
- Setembro/2001: Praga Quarentenária A2
Pará: 2001
Amapá: 2002
Maranhão: 2003
Amazonas: 2004
Tocantins: 2004
Goiás: 2008
São Paulo: 2008
Roraima: 2009
Paraíba: 2009
Ações de Prevenção
- Fiscalização do trânsito de mudas
- Trânsito de frutos
- Flores de corte
- Monitoramento das áreas com hospedeiras
O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO, [...], resolve:
Art. 1º Restringir o trânsito de plantas e suas partes, exceto
sementes e material in vitro, das espécies hospedeiras da
mosca negra dos citros (Aleurocanthus woglumi)
constantes da lista oficial de Pragas Quarentenárias
Presentes no Brasil, quando oriundas de unidades da
federação (UF) onde seja constatada, por laudo laboratorial,
a presença da praga.
Hospedeiros de Aleurocanthus woglumi
Abacate (Persea americana), Álamo (Populus spp.), Amora (Morus spp.),
Ardisia (Ardisia swartz), Bananeira (Musa spp.), Café (Coffea arabica),
Caju (Anacardium occidentale), Rosa (Rosa spp.), Citros (Citrus spp.),
Carambola (Averrhoa carambola), Buxinho (Buxus sempervirens),
Cherimóia (Annona cherimola), Dama da noite (Cestrum nocturnum),
Pêra (Pyrus spp.), Goiaba (Psidium guajava), Louro (Laurus nobilis),
Graviola (Annona muricata), Uva (Vitis vinifera), Mamão (Carica papaya),
Gengibre (Zingiber officinale), Grumixama (Eugenia brasiliensis),
Hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), Jasmim-manga (Plumeria rubra),
Lichia (Litchi chinensis), Manga (Mangifera indica),
Maracujá (Passiflora edulis), Marmelo (Cydonia oblonga),
Murta (Murraya paniculata), Pinha (Annona squamosa),
Romã (Punica granatum) e Sapoti (Manilkara zapota).
As plantas, flores de corte e material de propagação das
espécies hospedeiras da mosca negra dos citros
provenientes de UF com a ocorrência da praga com destino
a UF reconhecida como livre pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - MAPA, poderão transitar quando
acompanhados de Permissão de Trânsito de Vegetais – PTV
com a seguinte Declaração Adicional: “Não se observaram
sinais de Aleurocanthus woglumi no local de produção
durante os últimos seis meses e a partida foi inspecionada,
encontrando-se livre da praga”.
Transporte em veículo lonado, caminhão tipo baú ou com
proteção de tela de malha antiafídeo.
Os frutos de plantas hospedeiras poderão transitar de UF
com ocorrência da praga para UF reconhecida como livre
pelo MAPA, desde que sem folhas e partes de ramos e
acompanhados de PTV com a seguinte Declaração Adicional:
“Os frutos foram submetidos a processo de seleção para a
retirada de folhas e partes de ramos e a partida encontra-se
livre de Aleurocanthus woglumi”.
Pinta Preta dos Citros
• Fungo ascomiceto
• Guignardia citricarpa (teleomorfo)
• Phyllosticta citricarpa (anamorfo)
Origem e Distribuição
• Originária do Sudoeste da Ásia
• Ásia: Butão, China, Filipinas, Hong Kong e Indonésia
• África: Kênia, Moçambique, Zâmbia, África do Sul,
Zimbábue
• Europa: Rússia
• América Central e do Sul: Caribe, Argentina e Brasil
• Oceania: Austrália, Nova Zelândia e Vanuatu
• América do Norte: ausente
Situação no Brasil
• Primeira detecção (pomar comercial): RJ (1980)
• Rio Grande do Sul – 1986• São Paulo – 1992• Santa Catarina – 2001• Espírito Santo – 2002
• Amazonas, Mato Grosso• Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná• Goiás, Rondônia
Pinta Preta dos Citros
• Importância: Austrália e África do Sul
• Praga ausente para a União Européia e EUA
• Restrições fitossanitárias para exportação
Pinta Preta dos Citros
• Afeta todas as variedades de:- Laranjas doces- Limões verdadeiros- Tangerinas- Híbridos
• Lima ácida Tahiti (Citrus latifolia)
• Afeta principalmente as laranjas tardias
Epidemiologia
• Mudas e resto de material vegetal
• Os esporos sobre folhas, frutos ou ramos germinam,
produzindo o tubo germinativo e o apressório do qual se
origina o peg de penetração
• Após a penetração, desenvolve-se uma fina camada de
micélio entre a cutícula e a epiderme
• Este micélio sub-cuticular entra em dormência, podendo
permanecer nessa condição por até 12 meses
Epidemiologia
• Sob condições favoráveis, o micélio cresce, atingindo tecidos
mais internos e desenvolvendo os sintomas da doença
• As plantas infectadas podem permanecer por 1 ano sem
apresentar sintomas da doença
• O aparecimento das lesões é favorecido pela luminosidade
combinada com altas temperaturas
• Face mais exposta ao sol
Epidemiologia
• Condições favoráveis a doença:
• Desfolha da planta
• Presença de pragas e outras doenças
• Desequilíbrio nutricional
• Abandono de tratos culturais
• Árvores mais velhas e estressadas são mais suscetíveis
Medidas de Prevenção
• Aquisição de mudas sadias
• Manter a sanidade e a nutrição do pomar
• Evitar ou reduzir o trânsito no pomar
• Implantação de quebra-ventos
Medidas de Manejo
• Remoção de frutos temporões infectados
• Uso de cobertura morta sob a copa das árvores
• Irrigação do pomar no período seco
• Pulverização das folhas caídas com uréia
Controle Químico
• Fungicidas Sistêmicos
1) Estrobirulinas
Azoxistrobina
Trifloxistrobina
2) Benzimidazóis
Tiofanato metílico
Carbendazim
• Fungicidas Protetores
1) Ditiocarbamatos
Mancozeb
2) Cúpricos
Oxicloreto de cobre
Hidróxido de cobre
Exportação para União Européia
• Rechaço de diversas cargas em 2003
• Decisão 2004/416/CE (medidas emergenciais temporárias)
• Área reconhecidamente isenta; ou
• Sem sintomas da doença no lugar de produção
• Frutos colhidos para exame oficial
• Lugar, instalações, exportadores: oficialmente registrados
Instrução Normativa nº 03/2008
Art. 1º Aprovar os Critérios e Procedimentos para Aplicação das
Medidas Integradas em um Enfoque de Sistemas para o Manejo de
Risco - SMR da Praga Mancha Preta ou Pinta Preta dos Citros (MPC)
Guignardia citricarpa Kiely (Phyllosticta citricarpa Van der Aa) em
espécies do gênero Citrus destinadas à exportação e quando houver
exigência do país importador.
§ 1º Os critérios e procedimentos do SMR previstos nesta
Instrução Normativa não se aplicam aos frutos de Citrus latifolia
Tanaka (lima-ácida Tahiti).
Instrução Normativa nº 03/2008
§ 2º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária,
por meio das Instâncias Intermediárias nas Unidades da
Federação - UF, delimitará e publicará, em legislação
complementar, as áreas com ocorrência da praga com base em
levantamentos oficiais.
Instrução Normativa nº 03/2008
§ 3º As Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção
à Sanidade Agropecuária enviarão à Secretaria de Defesa
Agropecuária - SDA os resultados dos levantamentos referentes ao
semestre imediatamente anterior, sendo o primeiro até 15 de julho
e o segundo até 15 de janeiro". (NR)
Art. 7º Os frutos cítricos in natura procedentes de Unidades de
Produção cadastradas junto ao MAPA devem ser produzidos,
manipulados, classificados, embalados, armazenados e
transportados de forma que sejam garantidas a identidade,
rastreabilidade e a conformidade fitossanitária dos frutos.
Anexo I da IN nº 03/2008
§ 1º Deverão ser adotados os seguintes procedimentos nas UPs:
I - as UPs deverão ser inspecionadas pelas Instâncias Central ou
Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, visando assegurar que não apresentem incidência
de Guignardia citricarpa desde o início do ciclo vegetativo;
II - o RT da propriedade, para fundamentar a emissão de CFO,
deverá realizar inspeções de campo em todas as fases da cultura
e registrar no Livro de Acompanhamento, para cada UP, todas as
informações exigidas no art. 23 do Anexo I da Instrução
Normativa nº 55, de 2007; estes dados deverão estar
atualizados e disponíveis para fiscalização sempre que
solicitados;
Anexo I da IN nº 03/2008
Instrução Normativa nº 03/2008
Frutos cítricos provenientes de UF com registro oficial de Guignardia
citricarpa, ainda que apresentem sintomas da MPC poderão
transitar para outras UF, inclusive aquelas reconhecidas como livres
de ocorrência da praga, desde que isentos de material vegetativo e
originados de Unidades de Produção que adotem as práticas de
Manejo Integrado preconizadas no § 2º, do art. 2º, do Anexo I,
desta Instrução Normativa, devidamente registradas pelo
Responsável Técnico no Livro de Acompanhamento da certificação
fitossanitária.
Instrução Normativa nº 03/2008
Parágrafo único. Para o trânsito, será exigido Certificado Fitossanitário
de Origem (CFO) ou Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado
(CFOC) com a seguinte Declaração Adicional: "Os frutos foram
produzidos sob Manejo Integrado de Guignardia citricarpa e
submetidos a processo de seleção para a retirada de folhas e partes
de ramos".
Mycosphaerella fijiensis (Sigatoka Negra)
• A sigatoka negra
- Descrita pela primeira vez em 1963, nas ilhas Fiji;
- Continente americano -> Honduras, 1972;
- Brasil -> fevereiro de 1998, no Estado do Amazonas;
- AC, RO, MT, PA, AP, RR, MS, SP, PR, SC, RS, MG e TO.
SINTOMAS
- Estrias de cor marrom, mais visíveis na face
inferior das folhas;
- Evoluem para estrias negras;
- Nem sempre se forma halo amarelo;
- Coalescimento das lesões ainda na fase de
estrias, deixando a área lesionada
completamente preta.
Medidas Legislativas
• Portaria SDA nº 150, de 08/09/1998.
- Proíbe o trânsito de plantas e partes de plantas de bananeira e helicônia do Estado do Amazonas para as demais UF’s sem a devida PTV.
- Admite o reconhecimento de áreas livres.
- Recomenda a distribuição de mudas de variedades resistentes.
• Instrução Normativa SDA nº 23, de 07/06/2001.
- Proíbe o trânsito de plantas e partes de plantas de bananeira e de qualquer material envolto em suas folhas para UF’s indenes.
- Nas UF’s com presença da praga podem ser reconhecidas áreas livres.
- Estabelecer a distribuição de mudas de variedades resistentes como prioridade nos planos de ações emergenciais.
• Instrução Normativa SDA nº 41, de 21/06/2002.
- Estabelece procedimentos a serem adotados em caso de detecção da praga.
- Estabelece procedimentos para caracterização de área ou local de produção livre de sigatoka negra.
- PTV entre UF’s ou internamente quando houver área livre.
- UF com presença da praga: PTV deve garantir origem em área livre.
• Instrução Normativa SDA nº 17, de 31/05/2005.
- Aprova os procedimentos para caracterização de áreas livres de sigatoka negra.
- Aprova os procedimentos para implantação e manutenção do sistema de mitigação de risco para sigatoka negra.
- Proíbe o trânsito interestadual de bananas que não sejam produzidas em áreas livres ou sob sistema de mitigação de risco.
- Proíbe o trânsito de bananas em cacho.
- Proíbe o trânsito de folhas de bananeira no acondicionamento de qualquer produto.
- Estabelece para o trânsito de helicônias os mesmos critérios e medidas previstos para o trânsito de mudas, partes de plantas e frutos de banana.
- Determina a eliminação de bananais abandonados onde seja comprovada a presença da praga.
• Reconhecimento de área livre
- Solicitado pelo OEDSV.
- Descrição da cultura na UF.
- Mapas com rotas de trânsito, áreas de produção e barreiras fitossanitárias.
- Dados climatológicos da região.
- Inspeção em no mínimo 1% das propriedades.
- Descrever a existência de possíveis barreiras naturais que dificultem o avanço da praga.
- Documentar os levantamentos oficiais realizados.
- Distância mínima de 70 km de possíveis fontes de infestação.
- Cadastramento das propriedades e responsáveis técnicos.
- Relação de fiscais para emissão de PTV.
- Estrutura física e escala de plantão das barreiras fitossanitárias.
- Plano emergencial.
- O DSV analisa o pedido e realiza auditoria para comprovação da condição de área livre de sigatoka negra.
• Implantação de sistema de mitigação de risco.
- SMR: integração de diferentes medidas de manejo de risco de pragas das quais pelo menos duas atuam independentemente com efeito acumulativo, para atingir o nível apropriado de segurança fitossanitária.
- Poderá ser implantado nas áreas onde for detectada a presença da sigatoka negra.
- Implantação promovida pelo OEDSV.
- Cadastramento da Unidade de Produção: solicitado pelo proprietário.
- Identificação do responsável técnico.
- Poda de folhas com sintomas.
- Controle químico quando necessário.
- Plantio de cultivares tolerantes.
- Higienização de pencas.
- Uso de caixas plásticas higienizadas, caixas de papelão descartáveis ou caixas de madeira de primeiro uso.
• Possíveis modificações:
- Liberar trânsito entre UF’s com ocorrência endêmica, salvo se houver trânsito por áreas livres.
- Alterações no uso do lacre de carga.
- Delegação de auditorias anuais para o Sedesa.
- Estabelecimento de relatórios semestrais para relatórios tanto de áreas livres como nos sistemas de mitigação de risco.
- Interdição preventiva em caso de foco nas áreas livres.
Ralstonia solanacearum Raça 2 (Moko da Bananeira)
• Constatação oficial no Amapá, em 1976;
• Região Norte (exceto AC), SE e PE;
• Comunicado foco no DF em 2008;
• Levantamentos posteriores não confirmaram o
estabelecimento da praga no DF;
• Maior potencial de dano em condições de
várzea, e menor risco em cultivos de terra firme;
SINTOMAS
• Doença vascular sistêmica;
• Malformação foliar em plantas jovens;
• Murcha, amarelecimento e necrose das folhas;
• Malformação, rachaduras e amarelecimento precoce e
irregular em frutos, evoluindo para seca e escurecimento
total;
• Pontos escurecidos nas bainhas mais centrais do
pseudocaule;
• Frutos seccionados exibem podridão seca e
escurecimento da polpa.
• Praga Quarentenária Presente;
• IN nº 17/2009:- Regulamenta os critérios para reconhecimento e manutenção de Áreas
Livres da Praga Ralstonia solanacearum raça 2 (ALP Moko da Bananeira) e Sistema de Manejo de Risco (SMR moko da bananeira), visando atender exigências quarentenárias de países importadores.
- Restringe a entrada, em ALP Moko da Bananeira, de frutos de banana e inflorescências de helicônias produzidos em UF com ocorrência de Ralstonia solanacearum raça 2.
• Proibe o trânsito de mudas e rizomas de bananeira e helicônias, produzidas em Unidades da Federação (UF) com ocorrência de Ralstonia solanacearum raça 2, salvo nos casos de mudas:
• I - produzidas em ALP Moko da Bananeira, existente na UF;
• II - transportadas ainda in vitro; e
• III - micropropagadas, desde que sem contato com o solo local, da aclimatação ao transporte.
• Para o trânsito interestadual de frutos de banana e inflorescências de helicônias produzidos em UF com ausência de Ralstonia solanacearum raça 2, será exigida a PTV apenas para comprovação da origem.
• Para a entrada em UF com ausência de Ralstonia solanacearumraça 2, de frutos de banana e inflorescências de helicônias produzidos em UF com presença da praga, será exigida a PTV, fundamentada em CFO.
• O trânsito de plantas de bananeira e helicônias e de suas partes, para estudo em instituições de pesquisa científica, deverá ser autorizado pela área de sanidade vegetal da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA), na UF de origem do material.
PREVENÇÃO E CONTROLE DA
COCHONILHA-DO-CARMIM NA PALMA
FORRAGEIRA
• Estima-se que hoje existam cerca de
500.000 hectares cultivados com a palma
forrageira no nordeste, concentrados
principalmente nos estados de
Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia,
Ceará e Rio Grande do Norte.
• Existem indícios de que houve uma
tentativa errônea de introdução da espécie
Dactylopius coccus com o objetivo de
produção do corante ―carmim cochonilha‖
em escala experimental.
PREVENÇÃO E CONTROLE DA
COCHONILHA-DO-CARMIM NA PALMA
FORRAGEIRA
• Museu de História Natural de Londres
(2003): Dactylopius opuntiae.
• Levantamentos atuais identificaram a praga
em Pernambuco, na Paraíba e no Ceará.
Inimigos naturais
• São necessárias pesquisas paraidentificação de inimigos naturaisadaptados às condições locais, paracriação massal e distribuição.
Controle Químico• Dificultado pelo baixo nível tecnológico
dos produtores e pela ausência deagrotóxicos registrados para a cultura.
• Instituições de pesquisa têm avaliadoos efeitos da aplicação de sabão empó, água sanitária e outros produtosalternativos.
Variedades Resistentes
• Instituições de pesquisa têm procurado desenvolver variedades resistentes à cochonilha.
ERRADICAÇÃO DA MOSCA DA
CARAMBOLA
• Decreto nº 2.226, de 19 de maio de 1997.
Considera de emergência fitossanitária a
região compreendida pelo Município do
Oiapoque e circunvizinhanças, no Estado
do Amapá, para implementação do plano
de suspensão e erradicação da praga
Bactrocera carambolae, detectada naquela
localidade.
ERRADICAÇÃO DA MOSCA DA
CARAMBOLA
• Os machos de B. carambolae são
eficientemente atraídos pelo paraferomônio
conhecido como methyl eugenol.
• Coleta e destruição de frutos hospedeiros
caídos no solo.
• Controle rígido do trânsito de material
hospedeiro.
• Não transportar frutos dos locais onde
existe a praga para outros onde ela está
ausente.
PREVENÇÃO E CONTROLE DA VESPA DA
MADEIRA
• Primeira detecção no Brasil em 1998;
• Em 1999 foi instituído o Fundo Nacional de
Controle à Vespa da Madeira – FUNCEMA,
que apóia ações de prevenção e controle
da praga;
• Controle biológico com o nematóide
Deladenus siricidicola, que esteriliza as
fêmeas da Vespa da Madeira.
PREVENÇÃO E CONTROLE DA VESPA DA
MADEIRA
Portaria nº 125, de 03 de agosto de
1998: restringe o trânsito de madeira
bruta, serrada e beneficiada de Pinus
spp. entre os estados de ocorrência
da praga e dos mesmos para os
demais estados indenes, obrigando
que as partidas sejam certificadas,
com declaração de que o material
está livre de Sirex noctilio.
PROGRAMA NACIONAL DE
ERRADICAÇÃO DA Cydia pomonella
• A Cydia pomonella é uma das pragas mais
importantes das maçãs. Está presente em
praticamente todos os países do mundo,
exceto Japão e em parte da China e do
Brasil.
• No Brasil, foi detectada pela primeira vez
em Vacaria, RS, no ano de 1991,
provavelmente introduzida por frutas
importadas do Chile. Atualmente encontra-
se restrita às áreas urbanas de Vacaria e
Caxias do Sul, no RS e em Lages, SC.
PROGRAMA NACIONAL DE
ERRADICAÇÃO DA Cydia pomonella
• Nos países onde está presente, o custo
para o seu controle é equivalente a R$
850,00/ha/ano, independente das perdas
de pelo menos 5% da produção.
• Instituído pela Instrução Normativa N° 48,
de 23 de outubro de 2007, o Programa tem
como estratégias de controle a remoção de
plantas hospedeiras e potencialmente
hospedeiras da praga (com substituição por
plantas não-hospedeiras como laranja,
caqui e kiwi) e o monitoramento constante
nas áreas urbanas e em pomares
comerciais.
PROGRAMA NACIONAL DE
ERRADICAÇÃO DA Cydia pomonella
• Associação Brasileira dos Produtores de
Maçã (ABPM)
• Associação Gaúcha dos Produtores de
Maçã (AGAPOMI)
• Companhia Integrada de Desenvolvimento
Agrícola de Santa Catarina (CIDASC)
• Secretaria de Estado de Agricultura e
Abastecimento do RS
• Ministério da Agricultura com suas
Superintendências nos Estados do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina
• Embrapa Uva e Vinho, que também exerce a
Coordenação Técnica do Programa.
PROGRAMA NACIONAL DE
ERRADICAÇÃO DA Cydia pomonella
• O monitoramento da Cydia pomonella se
dá por meio da instalação de armadilhas
com feromônio para captura de machos
adultos.
• Realizado em toda a área de exploração
comercial de rosáceas, pelo produtor rural
— por meio do responsável técnico pela
certificação fitossanitária de origem.
• Nas cidades, é de responsabilidade do
Ministério da Agricultura.
• Até o momento, não foi detectada a
presença de C. pomonella nas áreas
comerciais.
ÁREAS LIVRES DE Anastrepha grandis
• A mosca sul-americana das cucurbitáceas
(Anastrepha grandis) tem como
hospedeiros a abóbora (Cucurbita pepo),
pepino (Cucumis sativus), melão (Cucumis
melo) e melancia (Citrullus lanatus), dentre
outros.
• Alguns países importadores, entre eles a
Argentina, o Uruguai e os Estados Unidos,
impõem restrições fitossanitárias com
relação à importação de frutos frescos de
cucurbitáceas do Brasil.
ÁREAS LIVRES DE Anastrepha grandis
• A existência de uma ALP de
Anastrepha grandis só faz sentido
quando existe a necessidade de
atender requisitos fitossanitários de
países importadores, já que a praga
não é quarentenária para o Brasil.
ENFOQUE DE SISTEMAS PARA O
MANEJO DE RISCO DE Anastrepha grandis
• Exigência de que o SMR esteja localizadoem uma área de baixa prevalência dapraga.
• Cadastramento dos produtoresinteressados em exportar.
• Monitoramento da praga.
• Amostragem e corte de frutos, visando àdetecção de larvas.
• A existência de um SMR de Anastrephagrandis só faz sentido quando existe anecessidade de atender requisitosfitossanitários de países importadores.
ENFOQUE DE SISTEMAS PARA O
MANEJO DE RISCO DE Anastrepha grandis
• O SMR-MG engloba os municípios de
Paracatu, João Pinheiro, Unaí, Uberlândia,
Jaíba, Matias Cardoso, Manga e Luz.
• O SMR-SP compreende os municípios de
Mesópolis, Paranapuã, Urânia, Presidente
Bernardes, Tarabai e Rinópolis.
• Fazem parte do SMR-GO os municípios de
Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá,
Uruana, Cristalina e Ipameri.
Opogona sacchari (traça da bananeira)
• Não se trata de Praga Quarentenária para
o Brasil.
• Argentina exige DA 1, com inspeção no
ponto de egresso.
• Para aumentar o rigor no monitoramento e
controle da praga foi publicada a Instrução
Normativa nº 28/2009.
OEDSV: habilita responsável
Técnico (RT)
RT: inscreve UP e CE
OEDSV: inspeciona UP
E CE
Aprovado?
SIM: Cadastra UP e CE
NÃO: indefere inscrição
RT: inspeção de frutos na CE
Opogona?SIM: rejeita o cacho NÃO: emite CFO OEDSV: emite PTV
MAPA/SENASA: AMOSTRAGEM
MÍNIMA DE 2% DOS FRUTOS DA
PARTIDA
Opogona?
NÃO: emite o CF
EXPORTAÇÃO
CONCLUÍDA
SIM: partida rechaçada
RT NOTIFICADO
Suspensão da UP e CE
quando houver reincidência
no intervalo de 1 (um) ano
Bradinothrips musae
• Também não é Praga Quarentenária no Brasil.
• Argentina exige DA 15.
• A CIDASC realiza o monitoramento da praga em SC, com
levantamentos de detecção nas áreas de produção de banana.
• Após analisar mais de 1.592 lotes de banana destinados à
exportação não se constatou a presença da praga em território
catarinense.
• Os fiscais do SENASA nunca verificaram a presença dessa praga
nas partidas de banana destinadas à Argentina.
PROGRAMA DE EXPORTAÇÃO DE
MAMÃO PARA OS ESTADOS UNIDOS
• Março de 1998: Espírito Santo;
• Dezembro de 2005: Sul da Bahia e alguns
municípios do Rio Grande do Norte.
A Instrução Normativa nº 5 de 22/01/2008, publicada
no DOU de 25/01/2008, oficializou os procedimentos
para a manutenção da área de baixa prevalência
para mosca-das-frutas, por meio de monitoramento
da densidade populacional de mosca-das-frutas em
lavouras de mamão e os procedimentos de inspeção
e certificação nas casas de embalagem, em
conformidade com as diretrizes do Plano de
Trabalho.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE
DO BICUDO DO ALGODOEIRO - PNCB
• Instrução Normativa nº 44, de 29 de julho
de 2008.
• Congregar ações estratégicas de defesa
sanitária vegetal com suporte da pesquisa
agrícola e da assistência técnica na
prevenção e controle da praga.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE
DO BICUDO DO ALGODOEIRO - PNCB
• Comissão Nacional:
I - Coordenador-Geral de Proteção de Plantas
- CGPP/ DSV/ SDA/ MAPA;
II - um representante de cada Grupo Técnico
de Trabalho;
III - um representante da Associação
Brasileira dos Produtores de Algodão -
ABRAPA;
IV - um representante do Centro Nacional de
Pesquisa do Algodão – EMBRAPA -
Algodão.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE
DO BICUDO DO ALGODOEIRO - PNCB
• A Instância Intermediária do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária na Unidade da Federação
deverá estabelecer, ouvido o setor
produtivo e de pesquisa, ato normativo
definindo calendário de plantio para o
algodão, com um período de pelo menos
60 (sessenta) dias sem a cultura e plantas
voluntárias no campo.
OUTRAS AÇÕES
• Erradicação de focos da "seca bacteriana
da goiabeira" (Erwinia psidii), no Estado do
Espírito Santo -> Instrução Normativa nº 1,
de 21 de janeiro de 2000.
• Prevenção e Controle do Cancro da Videira
-> Instrução Normativa nº 9, de 20 de abril
de 2006.
OUTRAS AÇÕES
• Levantamentos preventivos contra monília
do cacaueiro.
• Programa de Prevenção e Controle da
Ferrugem da Soja -> Instrução Normativa
nº 2, de 29 de janeiro de 2007.
• Exportação de tabaco.