programas oficiais de combate a pragas...

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DEPARTAMENTO DE SANIDADE VEGETAL COORDENAÇÃO-GERAL DE PROTEÇÃO DE PLANTAS DIVISÃO DE PREVENÇÃO, VIGILÂNCIA E CONTROLE DE PRAGAS PROGRAMAS OFICIAIS DE COMBATE A PRAGAS QUARENTENÁRIAS PRESENTES

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

DEPARTAMENTO DE SANIDADE VEGETAL

COORDENAÇÃO-GERAL DE PROTEÇÃO DE PLANTAS

DIVISÃO DE PREVENÇÃO, VIGILÂNCIA E CONTROLE DE PRAGAS

PROGRAMAS OFICIAIS DE COMBATE A PRAGAS

QUARENTENÁRIAS PRESENTES

Decreto nº 7.127, de 04 de março de 2010Aprova a estrutura regimental do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

• Art. 15. (anexo) Ao Departamento de Sanidade Vegetal compete:

• I - elaborar as diretrizes de ação governamental para a sanidade vegetal, com vistas a contribuir para a formulação da política agrícola;

• II - programar, coordenar e promover a execução das atividades de:

• a) vigilância fitossanitária;

• b) prevenção e controle de pragas;

• c) fiscalização do trânsito de vegetais;

• d) promoção de campanhas de educação e demais ações de defesa fitossanitária;

• III - (...)

Portaria nº 45, de 22 de março de 2007Aprova o Regimento Interno da Secretaria de Defesa

Agropecuária

• Art. 73. (anexo) À Divisão de Prevenção, Vigilância

e Controle de Pragas (DPCP/CGPP), compete:

(...)

II - promover e orientar a execução de levantamentos

fitossanitários, programas e campanhas nacionais e

regionais de prevenção, controle e erradicação de

pragas e de educação fitossanitária;

(...)

Organograma parcial

MAPA

SDASecretaria de Defesa

Agropecuária

DSV

Departamento de Sanidade

Vegetal - ONPF

CGPP

Coordenação Geral de Proteção de

Plantas

Divisão de Prevenção,

Vigilância

e Controle de Pragas

• Praga Quarentenária Presente: causaprejuízos inaceitáveis à cultura, nãoestá amplamente distribuída e seencontra sob controle oficial(Convenção Internacional paraProteção dos Vegetais).

Cancro cítrico

• Xanthomonas citri subsp. citri

• Amplamente distribuída na Ásia e América do Sul

• Ausente na Europa

Cancro cítrico

• Erradicação das plantas infectadas

• Não existe variedade imune à doença

• Brasil: Presidente Prudente/SP - 1957

Cancro cítrico

• Paraná – 1958

• Mato Grosso do Sul – 1959

• Mato Grosso – 1979

• Rio Grande do Sul – 1980

• Santa Catarina – 1985

• Minas Gerais – 1988

• Roraima – 2002

• Maranhão - 2009

Ocorrência do Cancro Cítrico

Sintomas

Sintomas

Sintomas

Disseminação

• Mudas – material propagativo

• Frutos e demais materiais cítricos

• Vento associado a chuvas

• Material de colheita

• Veículos, máquinas e implementos

• Minador dos citros

Minador dos CitrosPhyllocnistis citrella

Controle

• Erradicação

• Poda drástica / desfolha química

• Eliminar as rebrotas

• Área interditada

• Proibição de plantio por 2 anos

Prevenção

• Fiscalização do trânsito

• Inspeção

• Monitoramento / levantamentos

Inspeção no campo

Erradicação de foco

Decreto 75.061/1974

Institui a Campanha Nacional de Erradicação do Cancro

Cítrico – CANECC

- Traçar normas da política de pesquisa e combate

- Estabelecer medidas de caráter técnico e administrativo

necessárias a implantação das políticas em todos os

estados envolvidos

- Erradicação da doença

Cancro Cítrico

- Visando evitar impedimentos ao comércio

internacional de frutos cítricos, os países membros

do Mercosul, com base nas normas internacionais

pertinentes, demandaram a realização de avaliação

de risco de Xanthomonas citri subsp. citri em frutos

cítricos como única via de ingresso, com objetivo de

se analisar as opções de manejo de risco para evitar

o estabelecimento desta praga numa área livre;

- Para a realização dos estudos e a consequente

publicação de uma norma que tratasse do tema, foi

criado no âmbito do COSAVE, o Grupo Ad Hoc de

Cancro Cítrico em 2003;

Cancro Cítrico

- Os estudos concluíram que a aplicação de um

sistema de manejo de risco, de acordo com a

NIMF 14, permite reduzir e controlar o risco de

introdução e estabelecimento da praga e

representa uma medida equivalente menos

restritiva para o comércio;

- Baseado nos resultados da análise de risco, o

Grupo Mercado Comum aprovou, através da

Resolução MERCOSUL/GMC n° 48/05, o “Sistema

Integrado de Medidas Fitossanitárias para o

Manejo de Risco de Xanthomonas citri subsp. citri

em Frutos Cítricos”;

SMR para Cancro Cítrico

- Os estudos concluíram que frutos cítricos

provenientes de áreas de ocorrência da praga,

mas que se apresentam sem sintomas e

recebem tratamento pós-colheita em casa

de embalagem, representam risco aceitável

para o comércio, inclusive para áreas livres da

praga.

SMR para Cancro Cítrico

- Foi solicitada a possibilidade de

adoção das medidas preconizadas no

SMR para a comercialização

interestadual de frutos cítricos;

- Revisão da Legislação do Cancro

Cítrico.

Huanglongbing (Greening)

• Importância

• Candidatus Liberibacter spp.

• Doença do Dragão Amarelo

Huanglongbing

• Origem provável: China

• Endêmica em países africanos e asiáticos

• Candidatus Liberibacter africanus- Triosa eritrea

• Candidatus Liberibacter asiaticus- Diaphorina citri

Ocorrência do HuanglongbingMundo

Índia

China

Filipinas

Indonésia

Brasil

África

Flórida

Huanglongbing

• Pomares da região central de SP (2004)

• Terceira variante

• Candidatus Liberibacter americanus

• Variante asiática

Ocorrência de HLB no Brasil

04

24454

Sintomas

Sintomas

Sintomas

Sintomas

Sintomas

Sintomas

Trasmissão da doença

• Através do vetor

• Uso de borbulhas contaminadas

VetorDiaphorina citri

Hospedeiro alternativoMurraya paniculata

Medidas de Prevenção

• Aquisição de mudas sadias

• Fiscalização do trânsito de mudas

• Monitoramento

• Conscientização do setor produtivo

Ações de Controle

• Eliminação das plantas doentes (erradicação)

• Controle do vetor (Diaphorina citri)

• Eliminação da Murta

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53/2008

O OEDSV delimitará e oficializará, no âmbito de suacompetência, as áreas de ocorrência da praga.

Em área de ocorrência, a manutenção de plantas básicas,plantas matrizes e borbulheiras, bem como a produção demudas, somente será permitida em ambiente protegidopor tela de malha com abertura de, no máximo, 0,87 x0,30mm (zero vírgula oitenta e sete por zero vírgulatrinta milímetros).

As plantas básicas e plantas matrizes deverão seranualmente indexadas para comprovação da ausência dabactéria causadora do HLB.

Nas áreas delimitadas com ocorrência da praga,

em todas as propriedades onde existam plantas

hospedeiras, o proprietário, arrendatário ou

ocupante a qualquer título promoverá

obrigatoriamente, no mínimo, vistorias

trimestrais, objetivando identificar e eliminar as

plantas com sintomas de HLB.

O proprietário, arrendatário ou ocupante a

qualquer título do estabelecimento deverá

apresentar dois relatórios anuais, comunicando

ao OEDSV os resultados das vistorias referentes

ao semestre imediatamente anterior, sendo o

primeiro até 15 de julho e o segundo até 15 de

janeiro.

Mosca Negra dos Citros

- Hemipteros (Aleyrodidae)

- Origem: Sudoeste da Ásia

- Insetos sugadores

- Dano direto/Fumagina

Mosca Negra dos CitrosOvos

Mosca Negra dos CitrosNinfa

Mosca Negra dos CitrosPupa

Mosca Negra dos CitrosAdulto

Foto: V. A. Costa

Distribuição Mundial

Mosca Negra dos Citros

- IN 38/1999: Praga Quarentenária A1

- Primeira detecção no país: Março/2001

- Belém/PA e municípios vizinhos

- Setembro/2001: Praga Quarentenária A2

Dispersão de

Aleurocanthus woglumi

Pará: 2001

Amapá: 2002

Maranhão: 2003

Amazonas: 2004

Tocantins: 2004

Goiás: 2008

São Paulo: 2008

Roraima: 2009

Paraíba: 2009

Dispersão da Praga

- Vôo dos adultos

- Transporte de plantas vivas- Mudas- Flores de corte

- Frutos

Ações de Prevenção

- Fiscalização do trânsito de mudas

- Trânsito de frutos

- Flores de corte

- Monitoramento das áreas com hospedeiras

Legislação em vigor

IN 23/2008

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E

ABASTECIMENTO, [...], resolve:

Art. 1º Restringir o trânsito de plantas e suas partes, exceto

sementes e material in vitro, das espécies hospedeiras da

mosca negra dos citros (Aleurocanthus woglumi)

constantes da lista oficial de Pragas Quarentenárias

Presentes no Brasil, quando oriundas de unidades da

federação (UF) onde seja constatada, por laudo laboratorial,

a presença da praga.

Hospedeiros de Aleurocanthus woglumi

Abacate (Persea americana), Álamo (Populus spp.), Amora (Morus spp.),

Ardisia (Ardisia swartz), Bananeira (Musa spp.), Café (Coffea arabica),

Caju (Anacardium occidentale), Rosa (Rosa spp.), Citros (Citrus spp.),

Carambola (Averrhoa carambola), Buxinho (Buxus sempervirens),

Cherimóia (Annona cherimola), Dama da noite (Cestrum nocturnum),

Pêra (Pyrus spp.), Goiaba (Psidium guajava), Louro (Laurus nobilis),

Graviola (Annona muricata), Uva (Vitis vinifera), Mamão (Carica papaya),

Gengibre (Zingiber officinale), Grumixama (Eugenia brasiliensis),

Hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), Jasmim-manga (Plumeria rubra),

Lichia (Litchi chinensis), Manga (Mangifera indica),

Maracujá (Passiflora edulis), Marmelo (Cydonia oblonga),

Murta (Murraya paniculata), Pinha (Annona squamosa),

Romã (Punica granatum) e Sapoti (Manilkara zapota).

As plantas, flores de corte e material de propagação das

espécies hospedeiras da mosca negra dos citros

provenientes de UF com a ocorrência da praga com destino

a UF reconhecida como livre pelo Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento - MAPA, poderão transitar quando

acompanhados de Permissão de Trânsito de Vegetais – PTV

com a seguinte Declaração Adicional: “Não se observaram

sinais de Aleurocanthus woglumi no local de produção

durante os últimos seis meses e a partida foi inspecionada,

encontrando-se livre da praga”.

Transporte em veículo lonado, caminhão tipo baú ou com

proteção de tela de malha antiafídeo.

Os frutos de plantas hospedeiras poderão transitar de UF

com ocorrência da praga para UF reconhecida como livre

pelo MAPA, desde que sem folhas e partes de ramos e

acompanhados de PTV com a seguinte Declaração Adicional:

“Os frutos foram submetidos a processo de seleção para a

retirada de folhas e partes de ramos e a partida encontra-se

livre de Aleurocanthus woglumi”.

Pinta Preta dos Citros

• Fungo ascomiceto

• Guignardia citricarpa (teleomorfo)

• Phyllosticta citricarpa (anamorfo)

Origem e Distribuição

• Originária do Sudoeste da Ásia

• Ásia: Butão, China, Filipinas, Hong Kong e Indonésia

• África: Kênia, Moçambique, Zâmbia, África do Sul,

Zimbábue

• Europa: Rússia

• América Central e do Sul: Caribe, Argentina e Brasil

• Oceania: Austrália, Nova Zelândia e Vanuatu

• América do Norte: ausente

Situação no Brasil

• Primeira detecção (pomar comercial): RJ (1980)

• Rio Grande do Sul – 1986• São Paulo – 1992• Santa Catarina – 2001• Espírito Santo – 2002

• Amazonas, Mato Grosso• Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná• Goiás, Rondônia

Mapa de Ocorrência - Pinta Preta dos Citros

Pinta Preta dos Citros

• Importância: Austrália e África do Sul

• Praga ausente para a União Européia e EUA

• Restrições fitossanitárias para exportação

Pinta Preta dos Citros

• Afeta todas as variedades de:- Laranjas doces- Limões verdadeiros- Tangerinas- Híbridos

• Lima ácida Tahiti (Citrus latifolia)

• Afeta principalmente as laranjas tardias

Epidemiologia

• Mudas e resto de material vegetal

• Os esporos sobre folhas, frutos ou ramos germinam,

produzindo o tubo germinativo e o apressório do qual se

origina o peg de penetração

• Após a penetração, desenvolve-se uma fina camada de

micélio entre a cutícula e a epiderme

• Este micélio sub-cuticular entra em dormência, podendo

permanecer nessa condição por até 12 meses

Epidemiologia

• Sob condições favoráveis, o micélio cresce, atingindo tecidos

mais internos e desenvolvendo os sintomas da doença

• As plantas infectadas podem permanecer por 1 ano sem

apresentar sintomas da doença

• O aparecimento das lesões é favorecido pela luminosidade

combinada com altas temperaturas

• Face mais exposta ao sol

Epidemiologia

• Condições favoráveis a doença:

• Desfolha da planta

• Presença de pragas e outras doenças

• Desequilíbrio nutricional

• Abandono de tratos culturais

• Árvores mais velhas e estressadas são mais suscetíveis

Sintomas

Mancha preta ou mancha dura

Sintomas

Falsa melanose

Sintomas

Mancha rendilhada

Sintomas

Mancha trincada

Sintomas

Mancha sardenta

Sintomas

Mancha virulenta

Sintomas

Manchas nas folhas

Medidas de Prevenção

• Aquisição de mudas sadias

• Manter a sanidade e a nutrição do pomar

• Evitar ou reduzir o trânsito no pomar

• Implantação de quebra-ventos

Medidas de Manejo

• Remoção de frutos temporões infectados

• Uso de cobertura morta sob a copa das árvores

• Irrigação do pomar no período seco

• Pulverização das folhas caídas com uréia

Controle Químico

• Fungicidas Sistêmicos

1) Estrobirulinas

Azoxistrobina

Trifloxistrobina

2) Benzimidazóis

Tiofanato metílico

Carbendazim

• Fungicidas Protetores

1) Ditiocarbamatos

Mancozeb

2) Cúpricos

Oxicloreto de cobre

Hidróxido de cobre

Exportação para União Européia

• Rechaço de diversas cargas em 2003

• Decisão 2004/416/CE (medidas emergenciais temporárias)

• Área reconhecidamente isenta; ou

• Sem sintomas da doença no lugar de produção

• Frutos colhidos para exame oficial

• Lugar, instalações, exportadores: oficialmente registrados

Instrução Normativa nº 03/2008

Art. 1º Aprovar os Critérios e Procedimentos para Aplicação das

Medidas Integradas em um Enfoque de Sistemas para o Manejo de

Risco - SMR da Praga Mancha Preta ou Pinta Preta dos Citros (MPC)

Guignardia citricarpa Kiely (Phyllosticta citricarpa Van der Aa) em

espécies do gênero Citrus destinadas à exportação e quando houver

exigência do país importador.

§ 1º Os critérios e procedimentos do SMR previstos nesta

Instrução Normativa não se aplicam aos frutos de Citrus latifolia

Tanaka (lima-ácida Tahiti).

Instrução Normativa nº 03/2008

§ 2º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária,

por meio das Instâncias Intermediárias nas Unidades da

Federação - UF, delimitará e publicará, em legislação

complementar, as áreas com ocorrência da praga com base em

levantamentos oficiais.

Instrução Normativa nº 03/2008

§ 3º As Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção

à Sanidade Agropecuária enviarão à Secretaria de Defesa

Agropecuária - SDA os resultados dos levantamentos referentes ao

semestre imediatamente anterior, sendo o primeiro até 15 de julho

e o segundo até 15 de janeiro". (NR)

Art. 7º Os frutos cítricos in natura procedentes de Unidades de

Produção cadastradas junto ao MAPA devem ser produzidos,

manipulados, classificados, embalados, armazenados e

transportados de forma que sejam garantidas a identidade,

rastreabilidade e a conformidade fitossanitária dos frutos.

Anexo I da IN nº 03/2008

§ 1º Deverão ser adotados os seguintes procedimentos nas UPs:

I - as UPs deverão ser inspecionadas pelas Instâncias Central ou

Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade

Agropecuária, visando assegurar que não apresentem incidência

de Guignardia citricarpa desde o início do ciclo vegetativo;

II - o RT da propriedade, para fundamentar a emissão de CFO,

deverá realizar inspeções de campo em todas as fases da cultura

e registrar no Livro de Acompanhamento, para cada UP, todas as

informações exigidas no art. 23 do Anexo I da Instrução

Normativa nº 55, de 2007; estes dados deverão estar

atualizados e disponíveis para fiscalização sempre que

solicitados;

Anexo I da IN nº 03/2008

Instrução Normativa nº 03/2008

Frutos cítricos provenientes de UF com registro oficial de Guignardia

citricarpa, ainda que apresentem sintomas da MPC poderão

transitar para outras UF, inclusive aquelas reconhecidas como livres

de ocorrência da praga, desde que isentos de material vegetativo e

originados de Unidades de Produção que adotem as práticas de

Manejo Integrado preconizadas no § 2º, do art. 2º, do Anexo I,

desta Instrução Normativa, devidamente registradas pelo

Responsável Técnico no Livro de Acompanhamento da certificação

fitossanitária.

Instrução Normativa nº 03/2008

Parágrafo único. Para o trânsito, será exigido Certificado Fitossanitário

de Origem (CFO) ou Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado

(CFOC) com a seguinte Declaração Adicional: "Os frutos foram

produzidos sob Manejo Integrado de Guignardia citricarpa e

submetidos a processo de seleção para a retirada de folhas e partes

de ramos".

Mycosphaerella fijiensis (Sigatoka Negra)

• A sigatoka negra

- Descrita pela primeira vez em 1963, nas ilhas Fiji;

- Continente americano -> Honduras, 1972;

- Brasil -> fevereiro de 1998, no Estado do Amazonas;

- AC, RO, MT, PA, AP, RR, MS, SP, PR, SC, RS, MG e TO.

SINTOMAS

- Estrias de cor marrom, mais visíveis na face

inferior das folhas;

- Evoluem para estrias negras;

- Nem sempre se forma halo amarelo;

- Coalescimento das lesões ainda na fase de

estrias, deixando a área lesionada

completamente preta.

Medidas Legislativas

• Portaria SDA nº 150, de 08/09/1998.

- Proíbe o trânsito de plantas e partes de plantas de bananeira e helicônia do Estado do Amazonas para as demais UF’s sem a devida PTV.

- Admite o reconhecimento de áreas livres.

- Recomenda a distribuição de mudas de variedades resistentes.

• Instrução Normativa SDA nº 23, de 07/06/2001.

- Proíbe o trânsito de plantas e partes de plantas de bananeira e de qualquer material envolto em suas folhas para UF’s indenes.

- Nas UF’s com presença da praga podem ser reconhecidas áreas livres.

- Estabelecer a distribuição de mudas de variedades resistentes como prioridade nos planos de ações emergenciais.

• Instrução Normativa SDA nº 41, de 21/06/2002.

- Estabelece procedimentos a serem adotados em caso de detecção da praga.

- Estabelece procedimentos para caracterização de área ou local de produção livre de sigatoka negra.

- PTV entre UF’s ou internamente quando houver área livre.

- UF com presença da praga: PTV deve garantir origem em área livre.

• Instrução Normativa SDA nº 17, de 31/05/2005.

- Aprova os procedimentos para caracterização de áreas livres de sigatoka negra.

- Aprova os procedimentos para implantação e manutenção do sistema de mitigação de risco para sigatoka negra.

- Proíbe o trânsito interestadual de bananas que não sejam produzidas em áreas livres ou sob sistema de mitigação de risco.

- Proíbe o trânsito de bananas em cacho.

- Proíbe o trânsito de folhas de bananeira no acondicionamento de qualquer produto.

- Estabelece para o trânsito de helicônias os mesmos critérios e medidas previstos para o trânsito de mudas, partes de plantas e frutos de banana.

- Determina a eliminação de bananais abandonados onde seja comprovada a presença da praga.

• Reconhecimento de área livre

- Solicitado pelo OEDSV.

- Descrição da cultura na UF.

- Mapas com rotas de trânsito, áreas de produção e barreiras fitossanitárias.

- Dados climatológicos da região.

- Inspeção em no mínimo 1% das propriedades.

- Descrever a existência de possíveis barreiras naturais que dificultem o avanço da praga.

- Documentar os levantamentos oficiais realizados.

- Distância mínima de 70 km de possíveis fontes de infestação.

- Cadastramento das propriedades e responsáveis técnicos.

- Relação de fiscais para emissão de PTV.

- Estrutura física e escala de plantão das barreiras fitossanitárias.

- Plano emergencial.

- O DSV analisa o pedido e realiza auditoria para comprovação da condição de área livre de sigatoka negra.

• Implantação de sistema de mitigação de risco.

- SMR: integração de diferentes medidas de manejo de risco de pragas das quais pelo menos duas atuam independentemente com efeito acumulativo, para atingir o nível apropriado de segurança fitossanitária.

- Poderá ser implantado nas áreas onde for detectada a presença da sigatoka negra.

- Implantação promovida pelo OEDSV.

- Cadastramento da Unidade de Produção: solicitado pelo proprietário.

- Identificação do responsável técnico.

- Poda de folhas com sintomas.

- Controle químico quando necessário.

- Plantio de cultivares tolerantes.

- Higienização de pencas.

- Uso de caixas plásticas higienizadas, caixas de papelão descartáveis ou caixas de madeira de primeiro uso.

• Possíveis modificações:

- Liberar trânsito entre UF’s com ocorrência endêmica, salvo se houver trânsito por áreas livres.

- Alterações no uso do lacre de carga.

- Delegação de auditorias anuais para o Sedesa.

- Estabelecimento de relatórios semestrais para relatórios tanto de áreas livres como nos sistemas de mitigação de risco.

- Interdição preventiva em caso de foco nas áreas livres.

Ralstonia solanacearum Raça 2 (Moko da Bananeira)

• Constatação oficial no Amapá, em 1976;

• Região Norte (exceto AC), SE e PE;

• Comunicado foco no DF em 2008;

• Levantamentos posteriores não confirmaram o

estabelecimento da praga no DF;

• Maior potencial de dano em condições de

várzea, e menor risco em cultivos de terra firme;

SINTOMAS

• Doença vascular sistêmica;

• Malformação foliar em plantas jovens;

• Murcha, amarelecimento e necrose das folhas;

• Malformação, rachaduras e amarelecimento precoce e

irregular em frutos, evoluindo para seca e escurecimento

total;

• Pontos escurecidos nas bainhas mais centrais do

pseudocaule;

• Frutos seccionados exibem podridão seca e

escurecimento da polpa.

• Praga Quarentenária Presente;

• IN nº 17/2009:- Regulamenta os critérios para reconhecimento e manutenção de Áreas

Livres da Praga Ralstonia solanacearum raça 2 (ALP Moko da Bananeira) e Sistema de Manejo de Risco (SMR moko da bananeira), visando atender exigências quarentenárias de países importadores.

- Restringe a entrada, em ALP Moko da Bananeira, de frutos de banana e inflorescências de helicônias produzidos em UF com ocorrência de Ralstonia solanacearum raça 2.

• Proibe o trânsito de mudas e rizomas de bananeira e helicônias, produzidas em Unidades da Federação (UF) com ocorrência de Ralstonia solanacearum raça 2, salvo nos casos de mudas:

• I - produzidas em ALP Moko da Bananeira, existente na UF;

• II - transportadas ainda in vitro; e

• III - micropropagadas, desde que sem contato com o solo local, da aclimatação ao transporte.

• Para o trânsito interestadual de frutos de banana e inflorescências de helicônias produzidos em UF com ausência de Ralstonia solanacearum raça 2, será exigida a PTV apenas para comprovação da origem.

• Para a entrada em UF com ausência de Ralstonia solanacearumraça 2, de frutos de banana e inflorescências de helicônias produzidos em UF com presença da praga, será exigida a PTV, fundamentada em CFO.

• O trânsito de plantas de bananeira e helicônias e de suas partes, para estudo em instituições de pesquisa científica, deverá ser autorizado pela área de sanidade vegetal da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA), na UF de origem do material.

PREVENÇÃO E CONTROLE DA

COCHONILHA-DO-CARMIM NA PALMA

FORRAGEIRA

• Estima-se que hoje existam cerca de

500.000 hectares cultivados com a palma

forrageira no nordeste, concentrados

principalmente nos estados de

Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia,

Ceará e Rio Grande do Norte.

• Existem indícios de que houve uma

tentativa errônea de introdução da espécie

Dactylopius coccus com o objetivo de

produção do corante ―carmim cochonilha‖

em escala experimental.

PREVENÇÃO E CONTROLE DA

COCHONILHA-DO-CARMIM NA PALMA

FORRAGEIRA

• Museu de História Natural de Londres

(2003): Dactylopius opuntiae.

• Levantamentos atuais identificaram a praga

em Pernambuco, na Paraíba e no Ceará.

Foto: C. Pulz

Inimigos naturais

• São necessárias pesquisas paraidentificação de inimigos naturaisadaptados às condições locais, paracriação massal e distribuição.

Hyperaspis trifurcata

Foto: Covarrubias

Chilocorus cacti

Foto: Covarrubias

Chilocorus cacti

Controle Químico• Dificultado pelo baixo nível tecnológico

dos produtores e pela ausência deagrotóxicos registrados para a cultura.

• Instituições de pesquisa têm avaliadoos efeitos da aplicação de sabão empó, água sanitária e outros produtosalternativos.

Variedades Resistentes

• Instituições de pesquisa têm procurado desenvolver variedades resistentes à cochonilha.

ERRADICAÇÃO DA MOSCA DA

CARAMBOLA

• Decreto nº 2.226, de 19 de maio de 1997.

Considera de emergência fitossanitária a

região compreendida pelo Município do

Oiapoque e circunvizinhanças, no Estado

do Amapá, para implementação do plano

de suspensão e erradicação da praga

Bactrocera carambolae, detectada naquela

localidade.

ERRADICAÇÃO DA MOSCA DA

CARAMBOLA

• Os machos de B. carambolae são

eficientemente atraídos pelo paraferomônio

conhecido como methyl eugenol.

• Coleta e destruição de frutos hospedeiros

caídos no solo.

• Controle rígido do trânsito de material

hospedeiro.

• Não transportar frutos dos locais onde

existe a praga para outros onde ela está

ausente.

PREVENÇÃO E CONTROLE DA VESPA DA

MADEIRA

• Primeira detecção no Brasil em 1998;

• Em 1999 foi instituído o Fundo Nacional de

Controle à Vespa da Madeira – FUNCEMA,

que apóia ações de prevenção e controle

da praga;

• Controle biológico com o nematóide

Deladenus siricidicola, que esteriliza as

fêmeas da Vespa da Madeira.

PREVENÇÃO E CONTROLE DA VESPA DA

MADEIRA

Portaria nº 125, de 03 de agosto de

1998: restringe o trânsito de madeira

bruta, serrada e beneficiada de Pinus

spp. entre os estados de ocorrência

da praga e dos mesmos para os

demais estados indenes, obrigando

que as partidas sejam certificadas,

com declaração de que o material

está livre de Sirex noctilio.

PROGRAMA NACIONAL DE

ERRADICAÇÃO DA Cydia pomonella

• A Cydia pomonella é uma das pragas mais

importantes das maçãs. Está presente em

praticamente todos os países do mundo,

exceto Japão e em parte da China e do

Brasil.

• No Brasil, foi detectada pela primeira vez

em Vacaria, RS, no ano de 1991,

provavelmente introduzida por frutas

importadas do Chile. Atualmente encontra-

se restrita às áreas urbanas de Vacaria e

Caxias do Sul, no RS e em Lages, SC.

PROGRAMA NACIONAL DE

ERRADICAÇÃO DA Cydia pomonella

• Nos países onde está presente, o custo

para o seu controle é equivalente a R$

850,00/ha/ano, independente das perdas

de pelo menos 5% da produção.

• Instituído pela Instrução Normativa N° 48,

de 23 de outubro de 2007, o Programa tem

como estratégias de controle a remoção de

plantas hospedeiras e potencialmente

hospedeiras da praga (com substituição por

plantas não-hospedeiras como laranja,

caqui e kiwi) e o monitoramento constante

nas áreas urbanas e em pomares

comerciais.

PROGRAMA NACIONAL DE

ERRADICAÇÃO DA Cydia pomonella

• Associação Brasileira dos Produtores de

Maçã (ABPM)

• Associação Gaúcha dos Produtores de

Maçã (AGAPOMI)

• Companhia Integrada de Desenvolvimento

Agrícola de Santa Catarina (CIDASC)

• Secretaria de Estado de Agricultura e

Abastecimento do RS

• Ministério da Agricultura com suas

Superintendências nos Estados do Rio

Grande do Sul e Santa Catarina

• Embrapa Uva e Vinho, que também exerce a

Coordenação Técnica do Programa.

PROGRAMA NACIONAL DE

ERRADICAÇÃO DA Cydia pomonella

• O monitoramento da Cydia pomonella se

dá por meio da instalação de armadilhas

com feromônio para captura de machos

adultos.

• Realizado em toda a área de exploração

comercial de rosáceas, pelo produtor rural

— por meio do responsável técnico pela

certificação fitossanitária de origem.

• Nas cidades, é de responsabilidade do

Ministério da Agricultura.

• Até o momento, não foi detectada a

presença de C. pomonella nas áreas

comerciais.

ÁREAS LIVRES DE Anastrepha grandis

• A mosca sul-americana das cucurbitáceas

(Anastrepha grandis) tem como

hospedeiros a abóbora (Cucurbita pepo),

pepino (Cucumis sativus), melão (Cucumis

melo) e melancia (Citrullus lanatus), dentre

outros.

• Alguns países importadores, entre eles a

Argentina, o Uruguai e os Estados Unidos,

impõem restrições fitossanitárias com

relação à importação de frutos frescos de

cucurbitáceas do Brasil.

A praga Anastrepha grandis

ÁREAS LIVRES DE Anastrepha grandis

• A existência de uma ALP de

Anastrepha grandis só faz sentido

quando existe a necessidade de

atender requisitos fitossanitários de

países importadores, já que a praga

não é quarentenária para o Brasil.

ÁREAS LIVRES DE Anastrepha grandis

ENFOQUE DE SISTEMAS PARA O

MANEJO DE RISCO DE Anastrepha grandis

• Exigência de que o SMR esteja localizadoem uma área de baixa prevalência dapraga.

• Cadastramento dos produtoresinteressados em exportar.

• Monitoramento da praga.

• Amostragem e corte de frutos, visando àdetecção de larvas.

• A existência de um SMR de Anastrephagrandis só faz sentido quando existe anecessidade de atender requisitosfitossanitários de países importadores.

ENFOQUE DE SISTEMAS PARA O MANEJO

DE RISCO DE Anastrepha grandis

ENFOQUE DE SISTEMAS PARA O

MANEJO DE RISCO DE Anastrepha grandis

• O SMR-MG engloba os municípios de

Paracatu, João Pinheiro, Unaí, Uberlândia,

Jaíba, Matias Cardoso, Manga e Luz.

• O SMR-SP compreende os municípios de

Mesópolis, Paranapuã, Urânia, Presidente

Bernardes, Tarabai e Rinópolis.

• Fazem parte do SMR-GO os municípios de

Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá,

Uruana, Cristalina e Ipameri.

Opogona sacchari (traça da bananeira)

• Não se trata de Praga Quarentenária para

o Brasil.

• Argentina exige DA 1, com inspeção no

ponto de egresso.

• Para aumentar o rigor no monitoramento e

controle da praga foi publicada a Instrução

Normativa nº 28/2009.

OEDSV: habilita responsável

Técnico (RT)

RT: inscreve UP e CE

OEDSV: inspeciona UP

E CE

Aprovado?

SIM: Cadastra UP e CE

NÃO: indefere inscrição

RT: inspeção de frutos na CE

Opogona?SIM: rejeita o cacho NÃO: emite CFO OEDSV: emite PTV

MAPA/SENASA: AMOSTRAGEM

MÍNIMA DE 2% DOS FRUTOS DA

PARTIDA

Opogona?

NÃO: emite o CF

EXPORTAÇÃO

CONCLUÍDA

SIM: partida rechaçada

RT NOTIFICADO

Suspensão da UP e CE

quando houver reincidência

no intervalo de 1 (um) ano

Bradinothrips musae

• Também não é Praga Quarentenária no Brasil.

• Argentina exige DA 15.

• A CIDASC realiza o monitoramento da praga em SC, com

levantamentos de detecção nas áreas de produção de banana.

• Após analisar mais de 1.592 lotes de banana destinados à

exportação não se constatou a presença da praga em território

catarinense.

• Os fiscais do SENASA nunca verificaram a presença dessa praga

nas partidas de banana destinadas à Argentina.

PROGRAMA DE EXPORTAÇÃO DE

MAMÃO PARA OS ESTADOS UNIDOS

• Março de 1998: Espírito Santo;

• Dezembro de 2005: Sul da Bahia e alguns

municípios do Rio Grande do Norte.

A Instrução Normativa nº 5 de 22/01/2008, publicada

no DOU de 25/01/2008, oficializou os procedimentos

para a manutenção da área de baixa prevalência

para mosca-das-frutas, por meio de monitoramento

da densidade populacional de mosca-das-frutas em

lavouras de mamão e os procedimentos de inspeção

e certificação nas casas de embalagem, em

conformidade com as diretrizes do Plano de

Trabalho.

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE

DO BICUDO DO ALGODOEIRO - PNCB

• Instrução Normativa nº 44, de 29 de julho

de 2008.

• Congregar ações estratégicas de defesa

sanitária vegetal com suporte da pesquisa

agrícola e da assistência técnica na

prevenção e controle da praga.

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE

DO BICUDO DO ALGODOEIRO - PNCB

• Comissão Nacional:

I - Coordenador-Geral de Proteção de Plantas

- CGPP/ DSV/ SDA/ MAPA;

II - um representante de cada Grupo Técnico

de Trabalho;

III - um representante da Associação

Brasileira dos Produtores de Algodão -

ABRAPA;

IV - um representante do Centro Nacional de

Pesquisa do Algodão – EMBRAPA -

Algodão.

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE

DO BICUDO DO ALGODOEIRO - PNCB

• A Instância Intermediária do Sistema

Unificado de Atenção à Sanidade

Agropecuária na Unidade da Federação

deverá estabelecer, ouvido o setor

produtivo e de pesquisa, ato normativo

definindo calendário de plantio para o

algodão, com um período de pelo menos

60 (sessenta) dias sem a cultura e plantas

voluntárias no campo.

OUTRAS AÇÕES

• Erradicação de focos da "seca bacteriana

da goiabeira" (Erwinia psidii), no Estado do

Espírito Santo -> Instrução Normativa nº 1,

de 21 de janeiro de 2000.

• Prevenção e Controle do Cancro da Videira

-> Instrução Normativa nº 9, de 20 de abril

de 2006.

OUTRAS AÇÕES

• Levantamentos preventivos contra monília

do cacaueiro.

• Programa de Prevenção e Controle da

Ferrugem da Soja -> Instrução Normativa

nº 2, de 29 de janeiro de 2007.

• Exportação de tabaco.

MUITO OBRIGADO!