PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA
PROBIC/FAPERGS/CRS
SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CRS
15 E 16 DE JUNHO
LOCAL: AUDITÓRIO DO CRS/INPE
LIVRO DE RESUMOS
ORGANIZADORES
Dr. Nivaor Rodolfo Rigozo
Coordenador Institucional do PROBIC/FAPERGS/INPE
Ph.D. Afrânio Almir Righes
Chefe do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS
SANTA MARIA – RS
2
AGRADECIMENTOS
A Comissão Interna de Bolsas de Iniciação Científica do CRS, Os
Organizadores do SICCRS 2011, agradece a Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul pela manutenção do PROBIC
(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) no CRS/INPE e
por todo o apoio dele recebido durante a gestão do programa.
Nossos agradecimentos à Direção do Centro Regional Sul de Pesquisas
Espaciais pela promoção deste evento. Em especial a senhora Elenir Ávila
e Carina Viana Quevedo pela confecção dos certificados.
Finalmente, nosso muito obrigado a todos os orientadores e bolsistas do
PROBIC/CRS/INPE, pela dedicação, colaboração e amizade durante um
ano intenso de trabalhos, que nos ajudou a conhecer melhor nossa
Instituição e nos permitiu dar nossa modesta contribuição para o avanço e
a difusão do conhecimento científico no País.
Dr. Nivaor Rodolfo Rigozo
Coordenador Institucional do PROBIC/CRS
3
SUMÁRIO
1. ADELTON PRESTES - ESTUDO DIGITAL DOS REGISTROS NATURAIS
EM ANÉIS DE ÁRVORES E TRABALHO DE CAMPO ................................. 6
2. EWERTHON CEZAR SCHIAVO BERNARDI - CRIAÇÃO DE UM
BANCO DE DADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IJUÍ COMO
SUPORTE A ESTUDOS DE DESASTRES NATURAIS ................................. 7
3. FERNANDO ROSSATO - ANÁLISE DE FLUXOS DE CALOR ENTRE A
ATMOSFERA E O OCEANO NO ATLÂNTICO SUL ...................................... 8
4. JEAN JARDEL DE MOURA RIBAS - PESQUISA GEOESPACIAL E
DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTAÇÃO PROTÓTIPO DE
RÁDIOINTERFERÔMETRO NOS MOLDES DO LOFAR EUROPEU PARA
O OBSERVATÓRIO ESPACIAL DO SUL ....................................................... 9
5. LUIZ ANTONIO GONÇALVES RODRIGUES JUNIOR - PESQUISA EM
GESTÃO TECNOLÓGICA & ADMINISTRATIVA, CIÊNCIA E
SOCIEDADE – INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CRS ................................... 10
6. BRUNO DEPRÁ - ESTUDO DOS CAMPOS SULINOS NO BIOMA MATA
ATLÂNTICA ATRAVÉS DE DADOS E TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO
REMOTO .......................................................................................................... 11
7. GUSTAVO RODRIGUES TONIOLO - ANÁLISE DO ESCOAMENTO
SUPERFICIAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO VACACAÍ-VACACAÍ
MIRIM ............................................................................................................... 12
8. MANOELA SACCHIS LOPES - TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO
REMOTO APLICADAS AO ESTUDO DE MUDANÇAS DE USO E
COBERTURA DA TERRA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍ 13
9. VANESSA SILVA MOREIRA - ESTUDO DIGITAL DOS REGISTROS
NATURAIS EM ANÉIS DE ÁRVORES ......................................................... 14
10. ANDRÉ GRAHL PEREIRA - ASSIMILAÇÃO DE DADOS UTILIZANDO
NEUROEVOLUÇÃO AO MODELO DO ATRATOR DE LORENZ ............. 15
11. CRISTIANO REIS DOS SANTOS - DADOS OBSERVACIONAIS PARA
ASSIMILAÇÃO DE DADOS NA PREVISÂO DO CONTEÙDO
ELETRÔNICO IONOSFÉRICO ....................................................................... 16
12. GIULIANO DAMIÃO - ESTUDO DAS IMAGENS DIGITAIS DE EJEÇÕES
DE MASSA CORONAIS .................................................................................. 17
13. MIRIAM PIZZATTO COLPO - CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE
CENTRALIZAÇÃO E ACESSO A DADOS EÓLICOS E SOLARES ........... 18
14. ÂNDREI CAMPONOGARA - DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTAÇÃO
TERRENA (ET) PARA O NANOSATÉLITE CIENTÍFICO BRASILEIRO –
NANOSATC – BR ............................................................................................ 19
4
15. EDUARDO ESCOBAR BÜRGER - INTERFACE LANÇADOR/CUBESAT
PARA O PROJETO NANOSATC-BR ............................................................ 20
16. FERNANDO LANDERDAHL ALVES - PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS ELETROMECÂNICAS DE
MOVIMENTAÇÃO DE ANTENAS ................................................................ 28
17. LEONARDO ZAVAREZE DA COSTA - INTRODUÇÃO AS
TECNOLOGIAS APLICADAS A PROTÓTIPOS ESPACIAIS: GEOFÍSICA
ESPACIAL – AERONOMIA ............................................................................ 28
18. LUCAS LOPES COSTA - DESENVOLVIMENTO DO APLICATIVO DE
BORDO DE GERENCIAMENTO DE DADOS PARA O CUBESAT
NANOSATC-BR ............................................................................................... 28
19. TÁLIS PIOVESAN - DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTAÇÃO
PARA MEDIDAS GEOMAGNÉTICAS DE BAIXO RUÍDO ABORDO DE
SATÉLITES CIENTÍFICOS - MAGNETÔMETRO DE NÚCLEO
SATURADO ..................................................................................................... 28
20. BRUNO KNEVITZ HAMMERSCHMITT - AMPLIAÇÃO DO
PROTÓTIPO DE TELESCÓPIO MULTIDIRECIONAL DE RAIOS
CÓSMICOS DE ALTA ENERGIA MUONS: PARTICIPAÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO TÉCNICO E DE ENGENHARIA, E ANÁLISE
PRELIMINAR DOS DADOS ........................................................................... 28
21. JOSÉ PAULO MARCHEZI - VARIAÇÃO COM O CICLO SOLAR DAS
PULSAÇÕES GEOMAGNÉTICAS DE PERÍODOS LONGOS (1.0 – 10 MHZ)
NA REGIÃO DA ANOMALIA MAGNÉTICA DO ATLÂNTICO SUL –
AMAS ................................................................................................................ 28
22. LUCAS CAMPONOGARA VIERA - ESTUDOS DO PLASMA
IONOSFÉRICO NA REGIÃO DA ANOMALIA GEOMAGNÉTICA DO
ATLÂNTICO SUL – AMAS ............................................................................ 28
23. LUCAS LOURENCENA CALDAS FRANKE - INTERFERÊNCIA DA
VARIAÇÃO DE TEMPERATURA NO COMPORTAMENTO DE
MAGNETÔMETROS EM CUBESATS - ESTUDOS DO CONTROLE
TÉRMICO ......................................................................................................... 28
24. MICHEL BAPTISTELLA STEFANELLO - ESTUDO DE DISTURBIOS
IONOSFÉRICOS PROPAGANTES NA REGIÃO F USANDO TÉCNICAS
ÓTICA E DE RÁDIO NA REGIÃO SUL DO BRASIL .................................. 28
25. ALEXANDRE CERETTA DALLA FAVERA - AVALIAÇÃO DO
POTENCIAL EÓLICO DO SUL DO BRASIL ............................................... 30
26. ROGER HATWIG DE LIMA - ESTUDO DE ESTRUTURAS
INTERPLANETÁRIAS UTILIZANDO OBSERVAÇÕES DE SATÉLITES E
OBSERVAÇÕES DE RAIOS CÓSMICOS ..................................................... 31
5
27. JULIANO RAFAEL ANDRADE - SISTEMA LOFAR – NÍVEL DE RÁDIO
INTERFERÊNCIA NO OBSERVATÓRIO ESPACIAL DO SUL EM SÃO
MARTINHO DA SERRA NA FAIXA DE 10-240MHZ ................................. 32
28. LUIZ FELIPE KREMER - AVALIAÇÃO DO POTENCIAL SOLAR DO
SUL DO BRASIL .............................................................................................. 33
29. EDUARDO WEIDE LUIZ - ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA
NEBULOSIDADE E VARIÁVEIS AMBIENTAIS SOBRE A INCIDÊNCIA
DE IRRADIAÇÃO ............................................................................................ 34
30. NATÁLIA MACHADO CRESPO - ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DOS
EVENTOS DE EFEITOS SECUNDÁRIOS DO BURACO DE OZÔNIO
ANTÁRTICO SOBRE O SUL DO BRASIL .................................................... 35
31. PAULO ERNESTO MARCHEZI - ESTUDO DAS VARIÁVEIS
ATMOSFÉRICAS VERSUS RADIAÇÃO SOLAR ........................................ 36
32. ELENICE KALL - INFLUÊNCIA DO OZÔNIO ANTÁRTICO SOBRE O
SUL DO BRASIL EM 2009 .............................................................................. 37
33. NAIARA TATIANE HUPFER - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA
RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA BIOLOGICAMENTE ATIVA NO
OBSERVATÓRIO ESPACIAL DO SUL ......................................................... 38
34. ANDERSON HENRIQUE HENRIQUES COELHO - ANÁLISE
PRELIMINAR DE DADOS METEO-OCEANOGRÁFICOS NA ILHA
DECEPTION, ARQUIPÉLAGO DAS SHETLAND DO SUL, ANTÁRTICA 39
35. NÓRTON FRANCISCATTO DE PAULA - ANÁLISE ESTATÍSTICA DE
SÉRIES TEMPORAIS DE DADOS PROVENIENTES DE SENSORES
REMOTOS E REANÁLISES NA REGIÃO DO OCEANO ATLÂNTICO
SUDOESTE ....................................................................................................... 40
36. RAFAEL AFONSO DO NASCIMENTO REIS - ESTRUTURA TERMAL
DO OCEANO ATLÂNTICO SUDOESTE DESCRITA A PARTIR DE DADOS
OBSERVACIONAIS DE XBTS ....................................................................... 41
37. MARIANA BORBA TREVISAN - ANÁLISE DE DADOS
OCEANOGRÁFICOS E DE COMPORTAMENTO ANIMAL NO OCEANO
AUSTRAL OBTIDOS A PARTIR DE PLATAFORMAS DE COLETA DE
DADOS (PCDS) INSTALADAS EM MAMÍFEROS MARINHOS ............... 42
38. NATÁLIA HUBER DA SILVA - Variáveis oceanográficas em principais
locais de forrageio de Mirounga leonina L. (Carnivora: Phocidae) a partir de
plataformas de coleta de dados (PCDs) ............................................................. 43
6
ESTUDO DIGITAL DOS REGISTROS NATURAIS EM ANÉIS DE ÁRVORES E
TRABALHO DE CAMPO
Adelton Prestes1 (UFSM, bolsista FAPERGS, INPE)
Nivaor Rodolfo Rigozo2 (CRS/INPE, orientador)
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi fazer o estudo digital dos registros naturais através da
ferramenta computacional TIIAA( tratamento interativo de imagens de anéis de árvores)
para obtenção das séries temporais das espessuras dos anéis de crescimento das árvores,
para obter a cronologia das amostras, alem de como planejar e realizar um trabalho de
campo. Nos estudos dos anéis de crescimento de árvores é possível identificar as
mudanças climáticas, dentre outras. Diante disso, a espécie que foi escolhida para a
realização deste trabalho foi a Araucária (Araucária angustifólia) devido a ela
apresentar entre outras características, longevidade, anéis de crescimento claramente
demarcados, podendo ser observados a olho nu ou com uma lupa binocular (para os
anéis muito próximos) e por serem de formação anual possibilitando assim estimar a
idade das árvores de uma maneira precisa. Os métodos utilizados para coleta das
amostras foram o destrutivo e o não destrutivo. O sistema utilizado na obtenção das
imagens é composto por um micro computador de alto desempenho e um digitalizador
de mesa de alta resolução. As resoluções de obtenção das imagens, pelo digitalizador de
mesa, são determinadas conforme a proximidade entre os anéis, ou seja, as amostras que
apresentem anéis muito próximos uns dos outros, utiliza-se uma resolução alta, acima
de 1000 dpi, e as amostras que tinham os anéis mais afastados utiliza-se resoluções
abaixo de 1000 dpi. Depois de digitalizadas as amostras, foram utilizados os softwares
Image Tool, para medir as espessuras dos anéis, e por fim o software Origin 7 para gerar
os gráficos de cada série temporal, espessura x tempo.
1Aluno do curso de engenharia florestal – E-mail: [email protected]
2Pesquisador do centro regional de pesquisas espaciais – E-mail: [email protected]
7
CRIAÇÃO DE UM BANCO DE DADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
IJUÍ COMO SUPORTE A ESTUDOS DE DESASTRES NATURAIS
Ewerthon Cezar Schiavo Bernardi1 (UNIFRA, Bolsista PROBIC/FAPERGS, INPE)
Tania Maria Sausen2 (Pesquisadora do INPE CRS/, GEODESASTRES-SUL,
Orientadora)
Roberta Araujo Madruga3 (Bolsista PCI/CNPq, GEODESASTRES-SUL, Co-
orientadora)
RESUMO
Desastres naturais vêm ocorrendo mais frequentemente e com maior intensidade nos
últimos anos, principalmente em função de ações antrópicas, como uso e ocupação
inadequados do solo, extração de vegetação nativa e intenso crescimento urbano
desordenado. Pesquisas e estudos indicam a ocorrência de eventos naturais no estado do
Rio Grande do Sul, deixando dezenas de municípios em situação de emergência ou
calamidade pública e acarretando em prejuízos econômicos, além de contribuir para
proliferação de doenças e prejudicar o fornecimento de produtos alimentícios e
medicinais. O impacto causado por um evento natural pode ser de grande magnitude a
ponto de causar destruição tanto em áreas urbanas quanto em áreas de cultivos
agrícolas. Neste sentido, considerando a problemática econômica e social que um
evento natural pode provocar, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver um
banco de dados para suporte a estudos de desastres naturais na bacia hidrográfica do rio
Ijuí, Rio Grande do Sul, a partir de dados do sensor SRTM (Shuttle Radar Topography
Mission). A bacia hidrográfica do rio Ijuí situa-se na região do planalto riograndense ao
noroeste do estado do Rio Grande do Sul, abrangendo total ou parcialmente trinta e oito
municípios. A escolha dos dados do sensor SRTM se deu, principalmente, em função da
facilidade de acesso, da gratuidade das imagens e da utilização deles em estudos de
relevo. Os dados do sensor SRTM foram obtidos na página eletrônica da EMBRAPA
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e processados no aplicativo SPRING
(Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas) na versão 5.1.7. Foram
gerados mapas referentes à declividade e hipsometria da bacia hidrográfica em estudo,
bem como sua delimitação e extração da rede de drenagem. Desta forma, os produtos
que compõem o banco de dados são importantes ferramentas que podem auxiliar na
elaboração de políticas públicas para a prevenção e redução dos danos causados por
eventos naturais, pois, por exemplo, a partir da análise espacial dos cursos hídricos, da
hipsometria e da declividade do terreno é possível delimitar áreas suscetíveis a
escorregamentos, inundações e alagamentos. Todavia, para elaboração de um banco de
dados mais consistente é indicado incluir outras variáveis, tais como dados referentes à
geologia, classes de solos, distribuição de precipitação pluviométrica, capacidade de
infiltração de água e uso e ocupação do solo.
1Acadêmico do curso de Engenharia Ambiental – E-mail: [email protected]
2Pesquisadora do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
3Bolsista PCI, Pesquisadora do GEODESASTRES-SUL – E-mail: [email protected]
8
ANÁLISE DE FLUXOS DE CALOR ENTRE A ATMOSFERA E O OCEANO
NO ATLÂNTICO SUL
Fernando Rossato¹ (UFSM, Bolsista FAPERGS)
Ronald Buss de Souza² (CRS-INPE, Orientador)
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo estudar a interação existente entre o oceano e a
atmosfera na região de encontro entre as águas quentes da Corrente do Brasil (CB) e
frias da Corrente das Malvinas (CM), denominada Confluência Brasil-Malvinas (CBM).
Essa região é considerada uma das mais energéticas do oceano global em virtude dos
grandes gradientes laterais termais da temperatura da superfície do mar (TSM). A
interação entre essas duas massas de águas distintas e a atmosfera pode ser descrita
através da análise dos fluxos de calor latente e sensível entre o oceano e a atmosfera.
Como parte integrante do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), desenvolveu-se
o projeto INTERCONF, que estuda a interação oceano-atmosfera na região da
Confluência Brasil-Malvinas para realizar observações meteo-oceanográficas in situ ao
longo da derrota do Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc.) Ary Rongel na ida, entre
Rio Grande e a Antártica desde 2004. Estas observações são realizadas sempre nos
meses de outubro-novembro. Dados de satélites e de observações in situ com
radiossondas e perfiladores oceânicos do tipo XBTs são usados para investigar a
modulação da camada limite atmosférica pelos campos de TSM na região de estudo. O
trabalho apresentado aqui é uma análise preliminar dos dados obtidos durante a
Operação Antártica 29, entre 4 de dezembro de 2010 e 17 de março de 2011. Os dados
demonstram o que outros autores encontraram na escala sinótica em anos anteriores
para a mesma região: os fluxos de calor, principalmente latente, são sempre maiores no
lado quente da CBM. O parâmetro de estabilidade medido pela diferença entre a TSM e
a temperatura do ar mostra que no lado quente da CBM a camada limite atmosférica é
geralmente menos estável em comparação com o lado frio, dominado pelas águas da
CM.
_________________________ 1Aluno do Curso de Meteorologia – E–mail: [email protected]
2Pesquisador do INPE – E–mail: [email protected]
9
PESQUISA GEOESPACIAL E DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTAÇÃO
PROTÓTIPO DE RÁDIOINTERFERÔMETRO NOS MOLDES DO LOFAR
EUROPEU PARA O OBSERVATÓRIO ESPACIAL DO SUL
Jean Jardel de Moura Ribas1 (UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PROBIC/FAPERGS)
Nelson Jorge Schuch2 (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Natanael Rodrigues Gomes3 (Co-Orientador ((DELC-LACESM)/CT/UFSM)
Guilherme Simon da Rosa4 (Mestrando – CETUC/PUC – Rio)
Dimas Irion Alves5 (Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
Ândrei Camponogara6 (Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
Cláudio Machado Paulo7 (Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O Projeto tem como objetivo o monitoramento e o aprimoramento tecnológico do rádio
interferômetro protótipo em operação no Observatório Espacial do Sul-
OES/CRS/CCR/INPE – MCT, em São Martinho da Serra, RS, (29,4° S; 59,4° O). O
Projeto dá continuidade ao programa de monitoramento de nível de rádio interferência
no OES. As metas técnicas são a atualização dos sistemas e subsistemas do rádio
interferômetro. Com melhorias no receptor e antenas ativas que compõem o atual
sistema interferométrico, é possível aumentar sua faixa de operação em freqüência, fato
que permite o aumento da sensibilidade do instrumento para sua aplicação em pesquisas
na área da Geofísica Espacial. O rádio interferômetro em operação no OES atualmente é
composto por dois elementos de antenas tipo dipolo V-invertido, dois cabos coaxiais
que conectam as antenas interferométricas ao receptor analógico, o qual é ligado a uma
placa de som em computador. Essa configuração permite converter os pulsos elétricos
em radiofreqüência para pulsos em freqüência de áudio, os quais são digitalizadas na
placa de som e processadas em um computador pelo software SoundCather. É
importante ressaltar que casos científicos de destaque para a Astronomia atualmente,
tais como os visados pelo projeto LOFAR - Low Frequence Array for RadioAstronomy
- são de especial interesse para a pesquisa na região da Anomalia Magnética do
Atlântico Sul - AMAS. O Projeto está sendo desenvolvido nos Laboratórios de
Radiofrequência e Comunicações, Laboratório de Eletrônica e Laboratório de
Sondagem Ionosférica e Atmosfera Neutra Terrestre. São apresentados resultados de
estudos do planejamento e instalação de novas antenas ao interferômetro, realizados
com base em análise de custo e em parâmetros usuais de projeto de antenas. É
apresentado o receptor analógico em operação considerando estudos precedentes e
testes.
_________________________ 1Aluno do Curso de Engenharia Elétricada UFSM vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 2Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais.
E-mail: [email protected] 3Prof. Dr. Depto. Eletrônica e Computação DELC/CT – UFSM e Pesquisador do Laboratório de Ciências
Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT – UFSM. E-mail: [email protected] 4Mestrando CETUC/PUC – RIO. E-mail: [email protected]
5Aluno do Curso de Engenharia Elétrica, UFSM. E-mail: [email protected]
6Aluno do Curso de Engenharia da Computação, UFSM. E-mail: [email protected]
7Aluno do Curso de Física Licenciatura Plena, UFSM. E-mail: [email protected]
10
PESQUISA EM GESTÃO TECNOLÓGICA & ADMINISTRATIVA, CIÊNCIA E
SOCIEDADE – INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CRS
Luiz Antonio Gonçalves Rodrigues Junior¹ (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PROBIC/FAPERGS)
Dr. Nelson Jorge Schuch² (Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
Ao longo das últimas duas décadas, pesquisadores, autoridades, imprensa, entre outros,
se defrontaram com uma luta pela implementação da Ação 1275 – Implantação do
Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais no Estado do Rio Grande do Sul – do
Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) 0464, que consiste na consolidação
do Centro Regional de Pesquisas Espaciais (CRSPE) e suas subunidades, a Estação
Terrena de Rastreio e Controle de Satélites e o Observatório Espacial do Sul,
respectivamente, em Santa Maria e São Martinho da Serra, RS. Porém todo o
planejamento não saiu como esperado. Com a mudança na Direção do INPE em 2003,
houve alteração do PNAE sem prévia consulta às partes interessadas, grande parte de
dinheiro e pessoal foi contingenciado ou cortado, culminando com a alteração do nome
e do código da ação, sugerindo o seu cancelamento da categoria Projetos, o que a
absteve de recursos em Capital/Investimentos. Devido a todos os transtornos envolvidos
com a Ação 1275 do PNAE 0464, o Ministério da Ciência e Tecnologia, através da
Portaria nº 343 de 15 de julho de 2004, constituiu uma comissão para apresentar um
relatório conclusivo sobre as prioridades na Unidade Regional Sul (RSU). Segundo o
relatório final, muitas das reivindicações feitas pela RSU não foram atendidas, ações
estas que visavam melhorar o quadro dramático existente. Observa-se que houve uma
alteração nos rumos do planejamento estratégico do PNAE, sendo esta alteração abrupta
em relação aos objetivos iniciais da Ação 1275. De fato, os contingenciamentos
realizados de 2003 a 2005 comprovam que houve uma alteração do que estava
planejado para 1998-2007. O trabalho teve por objetivo expor a situação vivida pelo
CRSPE desde a sua implantação, buscando pôr em discussão e questionamento certas
ações que prejudicaram e em alguns aspectos, ainda prejudicam a pesquisa espacial não
só na Região Sul, mas em todo o Brasil. Foram pesquisados documentos relacionados à
captação, aplicação e administração dos recursos do CRSPE, matérias em diversos
meios de comunicação bem como um estudo mais aprofundado em gestão pública.
_________________________ ¹Aluno de Graduação em Administração – Bacharelado, UFSM. E-mail: [email protected]
²Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
11
ESTUDO DOS CAMPOS SULINOS NO BIOMA MATA ATLÂNTICA ATRAVÉS
DE DADOS E TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO
Bruno Deprá¹ ( UFSM, Bolsista PIBIC/CNPq)
Dra. Tatiana Mora Kuplich² (CRS/INPE, Orientadora)
RESUMO
Este trabalho, iniciado em março de 2010 tem como objetivo a continuidade ao projeto
de Iniciação Científica em andamento deste 2009, para a aplicação, estão sendo
utilizadas técnicas de geoprocessamento, sensoriamento remoto e de ecologia de
paisagens, com a analise de dados de duas imagens Landsat TM 1984 e 2008, de
resolução moderada, busca-se a identificação e o comportamento da mata nativa da
região dos Campos de Cima da Serra, RS, com o auxilio dos softwares como o ENVI e
SPRING para o geoprocessamento das imagens, estão sendo feitas comparações das
imagens e analisando se há ou não regeneração da mata Atlântica na região, através de
pontos levantados em campo estão sendo plotados na imagem para amostrar as
diferentes respostas espectrais e servir como áreas de treinamento para classificação
supervisionada, através de classificação, das áreas de campo queimado na área de
estudo, nas imagens Landsat TM de diferentes datas e imagens CBERS/CCD quando
disponíveis. Edição matricial usando os dados auxiliares como referência. Mapeamento
das áreas de campo úmido na área de estudo, nas imagens Landsat TM e dados
auxiliares. Utilização de informações sobre hidrografia (drenagem) e relevo (MDE
SRTM – Modelo Digital de Elevação com base nos dados Shuttle Radar Topographic
Mission).
_________________________ ¹Aluno do curso de Técnologia em Geoprocessamento – E-mail: [email protected]
²Pesquisadora do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
12
ANÁLISE DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NA BACIA HIDROGRÁFICA
DO VACACAÍ-VACACAÍ MIRIM
Gustavo Rodrigues Toniolo¹ (UFSM, Bolsista PIBIC/CNPq, INPE)
Dra. Tania Maria Sausen² (CRS/ INPE-MCT, Orientadora)
Dra. María Silvia Pardi Lacruz³ (CRECTEALC/INPE, Co-orientadora)
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar as alterações do escoamento superficial
na bacia hidrográfica do Vacacai-Vacacaí Mirim, localizada no Centro Ocidente do
estado do Rio Grande do Sul, de acordo com as mudanças de uso e cobertura da terra
para os anos de 1990 e 2009. Para isso, utilizando técnicas de Geoprocessamento,
aplicou-se o modelo curve number desenvolvido pela Soil Conservation Service (SCS),
que se fundamenta na análise das características físicas da bacia, tais como tipo de
cobertura superficial e os grupos hidrológicos segundo os tipos de solos. O trabalho
busca desta maneira uma modelagem do escoamento superficial em uma bacia
predominantemente rural e carente de dados hidrológicos, contribuindo assim para o
auxílio ao planejamento e gerenciamento da mesma. O procedimento metodológico se
desenvolveu neste sentido em uma caracterização física da bacia do Vacacai-Vacacaí
Mirim, buscando identificar e estudar suas diferentes peculiaridades referentes à
litologia e uso e cobertura, que serviram de subsídio para a elaboração dos mapas
propostos de uso e cobertura do solo e do potencial de escoamento superficial, ambos
para os dois anos analisados. Após se obter as imagens TM Landsat 5 correspondentes à
área em estudo, utilizando o software SPRING foi estruturado um banco de dados, onde
foram realizados os registros e processamento destas imagens. Assim, as imagens TM
Landsat 5 foram segmentadas utilizando um algoritmo de crescimento de regiões e
classificadas por regiões baseada na distância de Bhattacharya, o que permitiu
identificar e discriminar as diferentes classes de uso e cobertura existentes na área em
estudo, com a finalidade de elaborar os mapas de uso e cobertura do solo para as duas
datas analisadas. Para a obtenção do mapa de grupos hidrológicos de solos foi utilizado
um mapa de tipos de solos já existente, e posteriormente reclassificados cada tipo de
solo, de acordo com as suas características hidrológicas. A partir da integração dos
mapas de uso e cobertura do solo de cada ano analisado e do mapa de grupos
hidrológicos se obteve um mapa para 1990 e outro para 2009, onde cada combinação
possível resulta em um valor que corresponde ao seu potencial de escoamento
superficial ou curve number. Sendo assim, com cruzamento destas informações,
realizado na linguagem Legal do SPRING, identificaram-se as características do
escoamento superficial para os dois anos. Dessa forma, a metodologia proposta
mostrou-se eficiente possibilitando a análise do escoamento superficial da bacia para
cada ano analisado.
_________________________ ¹Aluno do curso de Geografia Bacharelado – E-Mail: [email protected]
²Coordenadora do Geodesastres-Sul – E-Mail: [email protected]
³Coordenadora Acadêmica – E-Mail: [email protected]
13
TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO APLICADAS AO ESTUDO DE
MUDANÇAS DE USO E COBERTURA DA TERRA NA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍ
Manoela Sacchis Lopes¹ (UFSM, Bolsista PIBIC/CNPq, INPE)
Dra. Tatiana Mora Küplich² (CRS/ INPE-MCT, Orientadora)
Dra. María Silvia Pardi Lacruz³ (CRECTEALC/INPE, Co-orientadora)
RESUMO
As mudanças do uso e cobertura da terra e as dinâmicas que as envolvem estão
ocorrendo de forma cada vez mais acelerada. A análise dessas modificações
desordenadas é de extrema importância, devido aos impactos negativos causados no
ambiente. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral avaliar a
dinâmica do uso e cobertura da terra na ottobacia de nível 4, que inclui o Rio Jacuí,
localizada no estado do Rio Grande do Sul, com a utilização de técnicas de
sensoriamento remoto. Para abranger a área de estudo foram necessárias três cenas do
sensor TM (Thematic Mapper) do satélite LANDSAT 5 para os anos de 1994, 2000 e
2009. O procedimento metodológico consistiu, primeiramente, na estruturação do banco
de dados no software SPRING, no qual foram registradas as nove imagens e
confeccionados os mosaicos referentes às três datas. Posterior a essa etapa, realizou-se a
aplicação do modelo linear de mistura espectral sobre as bandas 3, 4 e 5 resultando em
três imagens fração: vegetação, solo e sombra. O passo seguinte consistiu na
segmentação por crescimento de regiões e classificação por regiões baseado na medida
da distância de Bhattacharya, tanto das bandas originais como das imagens fração, para
cada data. Os resultados mostraram que o modelo linear de mistura espectral mostrou-se
mais eficiente para a identificação e discriminação das diferentes classes de uso e
cobertura da terra presentes na área em estudo do que as bandas sem nenhum
processamento. A área em estudo encontra-se bastante antropizada, com a constante
presença de lavouras às margens do rio, desmatamentos para a inserção da pecuária,
além da crescente ampliação de áreas de solo exposto. O conhecimento da dinâmica do
uso e cobertura do solo possibilita a elaboração de medidas eficazes de planejamentos e
práticas conservacionistas na área, a fim de atenuar os processos de degradação
ambiental.
_________________________ ¹Aluna do curso de Engenharia Florestal – E-mail: [email protected]
²Pesquisadora do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
³Coordenadora Acadêmica – E-mail: [email protected]
14
ESTUDO DIGITAL DOS REGISTROS NATURAIS EM ANÉIS DE ÁRVORES
Vanessa Silva Moreira¹ (UFSM, Bolsista PIBIC/CNPq, INPE)
Nivaor Rodolfo Rigozo² (CRS/INPE, Orientador)
RESUMO
Este trabalho, iniciado em agosto de 2010, teve como objetivo fazer o estudo digital dos
registros naturais em anéis de árvores, além de adquirir experiência no uso da
metodologia digital de datação cronológica em anéis de árvores e a obtenção de séries
temporais das espessuras dos anéis de árvores. Medidas de séries temporais das
espessuras e das densidades dos anéis pela análise de imagens têm um grande potencial
nas análises dos anéis de árvores. Neste projeto foi aplicada uma metodologia de análise
de imagem, desenvolvida no grupo de pesquisa Geofísica Espacial por Análise de
Registros Naturais (GEONAT), no qual foi desenvolvido este projeto, que determina
com eficiência a espessura dos anéis de árvores. A vantagem deste método é que ele é
simples e prático, pois utiliza apenas um computador, um digitalizador de imagens de
mesa de alta resolução e um software de programação. Inicialmente foi desenvolvida
uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, logo após iniciou-se a identificação visual dos
anéis de árvores com a ajuda de uma lupa binocular o que permite uma melhor
identificação dos anéis de crescimento e dos falsos anéis presentes nas amostras. Isso
permite uma melhor datação cronológica das amostras. No total foram estudadas 17
amostras de Araucaria angustiflia, coletadas na Floresta Nacional de Piraí do Sul – PR.
Após a identificação dos anéis de crescimento foi feito a digitalização das imagens das
amostras de árvores, com um digitalizador de mesa para efetuar a determinação das suas
espessuras. Para isso, utilizou-se a ferramenta computacional Image Tool para a
determinação das espessuras dos anéis, de cada amostra digitalizada, e obtenção de suas
séries temporais. Por fim foi utilizada a ferramenta computacional Oringin 7 para gerar
os gráficos de cada série temporal da espessura dos anéis obtida das amostras, com suas
respectivas cronologias, afim de verificar o comportamento, tendência, de crescimento
dos anéis em função do tempo, em anos.
_________________________ ¹Aluna do curso de Engenharia Florestal – E-mail: [email protected]
²Pesquisdor do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
15
ASSIMILAÇÃO DE DADOS UTILIZANDO NEUROEVOLUÇÃO AO
MODELO DO ATRATOR DE LORENZ
André Grahl Pereira¹ (UFSM, Bolsista PCI/CNPq, INPE)
Adriano Petry² (CRS/INPE, Orientador)
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo da viabilidade do uso de técnicas
neuroevolutivas para a assimilação de dados com uma qualidade equivalente a das
técnicas clássicas. Redes Neurais vêm sendo propostas muito recentemente como
métodos para emulação de técnicas de assimilação de dados, apresentando resultados
consistentes, sendo computacionalmente eficientes. A neuroevolução faz analogia à
teoria evolucionista, em que as redes neurais são os fenótipos a serem alcançados e os
algoritmos genéticos são a maneira que permite que a evolução ocorra, através de
operadores de crossover e mutação. Os cromossomos na neuroevolução podem
representar qualquer componente da rede, em casos mais comuns eles definem os pesos
sinápticos, podendo também definir topologias. Neuro-Evolution of Augmenting
Topologies (NEAT) é um método Topology and Weight Evolving Neural Networks
(TWEANNs). Nesta classe de algoritmos de aprendizagem, o genoma codifica a
topologia, bem como os pesos de conexão, que possuem a propriedade de descobrir de
forma autônoma a topologia mais adequada à rede. Assim, a evolução da topologia pode
ser usada para aumentar a eficiência, deixando a rede com o menor número possível de
neurônios na camada oculta. O modelo utilizado para os testes do projeto foi o atrator de
Lorenz, e consiste de um mapa caótico que mostra o estado de um sistema dinâmico
evoluindo no tempo, em um padrão complexo e não repetitivo, sendo este modelo
referência em testes de novas técnicas de assimilação de dados. O projeto consistiu da
implementação do atrator de Lorenz, da técnica de assimilação de dados de interpolação
ótima, bem como das redes neurais treinadas por backpropagation, algoritmos genéticos
e NEAT. A partir do atrator de Lorenz foram gerados dois conjuntos de dados com mil
iterações cada, sendo que um foi definido como background e o outro como truth. Com
os dados do truth foram geradas observações com uma pequena aleatoriedade, esses três
conjuntos foram utilizados no método de interpolação ótima para a geração do conjunto
de análise. Dessa forma o conjunto para o treinamento das redes neurais foi obtido,
sendo o background e as observações usados como input e a análise como output. 20%
desse conjunto foi empregado na fase de treinamento e 80% na fase de validação. Após
os testes, foi observado que redes neurais treinadas por backpropagation apresentam o
menor erro para o conjunto de treinamento e as treinadas por NEAT apresentam um erro
menor que redes treinadas por algoritmos genéticos. No conjunto de validação as redes
treinadas por NEAT apresentam uma capacidade de generalização superior e assim um
erro inferior as redes treinadas por algoritmos genéticos e backpropagation. Dessa
forma, a neuroevolução apresenta-se como uma alternativa aos métodos clássicos de
assimilação de dados, bem como para as abordagens tradicionais do uso de redes
neurais treinadas por backpropagation.
_________________________ ¹Aluno do curso de Ciência da Computação – E-mail: [email protected]
²Pesquisdor do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
16
DADOS OBSERVACIONAIS PARA ASSIMILAÇÃO DE DADOS NA
PREVISÂO DO CONTEÙDO ELETRÔNICO IONOSFÉRICO
Cristiano Reis dos Santos¹ (UFSM, Bolsista PIBIC/CNPq, INPE).
Adriano Petry² (CRS/INPE, Orientador).
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo realizar atividades para auxiliar no desenvolvimento de
um módulo de assimilação de dados para ser utilizado na previsão do mapa do
Conteúdo Eletrônico Total (TEC), gerado atualmente pelo Laboratório de Computação
para o Clima Espacial (LABCCE) do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS
– INPE). Alguns sistemas físicos podem ser descritos por modelos matemáticos. Esses
modelos podem ser usados para prever a dinâmica esperada para um determinado
sistema real, a partir de um estado inicial. Muitas vezes, no entanto, o comportamento
do sistema modelado acaba divergindo do comportamento do sistema real. Nesse
momento, dados observacionais oriundos de instrumentos de medição podem ser
apresentados ao modelo matemático, que os utiliza para que sua dinâmica seja
aproximada ao verdadeiro estado do sistema. Esse processo é conhecido como
Assimilação de Dados. O trabalho atual trata da codificação desses métodos de
assimilação de dados. Foram implementados dois métodos de assimilação de dados:
Método de Cressman e o Best Linear Unbiased Estimator (BLUE). Foram
desenvolvidas versões em diferentes linguagens de programação. A primeira abordagem
foi realizada com MATLAB, um software interativo de alto desempenho voltado para o
cálculo numérico, onde se visualizou os resultados da assimilação realizada utilizando
dados artificiais, provenientes de funções trigonométricas. A segunda abordagem
utilizou a linguagem de programação C++, onde se utilizou um modelo matemático
tridimensional caótico conhecido como Atrator de Lorenz. Os dados utilizados como
observações foram artificialmente obtidos por funções trigonométricas e também pela
adição de um ruído aos valores oriundos do Atrator de Lorenz. Por esse motivo uma
fonte de dados contendo valores do perfil eletrônico em função da altitude foi
pesquisada, sendo encontrada no site da National Oceanic And Atmospheric
Administration (NOAA) uma base de dados de ionosondas. Um software foi
desenvolvido para acessar esses dados. Esse programa permite que sejam definidos
alguns argumentos que refinam a busca, tais como: a data em que se quer obter a
informação do perfil eletrônico, a ionosonda especifica onde será pesquisada a
informação, e o intervalo de tempo em que se quer obter os arquivos. As atividades a
serem realizas após essas etapas abrangem a criação de uma base de dados
observacionais de conteúdo eletrônico, a utilização desses dados observacionais nos
métodos de assimilação de dados, utilização operacional do módulo de assimilação no
processo de previsão do TEC, e comparação de resultados.
_________________________ ¹Aluno do curso de Ciência da Computação – E-mail: [email protected]
²Pesquisador do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
17
ESTUDO DAS IMAGENS DIGITAIS DE EJEÇÕES DE MASSA CORONAIS
Giuliano Damião1 (UFSM, INPE – CRS, Bolsista PIBIC/CNPq)
Nivaor Rodolfo Rigozo2(MCT/CRS/INPE, Orientador)
RESUMO
Este trabalho, iniciado em agosto de 2010, teve como objetivo estudar as Ejeções de
Massa Coronal, do inglês Coronal Mass Ejections (CMEs), nas proximidades do Sol,
através da análise de imagens digitais do coronógrafo Large Angle and Spectroscopic
Coronagraph (LASCO) C3 a bordo do satélite Solar and Heliospheric Observatory
(SOHO), para determinar a dinâmica das CMEs entre 2 a 32 raios solares. Inicialmente
foi feita a seleção das imagens, para 1997, em que elas estivessem adequadas para o
tratamento digital. Após esse procedimento foi feito o tratamento digital das imagens,
que consta em filtrar as imagens uma a uma, de forma a preservar unicamente os
eventos de CMEs. Como etapa seguinte foi feita a análise da dinâmica das CMEs. Os
resultados obtidos para as dinâmicas dos eventos de CMEs foram comparados com os
resultados gerados pelo SOHO Catalog, da National Aeronautics and Space
Administration (NASA).
1Aluno do Curso de Física Bacharelado – E-mail: [email protected]
2Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
18
CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE CENTRALIZAÇÃO E ACESSO A
DADOS EÓLICOS E SOLARES
Miriam Pizzatto Colpo1 (UFSM, Bolsista ITI A/CNPq, INPE)
Adriano Petry2 (CRS/INPE, Orientador)
RESUMO
Este trabalho consistiu na construção e implantação de um sistema de centralização e
consulta para dados oriundos de uma estação do Projeto SONDA (Sistema de
Organização Nacional de Dados Ambientais), instalada no Observatório Espacial do Sul
(OES/INPE), em São Martinho da Serra –RS. A estação SONDA/OES é capacitada
com equipamentos para a obtenção de dados ambientais e eólicos, que são medidos com
intervalos de um e dez minutos, respectivamente, e armazenados em arquivos textuais
com estrutura pré-definida. Com o aumento de uma base de dados, acentua-se a
necessidade de uma forma eficiente de armazenamento, que permita a centralização
dessas informações, garantindo os princípios de integridade e consistência e
dispensando o uso de acesso remoto como forma de obtenção de dados. A fim de
implantar tal melhoria, foi construído um banco de dados relacional, armazenando
informações referentes aos arquivos textuais e seus registros de medições, considerando
cada valor de medição, seu momento de contagem e sua respectiva medida. Para a
implantação, foi usado o Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados PostgreSQL e
para o carregamento dos dados pertencentes aos arquivos textuais para tal sistema, foi
construído um software em linguagem Java, responsável por ler e identificar cada
registro de medição, distribuindo e armazenando seus valores de forma adequada nas
tabelas do banco de dados. Após a existência dessa base centralizada de dados, com a
finalidade de disponibilizar seu acesso de forma intuitiva e independente de plataforma
ou softwares específicos, foi desenvolvido um sistema de consulta usando uma interface
Web. O sistema de consulta recebe do usuário informações referentes ao período
temporal e tipo de medidas a serem buscadas, abstrai o processo de acesso ao banco de
dados do usuário e realiza a consulta. As informações retornadas pela pesquisa podem
ser visualizadas graficamente ou textualmente em tela, além de poderem ser
armazenadas em um arquivo texto, separadas por vírgulas, com o objetivo de permitir a
inserção em outros softwares científicos.
_________________________ 1Aluna do curso de Ciência da Computação – E-mail: [email protected]
2Pesquisador do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
19
DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTAÇÃO TERRENA (ET) PARA O
NANOSATÉLITE CIENTÍFICO BRASILEIRO – NANOSATC - BR
Ândrei Camponogara1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/CNPq)
Pawel Rozenfeld2 (Orientador – CRC/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Natanael Rodrigues Gomes4 (Co-Orientador ((DELC-LACESM)/CT/UFSM)
Igor Freitas Fagundes5 (Mestrando – CETUC/PUC – Rio)
Dimas Irion Alves6 (Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
Jean Jardel de Moura Ribas7 (Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O Projeto NANOSATC – BR Desenvolvimento de CubeSats, tem como objetivo
científico obter dados das regiões da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) e
da Região do Eletrojato da Ionosfera Equatorial sobre o Território Brasileiro. O satélite
consiste em um nanosatélite, o NANOSATC-BR1, cujo desenvolvimento conta com a
participação de uma equipe de alunos de graduação da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM) sob orientação de pesquisadores, tecnólogos e professores do INPE e
UFSM, atuando na especificação de diversos subsistemas que compõem o satélite. Esse
projeto é resultado de uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE - MCT), o Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS/CCR/INPE - MCT)
e o Laboratório de Pesquisas Espaciais de Santa Maria (LACESM/CT - UFSM). Para a
comunicação com o CubeSat, uma Estação Terrena de Controle e Rastreio (ET) vem
sendo estudada. Duas soluções foram avaliadas com fins de implementação: (i)
aquisição de uma estação completa provida de uma empresa especializada e (ii) a
construção da estação terrena em laboratório com o emprego de equipamentos
utilizados por radioamadores. A solução (ii) apresenta custos bem reduzidos quando
comparada a (i), porém após estudo de ambas, cujos resultados serão apresentados
posteriormente, a solução (i) foi selecionada, sendo o principal motivo a confiabilidade
de operação e a urgência de operação do sistema. Os equipamentos da ET foram
adquiridos junto à empresa holandesa Innovative Space Logistics BV (ISL) do grupo de
empresas da ISIS - Innovative Solutions In Space, tendo sua instalação prevista para
Julho de 201, no topo do prédio sede do CRS/CCR/INPE – MCT, em Santa Maria, RS.
Após a instalação da ET o projeto passa terá como foco a operação da ET, bem como, o
desenvolvimento de softwares com o objetivo de realizar a interface entre as antenas do
CubeSat e Estação Terrena (ET), permitindo o processamento de dados obtidos no
espaço pelo satélites.
1Aluno do Curso de Engenharia Computação da UFSM vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 2Pesquisador CRC/INPE – MCT. E-mail: [email protected]
3Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais.
E-mail: [email protected] 4Prof. Dr. Depto. Eletrônica e Computação DELC/CT – UFSM e Pesquisador do Laboratório de Ciências
Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT – UFSM. E-mail: [email protected] 5Mestrando CETUC/PUC – RIO. E-mail: [email protected]
6Aluno do Curso de Engenharia Elétrica, UFSM. E-mail: [email protected]
7Aluno do Curso de Engenharia Elétrica, UFSM. E-mail: [email protected]
20
INTERFACE LANÇADOR/CUBESAT PARA O
PROJETO NANOSATC-BR
Eduardo Escobar Bürger1 (UFSM – /CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Otávio Santos Cupertino2 Durão (Colaborador – CPA/DIR/INPE – MCT).
Nelson Jorge Schuch3 (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT).
Lucas Lopes Costa4 (Colaborador – UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT)
Rubens Zolar Gehlen Bohrer5 (Colaborador – UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT)
Fernando Landerdahl Alves6 (Colaborador – UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT)
Lucas Lourencena Caldas Franke7
(Colaborador – UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O Projeto dá continuidade e conclusão à definição dos testes ambientais do primeiro
CubeSat Brasileiro, o NANOSATC-BR1, e a criação da primeira versão do Plano de
Testes do Projeto. O documento é importante, devido ao fato que através dele que os
alunos envolvidos no Projeto deverão participar dos testes, seguindo-o tal qual um
roteiro, auxiliando na ordem, logística e procedimento dos testes feitos tanto no Modelo
de Engenharia, como o de Vôo, que são os modelos adquiridos pelo Projeto da
Innovative Space Logistics BV – ISL, de Delft na Holanda. No trabalho são
especificados os tipos de testes que deverão ser efetuados, o maquinário disponível para
a realização dos mesmos e os procedimentos para a sua execução. Dos resultados
anteriores, chegou-se à conclusão que o provável foguete lançador do CubeSat
NANOSATC-BR1 deverá ser o Indiano Pollar Satellite Launch Vehicle – PSLV, que
possui vasta experiência com esta classe de satélite universitário. Portanto, algumas
definições e projeções de níveis aplicados aos testes são hipotéticos, supondo-se que o
foguete PSLV Indiano será o veículo lançador do NANOSATC-BR1. Outra meta que
será concluída ao término do Projeto é a identificação da influência e interface entre o
mecanismo no qual o nanosatélite é alojado no foguete lançador do NANOSATC-BR1,
chamado de Picosatellite Orbital Deployer – P.O.D. Assim como o CubeSat, a
estrutura P.O.D necessita passar por testes, a fim de certificar o funcionamento com
outros satélites da mesma classe que compartilham o mesmo mecanismo.
_________________________ 1Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 2Tecnologista Sênior AIII Coordenação de Planejamento Estratégico e Avaliação –
CPA/DIR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 3Pesquisador Titular AIII do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 4 Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 5Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 6Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 7Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected]
21
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS
ELETROMECÂNICAS DE MOVIMENTAÇÃO DE ANTENAS
Fernando Landerdahl Alves1 (UFSM – /CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBITI/INPE – CNPq/MCT)
Mário C. Ricci² (Orientador – DMC/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT).
Otávio Santos Cupertino4 Durão (Colaborador – CPA/DIR/INPE – MCT).
Lucas Lopes Costa5 (Colaborador – UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT)
Rubens Zolar Gehlen Bohrer6 (Colaborador – UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT)
Eduardo Escobar Bürger7 (Colaborador – UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT)
Lucas Lourencena Caldas Franke8
(Colaborador – UFSM - CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O desenvolvimento e implementação de uma Estação Terrena de Rastreio e Controle de
satélites é um passo essencial para o êxito de qualquer missão espacial em que se deseja
uma satisfatória transmissão de informação (downlink/uplink). O Projeto visa o
desenvolvimento teórico e prático da estrutura mecânica de uma Estação Terrena (ET),
que ofereça um suporte e um controle à movimentação de antenas direcionais utilizadas
no rastreio de satélites de órbitas não geoestacionárias. Devido à oferta de energia
elétrica de um satélite, por vezes, ser limitada, o que em CubeSats é de
aproximadamente 1,2 W, o sinal recebido pela ET é fraco (cerca de 150mW - 8,24 dB).
Portanto, o sistema de posicionamento assume um papel importante para proporcionar
um ganho no tempo de transmissão e qualidade do sinal. Através da interação de
softwares de simulação de órbita, desenho em CAD (Computer Aided Design) e
gerenciamento de programas CNC (Controle Numérico Computadorizado), é
apresentado um método teórico de rastreio que visa a otimização de apontamento de
antenas direcionais.
_________________________ 1Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected]. 2Tecnologista Sênior AIII - de Mecânica e Controle DMC/INPE – MCT. E-mail: [email protected]
3 Pesquisador Titular AIII do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 4Tecnologista Sênior AIII - Coordenação de Planejamento Estratégico e Avaliação –
CPA/DIR/INPE – MCT. E-mail: [email protected] 5Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 6Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 7Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 8Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected]
22
INTRODUÇÃO AS TECNOLOGIAS APLICADAS
A PROTÓTIPOS ESPACIAIS: GEOFÍSICA ESPACIAL – AERONOMIA
Leonardo Zavareze da Costa1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT – Bolsista
PRAE/UFSM)
Nelson Jorge Schuch2 (Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Igor Freitas Fagundes3 (Mestrando – CETUC/PUC – RIO)
Guilherme Simon da Rosa4 (Mestrando – CETUC/PUC – RIO)
Dimas Irion Alves5
(Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O Projeto, iniciado em Agosto de 2010, tem três objetivos específicos. O primeiro
objetivo é monitorar satélites da série NOAA (National Oceanic and Atmospheric
Administration) através de uma Estação Terrena (ET), a Professional HRPT SMART
Station (HRPTSS), instalada no topo do prédio sede do Centro Regional Sul de
Pesquisas Espaciais - CRS/CCR/INPE-MCT, em Santa Maria, RS. A HRPTSS é um
conjunto de equipamentos e de software composto por: uma Estação de Trabalho, um
Sistema Posicionador, uma Antena e um Sistema GPS. O conjunto rastreia satélites,
recebendo e processando imagens. As imagens apresentam informações sobre a
vegetação, clima e temperatura da superfície do oceano. O segundo objetivo é
processar, analisar e divulgar as imagens transmitidas, utilizando o programa
SMARTvue™, da própria Instituição fornecedora do conjunto HRPTSS, ou outro
programa semelhante. O terceiro objetivo é a introdução a estudos relacionados com o
rastreio de satélites, feitos no Projeto, para a futura instalação de uma Estação Terrena
para o Projeto NANOSATC-BR. O Projeto NANOSATC-BR é um Projeto de Pesquisa
em Engenharias e Geofísica Espacial, atualmente em desenvolvimento no CRS, que
prevê o desenvolvimento, qualificação e lançamento de um nanosatélite do tipo CubeSat
(satélite cúbico com 10 cm de aresta e no máximo 1,3 kg de massa). As experiências
adquiridas com o sistema HRPTSS serão úteis quando for necessário buscar
informações sobre possíveis falhas no funcionamento da ET do NANOSATC-BR e no
rastreio de satélites, visto que está sendo feito um relatório sobre todos os problemas
enfrentados e as soluções que foram adotadas no CRS. Os problemas e resultados
poderão ser comparados assim que necessário, qualificando o funcionamento da futura
ET. No trabalho são apresentadas a metodologia empregada no Projeto e como
resultados algumas imagens obtidas com o HRPTSS.
_________________________ 1Aluno do Ensino Médio, Colégio Politécnico, UFSM. E-mail: [email protected]
2Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais.
E-mail: [email protected] 3Mestrando CETUC/PUC – RIO. E-mail: [email protected]
4Mestrando CETUC/PUC – RIO. E-mail: [email protected]
5Aluno do Curso de Engenharia Elétrica, UFSM. E-mail: [email protected]
23
DESENVOLVIMENTO DO APLICATIVO DE BORDO DE GERENCIAMENTO
DE DADOS PARA O CUBESAT NANOSATC-BR
Lucas Lopes Costa1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT).
Otávio Santos Cupertino Durão2 (Orientador – CPA/DIR/INPE – MCT).
Nelson Jorge Schuch3
(Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT).
RESUMO
O Projeto de Pesquisa tem por objetivo desenvolver um aplicativo de gerenciamento de
dados (“data handling”) para o computador de bordo para um satélite da classe dos
CubeSats denominado Projeto NanosatC-BR. O estudo foi realizado analisando-se os
requisitos funcionais do satélite e desenvolvendo o fluxo de seus dados internos. Como
resultado é apresentado uma concepção básica da estrutura do software do CubeSat
NanoSatC-BR através do fluxograma de dados.
O Projeto NANOSATC-BR – Desenvolvimento de CubeSats, consiste em um Programa
Integrado de Capacitação de Recursos Humanos e de Pesquisa Espacial com
desenvolvimento de Engenharias, Tecnologias e Ciências Espaciais através de um
pequeno satélite, com o objetivo de monitorar, em tempo real, no âmbito do clima
espacial, os distúrbios observados na magnetosfera terrestre (campo geomagnético e a
precipitação de partículas energéticas através da análise de falhas em equipamentos
microeletrônicos), com a determinação de seus efeitos nas grandes regiões da Anomalia
Magnética do Atlântico Sul – AMAS e do Eletrojato da Ionosfera Equatorial.
O Projeto tem como objetivo permitir que alunos de graduação de diferentes áreas da
UFSM tenham uma experiência prática no planejamento, projeto, desenvolvimento,
testes, lançamento e operação de um CubeSat, pequeno satélite em forma de cubo com
aresta de 10 cm e massa de 1,33 kg. O projeto foi criado e é atualmente gerenciado no
Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais do INPE/MCT com apoio técnico e
científico de engenheiros e cientistas da sede do INPE/MCT, São José dos Campos, SP.
O computador de bordo é um dos principais subsistemas dentro do satélite, pois é o
responsável pela sua gerência. O computador de bordo monitora, gerencia os dados
coletados de sensores, os telecomandos recebidos da estação terrena, controla o
funcionamento dos demais subsistemas, o armazenamento de dados e o envio de
telemetrias para a estação terrena com os dados de interesse.
O Projeto tem caráter de concepção inicial devendo ser aprofundado futuramente com o
desenvolvimento do código do aplicativo de bordo e a realização de testes de
confiabilidade e validação.
1Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 2Tecnologista Sênior AIII - Coordenação de Planejamento Estratégico e Avaliação – CPA/DIR/INPE –
MCT. E-mail: [email protected] 3Pesquisador Titular AIII do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
24
DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTAÇÃO PARA MEDIDAS
GEOMAGNÉTICAS DE BAIXO RUÍDO ABORDO DE SATÉLITES
CIENTÍFICOS - MAGNETÔMETRO DE NÚCLEO SATURADO
Tális Piovesan1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Severino Luiz Guimarães Dutra2 (Orientador – DGE/CEA/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch³ (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O Planeta Terra é circundado por um campo magnético originário das correntes de
plasma que circulam em suas camadas internas, da interação com os planetas do sistema
solar e rochas com propriedades magnéticas contidas no seu manto. Este campo oferece
uma proteção à superfície terrestre, porém não é de intensidade uniforme ao redor do
Planeta, de modo que a região Sul do Brasil está situada sobre a região da Anomalia
Magnética do Atlântico Sul (SAMA). Região na qual a intensidade do campo
magnético é de aproximadamente 23500 nano teslas (nT), além de sofrer alterações com
as tempestades solares e outras partículas advindas do meio espacial. As perturbações
geomagnéticas tem influência direta nos dispositivos de comunicação via satélite, GPS,
sistemas de transmissão de energia elétrica, visto que podem alterar o seu
funcionamento, ocasionando muitos prejuízos econômicos à Sociedade moderna. Para
quantificar e monitorar os fenômenos descritos que ocorrem na Magnetosfera e o
emprego de magnetômetros em aplicações espaciais, como no controle de atitude de
satélites, são pesquisados e desenvolvidos, nos laboratórios de Eletrônica e de Física
Solar do Meio Interplanetário e Magnetosferas do CRS/CCR/INPE-MCT,
magnetômetros de núcleo saturado, ou fluxgate, de baixo ruído e custos.
1Aluno do Curso de Engenharia Elétrica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT-UFSM, atuando no
Laboratório de Eletrônica e de Física Solar do Meio Interplanetário e Magnetosferas do CRS/CCR/INPE
– MCT. E-mail:[email protected] 2Pesquisador da divisão de Geofísica – DGE/CEA/INPE – MCT. E-mail: [email protected]
³Pesquisador Titular Sênior do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
25
AMPLIAÇÃO DO PROTÓTIPO DE TELESCÓPIO
MULTIDIRECIONAL DE RAIOS CÓSMICOS DE ALTA ENERGIA
MUONS: PARTICIPAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO TÉCNICO E DE
ENGENHARIA, E ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS
Bruno Knevitz Hammerschmitt1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Alisson Dal Lago2 (Orientador – DGE/CEA/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
Clima Espacial pode ser entendido como ambiente espacial relativo às contínuas
mudanças dos fenômenos solares (ou atividades solares). Um dos objetivos do estudo
do Clima Espacial é encontrar artifícios que possibilitem previsões de tempestades
geomagnéticas, que ocorrem devido às estruturas originadas no Sol, CMEs (Coronal
Mass Ejections), e que atravessam o meio interplanetário e atingem o Planeta. A Terra
pode sofrer danos com uma ejeção de massa coronal solar, injetando íons e elétrons
energéticos nos anéis de correntes de Van Allen causando perturbações que
enfraquecem o campo magnético terrestre, induzindo um campo magnético contrário ao
da Terra. Raios cósmicos galácticos primários podem ser detectados na superfície
através de seus componentes secundários os muons, que são originados da
fragmentação de núcleos mais pesados, conseqüentes da precipitação na atmosfera
terrestre. Os muons parecem mostrar resposta às estruturas solares interplanetárias que
causam as tempestades geomagnéticas. Com o propósito de estudar os fenômenos
ligados as interações Sol-Terra que afeta a distribuição dos raios cósmicos galácticos
primários no meio interplanetário foi instalado em 2001 um detector multidirecional de
muons, protótipo, de raios cósmicos no Observatório Espacial do Sul -
OES/CRS/CCR/INPE–MCT, (29.4ºS, 53.8° W, 480 m a.n.m.), no âmbito da Parceria
INPE-UFSM, através da cooperação internacional envolvendo instituições do Brasil –
Japão – EUA em Clima Espacial. O sistema detector multidirecional de muons - DMM
do OES foi expandido em 2005. O novo DMM expandido é formado de duas camadas
de 28 detectores com resolução temporal de um minuto. O Projeto de Pesquisa utiliza e
analisa dados de plasma e de campo do meio interplanetário, medidos pelo satélite ACE
- NASA, e de Dst para identificar distúrbios magnéticos, e efetuar comparações com as
análise dos dados de muons do OES. A expansão proporcionou redução nos erros
experimentais de 0,16% a 0.06%. Conclui-se que os raios cósmicos são de suma
importância para o estudo do Clima Espacial possibilitando tecnologia complementar
para permitir previsões de tempestades magnéticas.
1Aluno do Curso de Engenharia Elétrica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM, atuando no
Laboratório de Clima Espacial e Previsão de Tempestades Magnéticas.
E-mail: [email protected] 2Pesquisador da Divisão da Geosfísica Espacial DGE/CEA/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 3Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
26
VARIAÇÃO COM O CICLO SOLAR DAS PULSAÇÕES GEOMAGNÉTICAS
DE PERÍODOS LONGOS (1.0 – 10 mHz) NA REGIÃO DA ANOMALIA
MAGNÉTICA DO ATLÂNTICO SUL – AMAS
José Paulo Marchezi¹ (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Dr. Severino Luiz Guimarães Dutra² (Orientador – DGE/CEA/INPE – MCT)
Dr. Nelson J. Schuch³ (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
A Terra possui um intenso campo magnético de origem interna. A interação do vento
solar com o campo geomagnético forma a magnetosfera terrestre. Esta região atua como
uma barreira, protegendo o Planeta contra partículas de alta energia do vento solar e dos
raios cósmicos. O campo magnético da Terra apresenta escalas de variação temporal de
curto e longo períodos. As variações menores do que cinco anos são classificadas como
variações de curto período e têm origem externa relacionada com a interação do vento
solar com a magnetosfera. As pulsações geomagnéticas se originam na modulação de
pressão dinâmica do vento solar e nas correntes elétricas geradas na magnetosfera. São
flutuações do campo magnético terrestre com pequenas amplitudes e com períodos de
décimos a centenas de segundos (baixas freqüências). Entretanto, as variações de
períodos longos têm origem interna. Como o campo geomagnético não está exatamente
no centro geográfico da Terra e possui uma inclinação do dipolo magnético equivalente
em relação ao eixo de rotação terrestre por volta de 10° (atualmente), é produzido um
campo com intensidade irregularmente distribuída na superfície. A Anomalia Magnética
do Atlântico Sul (AMAS) é a região onde o campo geomagnético tem sua menor
intensidade. Como conseqüência direta deste fenômeno, o cinturão de radiação que
circunda o planeta (cinturão de Van Allen), encontra-se ali rebaixado, recebendo a
atmosfera local um maior bombardeamento de partículas. O objetivo do Projeto é o
estudo das pulsações de períodos longos (1.0 – 10 mHz) relacionadas com a fase do
ciclo solar na região da AMAS. As observações foram realizadas com um
magnetômetro do tipo fluxgate (núcleo saturado) de baixo ruído, instalado na estação
geomagnética do Observatório Espacial do Sul, do Centro Regional Sul de Pesquisas
Espaciais – CRSPE/INPE – MCT, em São Martinho da Serra (29,43° S; 53,82° W,
altitude 488m), SMS, RS. Os dados são coletados a cada 2 segundos, o que permite
estudar pulsações geomagnéticas Pc3, Pc4 e Pc5. Com os dados foi feita uma análise do
campo geomagnético (componentes H, D e Z) na banda espectral 1.0 – 10 mHz,
mediante uma filtragem digital das pulsações com períodos entre 150 – 600 segundos
(Pc5). Resultados são apresentados.
_________________________ ¹Aluno de Graduação em Física – Licenciatura Plena, UFSM. E-mail: [email protected]
²Pesquisador da Divisão de Geofísica Espacial – DGE/CEA/INPE – MCT. E-mail:[email protected]
³Pesquisador Titular III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais - CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
27
ESTUDOS DO PLASMA IONOSFÉRICO NA REGIÃO DA ANOMALIA
GEOMAGNÉTICA DO ATLÂNTICO SUL – AMAS
Lucas Camponogara Viera1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/CNPq)
Polinaya Muralikrishna2 (Orientador – DAE/CEA/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Cláudio Machado Paulo4 (Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O Projeto tem dois objetivos específicos. O primeiro objetivo é participar das
atividades e pesquisas da Rede SARINET (do ingles: South America Riometer Network)
que tem uma estação instalada no Observatório Espacial do Sul - OES/CRS/CCR/INPE
– MCT, em São Martinho da Serra, RS. A rede SARINET tem como objetivo a
implantação de estações de sistemas de riômetros imageadores e de riômetros de um
canal na América do Sul, viabilizando o estudo das interações Sol-Terra, a pesquisa da
precipitação de partículas na Anomalia Magnética do Atlântico Sul – AMAS, a
dinâmica e geometria da AMAS em função da atividade geomagnética, observando a
variação da absorção ionosférica de ondas de rádio de origem cósmica. O segundo
objetivo é o monitoramento da atividade solar, em longo prazo, para o estudo da região
da AMAS, utilizando a rede de receptores do Sistema SAVNET - (do inglês: South
America VLF Network) que utiliza as propriedades de rádio propagação de ondas VLF
(Very Low Frequency: 3 - 30 kHz). O estudo e o desenvolvimento das pesquisas,
redução, análise e interpretação de dados, são realizadas no Laboratório de Sondagem
Ionosférica e Atmosfera Neutra Terrestre – LSIANT do Centro Regional Sul de
Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT, em Santa Maria, RS. Possibilitando a
coleta de dados experimentais para se estabelecer a relação entre a absorção ionosférica
do ruído cósmico e o fluxo de partículas energéticas observada nesta região. Resultados
são apresentados.
_________________________ 1Aluno do Curso de Física Bacharelado UFSM vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 2Pesquisador Titular Sênior III da DAE/CEA/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 3Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais.
E-mail: [email protected] 4Aluno do Curso de Física Licenciatura Plena, UFSM.
E-mail: [email protected]
28
INTERFERÊNCIA DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA NO
COMPORTAMENTO DE MAGNETÔMETROS EM CUBESATS - ESTUDOS
DO CONTROLE TÉRMICO
Lucas Lourencena Caldas Franke1 (UFSM – CRS/CCR/INPE,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT).
Nelson Jorge Schuch2 (Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT).
Otávio Santos Cupertino Durão3 (Co-Orientador – CPA/DIR/INPE – MCT).
RESUMO
O Projeto tem como objetivo obter conceitos para a solução de Projeto Térmico do
Projeto NANOSATC-BR Desenvolvimento de CubeSats, com o intuito de analisar,
separadamente, os efeitos causados pelos gradientes térmicos no magnetômetro que será
utilizado como carga útil do nanosatélite. Projeto NANOSATC-BR consiste em um
Programa Integrado de Pesquisa Espacial com desenvolvimento de Engenharias,
Tecnologias e Ciências Espaciais através de um pequeno satélite, com o objetivo de
monitorar, em tempo real, no âmbito do clima espacial, os distúrbios observados na
magnetosfera terrestre (campo geomagnético e a precipitação de partículas energéticas),
com a determinação de seus efeitos nas grandes regiões da Anomalia Magnética do
Atlântico Sul – AMAS e do Eletrojato da Ionosfera Equatorial. O Projeto NANOSATC-
BR prevê o desenvolvimento de instrumentação científica e, simultaneamente, do
projeto, construção, qualificação e lançamento de um nanosatélite científico nacional,
de formato cúbico com 10 cm de aresta e aproximadamente 1,33 kg de massa, que
utiliza um magnetômetro de fluxo saturado (fluxgate) como parte da carga útil. O
controle térmico de um satélite pode ser efetuado de duas maneiras distintas: controle
térmico passivo (sem a utilização de energia elétrica) e controle térmico ativo (com a
utilização de energia elétrica). Para o caso do Projeto NANOSATC-BR, é utilizado o
método de controle térmico passivo, visto que, por ser um satélite de pequeno porte, é
inviável se utilizar de controle térmico ativo, devido às limitações de consumo de
energia elétrica. O projeto de controle térmico passivo é feito por meio da utilização de
materiais de revestimento com características de absortividade e emissividade
específicas. Programa especializado para análise térmica de satélites,
SINDA/THERMAL DESKTOP, é utilizado com aplicação de métodos numéricos
avançados, com o objetivo de obter um mapeamento térmico do satélite. Dando ênfase
ao magnetômetro, levando-o aos limites de temperaturas as quais a carga útil estará
exposta e, por conseguinte, associando ás especificações do datasheet do
magnetômetro, é possível projetar qual o módulo de interferência causada
exclusivamente pela variação de temperatura nas medidas do campo magnético
Terrestre, feitas pela carga útil do NANOSATC-BR. Resultados são apresentados.
1Aluno do Curso de Engenharia Mecânica da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 2Pesquisador Titular AIII do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 3Tecnologista Sênior AIII - Coordenação de Planejamento Estratégico e Avaliação – CPA/DIR/INPE –
MCT. E-mail: [email protected]
29
ESTUDO DE DISTURBIOS IONOSFÉRICOS PROPAGANTES NA REGIÃO F
USANDO TÉCNICAS ÓTICA E DE RÁDIO NA REGIÃO SUL DO BRASIL
Michel Baptistella Stefanello¹ (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Alexandre Alvares Pimenta² (Orientador – LASER/DAE/CEA/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch³ (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
A luminescência atmosférica é definida como uma radiação de natureza
eletromagnética, amorfa, continuamente emitida pela atmosfera de um planeta. Ela
ocorre entre 80 e 400 km de altitude, através de processos físicos e químicos entre
constituintes neutros e ionizados. O Projeto tem como objetivo o estudo da dinâmica e
fotoquímica da alta atmosfera/ionosfera Terrestre nas faixas de altitudes entre 80-100
km e 200-400 km utilizando dados de luminescência atmosférica. Os assuntos em
estudo incluem ondas de gravidade na mesosfera, estruturas de ondas na termosfera e
irregularidades de plasma na região F da ionosfera em latitudes médias e baixas. São
fenômenos bastante relevantes nas áreas de Aeronomia e Clima Espacial. A detecção
das emissões de luminescência atmosférica oriunda de hidroxila, oxigênio atômico e
sódio na alta atmosfera/ionosfera com imageadores “all-sky” visam, dentre outros, o
estudo da propagação de ondas que possivelmente provocam espalhamento (spread F)
nos ionogramas de digissondas, assim como cintilações nos sinais de GPS.
__________________________ ¹Aluno do curso de Física Licenciatura – E-mail: [email protected]
²Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
³Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais –
E-mail: [email protected]
30
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL EÓLICO DO SUL DO BRASIL
Alexandre Ceretta Dalla Favera1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Fernando Ramos Martins2 (Orientador - CCST/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-Orientador - CRS/CCR/INPE – MCT)
Enio Bueno Pereira4 (Co-Orientador - CCST/INPE – MCT)
RESUMO
A busca constante para diminuir a emissão dos gases do efeito estufa no planeta conduz
a um crescente interesse na produção de energia elétrica através da força renovável dos
ventos. Assim consolidando essa fonte para suprir energeticamente o desenvolvimento
social e econômico Brasileiro de modo sustentável. A implantação de parques eólicos
requer uma análise preliminar do potencial da região, obtido a partir da análise
estatísticas dos ventos, a fim de se observar a viabilidade do projeto. O Projeto de
Pesquisa desenvolvido no Laboratório de Recursos de Energia Renováveis do Centro
Regional Sul de Pesquisas Espaciais – LRER/CRS/CCR/INPE – MCT, tem por objetivo
avaliar o potencial eólico da Região Central do Rio Grande do Sul, a partir do estudo da
direção predominante e da velocidade horizontal do vento. A análise é feita para as
quatro estações do ano (Verão, Outono, Inverno e Primavera), a fim de se obter o
potencial sazonal, assim como para o ano inteiro, para obter o potencial anual. Os
dados de direção e velocidade dos ventos utilizados nas análises são coletados na
estação de referência do projeto SONDA (Sistema de Organização Nacional de Dados
Ambientais) localizada no Observatório Espacial do Sul, em São Martinho da Serra, RS.
Na estação operam três anemômetros instalados nas alturas de 10, 25 e 50 metros acima
do solo. Com base nos dados anemométricos construíram-se histogramas, que
representam graficamente a freqüência de dados em colunas, a rosa dos ventos, que
mostra graficamente a freqüência dos ventos para cada uma das direções: Norte (N), Sul
(S), Leste (L) e Oeste (O) e calculou-se a distribuição de Weibull e seus parâmetros
através do programa WasP® - “Wind Atlas Analysis and Application Program”. A
análise revelou a direção sudeste (SE) como a predominante para o vento da região. Os
fatores de forma (k) e de escala (A) da distribuição de Weibull para todo o período
analisado, de Janeiro de 2005 a Janeiro de 2011, foram respectivamente de 1,91 e 5,3
m/s para 25 metros e 2,04 e 6 m/s para 50 metros de altura e a densidade de potência
calculada foi de 129 W/m² e 168 W/m² para 25 e 50 metros respectivamente. Na análise
sazonal, a maior velocidade média e a maior densidade de potência encontrada foi para
o período do Inverno, seguido pela Primavera, Verão e Outono. Com os resultados
obtidos tem-se um perfil eólico preliminar para a região central do Rio Grande do Sul,
porém há necessidade da ampliação da série de dados objetivando maior confiabilidade.
_________________________ 1Aluno do curso de Engenharia Química da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM, atuando no
Laboratório de Recursos de Energia Renováveis do CRS. E-mail: [email protected]
2Pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre – CCST/INPE – MCT
E-mail: [email protected]
3Pesquisador do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT
E-mail: [email protected]
4Pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre – CST/INPE – MCT
E-mail: [email protected]
31
ESTUDO DE ESTRUTURAS INTERPLANETÁRIAS UTILIZANDO
OBSERVAÇÕES DE SATÉLITES E OBSERVAÇÕES DE RAIOS CÓSMICOS
Roger Hatwig de Lima1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Alisson Dal Lago2 (Orientador – DGE/CEA/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O Projeto tem como objetivo geral estudar as diferentes estruturas interplanetárias
provenientes do Sol e analisar suas interações com os raios cósmicos detectados pelo
Detector Multidirecional de Múons – DMM. As estruturas estudadas são CMEs
(Coronal Mass Ejections), entre outros fenômenos espaciais. Quando as CMEs atingem
a magnetosfera terrestre, podem causar tempestades geomagnéticas, podendo gerar
danos em vários sistemas de infraestrutura da Sociadade moderna, tais como: nas
telecomunicações e na distribuição de energia elétrica, entre outros. As CMEs, são
estruturas provenientes da Coroa Solar. O material ejetado é plasma, constituído de
elétrons e prótons com pequenas quantidades de hélio, oxigênio e ferro, mas que possui
campo magnético. Dentre aquelas que atingem a Terra, algumas podem interagir
fortemente com a magnetosfera terrestre ocasionando repentinas flutuações no seu
campo magnético, denominadas tempestades geomagnéticas. Sua principal
característica é um decréscimo na componente H (horizontal) do campo geomagnético
durante cerca de algumas dezenas de horas. Em decorrência de seu campo magnético, as
estruturas bloqueiam a passagem de partículas carregadas, como os raios cósmicos
primários, causando geralmente um decréscimo na contagem das partículas. Os Múons
são decorrentes do decaimento dos raios cósmicos primários com os constituintes da
atmosfera terrestre, atingindo a Terra de forma isotrópica. Quando há um tempestade
geomagnética ocorre um decréscimo na contagem dessas partículas, denominado
decréscimo de Forbush. Portanto, o Projeto se concentra em: examinar dados de
parâmetros de plasma obtidos através do satélite ACE – NASA (Advanced Composition
Explorer), que orbita o ponto Lagrangeano interno (L1) do Sistema Sol-Terra,
localizado a 240 raios terrestres da Terra, visando principalmente calcular as pressões
cinética e magnética das estruturas a fim de se obter o parâmetro beta, que é a razão
entre as pressões cinética e magnética. Utilizar imagens do Sol obtidas pelo satélite
SOHO - NASA (Solar and Heliospheric Observatory), que orbita o ponto Lagrangeano
L1, para calcular a velocidade das CMEs e com os dados da contagem direcional de
múons fornecidos pelo DMM que opera no Observatório Espacial do Sul -
OES/CRS/CCR/INPE-MCT, em São Martinho da Serra-RS, realizar a identificação dos
possíveis decréscimos nas respectivas contagens de Múons para os períodos em que
foram registrados eventos solares, comparando-os com dados do ACE.
1Aluno do curso de Engenharia Elétrica da UFSM vinculado ao LACESM/CT – UFSM atuando no
Laboratório de Clima Espacial e Previsão de Tempestades Magnéticas.
Email: [email protected]. 2Pesquisador da Divisão de Geofísica Espacial DGE/CEA/INPE – MCT.
Email: [email protected]. 3Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais CRS/CCR/INPE – MCT.
Email: [email protected].
32
SISTEMA LOFAR – NÍVEL DE RÁDIO INTERFERÊNCIA NO
OBSERVATÓRIO ESPACIAL DO SUL EM SÃO MARTINHO DA SERRA NA
FAIXA DE 10-240MHZ
Juliano Rafael Andrade¹ (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT –
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Nelson Jorge Schuch² (Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Natanael Rodrigues Gomes³ (Co-Orientador – DELC-LACESM/CT – UFSM)
Guilherme Simon da Rosa4 (Mestrando – CETUC/PUC – Rio)
Dimas Irion Alves5 (Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
Jean Jardel de Moura Ribas6 (Colaborador – UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O Projeto tem como objetivo dar continuidade ao Programa de Pesquisa e
Monitoramento do nível de ruído presente no Espectro Eletromagnético, na faixa de 10
a 240 MHz, no Observatório Espacial do Sul – OES/CRS/CCR/INPE-MCT, (OES,
29,4º Sul, 59,4º Oeste), em São Martinho da Serra - RS. No Projeto é analisado o
potencial do OES para viabilizar a instalação de equipamentos e radiotelescópios
digitais tais como o Low Frequency Array (LOFAR). O radiotelescópio LOFAR utiliza
um conjunto de antenas omnidirecionais ativas com ampla largura de feixe e largura de
banda tão grande quanto possível, que proporciona maior sensibilidade em observações
astronômicas para radiofrequências abaixo de 250 MHz. Da análise do monitoramento
espectral, realizadas na região do OES, o sítio foi qualificado como apto para receber
radiointerferômetros baseados no conceito de Phased Array similares aos encontrados
nas Estações Européias do LOFAR. Partindo desse fato, com o propósito de construir
uma função visibilidade, foi projetado e implementado um arranjo interferométrico
similar aos do LOFAR Prototype Station (LOPES). Esse arranjo interferométrico
desenvolvido no Projeto foi anteriormente instalado no topo do prédio sede do Centro
Regional Sul de Pesquisa Espaciais (CRS), em Santa Maria, RS, atualmente encontra-se
em teste no OES. O sistema e arranjo de antenas podem ser basicamente divididos em
três módulos construtivos: Antena Ativa, Receptor e Correlacionador Digital. O
interferômetro possibilita obter uma representação digitalizada de energia, no domínio
do tempo, dentro da uma banda de frequências de interesse. O Projeto tem como
finalidade monitorar, analisar, comparar e apresentar os resultados do nível de rádio
interferência na faixa de 10-240 MHz, recebidos no interferômetro para os períodos em
que ele esteve instalado no CRS e atualmente no OES. Resultados são apresentados.
_________________________ 1Aluno do Curso de Engenharia Elétrica, UFSM vinculado ao LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 2Pesquisador Titular Sênior III E-mail: [email protected]
³Prof. Dr. Depto. Eletrônica e Computação DELC/CT – UFSM e Pesquisador do Laboratório de Ciências
Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT – UFSM. E-mail: [email protected] 4Mestrando CETUC/PUC – RIO E-mail: [email protected]
5Aluno do Curso de Engenharia Elétrica, UFSM. E-mail: [email protected]
6Aluno do Curso de Engenharia Elétrica, UFSM. E-mail: [email protected]
33
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL SOLAR DO SUL DO BRASIL
Luiz Felipe Kremer¹ (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Fernando Ramos Martins² (Orientador – CCST/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch³ (Co-Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
Recursos energéticos renováveis são cada vez mais necessários devido à necessidade da
substituição da geração de energia através de combustíveis fósseis, visto que emitem
grandes quantidades de gases poluentes na atmosfera. Atualmente no Brasil, o Projeto
SONDA (Sistema de Organização Nacional de Dados Ambientais) tem o objetivo de
gerar uma base de dados solarimétricos e meteorológicos que atenda a demanda de
informações necessárias para a atração de investimentos e a realização de ações efetivas
ao desenvolvimento tecnológico e científico para uso de recursos de energia solar e
eólica. Portanto, os dados de irradiação solar na superfície coletados pelo Projeto
SONDA são utilizados na validação e parametrização das estimativas e previsões
fornecidas pelos modelos numéricos. As principais incertezas das estimativas são
resultados da variabilidade de aerossóis na atmosfera, juntamente com incertezas sobre
a variabilidade da cobertura de nuvens (Pinker and Laszlo, 1989). Fato que leva
Projeto ter por objetivo avaliar o potencial energético solar no Sul do Brasil, estudando
a variação temporal, espacial e a influência de variáveis climatológicas sobre a
irradiação solar incidida sobre a superfície. Os dados analisados são coletados na
plataforma SONDA-SMS, em operação desde Agosto de 2004, no Observatório
Espacial do Sul OES/CRS/CCR/INPE-MCT, em São Martinho da Serra, RS. O Projeto
utiliza Redes Neurais Artificiais (RNAs), para criação de modelos computacionais que
possam ser úteis na previsão de irradiação global para curtos períodos de tempo
(máximo de 72h), sendo que o modelo de RNA utilizado é o Perceptron de Múltiplas
Camadas (MLP), permitindo que diversas combinações de variáveis e topologias de
MLPs possam ser realizadas, visando à identificação do melhor conjunto MLP, que
represente adequadamente as previsões, realizada através da análise de parâmetros
estatísticos e que avaliam o erro entre as previsões fornecidas pelas MLPs e os valores
efetivamente medidos. Os resultados obtidos para os tempos de previsão 24h e 48h
tiveram erros RMSE% próximos a 36%. Para 72h, observou-se má representatividade
dos modelos de RNAs em suas respostas frente às entradas fornecidas e assim sendo
considerado inviável.
____________________________ ¹Aluno do Curso de Física Bacharelado da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM, atuando no
Laboratório de Recursos de Energia Renováveis CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
²Pesquisador do Centro de Ciências do Sistema Terrestre – CCST/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] ³Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
34
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA NEBULOSIDADE E VARIÁVEIS
AMBIENTAIS SOBRE A INCIDÊNCIA DE IRRADIAÇÃO
Eduardo Weide Luiz1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT, Bolsista PCI-ITI-A)
Nelson Jorge Schuch 2
(Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Fernando Ramos Martins³ (Co-Orientador – CCST/INPE – MCT)
RESUMO
Recursos energéticos renováveis são cada vez mais necessários devido à necessidade da
substituição da geração de energia através de combustíveis fósseis, pelo motivo que
emitem grande quantidade de gases poluentes na atmosfera. Atualmente no Brasil, o
Projeto SONDA (Sistema de Organização Nacional de Dados Ambientais) tem o
objetivo de gerar uma base de dados solarimétricos e meteorológicos que atenda a
demanda de informações necessárias para a atração de investimentos e a realização de
ações efetivas ao desenvolvimento de outras fontes energéticas. Assim, os dados de
irradiação solar na superfície coletados pelo Projeto SONDA são utilizados na validação
e parametrização das estimativas e previsões fornecidas pelos modelos numéricos. As
principais incertezas das estimativas são resultados da variabilidade de aerossóis na
atmosfera, juntamente com incertezas sobre a variabilidade da cobertura de nuvens
(Pinker and Laszlo, 1989). Devido à essa importância e complexidade da
parametrização da nebulosidade e outros componentes atmosféricos na estimativa da
radiação solar, o Projeto tem como objetivo o estudo da influência da nebulosidade
sobre a irradiação solar global incidente na superfície e dos aerossóis e água precipitável
para dias sem nebulosidade. Todos os dados são coletados com sensores instalados na
estação SONDA localizada no Observatório Espacial do Sul - OES/CRS/CCR/INPE–
MCT, São Martinho da Serra, RS. Foram utilizados um piranômetro CM21
(Kipp&Zonen), que mede a irradiância solar global em superfície, um Fotômetro Cimel
CE 318 (Cimel Eletronique) que mede espessura ótica de aerossóis e água precipitável e
um imageador do céu Total Sky Imager TSI-440 (Yes, Inc.). Dados de irradiação solar
difusa obtidos com um pirânometro CM22 (Kipp&Zonen) sombreado com um
ocultador em forma de disco posicionado com ajuda de um rastreador solar foi utilizado
para a seleção dos dias de céu claro utilizados no estudo. O projeto de pesquisa,
desenvolvido no Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE –
MCT, em Santa Maria, RS, tem como uma de suas finalidades apresentar análises sobre
a influência dessas variáveis atmosféricas sobre a irradiação solar em superfície,
gerando uma importante contribuição para a definição do perfil energético e avaliação
do potencial solar do Sul do Brasil.
1Aluno do Curso de Meteorologia da UFSM, vinculado ao LACESM/CT – UFSM, atuando no
Laboratório de Recursos de Energia Renováveis CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 2Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
³Pesquisador do Centro de Ciências do Sistema Terrestre – CCST/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
35
ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DOS EVENTOS DE EFEITOS SECUNDÁRIOS
DO BURACO DE OZÔNIO ANTÁRTICO SOBRE O SUL DO BRASIL
Natália Machado Crespo1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT,
Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Neusa Paes Leme 2
(Orientadora – CRN/CCR/INPE – MCT)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Damaris Kirsch Pinheiro4 (Co-orientadora – LACESM/CT – UFSM)
RESUMO
O Projeto de Pesquisa tem por objetivo analisar a ocorrência dos eventos de efeitos
secundários do Buraco de Ozônio Antártico sobre o Sul do Brasil durante o período de
1992 a 2010. Os dados da coluna total de ozônio analisados são do Espectrofotômetro
Brewer em operação no Observatório Espacial do Sul – OES/CRS/CCR/INPE-MCT,
(29,42°S, 53,87°O), em São Martinho da Serra, RS, Brasil, em uma cooperação entre o
Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE-MCT e o Laboratório de
Ozônio da Divisão de Geofísica Espacial – LO/DGE/CEA/INPE-MCT, com o
Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT-UFSM. Dados de
reanálise do NCEP e os dados da coluna total de ozônio dos instrumentos TOMS e
OMI, o qual, a partir de 2006, substituiu os dados do TOMS, são analisados. A
metodologia é baseada na análise de Vorticidade Potencial (VP) em superfícies
isentrópicas para os dias com quedas na coluna total de ozônio do Brewer e TOMS ou
OMI. Para complementar a análise, são geradas trajetórias de massas de ar pelo modelo
HYSPLIT. Continuando a análise que estava sendo realizada em anos anteriores, para o
período de 1992 a 2009, foi adicionado ao banco de dados as observações do ano de
2010. A partir dos novos dados percebe-se que, no período em que o “Buraco de
Ozônio Antártico” está aberto, há eventos de queda na coluna total de ozônio na Região
Sul do Brasil, em relação às médias mensais, que podem ser considerados como efeitos
secundários do Buraco de Ozônio Antártico. No período, efetuaram-se mudanças na
rotina de cálculo da Vorticidade Potencial, ocorrendo notada melhora na precisão dos
valores postos no modelo para gerar as superfícies isentrópicas. Foram traçadas
trajetórias das massas de ar provenientes da Antártida, e variáveis da NCEP foram
usadas para gerar superfícies isentrópicas e campos de ventos sobre o Observatório
Espacial do Sul, comprovando, o fato, a existência de influência de massas de ar pobres
em ozônio sobre o Sul do Brasil, totalizando a ocorrência de dois eventos para o ano de
2010. Resultados são apresentados.
1Aluna do Curso de Meteorologia da UFSM. E-mail: [email protected]
2Pesquisadora do Centro Regional do Nordeste – CRN/CCR/INPE – MCT. E-mail: [email protected]
3Pesquisador do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 4Pesquisadora do Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected]
36
ESTUDO DAS VARIÁVEIS ATMOSFÉRICAS VERSUS
RADIAÇÃO SOLAR
Paulo Ernesto Marchezi1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT, Bolsista PRAE/UFSM)
Nelson Jorge Schuch 2
(Orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Fernando Ramos Martins³ (Co-Orientador – CCST/INPE – MCT)
Enio Bueno Pereira4 (Co-Orientador – CCST/INPE – MCT)
RESUMO
O balanço radiativo terrestre é modificado pela presença de partículas de aerossóis na
atmosfera, que absorvem e/ou refletem a radiação solar. As partículas podem ser
provenientes de processos naturais ou produzidas pela ação humana, como queima de
biomassa e emissão de poluentes industriais. O Projeto tem como objetivo o estudo do
impacto das plumas de aerossóis lançados à atmosfera em eventos de queimadas,
durante a estação seca, sobre a irradiação solar que incide na superfície da região central
do estado do Rio Grande do Sul. O estudo limita-se à análise de dias de céu claro a fim
de se eliminar as incertezas associadas com a influência da nebulosidade sobre a
irradiação solar na superfície. A seleção dos dias de céu claro é realizada através da
análise e qualificação de dados de irradiação solar global e difusa. A irradiação solar
global consiste na irradiação descendente numa superfície horizontal, constituída em
parte por irradiação difusa e em parte por irradiação direta. A irradiação solar difusa
consiste na irradiação descendente numa superfície horizontal, decorrente do
espalhamento do feixe solar direto pelos constituintes atmosféricos. A irradiação solar
global é medida por um piranômetro CM21 (Kipp & Zonen) e a irradiação difusa é
medida pelo Piranômetro CM22 (Kipp & Zonen) acoplado ao um rastreador solar que
bloqueia a radiação direta que chega ao sensor. Os sensores estão instalados na Estação
de Referência SONDA – SMS, localizada no Observatório Espacial do Sul –
OES/CRS/CCR/INPE – MCT, em São Martinho da Serra, RS. A análise dos aerossóis
se dá pelos dados de espessura ótica (AOT), disponibilizados através do site da NASA
(http://aeronet.gsfc.nasa.gov) e os dados de focos de queimadas, estimados por satélites
para todo o território Brasileiro, coletados e disponibilizados na página eletrônica do
CPTEC/INPE-MCT, (www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas). O transporte de
aerossóis atmosféricos de regiões com maior ocorrência de queimadas é considerado no
Projeto. Resultados são apresentados.
1Aluno do Curso de Química Licenciatura da UFSM, vinculado ao LACESM/CT-UFSM, atuando no
Laboratório de Recursos de Energia Renováveis CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 2Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
³Pesquisador do Centro de Ciências do Sistema Terrestre – CCST/INPE – MCT.
E-mail: [email protected] 4Pesquisador do Centro de Ciências do Sistema Terrestre – CCST/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
37
INFLUÊNCIA DO OZÔNIO ANTÁRTICO SOBRE O
SUL DO BRASIL EM 2009
Elenice Kall1 (UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT, Bolsista PIBIC/INPE – CNPq/MCT)
Damaris Kirsch Pinheiro2 (Orientadora – LACESM/CT – UFSM)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
Neusa Paes Leme4 (Co-Orientadora – CRN/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
O gás ozônio protege todos os organismos vivos do excesso de radiação ultravioleta
(UV), absorvendo seus raios e atuando como um gás do efeito estufa com ação direta
quando na troposfera. Porém, 90% do ozônio encontram-se na estratosfera onde sofre
ação de radicais como cloro e bromo que desencadeiam complexas seqüências de
reações químicas que levam a destruição da camada de ozônio. Desde 1992, a parceria
entre o Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE-MCT, o
Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria - LACESM/CT/UFSM e o
Laboratório de Ozônio do INPE – LO/DGE/CEA/INPE-MCT, criou o Programa de
Monitoramento do Ozônio Atmosférico (PMOA), resultando na instalação no
Observatório Espacial do Sul - OES/CRS/INPE-MCT (29ºS, 53ºO), em São Martinho
da Serra, RS, de diversos equipamentos de medida de ozônio e radiação ultravioleta. O
Programa monitora sistematicamente a concentração do ozônio atmosférico no extremo
Sul do País. O Buraco de Ozônio Antártico é um fenômeno cíclico que ocorre sobre a
região Antártica de agosto a novembro de cada ano, que devido ao vórtice polar fica
restrito a região. Porém, quando o vórtice polar começa a enfraquecer em outubro,
massas de ar pobres em ozônio podem escapar e atingir regiões de mais baixas latitudes.
Estes eventos são chamados de efeitos secundários do Buraco de Ozônio Antártico. O
Projeto tem como objetivo analisar os eventos ocorridos sobre o Sul do Brasil em 2009.
_________________________ 1Aluna do Curso de Engenharia Química da UFSM. E-mail: [email protected]
2Pesquisadora do Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 3Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais –
CRS/CCR/INPE – MCT. E-mail: [email protected] 4Pesquisadora do Centro Regional do Nordeste – CRN/CCR/INPE – MCT. E-mail: [email protected]
38
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA
BIOLOGICAMENTE ATIVA NO OBSERVATÓRIO ESPACIAL DO SUL
Naiara Tatiane Hupfer1(UFSM – CRS/CCR/INPE – MCT, Bolsista FIP/UFSM)
Damaris Kirsch Pinheiro2 (Orientadora – LACESM/CT – UFSM)
Nelson Jorge Schuch3 (Co-orientador – CRS/CCR/INPE – MCT)
RESUMO
Com a diminuição da Camada de Ozônio, tem-se, consequentemente, um aumento na
radiação ultravioleta, o que pode trazer sérios danos a vida na Terra. A sensibilidade dos
organismos biológicos aumenta rapidamente com a diminuição do comprimento de
onda, assim a radiação UVB pode causar sérios problemas em seres humanos como
câncer de pele, catarata e envelhecimento precoce. Nos ecossistemas aquáticos pode
inibir a fotossíntese do Phytoplankton devido a influenciar na sua mobilidade e causar
alterações celulares em crustáceos impedindo que cheguem a fase adulta. Com todos os
riscos da exposição à radiação UV, é de extrema importância que pesquisas sejam
desenvolvidas, principalmente no Brasil, País de maior incidência de radiação, por ser
continental e se localizar em região tropical. O Projeto tem por objetivo analisar o
comportamento da radiação ultravioleta biologicamente ativa nos últimos anos,
incidente no Observatório Espacial do Sul – OES/CRS/CCR/INPE-MCT, (29,42°S,
53,87°O), em São Martinho da Serra, RS, Brasil. A coleta dos dados de radiação
ultravioleta foi efetuada pelo espectrofotômetro Brewer do Observatório Espacial do
Sul, em uma cooperação entre o Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais –
CRS/CCR/INPE-MCT e o Laboratório de Ozônio da Divisão de Geofísica Espacial –
LO/DGE/CEA/INPE-MCT com o Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria –
LACESM/CT-UFSM. No Projeto é feita a análise dos valores máximos diários de
radiação ultravioleta para o período do verão, visto que se observa a maior incidência
de radiação solar. É feita uma comparação entre os dados obtidos para os anos de 1998,
2002 e 2008. O estudo da radiação ultravioleta é de extrema importância devido aos
sérios danos causados aos ecossistemas. A análise feita para esses 3 anos mostra que se
têm altos índices de radiação ultravioleta no período referente ao verão do Hemisfério
Sul na região central do RS. É necessário conscientizar a população sobre os devidos
cuidados que devem ser tomados, devido ao fato que a radiação ultravioleta tem efeito
cumulativo no organismo dos seres humanos.
_________________________ 1Aluna do Curso de Engenharia Química da UFSM. E-mail: [email protected]
2Pesquisadora do Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT – UFSM.
E-mail: [email protected] 3Pesquisador Titular Sênior III do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE – MCT.
E-mail: [email protected]
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ANÁLISE PRELIMINAR DE DADOS METEO-OCEANOGRÁFICOS NA ILHA
DECEPTION, ARQUIPÉLAGO DAS SHETLAND DO SUL, ANTÁRTICA
Anderson Henrique Henriques Coelho1 (UFSM, Bolsista PIBIC/CNPQ)
Ronald Buss de Souza2 (CRS/INPE, Orientador)
RESUMO
O objetivo central deste trabalho é o monitoramento dos processos de interação entre a
atmosfera e oceano em micro-escala na Ilha Deception, Arquipélago das Shetaland do
Sul, Antártica (62 ° 57'S, 60 ° 38'W). A ilha é um vulcão ativo com erupções recentes,
em 1967, 1969, 1970 e 1987. Desde 1986 essa ilha é monitorada por cientistas, pois
após estas erupções grande volume de sedimento foi transportado na direção da baía
pelas lavas vulcânicas, culminado com o derretimento da neve e do gelo glacial. Foram
identificados três diferentes tipos de estruturas no fundo do mar que são consequências
dos processos de sedimentação vulcânica. Devido ao fato de que a Ilha Deception é um
ambiente geotermal, o local serve como laboratório para que se entendam os possíveis
efeitos impactantes de anomalias termais do Oceano Austral sobre a atmosfera vizinha.
Durante a Operação Antártica 29, dados meteorológicos de vento, pressão atmosférica,
temperatura do ar (Ta) e temperatura da água do mar (Tw) foram recolhidos a bordo do
navio Polar (Npo) Almirante Maximiano dentro da Baía Foster na Ilha Deception nos
dias 7, 8 e 24 de fevereiro de 2011. Os resultados preliminares desse estudo indicam que
a estabilidade da camada limite atmosférica, medida a partir da diferença entre Tw e Ta,
foi que Ta é menor à noite que Tw e ao contrário durante o dia. Os valores mínimo e
máximo de Tw e Ta foram de 1,7 ºC a 3,0 ºC e 1 ºC a 3,7 oC, respectivamente. A
pressão atmosférica variou entre 981 mb e 991 mb. O projeto INTERCEPTION
(Análise Preliminar de Dados Meteo-Oceanográficos na Ilha Deception, Arquipélago
das Shetland do Sul, Antártica), do qual esse estudo faz parte, planeja no futuro instalar
uma bóia meteo-oceanográfica em águas rasas na Baía Foster. Essa bóia terá condições
de medir em intervalos regulares, além de Tw e Ta, outras variáveis meteorológicas e
oceanográficas importantes. Mini-bóias de termistores também serão usadas para medir
perfis de Tw com respeito à profundidade. Dados sobre as correntes marinhas serão
coletados através de um ADCP (Acustic Doppler Current Profiler) no fundo do oceano
e próximo ao local da ancoragem da bóia meteo-oceanográfica. No futuro, o
processamento das séries de tempo dos dados meteorológicos e oceanográficos será útil
para que se conheçam os ciclos ou periodicidades típicas presentes nas séries dos
diversos dados a serem coletados na Ilha Deception. O trabalho é pioneiro no sentido de
oferecer um estudo futuro sobre os processos de interação entre o oceano, a atmosfera e
a zona costeira num ambiente diferenciado na Antártica.
_________________________ 1Aluno do Curso de Meteorologia – E–mail: [email protected]
2Pesquisador do INPE – E–mail: [email protected]
40
ANÁLISE ESTATÍSTICA DE SÉRIES TEMPORAIS DE DADOS
PROVENIENTES DE SENSORES REMOTOS E REANÁLISES NA REGIÃO
DO OCEANO ATLÂNTICO SUDOESTE
Nórton Franciscatto de Paula¹ (UFSM, Bolsista PIBIC/CNPQ)
Ronald Buss de Souza² (CRS-INPE, Orientador)
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de estudar a variabilidade temporal dos campos de
temperatura da superfície do mar (TSM) e vento observados a partir de dados derivados
de satélites sobre as águas da região da Confluência Brasil Malvinas (CBM), no Oceano
Atlântico Sudoeste. Esta região é considerada uma das regiões mais energéticas do
oceano global. Próxima dos 40ºS, a região é caracterizada pelos fortes gradientes
termais gerados no encontro entre as águas quentes e salinas da Corrente do Brasil
(CB), de origem tropical, e as águas frias e de menor salinidade da Corrente das
Malvinas (CM), de origem subantártica. Acredita-se que essa região seja uma área
chave para melhor entender e prever o clima na região Sul e Sudeste do Brasil. Os
dados de TSM e magnitude do vento foram obtidos através do sensor Advanced
Microwave Scanning Radiometer a bordo do satélite Aqua da missão Earth Observing
System (AMSR-E) e do escaterômetro SeaWinds a bordo do Satélite QuikScat,
respectivamente. Ambos têm resolução espacial de 25 km. Foi usado o software Matlab
para análise dos dados e foram gerados campos de TSM e magnitude do vento.
Resultados mostram que, na escala sinótica assim como na climática, sobre águas mais
quentes temos um aumento na magnitude do vento na superfície do mar, tornando a
camada limite atmosférica instável. Sobre águas frias em geral ocorre uma diminuição
na magnitude do vento e a camada limite atmosférica se torna mais estável.
_________________________ ¹Aluno do curso de Meteorologia – E-mail: [email protected]
²Pesquisador do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – E-mail: [email protected]
41
ESTRUTURA TERMAL DO OCEANO ATLÂNTICO SUDOESTE DESCRITA
A PARTIR DE DADOS OBSERVACIONAIS DE XBTs
Rafael Afonso do Nascimento Reis¹ (UFSM, Bolsista PIBIC/INPE)
Ronald Buss de Souza² (CRS-INPE, Orientador)
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo estudar a estrutura termal da região da confluência
entre a Corrente do Brasil (CB) e a Corrente das Malvinas (CM), localizada no Oceano
Atlântico Sudoeste. Nessa região, conhecida como Confluência Brasil-Malvinas
(CBM), a CB (águas quentes e salinas) encontra a CM (águas frias e menos salinas)
causando instabilidades que resultam em grande atividade de mesoescala marcada pela
formação de grandes meandros e pela formação de inúmeros vórtices típicos da região.
A CBM é considerada uma das mais energéticas do oceano global e sua dinâmica
oceânica é relacionada à dinâmica de ambas as regiões subantártica/antártica e a
subtropical. Para a análise da estrutura termal das massas d'água que se encontram nessa
região são utilizados dados de XBTs (Expendable Bathy-Thermographs) lançados
rotineiramente pelo Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel no Programa Antártico
Brasileiro (PROANTAR) entre 2002 e 2009, e dados históricos de XBTs que datam
desde a década de 1950 até a década de 1990 disponibilizados pelo Banco Nacional de
Dados Oceanográficos (BNDO). Os XBTs são sondas lançadas no oceano para medir o
perfil de temperatura da água do mar com respeito a profundidade. Dados do
PROANTAR coletados em abril de em 2011 (Operação Antártica 29) estão sendo pré-
processados e analisados. Os perfis de temperatura em função da profundidade da
região da CBM durante para os dados analisados demonstram a presença de feições
como interleavings e uma diferença entre as temperaturas de superfície de mais de 5 oC
entre as águas da CB e da CM. Os dados também nos mostram um claro aquecimento e
a origem da termoclina (tendo em vista que para as regiões polares não há uma
termoclina aparente) nas aguas da CM a partir de sua origem na passagem de Drake até
a região da confluência. Os dados de XBT disponíveis oferecem uma ferramenta
importante para o estudo da região da CBM onde os fortes gradientes termais
horizontais e verticais entre as águas da CB e da CM tem notoriamente uma influência
importante sobre os processos de interação oceano-atmosfera com consequências no
clima e tempo da América do Sul.
_________________________ 1Aluno do curso de Meteorologia da UFSM - E-mail: [email protected]
2Pesquisador do INPE - E-mail: [email protected]
42
ANÁLISE DE DADOS OCEANOGRÁFICOS E DE COMPORTAMENTO
ANIMAL NO OCEANO AUSTRAL OBTIDOS A PARTIR DE PLATAFORMAS
DE COLETA DE DADOS (PCDS) INSTALADAS EM MAMÍFEROS
MARINHOS
Mariana Borba Trevisan1 (UFSM, Bolsista PIBIC/INPE)
Ronald Buss de Souza2 (CRS-INPE, Orientador)
Mônica Mathias da Costa Muelbert3 (IO-FURG, Coordenadora de projeto)
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo principal estudar o comportamento biológico do
elefante-marinho do sul (Mirounga leonina) e sua relação com as condições
oceanográficas do Oceano Austral. O estudo é feito através da instalação de plataformas
de coleta de dados (PCDs) em fêmeas dessa espécie. As PCDs contêm mini-CTDs
(condudivity-temperature-depth) que gravam perfis de temperatura, salinidade e pressão
durante os mergulhos realizados por estes animais. Após o registro, os dados são
enviados para os satélites NOAA que operam com o sistema ARGOS. Como os
elefantes-marinhos do sul são animais que realizam mergulhos profundos (espécie topo
de cadeia trófica do Oceano Austral), os dados obtidos pelas PCDs servem para
caracterizar as massas d’água da região onde os animais se deslocam. Os dados
oceanográficos e de localização usados nesse trabalho foram obtidos a partir de 24
fêmeas de elefantes-marinhos que foram equipadas com PCDs na Ilha Elefante, porção
norte do arquipélago das Shetland do Sul nas proximidades da Península Antártica,
Antártica, durante os verões austrais de 2008 e 2009. Os dados oceanográficos
associados à posição geográfica e data foram coletados desde janeiro de 2008. Os
sensores de salinidade, temperatura e pressão recolhidos pelos mini-CTDs são
comparáveis a instrumentos de medição oceanográfica tradicionais, e fornecem
informações importantes do meio ambiente ao mesmo tempo em que permitem o
acompanhamento do comportamento destes animais com alta resolução espacial e
temporal nas regiões onde trafegam. Até o presente momento foram feitas análises das
trajetórias percorridas por 10 fêmeas de elefante-marinho que foram instrumentadas no
ano de 2008. Uma ênfase foi dada aos dados coletados na permanência dos animais em
determinados sítios, na distância percorrida no período e na profundidade dos
mergulhos. A distancia média atingida pelos animais no período de estudo foi de cerca
de 10540 km, e a profundidade média dos mergulhos foi de 482 m. A principal área de
forrageio encontrada é a Plataforma de Gelo Wilkins, onde mais de uma fêmea
permaneceu por mais de dois meses. Apenas duas fêmeas apresentaram o
comportamento de migrar desde a Ilha Elefante para a direção sul por mar aberto e não
às margens da Península Antártica. Para dar continuidade a este projeto a avaliação dos
dados oceanográficos (temperatura, salinidade e pressão) deverá ser concluída e será
realizado um estudo para associar o comportamento dos animais com as variáveis
oceanográficas medidas no Oceano Austral.
_________________________ 1Aluna do Curso de Ciências Biológicas da UFSM - E-mail: [email protected]
2Pesquisador do INPE - E-mail: [email protected]
3Coordenadora do Projeto MEOP – E-mail: [email protected]
43
VARIÁVEIS OCEANOGRÁFICAS EM PRINCIPAIS LOCAIS DE
FORRAGEIO DE MIROUNGA LEONINA L. (CARNIVORA: PHOCIDAE) A
PARTIR DE PLATAFORMAS DE COLETA DE DADOS (PCDS)
Natália Huber da Silva1 (UFSM, Bolsista PIBIC/INPE)
Ronald Buss de Souza2 (CRS-INPE, Orientador)
Mônica Mathias da Costa Muelbert3 (IO-FURG, Coordenadora de projeto)
RESUMO
A região da Plataforma Palmer na Península Antártica é ainda muito pouco estudada em
termos das suas características oceanográficas. Neste trabalho temos como objetivo o
estudo de algumas variáveis oceanográficas dessa região, usando dados obtidos através
de monitoramento via-satélite de elefantes-marinhos do sul (Mirounga leonina).
Durante trabalhos de campo na Ilha Elefante, que faz parte do Arquipélago das Shetland
do Sul no norte da Península Antártica, vários indivíduos da espécie em questão foram
instrumentados com PCDs (Plataformas de Coleta de Dados). As PCDs estão acopladas
a mini-CTDs (condutivity, temperature, depth) que coletam dados de salinidade e
temperatura em função da pressão (profundidade). Quando o animal emerge de cada
mergulho os dados são enviados aos satélites NOAA via Serviço ARGOS. Os elefantes-
marinhos do sul têm sistema migratório solitário, o qual nos permite uma abrangência
maior dos dados, e este ciclo migratório é de aproximadamente 10 meses em ambiente
exclusivamente marinho. No presente trabalho, foi desenvolvido um estudo pioneiro
sobre o comportamento destes animais em relação às condições ambientais de suas
devidas áreas de forrageio, os quais chamamos de “locais de estadia”. Foram analisadas
as rotas de 10 fêmeas de elefantes-marinhos do sul instrumentadas no ano de 2008, e
observou-se uma preferência por locais de estadia muito próximos entrei si em três
destas fêmeas. Uma fêmea chegou a visitar dois locais de estadia diferentes, por isso
quatro locais de estadia são analisados neste estudo. Os locais de estadia estão situados
próximos à plataformas de gelo em processo de derretimento e são os seguintes: a
Plataforma Willkins, no qual duas fêmeas diferentes se fizeram presentes, a Baía de
Margerite e um local situado entre as ilhas Charcot e Latady. Estas regiões em degelo
são as mais afetadas pelas mudanças climáticas globais (principalmente aquecimento
global) provavelmente aceleradas por ações antrópicas. As variáveis oceanográficas
medidas durante as rotas de ida desde a Ilha Elefante até o local de estadia foram
comparadas com as variáveis oceanográficas dos locais de estadia escolhidos pelos
mesmos indivíduos que transitaram em cada rota. Os elefantes-marinhos do sul
demonstraram preferências por águas mais frias e menos salinas do que as águas
características de suas rotas. O local de estadia ideal para os indivíduos dessa espécie no
tempo desse estudo tem uma temperatura potencial média de 0,91°C, com uma
salinidade média de 33,94.
_________________________ 1Aluna do Curso de Ciências Biológicas da UFSM - E-mail: [email protected] 2Pesquisador do INPE - E-mail: [email protected] 3Coordenadora do Projeto MEOP – E-mail: [email protected]