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Principais Períodos da História da
FilosofiaProf. Aldenei Barros
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Os principais períodos da Filosofia
• Filosofia antiga (séc. VI a.C. – I d.C.)Compreende os quatro grandes períodos da Filosofia greco-romana, indo dos pré-socráticos aos grandes sistemas do período helenístico.• Filosofia patrística (séc. I d.C. – VII d.C.)Inicia-se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João e termina no século VIII, quando teve início a Filosofia medieval.
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Os Pré-Socráticos• Tales achava que a água era um elemento de
fundamental importância. Dela tudo se originava e a ela tudo retornava.
• Anaximandro não pensou como Tales. A seu ver, a Terra era um entre vários mundos surgidos de alguma coisa, sendo que tudo se dissolveria nessa "alguma coisa" que ele denominava de infinito.
• Anaxímenes (c. 550-526 a.C.) cria que o ar era a substância básica de todas as coisas. A água seria a condensação do ar e o fogo, o ar rarefeito. Pensava ainda que se comprimisse mais ainda a água, esta se tornaria terra.
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• Para Parmênides, nada podia vir do nada e nada que existisse poderia se transformar em outra coisa.
• Era extremamente racionalista e não confiava nos sentidos.
• Não acreditava nem quando via, embora soubesse que a natureza se transformava
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• Heráclito pensou que a principal característica da natureza eram suas constantes transformações.
• Ele confiava nos sentidos.Sobre ele, podemos falar ainda que acreditava que o mundo estava impregnado de constantes opostos: guerra e paz, saúde e doença, bem mal e que reconhecia haver uma espécie de razão universal dirigente de todos os fenômenos naturais.
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• Para acabar com o impasse a que a filosofia se encontrava, Empédocles (c. 494-434 a.C.) fez uma síntese do modo de pensar de Heráclito e Parmênides e com isso chegou a uma evolução do pensamento.
• Empédocles acreditava na existência de mais de uma substância primordial. o Para ser mais exato, havia quatro elementos
básicos: terra, ar fogo e água e tudo existente era produto da junção disso, em proporções diferentes. Achava também que o amor e a disputa eram duas forças que atuavam na natureza. O amor une e a disputa separa as coisas.
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• Anaxágoras (c.500-428 a.C.) declarava que as coisas eram constituídas por pequenas partículas invisíveis a olho nu. Estas podiam se dividir, mas mesmo na pequena parte existia o todo.
• Ele denominava estas partes minúsculas de sementes ou gérmens.
• Também imaginou uma força superior, a inteligência, responsável pela criação das coisas.
• Foi o primeiro filósofo de Atenas, mas foi expulso da cidade acusado de ateísmo.
• Interessava-se por astronomia, explicou que a Lua não possuía luz própria e como surgiram os eclipses.
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• Demócrito (460-370 a.C.) foi o último filósofo da natureza. o Ele imaginou a constituição das coisas por
partículas indivisíveis, minúsculas, eternas e imutáveis e as chamou de átomos. Estes, a seu ver, possuíam vários formatos, se diferenciavam entre si e podiam ser reaproveitados.
o Com os conhecimentos atuais, sabe-se que Demócrito estava certo em grande parte de sua teoria, mas errou ao falar que os átomos são indivisíveis.
o Analogia ao brinquedo Lego.o Demócrito foi um filósofo que valorizou a razão
e as coisas materiais. Não acreditava em forças que interviessem nos processos naturais.
• Achava também que sua teoria atômica explicava nossas percepções sensoriais e que a consciência e a alma também se constituíam de átomos. Ele não cria numa alma imortal.
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Sócrates
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• Na cidade de Atenas primeiramente surgiram os sofistas – homens que criaram uma crítica social .
• Sócrates foi contemporâneo dos sofistas. Ele também se ocupava das pessoas e de suas vidas, levando-as a refletirem por si mesmas sobre coisas como os costumes, o bem e o mal.
• Mas ele diferia dos sofistas por não se considerar um sábio, não cobrava por seus ensinamentos e tinha a convicção de que nada sabia.
• Reconhecia que havia muita coisa além do que podia entender e vivia atormentado em busca do conhecimento.
• Sócrates ousou mostrar as pessoas que elas sabiam muito pouco. Para ele o importante era encontrar um alicerce seguro para os conhecimentos.
• Ele era um racionalista convicto. Em 399 a.C. foi acusado de corromper a juventude e de não reconhecer a existência dos deuses.
• Foi julgado, considerado culpado e condenado à morte
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Platão
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• Platão acreditava na dualidade humana: o homem possui um corpo (que flui) e uma alma imortal (a morada da razão).
• Ele também achava que a alma já existia antes de vir habitar nosso corpo (ela ficava no mundo das idéias) e que quando passava a habitá-lo, esquecia-se das idéias perfeitas.
• Também pensava que a alma desejava se libertar do homem e isso propiciava um anseio, uma saudade, que chamou de Eros (amor).
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Aristóteles
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• Aristóteles (384-322 a.C.) foi aluno da Academia de Platão.
• Seu projeto filosófico está no interesse da natureza viva.
• Utilizava-se da razão e também dos sentidos em seus estudos.
• Não acreditava que existisse um mundo das idéias abrangedor de tudo existente; achava que a realidade está no que percebemos e sentimos com os sentidos, que todas as nossas idéias e pensamentos tinham entrado em nossa consciência através do que víamos e ouvíamos e que o homem possuía uma razão inata, mas não idéias inatas.
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O Helenismo• O final do séc. IV a.C. até por volta de 400 d.C• Alexandre foi uma figura importante nesta época,
pois ele conseguiu a derradeira e decisiva vitória sobre os persas e também uniu o Egito e todo o Oriente, até a Índia, à civilização grega.
• A partir de 50 a.C. Roma, que tinha sido província da cultura grega, assumiu o predomínio militar e começou o período romano também conhecido como final da Antigüidade.
• O helenismo foi marcado pelo rompimento de fronteiras entre países e culturas.
• Quanto à religião houve uma espécie de sincretismo; na ciência, a mistura de diferentes experiências culturais; e a filosofia dos pré-socráticos e de Sócrates, Platão e Aristóteles serviu como fonte de inspiração para diferentes correntes filosóficas.
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PatrísticaA patrística resultou do esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos primeiros Padres da Igreja para conciliar a nova religião - o Cristianismo - com o pensamento filosófico dos gregos e romanos, pois somente com tal conciliação seria possível convencer os pagãos da nova verdade e convertê-los a ela.
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Os principais períodos da Filosofia
• Filosofia medieval(do século VIII ao século XIV)
Abrange pensadores europeus, árabes e judeus. É o período em que a Igreja Romana dominava a Europa, ungia e coroava reis, organizava Cruzadas à Terra Santa e criava, à volta das catedrais, as primeiras universidades ou escolas. E, a partir do século XII, por ter sido ensinada nas escolas, a Filosofia medieval também é conhecida com o nome de Escolástica.
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Os principais períodos da Filosofia
• Filosofia da Renascença (do século XIV ao século XVI)
É marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média, de novas obras de Aristóteles, bem como pela recuperação das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos.
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Filosofia Renascentista
A Criação do Homem, Michelângelo.
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Filosofia Renascentista
• São três as grandes linhas de pensamento que predominavam na Renascença:
1. Aquela proveniente de Platão, do neoplatonismo e da descoberta dos livros do Hermetismo; nela se destacava a idéia da Natureza como um grande ser vivo; o homem faz parte da Natureza como um microcosmo (como espelho do Universo inteiro) e pode agir sobre ela através da magia natural, da alquimia e da astrologia, pois o mundo é constituído por vínculos e ligações secretas (a simpatia) entre as coisas; o homem pode, também, conhecer esses vínculos e criar outros, como um deus.
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Filosofia Renascentista
2. Aquela originária dos pensadores florentinos, que valorizava a vida ativa, isto é, a política, e defendia os ideais republicanos das cidades italianas contra o Império Romano-Germânico, isto é, contra o poderio dos papas e dos imperadores. Na defesa do ideal republicano, os escritores resgataram autores políticos da Antigüidade, historiadores e juristas, e propuseram a “imitação dos antigos” ou o renascimento da liberdade política, anterior ao surgimento do império eclesiástico.
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Filosofia Renascentista
3. Aquela que propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino, tanto através dos conhecimentos (astrologia, magia, alquimia), quanto através da política (o ideal republicano), das técnicas (medicina, arquitetura, engenharia, navegação) e das artes (pintura, escultura, literatura, teatro).
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Filosofia da Ilustração
Newton, o geômetra divino
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Filosofia da Ilustração • Filosofia da Ilustração ou Iluminismo
(meados do século XVIII ao começo do século XIX)
Esse período também crê nos poderes da razão, chamada de As Luzes (por isso, o nome Iluminismo). O Iluminismo afirma que: pela razão, o homem pode conquistar a liberdade
e a felicidade social e política (a Filosofia da Ilustração foi decisiva para as idéias da Revolução Francesa de 1789);
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Filosofia da Ilustração a razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um
ser perfectível. A perfectibilidade consiste em liberar-se dos preconceitos religiosos, sociais e morais, em libertar-se da superstição e do medo, graças as conhecimento, às ciências, às artes e à moral;
o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações, que vão das mais atrasadas (também chamadas de “primitivas” ou “selvagens”) às mais adiantadas e perfeitas (as da Europa Ocidental);
há diferença entre Natureza e civilização, isto é, a Natureza é o reino das relações necessárias de causa e efeito ou das leis naturais universais e imutáveis, enquanto a civilização é o reino da liberdade e da finalidade proposta pela vontade livre dos próprios homens, em seu aperfeiçoamento moral, técnico e político.
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