Prefeitura Municipal de São Carlos Secretaria Municipal de Saúde
Projeto de Implementação e Fortalecimento das Ações Específicas da Política Nacional de
Promoção à Saúde com ênfase na integração das Ações de Vigilância, Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos Não Transmissíveis com a
Estratégia Saúde da Família.
São Carlos, outubro de 2008.
2
Projeto de Implementação e Fortalecimento das Ações Específicas da Política Nacional de Promoção à Saúde
com ênfase na integração das Ações de Vigilância, Promoção e Prevenção de Doenças e Agravos Não Transmissíveis com a Estratégia Saúde da Família.
São Carlos-SP
“Enquanto permanecemos hipnotizados pela miragem do insolúvel, deixamos de resolver aquilo cuja solução depende da nossa vontade e iniciativa” (Jurandir Freire Costa).
. Equipe responsável pela elaboração do Projeto: Departamento de Atenção Básica Vigilância Epidemiológica Arthur Goderico Forghieri Pereira Secretário Municipal de Saúde E-mail: [email protected] Telefone: (16) 3362-1350 Marilda Siriani de Oliveira Diretora do Departamento de Atenção Básica e Coordenadora Técnica do Projeto Telefone: (16) 3371-1716 E-mail: [email protected] Edeltraut N. Zóia Chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica E-mail: [email protected] Telefone: (16) 3307-7405 Secretaria Municipal de Saúde Rua Capitão Adão P. S. Cabral, Nº. 457 – Vila Pureza – São Carlos-SP. CEP: 13.561-000 Fone: (16) 3362-1350 Fax: (16) 3362-1377
3
I – Introdução
O Município de São Carlos integra as Redes Nacionais de Promoção das
Práticas Corporais/Atividade Física e Núcleos de Prevenção das Violências e Promoção
da Saúde e teve seus projetos contemplados segundo os Editais nº. 2 e 3, de 11 de
setembro de 2006 e Editais nº. 2 e 1, de 14 de setembro de 2007. Foi contemplado com
recursos financeiros para desenvolver estratégias de Incentivo à Vigilância e Prevenção
de Doenças e Agravos Não Transmissíveis com ênfase nas “Práticas Corporais e
Atividades Físicas de Promoção e Prevenção às Violências”.
Com a instituição dos Comitês de Incentivo às Práticas Corporais e Atividades
Físicas e de Promoção e Prevenção às Violências o Município vem desenvolvendo
ações de promoção da qualidade de vida buscando reduzir a vulnerabilidade e os riscos
à saúde relativos aos determinantes e condicionantes das Doenças Cardiovasculares,
Metabólicas e das Violências com ênfase na violência contra a mulher, criança e idoso.
Buscou-se a parceria com o CELAFISC (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão
Física de São Caetano do Sul) para apoio à construção de uma política pública
municipal de promoção de atividade física no Município de São Carlos-SP, que
envolvesse as demais Secretarias (Transporte, Esporte, Educação e Cidadania e
Assistência Social, dentre outras) e com o Laboratório de Prevenção à Violência da
Universidade Federal de São Carlos (LAPREV) e com a Secretaria de Cidadania e
Assistência Social.
Com relação às ações desenvolvidas neste ano valem à pena destacar algumas
delas:
I.1. Prática Corporal/Atividade Física:
• Realização em abril de 2008 da I Mostra de Atividade Física e Práticas Corporais
do Município de São Carlos: com o objetivo de proporcionar espaço de troca de
experiências e informações entre os diversos atores envolvidos na promoção da AF
no município de São Carlos e região; criar espaço de articulação e parceria entre as
diversas iniciativas; realizar catálogo inicial das diversas iniciativas.
• Sistema de Informação e Gerenciamento de Atividade Física (SIGAF) que visa o
desenvolvimento de um sistema Web para dar suporte computacional ao projeto
4
guarda-chuva Monitoramento e Avaliação da Promoção de Atividade Física entre
os Usuários da Atenção Básica em Saúde do Município de São Carlos, coordenado
pelo Comitê de Práticas Corporais e Atividade Física. Esse projeto guarda-chuva
tem por objetivo a promoção da saúde, qualidade de vida e prevenção de doenças,
através do monitoramento e avaliação das intervenções de promoção de atividade
física nas unidades de saúde do município de São Carlos-SP.
• Implantação do Lian Gong em 18 Exercícios através do treinamento de agentes de
saúde e outros profissionais para se credenciarem como multiplicadores, ensinando
as 54 (cinqüenta e quatro) práticas que compõe as três partes do Lian Gong em 18
(dezoito) Exercícios. A formação será concluída no início de dezembro (serão
formados 35 multiplicadores).
Estas ações somadas às demais programadas e executadas em 2008 (caminhadas
orientadas, ginástica laboral, grupos de dor crônica, dentre outras) vêm permitindo
ampliar o “cardápio” de ações de saúde desenvolvidas na Atenção Básica, apoiando a
transformação do modelo de atenção médico e procedimento centrado para um modelo
de vigilância à saúde voltada à construção de projetos terapêuticos cuidadores a partir
das necessidades identificadas na população usuária de cada território de saúde.
I.2. Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
Capacitação dos profissionais médicos, assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros
na sensibilização para o enfrentamento das violências e implantação do Sistema de
Notificação e Vigilância das Violências.
Formação de 60 Terapeutas Comunitários da Atenção Básica, Secretaria Municipal
de Cidadania e Assistência Social e Educação. A Terapia Comunitária (TC) é uma
nova tecnologia de cuidado, tecnologia leve, que oferece espaço de escuta e fala,
garantindo partilha de experiências de vida em busca da diminuição do sofrimento
do cotidiano promovendo a saúde e prevenindo o processo de adoecimento. A
Terapia Comunitária permite a construção de redes sociais, a criação e
fortalecimento de vínculos e saberes, promovendo a integração de pessoas e
comunidades no resgate da dignidade e da cidadania. Não se define como um
processo psicoterapêutico, mas sim como um ato terapêutico de grupo que pode ser
realizado com qualquer número de pessoas e de qualquer nível socioeconômico. Os
resultados de tal prática vêm demonstrando sua eficácia enquanto instrumento de
5
intervenção social na atenção básica à saúde, valorizando a prevenção e a qualidade
de vida, capaz de promover mudanças fundamentadas em três atitudes básicas:
acolhimento respeitoso, formação de vínculos e empoderamento das pessoas;
incentivando a co-responsabilidade na busca de novas alternativas na promoção da
saúde. O nosso objetivo ao propor a Terapia Comunitária foi de: Avançar na
consecução da Integralidade da Atenção e da Gestão em Saúde e no aumento da
Resolubilidade em Saúde, através da implantação da Terapia Comunitária como
política pública no município de São Carlos. As Rodas de TC acontecem nas
Unidades Básicas de Saúde, nas Unidades de Saúde da Família, nos Centros
Comunitários e em alguns locais de fácil acesso e de relevância social para a
comunidade. Dentre os temas mais freqüentes nas Rodas de TC podemos destacar:
Conflito Familiar, Conflito Emocional por abandono e solidão, Dependência
Química e Desemprego, Violência ou Problemas Financeiros.
Capacitação das Equipes de Saúde da Família na Atenção às Urgências Pré-
Hospitalares buscando ampliar a resolubilidade das equipes no cuidado às urgências
no domicílio ou na Unidade Saúde da Família.
É possível identificar no breve relato acima que as Equipes de Saúde da Família são
as que mais aderem às novas práticas propostas pela área técnica da Secretaria
Municipal de Saúde.
No processo de fortalecimento e qualificação da Atenção Básica em São Carlos, a
Estratégia Saúde da Família tem ocupado um lugar de destaque na reorientação do
modelo de cuidado, ocupando na Rede Escola de Cuidados à Saúde1 o papel de Gestor
do Cuidado às pessoas, famílias e comunidade.
Um dos principais desafios colocados para a qualificação da Estratégia Saúde da
Família é a necessidade de avançar na Integralidade e na Resolubilidade da atenção.
São Carlos aderiu ao Pacto de Gestão e em Defesa da Vida no ano de 2006 e vêm
cumprindo as atribuições e responsabilidades propostas pelo pacto, nos diferentes eixos:
Responsabilidades Gerais da Gestão do SUS, Regionalização, Planejamento e
1 Rede Escola de Cuidados à Saúde entendida como o arranjo organizativo das unidades e ações de saúde públicas, contratadas e conveniadas com a Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos, de diferentes densidades tecnológicas, que, integradas por meio de sistemas logísticos, de apoio e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado da população loco - regional e constituem-se em espaços de aprendizagem a estudantes de graduação e pós-graduação das Instituições de Ensino localizadas no Município.
6
Programação, Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria, Gestão do Trabalho,
Educação na Saúde e Participação e Controle Social. Em relação ao fortalecimento da
Atenção Básica, várias ações foram planejadas e programadas e constam do Plano
Municipal de Saúde de 2006-2008, com o objetivo de qualificar o cuidado, ampliando a
resolubilidade das equipes no seu cotidiano de cuidar de indivíduos, famílias e
comunidade. As ações dão ênfase para o “empoderamento das equipes”, com uso de
tecnologias leves e leve-duras, de forma multiprofissional, transdisciplinar, de base
territorial e atuação transversal com outras políticas específicas, e buscando
estabelecimento de vínculos e acolhimento, promovendo a cidadania e a autonomia de
usuários e seus familiares.
As Unidades Básicas de Saúde (UBSs/USFs) constituem-se, para sua área de
abrangência, como porta preferencial de entrada da Rede Escola de Cuidados à Saúde,
ficando claramente estabelecido que cada UBS/USF é responsável pelos riscos e
agravos à saúde que ocorram em sua área, devendo ser capaz de identificar os
problemas de saúde mais relevantes, quais os indivíduos ou grupos mais suscetíveis ao
risco de adoecer e/ou morrer, assim como planejar e executar ações mais adequadas
para o seu enfrentamento. Fica sob sua responsabilidade a articulação com os diversos
equipamentos sociais, tais como: escolas, creches, asilos, sociedades de amigos de
bairro, ambientes de trabalho, etc., que estejam localizadas em sua área de abrangência
(bairro ou conjunto de bairros). É nelas que se dá o primeiro contato e onde se
estabelece o maior vínculo da equipe de saúde com a população usuária do Sistema.
O Saúde da Família é uma das principais estratégias para mudança do modelo de
atenção à saúde, centrado na doença e organizado pela demanda e oferta de serviços,
para um modelo pautado na Vigilância à Saúde da população. A integração da UFSCar
com a Estratégia de Saúde da Família – ESF do Município de São Carlos e com os
demais serviços de saúde, locais, vinculados ao Sistema Único de Saúde – SUS, vem
potencializando a capacidade de mudança da formação de profissionais da saúde e do
atual modelo de cuidado à saúde das pessoas e das comunidades.
A aliança entre trabalho e formação, a construção de processos de educação
permanente, a consolidação de redes de cooperação e, principalmente, o
reconhecimento de que tanto os processos de formação como os de trabalho produzem
conhecimentos técnicos e políticos são princípios que balizam um novo compromisso
social das instituições formadoras e uma nova participação do SUS na formação de
profissionais da saúde.
7
Na reestruturação da Atenção Básica as UBSs e USFs assumem a responsabilidade
de acolher também a Demanda Espontânea prestando pronto-atendimento às
intercorrências clínicas (alívio do sofrimento agudo, imprevistos resultantes de súbito
agravamento de pacientes acompanhados em programas de saúde desenvolvidos pela
rede, atenção às urgências de pequena e até mesmo de média complexidade, etc.). As
Unidades vem estabelecendo estratégias que assegurem em sua rotina de trabalho o
acompanhamento posterior de parte dessa demanda de “eventuais”. Desta forma,
procura-se evitar a negação da clínica enquanto uma das atividades nobres a ser
desenvolvida pelas equipes de saúde de cada UBS/USF.
Para tanto, tem-se flexibilizado o perfil de organização destas Unidades.
As USF têm conseguido equacionar com maior eficiência a demanda
programada versus demanda espontânea, provavelmente em função da forma peculiar
de sua implantação e funcionamento, centrado na atenção com ênfase na promoção e
prevenção à saúde, vínculo e compromisso das equipes com a comunidade assistida.
A Promoção da Saúde se articula com a clínica para a produção de um cuidado
integral e este enfoque promocional potencializa a articulação intersetorial com vistas
ao enfrentamento dos determinantes sociais e das péssimas condições de vida
vivenciadas por parcelas significativas da população sob responsabilidade das ESF.
Nesta direção é fundamental o trabalho integrado à Política Nacional de Atenção
Básica, uma vez que é no território de adscrição das Equipes de Saúde da Família que
necessidades de saúde, vulnerabilidades, soluções, fatores de risco e de proteção
existem e acontecem.
Para o ano de 2009, a Secretaria Municipal de Saúde propõe a continuidade das
ações voltadas às:
Práticas Corporais/Atividade Física:
Formação de 32 instrutores (02 por Equipe de Saúde da Família) de Tai Chi Chuan
prática baseada na Medicina Tradicional Chinesa e em todos os exercícios de
Chikung (chi=energia e Kung=modular), visando ampliar ainda mais o leque das
práticas corporais oferecidas à população residente em áreas de abrangência da
Estratégia Saúde da Família.
Revitalização do Centro Esportivo Dario Placeres Cardoso Junior (Praça da CICA)
através da implantação de uma programação diversificada de atividade física
8
monitorada, para adultos e crianças, durante os dias da semana. A proposta envolve
também a liberação da praça e seus arredores aos domingos pela manhã, para
atividades livres, sem monitoramento, como caminhar, correr, andar de bicicleta,
patins, etc., criando ali também, espaço para atividades culturais.
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
Capacitar as 16 Equipes de Saúde da Família para serem agentes ativos na
identificação de pessoas, famílias e comunidades em situações de risco potencial
para a violência contra a mulher, à criança e o idoso.
Na busca da transformação de concepções e de práticas voltadas à construção de
“modos (saudáveis) de andar a vida”, propomos a diversificação das ações de
promoção, até então realizadas, inserindo nas Equipes de Saúde da Família, ações de
específicas de Promoção à Saúde, priorizando:
1. Prevenção e Controle do Tabagismo; e
2. Alimentação Saudável.
As ações acima estão pactuadas no Pacto pela Saúde e integram o Plano
Municipal de Saúde.
II – Justificativa
Segundo o IBGE, São Carlos possui uma população estimada para o ano de
2008 de 218.080 habitantes.
É sabido que o impacto da mudança dos estilos de vida nos indicadores de saúde
é bastante lento e as ações precisam ser continuadas e aprimoradas.
As Doenças do Aparelho Circulatório ainda constituem-se na 1º causa de óbito,
como pode ser visualizado no Gráfico abaixo. Houve um incremento na mortalidade por
doenças do aparelho circulatório e neoplasias e queda por doenças do aparelho
respiratório e causas externas na análise comparativa de 2005 em relação a 2004.
9
Gráfico 1 - Evolução da Mortalidade Proporcional. SMS-São Carlos, 2000 a 2005.
05
1015202530
2000 2001 2002 2003 2004 2005
D. Ap. Circulatório Neoplasias D. Ap. respiratório Causas Externas
Fonte: Sistema de Informação de Mortalidade
Embora o Grupo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis seja muito
abrangente, as Doenças Cardiovasculares, os agravos decorrentes de Causas Externas e
os transtornos de natureza mental são reconhecidos como os mais prevalentes no Brasil,
contribuindo sobremaneira na carga global de doenças do país.
O número de internações por doenças cardiovasculares registrados no Sistema
de Informação Hospitalar do SUS é bastante elevado, devido a alta taxa de permanência
hospitalar decorrente da severidade das complicações, que demandam ainda a realização
de procedimentos de alta complexidade. Em São Carlos, é possível observar no gráfico
2, a tendência de elevação de internações por Doenças Cardiovasculares.
Gráfico 2 - Percentual de Internações por Doenças do Aparelho Circulatório.
SMS-São Carlos, 2000 a 2006.
02468
101214
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Fonte: Sistema de Informação de Mortalidade
10
No gráfico 3 é possível identificar a frequência de três fatores de risco para
doenças cardiovasculares nos pacientes cadastrados no HIPERDIA, quais sejam:
sedentarismo, sobrepeso e tabagismo.
Gráfico 3 – Freqüência de Fatores de Risco nos pacientes cadastrados no
HIPERDIA. SMS-São Carlos, Outubro de 2006 e 2007 e Setembro de 2008.
49,4 49,248,959,6 59,2 59,2
19,6 19,6 19,3
01020304050607080
Sedentarismo Sobrepeso Tabagismo
Outubro de 2006Outubro de 2007Setembro de 2008
É possível identificar uma prevalência significativa de Tabagismo presente entre
os pacientes hipertensos e diabéticos. Considerando os dados de prevalência, existentes
na literatura, podemos estimar para São Carlos 19.199 fumantes do sexo feminino e
maiores de 15 anos e 36.795 homens maiores de 15 anos, o que corresponde a 25% da
população total.
Pesquisas mostram que cerca de 80% dos fumantes desejam parar de fumar,
porém apenas 3% conseguem a cada ano, sendo que desses, a maior parte consegue
sozinho, sem ajuda, o que coloca em evidência o grande potencial que a abordagem
rotineira do fumante possui para reduzir a prevalência de fumantes (Cinciprini, 1997).
O Sistema de cadastro e acompanhamento de hipertensos e diabéticos –
HIPERDIA foi descentralizado para as unidades da rede básica e incentivado a
qualificação dos registros. É possível perceber um incremento de 10,7% nos pacientes
identificados e cadastrados, no entanto muito aquém do estimado, segundo estudos de
prevalência.
11
HIPERDIA - Outubro
2006
HIPERDIA - Outubro
2007
HIPERDIA – Setembro
2008
576 pacientes diabéticos
cadastrados
76,6% Tipo 2
700 pacientes diabéticos
cadastrados
73,9% Tipo 2
823 pacientes diabéticos
cadastrados
74,4% Tipo 2
5.238 pacientes hipertensos
cadastrados
5.569 pacientes hipertensos
cadastrados
6.106 pacientes
hipertensos cadastrados
2.436 pacientes com
associação de Diabetes e
Hipertensão
2.862 pacientes com
associação de Diabetes e
Hipertensão
3.338 pacientes com
associação de Diabetes e
Hipertensão
8.250 9.131 10.267
A alimentação saudável existe quando os níveis mínimos nutricionais,
requeridos pelo organismo humano, são atingidos, respeitando-se o máximo tolerante
para o seu desenvolvimento e funcionamento normais.
Entretanto no Brasil a complexidade dos problemas alimentares, advém da
transição nutricional em curso no país. Este fenômeno decorre de mudanças nos padrões
dos problemas alimentares de uma população que em geral, refere-se à passagem da
desnutrição para a obesidade. Assim, sem equacionar satisfatoriamente os problemas
alimentares relacionados à carência absoluta de alimentos, o país convive com perfis
nutricionais distintos, por vezes, sobrepostos. Nota-se a diminuição dos índices de
desnutrição, a permanência das anemias carenciais e o incremento da obesidade e dos
agravos relacionados a ela.
Ao analisar os avanços do país observa-se que a proporção de crianças de 1 a 2
anos com desnutrição caiu de 19,8%, em 1999, para 7,7%, em 2004. Os dados revelam
que os distúrbios por déficits nutricionais apresentam uma queda expressiva, superior a
60%, em apenas cinco anos. Por outro lado a prevalência do excesso de peso e
obesidade na população adulta brasileira, apurada pelo IBGE e Ministério da Saúde
2002-2003, revela que estes agravos alcançam grande expressão em todas as regiões do
país e em todas as classes sociais. Atualmente 38,8 milhões dos adultos brasileiros estão
acima do peso. A obesidade, caracterizada pelo Índice de Massa Corporal, afeta 8,9 %
dos homens adultos e 13,1% das mulheres adultas no país, segundo a Pesquisa de
Orçamentos Familiares, feita pelo IBGE em 2002 e 2003. Esse levantamento indica
12
também que somente 4% da população adulta (maior de 20 anos de idade) é desnutrida
no Brasil, percentual compatível com os padrões internacionais.
De acordo com as evidências apresentadas pelo Relatório Mundial da Saúde
2003, a baixa ingestão de frutas, legumes e verduras (FLV) está entre os 10 principais
fatores de risco que contribuem para mortalidade no mundo. Estima-se que até 2,7
milhões de vidas poderiam ser salvas anual-mente em todo o mundo, se o consumo de
frutas, legumes e verduras fosse adequado. As frutas, legumes e verduras, como parte da
alimentação diária, poderiam ajudar a prevenir as principais doenças crônicas não-
transmissíveis (DCNT) como as doenças cardiovasculares e os diversos tipos de câncer.
Comer uma variedade de frutas, legumes e verduras garante, seguramente, uma
adequada ingestão da maior parte dos micronutrientes, fibras e uma gama de fatores
nutricionalmente essenciais. Além disso, o aumento do consumo de frutas, legumes e
verduras pode ajudar a substituir alimentos que possuem altas concentrações de
gorduras saturadas, açúcar e sal.
Um relatório sobre alimentação, nutrição e prevenção de DCNT publicado pela
World Health Organization/Food and Agricultural Organization of the United Nations
(WHO/FAO), define, para a população, metas de ingestão de nutrientes e recomenda o
consumo de, pelo menos, 400g de frutas, legumes e verduras diariamente para a
prevenção de DCNT, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e obesidade.
Neste cenário têm sido impostas reformulações urgentes ao setor, a fim de
responder as novas demandas alimentares. Estratégia que articula diferentes setores e
atores sociais, onde perpassam questões como: modelo de saúde sob o enfoque da
integralidade; articulação de saberes técnicos e populares; capacitação dos indivíduos;
parcerias nas ações; intersetorialidade de órgãos públicos e privados; reforço à ação
comunitária; educação popular; cidadania; ética pública; entre outros.
Esse contexto e o incentivo da Secretaria de Vigilância à Saúde do Ministério da
Saúde motiva a equipe da Secretaria Municipal de Saúde a elaborar esta proposta de
ação para a Estratégia Saúde da Família em parceria com a Universidade Federal de São
Carlos – UFSCar, que hoje conta com 80 residentes do Programa de Residência
Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, inseridos nas 16 Equipes de
Saúde da Família do Município e que contempla 10 profissões, dentre elas:
Nutrição;
Enfermagem;
Odontologia;
13
Terapia Ocupacional;
Fisioterapia;
Educador Físico;
Serviço Social;
Psicologia;
Farmácia; e
Fonoaudiologia.
III – Proposta de Ação: a construção do modelo lógico2
III. 1. Objetivo Geral
Melhoria da qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidade das áreas de
abrangência das Equipes de Saúde da Família por meio da adoção de “modos
(saudáveis) de andar a vida”.
III. 2. Objetivos Específicos
Práticas Corporais/Atividade Física:
1. Promover a Atividade Física e Práticas Corporais diversificando as atividades
hoje desenvolvidas (caminhada, alongamento, ginástica, Lian Gong) instituindo
a Prática Corporal oriental Tai Chi Chuan.
2. Desenvolver uma programação de atividade física e educativa na Praça da CICA
e assim colocá-la em evidência junto à população. As atividades ali
desenvolvidas darão suporte a programas da Secretaria de Saúde, Esporte e
Lazer, Educação, Trânsito e Cultura, tornando os arredores da praça, num local
de lazer, agradável para um passeio em família e para a pratica de atividade
física aos domingos de manhã, buscando ainda, desenvolver o conceito de
“Cidade Saudável” junto à população de São Carlos.
2 CDC Centers for Disease Control and Prevention. Manual para Avaliação de Atividade Física. Atlanta: Division of Nutrition and Physical Activity – CDC, 2005.
14
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
3. Qualificar e articular a rede de cuidado integral às pessoas, famílias e
comunidades das áreas de abrangência das Equipes de Saúde da Família,
vivendo em situações de violência e desenvolver ações de prevenção e
promoção da saúde para os mais vulneráveis.
Prevenção e Controle do Tabagismo:
4. Promover ações visando motivar os fumantes identificados pelos Agentes
Comunitários de Saúde e demais membros das Equipes de Saúde da Família a
deixarem de fumar e aumentar o acesso dos mesmos aos métodos eficazes para
tratamento da dependência da nicotina.
Alimentação Saudável:
5. Conscientizar os usuários das Unidades de Saúde da Família em diferentes
cenários (ambiente escolar, ambiente empresa, ambiente comunitário e ambiente
consumidor), para a importância da adoção de hábitos saudáveis de alimentação,
difundindo o conceito de alimentação saudável e qualidade de vida.
III. 3. Insumos
Práticas Corporais/Atividade Física:
Profissionais das Equipes de Saúde da Família
Professor de Tai Chi Chuan
Material Didático
Famílias cadastradas nas Equipes de Saúde da Família
Profissionais do Serviço Social, Educadores Físicos, Fisioterapeutas.
Estudantes de Graduação e Pós Graduação da Universidade Federal de São
Carlos
Guarda Municipal
Financiamento
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
Profissionais das Equipes de Saúde da Família
15
Professor especialista na temática da Violência à Mulher, Criança e Idoso com
ênfase na Saúde da Família.
Material Didático
Famílias cadastradas nas Equipes de Saúde da Família
Financiamento
Prevenção e Controle do Tabagismo:
Profissionais das Equipes de Saúde da Família
Professor especialista na abordagem e tratamento medicamentoso e cognitivo-
comportamental do tabagismo
Material Didático: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dependência à
Nicotina
Unidades de Saúde da Família livre do Tabaco
Material de Sinalização para Ambiente livre do Tabaco
“Linha de Cuidado ao Tabagista”
USF cadastradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)
para abordagem e tratamento do tabagista
Manual de apoio com as informações e estratégias necessárias para os inseridos
no programa a deixarem de fumar e na prevenção da recaída.
Um espirômetro portátil
Financiamento
Alimentação Saudável:
Material de Publicidade (filipetas, folders, dentre outros)
Material Antropométrico: balanças eletrônicas portáteis, estadiômetros portáteis,
adipômetros, fitas métricas, softwares de cálculos nutricionais, calculadoras.
Material Pedagógico
Material Recreativo Educacional
Alimentos
Camisetas, jalecos e toucas.
Professor da área de Nutrição
Profissionais das Equipes de Saúde da Família
Escolares
Famílias Cadastradas
16
Consumidores finais de Mercados Municipais, Sacolões e Lojas de
Hortifrutícolas.
Agentes escolares
Relatórios do SISVAN
Famílias beneficiárias do Bolsa Família
Financiamento
III. 4. Atividades
Práticas Corporais/Atividade Física:
Planejar e executar a formação de instrutores para a prática de Tai Chi Chuan
Planejar estratégias para atuar com a população de dependentes químicos que
ocupam a praça atualmente.
Desenvolver um cronograma de atividades físicas e educativas para crianças e
adultos, com horários diversificados, durante os dias da semana (ex. atividades
que dêem suporte ao tratamento da obesidade infantil, articulados com o
Ambulatório de Obesidade Infanto juvenil).
Construir com as crianças novas vivências de práticas corporais.
Realizar um evento de sensibilização da Comunidade dos bairros adscritos.
Planejar atividades especiais durante as férias escolares.
Fazer gestão junto à Secretaria de Trânsito acerca da possibilidade de aos
domingos pela manhã, as ruas em torno da praça serem liberadas para uso de
pedestres, criando um espaço para andar de bicicleta, patins, caminhar, correr,
passear com o cachorro na coleira, etc. no centro da cidade.
Planejar junto à Secretaria de Cultura um cronograma de eventos culturais na
praça (apresentações musicais, de dança, de teatro, etc.).
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
Planejar e executar oficinas de formação para os profissionais das Equipes de
Saúde da Família com ênfase nos Agentes Comunitários de Saúde, na
identificação de pessoas, famílias e comunidades em situações de risco potencial
para a violência contra a mulher, à criança e o idoso.
17
Prevenção e Controle do Tabagismo:
Construir a “Linha de Cuidado ao Tabagista”, considerando a Rede de Cuidado
instalada no Município, com a Estratégia Saúde da Família como porta de
entrada preferencial.
Planejar e executar a formação dos Profissionais das Equipes de Saúde da
Família segundo Modelo preconizado pelo Programa Nacional de Controle do
Tabagismo/Instituto Nacional de Câncer/Ministério da Saúde.
Credenciar as Unidades de Saúde da Família para abordagem e tratamento do
Tabagista no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Transformar as Unidades de Saúde da Família em Unidades Livres do Tabaco,
visando desenvolver ambientes favoráveis ao apoio do fumante no processo de
cessação de fumar.
Comemorar as datas alusivas para que o tema tabagismo seja mantido
constantemente em evidência ao longo do ano.
Reproduzir material de apoio com as informações e estratégias necessárias para
apoiar os participantes a deixarem de fumar e na prevenção da recaída.
Garantir fluxo de informações sobre as ações ao INCA/MS.
Aquisição de um espirômetro portátil digital para uso das Equipes de Saúde da
Família.
Alimentação Saudável:
AMBIENTE ESCOLAR:
• Convidar os educadores, bem como os agentes escolares, para capacitações do
projeto “Promovendo a Alimentação Saudável”.
• Abrir inscrição para o curso de capacitação de professores que será realizado com
duração de quatro horas, distribuídas em cinco dias.
• Disponibilizar material didático para o professor, como cartilhas, filipetas, materiais
recreativos educacionais, entre outros.
• Emitir Certificado de conclusão do curso de capacitação “Promovendo a
Alimentação Saudável” em Parceria com a Escola Municipal de Governo.
• Realizar palestras para os pais ou responsáveis dos alunos, oferecendo material
didático adequado para os mesmos.
18
• Promover a visita dos alunos às feiras livres sob a orientação de um dos professores
ou profissional da saúde, para que possam aprender sobre os alimentos, como
escolher alimentos com qualidade ideal para o consumo, suas características e
valores nutricionais, bem como, o “Caminho do Alimento”.
AMBIENTE CONSUMIDOR (Mercados Municipais, Sacolões e Lojas de Hortifruti). • Estabelecer a Estação do Consumidor enquanto um local, onde profissionais da área
de nutrição, devidamente capacitados oferecerão informações adicionais quanto ao
aproveitamento total dos alimentos, armazenamento, manipulação, características
aparente de qualidade, além de auxiliar no preparo de cardápios domésticos.
• Planejar e executar a capacitação dos trabalhadores das lojas de hortifruti acerca das
propriedades nutricionais e funcionais dos alimentos comercializados por eles.
• Disponibilizar impressos temáticos sobre os produtos nas gôndolas, expositores de
produtos FLV (frutas, legumes e verduras), carnes e grãos.
• Disponibilizar aos consumidores, no ato da compra, folhetos explicativos, modelo
“Folder”, com linguagem de fácil interpretação, que remeterá o consumidor ao tema
Alimentação Saudável.
AMBIENTE COMUNITÁRIO: • Planejar e Executar cursos de capacitação para multiplicadores do Restaurante
Popular, Merenda Escolar e Banco de Alimentos. O grupo dos multiplicadores será
formado por educadores, merendeiras, agentes comunitários e sociedade civil em
geral. A capacitação visa esclarecer a importância do hábito alimentar saudável e
sua contribuição para a qualidade de vida, bem como fornecer informações sobre a
propriedade nutricional dos alimentos e seu aproveitamento total dos mesmos.
AMBIENTE EMPRESAS:
• Conscientizar os empresários a adotarem o projeto Alimentação Saudável em seu
ambiente.
• Adequar o cardápio do restaurante da empresa.
• Promover ações com seus trabalhadores e familiares.
• Oferece possibilidades às empresas de terem alunos estagiários de nutrição para
aturarem nesse ambiente.
19
AMBIENTE DAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA:
• Implementar o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).
• Capacitar as Equipes de Saúde da Família na utilização das informações do
SISVAN para planejamento de suas ações na área de nutrição.
• Aquisição de materiais/equipamentos para avaliação nutricional.
• Capacitar as Equipes de Saúde da Família para o planejamento e execução de ações
de promoção de alimentação saudável.
• Capacitar as Equipes de Saúde da Família para identificação dos transtornos
alimentares.
• Construir a Linha de Cuidado para os transtornos alimentares com ênfase na
Obesidade Infanto-Juvenil.
III. 5. Metas
Práticas Corporais/Atividade Física:
• 100% das Equipes de Saúde da Família realizando a prática de Tai Chi Chuan nas
Unidades de Saúde da Família.
• 30% de adesão da população moradora nos bairros próximos a praça realizando
atividade física aos finais de semana e feriados, ao final de 01 ano da praça
revitalizada.
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
• 50% de incremento nas notificações de violência contra a mulher, criança e idoso ao
final de 2009.
• 100% das Equipes de Saúde da Família desenvolvendo ações de prevenção e
promoção da saúde para as pessoas, famílias e comunidades mais vulneráveis.
Prevenção e Controle do Tabagismo:
• 100% das Equipes de Saúde da Família capacitadas para Abordagem e Tratamento
do Tabagista.
• 100% de indivíduos tabagistas com acesso aos métodos eficazes para tratamento da
dependência da nicotina.
• 100% das Unidades de Saúde da Família Livre do Tabaco.
20
• 15% dos Tabagistas cadastrados nas Unidades de Saúde da Família com cessação do
tabagismo ao final do 1º ano do desenvolvimento das ações.
Alimentação Saudável:
• 30% de professores, famílias e pessoas envolvidas na comunidade e empresas
capacitadas para adoção de hábitos alimentares saudáveis, transformando-se em
multiplicadores em prol da alimentação saudável e da qualidade de vida.
• 100% dos profissionais das Equipes de Saúde da Família capacitados para ações
educativas de hábitos alimentares saudáveis.
• 20% dos consumidores finais atendidos pelas Equipes de Saúde da Família
(Mercados Municipais, Sacolões e Lojas de Hortifrutícolas).
• 30% de incremento no consumo de frutas e/ou verduras na merenda e nas famílias
cadastradas nas Unidades de Saúde da Família.
• 100% das Equipes de Saúde da Família monitorando e avaliando o estado
nutricional das famílias cadastradas.
III. 6. Resultados
Práticas Corporais/Atividade Física:
• Usuários e Trabalhadores das Unidades de Saúde da Família praticando o Tai Chi
Chuan.
• “Cardápio” de ações das Unidades de Saúde da Família ampliado.
• Parcerias bem estabelecidas, principalmente entre as Secretarias Municipais.
• Cronograma de atividades bem estabelecido e sedimentado.
• População sensibilizada e com hábitos de vida ativos e saudáveis.
• Outras praças da cidade oferecendo atividades similares.
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
• Equipes de Saúde da Família com mais informações e preparadas para identificar e
manejar situações de violência contra a mulher, criança e idoso.
Prevenção e Controle do Tabagismo:
• Equipes de Saúde da Família conscientizadas em relação à importância de promover
ambientes saudáveis livres do tabaco.
21
• Equipes de Saúde da Família preparadas tecnicamente para abordagem e tratamento
do tabagista.
• Pacientes dependentes da nicotina apoiados pelas Equipes de Saúde da Família no
seu processo de cessação do tabagismo.
Alimentação Saudável:
• Atenção Básica fortalecida no desenvolvimento de ações de promoção de hábitos
saudáveis alimentares.
• Pessoas, Famílias e Comunidades mais informadas para realizar escolhas saudáveis
no seu cardápio alimentar.
• Crianças ativas, criativas, participativas e com hábitos alimentares saudáveis.
• Professores desenvolvendo atividades com os escolares sobre alimentos com
qualidade ideal para o consumo, suas características e valores nutricionais, bem
como, o “Caminho do Alimento”.
• Trabalhadores de Mercado, Hortifruti com mais informações acerca das
propriedades nutricionais e funcionais dos alimentos por eles comercializados.
• Cardápio das empresas adequado em relação ao padrão de qualidade nutricional.
III. 7. Fatores Influenciadores
Práticas Corporais/Atividade Física:
• Adesão da população às práticas não convencionais (orientais).
• Parceria efetiva com a Secretaria de Cidadania e Assistência Social no
redirecionamento dos ocupantes atuais da Praça CICA (dependentes químicos).
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
• Adesão das Equipes de Saúde da Família às ações de promoção e prevenção da
violência.
• Disponibilidade das demais Secretarias Municipais em efetivar parcerias com a
Saúde, na lógica de construção de redes de cuidado.
Prevenção e Controle do Tabagismo:
• Apoio do INCA para o tratamento medicamentoso do tabagista.
22
• Adesão dos trabalhadores e usuários das Equipes de Saúde da Família para garantia
de Unidades livre do Tabaco.
• Vínculo estabelecido entre usuários e Equipes de Saúde da Família que favoreçam a
tomada de decisão de cessação do tabagismo.
Alimentação Saudável:
• Informações de hábitos alimentares saudáveis veiculadas pela mídia.
• Adesão da Sociedade Civil e Comercial aos projetos de Promoção da Alimentação
Saudável propostos pelas Equipes de Saúde da família em seus territórios.
• Disponibilidade da Secretaria Municipal da Agricultura, Educação e Comunicação
em efetivar parcerias com a Saúde na Promoção da Alimentação Saudável.
IV – Monitoramento e Avaliação
As ações programadas serão monitoradas e avaliadas através da construção dos
seguintes indicadores:
Práticas Corporais/Atividade Física:
Nº. de ESF com Prática Tain Chi Chuan semanal/ Nº. de ESF existentes no
Município x 100
Nº. de usuários realizando Atividade Física na Praça CICA aos domingos/Nº. de
usuários estimados na Praça aos domingos x 100
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
Nº. de profissionais das ESF capacitados/Nº. Total de profissionais das ESF x 100.
Prevenção e Controle do Tabagismo:
Nº. de pacientes que cessaram o tabagismo/Nº. de pacientes que iniciaram o
tratamento x 100
Nº. de USF livres do tabaco/ Nº. de USF existentes no Município x 100
Nº. de usuários tabagistas cadastrados nas USF/Nº. total de usuários cadastrados nas
USF x 100
23
Alimentação Saudável:
Nº. de USF com ações de promoção de hábitos saudáveis//Nº. total de USF
existentes no Município x 100
Nº. de crianças e adolescentes com sobrepesos cadastrados nas USF/Nº. total de
crianças e adolescentes cadastrados nas USF x 100
V – Cronograma
Prazo: execução em 12 meses
Práticas Corporais/Atividade Física:
Mês Atividade
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Planejar e executar a formação de instrutores para a prática de Tai Chi
Chuan.
X X X X X X X X X X
Planejar estratégias para atuar com a população de
dependentes químicos
X X
Desenvolver um cronograma de atividades
físicas e educativas
X
Realizar um evento de sensibilização da
Comunidade
X
Planejar junto à Secretaria de Cultura um
cronograma de eventos culturais na praça
X
Fazer gestão junto à Secretaria de
X
Construir com as crianças novas vivências de práticas corporais.
X X X X X X X X
Planejar atividades especiais durante as férias
escolares.
X X X X
24
Prevenção da Violência e Estímulo à Cultura de Paz:
Mês Atividade
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Planejar e executar oficinas de formação para os profissionais das ESF
na identificação de pessoas, famílias e
comunidades em situações de risco potencial para a
violência contra a mulher, à criança e o idoso.
X X X X X X
Prevenção e Controle do Tabagismo:
Mês Atividade
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Construir a “Linha de Cuidado ao Tabagista”.
X X
Planejar e executar a formação dos
Profissionais das ESF
X
Credenciar as Unidades de Saúde da Família para abordagem e tratamento do Tabagista no CNES
X
Transformar as Unidades de Saúde da Família em
Unidades Livres do Tabaco.
X X X
Comemorar as datas alusivas sobre o tema
tabagismo
X X
Reproduzir material de apoio
X X
Aquisição de um espirômetro portátil
digital
X
25
Alimentação Saudável:
Mês Atividade
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Atividades relacionadas ao Ambiente Escolar
X X X X X X X X X
Atividades relacionadas ao Ambiente Comunitário
X X X X X X X X
Atividades relacionadas às Empresas
X X X X
Atividades relacionadas ao Ambiente Consumidor
X X X X X X X X X
Atividades relacionadas ao Ambiente das USFs
X X X X X X X X X X X X
VI – Responsáveis do Projeto
__________________________ Arthur Goderico Forghieri Pereira Secretário Municipal de Saúde ______________________________ Marilda Siriani de Oliveira Diretora do Departamento de Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família Coordenadora Técnica do Projeto ______________________________ Edeltraut N. Zóia Chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica