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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO
SAÚDE BUCAL NOS MUNICÍPIOS
SB-SP 2013
RIBEIRÃO PRETO
2013
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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO
Governador
Geraldo Alckmin
Secretaria de Estado da Saúde
Secretário da Saúde
David Everson Uip
Coordenadoria de Planejamento em Saúde
Coordenadora: Silvany Lemes Cruvinel Portas
Grupo Técnico de Ações Estratégicas
Coordenadora:Dalva Regina Massuia
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLOGICO SAÚDE BUCAL/ SB-SP 2013
Coordenadora Geral: Maria Fernanda de Montezuma Tricoli
Coordenador do Projeto: Vladen Vieira
Assessora de Sistema de Informação: Julie Silvia Martins
Assessora Geral: Ana Flavia Pagliusi
Coordenação Regional DRS XIII
Diretor: Ronaldo Dias Capeli
Articulador de Saúde Bucal: Joel Assa Sakamoto
SECRETARIA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO
Prefeito
Darcy Vera
Secretário Municipal
Stênio Correia Miranda
Coordenador de SB municipal
Pedro José Bistane
Equipe Técnica Municipal
Coordenadora do Programa de Procedimentos Coletivos e Preventivos em Odontologia
Josiane Aparecida Ferreira da Costa Montans
Orientadora do processo de Calibração
Profa. Dra. Marlívia G. C. Watanabe
Equipe de Campo ADRIANA BARRICO
CARLA BROCHETTO FERREIRA
CARMEN ORTIGOSO
CRISTINA NEMOTO
ELIANE RATIER
ENEIDA CESARINO RODELLA
JOSIANE MONTANS
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LUCIMAR PRIZON
MARCIA DIONE SALIONE
MARIA BEATRIZ DE MACEDO ISSA
REGINA HAMAMURA
REJANE MARQUES
RENATA FRONZAGLIA
SIMONE BOCARDO
SOLANGE BORDINI PERON
TERESINHA DALTO
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LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO
SAÚDE BUCAL NOS MUNICÍPIOS
SB-SP 2013
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INTRODUÇÃO
A Secretaria de Estado da Saúde em parceria com os Municípios do Estado de São Paulo
reinicia o processo de construção do referencial epidemiológico sobre as condições de saúde bucal
do Estado, com a realização da Fase I do LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO SAÚDE
BUCAL NOS MUNICÍPIOS – SB/SP 2013.
O SB-SP 2013 é um projeto de grande importância e pela primeira vez propõe-se um censo
estadual ou seja, que todos os municípios realizem o próprio levantamento numa proposta de
política sustentável, onde incorpora-se a epidemiologia ao processo de trabalho municipal a cada 4
anos. Não obstante, pretende-se dar continuidade a construção de uma série histórica de modo a
contribuir para as estratégias de avaliação e planejamento dos serviços, ao mesmo tempo em que
consolida um modelo metodológico e demarca o campo de atuação de vigilância à saúde na Política
de Saúde Bucal.
Para o SB-SP 2013 considerada-se:
• As recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) contidas no manual ‘Oral Health
Surveys: basic methods 4ª edicion” publicado em 1997.
• A Escola como um espaço prioritário de cuidado em saúde, onde compreende-se que a cultura
escolar configura e é instituinte de práticas socioculturais representativas das diferentes
comunidades.
• As instruções e a metodologia detalhada constam no CADERNO DE INSTRUÇÕES – SB-SP
2013 da Secretaria de Estado da Saúde.
Objetivos Específicos:
• Estimar para população de 5 e 12 anos de idade a prevalência de cárie dentária.
• Identificar na amostra de 5 anos de idade, a prevalência de alterações gengivais e, na amostra de 12
anos de idade, a prevalência de doença periodontal.
• Identificar na amostra de 12 anos de idade, a prevalência de fluorose dentária.
• Estimar as necessidades de tratamento relacionadas com a cárie dentária.
• Fornecer subsídios relativos à saúde bucal aos profissionais e gestores das áreas de saúde,
educação, planejamento e administração.
• Fortalecer as ações de saúde bucal nas escolas de forma articulada com as políticas públicas de
saúde e da rede pública de ensino, como estratégia para potencializar recursos, envolver as
comunidades, priorizar as vulnerabilidades e riscos, como também para possibilitar o
monitoramento e análise da efetividade das ações propostas.
Outrossim, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e os municípios participantes,
reconhecem por este ato que a epidemiologia é uma valiosa ferramenta para o conhecimento das
condições de saúde da população, para o redirecionamento das práticas de saúde e para avaliação do
impacto das medidas propostas; o seu estímulo é recomendado por meio de capacitações técnicas às
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equipes de saúde bucal nos serviços ou pela promoção de estudos de maior amplitude; consta no
Plano Estadual de Saúde-PES 2012-15 e na própria lei de constituição do SUS.
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LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO
SAÚDE BUCAL
RIBEIRÃO PRETO
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AMOSTRA
1 – Característica da amostra
Durante o estudo foram examinados 226 crianças. Entre os examinados, 111
tinham 5 anos de idade, 115 tinham 12 anos de idade. A Tabela 1 apresenta o número e
porcentagem de pessoas examinadas segundo idade e sexo. Observa-se que 44,2% dos
indivíduos examinados eram do sexo masculino e 55,8% do sexo feminino.
Tabela 1 - Número e porcentagem de pessoas examinadas, segundo idade e sexo,
Ribeirão Preto, 2013
IDADE SEXO TOTAL
MASCULINO FEMININO
N % N % N %
5 49 44,1 62 55,9 111 100,0
12 51 44,3 64 55,7 115 100,0
TOTAL 100 44,2 126 55,8 226 100,0%
A Tabela 2 apresenta o número e porcentagem de indivíduos examinados, de
acordo com o grupo étnico e a idade. O grupo étnico com maior participação na amostra
foram brancos (63,3%), seguido do grupo pardo (26,1%), e os demais somam 10,6%.
TABELA 2 – Número e porcentagem de indivíduos examinados, segundo a idade e o grupo
étnico. Ribeirão Preto, 2013
IDADE GRUPO ÉTNICO S/ INFOR-
MAÇÃO
TOTAL AMARELO BRANCO ÍNDIO NEGRO PARDO
n % N % n % n % n % n % n %
5 - - 74 66,7 - - 8 7,2 29 26,1 - - 111 100,00
12 2 1,7 69 60,0 - - 14 12,2 30 26,1 - - 115 100,00
TOTAL 2 0,9 143 63,3 - - 22 9,7 59 26,1 - - 226 100,00
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SAÚDE BUCAL
RIBEIRÃO PRETO
CÁRIE DENTÁRIA
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2 – Cárie Dentária
2.1- Prevalência de cárie
Na Tabela 3 é apresentada a distribuição dos indivíduos examinados em relação à
prevalência de cárie, tendo como base o CPO-D para dentes permanentes e o ceo-d para
dentes decíduos, para as diferentes idades envolvidas no estudo. Aproximadamente 51,4
% das crianças de 5 anos de idade apresentam-se livres de cárie. Quanto à cárie dentária
na dentição permanente, aproximadamente 35,7 % dos jovens de 12 anos apresentam-se
livres de cárie. A Tabela 3 também apresenta os dados obtidos no estudo SBBrasil 2010
relativos ao município de São Paulo, região Sudeste e Brasil de forma a oferecer
parâmetros para a análise.
Observa-se que aos 5 anos de idade a proporção de crianças livres de cárie
assemelha-se aos valores da região sudeste e apresenta-se ligeiramente maior que os
dados relativos ao Brasil. Quanto às crianças livres de cárie aos 12 anos de idade, na
dentição permanente, os valores observados foram menores que na região sudeste e no
Brasil.
TABELA 3 – Número e proporção de indivíduos com ceo/CPO = 0 segundo idade e
apresentação dos dados relativos ao município de São Paulo, região Sudeste e Brasil para
efeitos de análise. Ribeirão Preto, 2013
IDADE RIBEIRÃO PRETO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO*
REGIÃO
SUDESTE* BRASIL*
n % % % %
5 ceo=0 57 51,4 58,2 51,9 46,6
12 CPO=0 41 35,7 52,3 48,4 43,5
* Fonte: “SB Brasil 2010”
2.2- Dentição decídua
As Tabelas 4 e 5 apresentam os dados relativos à dentição decídua. As crianças
cadastradas na área de estudo apresentaram em média 1,82 dentes com experiência de
cárie dentária aos 5 anos de idade.
Deve ser ressaltado que o componente cariado é responsável por 73,6% do índice
na idade de 5 anos.
Observa-se que o ceo-d médio nas crianças aos 5 anos de idade examinadas no
município de Ribeirão Preto foi menor que os apresentados no município de São Paulo,
11
região Sudeste e Brasil. Quanto à composição percentual do índice, observa-se que a
proporção de dentes decíduos cariados e perdidos foi menor e a proporção de dentes
restaurados foi maior que as regiões acima citadas.
TABELA 4 – Média dos componentes do índice ceo-d na idade-índice de 5 anos neste
estudo e apresentação dos dados relativos ao município de São Paulo, região Sudeste e
Brasil para efeitos de análise. Ribeirão Preto, 2013.
LOCAL
_
c _
e _
o ___
ceo
RIBEIRÃO PRETO 1,34 0,01 0,47 1,82
Município de São Paulo 1,65 0,05 0,30 2,00
Região Sudeste 1,68 0,04 0,38 2,10
Brasil 2,04 0,06 0,33 2,43
* Fonte: “SB Brasil 2010”
Tabela 5 - Composição percentual do índice ceo-d na idade-índice de 5 anos neste
estudo e apresentação dos dados relativos ao município de São Paulo, região Sudeste e
Brasil para efeitos de análise. Ribeirão Preto, 2013.
LOCAL cariado obturado
perdido ceo-d
RIBEIRÃO PRETO 73,6% 25,8% 0,6% 100,0%
Município de São Paulo* 82,5% 15,0% 2,5% 100,0%
Região Sudeste* 80,0% 18,1% 1,9% 100,0%
Brasil* 83,9% 13,6% 2,5% 100,0%
* Fonte: “SB Brasil 2010”
2.3 - Dentição Permanente
Os dados relativos à cárie dentária mostram que o índice CPO-D aos 12 anos de
idade é de 3,01 no município de Ribeirão Preto.
12
TABELA 6 – Média dos componentes do índice CPO-D na idade-índice de 12 anos neste
estudo e apresentação dos dados relativos ao município de São Paulo, região Sudeste e
Brasil para efeitos de análise. Ribeirão Preto, 2013.
LOCAL CARIADO OBTURADO
PERDIDO CPO-D
RIBEIRÃO PRETO 1,64 1,36 0,01 3,01
Município de São Paulo* 0,74 0,59 0,08 1,41
Região Sudeste* 0,84 0,77 0,11 1,72
Brasil* 1,22 0,73 0,12 2,07
* Fonte: “SB Brasil 2010”
Tabela 7 - Composição percentual do índice CPO-D na idade-índice de 12 anos neste
estudo e apresentação dos dados relativos ao município de São Paulo, região Sudeste e
Brasil para efeitos de análise. Ribeirão Preto, 2013.
LOCAL CARIADO OBTURADO
PERDIDO CPO-D
RIBEIRÃO PRETO 54,5 45,2 0,3 100,00
Município de São Paulo* 52,5 41,8 5,7 100,00
Região Sudeste* 48,8 44,8 6,4 100,00
Brasil* 58,4 35,3 5,8 100,00
* Fonte: “SB Brasil 2010”
Observa-se que o índice CPO-D médio, aos 12 anos de idade, foi maior em
Ribeirão Preto que nas demais localidades. Entretanto, condições favoráveis foram
observadas na análise dos componentes do índice, ou seja, proporção de dentes perdidos
menor e dentes restaurados maior, o que sugere maior acesso ao tratamento
odontológico.
2.4 - Resultados de Cárie Dentária e as Metas da OMS/FDI
O Quadro 1 apresenta as metas propostas pela OMS-FDI para o ano 2000 e as
metas propostas para o ano 2010 no 4o Congresso Mundial de Odontologia Preventiva
ocorrido em 1993 em Umea, na Suécia, bem como os resultados obtidos no levantamento
SBBrasil 2010 para o município de São Paulo, para a região sudeste e para o Brasil e a
situação encontrada no presente estudo.
13
Quadro 1 – Metas em Saúde Bucal relativas à prevalência de cárie dentária, nos anos
2000 e 2010 para as idades de 5 e 12 anos, comparadas aos resultados obtidos no
levantamento epidemiológico SBBrasil 2010 no município de São Paulo, região sudeste
e Brasil e situação encontrada no presente estudo. Ribeirão Preto, 2013.
idade 5 a 6 anos 12 anos
metas ano 2000*
50% sem cárie dentária
CPO-D 3
metas ano 2010**
90% sem cárie dentária
CPO-D < 1
Município de São Paulo*** 58,2% 1,41
Região sudeste*** 51,9% 1,72
Brasil*** 46,6% 2,07
Ribeirão Preto 51,4% 3,01 Fontes: * Fedération Dentaire Internacionale. Global goals for oral health in the year 2000. Int Dent J, 32 (1): 74-7, 1982. ** 4
o Congresso Mundial de Odontologia Preventiva – Umea, Suécia, 3-5 set., 1993.
*** SB Brasil 2010.
Observa-se que o município de Ribeirão Preto atingiu as metas propostas pela OMS para o ano 2000, encontrando-se distante das metas propostas para 2010.
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LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO
SAÚDE BUCAL
RIBEIRÃO PRETO
NECESSIDADES DE TRATAMENTO
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2.5 - NECESSIDADE DE TRATAMENTO PARA CÁRIE DENTÁRIA
Quanto às necessidades de tratamento, observa-se que, aos 5 anos, 60,4% das
crianças não necessitam de tratamento porém, nesta idade, as crianças apresentam em
média 1,59 dentes com necessidade de tratamento. Aos 12 anos os adolescentes
apresentam em média 3,66 dentes com necessidades de tratamento. Observa-se também
na Tabela a seguir que 22,6% dos jovens de 12 anos de idade não necessitam de
tratamento.
TABELA 8 – Média de dentes com e sem necessidade de tratamento para cárie dentária e
respectivos componentes, das crianças de 5 anos de idade. Ribeirão Preto, 2013
Local
Necessidade de tratamento para cárie dentária
Sem necessidade
Com necessidade
Rest 1 superf.
Rest 2 ou +
superf. Coroa
Faceta estética
Trat. Pulpar +
rest. Extração
Controle Mancha Branca
Selante
Ribeirão Preto
19,28 0,61 0,58 0,00 0,00 0,07 0,05 0,00 0,28
Região Sudeste*
18,75 0,88 0,66 0,01 0,01 0,12 0,08 0,02 0,01
Brasil* 18,32 1,07 0,73 0,01 0,01 0,13 0,12 0,02 0,06
* Fonte: “SB Brasil 2010”
TABELA 9 – Distribuição percentual das necessidades de tratamento de acordo com o tipo
de tratamento necessário, das crianças de 5 anos de idade. Ribeirão Preto, 2013
IDADE
Necessidade de tratamento para cárie dentária
Necessidades curativas Necessidades
preventivas
Rest 1 superf
Rest 2 ou +
superf Coroa
Faceta estética
Trat. Pulpar + rest.
Extração % de
neces. curat.
Controle Mancha Branca
Selante % de
neces. prev.
Ribeirão Preto
38,4 36,5 0,0 0,0 4,4 3,1 82,4 0,0 17,6 17,6
Região Sudeste*
49,2 36,9 0,6 0,6 6,7 4,5 98,3 1,1 0,6 1,7
Brasil* 49,8 34,0 0,5 0,5 6,0 5,6 96,3 0,9 2,8 3,7
* Fonte: “SB Brasil 2010”
16
TABELA 10 – Média de dentes com e sem necessidade de tratamento para cárie dentária e
respectivos componentes, dos jovens de 12 anos de idade. Ribeirão Preto, 2013
LOCAL
Necessidade de tratamento para cárie dentária
Sem necessidade
Com necessidade
Rest 1 superf.
Rest 2 ou +
superf. Coroa
Faceta estética
Trat. Pulpar +
rest. Extração
Controle Mancha Branca
Selante
Ribeirão Preto
23,47 1,40 0,29 0,00 0,02 0,03 0,06 0,02 1,84
Região Sudeste*
24,75 0,69 0,23 0,01 0,00 0,06 0,08 0,04 0,37
Brasil* 24,51 0,92 0,32 0,01 0,00 0,08 0,10 0,03 0,31
* Fonte: “SB Brasil 2010”
TABELA 11 – Distribuição percentual das necessidades de tratamento de acordo com o
tipo de tratamento necessário, dos jovens de 12 anos de idade. Ribeirão Preto, 2013.
LOCAL
Necessidade de tratamento para cárie dentária
Necessidades curativas Necessidades
preventivas
Rest 1 superf
Rest 2 ou +
superf Coroa
Faceta estética
Trat. Pulpar + rest.
Extração % de
neces. curat.
Controle Mancha Branca
Selante % de
neces. prev.
Ribeirão Preto
38,3 7,9 0,0 0,5 0,8 1,6 49,2 0,5 50,3 50,8
Região Sudeste*
46,6 15,5 0,7 0,0 4,1 5,4 72,3 2,7 25,0 27,7
Brasil* 52,0 18,1 0,6 0,0 4,5 5,6 80,8 1,7 17,5 19,2
* Fonte: “SB Brasil 2010”
Observa-se que a média de dentes sem necessidade de tratamento nas crianças
de 5 anos de idade foi ligeiramente maior que a encontrada nas outras localidades e os
valores referentes às necessidades curativas se apresentaram menores. Chama atenção
a média maior de dentes com necessidade de selante em comparação com as outras
regiões.
Quanto às crianças de 12 anos, observa-se que a média de dentes sem
necessidade de tratamento foi ligeiramente menor que a encontrada nas outras
localidades e os valores referentes às necessidades curativas se apresentaram maiores
para restaurações e facetas e menores para as condições mais graves, ou seja,
17
tratamento pulpar e extrações. Novamente observa-se média maior de dentes com
necessidade de selante em comparação com as outras regiões.
A possibilidade de ter tais dados em mãos favorece um planejamento mais
adequado da realidade local.
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LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO
SAÚDE BUCAL
RIBEIRÃO PRETO
CONDIÇÃO PERIODONTAL
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3 – Condições periodontais
3.1 – Alterações Gengivais
Na Tabela 12 são apresentados os resultados de presença de sangramento gengival
verificada em crianças de 5 anos, durante o exame.
A prevalência de alterações gengivais em crianças de 5 anos foi de 2,7%.
TABELA 12 – Número e porcentagem de crianças de 5 anos de idade com alterações
gengivais. Ribeirão Preto, 2013.
Alterações gengivais
Ausência Presença Sem informação Total
n % n % n % n %
Ribeirão Preto 108 97,3 3 2,7 - - 111 100,0
3.2 – Índice Periodontal Comunitário (CPI)
TABELA 13 – Média de sextantes afetados por sangramento e cálculo nos jovens de 12
anos de idade, e apresentação dos dados relativos à região Sudeste e do Brasil para
efeitos de análise. Ribeirão Preto, 2013.
Condição Periodontal (CPI)
LOCAL Sangram. Cálculo
Ribeirão Preto 0,65 0,36
Região Sudeste* 0,59 0,40
Brasil* 0,71 0,53
* Fonte: “SB Brasil 2010”
Observa-se que a média de sextantes afetados por sangramento é intermediária
quando comparada às outras localidades e com cálculo é menor.
Na Tabela 14 são mostrados os resultados da prevalência de doença periodontal
nos jovens de 12 anos, considerando o maior escore de CPI (Índice Periodontal
Comunitário) por indivíduo.
20
TABELA 14 – Porcentagem de jovens de 12 anos de idade, segundo a pior condição
periodontal observada, e apresentação dos dados relativos à região Sudeste e ao Brasil
para efeitos de análise. Ribeirão Preto, 2013.
Referência
Condição Periodontal (CPI)
Sadio Sangram. Cálculo Bolsa
4-5 mm Bolsa
6 mm e + Excluídos
%
%
%
%
%
%
Ribeirão Preto 66,1 16,5 17,4 - - -
Região Sudeste*
67,9 10,8 19,9 - - 1,3
Brasil* 62,9 11,7 23,7 - - 1,7
* Fonte: “SB Brasil 2010”
Analisando-se o CPI, segundo o maior grau de condição periodontal observado nos
jovens de 12 anos, 66,1% deles não apresentam problemas periodontais ; o sangramento
aparece em 16,5% indivíduos desta idade, o cálculo dentário está presente em 17,4%.
Observa-se que há uma proporção ligeiramente maior de crianças com sangramento
e menor com cálculo nas crianças com 12 anos de idade em Ribeirão Preto quando
comparado com as outras localidades.
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SAÚDE BUCAL
RIBEIRÃO PRETO
FLUOROSE DENTÁRIA
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4 – Fluorose
Tabela 15 - Número e porcentagem de escolares de 5 anos de idade segundo graus de
fluorose. Ribeirão Preto, 2013.
CONDIÇÃO Número %
Normal 109 98,2
Questionável 1 0,9
Muito Leve 1 0,9
Leve - -
Moderada - -
Severa - -
Sem informação - -
TOTAL 111 100,0
Tabela 16 - Porcentagem de escolares de 12 anos segundo graus de fluorose, e
apresentação dos dados relativos à região Sudeste e do Brasil para efeitos de análise.
Ribeirão Preto, 2013.
CONDIÇÃO Ribeirão Preto Região Sudeste Brasil
Normal 82,6 72,0 47,8
Questionável 5,2 8,5 8,5
Muito Leve 9,6 13,0 10,8
Leve 2,6 4,3 4,3
Moderada - 1,7 1,5
Severa - 0,0 0,0
Sem informação -
TOTAL 100,0 100,0 100,0
Observa-se que a prevalência de fluorose nas crianças de 12 anos de idade em
Ribeirão Preto foi menor que nas outras localidades.
23
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BERQUÓ ES, SOUZA JMP, GOTLIEB SLD. Bioestatística. 2ed. São Paulo: EPU, 1981.
BRASIL. Ministério da Saúde - Divisão Nacional de Saúde Bucal. Levantamento Epidemiológico em Saúde Bucal: Brasil, zona urbana. 1986. 137p.
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FEJERSKOV O, MANJI F, BAELUM V, MÖELER IJ. Fluorose dentária: um manual para profissionais de saúde. São Paulo: Santos, 1994. 122 p.
FRIAS, A. C. Estudo de confiabilidade do Levantamento das Condições de Saúde Bucal - Estado de São Paulo, 1998. Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública.Dissertação de Mestrado. 2000.
LWANGA SK, LEMESHOW S. Sample size determination in health studies: a practical manual. Geneva: World Health Organization. 1991. 80p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resoluções do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisas envolvendo seres humanos. http://www.datasus.gov.br/conselho/comissoes/etica/Resolucoes.htm. 1999.
NARVAI PC, FRAZÃO P, CASTELLANOS RA. Declínio na experiência de cárie em dentes permanentes de escolares brasileiros no final do século XX. Odontologia e Sociedade 1999;1(1/2):25-29.
PEREIRA AC. Comparação entre os três índices de fluorose dentária na dentição permanente,observada em escolares de 12 a 14 anos de idade, residentes em áreas com diferentes concentrações de flúor nas águas de consumo. São Paulo, 1996. [Tese de doutorado - Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo].
SILVA NN. Amostragem probabilística. São Paulo: EDUSP, 1998.124p.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,Faculdade de Saúde Pública, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Levantamento das Condições de Saúde Bucal - Estado de São Paulo,1998. Caderno de Instruções. São Paulo, 1998. [mimeo]
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Calibration of examiners for oral health epidemiological surveys. Geneva: ORH/EPID, 1993.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Oral health surveys: basic methods. 3 ed. Geneva:ORH/EPID, 1987.
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