Download - Ppc Bct Ufersa Reformulado2011 1
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-RIDO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA
PROJETO PEDAGGICO DO CURSO
MOSSOR-RN 2010
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA ii
Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIRIDO
REITORIA
Reitor: Josivan Barbosa Menezes
Vice - Reitor: Francisco Xavier de Oliveira Filho
PR - REITORIAS
Pr-Reitoria de Planejamento e Administrao: George Bezerra Ribeiro
Pr-Reitoria de Graduao e Ensino: Jose de Arimatea de Matos
Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao: Jos Domingues Fontenele Netp
Pr-Reitoria de Recursos Humanos: Alvanete Freire Pereira
Pr-Reitoria de Extenso e Cultura: Rodrigo Srgio F Moura
Pr-Reitoria de Assuntos Comunitrios:
DIRETORIAS
Diretor da Diviso de Registro Escolar: Joana DArc Veras de Aquino
Diretor da Diviso de Materiais e Compras: Jorge Luiz de Oliveira Cunha
Diretor da Diviso de Finanas e Oramento: Antnio Aldemir Fernandes Lemo
Prefeito do Campus: Francisco Ilbernom Barbosa Alves
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA iii
Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIRIDO
BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA
PROJETO POLTICO-PEDAGGICO
Coordenao do Bacharelado em Cincia e Tecnologia
Coordenador: Walter Martins Rodrigues
Vice-coordenador: Antnio Nunes Gomes
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA iv
Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008
COMISSO RESPONSVEL PELA PROPOSTA:
Prof. Dr. Jos de Arimatea de Matos
(Engenheiro Agrcola, Presidente da Comisso)
Prof. Dr. Idalmir de Souza Queiroz Jnior
(Engenheiro Eletricista)
Prof. Dr. Walter Martins Rodrigues
(Matemtico)
Prof. Dr. Milton Morais Xavier Jnior
(Fsico)
Prof. Dr. Antnio Jorge Soares
(Filsofo)
Portaria UFERSA/GAB N 385/2008, de 27 de junho de 2008.
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA v
Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008
LISTA DE QUADROS
Tabela 1. Relao das disciplinas comuns obrigatrias 14
Tabela 2. Relao das disciplinas optativas sugeridas 16
Tabela 3. Nmero mximo de faltas permitidas segundo a carga horria das
disciplinas
20
Tabela 4. Composio curricular do Projeto Poltico Pedaggico do Curso de
Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA por perodo letivo
25
Tabela 5. Composio curricular do Projeto Poltico Pedaggico do Bacharelado em
Cincia e Tecnologia da UFERSA das disciplinas optativas
27
Tabela 6. Corpo Docente da UFERSA 54
Tabela 7. Acervo Total da Biblioteca 58
Tabela 8. Acervo por rea de Conhecimento 58
Tabela 9. rea Fsica Construda 59
Tabela 10. Consultas e emprstimos/dirios 60
Tabela 11. Horrio de Atendimento 60
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA vi
Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008
Sumrio
1. INTRODUO 01
2. APRESENTAO 02
3. HISTRICO 04
4. JUSTIFICATIVA 08
5. O BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA
5.1. OBJETIVOS DO CURSO
5.1.1. OBJETIVO GERAL
5.1.2. OBJETIVOS ESPECFICOS
5.2. PERFIL DO PROFISSIONAL
5.3. CAMPOS DE ATUAO DO PROFISSIONAL
5.4. ESTRUTURA CURRICULAR
5.4.1. NCLEO DE CONTEDOS COMUNS OBRIGATRIOS
5.4.2. NCLEO DE CONTEDOS ELETIVOS E OPTATIVOS
5.5. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO
5.6. ATIVIDADES COMPLEMENTARES
5.7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAO
6. ATIVIDADES CURRICULARES
6.1. MATRICULA NA INSTITUIO
6.2. TRANCAMENTO DE MATRICULA
6.3. DESLIGAMENTO DA INSTITUIO
6.4. INSCRIO EM DISCIPLINAS
6.5. CANCELAMENTO DE INSCRIO EM DISCIPLINA
6.6. TRANSFERNCIA DE ALUNOS DE OUTRAS INSTITUIO
6.7. APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS
6.8. ASSIDUIDADE
6.9. COMPENSAO DE AUSNCIA
6.10. ESTRATGIAS PEDAGGICAS
6.11. VERIFICAO DE APRENDIZAGEM
6.12. APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS
6.13. COEFICIENTE DE RENDIMENTO ACADMICO
6.14. NDICE DE MENSURAO DE SUCESSO
6.15. BOLSAS
6.16. ASSISTNCIA AO ALUNO
7. INTEGRALIZAO CURRICULAR
7.1. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO
7.2. EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS 40
8. INTEGRALIZAO COM OS CURSOS DE SEGUNDO CICLO 37
9. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 37
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA vii
Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008
9.1. ADMINISTRAO UNIVERSITRIA 50
9.2. ADMINISTRAO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSO. 55
9.3. RECURSOS HUMANOS 55
8.3.1. CORPO DOCENTE
10. INFRA-ESTRUTURA 56
10.1. INFRA-ESTRUTURA FSICA E TECNOLGICA 56
10.1.1. SALA DE AULA 56
101.2. LABORATRIO DE ENSINO, PESQUISA E PRESTAO DE SERVIOS. 56
10.1.2.3. LABORATRIOS DE QUMICA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 57
10.1.2.4. LABORATRIOS DE FITOSSANIDADE 57
10.1.2.5. LABORATRIOS DE FITOTECNIA 57
10.1.2.6. LABORATRIOS DE SOLOS E GEOLOGIA 57
10.1.2.7. LABORATRIOS DE ZOOTECNIA 58
10.1.2.8. LABORATRIOS DE MEDICINA VETERINRIA 58
101.3. BIOTRIO 58
10.1.4. BIBLIOTECA CENTRAL 58
10.1.4.1. ACERVO TOTAL DA BIBLIOTECA/2005 59
10.1.4.2. ACERVO POR REA DE CONHECIMENTO/2005 59
10.1.5. REDE DE INFORMAO ACESSADA 59
10.1.5.1. POLTICA DE ATUALIZAO DO ACERVO 60
10.1.6. REA FSICA CONSTRUDA 60
10.1.7. CONSULTAS E EMPRSTIMOS/DIRIOS 60
10.1.8. HORRIO DE ATENDIMENTO (SEGUNDA A SEXTA) 60
10.2. RECURSOS MATERIAIS 61
11 CARACTERSTICAS GERAIS 61
12 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 61
13 ANEXOS 63
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
1. INTRODUO
O Conhecimento cientfico e o desenvolvimento tecnolgico de um pas esto intrinsecamente
ligados ao seu desenvolvimento econmico, superando todas as riquezas naturais, pois agregam um
alto valor produo. Enquanto nos ltimos 10 anos o PIB de diversos pases do mundo cresceu em
torno de 45%, o PIB brasileiro vem crescendo menos da metade deste valor no mesmo perodo. O
Brasil, apesar do grande trabalho de seus pesquisadores, um dos ltimos do ranking de patentes
mundiais. As causas so claras, os baixos incentivos ao desenvolvimento tecnolgico e industrial e a
pequena participao de empresas privadas nos financiamentos pesquisa.
Aliado a estes problemas, as Universidades brasileiras no conseguem suprir o dficit de
engenheiros que o pas precisa. Anualmente as Universidades brasileiras formam cerca de 23 mil
engenheiros, onde a maior parte de engenheiros civis, para atender a uma populao de cerca de
180 milhes de habitantes, ficando com uma proporo de 1 engenheiro para cada 8 mil pessoas,
isto um dcimo do que formam pases desenvolvidos. Como forma de resolver seus prprios
dficits, algumas empresas no Brasil esto oferecendo esta formao para funcionrios, ou pessoas
que ainda no so do quadro de funcionrios para obter mo-de-obra qualificada.
Segundo a Federao Interestadual de Sindicatos de Engenheiros FISENGE, A Engenharia
indispensvel para o fortalecimento do estado como indutor do desenvolvimento econmico,
investidor na infra-estrutura econmico e social e promotor de polticas pblicas baseadas na
universalizao dos direitos sociais. Cabe-nos perguntar: Ser que as universidades brasileiras
esto conseguindo formar engenheiros na quantidade necessria para atender as demandas do
pas?. Ser que o modelo de ensino aplicada formao de engenheiros est funcionando
adequadamente? Ser que os futuros engenheiros esto aprendendo a aprender, criar ou
desenvolver seus prprios conhecimentos?
Uma reflexo acerca das perguntas anteriores, aliada a quantidade de vagas ociosas nos
cursos de engenharia, em torno de 40%, alm disso, apenas cerca de 25% dos estudantes de
engenharia conseguem concluir seu curso, isso nos faz pensar que o modelo de Universidade precisa
de reformulaes. Entre os diversos problemas enfrentados pelas Universidades brasileiras podemos
destacar em primeiro lugar a escolha prematura que muitos jovens tm que fazer para prestar o
vestibular. Em segundo lugar, prticas pedaggicas com grande nfase em aulas tericas
tradicionais, sem nenhuma, ou com pouqussimas aulas prticas e de laboratrios. Por fim, a
ociosidade de muitos estudantes, que poderiam passar mais tempo nos laboratrios, bibliotecas, ou
em projetos de ensino, pesquisa ou extenso com seus professores, vivendo realmente a
Universidade, porm no encontram ambiente propcio ou no lhes foi introduzida esta cultura. Estas
so, em parte, algumas das causas da grande evaso de estudantes nos cursos de engenharia.
Para oferecer uma formao melhor, mais cidad, mais crtica e com mais qualidade aos
nossos estudantes, para atender aos anseios da populao brasileira e das necessidades do
mercado de trabalho, foi criado um novo modelo de formao universitria baseado nos projetos
iniciais de Ansio Teixeira e Darcy Ribeiro na UnB, chamado de Universidade Nova, anos antes da
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
ditadura militar instaurada no final da dcada de 1960. Infelizmente, antes de dar frutos este modelo
foi encerrado no incio da ditadura militar. Baseado no sistema 3+2 (3 anos e formao bsica geral e
2 anos de formao especfica), em contraposio ao sistema atual 2+3 (2 anos e formao bsica
geral e 3 anos de formao especfica) das atuais engenharias, este novo projeto recebeu o nome de
REUNI Reestruturao e Expanso das Universidades Federais. O REUNI foi institudo pelo
Decreto n 6.096, de 24 de abril de 2007, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e
Expanso das Universidades Federais (REUNI) uma das aes do Plano de Desenvolvimento da
Educao (PDE) e tem como objetivo proporcionar s universidades federais condies necessrias
para ampliao do acesso e permanncia na educao superior.
Dentro deste modelo foi criado o Bacharelado Interdisciplinar, que segundo Paulo Roberto da
Silva, uma modalidade de curso de graduao, e se caracteriza por agregar uma formao geral
em diversas reas do conhecimento humano, e um aprofundamento num dado campo do saber,
promovendo o desenvolvimento de competncias e habilidades que possibilitaro ao egresso a
aquisio de ferramentas cognitivas que conferem autonomia para a aprendizagem ao longo da vida
bem como uma insero mais plena na vida social, em todas as suas dimenses.
Comprometido com a excelncia no ensino, na pesquisa e na extenso, este novo modelo tem
como objetivos, promover o ensino de graduao e de ps-graduao, bem como a pesquisa e a
extenso universitria, alm de desenvolver as cincias, as letras, as artes, o esporte e a sade e
tambm prestar servios tcnicos especializados comunidade. Conforme dados fundamentados no
ano de 2006, a Universidade
Segundo Paulo Roberto da Silva, apenas 10% dos jovens de 18-24 anos de idade encontram-
se na universidade brasileira, contra 20% na Argentina, 50% na Frana e 80% na EUA. Aliado a estes
dados, dos 10% de universitrios brasileiros, apenas 13% deles se formam engenheiros, ou seja, a
cada 100 universitrios, apenas 1,3 estudam engenharia. Isso devido ao modelo de formao
acadmica e profissional adotado no Brasil, que baseado numa concepo fragmentada e
compartimentada do conhecimento. Esse modelo, que ora questionado, foi resultado de reformas
universitrias parciais e limitadas nas dcadas de 1960 e 70, sobretudo a de 1968, onde a principal
caracterstica foi a predominncia de currculos de graduao pouco flexveis, com forte vis
disciplinar e sem nenhuma articulao entre a graduao e a ps-graduao. Outra caracterstica
negativa o fato de que os jovens so obrigados a escolher, prematuramente, a carreira profissional
num processo seletivo pontual e socialmente excludente para ingresso na graduao. Percebe-se
isso claramente na Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, quando em poca de
pedidos de transferncia, muitos de nossos estudantes optam por mudar de curso, por diversos
motivos.
2. APRESENTAO
A mudana se torna inevitvel, acompanhando uma tendncia mundial o MEC est investindo
esforos para a mudana no modelo educacional de nvel superior no Brasil. Desde 1930 quando foi
criado o Ministrio da Educao, seguindo-se as primeiras regulamentaes do ensino superior, o
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
MEC se atualiza e acompanha a modernizao, iniciando com a primeira Lei de Diretrizes e Bases
LDB, lei 4.024/61. Os antigos currculos mnimos remontam a essa primeira LDB, onde cada
modalidade de curso superior possua um currculo mnimo nico e obrigatrio em todo o pas.
Posteriormente reformou-se a L.D.B por meio da Lei 5.540/68, introduzindo o sistema de crditos e
fortalecendo a ps-graduao brasileira. Essas reformas foram amplamente discutidas nos anos
1980/90, surgindo a nova LDB - Lei de Diretrizes e Base da Educao Nacional, a Lei 9.394/96. Esta
Lei e subseqentes normas determinaram profundas modificaes na educao superior, dentre
as quais destacamos:
1. Recomenda a extino dos departamentos nas universidades
2. Extino dos currculos mnimos
3. Introduo das Diretrizes Curriculares, flexibilizao curricular, mobilidade acadmica,
enfoque sistmico e interdisciplinar, criao dos ciclos bsico e profissional, entre outros.
4. Diploma ou Certificado acadmico diferente de ttulo profissional, no dando mais o direito
automtico de exerccio da profisso.
5. Reduo da durao dos cursos, onde a graduao considerada etapa inicial da formao,
devendo ser complementada com a ps-graduao.
6. Insero de at 20% de EAD nas disciplinas semipresenciais.
7. Introduo de avaliao institucional e de cursos, o SINAES.
O curso Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA foi viabilizando atravs do projeto
REUNI, este novo curso esta inserido neste contexto de nova educao superior no Brasil, delineado
em harmonia com modificaes no ensino superior propostas pela nova LDB. Assim, tem em seus
objetivos a melhorar da qualidade e ampliao do acesso e permanncia do estudante nos cursos de
graduao em uma proposta nova de formao em dois ciclos. Certamente com este novo curso
deve-se elevar a taxa de concluso de cursos, aumentar a incluso social das classes menos
favorecidas da populao, sobretudo quando prioriza a abertura de cursos noturnos. Para incentivar o
interesse e a permanncia do aluno no curso foi institudo no REUNI um projeto de mobilidade
acadmica que permitir o intercmbio de alunos entre universidades brasileiras.
A nova resoluo do CREA, a resoluo 1.010, que sistematiza os campos de atuao
profissional, est em conformidade com as novas diretrizes curriculares, que preconiza uma formao
mais ampla, diferenciada daquela vinculada a diploma/exerccio profissional, pois, segundo o Parecer
0136/2003 CNE, diploma no mais gera direito automtico de exerccio da profisso. O diploma,
segundo o artigo 48 da LDB (Lei 9.394/96) o certificado de formao acadmica. Em outras
palavras o diploma credencia para a competio acadmico-cientfica e no para a competncia de
tarefas profissionais, cabendo ao sistema profissional elaborar as suas prprias normas para o
exerccio da profisso. Assim como os professores universitrios, a chamada Academia reclama do
baixo nvel de formao bsica dos estudantes, as empresas tm reclamado da baixa qualificao
dos engenheiros recm-formados.
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
A UFERSA considera que os Projetos Pedaggicos so mais do que um meio de organizar o
ensino, representa a possibilidade de reorientar a formao profissional e estabelecer novos
parmetros que possibilitem a garantia da afirmao da Universidade enquanto Instituio Pblica e
com o pblico comprometido. Este documento apresenta o Projeto Poltico-Pedaggico do
BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA da UFERSA, descrevendo seus aspectos
pedaggicos e polticos, estabelecendo as estratgias para a formao do profissional que se deseja.
O Projeto est organizado de forma a tornar explicito o perfil do profissional egresso e as aes
necessrias para atingir os objetivos desejados. Nele detalhamos aes, objetivos, metodologias de
ensino, recursos materiais e humanos necessrios.
Espera-se que este projeto poltico pedaggico seja discutido por membros da comunidade, e
sempre que necessrio seja atualizado para atender a formao dos profissionais a que o curso se
prope a formar.
3. HISTRICO
A Unio Europia, com a sua grande unificao, mostra ao mundo que para a estabilidade
nacional, o crescimento econmico e a melhoria da qualidade de vida de sua populao, requer uma
grande mudana no sistema educacional, mudana esta, que tambm j est dentro de muitas
Universidades americanas importantes. A nova Europa, a Europa do Conhecimento, considera que
para o crescimento humano e social, a consolidao e o enriquecimento da cidadania, ela deve ser
capaz de fornecer aos seus cidados as necessrias competncias para encarar os desafios do novo
milnio, bem como desenvolver a conscincia de valores partilhados e relativos a um espao comum,
social e cultural. A importncia tanto da educao como da cooperao no desenvolvimento e no
reforo de sociedades estveis, pacficas e democrticas universalmente reconhecida como da
maior importncia, sobretudo em vista da situao do sudeste europeu.
Deste ponto de vista, reconhece-se de extrema importncia a renovao educacional. Para
tanto 28 pases europeus, entre eles, a Alemanha, ustria, Blgica, Dinamarca, Frana, Grcia, Itlia,
Holanda, Portugal, Espanha, Sucia, Sua e Reino Unido, aderiram ao tratado de Bolonha no dia 19
de junho de 1999. Os objetivos deste tratado incluem igualdade em condies de empregabilidade e
a competitividade internacional do sistema europeu do Ensino Superior para os cidados europeus.
Entre estes objetivos est a adoo de um sistema essencialmente baseado em dois ciclos principais,
o graduao e a ps-graduao, a mobilidade estudantil entre os diversos pases que assinaram o
tratado, incluindo estudantes, professores e pesquisadores.
Pertinente a tudo o que foi apresentado, e tendo em vista que grande parte dos egressos do
curso Bacharelado em Cincia e Tecnologia objetiva outra formao superior, principalmente em
engenharia, cabe ao projeto pedaggico do BCT necessariamente abordar 3 grandes vertentes :
saber pensar, saber fazer e saber ser. Ao primeiro tema, saber pensar, associamos a Matemtica, a
Fsica, a Qumica, e as cincias da engenharia. O saber fazer est associado a disciplinas que fazem
a integrao do saber pensar e do saber ser para o desenvolvimento e projeto de elementos,
sistemas e processos que visam satisfazer necessidades especficas. Para o ltimo tema, saber ser,
integram os conhecimentos relacionados s cincias sociais e humanas, as artes, a economia, a
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
gesto, a comunicao, lnguas, etc. Todas as trs vertentes so igualmente importantes para o
Bacharel em Cincia e Tecnologia, a profundidade de especializao em cada tema que limita a
carga didtica obrigatria no curso. Uma vez que o estudante do BCT ter acesso a pelo menos oito
disciplinas de carter eletivas poder sedimentar de conhecimento em uma direo de maior
afinidade.
1. Em 2007, o MEC retoma a idia inovadora e visionria da dcada de 1960 elaborada por
Ansio Teixeira e Darcy Ribeiro, chamada de REUNI. Este modelo de reestruturao do
ensino, apesar de extremamente recente, tm sido aceita por quase todas as Universidades
Federais do pas, veja a lista completa destas Universidades na seco de Anexos.
Destacamos aqui a Universidade Federal do Recncavo da Bahia UFRB, que j iniciou
este novo modelo, e a Universidade Federal de Lavras UFLA, que ao completar 100 anos em
2008, fez um planejamento projetando seu crescimento, calcado no REUNI, para os prximos anos
at 2012. Este projeto inclui a ampliao de vagas em todos os cursos, a criao de novos cursos
como Licenciaturas em Matemtica e Fsica, Educao Fsica, Jornalismo, Engenharia de Controle e
Automao, Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, entre outros. Alm disso, num prazo de 5
anos todos os cursos da UFLA tero que flexibilizar, no mnimo, 20% da carga horria de suas
matrizes curriculares. A Universidade de Viosa, por exemplo, entrar no REUNI com quatro
licenciaturas noturnas (fsica, qumica, biologia e matemtica) e tambm na rea tecnolgica onde os
quatro primeiros perodos sero comuns e os dois ltimos sero diferenciados por rea, at 20% da
carga horria desta modalidade ser semipresencial. A Universidade Federal de Gois UFG ir
criar quatro cursos inovadores, so eles: Licenciatura em Direitos Humanos, Gesto Ambiental,
Letras com habilitao em Libras e Licenciatura Intercultural. A Universidade Federal de So Paulo
UNIFESP iniciar com um bacharelado em Cincia do Mar e Meio Ambiente, para posteriormente
encaminhar seus egressos aos cursos de Engenharia de Pesca, Engenharia Porturia, Engenharia
do Meio Ambiente ou Oceanografia. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN cria
juntamente com o Bacharelado em Cincia Exatas e Tecnolgicas um curso de nivelamento oficial
para estudantes que atingem o ponto de corte, mas no atingem a nota mnima exigida para
aprovao, sendo este nivelamento uma continuao do vestibular, apenas para as disciplinas de
fsica e matemtica, disciplinas essenciais para a formao do engenheiro. Aps as duas fases
iniciais, exame objetivo e exame subjetivo, os estudantes que atingiram a nota mnima exigida
estaro automaticamente aprovados no vestibular. Os estudantes que apenas passaram no ponto de
corte cursaro o nivelamento, que ser a terceira fase do vestibular, e um semestre aps as duas
fases anteriores do vestibular faro exames para identificar quais sero considerados aprovados ou
no, dependendo das notas na terceira fase do vestibular.
A Escola Superior de Agronomia de Mossor - ESAM foi criada pela Prefeitura Municipal de
Mossor, atravs do Decreto N 03/67 de 18 de abril de 1967 e inaugurada aos 22 de dezembro do
mesmo ano. Teve na sua fase de implantao, como entidade mantenedora, o Instituto Nacional de
Desenvolvimento Agrrio (INDA) e foi incorporada Rede Federal de Ensino Superior, como
autarquia em regime especial em 1969, atravs do Decreto-Lei N 1036, de 21 de outubro de 1969.
Em 13 de julho de 2005, o Senado Federal aprova o projeto de lei que transforma a ESAM em
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA. Em 29 de julho de 2005, o Presidente da
Repblica, sanciona a lei n 11.155 que cria a Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA.
A lei n 11.155, de 29 de julho de 2005 publicada no Dirio Oficial da Unio no dia 01 de agosto de
2005, na seo 1, n 146.
Para cumprir o seu papel de ensino, pesquisa e extenso, a UFERSA conta atualmente com
110 docentes efetivos, distribudos entre quatro departamentos, em sua grande maioria na condio
de dedicao exclusiva. Destes 78 (70,9%) so titulados em doutores, 29 (26,4%) so mestres, 02
(1,8%) especialistas e 01 (0,9%) com aperfeioamento. Dentre os servidores de nvel superior, muitos
apresentam ttulo de especialistas e mestres, sendo trs detentores do ttulo de Doutor.
A UFERSA possui um campus de 1.731 hectares, sendo 1.300 hectares no Campus Central e
419 hectares em uma Fazenda Experimental, distante 18 km da sede do municpio, alm de um stio
com 12 hectares. A estrutura fsica composta de edificaes para fins didticos e de pesquisa,
administrativo e residencial somam uma rea de 72.000 m2, dos quais 56.781 m
2 construdos. Sua
estrutura dividida em 04 departamentos didtico-pedaggicos, 35 laboratrios, duas estaes
meteorolgicas, Biblioteca especializada, vila acadmica, lanchonetes, mini-auditrio e dois
auditrios, ginsio poliesportivo e campo de futebol. Alm de Museu, agncia da Caixa Econmica
Federal, usina de beneficiamento de semente, fbrica de doces e polpas de frutas, correios,
biofbrica, grfica, viveiro de produo de mudas, Centro de Treinamento Loureno Vieira, Parque
Zoobotnico, hospital veterinrio, Centro de Multiplicao de Animais Silvestres e fbrica de raes.
A UFERSA, quatro anos aps sua primeira expanso, saindo da categoria de Escola Superior
e tornando-se Universidade, tambm adere ao plano do REUNI, e em 2008.2 inicia seu Bacharelado
em Cincia e Tecnologia BCT, incluindo grande parte de seus cursos de engenharia nesta nova
modalidade.
Entre outras possibilidades ser oferecida, para seus estudantes de engenharia e de sistema
de informao, uma formao dividida em dois ciclos. O primeiro ciclo ser o Bacharelado em Cincia
e Tecnologia, seguida do segundo ciclo que ser o curso de Engenharia ou Sistema de Informao
numa nova formatao, e o terceiro ciclo ser a ps-graduao. Propondo uma formao mais geral
e com forte base cientfica, a UFERSA oferecer seu bacharelado com uma durao de trs anos
denominado Bacharelado em Cincia e Tecnologia BCT. Neste novo modelo proposto, o primeiro
ano ser formado por disciplinas bsicas de cunho cientfico comum a todas as engenharias
agregadas. Neste ano nossos alunos estudaram, entre outras disciplinas, matemtica, fsica, qumica,
informtica, expresso grfica e humanidades. O segundo ano, alm das disciplinas citadas para o
ano anterior, ter reforada a rea humanstica e disciplinas aplicadas s engenharias, como Projetos
Auxiliados por Computador, por exemplo. E, por fim, no ltimo ano, concludas as matemticas,
fsicas e qumicas sero apresentadas com mais nfase as disciplinas humansticas e o estudante
poder escolher entre diversas disciplinas optativas, aquelas direcionadas para a rea de formao
desejada, alm de um Trabalho de Concluso de Curso TCC, obrigatrio. Esta formao ter a
durao de 3 anos, com uma carga horria de 2.400 horas, alm da obrigatoriedade de completar 60
horas de Atividades Complementares. Ao concluir este ciclo o estudante poder cursar mais dois
anos e concluir um curso de engenharia, estando credenciado para a competio acadmico-
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
cientfica no terceiro ciclo (lato senso ou stricto senso), ou, aps autorizao do CREA oferecer sua
competncia profissional ao mercado de trabalho. As regras para o ingresso nos cursos de
engenharia, aps a concluso do bacharelado, sero regulamentadas pela UFERSA.
Esta disciplina desenvolver os conhecimentos tcnico-metodolgicos
especficos para a elaborao do projeto de TCC e para a sua posterior consecuo.
Tem como objetivos gerais: Contribuir para a compreenso do aluno a respeito da
importncia da pesquisa e sua disseminao por intermdio do TCC; e contribuir
para a estruturao da pesquisa monogrfica.
Bibliografial
AZEVEDO, Israel Belo de. O Prazer da produo Cientfica. So Pauo: Hagnos,
2000.
BRENNER, Eliana de Moraes. Manual de Planejamento e Apresentao de
Trabalhos Acadmicos. So Paulo: Atlas, 2007.
Bibliografia complementar
BARROS, Aidil de Jesus Paes de e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto
de pesquisa: propostas metodolgicas. 8.ed. Petrpolis: Vozes, 1999.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15.ed. So Paulo: Perspectiva, 1999.
LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho
cientfico. 4.ed. So Paulo: Atlas, 1992.
MEDEIROS, Joo Bosco. Redao cientfica. A prtica de fichamentos, resumos,
resenhas. 4.ed. So Paulo: Atlas, 1999.
MORAES, Reginaldo C. Corra de. Atividade de pesquisa e produo de texto.
Textos Didticos IFCH/Unicamp, Campinas, n. 33, 1999.
RUDIO, Franz Victor. Introduo ao projeto de pesquisa cientfica. 24.ed.
Petrpolis:Vozes, 1999.
SEVERINO, Antnio Joaquim. Metodologia do trabalho cientfico. 20.ed. So
Paulo:Cortez, 1996.
4. JUSTIFICATIVA
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
Conforme o Censo da Educao Superior de 2005, o Brasil contava com 176 universidades,
das quais 90 eram pblicas, sendo 52 do sistema federal, 33 estaduais e 5 municipais. Nesse ano, o
sistema pblico acolhia um total de 1.192.189 matrculas de graduao. O setor privado compreendia
1.934 instituies, dentre elas 86 universidades, com 3.260.967 matrculas de graduao. A cada ano
tm ingressado 1.700.000 novos estudantes de graduao, na modalidade presencial, no sistema
nacional de educao superior. No ano de 2005, os programas de ps-graduao do Brasil
matricularam cerca de 124.000 estudantes de mestrado e doutorado e formaram aproximadamente
9.000 doutores. Nos ltimos anos, a comunidade cientfica do pas produziu 1,92 % dos trabalhos
cientficos publicados no mundo inteiro, ao mesmo tempo em que 93% dos programas de ps-
graduao esto concentrados em universidades pblicas, responsveis por 97% da produo
cientfica do pas.
Enfim, os dados indicam que a pesquisa desenvolvida no pas encontra-se fortemente
concentrada nas instituies pblicas, o que consistentemente reconhecido pelas diversas
dimenses do sistema nacional de avaliao. O setor privado est saturado e com grande quantidade
de estudantes inadimplentes. O setor privado mostra sinais de que sua expanso est se esgotando,
pois o ensino superior caro. Como se pode perceber, a ampliao das vagas na educao superior
pblica torna-se imperativa para o atendimento da grande demanda de acesso educao superior.
Segundo relata as Diretrizes Gerais do REUNI, o sistema educacional brasileiro ainda o
mesmo da reforma universitria de 1968. Este currculo pouco flexvel, exigindo que o estudante
curse uma lista de disciplinas, que no d margem para cursar disciplinas fora de sua matriz
curricular de disciplinas obrigatrias ou optativas. H uma excessiva precocidade na escolha de
carreira profissional, alm de tudo submetida a um sistema de seleo pontual e socialmente
excludente para ingresso na graduao. Os jovens so obrigados a tomar a deciso de carreira
profissional de nvel universitrio muito cedo e de forma imatura. A manuteno da atual estrutura
curricular de formao profissional e acadmica, ao reforar as lgicas da precocidade profissional e
do compartilhamento de saberes, coloca o pas em risco de isolamento nas esferas cientfica,
tecnolgica e intelectual de um mundo cada dia mais globalizado e inter-relacionado.
necessrio que os atuais currculos de cursos de graduao se tornem mais flexveis e
interdisciplinares. As aulas, em sua grande maioria, tericas, precisam ser mais enriquecidas de
contedos prticos e experimentais, com uma metodologia que permita o uso de novos recursos
didticos. preciso ampliar o raio de ao da Universidade aumentando tambm a quantidade de
vagas oferecidas pelas Universidades como um meio de atingir mais a populao brasileira. E por
fim, importante restringir a evaso dos cursos universitrios e reduzir os horrios ociosos das
Universidades, principalmente o turno noturno.
O REUNI tem como objetivos aumentar a quantidade de vagas de ingresso, especialmente no
perodo noturno, reduzir as taxas de evaso, ocupar as vagas ociosas, revisar a estrutura acadmica
r os cursos de graduao, diversificar as modalidades de graduao, articular a educao superior
com a educao bsica, profissional e tecnolgica, articular a graduao com a ps-graduao,
atualizar as metodologias de ensino-aprendizagem, promover a mobilidade estudantil, aumentar as
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
polticas de incluso social, e os programas de assistncia estudantil e de extenso, entre outros.
Com uma meta de aumentar a relao de 18 alunos para cada professor em todas as Universidades
Federais e aumentar a taxa para 90% nos cursos de graduao superior reduzindo as vagas ociosas
e as evases.
5. O BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA
5.1. OBJETIVOS DO CURSO
5.1.1. OBJETIVO GERAL
Este Projeto Poltico-Pedaggico tem como objetivo estabelecer as diretrizes para a
formao de Bacharis em Cincia e Tecnologia na UFERSA. Os egressos deste curso atuaro
de forma crtica e inovadora frente aos desafios da sociedade, tendo slida formao geral e
cientfica, para entrar no mercado de trabalho e atuar de forma crtica e criativa na identificao e
resoluo de problemas, considerando seus aspectos ambientais, sociais, polticos, econmicos e
culturais.
5.1.2. OBJETIVOS ESPECFICOS
Formar Bacharis com viso humanitria, tica, comprometidos com a preservao do meio
ambiente e o seu desenvolvimento sustentvel. O Bacharelado em Cincia e Tecnologia procura se
adaptar s exigncias do novo milnio de respeito ao meio ambiente e atuando no mercado de
trabalho propondo solues inovadoras e eficazes.
O Bacharel em Cincia e Tecnologia estar apto a desempenhar as funes onde se requer
uma formao superior generalista, principalmente aquelas onde conhecimentos em Cincias Exatas
so desejveis. Entre outras, podem-se citar as profisses nos setores bancrio, comercial e de
servios; o setor pblico, principalmente nos cargos administrativos; os cargos de gesto, em
empresas de qualquer setor; e a prestao de servios de apoio em Cincia e Tecnologia. Com o
nvel superior, este profissional estar apto a prestar concursos em que a exigncia seja apenas o
nvel superior, como grande parte dos concursos existentes no Brasil. Este Bacharel pode criar sua
prpria empresa e trabalhar no ramo tecnolgico, gerenciando seu prprio negcio.
O BCT da UFERSA, alm de garantir uma formao superior como um curso pleno de
graduao, funcionar tambm como mecanismo de acesso a cursos de Engenharia na UFERSA ou
em qualquer Universidade do pas que tenha aderido a este modelo de ensino. Os cursos de
Engenharia que esto sendo oferecidos na UFERSA no tero admisso de alunos diretamente do
Vestibular, pois admitiro apenas Bacharis em Cincia e Tecnologia que, aps uma formao
complementar de 2 anos, concluiro a formao adicional na Engenharia especfica. Ou aps um ano
tero o diploma de Licenciados nas modalidades Matemtica ou Fsica, que sero oferecidos no turno
noturno.
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
5.2. PERFIL DO PROFISSIONAL
O curso de Graduao em Bacharelado em Cincia e Tecnologia tem como perfil do formando
egresso/profissional o bacharel, com formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, capacitado
a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuao crtica e criativa na
identificao e resoluo de problemas, considerando seus aspectos polticos, econmicos, sociais,
ambientais, culturais, com viso tica e humanstica, em atendimento s demandas da sociedade. O
currculo proposto prioriza a formao de um profissional com slida base cientfica, capaz de
assimilar e avaliar inovaes bem como ter flexibilidade de atualizar-se e capacitar-se face a
problemas novos.
5.3. CAMPOS DE ATUAO DO PROFISSIONAL
O Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA visa formao de Bacharis com
conhecimento em sistemas gerais em cincia e tecnologia. O campo de atuao do Bacharel egresso
bastante amplo, estando apto a atuar em diversas empresas, como:
1. Empresas de servios;
2. Empresas de consultoria, assessoria e fiscalizao onde um profissional com bons
conhecimentos matemticos e cientficos desejvel;
3. Autarquias, associaes e governos federal, estadual e municipal em cargos onde o nvel
superior necessrio;
4. Indstrias na parte de gesto e superviso;
5.4. ESTRUTURA CURRICULAR
O currculo proposto busca atender alm do perfil do formando, tambm competncias e
habilidades necessrias ao profissional para garantir uma boa formao tanto terica quanto prtica
capacitando o profissional a adaptar-se a qualquer situao. O currculo caracterizado por um
conjunto de disciplinas comuns obrigatrias, que permite uma slida formao geral e cientfica.
O Currculo baseado nas Diretrizes do REUNI e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os
Cursos de Engenharia (resoluo CNE/CES 11/2002), pois estes profissionais podero seguir a
formao continuada e entrar em um curso de Engenharia, para tanto, os componentes curriculares
so compostos por: ncleo de contedos comuns obrigatrios, Trabalho de Concluso de Curso,
Atividades Complementares e Disciplinas Optativas das diversas Engenharias. Este um ponto forte
na proposta, a possibilidade do estudante escolher a rea em que quer se formar apenas no terceiro
ano, quando j estiver mais certo do que deseja e maduro o suficiente para no mudar sua opo de
curso, e com isso reduzir a evaso dos cursos de engenharia.
A estrutura curricular do Bacharelado em Cincia e Tecnologia do noturno contempla
disciplinas em modelo semi-presencial, de acordo com a portaria do PORTARIA N 4.059 (DOU de
13/12/2004, Seo 1, p. 34) que garante que s instituies de ensino superior podero introduzir, na
organizao pedaggica e curricular de seus cursos superiores reconhecidos, a oferta de disciplinas
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
integrantes do currculo que utilizem modalidade semi-presencial. A portaria destaca que podero ser
ofertadas as disciplinas referidas no caput, integral ou parcialmente, desde que esta oferta no
ultrapasse 20 % (vinte por cento) da carga horria total do curso. No caso do curso Bacharelado em
Cincia e Tecnologia a carga horria total distncia pode chegar a 480 horas, totalizando 20% da
carga horria total do curso.
A estrutura inicial da UFERSA viabiliza a formao em segundo ciclo dos estudantes em
Engenharia ou Sistema de Informao. As disciplinas eletivas a serem escolhidas pelos estudantes
tero quantidade limitada de vagas, direcionando-os para uma das seguintes cursos de formao em
segundo ciclo:
Destaca-se que a flexibilidade do curso permite maior integrao com outras reas de
formao, desde cincias atuariais, computao, gesto financeira e gesto ambiental at as
licenciaturas em matemtica, qumica e fsica. Entretanto, a incorporao destes cursos sistemtica
de formao em dois ciclos relacionada ao curso de Bacharelado em Cincia e Tecnologia (BCT) da
UFERSA deve ser gradativa, pois a Universidade ainda carece de estudos detalhados neste sentido.
Mas sem dvida a UFERSA tem interesse em desenvolver todas as potencialidades do curso.
O BCT, alm de garantir uma formao superior como um curso pleno de graduao,
funcionar tambm como mecanismo de acesso a outros cursos. Novos cursos de Engenharia que
esto sendo propostos na UFERSA no tero admisso de alunos diretamente, pois admitiro
apenas bacharis em Cincia e Tecnologia que, aps uma formao complementar de 2 anos,
concluiro a formao adicional na Engenharia especfica ou Sistema de Informao. Os cursos
atualmente existentes nos Departamentos Envolvidos podero tambm destinar vagas para
reingresso destes profissionais, que ingressaro no curso para preencher vagas ociosas. O
Bacharelado em Cincias e Tecnologia BCT ser um curso generalista cuja formao se
concentrar em trs vertentes principais:
1. Cincias Exatas e Naturais,
2. Tecnologia, principalmente nos contedos bsicos da formao em Engenharia e
3. Cincias Sociais Aplicadas e Humanidades.
Curso durao Engenharia Agrcola e Ambiental 2 anos
Engenharia Civil 2 anos
Engenharia de Energia 2 anos
Engenharia Mecnica 2 anos
Engenharia do Petrleo 2 anos
Engenharia de Produo 2 anos
Engenharia Qumica 2 anos
Sistema de Informao 2 anos
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
Os alunos do BCT tero a possibilidade de, caso decidam continuar seus estudos
imediatamente aps a concluso do bacharelado em um curso de formao em segundo ciclo, devem
fazer o opo pela formao profissional durante o curso, e no logo na inscrio no concurso de
ingresso na graduao em primeiro ciclo. J os estudantes que no tm interesse em iniciar um
curso de imediatamente aps o trmino do BCT podero reingressar no curso de segundo
ciclo que a UFERSA oferece atravs de um exame de seleo de re-ingressantes graduados
em Cincia e Tecnologia. A estrutura curricular do BCT reserva quase 80% das disciplinas dos
dois ltimos perodos na forma de eletivas, que podem ser de carter generalista ou
especficas, que com isso poder mold-lo de acordo com seus interesses. Alm disso, aps a
concluso, ser aberto um leque de possibilidades de reingresso em vrios outros cursos de
Engenharias e Cincias Exatas, o que aumenta ainda mais as escolhas existentes quanto
formao.
O curso de Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA que ser oferecido no turno
diurno ter uma durao de 6 perodos letivos semestrais, enquanto o oferecido no noturno ser
composto por 7 perodos letivos semestrais. Para o turno diurno, os quatro primeiros constituem
um ncleo comum, cujas disciplinas sero cursadas por todos os alunos. Os dois ltimos perodos
tm um conjunto de disciplinas eletivas e optativas, o que possibilita ao aluno fazer a escolha pela
nfase de formao que deseja. J o turno noturno, dispe dos cinco primeiros semestres letivos
voltados para o estudo do ncleo comum, cujas disciplinas sero cursadas por todos os alunos do
BCT; e tambm usar os ltimos dois perodos para cursar um conjunto de disciplinas eletivas
especficas indexadas aos cursos de segundo ciclo e componentes curriculares eletivos de
formao generalista, que so disciplinas eletivas mais diversas e no necessariamente
indexadas cursos de segundo ciclo que a UFERSA esteja oferecendo. As nfases escolhidas so
particularmente importantes para aqueles alunos que pretendem ingressar em outra formao aps a
concluso do BCT ou para o estudante que quer cursar apenas o BCT tenha uma formao
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
adequada seus interesses. Nestes casos, h uma indicao do conjunto especfico de disciplinas
que devem ser cursadas para ingresso em cada curso que recebe egressos do BCT. Cursando estas
disciplinas, o aluno poder concluir a outra formao no menor tempo possvel. Alm das nfases
que preparam para ingresso nos outros cursos, h tambm uma indicao para aqueles alunos que
pretendem concluir o BCT como formao terminativa.
O curso proposto ter uma carga horria de 2.400 horas, distribudas em 3 (trs) anos de
formao no turno diurno e 3,5(trs anos e meio) no turno noturno. Ser oferecida em trs turnos,
sendo 200 vagas por semestre para o diurno e com a oferta de 100 vagas por turno por semestre,
totalizando 600 vagas por ano.
Na construo da proposta do curso imagina-se que haver reduo de vagas ociosas, pois os
acadmicos formados pelo BCT podero ocupar vagas ociosas nos cursos existentes dos
Departamentos Acadmicos da UFERSA, alm de todas as vagas abertas pelos novos cursos de
Engenharia. Os cursos da UFERSA de um modo geral apresentam grande taxa de evaso.
Algumas instituies no pas e muitas no mundo adotam o modelo proposto para este curso de
bacharelado como formao inicial dos cursos de Engenharias e Cincias Exatas. Bacharis em
Cincia e Tecnologia destas e de outras instituies podero realizar sua formao especializada na
UFERSA e vice-versa. A mobilidade entre cursos intrnseca ao modelo proposto, pois os formandos
no necessariamente ingressam aps o bacharelado na formao especfica que tinham em mente
quando entraram na Universidade, aps conhecerem melhor a realidade dos cursos. Alm disso, os
formados pelo BCT podem realizar nenhuma, uma ou mais de uma formao profissionalizante, no
necessariamente imediatamente aps a concluso do bacharelado, o que abre espao para a
formao continuada.
Algumas das principais dificuldades na formao de profissionais em Cincias Exatas e
Tecnologia esto muito relacionadas com o ensino mdio, em razo de carncias na formao. Como
o BCT vai abrir um nmero relativamente grande de vagas, provvel que uma parcela significativa
dos estudantes admitidos sofra em maior ou menor grau de algumas destas deficincias. Por esta
razo, dever ser proposto um mecanismo de nivelamento de forma a oferecer a esta parcela dos
estudantes um mecanismo de superao parcial destas limitaes na formao do ensino mdio. Por
outro lado, como o vestibular ser nico, tambm existir a chance de serem aprovados os 300
melhores candidatos em cada vestibular, pois o que se v atualmente, que muitos candidatos,
mesmo tendo melhor formao do que outros, no so aprovados, isto devido concorrncia no
curso em que ele escolheu, enquanto isso, cursos menos procurados recebem estudantes com uma
formao no to boa, pois seu curso possui uma concorrncia menor.
H uma constante inquietao dentro das universidades manifestadas por professores e
coordenadores de todos os Cursos quanto carncia na formao bsica dos discentes. Trata-se de
uma posio consensual a deficincia principalmente em Lngua Portuguesa e em Matemtica, o que
dificulta o processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, urge a execuo da poltica de interveno
pedaggica procedendo aos Projetos de Nivelamento dessas disciplinas, visando a propiciar ao
aluno ingressante no curso de graduao um conhecimento bsico em disciplinas de uso
fundamental aos seus estudos universitrios. Contudo, entendemos que o Projeto de Nivelamento
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
no ir solucionar os problemas. A soluo adequada do problema passa por aes integradas entre
as universidades, redes de ensino, governos e a sociedade.
Entretanto, no podemos nos furtar a proporcionar instrumentos que permitam amenizar os
resultados que criam perversamente um universo to grande de analfabetos funcionais, em que a
relao entre leitor e texto de estranhamento, visto que no h por parte do leitor imerso naquilo
que se l, em que a leitura dialgica no se estabelece, o que leva o acadmico a reconhecer-se,
erroneamente, como incapaz de estar naquele lugar, evadindo-se da universidade e deslocando a
discusso que deve ser travada sobre este assunto para ao mbito da responsabilidade privada.
Desta forma o projeto pedaggico do BCT objetiva instituir um programa de nivelamento aos
ingressantes no curso, em modalidades presencial e semi-presencial oferecidas nos primeiros
semestres e acadmicos do curso. Mais especificamente, o programa de nivelamento deve buscar:
Proporcionar aos estudantes um aumento qualitativo no conhecimento do aluno em relao
ao ensino bsico da Lngua Portuguesa e Matemtica.
Desenvolver as habilidades em leitura, interpretao de texto e operaes matemticas.
Ampliar o prazer pela leitura e pela matemtica e desenvolver a apreciao dos diversos
tipos de textos atravs de um trabalho integrado e interdisciplinar.
Provocar uma modificao da atitude do aluno em relao ao processo de ensino e
aprendizagem, isto , a auto-aprendizagem.
Minimizar deficincia dos acadmicos em relao aos contedos fundamentais da
Educao Bsica.
Estimular os alunos a raciocinar em tempos lgicos. Bem como, desenvolver a capacidade
de anlise de problemas e de sua resoluo atravs de estudo de caso.
O curso Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA ficar vinculado ao Departamento
de Cincias Exatas e Naturais da UFERSA e os professores do curso ficaro lotados em suas
unidades de origem. Existiro prdios prprios a serem construdos, onde se localizaro as salas de
aula, laboratrios e demais espaos fsicos necessrios ao curso. A estrutura administrativa ser
composta por um Coordenador de Curso e um Colegiado de curso. Os colegiados dos Cursos de
Graduao so rgos permanentes formalmente institudos, de carter deliberativo, responsveis
pela execuo didtico-pedaggica e atuam no planejamento, acompanhamento e avaliao das
atividades de ensino, pesquisa e extenso dos cursos de Graduao da UFERSA, em conformidade
com as diretrizes da instituio. A idia geral por trs desta estrutura administrativa que o Colegiado
do Curso, ao ser solicitado seu parecer por meio de requerimento devidamente documentado e
protocolado na Coordenao de curso e encaminhado ao seu presidente, dever, nas suas decises,
dar prosseguimento no processo protocolado de acordo com os trmites internos necessrios e
adotados na instituio. Naturalmente, dentre outras tarefas cabe ao colegiado do BCT:
a) realizar atividades que permitam a integrao da ao tcnico-pedaggica do grupo
docente;
b) propor s diretorias da instituio o estabelecimento de convnios de cooperao tcnica
e cientfica com instituies afins com o objetivo de desenvolvimento e capacitao no
mbito do curso;
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
c) verificar e avaliar semestralmente a execuo dos Planos de Ensino das unidades
curriculares e propor as aes cabveis;
d) participar da avaliao e reformulao dos Planos de Ensino de cada unidade curricular,
periodicamente ou sempre que for solicitado;
e) analisar e dar parecer de solicitaes referentes avaliao de atividades executadas
pelos alunos no previstas no Regulamento de Atividades Complementares;
O currculo do curso prev a integrao vrias metodologias de ensino-aprendizado:
Disciplinas tericas, ministradas majoritariamente de forma presencial e algumas
atravs do ensino a distncia futuramente.
Disciplinas experimentais de prtica em laboratrio.
Atividades complementares. Um tipo importante de atividade complementar sero
oficinas de familiarizao com os cursos que recebem egressos do BCT.
Contemplando tipos de atividade que o estudante desenvolve ao participar dos cursos
de preparao para o mercado de trabalho, como microinformtica, lngua estrangeira,
etc. Bem como, atividades de auto desenvolvimento que o estudante desenvolva tanto
no aspecto de formao humanstica como cientfica.
Trabalho de concluso de curso.
5.4.1. NCLEO DE CONTEDOS COMUNS OBRIGATRIOS
O ncleo de contedos comuns obrigatrios poder ser desenvolvido em diferentes nveis de
conhecimentos, e em sua composio deve fornecer o embasamento terico necessrio para que o
futuro profissional possa desenvolver seu aprendizado. Este ncleo ser composto por disciplinas
cujos tpicos esto estabelecidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formao do
Engenheiro.
Tabela 1: Relao das disciplinas comuns obrigatrias
Ncleo das Disciplinas Comuns Obrigatrias Carga Horria
Carga Horria Crditos
1. Administrao
1.1. Administrao e Empreendedorismo
60
04
2. Cincia e Tecnologia dos Materiais
2.1. Resistncia dos Materiais I 60 04
3. Cincias do Ambiente
3.1. Ambiente Energia e Sociedade 60 04
4. Comunicao e Expresso
4.1. Anlise e Expresso Textual 60 04
5. Economia 60 04
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5.1. Economia para Engenharias
6. Expresso Grfica
6.1. Expresso Grfica
6.2. Projeto Auxiliado por Computador
60
60
4
4
7. Fenmenos de Transporte
7.1. Fenmenos de Transporte 60 04
8. Fsica
8.1. Mecnica Clssica
8.2. Laboratrio de Mecnica Clssica
8.3. Ondas e Termodinmica
8.4. Laboratrio de Ondas e Termodinmica
8.5. Eletricidade e Magnetismo
8.6. Laboratrio de Eletricidade e Magnetismo
60
30
60
30
60
30
04
02
04
02
04
02
9. Humanidades, Cincias Sociais e Cidadania
9.1. tica e Legislao
9.2. Introduo Sociologia
30
30
02
02
10. Informtica
10.1. Informtica Aplicada
10.2. Clculo Numrico
60
60
04
04
11. Matemtica e Estatstica
11.1. Clculo I
11.2. Clculo II
11.3. Introduo s Funes de Vrias Variveis
11.4. Geometria Analtica
11.5. lgebra Linear
11.6. Equaes Diferenciais
11.7. Estatstica
60
60
60
60
60
60
60
04
04
04
04
04
04
04
12. Mecnica dos Slidos
12.1. Mecnica Geral I 60 04
13. Metodologia Cientfica e Tecnolgica
13.1. Filosofia da Cincia e Metodologia Cientfica 60 04
14. Qumica
14.1. Qumica Geral
14.2. Laboratrio de Qumica Geral
14.3. Qumica Aplicada Engenharia
14.4. Laboratrio de Qumica Aplicada Engenharia
60
30
60
30
04
02
04
02
15. Segurana no Trabalho
15.1. Engenharia de Segurana no Trabalho 60 04
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
16. Seminrio
16.1. Seminrio de Introduo ao Curso 30 02
17. Trabalho de Concluso de Curso
17.1. Trabalho de Concluso de Curso 60 04
Subtotal 1800 120
5.4.2. NCLEO DE CONTEDOS ELETIVOS
Ncleo de Contedos Eletivos composto por eixos de disciplinas e atividades que permitem
ao discente complementar seus conhecimentos tcnicos e cientficos, em diversas reas de atuao
e/ou compondo estrutura bsica para o sucesso em demais cursos de graduao da instituio. O
ncleo de contedos eletivos ser composto por campos de conhecimentos destinados
caracterizao da identidade do profissional e/ou a integrao mais ampla entre o BCT e s
engenharias relacionadas ou demais cursos de formao em segundo ciclo oferecido pela UFERSA.
Os agrupamentos destes campos de saber geram grandes reas que caracterizam o campo
profissional, por exemplo, integrando as subreas de conhecimento que identificam certa Engenharia
ou permitem o desempenho em atividades profissionais voltadas para o mercado de trabalho.
Tabela 2: Relao das disciplinas eletivas generalista
DISCIPLINAS ELETIVAS GENERALISTA Carga horria crditos
1.1 Matemtica Discreta 60 04
1.2 Botnica 60 04
1.3 LIBRAS- Linguagem Brasileira de Sinais
1.4 Psicologia na Educao
60
60
04
04
1.5 Laboratrio de Ensino de Matemtica I
1.6 Prticas de Ensino de Matemtica I
1.7 Prticas de Ensino de Matemtica II
1.8 Epistemologia do Ensino de Matemtica
60
60
60
60
04
04
04
04
1.9 Estgio curricular supervisionado em Matemtica I
1.10 Matemtica Financeira
1.11 Educao Especial e Incluso
1.12 Filosofia e Educao
1.13 Sociologia e Educao
60
60
60
60
60
04
04
04
04
04
1.14 Anlise Real I
1.15 Teoria dos Conjuntos
1.16 Teoria dos Nmeros
1.17 Geometria Euclidiana I
60
60
60
60
04
04
04
04
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
1.18 Geometria Euclidiana II
1.19 lgebra Abstrata
1.20 Topologia
1.21 Geometria Diferencial
60
60
60
60
04
04
04
04
1.22 Programao de computadores
1.23 Introduo Lgica
1.24 Programao Orientada Objeto
1.25 Estrutura de Dados I
1.26 Banco de Dados I
1.27 Introduo Computao e Sistema de Informtica
1.28 Algoritmos e Programao I
1.29 Lgica e Matemtica Discreta
1.30 Algoritmos e Programao II
1.31 Princpios de Engenharia de Software
1.32 Inteligncia Artificial
1.33 Laboratrio de Circuitos Eletrnicos
60
60
60
60
60
60
60
06
60
60
60
30
04
04
04
04
04
04
04
04
04
04
04
02
1.34 Teoria Geral da Administrao
1.35 Teoria das organizaes
1.36 Administrao da Produo I
1.37 Marketing I
1.38 Direito das Organizaes
1.39 Introduo a Cincia do Direito I
1.40 Economia Poltica
1.41 Fundamentos de Administrao
1.42 Contabilidade Introdutria
1.43 Teoria Econmica
1.44 Mercado Financeiro
1.45 Organizao, Sistemas e Mtodos
60
60
60
60
60
60
60
60
60
60
60
60
04
04
04
04
04
04
04
04
04
04
04
04
O ncleo de contedos eletivos ser composto por dois grupos, um formado por disciplinas
cujos tpicos esto estabelecidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formao do
Engenheiro, o qual chamaremos de Eletivas especficas e outro por que visam o desempenho em
atividades profissionais voltadas para o mercado de trabalho, este um grupo mais aberto e ser
denominado de Eletivas generalistas. Nesta etapa, os estudantes j possuem maturidade suficiente
para escolher a rea de seu interesse podendo construir seu currculo na direo da Engenharia que
desejar ou a formao generalista de Bacharel em Cincia e tecnologia. Desta forma o estudante no
venha a optar por nenhuma engenharia, pode se matricular nas disciplinas Eletivas generalistas, que
na verdade so mais abrangentes. No sentido de concluso do curso do Bacharelado em Cincia e
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
Tecnologia no h distino em quais eletivas o estudante cursou, tanto as eletivas quanto as
eletivas livres tem o mesmo efeito para sua formao no BCT, h distino no curso de segundo ciclo
e certamente para o mercado de trabalho.
Tabela 2: Relao das disciplinas eletivas especficas das Engenharia e Sistemas de Informao
DISCIPLINAS ELETIVAS ESPECFICAS
CH CR Pr-Requisitos
Metrologia 60 04 -
Mecnica geral II 60 04 Mecnica Geral I
Fundamentos da Cincia dos Materiais
60 04 Qumica Aplicada Engenharia
Termodinmica Aplicada 60 04 Fenmeno dos Transportes + Qumica Ap. Engenharia
Resistncia dos Materiais II 60 04 Resistncia dos Materiais I
Materiais de Construo Mecnica Geral I
60 04 Qumica Aplicada Engenharia
Processos de Fabricao I 60 04 Metrologia
Mecnica dos Fluidos 60 04 Fenmeno dos Transportes + Int. F. Vrias. Variveis
Cultivos Agrcolas 60 04 -
Fsica do Solo 60 04 -
Geologia Aplicada a Engenharia 60 04
Mecnica dos solos 60 04 G. Aplicada a Engenharia
Topografia 60 04 Expresso Grfica
Climatologia 60 04 Mecnica Clssica
Relao gua Solo Planta Atmosfera
60 04 Climatologia + F. dos Solos
Geoprocessamento 60 04 Inf. Aplicada + Topografia
Poluio e Impacto Ambiental 60 04 -
Geoqumica Ambiental 60 04 Geoqumica Ambiental
Estatstica Experimental 60 04 Estatstica
Material de Construo I 60 04 Resistncia dos Materiais I
Mecnica das Estruturas 60 04 Resistncia dos Materiais II
Estradas e Ferrovias I 60 04 Topografia
Cartografia 60 04 Expresso Grfica
Botnica I 60 04
Silvicultura 60 04 Botnica I
Manejo e Gesto Ambiental 60 04 -
Geologia e Mineralogia 60 04 Qumica Ap. Engenharia
Qumica e Fertilidade do Solo 60 04 Geologia e Mineralogia
tica e Fsica Moderna 60 04 Elet. Magnetismo
Eletricidade Bsica 60 04 Elet. Magnetismo + A. Linear
Laboratrio de Eletricidade Bsica
60 04 Elet. Bsica (Co-requisito)
Instalaes Eltricas 60 04 Elet. Magnetismo + Proj. A. Computador
Fontes Alternativas de Energia 60 04 Elet. Magnetismo
Materiais Eltricos e Magnticos 60 04 Elet. Magnetismo
Anlise de Circuitos Eltricos I 60 04 Elet. Bsica + Eq. Diferenciais
Tcnicas e Conservao e Uso Eficiente de Energia
60 04 Instalaes Eltricas
Circuitos Eletrnicos 60 04 Elet. Bsica
Conservao Elet. de Energia I 60 04 Elet. Bsica
Qumica Inorgnica 60 04 Qumica Ap. Engenharia
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Qumica Orgnica I 60 04 Qumica Ap. Engenharia
Termodinmica para Engenharia Qumica
60 04 Fenmenos de Transportes
Princpios de Processos Qumicos
60 04 Fenmenos de Transportes
Fundamentos de Anlise Qumica
60 04 Qumica Inorgnica
Laboratrio de Anlise Qumica 60 04 Fundamentos de Anlise Qumica (Co-requisito)
Transferncia de Quantidade de Movimento
60 04 Princpios de Processos Qumicos
Qumica Orgnica II 60 04 Qumica Orgnica I
Fundamentos da Qumica do Petrleo
60 04 Qumica Orgnica I
Geologia do Petrleo 60 04 Qumica Ap. Engenharia
Sistemas de Produo e Processos Produtivos
60 04 -
Engenharia de Mtodos e Processos
60 04 -
Arranjos Produtivos Organizacionais
60 04 -
Ergonomia 60 04 -
Planejamento, Programao e Controle da Produo
60 04 -
Engenharia da Qualidade I 60 04 -
Engenharia da Qualidade II 60 04 Estatstica
Gesto e Otimizao da Produo
60 04 -
Gesto da Manuteno 60 04 -
Confiabilidade Lgica 60 04 -
Matemtica Discreta 60 04 -
Algoritmos e Programao I 60 04 -
Princpios de Engenharia de Software
60 04 -
Organizao e Arquitetura de Computadores
60 04 -
Processos e Requisitos de Software
60 04 Princpios de Engenharia de Software
Algoritmos e Programao II 60 04 Algoritmos e Programao I
Fundamentos de Banco de Dados
60 04 -
Anlise e Projeto de Sistemas 60 04 Princpios de Engenharia de Software
Teoria Geral dos Sistemas 60 04 -
Projeto e Desenvolvimento de Produto
60 04 -
Hidrulica 60 04 -
Mecanismo e Elementos de Mquinas
60 04 -
5.5. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO
Este projeto pedaggico do curso conta com a execuo de um Trabalho de Concluso de
Curso em determinada rea terica-prtica ou de formao profissional, como atividade de sntese e
integrao de conhecimento, devidamente, regulamentado e aprovado pelo seu Conselho Superior
Acadmico, contendo, obrigatoriamente, critrios, procedimentos e mecanismos de avaliao, alm
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das diretrizes tcnicas relacionadas com a sua execuo. Este trabalho deve obedecer s normas
vigentes da Instituio. Neste caso, o Projeto Poltico Pedaggico do Bacharelado em Cincia e
Tecnologia dever reservar o ltimo perodo para o cumprimento do trabalho de concluso do curso,
de forma a dar condies para que o aluno termine o curso num prazo mdio de trs anos. Esta
atividade regida pela legislao interna do CONSEPE/UFERSA 004/2005, de 05 de setembro de
2005.
5.6. ATIVIDADES COMPLEMENTARES
As Atividades Complementares tm como objetivo garantir ao estudante uma viso acadmica
e profissional mais abrangente. Estas atividades so componentes curriculares de formao
acadmica e profissional, que complementam o perfil do profissional desejado.
As Atividades Complementares so compostas por um conjunto de atividades
extracurriculares, tais como a participao em conferncias, seminrios, simpsios, palestras,
congressos, cursos intensivos, trabalhos voluntrios, debates, bem como outras atividades cientficas,
profissionais, culturais e de complementao curricular. Podem tambm incluir projetos de pesquisa,
monitoria, iniciao cientfica, projetos de extenso, mdulos temticos, e at disciplinas oferecidas
por outras Instituies de Ensino.
O Estudante do Bacharelado em Cincia e Tecnologia dever cumprir 60 horas de Atividades
Complementares para concluso do curso, sendo esta atividade regida pela Resoluo
CONSEPE/UFERSA 01/2008, de 17 de Abril de 2008.
BIBLIOGRAFIA BSICA:
CANDAU, Vera M. & LELIS, Isabel. A Relao Teoria-prtica na formao do professor.
Tecnologia Educacional. RJ, (55): 12-18, nov-dez, 1983.
FRITZEN, Silvino Jos. Exerccios Prticos de Dinmicas de grupo. Petrpolis: Vozes,
2007.
PIMENTA, Selma Garrido. O Estgio na Formao de Professores: Unidade Teoria e
Prtica? So Paulo: Cortez, 2001 BIANCHETTI, Lucdio (org.). A bssola do escrever: desafios
e estratgias na orientao de
teses e dissertaes Florianpolis : ed. da UFSC: So Paulo: Cortez, 2002.
CORTELLA, Mario S. A escola e o conhecimento fundamentos epistemolgicos e polticos.
So Paulo: Cortez-Instituto Paulo Freire, 1998.
LDKE, Menga e ANDR, Marli E. D. A. Pesquisa em Educao: abordagens qualitativas.
So Paulo: EPU, 1986.
PICONEZ, Stela Bertholo. A prtica de ensino e o estgio supervisionado. So Paulo:
Papirus, 1991
-
Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
PIMENTA, Selma G. O estgio na formao de professores unidade teoria e prtica? So
Paulo: Cortez, 1994.
RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma docncia da melhor qualidade.
ed.. So Paulo: Cortez, 2001.
CIDRAL, A. et al., A abordagem por competncias na definio do perfil do egresso
cursos de graduao. In: XXIX COBENGE, 2001. Anais. Porto Alegre:
EDIPUCRS. CD-ROM.
Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia, de 12/12/2001,
homologada por despacho do Ministro da Educao em 22/2/2002. Disponvel em:
http://www.abmes.org.br/legislacao/2003/parecer/Par_CES
3. Regulamento das Atividades Complementares do UFERSA. Disponvel em
.
5.7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAO
Como todo projeto pedaggico, este tambm dever ser acompanhado permanentemente pela
Instituio, desde a sua implementao e durante todo o seu desenvolvimento. Esse
acompanhamento permitir ajustes e aperfeioamentos adequados.
Com relao avaliao deve-se refletir sobre as experincias e conhecimentos disseminados
ao longo do processo de formao profissional e a contextualizao regional. Para tanto, deve ser
executado um Programa de Auto-Avaliao em conjunto com o Programa de Avaliao Institucional,
e o Projeto Poltico-Pedaggico da UFERSA. Devero ser observados os processos de formao do
profissional, a formao acadmica e a insero no mercado de trabalho. Este processo envolver
professores, alunos e gestores acadmicos.
A avaliao deve passar pela avaliao da aprendizagem e do ensino. A avaliao de
aprendizagem ser realizada de acordo com o regimento da Instituio, que trata da verificao da
aprendizagem e da freqncia. A avaliao do ensino pode ser realizada a partir da aplicao de
questionrios, em consonncia com o Programa de Avaliao Institucional.
Sistema de Avaliao do Projeto do Curso
Uma vez que o Bacharelado em Cincia e Tecnologia atua em diversas reas bsicas do
conhecimento cientfico, envolve uma grande dinmica operacional, a avaliao do Projeto
Pedaggico do BCT da UFERSA dever ser realizada de forma contnua pelo colegiado do curso.
Essa avaliao dever inserir-se no processo de avaliao institucional j desenvolvido pelo Sistema
Nacional de Avaliao da Educao Superior SINAES,
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
Nesse contexto, a avaliao do projeto pedaggico oferecer subsdios para a tomada de
decises sobre ajustes e correes de fragilidades identificadas no decorrer do curso. Esta avaliao
dever, portanto, cumprir:
a) Funo Pedaggica: para comprovar o cumprimento dos objetivos e das habilidades e
competncias do curso;
b) Funo Diagnstica: para identificar os progressos e as dificuldades dos professores e
dos alunos durante o desenvolvimento do curso;
c) Funo de controle: para introduzir, em tempo hbil, os ajustes e as correes
necessrias melhoria do Curso.
Trata-se de um processo avaliativo de natureza preventiva e de carter cumulativo, cabendo ao
colegiado do curso a coordenao dessa atividade. Em conformidade com a concepo de avaliao
institucional do SINAES, na avaliao do projeto devero ser utilizados procedimentos geradores de
dados quantitativos e qualitativos, de forma a garantir uma anlise global da execuo do projeto e do
desenvolvimento do curso.
Sistema de Avaliao do Processo de Ensino-Aprendizagem
Na avaliao da aprendizagem dos alunos devem ser destacados dois objetivos:
a) Auxiliar o graduando no seu desenvolvimento pessoal;
b) Responder sociedade pela qualidade da formao acadmica oferecida pela
Instituio.
Primeiramente, esta avaliao responde misso institucional, na medida em que a
UFERSA, como instituio pblica, deve cumprir mandato social de ministrar ensino superior
visando o desenvolvimento do esprito poltico-cientfico e scio-ambiental (Inciso I, Art. 4 do
Estatuto - UFERSA, 2006).
O processo avaliativo dever proporcionar aos alunos a possibilidade de manifestao dos
conhecimentos produzidos, das condutas, competncias e habilidades desenvolvidas, para atingir os
objetivos do Curso e do perfil de aluno que se pretende formar. Com essa compreenso cabe
ressaltar que o histrico escolar do aluno , de certa forma, um testemunho social da qualidade da
formao acadmica que a IES oferece sociedade.
Em segundo lugar, a avaliao da aprendizagem objetiva auxiliar o aluno a compreender o
grau de amadurecimento em seu processo de formao, especialmente no que concerne ao
desenvolvimento de competncias e apropriao dos conhecimentos significativos para atuao
profissional. A avaliao se constitui, portanto, em um diagnstico sobre a aprendizagem do aluno no
processo de constituio de sua formao.
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Nesse sentido, avaliao da aprendizagem diz respeito, tambm, ao professor e Instituio,
na medida em que est atrelada ao processo e s condies materiais de ensino. Por outro lado, a
avaliao da aprendizagem no uma questo apenas de aluno o sujeito que aprende, mas,
tambm do professor o sujeito que ensina, em condies objetivas de trabalho.
Em consonncia com a compreenso de que a avaliao da aprendizagem deve ser clara,
transparente e coerente com os contedos estudados e com as competncias e habilidades
desenvolvidas, os procedimentos tcnicos devem ser diversificados, comportando, assim, tanto os de
natureza quantitativos como os qualitativos, em quaisquer momentos da execuo das tarefas de
uma disciplina ou do Curso.
A base da avaliao da aprendizagem do Curso Bacharelado em Cincia e Tecnologia da
UFERSA dever, portanto, apresentar a possibilidade de abertura ao dilogo entre o aluno e o
professor, em um processo interativo de humanizao do ensino e obedecer a Resoluo
especfica, que regulamenta os procedimentos de avaliao do processo ensino-aprendizagem nos
cursos de graduao da Instituio, onde o aproveitamento do aluno mensurado atravs de
avaliaes, cujos resultados sero expressos em notas de 0 (zero) a 10 (dez) e ser aprovado
quando obtiver mdia ponderada, em cada disciplina, igual ou superior a 7,0 (sete). Em se tratando
de aluno que tenha que prestar exame final, ser considerado aprovado quando obtiver a mdia
mnima de 5,0 (cinco), resultante da mdia parcial e do exame final. A assiduidade ser mensurada
atravs de freqncia igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) da carga horria prevista
em cada disciplina/atividade curricular obrigatria, obtida pelo aluno. Em se tratando da avaliao do
ensino, est ser realizada mediante o preenchimento por parte dos alunos de um formulrio
avaliativo do professor, para cada disciplina, ao final de cada semestre.
6. ATIVIDADES CURRICULARES
6.1. MATRCULA NA INSTITUIO
A matrcula na Instituio realizada uma nica vez, aps a aprovao do aluno no vestibular,
obedecendo aos prazos fixados no Calendrio Letivo.
O aluno que por justa causa no puder comparecer pessoalmente no ato da matrcula, poder
efetiv-la atravs de representante munido de instrumento procuratrio, devidamente legalizado.
6.2. TRANCAMENTO DE MATRCULA
O aluno poder solicitar o trancamento de sua matrcula na instituio, observadas as
seguintes condies:
a) por um perodo mximo consecutivo ou no, de 3 semestre;
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b) que as renovaes de trancamento institucional, sejam feitas, at o ltimo dia do semestre
letivo;
c) que apresente documento de regularidade (nada consta) da Biblioteca.
6.3. DESLIGAMENTO DA INSTITUIO
O aluno ser desligado automaticamente da instituio nos seguintes casos:
a) se reprovado em todas as disciplinas em que se matriculou por trs perodos letivos
consecutivos;
b) se no comparecer para inscrio nas disciplinas no prazo estabelecido;
c) se no efetuar ou renovar o trancamento da matrcula institucional nos prazos
estabelecidos;
d) quando no integralizar o currculo de Curso dentro do prazo de 10 (dez) anos.
6.4. INSCRIO EM DISCIPLINAS
Antes de iniciar cada semestre letivo, o aluno deve inscrever-se nas disciplinas que pretende
cursar no perodo letivo seguinte, observando os pr-requisitos (quando for o caso) e a
compatibilidade de horrios, onde o aluno somente poder se inscrever em no mnimo 7 e no mximo
34 crditos.
6.5. CANCELAMENTO DE INSCRIO EM DISCIPLINAS
O cancelamento de inscrio em disciplina ser concedido nos seguintes casos:
a) que na data do requerimento, o aluno comprove, mediante atestado do professor, que
atende s exigncias de freqncia da disciplina que est cursando e que a carga horria
ministrada at o momento 1/3 da carga horria da disciplina, objeto da solicitao;
b) que o aluno no tenha cancelado a inscrio anteriormente na mesma disciplina. vedada
a concesso de cancelamento de inscrio mais de uma vez na mesma disciplina. O no
cumprimento das exigncias anteriores implicar em reprovao na referida disciplina.
6.6. TRANSFERNCIA DE ALUNOS DE OUTRAS INSTITUIES
A transferncia de alunos de outras instituies, nacionais ou estrangeiras, para a UFERSA,
depende de anlise feita pela Diviso de Registro Escolar obedecendo as normas do Conselho de
Pesquisa e Extenso (CONSEPE) e s poder ser efetuada durante o perodo previsto no calendrio
escolar, observados os limites de vagas e condies regulamentares de cada curso.
6.7. APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS
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O aluno que j tenha cursado com aproveitamento, qualquer disciplina em estabelecimento de
ensino superior autorizado ou reconhecido pelo Conselho Nacional de Educao, pode solicitar
aproveitamento das disciplinas j cursadas. Para tanto, dever dirigir-se Diviso de Registro
Escolar (DRE) com os programas das disciplinas que pretende aproveitar e histrico escolar.
Dependendo da similaridade destes com os programas das disciplinas oferecidas na UFERSA,
podero ento, ser aproveitadas.
6.8. ASSIDUIDADE
o comparecimento do aluno s atividades programadas em cada disciplina, ficando
automaticamente reprovado aquele que faltar a mais de 25% dessas atividades, vedado o abono de
faltas.
Tabela 3: Nmero mximo de faltas permitidas segundo a carga horria das disciplinas
Carga horria N mximo de faltas permitido da disciplina
30 07
45 11
60 15
75 18
90 22
6.9. COMPENSAO DE AUSNCIA
Embora seja vetado o abono de faltas podero ser compensadas por exerccios domiciliares
supervisionados pela instituio, nos seguintes casos:
a) quando o aluno estiver em condies de sade que no permita o seu comparecimento ao
estabelecimento de ensino, na proporo mnima exigida, embora haja condies de
aprendizagem. De acordo com o Decreto-lei n 1.044 de 21 de outubro de 1969; o aluno
ter direito a solicitar do professor da disciplina em questo, exerccios ou tarefas
domiciliares que podero ser contadas como horas-aula.
b) gravidez, a partir de 8 ms de gestao e durante 3 meses, a aluna ficar assistida pelo
regime de exerccios domiciliares, de acordo com o Decreto-lei n 8.202/75;
c) alguns empecilhos causados por atividades ligadas ao Servio Militar (Decreto-lei n
715Jt39).
Observao: Para que o aluno tenha direito compensao acima referida, a sua ausncia deve ser
comunicada imediatamente DRE, logo no incio do perodo de afastamento, no ter direito quando
sua ausncia for inferior a 10 dias.
6.10. ESTRATGIAS PEDAGGICAS
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A estratgia pedaggica adotada pelos professores da UFERSA consiste fundamentalmente
em ensino de teorias e prticas, onde as teorias normalmente ministradas por meio de aulas
expositivas e as prticas por meio de desenvolvimento de atividades no campo e/ou nos laboratrios.
Os contedos das disciplinas so ainda complementados por visitas tcnicas a empresas com
atividades relacionadas ao curso bem como aos centros de pesquisas estaduais e federais.
Trabalhos escolares extra-classe contemplam contedos tericos e prticos e podem ser
desenvolvidos na biblioteca.
Os alunos podem desenvolver conhecimentos especficos e quando suas aptides, com
estgios, nos diversos setores de ensino, pesquisa e extenso da universidade, como auxilio a
atividade do professor, monitoria voluntria ou remunerada.
Programas de bolsa de estudo de iniciao cientifica so concedidos a um significativo numero
de alunos que desenvolvem pesquisas com orientao individual de professor e apresentam
resultados em seminrio anual de iniciao cientifica.
6.11. VERIFICAO DE APRENDIZAGEM
A verificao de aprendizagem registrada atravs de pontos computados cumulativamente,
em cada disciplina.
O nmero de avaliaes ser de no mnimo 3 (trs) em cada disciplina cursada.
Os resultados das avaliaes so expressos em notas que variam de 0,0 a 10,0 (zero a dez),
com uma casa decimal.
Ser aprovado na disciplina o aluno que obtiver Mdia Parcial (MP) igual ou maior que 7,0
(sete vrgula zero) ou Mdia Final (MF) igual ou maior que 5,0 (cinco vrgula zero).
Para clculo da MP usa-se a seguinte frmula:
MP = (2 x A1 + 3 x A2 + 4 x A3) / 9
onde A1, A2 e A3 so as notas da primeira, segunda e terceira avaliaes respectivamente.
O aluno que obtiver a Mdia Parcial (MP) igual ou superior a 3,5 (trs vrgula cinco) e inferior a
7,0 (sete vrgula zero), se submeter a uma prova final (PF), em carter cumulativo e ter sua mdia
final (MF) calculada de acordo com a seguinte frmula:
MF = (7 x MP + 3 x PF) / 10
onde MF e PF so a Mdia Final e Prova Final respectivamente.
obrigatria a publicao, pelo professor, dos resultados de cada avaliao no prazo mximo
de 10 (dez) dias teis aps a avaliao, sendo resguardado ao aluno o direito de ver a avaliao no
prazo de (trs) dias teis aps a publicao.
O aluno ter direito a uma prova de reposio por disciplina, que ocorrer 3 dias aps a
terceira prova em cada semestre e obrigatoriamente antes da quarta avaliao. O contedo versar
sobre a matria da prova perdida e no poder ser cumulativa.
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O aluno pode requerer reviso no resultado de sua avaliao, para isso bastando requerer ao
Chefe do Departamento, num prazo de 5 (cinco) dias teis, a partir da data da publicao do
resultado.
6.12. APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS
O aluno que tenha cursado, com aproveitamento, qualquer disciplina em estabelecimento de
ensino superior autorizado ou reconhecido, poder solicitar DRE o seu aproveitamento, que tem o
seguinte ordenamento regimental:
- A DRE encaminhar a solicitao ao Departamento a que estiver vinculada disciplina objeto
do pedido de aproveitamento, que, em funo das compatibilidades do contedo e da carga horria,
retornar o seu parecer conclusivo.
- A DRE submeter o parecer do Departamento ao visto do Coordenador do Curso, de forma a
manter coerncia de pareceres sobre o mesmo contedo programtico.
O CONSEPE estabelecer normas que podero permitir ao discente, que venha a demonstrar
aproveitamento extraordinrio, reduzir a durao de seu curso, e estabelecer normas que podero
permitir o aproveitamento de disciplina cujo contedo contemple conhecimento adquirido
anteriormente pelo discente, aps avaliao, satisfatrio para a integralizao da disciplina.
6.13. COEFICIENTE DE RENDIMENTO ACADMICO
Este coeficiente ser calculado, ao final de cada perodo letivo, individualmente, em funo das
mdias, desistncias, aprovaes e das reprovaes de cada disciplina.
O Coeficiente de Rendimento Acadmico (CRA) tem um valor entre 0,00 e 10,00, expresso
com duas casas decimais, e ser calculado de acordo com a seguinte expresso:
CRA = (MD x DC) / DM
onde:
MD a mdia aritmtica de todas as disciplinas cursadas, com aprovaes e/ou reprovaes;
DC o nmero de disciplinas cursadas com aprovao;
DM o nmero de disciplinas em que o estudante matriculou-se.
No Arredondamento do CRA:
a Somar uma unidade (1) ao valor da segunda decimal, quando a terceira for maior ou igual a
5 (cinco);
b Manter o valor da segunda decimal, quando a terceira for menor que 5 (cinco)
c Os casos omissos ou especiais em desacordo, total ou parcial, com essas normas, sero
julgados pelo CONSEPE.
6.14. NDICE DE MENSURAO DE SUCESSO
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Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA
O ndice de Mensurao de sucesso (IMS) uma medida comparativa que permite
organizar rankings dos cursos de segundo ciclo relacionados ao BCT de modo a
relevar positivamente o rendimento do estudante em cada disciplina cursada e o
nmero de crditos, a exemplo do CRA, mas leva-se em considerao o grau de
proximidade de cada disciplina do BCT e atribui peso maior a nota em que o
estudante foi aprovado.
Cada curso X de formao em segundo ciclo o ndice de Mensurao de sucesso
(IMS) do estudante no curso do BCT calculado pela expresso:
Aix : nvel de afinidade da i-sima disciplina em relao ao curso de segundo ciclo X,
sendo ),10
310(
NAAi
com },3,2,1{NA o nvel de afinidade com o curso.
Pi: mdia ponderada das notas obtidas na i-esima disciplina, com pesos 2 para as
notas de reprovao e 8 para as notas em que o estudante obteve sucesso
(aprovao na disciplina).
Ci: nmero de crditos da i-sima disciplina, sendo ),10
10(
NCci
onde NC indica
o nmero de crditos da i-sima disciplina.
6.15. BOLSAS
Bolsa Atividade
A UFERSA dispe de uma bolsa de assistncia ao aluno para auxiliar o estudante durante o
seu curso de graduao. Para ter direito sobre a bolsa atividade, o aluno dever:
a - ser aluno regularmente matriculado na UFERSA conforme comprovante do semestre letivo
correspondente fornecido pela Diviso de Registro Escolar;
b - estar matriculado e cursando regularmente pelo menos 05 (trs) disciplinas, conforme
comprovante da Diviso de Registro Escolar;
c - apresentar os documentos originais que comprovem sua situao econmica, tais como,
comprovao de renda dos pais ou responsveis (carteira profissional, contra cheque, declarao do
Imposto de Renda, etc);
Bolsa de Monitoria
As atividades de Monitoria (regulamentada pela Resoluo CTA/ESAM n 016/2000) se
desenvolvem nas reas bsicas do ensino, pesquisa e extenso. O candidato Bolsa de Monitoria
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dever apresentar, por ocasio de sua inscrio, comprovante de concluso da disciplina objeto da
monitoria com nota igual ou superior a 7 (sete) e que no estejam em dependncia em alguma
disciplina do curso.
A monitoria ter a vigncia de 02 (dois) perodos letivos consecutivos, sendo permitida a igual
reconduo.
A proposta do BCT prev a utilizao de um bom nmero de bolsistas monitores para auxiliar
no ensino das disciplinas. Boa parte destas bolsas ser ocupada por alunos do prprio BCT. Esta
poltica, alm de tornar possvel a abertura de um nmero maior de vagas, cria condies de
permanncia na UFERSA de um bom nmero de estudantes carentes.
Bolsa de Iniciao Cientfica
O aluno regularmente matriculado nos cursos de Graduao poder receber bolsa de iniciao
cientifica de acordo com o Programa de Iniciao Cientifica CNPq, ou da UFERSA coordenado pela
coordenao de pesquisa e ps-graduao.
Outras Bolsas
Alm das bolsas ofertadas pela instituio, ainda so ofertadas bolsas obtidas por meio de
convnios com prefeituras municipais, secretarias de estado e projetos aprovados. Estas podem ter
durao curta (como ocorre com aquelas para apoio tcnico em eventos), intermediria (por exemplo,
Universidade Solidria) ou longa (como as bolsas de trabalho em convnio com