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Brasscom - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação

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Brasscom-DOC-2016-029 (PP&N Desafios e Demandas em TI) v16 1/2

DESAFIOS E DEMANDAS EM TI

POSICIONAMENTO NO SEMINÁRIO BRASSCOM POLÍTICAS PÚBLICAS & NEGÓCIOS

Brasília, 31 de março de 2016

Ao mesmo tempo que as novas tendências tecnológicas globais representaram grandes

oportunidades para o mercado de TI no mundo, elas proporcionaram desafios avultados no que

diz respeito à atuação dos CIOs, sendo estes cada vez mais pressionados na sua função a liderar

a inovação para o negócio através da tecnologia. A inovação contínua é essencial para

compatibilizar os serviços legados com as novas aplicações.

Segundo estudos da HDI Brasil, 70% dos CIOs ainda atuam em demandas operacionais,

enquanto apenas 10% buscam a inovação em suas companhias. Por outro lado, até 2018, metade

dos CEOs enxergarão os CIOs como parceiros no desenvolvimento de novos negócios.

Neste contexto, o CIO é cobrado a colaborar na fidelização e satisfação dos clientes e

usuários, fazendo com que estes sintam a força da tecnologia em suas vidas, ao mesmo tempo

que deve buscar ferramentas tecnológicas que suportem com a devida eficiência o negócio onde

atua, gerando, portanto, maior velocidade, além de garantir a disponibilidade e confiabilidade

das informações.

O primeiro desafio para o CIO é adequar o orçamento ao novo cenário econômico,

marcado por constantes cortes de gastos. Do lado humano, é preciso preparar o CDO (Chief

Digital Officer), novo profissional que passa a ser o principal responsável por todo o processo de

digitalização nas corporações. Do ponto de vista tecnológico, seu grande desafio permeia os

aspectos de segurança da informação, diante da explosão do número de dispositivos conectados

e da constante evolução da Internet das Coisas, que poderá chegar a 1 trilhão de sensores

conectados até 2025.

Além disso, vale ressaltar que, de acordo com a pesquisa do Gartner "Agenda do CIO para

2015", infraestrutura e Data Centers fazem parte da maior prioridade dos CIOs em 2015 no Brasil

e na América Latina. O Gartner aponta que essas são responsáveis por mais de 57% do orçamento

de TI das empresas no Brasil.

Tendo em vista as vicissitudes apresentadas e o constante dinamismo do setor, as

principais prioridades do CIO passam a ser: (i) gerar especificações mais voltadas para a

funcionalidade em detrimento dos aspectos técnicos; (ii) tornar os Acordos de Nível de Serviço

(ANS) essenciais: (a) na especificação, (b) na avaliação da oferta e (c) na gestão do serviço

contratado; (iii) prover boa avaliação técnica da oferta; e (iv) garantir equilíbrio adequado entre o

porte do provedor e a capacidade de inovar.

Este cenário não se restringe ao setor produtivo. Líderes de empresas governamentais

também enfrentam constantes desafios para atender, com TI e TIC, as demandas no negócio. A

estreita interação entre órgãos e empresas do Estado brasileiro e os provedores de TI e TIC é

essencial para que, em função das necessidades do setor público para a prestação de serviços ao

cidadão, as melhores tecnologias sejam adotadas, gerando eficiência e qualidade.

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A natureza aberta do mercado brasileiro de TI e TIC, no qual competem empresas de

diferentes perfis e origens, é um grande ativo para o País, representando um ambiente dinâmico

e propício à inovação. O Estado Brasileiro, como ente contratante, é um ator importante neste

ecossistema, gerando demanda e moldando necessidades e soluções. A priorização da

transformação digital e a consequente adoção de novas tecnologias, tais como, computação,

armazenamento e software em nuvem, big data, mobilidade e segurança da informação, dentre

outras, são essenciais para o aumento da produtividade, da eficiência e da qualidade do Estado e

dos serviços aos cidadãos.


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