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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA CL
PROCESSO N°
40.0 ..... 11■•••• a VARA JEFP
REQUERENTE : MAÍRA OLIVEIRA NUNES, brasileira, solteira ,funcionária pública
do estado , RG.: 40.213.194-0, CPF.: 315.255.698/56 , residente à Padre José Maria 1145 apt° 84 — Santo Amaro/ CEP: 04753-060 — São Paulo/SP. Fone(11)56948264- e-mail:
maira_nunes07(Whotmail.com
RÉU: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO/ HOSPITAL REGIONAL SUL
AÇÃO: ORDINÁRIA
VALOR DA CAUSA: R$ 100,00 (cem reais valor simbólico).
PEDIDO: CONCESSÃO DO HORÁRIO DE ESTUDANTE — DECRETO LEI 52.810/71- CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO- (INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL PROF. PASQUALE CASCINO)- CURSO ENFERMAGEM-PERÍODO MANHÃ COM 8:00 ÀS 11:30. COM TUTELA ANTECIPADA COM DEFERIMENTO DE LIMINAR.
HISTÓRICO: A funcionária, MAÍRA OLIVEIRA NUNES, vem cursando enfermagem da Universidade supra citada com a concessão do horário de estudante no primeiro semestre de 2015, sendo que ao requerer novamente uma hora antes do ingresso das atividades profissionais , neste ano, não lhe foram concedidas, ao fazer o seu pedido administrativo, não quiseram responder por escrito, na data de 25/02/2016, conforme o AR enviado. Diante da necessidade urgente de exercer seus direitos individuais, concedida pela Lei 52.810/71, também vem pleitear junto ao JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA CITAR A FAZENDA DO
ej.
ESTADO DE SÃO PAULO/ HOSPITAL REGIONAL SUL, a fim de concessão do urgente dio direito legal do horário de estudante. Favo constar deste termo gue o(a) requerente, após indagado(a), afirma não ter ajuizado qualquer outra acão referente ao mesmo pedido.
A REQUERENTE ESTÁ CIENTE QUE DEVERÁ CONSTITUIR ADVOGADO EM FASE RECURSAL.
São Paulo,4 de abril de 2016
MAÍRA OLIVEIRA NUNES
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES 2' VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA VIADUTO DONA PAULINA, 80, São Paulo - SP - CEP 01501-020 Horário de Atendimento ao Público: das 12h3Omin às18h00min
SENTENÇA
Processo Físico n°:
0001062-57.2016.8.26.0053 Classe - Assunto
Procedimento do Juizado Especial Cível - Atos Administrativos
Requerente:
Maíra Oliveira Nunes Requerido:
Fazenda Pública do Estado de São Paulo e outro
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Murillo D'Avila Vianna Cotrim
Vistos.
Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 da Lei n° 9.099/95.
Fundamento e decido.
O feito comporta julgamento no estado, nos termos do artigo 355,
inciso I, do Código de Processo Civil, porque a matéria controvertida é unicamente de direito.
Cuida-se de ação na qual a parte autora, funcionária da
administração pública estadual, pleiteia o reconhecimento de direito legal a carga horária
diferenciada, em razão de estar devidamente matriculada e frequentando regularmente
curso de ensino superior.
O pedido é procedente.
Primeiramente, é necessário registrar que, ao contrário do alegado
pela ré no âmbito da contestação, o pedido da parte autora não importa a demanda a uma
carga horária reduzida, mas sim a uma carga horária flexibilizada, que permita a
compatibilização das funções públicas da autora com as suas obrigações como estudante.
É possível observar, às fls. 14, que o pedido da autora, em termos
estritamente literais, restringiu-se a solicitar "entrada diária em serviço até 01 (uma) hora
pós o início de seu expediente, ou seja, a partir das 13.00 horas de cada dia da semana",
não havendo qualquer menção à manutenção de seu horário de saída.
0001062-57.2016.8.26.0053 - lauda 1
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O referido pedido tem como embasamento fático o horário de
término das aulas da autora no curso que frequenta, às 11h30 (cf. Fls. 14), de tal maneira
que, exigir a sua entrada às 12h (horário de entrada que a parte autora deseja alterar),
ensejaria no atraso constante da autora em relação à entrada no serviço, prejudicando o
desempenho de sua função e até mesmo sujeitando-a à aplicação de sanções
administrativas perante o ente da Administração para o qual a autora trabalha, ou obrigaria r1" I--
a autora a sair mais cedo do curso universitário que frequenta, prejudicando o seu o o z
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autora está matriculada. A terceira opção da autora, prejudicial aos seus interesses em 5 z < - in O
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em questão, impedindo-a de buscar a formação profissional almejada e as melhores E a) D co condições de vida que alguém com diploma de ensino superior espera alcançar. 2 '6) ,... o
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Vê-se, portanto, que, em todos os casos, a única prejudicada pela a) -. co c . O (s) E - manutenção do horário de entrada no serviço público exercido pela autora é ela mesma. 7ri C" •
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Adicionalmente, a alegação da ré de revogação da norma jurídica -oo (0 c, as ,- .c o que conferia à autora o direito ao "horário de estudante" não convence. Eis c, u) c, 03 o
De fato, o Decreto n° 52.810, de 6 de outubro de 1971, foi .cTo a,---- •r- 2 o 0_
revogado pelo Decreto n° 25.054, de 14 de agosto de 2007, cuja cópia integral foi juntada o o -o
aos autos às Fls. 32/36. É possível observar, às Fls. 35 dos autos, um destaque feito -g_ ? '8 b:
manualmente pela ré em relação à revogação do Decreto n° 52.810/71. Ocorre que o c
.-:-. próprio Decreto n° 52.054/07 trata sobre o assunto (fl. 34), no artigo 17:
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A "Artigo 17 — O servidor-estudante, nos termos do artigo 121 da Lei n" 10.261,
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de 28 de outubro de 1968, poderá, a critério da Administração, entrar em (-N -,' -.. • cs) CD ff' o)
serviço até uma hora após o início do expediente ou deixa-lo até uma hora o) (1)
antes do término, conforme se trate de curso diurno ou noturno, E
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§ I - O beneficio previsto no "caput" deste artigo somente será concedido o c a)
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES
2' VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA
VIADUTO DONA PAULINA, 80, São Paulo - SP - CEP 01501-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h3Omin às18h00min
§ 2° - Para fazer jus ao beneficio de que trata o "caput" deste artigo deverá o
servidor apresentar comprovante, anual ou semestral, conforme o caso, de que
está matriculado em estabelecimento de ensino oficial ou autorizado.
§ 3° - O servidor abrangido por este artigo gozará dos benefícios nele previstos
durante os dias letivos, exceto nos períodos de recesso ou férias escolares.
§ 4° - O servidor-estudante fica obrigado a comprovar o comparecimento às
aulas, semestralmente, junto à Chefia imediata, mediante apresentação de
documento hábil expedido pelo estabelecimento de ensino em que estiver
matriculado.
§ 5° - O não cumprimento das disposições do § 40 deste artigo implicará na
responsabilização disciplinar, civil e penal."
Assim, fica claro que a revogação do Decreto n° 52.810/71 não
significou a revogação do direito dos funcionários-estudantes ao "horário de estudante".
Adicionalmente, conforme é possível se aduzir das considerações
feitas em relação à autora, o "horário de estudante" tem uma função muito específica, que é
a de possibilitar a compatibilização entre o exercício da função pública e as
responsabilidades acadêmicas do funcionário.
É um direito, portanto, pautado na garantia constitucional à
educação e, como tal, não pode ser negado ao funcionário pela Administração sem
qualquer fundamento de razoabilidade.
Nesse sentido, cumpre ressaltar que, a norma jurídica em questão
deve ser interpretada de forma que "a critério da Administração" não afete a própria
concessão do direito ao funcionário, mas sim no estabelecimento de um "quantum"
razoável de tempo para que o mesmo possa entrar no serviço, limitado a uma hora.
SI-60a a Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE para declarar que a
autora s ossu direito ao beneficio do "horário de estudante", nos termos do artigo 17 do
Decreto n° 2,.054/07, enquanto permanecer matriculada ao curso de ensino superior e
frequentá-lo regularmente, observadas as obrigações impostas pelos parágrafos primeiro a
quinto do referido artigo artigo 17 do Decreto n° 25.054/07.
Sem custas, despesas e condenação em honorários no primeiro grau
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(arts. 54 e 55 da Lei n° 9.099/95).
P.R.I.
São Paulo, 19 de setembro de 2016.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES
2a VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA
VIADUTO DONA PAULINA, 80, São Paulo-SP - CEP 01501-020 Horário de Atendimento ao Público: das 12h3Omin às18h0Omin
DESPACHO
Processo Físico n°: 0001062-57.2016.8.26.0053 Classe — Assunto: Procedimento do Juizado Especial Cível - Atos Administrativos Requerente: Maíra Oliveira Nunes Requerido: Fazenda Pública do Estado de São Paulo e outro
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Juiz(a) de Direito: Dr(a). Murillo D'Avila Vianna Cotrim
Vistos.
Deixo de receber o recurso, pois intempestivo.
Com o trânsito em julgado, demonstre a ré o cumprimento da obrigação de fazer acaso imposta, sob pena de imposição de multa, no prazo de 10 (dez) dias.
Int. Intimem-se as partes.
São Paulo, 21 de novembro de 2016.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL
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2a VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL - FAZENDA PÚBLICA
PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL N°. 0001062-57.2016.8.26.0053
REQUERENTE: MAÍRA OLIVEIRA NUNES
REQUERIDO: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO E OUTRO
Ao SAP,
Solicito expedição de ofício à Secretaria da Saúde, para que demonstre o cumprimento da obrigação de fazer.
Ressalto que, elos 05/12/16 a Fazenda foi intimada a COMPROVAR O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER EM 10 DIAS (ação do juizado especial).
A autora pleiteou o reconhecimento do direito a carga horária diferenciada, em razão de estar matriculada e freqüentando regularmente curso de ensino superior.
A sentença — que já transitou em julgado julgou procedente a ação "para declarar que a
autora possui direito ao beneficio do horario de estudante nos termos do ar. 17 do Decreto n2- 25.054/07, enquanto permanecer matriculada ao curso de ensino superior e freqüentá-lo regularmente, /seroadas as obrigações impostas pelos parágrafos primeiro a quinto do referido artigo 17 do Decreto 25.054/07".
em serviço até 01 hora pós o inicio de seu
1 Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP
2016.01.055122
N./ A carga horária não será reduzida,
mas, sim, "flexibilizada", ressaltando que o pedido da autora restringiu-se a solicitar "entrada diária.
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL
expediente, ou seja, a partir das 13:00 horas de cada dia da semana, não havendo qualquer menção à manutenção de seu horário de saída.
Proponho seja anexada cópia da petição inicial e da sentença ao ofício a ser encaminhado.
São Paulo, 07 de dezembro de 2016.
EVA BALDONEDO RODRIGUEZ
Procuradora do Estado
OAB/SP N° 205.688
Rua Maria Paula, 67, 10 Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2016.01.055122
07/12/2016 Portal de Serviços e-SAJ
RINGETribunal. de Justiça de São Pauto Poder Judiciária
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jvServicos
CAIXA POSTAL LA !ÁS r 110N rara AJur:
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MENU Consulta de Processos do 1°Grau
Orientações
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Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes
Número do Processo
,f) Unificado Outros
0001062-57.2016 8,26 0053
0001062-57.2016.8.26.0053
Procedimento do Juizado Especial Cível
Área: Cível
Atos Administrativos
05/12/2016 00:00 - Prazo 02 - PRAZO 02/02/2017
05/04/2016 às 13:23 - Livre
2a Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública - Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes 2016/001414
Domingos de Siqueira Frascino
R$ 100,00
Exibindo Somente as principais partes. ',Exibir todas as partes.
Reqte: Maíra Oliveira Nunes Advogado: Jose Caiado Neto
Reqdo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo Advogada: Eva Baldonedo Rodriguez
29/11/2016
22/11/2016
04/10/2016
22/09/2016
Exibindo todas as movimentações. "Listar somente as 5 últimas.
Movimento
Certidão de Publicação Expedida Relação :0530/2016 Data da Disponibilização: 05/12/2016 Data da Publicação: 06/12/2016 Número do Diário: 2253 Página: 963/966
Remetido ao DJE Relação: 0530/2016 Teor do ato: PROC. 1414/16 - Vistos.Deixo de receber o recurso, pois intempestivo. Com o trânsito em julgado, demonstre a ré o cumprimento da obrigação de fazer acaso imposta, sob pena de imposição de multa, no prazo de 10 (dez) dias.Int.Intimem-se as partes. Advogados(s): Eva Baldonedo Rodriguez (OAB 205688/5P), Jose Caiado Neto (OAB 104210/SP)
15 Despacho PROC. 1414/16 - Vistos.Deixo de receber o recurso, pois intempestivo. Com o trânsito em julgado, demonstre a ré o cumprimento da obrigação de fazer acaso imposta, sob pena de imposição de multa, no prazo de 10 (dez) dias.Int.Intimem-se as partes.
Certidão de Publicação Expedida Relação :0416/2016 Data da Disponibilização: 04/10/2016 Data da Publicação: 05/10/2016 Número do Diário: 2214 Página: 1335/1339
Remetido ao DJE
Movimentações
Data
05/12/2016
https://esajljspjus.br/cpopg/show.do?processo.codigo=1H00093AF0000&processo.foro=53&uuideaptcha=sajcaptcha_7280173d3b9e44d0876f70d1ceefd355 1/3
07/12/2016
20/09/2016
Portal de Serviços e-SAJ
Relação: 0416/2016 Teor do ato: PROC. 1414/16 - Vistos.Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 da Lei no 9.099/95. Fundamento e decido.0 feito comporta julgamento no estado, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, porque a matéria controvertida é unicamente de direito. Cuida-se de ação na qual a parte autora, funcionária da administração pública estadual, pleiteia o reconhecimento de direito legal a carga horária diferenciada, em razão de estar devidamente matriculada e frequentando regularmente curso de ensino superior. O pedido é procedente. Primeiramente, é necessário registrar que, ao contrário do alegado pela ré no âmbito da contestação, o pedido da parte autora não importa a demanda a uma carga horária reduzida, mas sim a uma carga horária flexibilizada, que permita a compatibilização das funções públicas da autora com as suas obrigações como estudante. É possível observar, às fls. 14, que o pedido da autora, em termos estritamente literais, restringiu-se a solicitar "entrada diária em serviço até 01 (uma) hora pós o início de seu expediente, ou seja, a partir das 13.00 horas de cada dia da semana", não havendo qualquer menção à manutenção de seu horário de saída. O referido pedido tem como embasamento fático o horário de término das aulas da autora no curso que frequenta, às 11h30 (cf. Fls. 14), de tal maneira que, exigir a sua entrada às 12h (horário de entrada que a parte autora deseja alterar), ensejaria no atraso constante da autora em relação à entrada no serviço, prejudicando o desempenho de sua função e até mesmo sujeitando-a à aplicação de sanções administrativas perante o ente da Administração para o qual a autora trabalha, ou obrigaria a autora a sair mais cedo do curso universitário que frequenta, prejudicando o seu rendimento acadêmico em geral, a sua própria formação, ou mesmo sujeitando-a à aplicação de sanções administrativas perante a unidade de ensino superior junto à qual a autora está matriculada. A terceira opção da autora, prejudicial aos seus interesses em escala talvez até maior do que as demais opções, seria o abandono do curso universitário em questão, impedindo-a de buscar a formação profissional almejada e as melhores condições de vida que alguém com diploma de ensino superior espera alcançar. Vê-se, portanto, que, em todos os casos, a única prejudicada pela manutenção do horário de entrada no serviço público exercido pela autora é ela mesma.Adicionalmente, a alegação da ré de revogação da norma jurídica que conferia à autora o direito ao "horário de estudante" não convence. De fato, o Decreto n° 52.810, de 6 de outubro de 1971, foi revogado pelo Decreto n° 25.054, de 14 de agosto de 2007, cuja cópia integral foi juntada aos autos às Fls. 32/36. É possível observar, às Fls. 35 dos autos, um destaque feito manualmente pela ré em relação à revogação do Decreto n° 52.810/71. Ocorre que o próprio Decreto n° 52.054/07 trata sobre o assunto (fl. 34), no artigo 17: "Artigo 17 O servidor-estudante, nos termos do artigo 121 da Lei n° 10.261, de 28 de outubro de 1968, poderá, a critério da Administração, entrar em serviço até uma hora após o início do expediente ou deixa-lo até uma hora antes do término, conforme se trate de curso diurno ou noturno, respectivamente.§ 10 - O benefício previsto no "caput" deste artigo somente será concedido quando mediar entre o período de aulas e o expediente da unidade de prestação dos serviços, tempo igual ou inferior a noventa minutos.§ 20 - Para fazer jus ao benefício de que trata o "caput" deste artigo deverá o servidor apresentar comprovante, anual ou semestral, conforme o caso, de que está matriculado em estabelecimento de ensino oficial ou autorizada§ 30 - O servidor abrangido por este artigo gozará dos benefícios nele previstos durante os dias letivos, exceto nos períodos de recesso ou férias escolares.§ 4o - O servidor-estudante fica obrigado a comprovar o comparecimento às aulas, semestralmente, junto à Chefia imediata, mediante apresentação de documento hábil expedido pelo estabelecimento de ensino em que estiver matriculado.§ 50 - O não cumprimento das disposições do § 4° deste artigo implicará na responsabilização disciplinar, civil e penal. "Assim, fica claro que a revogação do Decreto n° 52.810/71 não significou a revogação do direito dos funcionários-estudantes ao "horário de estudante". Adicionalmente, conforme é possível se aduzir das considerações feitas em relação à autora, o "horário de estudante" tem uma função muito específica, que é a de possibilitar a compatibilização entre o exercício da função pública e as responsabilidades acadêmicas do funcionário. É um direito, portanto, pautado na garantia constitucional à educação e, como tal, não pode ser negado ao funcionário pela Administração sem qualquer fundamento de razoabilidade. Nesse sentido, cumpre ressaltar que, a norma jurídica em questão deve ser interpretada de forma que "a critério da Administração" não afete a própria concessão do direito ao funcionário, mas sim no estabelecimento de um "quantum" razoável de tempo para que o mesmo possa entrar no serviço, limitado a uma hora.Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE para declarar que a autora possui direito ao benefício do "horário de estudante", nos termos do artigo 17 do Decreto n° 25.054/07, enquanto permanecer matriculada ao curso de ensino superior e frequentá-lo regularmente, observadas as obrigações impostas pelos parágrafos primeiro a quinto do referido artigo artigo 17 do Decreto n° 25.054/07.Sem custas, despesas e condenação em honorários no primeiro grau (arts. 54 e 55 da Lei n° 9.099/95). P.R.I. Advogados(s): Eva Baldonedo Rodriguez (OAB 205688/SP), Jose Caiado Neto (OAB 104210/SP)
Sentença Registrada
20/09/2016 Recebidos os Autos da Conclusão Tipo de local de destino: Cartório Especificação do local de destino: Cartório-2a Vara do Juiz. Esp. da Fazenda Pública
19/09/2016 Julgada Procedente a Ação PROC. 1414/16 - Vistos. Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 da Lei n° 9.099/95.Fundamento e decido.0 feito comporta julgamento no estado, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, porque a matéria controvertida é unicamente de direito. Cuida-se de ação na qual a parte autora, funcionária da administração pública estadual, pleiteia o reconhecimento de direito legal a carga horária diferenciada, em razão de estar devidamente matriculada e frequentando regularmente curso de ensino superior. O pedido é procedente. Primeiramente, é necessário registrar que, ao contrário do alegado pela ré no âmbito da contestação, o pedido da parte autora não importa a demanda a uma carga horária reduzida, mas sim a uma carga horária flexibilizada, que permita a compatibilização das funções públicas da autora com as suas obrigações como estudante. E possível observar, às fls. 14, que o pedido da autora, em termos estritamente literais, restringiu-se a solicitar "entrada diária em serviço até 01 (uma) hora pós o início de seu expediente, ou seja, a partir das 13.00 horas de cada dia da semana", não havendo qualquer menção à manutenção de seu horário de saída. O referido pedido tem como embasamento fático o horário de término das aulas da autora no curso que frequenta, às 11h30 (cf. Fls. 14), de tal maneira que, exigir a sua entrada às 12h (horário de entrada que a parte autora deseja alterar), ensejaria no atraso constante da autora em relação à entrada no serviço, prejudicando o desempenho de sua função e até mesmo sujeitando-a à aplicação de sanções administrativas perante o ente da Administração para o qual a autora trabalha, ou obrigaria a autora a sair mais cedo do curso universitário que frequenta, prejudicando o seu rendimento acadêmico em geral, a sua própria formação, ou mesmo sujeitando-a à aplicação de sanções administrativas perante a unidade de ensino superior junto à qual a autora está matriculada. A terceira opção da autora, prejudicial aos seus interesses em escala talvez até maior do que as demais opções, seria o abandono do curso universitário em questão, impedindo-a de buscar a formação profissional almejada e as melhores condições de vida que alguém com diploma de ensino superior espera alcançar. Vê-se, portanto, que, em todos os casos, a única prejudicada pela manutenção do horário de entrada no serviço público exercido pela autora é ela mesma.Adicionalmente, a alegação da ré de revogação da norma jurídica que conferia à autora o direito ao "horário de estudante" não convence. De fato, o Decreto no 52.810, de 6 de outubro de 1971, foi revogado pelo Decreto n° 25.054, de 14 de agosto de 2007, cuja cópia integral foi juntada aos autos às Fls. 32/36. E possível observar, às Fls. 35 dos autos, um destaque feito manualmente pela ré em relação à revogação do Decreto n° 52.810/71. Ocorre que o próprio Decreto n° 52.054/07 trata sobre o assunto (fl. 34), no artigo 17: 'Artigo 17 O servidor-estudante, nos termos do artigo 121 da Lei n° 10.261, de 28 de outubro de 1968, poderá, a critério da Administração, entrar em serviço até uma hora após o início do expediente ou deixa-lo até uma hora antes do término, conforme se trate de curso diurno ou noturno, respectivamente.§ 10 - O benefício previsto no "caput" deste artigo somente será concedido quando mediar entre o período de aulas e o expediente da unidade de prestação dos serviços, tempo igual ou inferior a noventa minutos.§ 20 - Para fazer jus ao benefício de que trata o "caput" deste artigo deverá o servidor apresentar comprovante, anual ou semestral, conforme o caso, de que está matriculado em estabelecimento de ensino oficial ou autorizado, § 3° - O servidor abrangido por
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Fls. D-(2?
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS
GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL
TERMO DE SOLICITAÇÃO DE AUTUAÇÃO
Nesta data, solicito ao Núcleo de Apoio Administrativo da Coordenadoria de
Recursos Humanos a autuação do processo, de interesse de MAÍRA OLIVEIRA NUNES,
referente à ação ordinária — processo: 0001062-57.2016.8.26.0053 da 2' Vara do Juizado
Especial da Fazenda Pública da Comarca de São Paulo, que deverá ser encaminhado ao
Centro de Legislação de Pessoal.
CLP, em 08 de dezembro de 2016.
ORLAND O FERNANDES
DI R TÉCNICO II
CLP/alb.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS
GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL
GGP/CLP PROCESSO SS N.° 001/0008/001.040/2016
INTERESSADO: MAIRA OLIVEIRA NUNES
ASSUNTO: AÇÃO ORDINÁRIA
Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de Recursos
Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à vista de
decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo 0001062-57.2016.8.26.0053 (2'
Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública - Foro Central/SP) e Processo SS
001/0008/001040/2016, que MAIRA OLIVEIRA NUNES, RG 40213194-0, classificada no
Hospital Regional Sul, faz jus ao "direito ao benefício do "horário de estudante", nos
termos do artigo 17 do Decreto n° 25.054/07, enquanto permanecer matriculada ao curso
de ensino superior e frequentá-lo regularmente, com direito de entrada diária até uma
hora após o início da jornada, ou seja, até as 13:00, sem redução da jornada de
trabalho."
CLP, em 22 de dezembro de 2016.
ORLANDO DIR
ERNANDES TÉCNICO II
JA1