Curso de Formaccedilatildeo de Docentes da Educaccedilatildeo Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental ndash Modalidade Normal
Metodologia do Ensino da Geografia Prof Rosacircngela Menta Mello ndash httpsgooglQqvCme - 2017
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PLANO DE TRABALHO DO 1ordm TRIMESTRE - DISCIPLINA METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA
Seacuterie 4ordf ano Integrado Carga horaacuteria 2 ha semanais 27h Professora Rosacircngela Menta Mello
Apresentaccedilatildeo da disciplina
O estudante da Formaccedilatildeo de docentes precisa estar consciente de que para ser um sujeito ativo
criativo e consequente em seu meio como ser social e em seu campo de trabalho como profissional eacute
preciso estar sensiacutevel aos processos histoacutericos e geograacuteficos em curso no meio em que vive
Sem o embasamento dos conhecimentos das Ciecircncias Humanas esse futuro professor pode tomar as
condicionantes determinaccedilotildees do meio como obstaacuteculo intransponiacuteveis para a accedilatildeo pretendida Desta forma
ao tomar as determinantes do meio como problema questotildees colocadas agrave mateacuteria-prima desafiadora para a
accedilatildeo que pretende desencadear
CONTEUDOS ESTRUTURANTES E
ESPECIacuteFICOS
PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
RECURSOS DIDAacuteTICOS
AVALIACcedilAtildeO
INSTRUMENTOS DE AVALIACcedilAtildeO
VALOR CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO
1 Contextualizaccedilatildeo conceitual histoacuterico-social e cientiacutefica do ensino de Geografia e as tendecircncias teoacutericas 11 Trajetoacuteria histoacuterica do Ensino de Geografia 12 Geografia como ciecircncia e suas dimensotildees 13 Tendecircncias Pedagoacutegicas no Ensino da Geografia (Tradicional Nova Tecnicista e Histoacuterico ndashCriacutetico)
Por meio da construccedilatildeo dialeacutetica do conhecimento com pesquisa de campo e bibliograacutefica aulas praacuteticas entrevistas e observaccedilotildees durante o estaacutegio supervisionado para serem discutidas nesta disciplina
Textos Imagens Viacutedeos Livros didaacuteticos
Prova
Prova 40
111 Identifica aspectos significativos da Geografia na trajetoacuteria histoacuterica 121 Compreende a Geografia enquanto Ciecircncia nas suas respectivas dimensotildees 131 Reconhece as caracteriacutesticas das tendecircncias e suas influecircncias no ensino de Geografia
14 Objetivos e finalidades do Ensino de Geografia na Educaccedilatildeo Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental
Textos Materiais didaacuteticos especiacuteficos Relatos de experiecircncias
Apresentaccedilatildeo das produccedilotildees individuais eou grupos Confecccedilatildeo de material didaacutetico
Oficinas 30 Trabalho 30
141 Reconhece os objetivos e finalidades do Ensino de Geografia na Educaccedilatildeo Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
AVALIACcedilAtildeO E RECUPERACcedilAtildeO
Em todas as atividades realizadas para avaliar a aprendizagem dos estudantes seratildeo oportunizadas a recuperaccedilatildeo da
aprendizagem logo apoacutes o professor comunicar a nota para o estudante devendo este entrega-las somente no prazo
estipulado
O estudante que natildeo entregar suas atividades de avaliaccedilatildeo nos prazos determinados em primeira chamada
poderatildeo entrega-las como recuperaccedilatildeo de estudos nos prazos estabelecidos junto com a turma
A recuperaccedilatildeo eacute individual e em funccedilatildeo das temaacuteticas natildeo apropriadas pelo estudante Natildeo seratildeo aceitas
atividades apoacutes o prazo determinado pelo professor O estudante que natildeo comparecer nas atividades praacuteticas de
avaliaccedilatildeo durante as aulas deveraacute entregar um trabalho escrito com fundamentaccedilatildeo teoacuterica e as atividades da aula
praacutetica realizada em sala de aula de acordo com o prazo acordado com o professor e mediante atestado meacutedico As
atividades de recuperaccedilatildeo satildeo opcionais para o estudante
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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
1 ALMEIDA Rosacircngela Doin de O espaccedilo geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Contexto 2005 2 ANTUNES Celso Jogos para a estimulaccedilatildeo das muacuteltiplas inteligecircncias Petroacutepolis Vozes 2000 3 _____ A sala de aula de Geografia e Histoacuteria inteligecircncias muacuteltiplas aprendizagem significativa e
competecircncias no dia-a-dia Campinas Papirus 2001 4 FATI N Maria Eneida TAUSCHECK Neusa Maria Metodologia do Ensino de Geografia Curitiba IBPEX
2005 5 GOVERNO DO ESTADO DO PARANAacute Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educaccedilatildeo Baacutesica Curitiba
apostila 2006 6 _____ Orientaccedilotildees curriculares para o Curso de Formaccedilatildeo de Docentes da Educaccedilatildeo Infantil e Anos
Iniciais do Ensino Fundamental em niacutevel Meacutedio na modalidade Normal Curitiba apostila 2014 7 MEDEIROS Paulo Ceacutesar Fundamentos teoacutericos das ciecircncias humanas Geografia Curitiba IESDE 2004 8 PALHARES Joseacute Mauro Paranaacute Aspectos da Geografia Foz do Iguaccedilu o autor 2001 9 PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 10 RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005 11 SIMIELLI Maria Elena Primeiros mapas como entender e construir Satildeo Paulo Aacutetica 2004 04 cadernos
de atividades 12 UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE Histoacuteria e Geografia do Paranaacute textos e metodologias de
mapas e maquetes Curitiba Governo do Estado do Paranaacute 2002 2 v e jogo de transparecircncias do Paranaacute 13 VESENTINI Joseacute William (org) Geografia e ensino textos criacuteticos Campinas Papirus 1989 14 WONS Iaroslaw Geografia do Paranaacute Curitiba Ed Ensino Renovado 1985
NOSSA PAacuteGINA DE MET ENS GEOGRAFIA
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Curitiba 14 de fevereiro de 2017
httpjoseguadalupeunidad3sociakesblogspotcombr201511geografia-humanahtml
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O QUE Eacute GEOGRAFIA O QUE ESTUDA
QUAL A IMPORTAcircNCIA TEOacuteRICA E POLIacuteTICA DESTE SABER
O que eacute por que nesse lugar Demonstra uma perspectiva particular da disciplina que eacute a localizaccedilatildeo a necessidade de justificaacute-la ou seja ir aleacutem da descriccedilatildeo dos aspectos (da estrutura padratildeo) dos lugares e buscar sua significaccedilatildeo ndash para isso satildeo necessaacuterias referecircncias teoacutericas conceituais Para entender o significado dos lugares eacute necessaacuteria outra questatildeo como eacute este lugar Desta forma podemos dizer que o conteuacutedo geograacutefico tambeacutem deve considerar em conjunto os convencionais aspectos fiacutesicos humanos econocircmicos que poderiam ser recolocados sob formas mais complexas e globalizantes como aspectos culturais ambientais geopoliacuteticos Partindo desta reflexatildeo em duplas escreva em seu caderno sua opiniatildeo sobre
Onde e como eacute o lugar (bairro distrito municiacutepio aacuterea rural) onde mora
Por que ele eacute e estaacute desta maneira
Que relaccedilotildees este lugar estabelece com lugares distantes (outros municiacutepios estados paiacuteses) Por que ele estabelece estas relaccedilotildees e natildeo outras
A geografia estuda o espaccedilo geograacutefico em qualquer escala (local regional nacional global) e numa perspectiva relacional De acordo com Santos apud Fantin 2005 p 22 este espaccedilo geograacutefico eacute composto de materialidade (natural e construiacuteda) e de relaccedilotildees sociais poliacuteticas econocircmicas culturais O autor define o espaccedilo geograacutefico como sistemas de objetos mais sistemas de accedilotildees Para ele os objetos satildeo a materialidade ldquotudo que existe na superfiacutecie da Terra toda heranccedila histoacuterica natural e da accedilatildeo humana que se objetivou [] isso que se cria fora do homem e se torna instrumento material de sua vida em ambos os casos uma exterioridade rdquo Ainda em suas palavras
As accedilotildees resultam de necessidades naturais ou criadas Essas necessidades materiais imateriais econocircmicas sociais culturais morais afetivas eacute que conduzem os homens a agir e levam a funccedilatildeo [que] vatildeo desembocar nos objetos Realizadas atraveacutes das formas sociais elas proacuteprias conduzem a criaccedilatildeo e ao uso de objetos formas geograacuteficas
Nesse sentido eacute impossiacutevel pensar a geografia apenas como a ciecircncia da localizaccedilatildeo e da descriccedilatildeo dos fenocircmenos Muito mais que isso ela investiga a accedilatildeo humana (em suas relaccedilotildees complexas) modelando a superfiacutecie terrestre em parceria eou oposiccedilatildeo agrave natureza materializando tempos histoacutericos sobrepostos Por essas caracteriacutesticas o pensar geograacutefico requer treinamento atenccedilatildeo e investigaccedilatildeo Se vocecirc quiser pensar geograficamente o lugar onde mora deveraacute refletir sobre as construccedilotildees (objetos teacutecnicos) como preacutedios casas pontes usinas faacutebricas rodovias praccedilas escolas entre outras Satildeo todas da mesma idade Ou foram construiacutedas em periacuteodos histoacutericos diferentes A que funccedilotildees serviam inicialmente Que relaccedilotildees sociais possibilitavam E hoje para que servem Quem os ocupausa Quem eacute excluiacutedo deles Seraacute preciso refletir tambeacutem sobre que base natural esses objetos teacutecnicos foram construiacutedos (planiacutecie planalto vale depressatildeo morro) e que tipo de influecircncia essa base exerceu na paisagem desse lugar Havia alguma cobertura vegetal anterior agrave ocupaccedilatildeo desse lugar O que aconteceu com ela Essas e outras consideraccedilotildees ndash tipo clima origem eacutetnica dos habitantes motivaccedilotildees histoacutericas para a ocupaccedilatildeo do lugar atividade produtiva ali desenvolvida relaccedilotildees econocircmicas e
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culturais que estabelece com outros lugares ndash satildeo fundamentais para a compreensatildeo do espaccedilo geograacutefico de qualquer lugar A partir desse tipo de raciociacutenio fica mais faacutecil pensar sobre ldquopara que serve o saber geograacuteficordquo A anaacutelise geograacutefica do lugar onde moramos pressupotildee (para aleacutem da observaccedilatildeo e da descriccedilatildeo) investigaccedilotildees histoacutericas sociais econocircmicas poliacuteticas culturais etc Melhor ainda para entender geograficamente o ldquoseurdquo lugar vocecirc precisa estabelecer relaccedilotildees entre a materialidade que o constitui e a dinacircmica social que a produziu e faz uso dela Na escola sobretudo no Ensino Fundamental o objetivo geral da Geografia eacute alfabetizar o aluno para leitura do espaccedilo geograacutefico compreendendo a sociedaderealidade atraveacutes do estudo de seus aspectos fiacutesicos humanos econocircmicos considerando que eacute uma construccedilatildeo social e histoacuterica desta forma este eacute o objeto de conhecimento da disciplina Para organizar o pensamento pedagoacutegico eacute necessaacuterio estabelecer os objetivos do ensino da geografia os conteuacutedos e a metodologia considerando seus aspectos ideoloacutegicos e poliacuteticos Os conteuacutedos satildeo os meios de se desenvolver o raciociacutenio geograacutefico organizado em dois eixos a formaccedilatildeo de conceitos e a alfabetizaccedilatildeo geograacutefica No encaminhamento metodoloacutegico ficaraacute expliacutecito a linha ideoloacutegica adota e a que tipo de cidadatildeo e sociedade se deseja construir portanto eacute imprescindiacutevel que o professor conheccedila as posturas teoacutericas-praacuteticas das escolas pedagoacutegicas O nosso desejo eacute que o aluno seja capaz de ler o espaccedilo geograacutefico e compreendecirc-lo com criticidade instrumentalizando-o para interferir na construccedilatildeo consciente desse espaccedilo Uma maneira interessante para se efetivar esta praacutetica eacute apresentar situaccedilotildees-problemas Durante as atividades de Praacutetica de Formaccedilatildeo (estaacutegio) o aluno em formaccedilatildeo vivenciaraacute vaacuterias situaccedilotildees no ensino da geografia que deveratildeo ser apresentadas e discutidas com a turma pesquisando referenciais teoacutericos sobre o tema e propostasalternativas para um trabalho mais eficiente natildeo caindo em situaccedilotildees simplistas ou a atuaccedilotildees muito complexas para os educandos da educaccedilatildeo infantil e seacuteries iniciais do Ensino Fundamental
Diante dos registros anteriores como percebemos a nossa concepccedilatildeo de Geografia construiacuteda em nosso percurso escolar Registre no caderno e acrescente o que espera aprender com esta disciplina
REFERENCIAL TEOacuteRICO FATI N Maria Eneida TAUSCHECK Neusa Maria Metodologia do Ensino de Geografia Curitiba IBPEX 2005 PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008
httpfoliodoemersonblogspotcombr201006charge-de-geografiahtml
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DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCACcedilAtildeO BAacuteSICA
DIMENSAtildeO HISTOacuteRICA DA DISCIPLINA DE
GEOGRAFIA
As ideias geograacuteficas foram inseridas no curriacuteculo escolar brasileiro no seacuteculo XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras
Previa como um dos conteuacutedos contemplados os chamados princiacutepios de geografia que tinha como objetivo enfatizar a descriccedilatildeo do territoacuterio sua dimensatildeo e suas belezas naturais (VLACH 2004)
A institucionalizaccedilatildeo da Geografia no Brasil no entanto se consolidou apenas a partir da deacutecada de 1930 quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente fiacutesico nacional com o objetivo de servir aos interesses poliacuteticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econocircmico
Nas escolas brasileiras a Geografia tinha um caraacuteter decorativo e enciclopedista focado na descriccedilatildeo do espaccedilo na formaccedilatildeo e no fortalecimento do nacionalismo com um papel significativo na consolidaccedilatildeo do Estado Nacional brasileiro
Essa corrente teoacuterica e metodoloacutegica eacute conhecida como geografia tradicional
Ao longo da segunda metade do seacuteculo XX e originaram novos enfoques para a anaacutelise do espaccedilo geograacutefico
a) agrave degradaccedilatildeo da natureza b) agraves desigualdades e injusticcedilas c) agraves questotildees culturais e demograacuteficas
mundiais O golpe militar de 1964
Essas leis tinham por finalidade adequar a educaccedilatildeo agrave crescente necessidade de formaccedilatildeo de matildeo-de-obra para suprir a demanda que o surto industrial brasileiro conhecido como milagre econocircmico geraria tanto no campo quanto na cidade
Nos anos de 1980 ocorreram movimentos pelo desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da Histoacuteria
Com o fim da ditadura militar a renovaccedilatildeo do pensamento geograacutefico iniciada apoacutes a Segunda Guerra chegou com forccedila ao Brasil As
discussotildees teoacutericas que entatildeo se sobressaiacuteram centraram-se em torno do movimento da Geografia Criacutetica
Esse movimento adotou o meacutetodo do materialismo histoacuterico dialeacutetico para os estudos e para a abordagem dos conteuacutedos de ensino
No Paranaacute as discussotildees sobre a emergente Geografia Criacutetica como meacutetodo e conteuacutedo de ensino ocorreram no final da deacutecada de 1980 em cursos de formaccedilatildeo continuada e discussotildees sobre reformulaccedilatildeo curricular promovidos pela Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo que publicou em 1990 o Curriacuteculo Baacutesico para a Escola Puacuteblica do Paranaacute
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relaccedilatildeo agrave chamada Geografia Tradicional
Organizaccedilotildees financeiras internacionais como o Banco Mundial passaram a condicionar seus empreacutestimos a paiacuteses como o Brasil agrave implementaccedilatildeo de poliacuteticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanccedilas
Nesse contexto ocorreram a produccedilatildeo e a aprovaccedilatildeo da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional (LDB 939496) bem como a construccedilatildeo a poucas matildeos dos PCN (Paracircmetros Curriculares Nacionais)
Entre as mudanccedilas provocadas pelos PCN destacam-se os conteuacutedos de ensino vinculado agraves discussotildees ambientais e multiculturais
Eacute preciso lembrar contudo que as questotildees ambientais e culturais estiveram inseridas no temaacuterio geograacutefico desde a institucionalizaccedilatildeo da Geografia e foram abordadas de vaacuterias perspectivas teoacutericas das descritivas agraves criacuteticas Portanto apenas inseri-las no curriacuteculo como conteuacutedos de ensino natildeo garante criticidade agrave disciplina
Pode-se perceber que essa criticidade natildeo aparece nos PCN na medida em que a abordagem socioambiental enfatiza o determinismo tecnoloacutegico e a sustentabilidade como formas de resolver os problemas causados pela racionalidade do modo de produccedilatildeo capitalista e a abordagem cultural destaca a ideacuteia de toleracircncia e de convivecircncia tranquumlila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que se apresentem desiguais
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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Marcos Couto da Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) contou que a associaccedilatildeo e a AGB (Associaccedilatildeo dos Geoacutegrafos Brasileiros) se recusaram a assinar o documento da BNC apoacutes participarem de reuniotildees iniciais Segundo Andreia Gouveia (presidente ANPEd) A Base natildeo garante o direito agrave educaccedilatildeo e agrave diversidade Soacute eacute possiacutevel pensar curriacuteculo se estiver atrelado agrave flexibilizaccedilatildeo e natildeo agrave unificaccedilatildeo Eacute uma visatildeo tecnicista com forte tendecircncia meritocraacutetica Estamos falando claramente de uma visatildeo empresarial que culpabiliza os gestores da rede por maus resultados Segundo o Professor Wladimir Jansen Ferreira
Os Conteuacutedos de geografia estatildeo divididos em quatro vagas ldquodimensotildees formativas dos saberes geograacuteficosrdquo ldquoo sujeito e o mundordquo ldquoo lugar e o mundordquo as ldquolinguagens e o mundordquo e ldquoas responsabilidades e o mundordquo Apesar da ldquovaguidatildeordquo natildeo eacute de todo ruim este conceito de organizaccedilatildeo No ldquoEnsino Fundamental Irdquo haacute os famosos ldquoCiacuterculos Concecircntricosrdquo fazendo os alunos relacionarem o conhecimento local e a identificaccedilatildeo elementos geograacuteficos com o reconhecimento de si como sujeito e dos lugares Tambeacutem haacute uma tentativa da identificaccedilatildeo dos papeacuteis sociais trabalho com noccedilotildees de ldquodiversidade cultural ambientalismo e preservaccedilatildeordquo e ldquoconexotildees lugares trabalho e cotidianordquo Fala-se dos ldquoprocessos naturais e sociais na paisagemrdquo etc
A GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (BNCC)
Os saberes da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental em articulaccedilatildeo com os saberes de outros componentes curriculares e outras aacutereas do conhecimento concorrem para o processo de alfabetizaccedilatildeo e letramento e para o desenvolvimento de diferentes raciociacutenios que permitem atribuir sentidos para as dinacircmicas das relaccedilotildees entre pessoas grupos sociais e desses com a natureza nas atividades de trabalho e lazer
As vivecircncias e as experiecircncias dosas estudantes de diferentes contextos contribuem para a compreensatildeo de fenocircmenos naturais sociais poliacuteticos culturais e econocircmicos Aleacutem disso contribuem para o uso de muacuteltiplas formas de expressatildeo seja por meio dos mapas oficiais e formais e das cartografias sociais que demarcam identidades
e percepccedilotildees culturais sobre e nas paisagens seja ainda na utilizaccedilatildeo de linguagens diversas
O componente curricular Geografia trabalha o desenvolvimento de valores sociais como o respeito a toleracircncia a solidariedade o cuidado de si e do outro bem como o protagonismo cidadatildeo
A ecircnfase nos lugares de vivecircncia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental oportuniza o desenvolvimento de noccedilotildees de pertencimento de localizaccedilatildeo de orientaccedilatildeo e de organizaccedilatildeo das experiecircncias e vivecircncias em diferentes locais sendo essas noccedilotildees fundamentais para o trato com os conhecimentos geograacuteficos
Outros conceitos articuladores vatildeo se integrando e ampliando as escalas de anaacutelise como as paisagens as regiotildees e os territoacuterios Faz-se necessaacuterio identificar em lugares de vivecircncias a presenccedila e a diversidade de culturas indiacutegenas afrodescendentes de ciganos de mesticcedilos de migrantes e de imigrantes bem como de outros grupos sociais para compreender suas caracteriacutesticas socioculturais e suas territorialidades
Do mesmo modo faz-se necessaacuterio diferenciar os lugares de vivecircncias e compreender a produccedilatildeo das paisagens e a inter-relaccedilatildeo entre elas como o campocidade e o urbanorural no que tange aos aspectos poliacuteticos sociais culturais e econocircmicos promovendo atitudes procedimentos e elaboraccedilotildees conceituais que potencializem o desenvolvimento das identidades dosdas 311 estudantes e sua participaccedilatildeo em diferentes grupos sociais
Essa compreensatildeo abre caminhos para praacuteticas pedagoacutegicas provocadoras e desafiadoras pautadas na observaccedilatildeo nas experiecircncias diretas no desenvolvimento de variadas formas de expressatildeo registro e problematizaccedilatildeo especialmente envolvendo o estudo do cotidiano em situaccedilotildees que estimulem a curiosidade a reflexatildeo e o protagonismo
Ao final dos anos iniciais do Ensino Fundamental espera-se que osas estudantes compreendam algumas relaccedilotildees estabelecidas no espaccedilo social em diferentes escalas desenvolvam raciociacutenio criacutetico e atitudes autocircnomas e propositivas apropriem-se de muacuteltiplas linguagens a partir das quais signifiquem os saberes geograacuteficos compreendam noccedilotildees baacutesicas sobre a produccedilatildeo do espaccedilo
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ALFABETIZACcedilAtildeO CARTOGRAacuteFICA O USO DE MAPAS
Adaptado por Sandra Fagionato Ruffino Siacutelvia Martins e Andreacute Salvador
Toacutepicos
Introduccedilatildeo 1 Desenvolvimento das primeiras noccedilotildees de referecircncia espacial (lateralidade) 2 Construccedilatildeo das primeiras representaccedilotildees espaciais (o corpo) 3 Representando espaccedilos conhecidos 4 Construccedilatildeo de mapas baacutesicos 5 Elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos 6 Trabalhando com escalas 7 Orientaccedilatildeo atraveacutes de pontos cardeais
Introduccedilatildeo
Os mapas satildeo representaccedilotildees graacuteficas do espaccedilo constituiacutedas por 3 elementos baacutesicos
escala projeccedilatildeo simbologia
Resultam de um conhecimento acumulado de informaccedilotildees e teacutecnicas desenvolvidas por uma sociedade Estatildeo presentes em Atlas revistas jornais e noticiaacuterios de TV gabinetes de poliacuteticos e empresaacuterios Satildeo usados por economistas urbanistas engenheiros militares e outros profissionais bem como por turistas Satildeo portanto recursos bastante importantes para localizar informar ou orientar-se no espaccedilo desde que o indiviacuteduo saiba interpretaacute-lo
A utilizaccedilatildeo de mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam agrave realidade atraveacutes de siacutembolos Natildeo eacute uma tarefa simples sendo necessaacuterio desenvolver algumas habilidades e conhecimentos atividades como pintar estados paiacuteses e municiacutepios copiar mapas ou colocar nomes em rios satildeo tarefas mecanicistas que natildeo levam agrave formaccedilatildeo de conceitos da linguagem cartograacutefica Segundo Almeida (1994) esse trabalho de interpretaccedilatildeo deve iniciar pela construccedilatildeo de seu proacuteprio mapa com a codificaccedilatildeo dos
elementos do espaccedilo ao seu redor para posteriormente ler os mapas feitos por outras pessoas
Dessa forma para este moacutedulo propomos um trabalho a ser desenvolvido de forma lenta e gradual a fim de que os alunos construam as relaccedilotildees espaciais tomando consciecircncia do mundo fiacutesico e social No iniacutecio o aluno age como mapeador representa a realidade fiacutesica e social atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele e pela classe Quando adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo torna-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros
Agindo como mapeador do seu espaccedilo o aluno passaraacute pelo processo de levantamento de dados classificaccedilatildeo comparaccedilatildeo reduccedilatildeo e estabelecimento de signos o que contribuiraacute para a compreensatildeo das informaccedilotildees melhorando seu raciociacutenio loacutegico
A representaccedilatildeo espacial atraveacutes de siacutembolos eacute frequente na Geografia Astronomia Arquitetura no estudo do corpo humano e em outras aacutereas do conhecimento No nosso trabalho ela eacute usada como introduccedilatildeo agrave compreensatildeo tanto do ambiente externo quanto do nosso corpo cabendo ao professor selecionar os toacutepicos que conveacutem agrave finalidade de sua proposta
1 DESENVOLVIMENTO DAS PRIMEIRAS NOCcedilOtildeES DE REFEREcircNCIA ESPACIAL (LATERALIDADE)
Conteuacutedo para o professor
O domiacutenio da lateralidade ou seja a percepccedilatildeo das relaccedilotildees direitaesquerda frenteatraacutes em cimaembaixo varia de acordo com o ponto de vista de quem observa ou conforme uma determinada referecircncia eacute o primeiro passo para a construccedilatildeo das relaccedilotildees espaciais
A construccedilatildeo dessas noccedilotildees pela crianccedila tem como ponto de partida o proacuteprio corpo (a sua direita e sua esquerda) Mais tarde em um processo gradativo de descentralizaccedilatildeo considera a esquerda e a direita de pessoas agrave sua frente para finalmente considerar o posicionamento dos objetos em relaccedilatildeo uns aos outros a ela proacutepria ou a outras pessoas Somente apoacutes o estabelecimento das relaccedilotildees eacute que a crianccedila teraacute condiccedilotildees de entender o que eacute orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais Este primeiro toacutepico pretende desenvolver orientaccedilotildees baseadas na constituiccedilatildeo fiacutesica do corpo humano a partir de convenccedilotildees estabelecidas socialmente (direita esquerda em cima embaixo atraacutes frente)
Material Papel pardo ou cenaacuterio papel rascunho Laacutepis e material de pintura
Sugestotildees de perguntas
Se eu estiver de frente para meu amigo a matildeo direita dele estaacute do mesmo lado que a minha
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E se ele estiver de costas para mim
Se eu olhar para o espelho a matildeo direita da minha imagem estaacute do mesmo lado que a minha
Hipoacuteteses possiacuteveis
Se eu estiver de frente para o meu amigo sim
Se ele estiver de costas para mim natildeo
Se eu olhar para o espelho a minha matildeo direita esta do lado oposto
Obs a verificaccedilatildeo destas hipoacuteteses deveraacute ser feita no final deste toacutepico depois que os alunos realizarem as atividades propostas Se os alunos jaacute dominarem este conteuacutedo natildeo existe necessidade de realizar estas atividades
11 O banho
Objetivos
Verificar se os alunos apresentam o domiacutenio da lateralidade
Atraveacutes da estimulaccedilatildeo taacutetil tomar consciecircncia de seu predomiacutenio lateral para a direita e esquerda (lateralizaccedilatildeo) contribuindo para o estabelecimento das relaccedilotildees projetivas
Material um pedaccedilo de papel para cada crianccedila
Desenvolvimento O professor coordena a atividade levando os alunos a dramatizarem um banho Teratildeo que imitar os movimentos de tirar a roupa ligar e desligar o chuveiro e se ensaboar com a ajuda da bucha (folha de papel amassada) esfregando as partes do corpo
- esfregar o lado de cima
- esfregar a parte de traacutes da cabeccedila
- esfregar o lado direito da cabeccedila
- esfregar a orelha esquerda
- esfregar o braccedilo direito e a perna esquerda
Depois de esfregar o corpo todo devem se enxaguar e enxugar (com o papel desamassado) podendo ser feita da seguinte maneira
- enxugar todo o lado direito do corpo
- enxugar todo o lado esquerdo do corpo
- enxugar toda a parte da frente do corpo
- enxugar toda a parte de traacutes do corpo
12 Localizando o eu
Objetivo
Tomar consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros e dos lados de seu corpo
Material papel grande (um para cada aluno) laacutepis
Desenvolvimento Aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre a folha de papel enquanto o aluno B risca seu contorno Depois os papeacuteis se invertem Na segunda etapa cada aluno nomeia as partes do proacuteprio corpo escrevendo ou colando etiquetas
Apoacutes explorar bastante esses elementos cola-se um barbante na testa dos alunos (dividindo o corpo em duas partes) com durex e pede para identificarem seu lado direito (podendo fazer uma marcaccedilatildeo) O mesmo eacute feito no contorno com o aluno posicionado na cabeccedila da representaccedilatildeo (sem espelhar) Depois de identificados os lados do seu corpo e do contorno o professor daacute comandos para os alunos identificarem as partes de cada lado do corpo no contorno da seguinte forma
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
VISTA AEacuteREA DAS CONSTRUCcedilOtildeES FIacuteSICAS DO IEPPEP
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
1 ALMEIDA Rosacircngela Doin de O espaccedilo geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Contexto 2005 2 ANTUNES Celso Jogos para a estimulaccedilatildeo das muacuteltiplas inteligecircncias Petroacutepolis Vozes 2000 3 _____ A sala de aula de Geografia e Histoacuteria inteligecircncias muacuteltiplas aprendizagem significativa e
competecircncias no dia-a-dia Campinas Papirus 2001 4 FATI N Maria Eneida TAUSCHECK Neusa Maria Metodologia do Ensino de Geografia Curitiba IBPEX
2005 5 GOVERNO DO ESTADO DO PARANAacute Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educaccedilatildeo Baacutesica Curitiba
apostila 2006 6 _____ Orientaccedilotildees curriculares para o Curso de Formaccedilatildeo de Docentes da Educaccedilatildeo Infantil e Anos
Iniciais do Ensino Fundamental em niacutevel Meacutedio na modalidade Normal Curitiba apostila 2014 7 MEDEIROS Paulo Ceacutesar Fundamentos teoacutericos das ciecircncias humanas Geografia Curitiba IESDE 2004 8 PALHARES Joseacute Mauro Paranaacute Aspectos da Geografia Foz do Iguaccedilu o autor 2001 9 PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 10 RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005 11 SIMIELLI Maria Elena Primeiros mapas como entender e construir Satildeo Paulo Aacutetica 2004 04 cadernos
de atividades 12 UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE Histoacuteria e Geografia do Paranaacute textos e metodologias de
mapas e maquetes Curitiba Governo do Estado do Paranaacute 2002 2 v e jogo de transparecircncias do Paranaacute 13 VESENTINI Joseacute William (org) Geografia e ensino textos criacuteticos Campinas Papirus 1989 14 WONS Iaroslaw Geografia do Paranaacute Curitiba Ed Ensino Renovado 1985
NOSSA PAacuteGINA DE MET ENS GEOGRAFIA
httpestagiocewkpbworkscomwpage115314673Met20Ens20Geografia
Curitiba 14 de fevereiro de 2017
httpjoseguadalupeunidad3sociakesblogspotcombr201511geografia-humanahtml
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O QUE Eacute GEOGRAFIA O QUE ESTUDA
QUAL A IMPORTAcircNCIA TEOacuteRICA E POLIacuteTICA DESTE SABER
O que eacute por que nesse lugar Demonstra uma perspectiva particular da disciplina que eacute a localizaccedilatildeo a necessidade de justificaacute-la ou seja ir aleacutem da descriccedilatildeo dos aspectos (da estrutura padratildeo) dos lugares e buscar sua significaccedilatildeo ndash para isso satildeo necessaacuterias referecircncias teoacutericas conceituais Para entender o significado dos lugares eacute necessaacuteria outra questatildeo como eacute este lugar Desta forma podemos dizer que o conteuacutedo geograacutefico tambeacutem deve considerar em conjunto os convencionais aspectos fiacutesicos humanos econocircmicos que poderiam ser recolocados sob formas mais complexas e globalizantes como aspectos culturais ambientais geopoliacuteticos Partindo desta reflexatildeo em duplas escreva em seu caderno sua opiniatildeo sobre
Onde e como eacute o lugar (bairro distrito municiacutepio aacuterea rural) onde mora
Por que ele eacute e estaacute desta maneira
Que relaccedilotildees este lugar estabelece com lugares distantes (outros municiacutepios estados paiacuteses) Por que ele estabelece estas relaccedilotildees e natildeo outras
A geografia estuda o espaccedilo geograacutefico em qualquer escala (local regional nacional global) e numa perspectiva relacional De acordo com Santos apud Fantin 2005 p 22 este espaccedilo geograacutefico eacute composto de materialidade (natural e construiacuteda) e de relaccedilotildees sociais poliacuteticas econocircmicas culturais O autor define o espaccedilo geograacutefico como sistemas de objetos mais sistemas de accedilotildees Para ele os objetos satildeo a materialidade ldquotudo que existe na superfiacutecie da Terra toda heranccedila histoacuterica natural e da accedilatildeo humana que se objetivou [] isso que se cria fora do homem e se torna instrumento material de sua vida em ambos os casos uma exterioridade rdquo Ainda em suas palavras
As accedilotildees resultam de necessidades naturais ou criadas Essas necessidades materiais imateriais econocircmicas sociais culturais morais afetivas eacute que conduzem os homens a agir e levam a funccedilatildeo [que] vatildeo desembocar nos objetos Realizadas atraveacutes das formas sociais elas proacuteprias conduzem a criaccedilatildeo e ao uso de objetos formas geograacuteficas
Nesse sentido eacute impossiacutevel pensar a geografia apenas como a ciecircncia da localizaccedilatildeo e da descriccedilatildeo dos fenocircmenos Muito mais que isso ela investiga a accedilatildeo humana (em suas relaccedilotildees complexas) modelando a superfiacutecie terrestre em parceria eou oposiccedilatildeo agrave natureza materializando tempos histoacutericos sobrepostos Por essas caracteriacutesticas o pensar geograacutefico requer treinamento atenccedilatildeo e investigaccedilatildeo Se vocecirc quiser pensar geograficamente o lugar onde mora deveraacute refletir sobre as construccedilotildees (objetos teacutecnicos) como preacutedios casas pontes usinas faacutebricas rodovias praccedilas escolas entre outras Satildeo todas da mesma idade Ou foram construiacutedas em periacuteodos histoacutericos diferentes A que funccedilotildees serviam inicialmente Que relaccedilotildees sociais possibilitavam E hoje para que servem Quem os ocupausa Quem eacute excluiacutedo deles Seraacute preciso refletir tambeacutem sobre que base natural esses objetos teacutecnicos foram construiacutedos (planiacutecie planalto vale depressatildeo morro) e que tipo de influecircncia essa base exerceu na paisagem desse lugar Havia alguma cobertura vegetal anterior agrave ocupaccedilatildeo desse lugar O que aconteceu com ela Essas e outras consideraccedilotildees ndash tipo clima origem eacutetnica dos habitantes motivaccedilotildees histoacutericas para a ocupaccedilatildeo do lugar atividade produtiva ali desenvolvida relaccedilotildees econocircmicas e
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culturais que estabelece com outros lugares ndash satildeo fundamentais para a compreensatildeo do espaccedilo geograacutefico de qualquer lugar A partir desse tipo de raciociacutenio fica mais faacutecil pensar sobre ldquopara que serve o saber geograacuteficordquo A anaacutelise geograacutefica do lugar onde moramos pressupotildee (para aleacutem da observaccedilatildeo e da descriccedilatildeo) investigaccedilotildees histoacutericas sociais econocircmicas poliacuteticas culturais etc Melhor ainda para entender geograficamente o ldquoseurdquo lugar vocecirc precisa estabelecer relaccedilotildees entre a materialidade que o constitui e a dinacircmica social que a produziu e faz uso dela Na escola sobretudo no Ensino Fundamental o objetivo geral da Geografia eacute alfabetizar o aluno para leitura do espaccedilo geograacutefico compreendendo a sociedaderealidade atraveacutes do estudo de seus aspectos fiacutesicos humanos econocircmicos considerando que eacute uma construccedilatildeo social e histoacuterica desta forma este eacute o objeto de conhecimento da disciplina Para organizar o pensamento pedagoacutegico eacute necessaacuterio estabelecer os objetivos do ensino da geografia os conteuacutedos e a metodologia considerando seus aspectos ideoloacutegicos e poliacuteticos Os conteuacutedos satildeo os meios de se desenvolver o raciociacutenio geograacutefico organizado em dois eixos a formaccedilatildeo de conceitos e a alfabetizaccedilatildeo geograacutefica No encaminhamento metodoloacutegico ficaraacute expliacutecito a linha ideoloacutegica adota e a que tipo de cidadatildeo e sociedade se deseja construir portanto eacute imprescindiacutevel que o professor conheccedila as posturas teoacutericas-praacuteticas das escolas pedagoacutegicas O nosso desejo eacute que o aluno seja capaz de ler o espaccedilo geograacutefico e compreendecirc-lo com criticidade instrumentalizando-o para interferir na construccedilatildeo consciente desse espaccedilo Uma maneira interessante para se efetivar esta praacutetica eacute apresentar situaccedilotildees-problemas Durante as atividades de Praacutetica de Formaccedilatildeo (estaacutegio) o aluno em formaccedilatildeo vivenciaraacute vaacuterias situaccedilotildees no ensino da geografia que deveratildeo ser apresentadas e discutidas com a turma pesquisando referenciais teoacutericos sobre o tema e propostasalternativas para um trabalho mais eficiente natildeo caindo em situaccedilotildees simplistas ou a atuaccedilotildees muito complexas para os educandos da educaccedilatildeo infantil e seacuteries iniciais do Ensino Fundamental
Diante dos registros anteriores como percebemos a nossa concepccedilatildeo de Geografia construiacuteda em nosso percurso escolar Registre no caderno e acrescente o que espera aprender com esta disciplina
REFERENCIAL TEOacuteRICO FATI N Maria Eneida TAUSCHECK Neusa Maria Metodologia do Ensino de Geografia Curitiba IBPEX 2005 PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008
httpfoliodoemersonblogspotcombr201006charge-de-geografiahtml
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DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCACcedilAtildeO BAacuteSICA
DIMENSAtildeO HISTOacuteRICA DA DISCIPLINA DE
GEOGRAFIA
As ideias geograacuteficas foram inseridas no curriacuteculo escolar brasileiro no seacuteculo XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras
Previa como um dos conteuacutedos contemplados os chamados princiacutepios de geografia que tinha como objetivo enfatizar a descriccedilatildeo do territoacuterio sua dimensatildeo e suas belezas naturais (VLACH 2004)
A institucionalizaccedilatildeo da Geografia no Brasil no entanto se consolidou apenas a partir da deacutecada de 1930 quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente fiacutesico nacional com o objetivo de servir aos interesses poliacuteticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econocircmico
Nas escolas brasileiras a Geografia tinha um caraacuteter decorativo e enciclopedista focado na descriccedilatildeo do espaccedilo na formaccedilatildeo e no fortalecimento do nacionalismo com um papel significativo na consolidaccedilatildeo do Estado Nacional brasileiro
Essa corrente teoacuterica e metodoloacutegica eacute conhecida como geografia tradicional
Ao longo da segunda metade do seacuteculo XX e originaram novos enfoques para a anaacutelise do espaccedilo geograacutefico
a) agrave degradaccedilatildeo da natureza b) agraves desigualdades e injusticcedilas c) agraves questotildees culturais e demograacuteficas
mundiais O golpe militar de 1964
Essas leis tinham por finalidade adequar a educaccedilatildeo agrave crescente necessidade de formaccedilatildeo de matildeo-de-obra para suprir a demanda que o surto industrial brasileiro conhecido como milagre econocircmico geraria tanto no campo quanto na cidade
Nos anos de 1980 ocorreram movimentos pelo desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da Histoacuteria
Com o fim da ditadura militar a renovaccedilatildeo do pensamento geograacutefico iniciada apoacutes a Segunda Guerra chegou com forccedila ao Brasil As
discussotildees teoacutericas que entatildeo se sobressaiacuteram centraram-se em torno do movimento da Geografia Criacutetica
Esse movimento adotou o meacutetodo do materialismo histoacuterico dialeacutetico para os estudos e para a abordagem dos conteuacutedos de ensino
No Paranaacute as discussotildees sobre a emergente Geografia Criacutetica como meacutetodo e conteuacutedo de ensino ocorreram no final da deacutecada de 1980 em cursos de formaccedilatildeo continuada e discussotildees sobre reformulaccedilatildeo curricular promovidos pela Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo que publicou em 1990 o Curriacuteculo Baacutesico para a Escola Puacuteblica do Paranaacute
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relaccedilatildeo agrave chamada Geografia Tradicional
Organizaccedilotildees financeiras internacionais como o Banco Mundial passaram a condicionar seus empreacutestimos a paiacuteses como o Brasil agrave implementaccedilatildeo de poliacuteticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanccedilas
Nesse contexto ocorreram a produccedilatildeo e a aprovaccedilatildeo da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional (LDB 939496) bem como a construccedilatildeo a poucas matildeos dos PCN (Paracircmetros Curriculares Nacionais)
Entre as mudanccedilas provocadas pelos PCN destacam-se os conteuacutedos de ensino vinculado agraves discussotildees ambientais e multiculturais
Eacute preciso lembrar contudo que as questotildees ambientais e culturais estiveram inseridas no temaacuterio geograacutefico desde a institucionalizaccedilatildeo da Geografia e foram abordadas de vaacuterias perspectivas teoacutericas das descritivas agraves criacuteticas Portanto apenas inseri-las no curriacuteculo como conteuacutedos de ensino natildeo garante criticidade agrave disciplina
Pode-se perceber que essa criticidade natildeo aparece nos PCN na medida em que a abordagem socioambiental enfatiza o determinismo tecnoloacutegico e a sustentabilidade como formas de resolver os problemas causados pela racionalidade do modo de produccedilatildeo capitalista e a abordagem cultural destaca a ideacuteia de toleracircncia e de convivecircncia tranquumlila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que se apresentem desiguais
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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Marcos Couto da Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) contou que a associaccedilatildeo e a AGB (Associaccedilatildeo dos Geoacutegrafos Brasileiros) se recusaram a assinar o documento da BNC apoacutes participarem de reuniotildees iniciais Segundo Andreia Gouveia (presidente ANPEd) A Base natildeo garante o direito agrave educaccedilatildeo e agrave diversidade Soacute eacute possiacutevel pensar curriacuteculo se estiver atrelado agrave flexibilizaccedilatildeo e natildeo agrave unificaccedilatildeo Eacute uma visatildeo tecnicista com forte tendecircncia meritocraacutetica Estamos falando claramente de uma visatildeo empresarial que culpabiliza os gestores da rede por maus resultados Segundo o Professor Wladimir Jansen Ferreira
Os Conteuacutedos de geografia estatildeo divididos em quatro vagas ldquodimensotildees formativas dos saberes geograacuteficosrdquo ldquoo sujeito e o mundordquo ldquoo lugar e o mundordquo as ldquolinguagens e o mundordquo e ldquoas responsabilidades e o mundordquo Apesar da ldquovaguidatildeordquo natildeo eacute de todo ruim este conceito de organizaccedilatildeo No ldquoEnsino Fundamental Irdquo haacute os famosos ldquoCiacuterculos Concecircntricosrdquo fazendo os alunos relacionarem o conhecimento local e a identificaccedilatildeo elementos geograacuteficos com o reconhecimento de si como sujeito e dos lugares Tambeacutem haacute uma tentativa da identificaccedilatildeo dos papeacuteis sociais trabalho com noccedilotildees de ldquodiversidade cultural ambientalismo e preservaccedilatildeordquo e ldquoconexotildees lugares trabalho e cotidianordquo Fala-se dos ldquoprocessos naturais e sociais na paisagemrdquo etc
A GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (BNCC)
Os saberes da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental em articulaccedilatildeo com os saberes de outros componentes curriculares e outras aacutereas do conhecimento concorrem para o processo de alfabetizaccedilatildeo e letramento e para o desenvolvimento de diferentes raciociacutenios que permitem atribuir sentidos para as dinacircmicas das relaccedilotildees entre pessoas grupos sociais e desses com a natureza nas atividades de trabalho e lazer
As vivecircncias e as experiecircncias dosas estudantes de diferentes contextos contribuem para a compreensatildeo de fenocircmenos naturais sociais poliacuteticos culturais e econocircmicos Aleacutem disso contribuem para o uso de muacuteltiplas formas de expressatildeo seja por meio dos mapas oficiais e formais e das cartografias sociais que demarcam identidades
e percepccedilotildees culturais sobre e nas paisagens seja ainda na utilizaccedilatildeo de linguagens diversas
O componente curricular Geografia trabalha o desenvolvimento de valores sociais como o respeito a toleracircncia a solidariedade o cuidado de si e do outro bem como o protagonismo cidadatildeo
A ecircnfase nos lugares de vivecircncia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental oportuniza o desenvolvimento de noccedilotildees de pertencimento de localizaccedilatildeo de orientaccedilatildeo e de organizaccedilatildeo das experiecircncias e vivecircncias em diferentes locais sendo essas noccedilotildees fundamentais para o trato com os conhecimentos geograacuteficos
Outros conceitos articuladores vatildeo se integrando e ampliando as escalas de anaacutelise como as paisagens as regiotildees e os territoacuterios Faz-se necessaacuterio identificar em lugares de vivecircncias a presenccedila e a diversidade de culturas indiacutegenas afrodescendentes de ciganos de mesticcedilos de migrantes e de imigrantes bem como de outros grupos sociais para compreender suas caracteriacutesticas socioculturais e suas territorialidades
Do mesmo modo faz-se necessaacuterio diferenciar os lugares de vivecircncias e compreender a produccedilatildeo das paisagens e a inter-relaccedilatildeo entre elas como o campocidade e o urbanorural no que tange aos aspectos poliacuteticos sociais culturais e econocircmicos promovendo atitudes procedimentos e elaboraccedilotildees conceituais que potencializem o desenvolvimento das identidades dosdas 311 estudantes e sua participaccedilatildeo em diferentes grupos sociais
Essa compreensatildeo abre caminhos para praacuteticas pedagoacutegicas provocadoras e desafiadoras pautadas na observaccedilatildeo nas experiecircncias diretas no desenvolvimento de variadas formas de expressatildeo registro e problematizaccedilatildeo especialmente envolvendo o estudo do cotidiano em situaccedilotildees que estimulem a curiosidade a reflexatildeo e o protagonismo
Ao final dos anos iniciais do Ensino Fundamental espera-se que osas estudantes compreendam algumas relaccedilotildees estabelecidas no espaccedilo social em diferentes escalas desenvolvam raciociacutenio criacutetico e atitudes autocircnomas e propositivas apropriem-se de muacuteltiplas linguagens a partir das quais signifiquem os saberes geograacuteficos compreendam noccedilotildees baacutesicas sobre a produccedilatildeo do espaccedilo
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ALFABETIZACcedilAtildeO CARTOGRAacuteFICA O USO DE MAPAS
Adaptado por Sandra Fagionato Ruffino Siacutelvia Martins e Andreacute Salvador
Toacutepicos
Introduccedilatildeo 1 Desenvolvimento das primeiras noccedilotildees de referecircncia espacial (lateralidade) 2 Construccedilatildeo das primeiras representaccedilotildees espaciais (o corpo) 3 Representando espaccedilos conhecidos 4 Construccedilatildeo de mapas baacutesicos 5 Elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos 6 Trabalhando com escalas 7 Orientaccedilatildeo atraveacutes de pontos cardeais
Introduccedilatildeo
Os mapas satildeo representaccedilotildees graacuteficas do espaccedilo constituiacutedas por 3 elementos baacutesicos
escala projeccedilatildeo simbologia
Resultam de um conhecimento acumulado de informaccedilotildees e teacutecnicas desenvolvidas por uma sociedade Estatildeo presentes em Atlas revistas jornais e noticiaacuterios de TV gabinetes de poliacuteticos e empresaacuterios Satildeo usados por economistas urbanistas engenheiros militares e outros profissionais bem como por turistas Satildeo portanto recursos bastante importantes para localizar informar ou orientar-se no espaccedilo desde que o indiviacuteduo saiba interpretaacute-lo
A utilizaccedilatildeo de mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam agrave realidade atraveacutes de siacutembolos Natildeo eacute uma tarefa simples sendo necessaacuterio desenvolver algumas habilidades e conhecimentos atividades como pintar estados paiacuteses e municiacutepios copiar mapas ou colocar nomes em rios satildeo tarefas mecanicistas que natildeo levam agrave formaccedilatildeo de conceitos da linguagem cartograacutefica Segundo Almeida (1994) esse trabalho de interpretaccedilatildeo deve iniciar pela construccedilatildeo de seu proacuteprio mapa com a codificaccedilatildeo dos
elementos do espaccedilo ao seu redor para posteriormente ler os mapas feitos por outras pessoas
Dessa forma para este moacutedulo propomos um trabalho a ser desenvolvido de forma lenta e gradual a fim de que os alunos construam as relaccedilotildees espaciais tomando consciecircncia do mundo fiacutesico e social No iniacutecio o aluno age como mapeador representa a realidade fiacutesica e social atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele e pela classe Quando adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo torna-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros
Agindo como mapeador do seu espaccedilo o aluno passaraacute pelo processo de levantamento de dados classificaccedilatildeo comparaccedilatildeo reduccedilatildeo e estabelecimento de signos o que contribuiraacute para a compreensatildeo das informaccedilotildees melhorando seu raciociacutenio loacutegico
A representaccedilatildeo espacial atraveacutes de siacutembolos eacute frequente na Geografia Astronomia Arquitetura no estudo do corpo humano e em outras aacutereas do conhecimento No nosso trabalho ela eacute usada como introduccedilatildeo agrave compreensatildeo tanto do ambiente externo quanto do nosso corpo cabendo ao professor selecionar os toacutepicos que conveacutem agrave finalidade de sua proposta
1 DESENVOLVIMENTO DAS PRIMEIRAS NOCcedilOtildeES DE REFEREcircNCIA ESPACIAL (LATERALIDADE)
Conteuacutedo para o professor
O domiacutenio da lateralidade ou seja a percepccedilatildeo das relaccedilotildees direitaesquerda frenteatraacutes em cimaembaixo varia de acordo com o ponto de vista de quem observa ou conforme uma determinada referecircncia eacute o primeiro passo para a construccedilatildeo das relaccedilotildees espaciais
A construccedilatildeo dessas noccedilotildees pela crianccedila tem como ponto de partida o proacuteprio corpo (a sua direita e sua esquerda) Mais tarde em um processo gradativo de descentralizaccedilatildeo considera a esquerda e a direita de pessoas agrave sua frente para finalmente considerar o posicionamento dos objetos em relaccedilatildeo uns aos outros a ela proacutepria ou a outras pessoas Somente apoacutes o estabelecimento das relaccedilotildees eacute que a crianccedila teraacute condiccedilotildees de entender o que eacute orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais Este primeiro toacutepico pretende desenvolver orientaccedilotildees baseadas na constituiccedilatildeo fiacutesica do corpo humano a partir de convenccedilotildees estabelecidas socialmente (direita esquerda em cima embaixo atraacutes frente)
Material Papel pardo ou cenaacuterio papel rascunho Laacutepis e material de pintura
Sugestotildees de perguntas
Se eu estiver de frente para meu amigo a matildeo direita dele estaacute do mesmo lado que a minha
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E se ele estiver de costas para mim
Se eu olhar para o espelho a matildeo direita da minha imagem estaacute do mesmo lado que a minha
Hipoacuteteses possiacuteveis
Se eu estiver de frente para o meu amigo sim
Se ele estiver de costas para mim natildeo
Se eu olhar para o espelho a minha matildeo direita esta do lado oposto
Obs a verificaccedilatildeo destas hipoacuteteses deveraacute ser feita no final deste toacutepico depois que os alunos realizarem as atividades propostas Se os alunos jaacute dominarem este conteuacutedo natildeo existe necessidade de realizar estas atividades
11 O banho
Objetivos
Verificar se os alunos apresentam o domiacutenio da lateralidade
Atraveacutes da estimulaccedilatildeo taacutetil tomar consciecircncia de seu predomiacutenio lateral para a direita e esquerda (lateralizaccedilatildeo) contribuindo para o estabelecimento das relaccedilotildees projetivas
Material um pedaccedilo de papel para cada crianccedila
Desenvolvimento O professor coordena a atividade levando os alunos a dramatizarem um banho Teratildeo que imitar os movimentos de tirar a roupa ligar e desligar o chuveiro e se ensaboar com a ajuda da bucha (folha de papel amassada) esfregando as partes do corpo
- esfregar o lado de cima
- esfregar a parte de traacutes da cabeccedila
- esfregar o lado direito da cabeccedila
- esfregar a orelha esquerda
- esfregar o braccedilo direito e a perna esquerda
Depois de esfregar o corpo todo devem se enxaguar e enxugar (com o papel desamassado) podendo ser feita da seguinte maneira
- enxugar todo o lado direito do corpo
- enxugar todo o lado esquerdo do corpo
- enxugar toda a parte da frente do corpo
- enxugar toda a parte de traacutes do corpo
12 Localizando o eu
Objetivo
Tomar consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros e dos lados de seu corpo
Material papel grande (um para cada aluno) laacutepis
Desenvolvimento Aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre a folha de papel enquanto o aluno B risca seu contorno Depois os papeacuteis se invertem Na segunda etapa cada aluno nomeia as partes do proacuteprio corpo escrevendo ou colando etiquetas
Apoacutes explorar bastante esses elementos cola-se um barbante na testa dos alunos (dividindo o corpo em duas partes) com durex e pede para identificarem seu lado direito (podendo fazer uma marcaccedilatildeo) O mesmo eacute feito no contorno com o aluno posicionado na cabeccedila da representaccedilatildeo (sem espelhar) Depois de identificados os lados do seu corpo e do contorno o professor daacute comandos para os alunos identificarem as partes de cada lado do corpo no contorno da seguinte forma
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
VISTA AEacuteREA DAS CONSTRUCcedilOtildeES FIacuteSICAS DO IEPPEP
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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O QUE Eacute GEOGRAFIA O QUE ESTUDA
QUAL A IMPORTAcircNCIA TEOacuteRICA E POLIacuteTICA DESTE SABER
O que eacute por que nesse lugar Demonstra uma perspectiva particular da disciplina que eacute a localizaccedilatildeo a necessidade de justificaacute-la ou seja ir aleacutem da descriccedilatildeo dos aspectos (da estrutura padratildeo) dos lugares e buscar sua significaccedilatildeo ndash para isso satildeo necessaacuterias referecircncias teoacutericas conceituais Para entender o significado dos lugares eacute necessaacuteria outra questatildeo como eacute este lugar Desta forma podemos dizer que o conteuacutedo geograacutefico tambeacutem deve considerar em conjunto os convencionais aspectos fiacutesicos humanos econocircmicos que poderiam ser recolocados sob formas mais complexas e globalizantes como aspectos culturais ambientais geopoliacuteticos Partindo desta reflexatildeo em duplas escreva em seu caderno sua opiniatildeo sobre
Onde e como eacute o lugar (bairro distrito municiacutepio aacuterea rural) onde mora
Por que ele eacute e estaacute desta maneira
Que relaccedilotildees este lugar estabelece com lugares distantes (outros municiacutepios estados paiacuteses) Por que ele estabelece estas relaccedilotildees e natildeo outras
A geografia estuda o espaccedilo geograacutefico em qualquer escala (local regional nacional global) e numa perspectiva relacional De acordo com Santos apud Fantin 2005 p 22 este espaccedilo geograacutefico eacute composto de materialidade (natural e construiacuteda) e de relaccedilotildees sociais poliacuteticas econocircmicas culturais O autor define o espaccedilo geograacutefico como sistemas de objetos mais sistemas de accedilotildees Para ele os objetos satildeo a materialidade ldquotudo que existe na superfiacutecie da Terra toda heranccedila histoacuterica natural e da accedilatildeo humana que se objetivou [] isso que se cria fora do homem e se torna instrumento material de sua vida em ambos os casos uma exterioridade rdquo Ainda em suas palavras
As accedilotildees resultam de necessidades naturais ou criadas Essas necessidades materiais imateriais econocircmicas sociais culturais morais afetivas eacute que conduzem os homens a agir e levam a funccedilatildeo [que] vatildeo desembocar nos objetos Realizadas atraveacutes das formas sociais elas proacuteprias conduzem a criaccedilatildeo e ao uso de objetos formas geograacuteficas
Nesse sentido eacute impossiacutevel pensar a geografia apenas como a ciecircncia da localizaccedilatildeo e da descriccedilatildeo dos fenocircmenos Muito mais que isso ela investiga a accedilatildeo humana (em suas relaccedilotildees complexas) modelando a superfiacutecie terrestre em parceria eou oposiccedilatildeo agrave natureza materializando tempos histoacutericos sobrepostos Por essas caracteriacutesticas o pensar geograacutefico requer treinamento atenccedilatildeo e investigaccedilatildeo Se vocecirc quiser pensar geograficamente o lugar onde mora deveraacute refletir sobre as construccedilotildees (objetos teacutecnicos) como preacutedios casas pontes usinas faacutebricas rodovias praccedilas escolas entre outras Satildeo todas da mesma idade Ou foram construiacutedas em periacuteodos histoacutericos diferentes A que funccedilotildees serviam inicialmente Que relaccedilotildees sociais possibilitavam E hoje para que servem Quem os ocupausa Quem eacute excluiacutedo deles Seraacute preciso refletir tambeacutem sobre que base natural esses objetos teacutecnicos foram construiacutedos (planiacutecie planalto vale depressatildeo morro) e que tipo de influecircncia essa base exerceu na paisagem desse lugar Havia alguma cobertura vegetal anterior agrave ocupaccedilatildeo desse lugar O que aconteceu com ela Essas e outras consideraccedilotildees ndash tipo clima origem eacutetnica dos habitantes motivaccedilotildees histoacutericas para a ocupaccedilatildeo do lugar atividade produtiva ali desenvolvida relaccedilotildees econocircmicas e
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culturais que estabelece com outros lugares ndash satildeo fundamentais para a compreensatildeo do espaccedilo geograacutefico de qualquer lugar A partir desse tipo de raciociacutenio fica mais faacutecil pensar sobre ldquopara que serve o saber geograacuteficordquo A anaacutelise geograacutefica do lugar onde moramos pressupotildee (para aleacutem da observaccedilatildeo e da descriccedilatildeo) investigaccedilotildees histoacutericas sociais econocircmicas poliacuteticas culturais etc Melhor ainda para entender geograficamente o ldquoseurdquo lugar vocecirc precisa estabelecer relaccedilotildees entre a materialidade que o constitui e a dinacircmica social que a produziu e faz uso dela Na escola sobretudo no Ensino Fundamental o objetivo geral da Geografia eacute alfabetizar o aluno para leitura do espaccedilo geograacutefico compreendendo a sociedaderealidade atraveacutes do estudo de seus aspectos fiacutesicos humanos econocircmicos considerando que eacute uma construccedilatildeo social e histoacuterica desta forma este eacute o objeto de conhecimento da disciplina Para organizar o pensamento pedagoacutegico eacute necessaacuterio estabelecer os objetivos do ensino da geografia os conteuacutedos e a metodologia considerando seus aspectos ideoloacutegicos e poliacuteticos Os conteuacutedos satildeo os meios de se desenvolver o raciociacutenio geograacutefico organizado em dois eixos a formaccedilatildeo de conceitos e a alfabetizaccedilatildeo geograacutefica No encaminhamento metodoloacutegico ficaraacute expliacutecito a linha ideoloacutegica adota e a que tipo de cidadatildeo e sociedade se deseja construir portanto eacute imprescindiacutevel que o professor conheccedila as posturas teoacutericas-praacuteticas das escolas pedagoacutegicas O nosso desejo eacute que o aluno seja capaz de ler o espaccedilo geograacutefico e compreendecirc-lo com criticidade instrumentalizando-o para interferir na construccedilatildeo consciente desse espaccedilo Uma maneira interessante para se efetivar esta praacutetica eacute apresentar situaccedilotildees-problemas Durante as atividades de Praacutetica de Formaccedilatildeo (estaacutegio) o aluno em formaccedilatildeo vivenciaraacute vaacuterias situaccedilotildees no ensino da geografia que deveratildeo ser apresentadas e discutidas com a turma pesquisando referenciais teoacutericos sobre o tema e propostasalternativas para um trabalho mais eficiente natildeo caindo em situaccedilotildees simplistas ou a atuaccedilotildees muito complexas para os educandos da educaccedilatildeo infantil e seacuteries iniciais do Ensino Fundamental
Diante dos registros anteriores como percebemos a nossa concepccedilatildeo de Geografia construiacuteda em nosso percurso escolar Registre no caderno e acrescente o que espera aprender com esta disciplina
REFERENCIAL TEOacuteRICO FATI N Maria Eneida TAUSCHECK Neusa Maria Metodologia do Ensino de Geografia Curitiba IBPEX 2005 PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008
httpfoliodoemersonblogspotcombr201006charge-de-geografiahtml
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DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCACcedilAtildeO BAacuteSICA
DIMENSAtildeO HISTOacuteRICA DA DISCIPLINA DE
GEOGRAFIA
As ideias geograacuteficas foram inseridas no curriacuteculo escolar brasileiro no seacuteculo XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras
Previa como um dos conteuacutedos contemplados os chamados princiacutepios de geografia que tinha como objetivo enfatizar a descriccedilatildeo do territoacuterio sua dimensatildeo e suas belezas naturais (VLACH 2004)
A institucionalizaccedilatildeo da Geografia no Brasil no entanto se consolidou apenas a partir da deacutecada de 1930 quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente fiacutesico nacional com o objetivo de servir aos interesses poliacuteticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econocircmico
Nas escolas brasileiras a Geografia tinha um caraacuteter decorativo e enciclopedista focado na descriccedilatildeo do espaccedilo na formaccedilatildeo e no fortalecimento do nacionalismo com um papel significativo na consolidaccedilatildeo do Estado Nacional brasileiro
Essa corrente teoacuterica e metodoloacutegica eacute conhecida como geografia tradicional
Ao longo da segunda metade do seacuteculo XX e originaram novos enfoques para a anaacutelise do espaccedilo geograacutefico
a) agrave degradaccedilatildeo da natureza b) agraves desigualdades e injusticcedilas c) agraves questotildees culturais e demograacuteficas
mundiais O golpe militar de 1964
Essas leis tinham por finalidade adequar a educaccedilatildeo agrave crescente necessidade de formaccedilatildeo de matildeo-de-obra para suprir a demanda que o surto industrial brasileiro conhecido como milagre econocircmico geraria tanto no campo quanto na cidade
Nos anos de 1980 ocorreram movimentos pelo desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da Histoacuteria
Com o fim da ditadura militar a renovaccedilatildeo do pensamento geograacutefico iniciada apoacutes a Segunda Guerra chegou com forccedila ao Brasil As
discussotildees teoacutericas que entatildeo se sobressaiacuteram centraram-se em torno do movimento da Geografia Criacutetica
Esse movimento adotou o meacutetodo do materialismo histoacuterico dialeacutetico para os estudos e para a abordagem dos conteuacutedos de ensino
No Paranaacute as discussotildees sobre a emergente Geografia Criacutetica como meacutetodo e conteuacutedo de ensino ocorreram no final da deacutecada de 1980 em cursos de formaccedilatildeo continuada e discussotildees sobre reformulaccedilatildeo curricular promovidos pela Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo que publicou em 1990 o Curriacuteculo Baacutesico para a Escola Puacuteblica do Paranaacute
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relaccedilatildeo agrave chamada Geografia Tradicional
Organizaccedilotildees financeiras internacionais como o Banco Mundial passaram a condicionar seus empreacutestimos a paiacuteses como o Brasil agrave implementaccedilatildeo de poliacuteticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanccedilas
Nesse contexto ocorreram a produccedilatildeo e a aprovaccedilatildeo da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional (LDB 939496) bem como a construccedilatildeo a poucas matildeos dos PCN (Paracircmetros Curriculares Nacionais)
Entre as mudanccedilas provocadas pelos PCN destacam-se os conteuacutedos de ensino vinculado agraves discussotildees ambientais e multiculturais
Eacute preciso lembrar contudo que as questotildees ambientais e culturais estiveram inseridas no temaacuterio geograacutefico desde a institucionalizaccedilatildeo da Geografia e foram abordadas de vaacuterias perspectivas teoacutericas das descritivas agraves criacuteticas Portanto apenas inseri-las no curriacuteculo como conteuacutedos de ensino natildeo garante criticidade agrave disciplina
Pode-se perceber que essa criticidade natildeo aparece nos PCN na medida em que a abordagem socioambiental enfatiza o determinismo tecnoloacutegico e a sustentabilidade como formas de resolver os problemas causados pela racionalidade do modo de produccedilatildeo capitalista e a abordagem cultural destaca a ideacuteia de toleracircncia e de convivecircncia tranquumlila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que se apresentem desiguais
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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Marcos Couto da Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) contou que a associaccedilatildeo e a AGB (Associaccedilatildeo dos Geoacutegrafos Brasileiros) se recusaram a assinar o documento da BNC apoacutes participarem de reuniotildees iniciais Segundo Andreia Gouveia (presidente ANPEd) A Base natildeo garante o direito agrave educaccedilatildeo e agrave diversidade Soacute eacute possiacutevel pensar curriacuteculo se estiver atrelado agrave flexibilizaccedilatildeo e natildeo agrave unificaccedilatildeo Eacute uma visatildeo tecnicista com forte tendecircncia meritocraacutetica Estamos falando claramente de uma visatildeo empresarial que culpabiliza os gestores da rede por maus resultados Segundo o Professor Wladimir Jansen Ferreira
Os Conteuacutedos de geografia estatildeo divididos em quatro vagas ldquodimensotildees formativas dos saberes geograacuteficosrdquo ldquoo sujeito e o mundordquo ldquoo lugar e o mundordquo as ldquolinguagens e o mundordquo e ldquoas responsabilidades e o mundordquo Apesar da ldquovaguidatildeordquo natildeo eacute de todo ruim este conceito de organizaccedilatildeo No ldquoEnsino Fundamental Irdquo haacute os famosos ldquoCiacuterculos Concecircntricosrdquo fazendo os alunos relacionarem o conhecimento local e a identificaccedilatildeo elementos geograacuteficos com o reconhecimento de si como sujeito e dos lugares Tambeacutem haacute uma tentativa da identificaccedilatildeo dos papeacuteis sociais trabalho com noccedilotildees de ldquodiversidade cultural ambientalismo e preservaccedilatildeordquo e ldquoconexotildees lugares trabalho e cotidianordquo Fala-se dos ldquoprocessos naturais e sociais na paisagemrdquo etc
A GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (BNCC)
Os saberes da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental em articulaccedilatildeo com os saberes de outros componentes curriculares e outras aacutereas do conhecimento concorrem para o processo de alfabetizaccedilatildeo e letramento e para o desenvolvimento de diferentes raciociacutenios que permitem atribuir sentidos para as dinacircmicas das relaccedilotildees entre pessoas grupos sociais e desses com a natureza nas atividades de trabalho e lazer
As vivecircncias e as experiecircncias dosas estudantes de diferentes contextos contribuem para a compreensatildeo de fenocircmenos naturais sociais poliacuteticos culturais e econocircmicos Aleacutem disso contribuem para o uso de muacuteltiplas formas de expressatildeo seja por meio dos mapas oficiais e formais e das cartografias sociais que demarcam identidades
e percepccedilotildees culturais sobre e nas paisagens seja ainda na utilizaccedilatildeo de linguagens diversas
O componente curricular Geografia trabalha o desenvolvimento de valores sociais como o respeito a toleracircncia a solidariedade o cuidado de si e do outro bem como o protagonismo cidadatildeo
A ecircnfase nos lugares de vivecircncia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental oportuniza o desenvolvimento de noccedilotildees de pertencimento de localizaccedilatildeo de orientaccedilatildeo e de organizaccedilatildeo das experiecircncias e vivecircncias em diferentes locais sendo essas noccedilotildees fundamentais para o trato com os conhecimentos geograacuteficos
Outros conceitos articuladores vatildeo se integrando e ampliando as escalas de anaacutelise como as paisagens as regiotildees e os territoacuterios Faz-se necessaacuterio identificar em lugares de vivecircncias a presenccedila e a diversidade de culturas indiacutegenas afrodescendentes de ciganos de mesticcedilos de migrantes e de imigrantes bem como de outros grupos sociais para compreender suas caracteriacutesticas socioculturais e suas territorialidades
Do mesmo modo faz-se necessaacuterio diferenciar os lugares de vivecircncias e compreender a produccedilatildeo das paisagens e a inter-relaccedilatildeo entre elas como o campocidade e o urbanorural no que tange aos aspectos poliacuteticos sociais culturais e econocircmicos promovendo atitudes procedimentos e elaboraccedilotildees conceituais que potencializem o desenvolvimento das identidades dosdas 311 estudantes e sua participaccedilatildeo em diferentes grupos sociais
Essa compreensatildeo abre caminhos para praacuteticas pedagoacutegicas provocadoras e desafiadoras pautadas na observaccedilatildeo nas experiecircncias diretas no desenvolvimento de variadas formas de expressatildeo registro e problematizaccedilatildeo especialmente envolvendo o estudo do cotidiano em situaccedilotildees que estimulem a curiosidade a reflexatildeo e o protagonismo
Ao final dos anos iniciais do Ensino Fundamental espera-se que osas estudantes compreendam algumas relaccedilotildees estabelecidas no espaccedilo social em diferentes escalas desenvolvam raciociacutenio criacutetico e atitudes autocircnomas e propositivas apropriem-se de muacuteltiplas linguagens a partir das quais signifiquem os saberes geograacuteficos compreendam noccedilotildees baacutesicas sobre a produccedilatildeo do espaccedilo
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ALFABETIZACcedilAtildeO CARTOGRAacuteFICA O USO DE MAPAS
Adaptado por Sandra Fagionato Ruffino Siacutelvia Martins e Andreacute Salvador
Toacutepicos
Introduccedilatildeo 1 Desenvolvimento das primeiras noccedilotildees de referecircncia espacial (lateralidade) 2 Construccedilatildeo das primeiras representaccedilotildees espaciais (o corpo) 3 Representando espaccedilos conhecidos 4 Construccedilatildeo de mapas baacutesicos 5 Elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos 6 Trabalhando com escalas 7 Orientaccedilatildeo atraveacutes de pontos cardeais
Introduccedilatildeo
Os mapas satildeo representaccedilotildees graacuteficas do espaccedilo constituiacutedas por 3 elementos baacutesicos
escala projeccedilatildeo simbologia
Resultam de um conhecimento acumulado de informaccedilotildees e teacutecnicas desenvolvidas por uma sociedade Estatildeo presentes em Atlas revistas jornais e noticiaacuterios de TV gabinetes de poliacuteticos e empresaacuterios Satildeo usados por economistas urbanistas engenheiros militares e outros profissionais bem como por turistas Satildeo portanto recursos bastante importantes para localizar informar ou orientar-se no espaccedilo desde que o indiviacuteduo saiba interpretaacute-lo
A utilizaccedilatildeo de mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam agrave realidade atraveacutes de siacutembolos Natildeo eacute uma tarefa simples sendo necessaacuterio desenvolver algumas habilidades e conhecimentos atividades como pintar estados paiacuteses e municiacutepios copiar mapas ou colocar nomes em rios satildeo tarefas mecanicistas que natildeo levam agrave formaccedilatildeo de conceitos da linguagem cartograacutefica Segundo Almeida (1994) esse trabalho de interpretaccedilatildeo deve iniciar pela construccedilatildeo de seu proacuteprio mapa com a codificaccedilatildeo dos
elementos do espaccedilo ao seu redor para posteriormente ler os mapas feitos por outras pessoas
Dessa forma para este moacutedulo propomos um trabalho a ser desenvolvido de forma lenta e gradual a fim de que os alunos construam as relaccedilotildees espaciais tomando consciecircncia do mundo fiacutesico e social No iniacutecio o aluno age como mapeador representa a realidade fiacutesica e social atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele e pela classe Quando adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo torna-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros
Agindo como mapeador do seu espaccedilo o aluno passaraacute pelo processo de levantamento de dados classificaccedilatildeo comparaccedilatildeo reduccedilatildeo e estabelecimento de signos o que contribuiraacute para a compreensatildeo das informaccedilotildees melhorando seu raciociacutenio loacutegico
A representaccedilatildeo espacial atraveacutes de siacutembolos eacute frequente na Geografia Astronomia Arquitetura no estudo do corpo humano e em outras aacutereas do conhecimento No nosso trabalho ela eacute usada como introduccedilatildeo agrave compreensatildeo tanto do ambiente externo quanto do nosso corpo cabendo ao professor selecionar os toacutepicos que conveacutem agrave finalidade de sua proposta
1 DESENVOLVIMENTO DAS PRIMEIRAS NOCcedilOtildeES DE REFEREcircNCIA ESPACIAL (LATERALIDADE)
Conteuacutedo para o professor
O domiacutenio da lateralidade ou seja a percepccedilatildeo das relaccedilotildees direitaesquerda frenteatraacutes em cimaembaixo varia de acordo com o ponto de vista de quem observa ou conforme uma determinada referecircncia eacute o primeiro passo para a construccedilatildeo das relaccedilotildees espaciais
A construccedilatildeo dessas noccedilotildees pela crianccedila tem como ponto de partida o proacuteprio corpo (a sua direita e sua esquerda) Mais tarde em um processo gradativo de descentralizaccedilatildeo considera a esquerda e a direita de pessoas agrave sua frente para finalmente considerar o posicionamento dos objetos em relaccedilatildeo uns aos outros a ela proacutepria ou a outras pessoas Somente apoacutes o estabelecimento das relaccedilotildees eacute que a crianccedila teraacute condiccedilotildees de entender o que eacute orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais Este primeiro toacutepico pretende desenvolver orientaccedilotildees baseadas na constituiccedilatildeo fiacutesica do corpo humano a partir de convenccedilotildees estabelecidas socialmente (direita esquerda em cima embaixo atraacutes frente)
Material Papel pardo ou cenaacuterio papel rascunho Laacutepis e material de pintura
Sugestotildees de perguntas
Se eu estiver de frente para meu amigo a matildeo direita dele estaacute do mesmo lado que a minha
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E se ele estiver de costas para mim
Se eu olhar para o espelho a matildeo direita da minha imagem estaacute do mesmo lado que a minha
Hipoacuteteses possiacuteveis
Se eu estiver de frente para o meu amigo sim
Se ele estiver de costas para mim natildeo
Se eu olhar para o espelho a minha matildeo direita esta do lado oposto
Obs a verificaccedilatildeo destas hipoacuteteses deveraacute ser feita no final deste toacutepico depois que os alunos realizarem as atividades propostas Se os alunos jaacute dominarem este conteuacutedo natildeo existe necessidade de realizar estas atividades
11 O banho
Objetivos
Verificar se os alunos apresentam o domiacutenio da lateralidade
Atraveacutes da estimulaccedilatildeo taacutetil tomar consciecircncia de seu predomiacutenio lateral para a direita e esquerda (lateralizaccedilatildeo) contribuindo para o estabelecimento das relaccedilotildees projetivas
Material um pedaccedilo de papel para cada crianccedila
Desenvolvimento O professor coordena a atividade levando os alunos a dramatizarem um banho Teratildeo que imitar os movimentos de tirar a roupa ligar e desligar o chuveiro e se ensaboar com a ajuda da bucha (folha de papel amassada) esfregando as partes do corpo
- esfregar o lado de cima
- esfregar a parte de traacutes da cabeccedila
- esfregar o lado direito da cabeccedila
- esfregar a orelha esquerda
- esfregar o braccedilo direito e a perna esquerda
Depois de esfregar o corpo todo devem se enxaguar e enxugar (com o papel desamassado) podendo ser feita da seguinte maneira
- enxugar todo o lado direito do corpo
- enxugar todo o lado esquerdo do corpo
- enxugar toda a parte da frente do corpo
- enxugar toda a parte de traacutes do corpo
12 Localizando o eu
Objetivo
Tomar consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros e dos lados de seu corpo
Material papel grande (um para cada aluno) laacutepis
Desenvolvimento Aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre a folha de papel enquanto o aluno B risca seu contorno Depois os papeacuteis se invertem Na segunda etapa cada aluno nomeia as partes do proacuteprio corpo escrevendo ou colando etiquetas
Apoacutes explorar bastante esses elementos cola-se um barbante na testa dos alunos (dividindo o corpo em duas partes) com durex e pede para identificarem seu lado direito (podendo fazer uma marcaccedilatildeo) O mesmo eacute feito no contorno com o aluno posicionado na cabeccedila da representaccedilatildeo (sem espelhar) Depois de identificados os lados do seu corpo e do contorno o professor daacute comandos para os alunos identificarem as partes de cada lado do corpo no contorno da seguinte forma
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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culturais que estabelece com outros lugares ndash satildeo fundamentais para a compreensatildeo do espaccedilo geograacutefico de qualquer lugar A partir desse tipo de raciociacutenio fica mais faacutecil pensar sobre ldquopara que serve o saber geograacuteficordquo A anaacutelise geograacutefica do lugar onde moramos pressupotildee (para aleacutem da observaccedilatildeo e da descriccedilatildeo) investigaccedilotildees histoacutericas sociais econocircmicas poliacuteticas culturais etc Melhor ainda para entender geograficamente o ldquoseurdquo lugar vocecirc precisa estabelecer relaccedilotildees entre a materialidade que o constitui e a dinacircmica social que a produziu e faz uso dela Na escola sobretudo no Ensino Fundamental o objetivo geral da Geografia eacute alfabetizar o aluno para leitura do espaccedilo geograacutefico compreendendo a sociedaderealidade atraveacutes do estudo de seus aspectos fiacutesicos humanos econocircmicos considerando que eacute uma construccedilatildeo social e histoacuterica desta forma este eacute o objeto de conhecimento da disciplina Para organizar o pensamento pedagoacutegico eacute necessaacuterio estabelecer os objetivos do ensino da geografia os conteuacutedos e a metodologia considerando seus aspectos ideoloacutegicos e poliacuteticos Os conteuacutedos satildeo os meios de se desenvolver o raciociacutenio geograacutefico organizado em dois eixos a formaccedilatildeo de conceitos e a alfabetizaccedilatildeo geograacutefica No encaminhamento metodoloacutegico ficaraacute expliacutecito a linha ideoloacutegica adota e a que tipo de cidadatildeo e sociedade se deseja construir portanto eacute imprescindiacutevel que o professor conheccedila as posturas teoacutericas-praacuteticas das escolas pedagoacutegicas O nosso desejo eacute que o aluno seja capaz de ler o espaccedilo geograacutefico e compreendecirc-lo com criticidade instrumentalizando-o para interferir na construccedilatildeo consciente desse espaccedilo Uma maneira interessante para se efetivar esta praacutetica eacute apresentar situaccedilotildees-problemas Durante as atividades de Praacutetica de Formaccedilatildeo (estaacutegio) o aluno em formaccedilatildeo vivenciaraacute vaacuterias situaccedilotildees no ensino da geografia que deveratildeo ser apresentadas e discutidas com a turma pesquisando referenciais teoacutericos sobre o tema e propostasalternativas para um trabalho mais eficiente natildeo caindo em situaccedilotildees simplistas ou a atuaccedilotildees muito complexas para os educandos da educaccedilatildeo infantil e seacuteries iniciais do Ensino Fundamental
Diante dos registros anteriores como percebemos a nossa concepccedilatildeo de Geografia construiacuteda em nosso percurso escolar Registre no caderno e acrescente o que espera aprender com esta disciplina
REFERENCIAL TEOacuteRICO FATI N Maria Eneida TAUSCHECK Neusa Maria Metodologia do Ensino de Geografia Curitiba IBPEX 2005 PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008
httpfoliodoemersonblogspotcombr201006charge-de-geografiahtml
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DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCACcedilAtildeO BAacuteSICA
DIMENSAtildeO HISTOacuteRICA DA DISCIPLINA DE
GEOGRAFIA
As ideias geograacuteficas foram inseridas no curriacuteculo escolar brasileiro no seacuteculo XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras
Previa como um dos conteuacutedos contemplados os chamados princiacutepios de geografia que tinha como objetivo enfatizar a descriccedilatildeo do territoacuterio sua dimensatildeo e suas belezas naturais (VLACH 2004)
A institucionalizaccedilatildeo da Geografia no Brasil no entanto se consolidou apenas a partir da deacutecada de 1930 quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente fiacutesico nacional com o objetivo de servir aos interesses poliacuteticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econocircmico
Nas escolas brasileiras a Geografia tinha um caraacuteter decorativo e enciclopedista focado na descriccedilatildeo do espaccedilo na formaccedilatildeo e no fortalecimento do nacionalismo com um papel significativo na consolidaccedilatildeo do Estado Nacional brasileiro
Essa corrente teoacuterica e metodoloacutegica eacute conhecida como geografia tradicional
Ao longo da segunda metade do seacuteculo XX e originaram novos enfoques para a anaacutelise do espaccedilo geograacutefico
a) agrave degradaccedilatildeo da natureza b) agraves desigualdades e injusticcedilas c) agraves questotildees culturais e demograacuteficas
mundiais O golpe militar de 1964
Essas leis tinham por finalidade adequar a educaccedilatildeo agrave crescente necessidade de formaccedilatildeo de matildeo-de-obra para suprir a demanda que o surto industrial brasileiro conhecido como milagre econocircmico geraria tanto no campo quanto na cidade
Nos anos de 1980 ocorreram movimentos pelo desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da Histoacuteria
Com o fim da ditadura militar a renovaccedilatildeo do pensamento geograacutefico iniciada apoacutes a Segunda Guerra chegou com forccedila ao Brasil As
discussotildees teoacutericas que entatildeo se sobressaiacuteram centraram-se em torno do movimento da Geografia Criacutetica
Esse movimento adotou o meacutetodo do materialismo histoacuterico dialeacutetico para os estudos e para a abordagem dos conteuacutedos de ensino
No Paranaacute as discussotildees sobre a emergente Geografia Criacutetica como meacutetodo e conteuacutedo de ensino ocorreram no final da deacutecada de 1980 em cursos de formaccedilatildeo continuada e discussotildees sobre reformulaccedilatildeo curricular promovidos pela Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo que publicou em 1990 o Curriacuteculo Baacutesico para a Escola Puacuteblica do Paranaacute
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relaccedilatildeo agrave chamada Geografia Tradicional
Organizaccedilotildees financeiras internacionais como o Banco Mundial passaram a condicionar seus empreacutestimos a paiacuteses como o Brasil agrave implementaccedilatildeo de poliacuteticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanccedilas
Nesse contexto ocorreram a produccedilatildeo e a aprovaccedilatildeo da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional (LDB 939496) bem como a construccedilatildeo a poucas matildeos dos PCN (Paracircmetros Curriculares Nacionais)
Entre as mudanccedilas provocadas pelos PCN destacam-se os conteuacutedos de ensino vinculado agraves discussotildees ambientais e multiculturais
Eacute preciso lembrar contudo que as questotildees ambientais e culturais estiveram inseridas no temaacuterio geograacutefico desde a institucionalizaccedilatildeo da Geografia e foram abordadas de vaacuterias perspectivas teoacutericas das descritivas agraves criacuteticas Portanto apenas inseri-las no curriacuteculo como conteuacutedos de ensino natildeo garante criticidade agrave disciplina
Pode-se perceber que essa criticidade natildeo aparece nos PCN na medida em que a abordagem socioambiental enfatiza o determinismo tecnoloacutegico e a sustentabilidade como formas de resolver os problemas causados pela racionalidade do modo de produccedilatildeo capitalista e a abordagem cultural destaca a ideacuteia de toleracircncia e de convivecircncia tranquumlila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que se apresentem desiguais
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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Marcos Couto da Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) contou que a associaccedilatildeo e a AGB (Associaccedilatildeo dos Geoacutegrafos Brasileiros) se recusaram a assinar o documento da BNC apoacutes participarem de reuniotildees iniciais Segundo Andreia Gouveia (presidente ANPEd) A Base natildeo garante o direito agrave educaccedilatildeo e agrave diversidade Soacute eacute possiacutevel pensar curriacuteculo se estiver atrelado agrave flexibilizaccedilatildeo e natildeo agrave unificaccedilatildeo Eacute uma visatildeo tecnicista com forte tendecircncia meritocraacutetica Estamos falando claramente de uma visatildeo empresarial que culpabiliza os gestores da rede por maus resultados Segundo o Professor Wladimir Jansen Ferreira
Os Conteuacutedos de geografia estatildeo divididos em quatro vagas ldquodimensotildees formativas dos saberes geograacuteficosrdquo ldquoo sujeito e o mundordquo ldquoo lugar e o mundordquo as ldquolinguagens e o mundordquo e ldquoas responsabilidades e o mundordquo Apesar da ldquovaguidatildeordquo natildeo eacute de todo ruim este conceito de organizaccedilatildeo No ldquoEnsino Fundamental Irdquo haacute os famosos ldquoCiacuterculos Concecircntricosrdquo fazendo os alunos relacionarem o conhecimento local e a identificaccedilatildeo elementos geograacuteficos com o reconhecimento de si como sujeito e dos lugares Tambeacutem haacute uma tentativa da identificaccedilatildeo dos papeacuteis sociais trabalho com noccedilotildees de ldquodiversidade cultural ambientalismo e preservaccedilatildeordquo e ldquoconexotildees lugares trabalho e cotidianordquo Fala-se dos ldquoprocessos naturais e sociais na paisagemrdquo etc
A GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (BNCC)
Os saberes da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental em articulaccedilatildeo com os saberes de outros componentes curriculares e outras aacutereas do conhecimento concorrem para o processo de alfabetizaccedilatildeo e letramento e para o desenvolvimento de diferentes raciociacutenios que permitem atribuir sentidos para as dinacircmicas das relaccedilotildees entre pessoas grupos sociais e desses com a natureza nas atividades de trabalho e lazer
As vivecircncias e as experiecircncias dosas estudantes de diferentes contextos contribuem para a compreensatildeo de fenocircmenos naturais sociais poliacuteticos culturais e econocircmicos Aleacutem disso contribuem para o uso de muacuteltiplas formas de expressatildeo seja por meio dos mapas oficiais e formais e das cartografias sociais que demarcam identidades
e percepccedilotildees culturais sobre e nas paisagens seja ainda na utilizaccedilatildeo de linguagens diversas
O componente curricular Geografia trabalha o desenvolvimento de valores sociais como o respeito a toleracircncia a solidariedade o cuidado de si e do outro bem como o protagonismo cidadatildeo
A ecircnfase nos lugares de vivecircncia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental oportuniza o desenvolvimento de noccedilotildees de pertencimento de localizaccedilatildeo de orientaccedilatildeo e de organizaccedilatildeo das experiecircncias e vivecircncias em diferentes locais sendo essas noccedilotildees fundamentais para o trato com os conhecimentos geograacuteficos
Outros conceitos articuladores vatildeo se integrando e ampliando as escalas de anaacutelise como as paisagens as regiotildees e os territoacuterios Faz-se necessaacuterio identificar em lugares de vivecircncias a presenccedila e a diversidade de culturas indiacutegenas afrodescendentes de ciganos de mesticcedilos de migrantes e de imigrantes bem como de outros grupos sociais para compreender suas caracteriacutesticas socioculturais e suas territorialidades
Do mesmo modo faz-se necessaacuterio diferenciar os lugares de vivecircncias e compreender a produccedilatildeo das paisagens e a inter-relaccedilatildeo entre elas como o campocidade e o urbanorural no que tange aos aspectos poliacuteticos sociais culturais e econocircmicos promovendo atitudes procedimentos e elaboraccedilotildees conceituais que potencializem o desenvolvimento das identidades dosdas 311 estudantes e sua participaccedilatildeo em diferentes grupos sociais
Essa compreensatildeo abre caminhos para praacuteticas pedagoacutegicas provocadoras e desafiadoras pautadas na observaccedilatildeo nas experiecircncias diretas no desenvolvimento de variadas formas de expressatildeo registro e problematizaccedilatildeo especialmente envolvendo o estudo do cotidiano em situaccedilotildees que estimulem a curiosidade a reflexatildeo e o protagonismo
Ao final dos anos iniciais do Ensino Fundamental espera-se que osas estudantes compreendam algumas relaccedilotildees estabelecidas no espaccedilo social em diferentes escalas desenvolvam raciociacutenio criacutetico e atitudes autocircnomas e propositivas apropriem-se de muacuteltiplas linguagens a partir das quais signifiquem os saberes geograacuteficos compreendam noccedilotildees baacutesicas sobre a produccedilatildeo do espaccedilo
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ALFABETIZACcedilAtildeO CARTOGRAacuteFICA O USO DE MAPAS
Adaptado por Sandra Fagionato Ruffino Siacutelvia Martins e Andreacute Salvador
Toacutepicos
Introduccedilatildeo 1 Desenvolvimento das primeiras noccedilotildees de referecircncia espacial (lateralidade) 2 Construccedilatildeo das primeiras representaccedilotildees espaciais (o corpo) 3 Representando espaccedilos conhecidos 4 Construccedilatildeo de mapas baacutesicos 5 Elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos 6 Trabalhando com escalas 7 Orientaccedilatildeo atraveacutes de pontos cardeais
Introduccedilatildeo
Os mapas satildeo representaccedilotildees graacuteficas do espaccedilo constituiacutedas por 3 elementos baacutesicos
escala projeccedilatildeo simbologia
Resultam de um conhecimento acumulado de informaccedilotildees e teacutecnicas desenvolvidas por uma sociedade Estatildeo presentes em Atlas revistas jornais e noticiaacuterios de TV gabinetes de poliacuteticos e empresaacuterios Satildeo usados por economistas urbanistas engenheiros militares e outros profissionais bem como por turistas Satildeo portanto recursos bastante importantes para localizar informar ou orientar-se no espaccedilo desde que o indiviacuteduo saiba interpretaacute-lo
A utilizaccedilatildeo de mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam agrave realidade atraveacutes de siacutembolos Natildeo eacute uma tarefa simples sendo necessaacuterio desenvolver algumas habilidades e conhecimentos atividades como pintar estados paiacuteses e municiacutepios copiar mapas ou colocar nomes em rios satildeo tarefas mecanicistas que natildeo levam agrave formaccedilatildeo de conceitos da linguagem cartograacutefica Segundo Almeida (1994) esse trabalho de interpretaccedilatildeo deve iniciar pela construccedilatildeo de seu proacuteprio mapa com a codificaccedilatildeo dos
elementos do espaccedilo ao seu redor para posteriormente ler os mapas feitos por outras pessoas
Dessa forma para este moacutedulo propomos um trabalho a ser desenvolvido de forma lenta e gradual a fim de que os alunos construam as relaccedilotildees espaciais tomando consciecircncia do mundo fiacutesico e social No iniacutecio o aluno age como mapeador representa a realidade fiacutesica e social atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele e pela classe Quando adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo torna-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros
Agindo como mapeador do seu espaccedilo o aluno passaraacute pelo processo de levantamento de dados classificaccedilatildeo comparaccedilatildeo reduccedilatildeo e estabelecimento de signos o que contribuiraacute para a compreensatildeo das informaccedilotildees melhorando seu raciociacutenio loacutegico
A representaccedilatildeo espacial atraveacutes de siacutembolos eacute frequente na Geografia Astronomia Arquitetura no estudo do corpo humano e em outras aacutereas do conhecimento No nosso trabalho ela eacute usada como introduccedilatildeo agrave compreensatildeo tanto do ambiente externo quanto do nosso corpo cabendo ao professor selecionar os toacutepicos que conveacutem agrave finalidade de sua proposta
1 DESENVOLVIMENTO DAS PRIMEIRAS NOCcedilOtildeES DE REFEREcircNCIA ESPACIAL (LATERALIDADE)
Conteuacutedo para o professor
O domiacutenio da lateralidade ou seja a percepccedilatildeo das relaccedilotildees direitaesquerda frenteatraacutes em cimaembaixo varia de acordo com o ponto de vista de quem observa ou conforme uma determinada referecircncia eacute o primeiro passo para a construccedilatildeo das relaccedilotildees espaciais
A construccedilatildeo dessas noccedilotildees pela crianccedila tem como ponto de partida o proacuteprio corpo (a sua direita e sua esquerda) Mais tarde em um processo gradativo de descentralizaccedilatildeo considera a esquerda e a direita de pessoas agrave sua frente para finalmente considerar o posicionamento dos objetos em relaccedilatildeo uns aos outros a ela proacutepria ou a outras pessoas Somente apoacutes o estabelecimento das relaccedilotildees eacute que a crianccedila teraacute condiccedilotildees de entender o que eacute orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais Este primeiro toacutepico pretende desenvolver orientaccedilotildees baseadas na constituiccedilatildeo fiacutesica do corpo humano a partir de convenccedilotildees estabelecidas socialmente (direita esquerda em cima embaixo atraacutes frente)
Material Papel pardo ou cenaacuterio papel rascunho Laacutepis e material de pintura
Sugestotildees de perguntas
Se eu estiver de frente para meu amigo a matildeo direita dele estaacute do mesmo lado que a minha
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E se ele estiver de costas para mim
Se eu olhar para o espelho a matildeo direita da minha imagem estaacute do mesmo lado que a minha
Hipoacuteteses possiacuteveis
Se eu estiver de frente para o meu amigo sim
Se ele estiver de costas para mim natildeo
Se eu olhar para o espelho a minha matildeo direita esta do lado oposto
Obs a verificaccedilatildeo destas hipoacuteteses deveraacute ser feita no final deste toacutepico depois que os alunos realizarem as atividades propostas Se os alunos jaacute dominarem este conteuacutedo natildeo existe necessidade de realizar estas atividades
11 O banho
Objetivos
Verificar se os alunos apresentam o domiacutenio da lateralidade
Atraveacutes da estimulaccedilatildeo taacutetil tomar consciecircncia de seu predomiacutenio lateral para a direita e esquerda (lateralizaccedilatildeo) contribuindo para o estabelecimento das relaccedilotildees projetivas
Material um pedaccedilo de papel para cada crianccedila
Desenvolvimento O professor coordena a atividade levando os alunos a dramatizarem um banho Teratildeo que imitar os movimentos de tirar a roupa ligar e desligar o chuveiro e se ensaboar com a ajuda da bucha (folha de papel amassada) esfregando as partes do corpo
- esfregar o lado de cima
- esfregar a parte de traacutes da cabeccedila
- esfregar o lado direito da cabeccedila
- esfregar a orelha esquerda
- esfregar o braccedilo direito e a perna esquerda
Depois de esfregar o corpo todo devem se enxaguar e enxugar (com o papel desamassado) podendo ser feita da seguinte maneira
- enxugar todo o lado direito do corpo
- enxugar todo o lado esquerdo do corpo
- enxugar toda a parte da frente do corpo
- enxugar toda a parte de traacutes do corpo
12 Localizando o eu
Objetivo
Tomar consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros e dos lados de seu corpo
Material papel grande (um para cada aluno) laacutepis
Desenvolvimento Aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre a folha de papel enquanto o aluno B risca seu contorno Depois os papeacuteis se invertem Na segunda etapa cada aluno nomeia as partes do proacuteprio corpo escrevendo ou colando etiquetas
Apoacutes explorar bastante esses elementos cola-se um barbante na testa dos alunos (dividindo o corpo em duas partes) com durex e pede para identificarem seu lado direito (podendo fazer uma marcaccedilatildeo) O mesmo eacute feito no contorno com o aluno posicionado na cabeccedila da representaccedilatildeo (sem espelhar) Depois de identificados os lados do seu corpo e do contorno o professor daacute comandos para os alunos identificarem as partes de cada lado do corpo no contorno da seguinte forma
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
VISTA AEacuteREA DAS CONSTRUCcedilOtildeES FIacuteSICAS DO IEPPEP
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Metodologia do Ensino da Geografia Prof Rosacircngela Menta Mello ndash httpsgooglQqvCme - 2017
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCACcedilAtildeO BAacuteSICA
DIMENSAtildeO HISTOacuteRICA DA DISCIPLINA DE
GEOGRAFIA
As ideias geograacuteficas foram inseridas no curriacuteculo escolar brasileiro no seacuteculo XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras
Previa como um dos conteuacutedos contemplados os chamados princiacutepios de geografia que tinha como objetivo enfatizar a descriccedilatildeo do territoacuterio sua dimensatildeo e suas belezas naturais (VLACH 2004)
A institucionalizaccedilatildeo da Geografia no Brasil no entanto se consolidou apenas a partir da deacutecada de 1930 quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente fiacutesico nacional com o objetivo de servir aos interesses poliacuteticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econocircmico
Nas escolas brasileiras a Geografia tinha um caraacuteter decorativo e enciclopedista focado na descriccedilatildeo do espaccedilo na formaccedilatildeo e no fortalecimento do nacionalismo com um papel significativo na consolidaccedilatildeo do Estado Nacional brasileiro
Essa corrente teoacuterica e metodoloacutegica eacute conhecida como geografia tradicional
Ao longo da segunda metade do seacuteculo XX e originaram novos enfoques para a anaacutelise do espaccedilo geograacutefico
a) agrave degradaccedilatildeo da natureza b) agraves desigualdades e injusticcedilas c) agraves questotildees culturais e demograacuteficas
mundiais O golpe militar de 1964
Essas leis tinham por finalidade adequar a educaccedilatildeo agrave crescente necessidade de formaccedilatildeo de matildeo-de-obra para suprir a demanda que o surto industrial brasileiro conhecido como milagre econocircmico geraria tanto no campo quanto na cidade
Nos anos de 1980 ocorreram movimentos pelo desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da Histoacuteria
Com o fim da ditadura militar a renovaccedilatildeo do pensamento geograacutefico iniciada apoacutes a Segunda Guerra chegou com forccedila ao Brasil As
discussotildees teoacutericas que entatildeo se sobressaiacuteram centraram-se em torno do movimento da Geografia Criacutetica
Esse movimento adotou o meacutetodo do materialismo histoacuterico dialeacutetico para os estudos e para a abordagem dos conteuacutedos de ensino
No Paranaacute as discussotildees sobre a emergente Geografia Criacutetica como meacutetodo e conteuacutedo de ensino ocorreram no final da deacutecada de 1980 em cursos de formaccedilatildeo continuada e discussotildees sobre reformulaccedilatildeo curricular promovidos pela Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo que publicou em 1990 o Curriacuteculo Baacutesico para a Escola Puacuteblica do Paranaacute
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relaccedilatildeo agrave chamada Geografia Tradicional
Organizaccedilotildees financeiras internacionais como o Banco Mundial passaram a condicionar seus empreacutestimos a paiacuteses como o Brasil agrave implementaccedilatildeo de poliacuteticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanccedilas
Nesse contexto ocorreram a produccedilatildeo e a aprovaccedilatildeo da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional (LDB 939496) bem como a construccedilatildeo a poucas matildeos dos PCN (Paracircmetros Curriculares Nacionais)
Entre as mudanccedilas provocadas pelos PCN destacam-se os conteuacutedos de ensino vinculado agraves discussotildees ambientais e multiculturais
Eacute preciso lembrar contudo que as questotildees ambientais e culturais estiveram inseridas no temaacuterio geograacutefico desde a institucionalizaccedilatildeo da Geografia e foram abordadas de vaacuterias perspectivas teoacutericas das descritivas agraves criacuteticas Portanto apenas inseri-las no curriacuteculo como conteuacutedos de ensino natildeo garante criticidade agrave disciplina
Pode-se perceber que essa criticidade natildeo aparece nos PCN na medida em que a abordagem socioambiental enfatiza o determinismo tecnoloacutegico e a sustentabilidade como formas de resolver os problemas causados pela racionalidade do modo de produccedilatildeo capitalista e a abordagem cultural destaca a ideacuteia de toleracircncia e de convivecircncia tranquumlila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que se apresentem desiguais
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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Marcos Couto da Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) contou que a associaccedilatildeo e a AGB (Associaccedilatildeo dos Geoacutegrafos Brasileiros) se recusaram a assinar o documento da BNC apoacutes participarem de reuniotildees iniciais Segundo Andreia Gouveia (presidente ANPEd) A Base natildeo garante o direito agrave educaccedilatildeo e agrave diversidade Soacute eacute possiacutevel pensar curriacuteculo se estiver atrelado agrave flexibilizaccedilatildeo e natildeo agrave unificaccedilatildeo Eacute uma visatildeo tecnicista com forte tendecircncia meritocraacutetica Estamos falando claramente de uma visatildeo empresarial que culpabiliza os gestores da rede por maus resultados Segundo o Professor Wladimir Jansen Ferreira
Os Conteuacutedos de geografia estatildeo divididos em quatro vagas ldquodimensotildees formativas dos saberes geograacuteficosrdquo ldquoo sujeito e o mundordquo ldquoo lugar e o mundordquo as ldquolinguagens e o mundordquo e ldquoas responsabilidades e o mundordquo Apesar da ldquovaguidatildeordquo natildeo eacute de todo ruim este conceito de organizaccedilatildeo No ldquoEnsino Fundamental Irdquo haacute os famosos ldquoCiacuterculos Concecircntricosrdquo fazendo os alunos relacionarem o conhecimento local e a identificaccedilatildeo elementos geograacuteficos com o reconhecimento de si como sujeito e dos lugares Tambeacutem haacute uma tentativa da identificaccedilatildeo dos papeacuteis sociais trabalho com noccedilotildees de ldquodiversidade cultural ambientalismo e preservaccedilatildeordquo e ldquoconexotildees lugares trabalho e cotidianordquo Fala-se dos ldquoprocessos naturais e sociais na paisagemrdquo etc
A GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (BNCC)
Os saberes da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental em articulaccedilatildeo com os saberes de outros componentes curriculares e outras aacutereas do conhecimento concorrem para o processo de alfabetizaccedilatildeo e letramento e para o desenvolvimento de diferentes raciociacutenios que permitem atribuir sentidos para as dinacircmicas das relaccedilotildees entre pessoas grupos sociais e desses com a natureza nas atividades de trabalho e lazer
As vivecircncias e as experiecircncias dosas estudantes de diferentes contextos contribuem para a compreensatildeo de fenocircmenos naturais sociais poliacuteticos culturais e econocircmicos Aleacutem disso contribuem para o uso de muacuteltiplas formas de expressatildeo seja por meio dos mapas oficiais e formais e das cartografias sociais que demarcam identidades
e percepccedilotildees culturais sobre e nas paisagens seja ainda na utilizaccedilatildeo de linguagens diversas
O componente curricular Geografia trabalha o desenvolvimento de valores sociais como o respeito a toleracircncia a solidariedade o cuidado de si e do outro bem como o protagonismo cidadatildeo
A ecircnfase nos lugares de vivecircncia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental oportuniza o desenvolvimento de noccedilotildees de pertencimento de localizaccedilatildeo de orientaccedilatildeo e de organizaccedilatildeo das experiecircncias e vivecircncias em diferentes locais sendo essas noccedilotildees fundamentais para o trato com os conhecimentos geograacuteficos
Outros conceitos articuladores vatildeo se integrando e ampliando as escalas de anaacutelise como as paisagens as regiotildees e os territoacuterios Faz-se necessaacuterio identificar em lugares de vivecircncias a presenccedila e a diversidade de culturas indiacutegenas afrodescendentes de ciganos de mesticcedilos de migrantes e de imigrantes bem como de outros grupos sociais para compreender suas caracteriacutesticas socioculturais e suas territorialidades
Do mesmo modo faz-se necessaacuterio diferenciar os lugares de vivecircncias e compreender a produccedilatildeo das paisagens e a inter-relaccedilatildeo entre elas como o campocidade e o urbanorural no que tange aos aspectos poliacuteticos sociais culturais e econocircmicos promovendo atitudes procedimentos e elaboraccedilotildees conceituais que potencializem o desenvolvimento das identidades dosdas 311 estudantes e sua participaccedilatildeo em diferentes grupos sociais
Essa compreensatildeo abre caminhos para praacuteticas pedagoacutegicas provocadoras e desafiadoras pautadas na observaccedilatildeo nas experiecircncias diretas no desenvolvimento de variadas formas de expressatildeo registro e problematizaccedilatildeo especialmente envolvendo o estudo do cotidiano em situaccedilotildees que estimulem a curiosidade a reflexatildeo e o protagonismo
Ao final dos anos iniciais do Ensino Fundamental espera-se que osas estudantes compreendam algumas relaccedilotildees estabelecidas no espaccedilo social em diferentes escalas desenvolvam raciociacutenio criacutetico e atitudes autocircnomas e propositivas apropriem-se de muacuteltiplas linguagens a partir das quais signifiquem os saberes geograacuteficos compreendam noccedilotildees baacutesicas sobre a produccedilatildeo do espaccedilo
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ALFABETIZACcedilAtildeO CARTOGRAacuteFICA O USO DE MAPAS
Adaptado por Sandra Fagionato Ruffino Siacutelvia Martins e Andreacute Salvador
Toacutepicos
Introduccedilatildeo 1 Desenvolvimento das primeiras noccedilotildees de referecircncia espacial (lateralidade) 2 Construccedilatildeo das primeiras representaccedilotildees espaciais (o corpo) 3 Representando espaccedilos conhecidos 4 Construccedilatildeo de mapas baacutesicos 5 Elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos 6 Trabalhando com escalas 7 Orientaccedilatildeo atraveacutes de pontos cardeais
Introduccedilatildeo
Os mapas satildeo representaccedilotildees graacuteficas do espaccedilo constituiacutedas por 3 elementos baacutesicos
escala projeccedilatildeo simbologia
Resultam de um conhecimento acumulado de informaccedilotildees e teacutecnicas desenvolvidas por uma sociedade Estatildeo presentes em Atlas revistas jornais e noticiaacuterios de TV gabinetes de poliacuteticos e empresaacuterios Satildeo usados por economistas urbanistas engenheiros militares e outros profissionais bem como por turistas Satildeo portanto recursos bastante importantes para localizar informar ou orientar-se no espaccedilo desde que o indiviacuteduo saiba interpretaacute-lo
A utilizaccedilatildeo de mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam agrave realidade atraveacutes de siacutembolos Natildeo eacute uma tarefa simples sendo necessaacuterio desenvolver algumas habilidades e conhecimentos atividades como pintar estados paiacuteses e municiacutepios copiar mapas ou colocar nomes em rios satildeo tarefas mecanicistas que natildeo levam agrave formaccedilatildeo de conceitos da linguagem cartograacutefica Segundo Almeida (1994) esse trabalho de interpretaccedilatildeo deve iniciar pela construccedilatildeo de seu proacuteprio mapa com a codificaccedilatildeo dos
elementos do espaccedilo ao seu redor para posteriormente ler os mapas feitos por outras pessoas
Dessa forma para este moacutedulo propomos um trabalho a ser desenvolvido de forma lenta e gradual a fim de que os alunos construam as relaccedilotildees espaciais tomando consciecircncia do mundo fiacutesico e social No iniacutecio o aluno age como mapeador representa a realidade fiacutesica e social atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele e pela classe Quando adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo torna-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros
Agindo como mapeador do seu espaccedilo o aluno passaraacute pelo processo de levantamento de dados classificaccedilatildeo comparaccedilatildeo reduccedilatildeo e estabelecimento de signos o que contribuiraacute para a compreensatildeo das informaccedilotildees melhorando seu raciociacutenio loacutegico
A representaccedilatildeo espacial atraveacutes de siacutembolos eacute frequente na Geografia Astronomia Arquitetura no estudo do corpo humano e em outras aacutereas do conhecimento No nosso trabalho ela eacute usada como introduccedilatildeo agrave compreensatildeo tanto do ambiente externo quanto do nosso corpo cabendo ao professor selecionar os toacutepicos que conveacutem agrave finalidade de sua proposta
1 DESENVOLVIMENTO DAS PRIMEIRAS NOCcedilOtildeES DE REFEREcircNCIA ESPACIAL (LATERALIDADE)
Conteuacutedo para o professor
O domiacutenio da lateralidade ou seja a percepccedilatildeo das relaccedilotildees direitaesquerda frenteatraacutes em cimaembaixo varia de acordo com o ponto de vista de quem observa ou conforme uma determinada referecircncia eacute o primeiro passo para a construccedilatildeo das relaccedilotildees espaciais
A construccedilatildeo dessas noccedilotildees pela crianccedila tem como ponto de partida o proacuteprio corpo (a sua direita e sua esquerda) Mais tarde em um processo gradativo de descentralizaccedilatildeo considera a esquerda e a direita de pessoas agrave sua frente para finalmente considerar o posicionamento dos objetos em relaccedilatildeo uns aos outros a ela proacutepria ou a outras pessoas Somente apoacutes o estabelecimento das relaccedilotildees eacute que a crianccedila teraacute condiccedilotildees de entender o que eacute orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais Este primeiro toacutepico pretende desenvolver orientaccedilotildees baseadas na constituiccedilatildeo fiacutesica do corpo humano a partir de convenccedilotildees estabelecidas socialmente (direita esquerda em cima embaixo atraacutes frente)
Material Papel pardo ou cenaacuterio papel rascunho Laacutepis e material de pintura
Sugestotildees de perguntas
Se eu estiver de frente para meu amigo a matildeo direita dele estaacute do mesmo lado que a minha
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E se ele estiver de costas para mim
Se eu olhar para o espelho a matildeo direita da minha imagem estaacute do mesmo lado que a minha
Hipoacuteteses possiacuteveis
Se eu estiver de frente para o meu amigo sim
Se ele estiver de costas para mim natildeo
Se eu olhar para o espelho a minha matildeo direita esta do lado oposto
Obs a verificaccedilatildeo destas hipoacuteteses deveraacute ser feita no final deste toacutepico depois que os alunos realizarem as atividades propostas Se os alunos jaacute dominarem este conteuacutedo natildeo existe necessidade de realizar estas atividades
11 O banho
Objetivos
Verificar se os alunos apresentam o domiacutenio da lateralidade
Atraveacutes da estimulaccedilatildeo taacutetil tomar consciecircncia de seu predomiacutenio lateral para a direita e esquerda (lateralizaccedilatildeo) contribuindo para o estabelecimento das relaccedilotildees projetivas
Material um pedaccedilo de papel para cada crianccedila
Desenvolvimento O professor coordena a atividade levando os alunos a dramatizarem um banho Teratildeo que imitar os movimentos de tirar a roupa ligar e desligar o chuveiro e se ensaboar com a ajuda da bucha (folha de papel amassada) esfregando as partes do corpo
- esfregar o lado de cima
- esfregar a parte de traacutes da cabeccedila
- esfregar o lado direito da cabeccedila
- esfregar a orelha esquerda
- esfregar o braccedilo direito e a perna esquerda
Depois de esfregar o corpo todo devem se enxaguar e enxugar (com o papel desamassado) podendo ser feita da seguinte maneira
- enxugar todo o lado direito do corpo
- enxugar todo o lado esquerdo do corpo
- enxugar toda a parte da frente do corpo
- enxugar toda a parte de traacutes do corpo
12 Localizando o eu
Objetivo
Tomar consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros e dos lados de seu corpo
Material papel grande (um para cada aluno) laacutepis
Desenvolvimento Aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre a folha de papel enquanto o aluno B risca seu contorno Depois os papeacuteis se invertem Na segunda etapa cada aluno nomeia as partes do proacuteprio corpo escrevendo ou colando etiquetas
Apoacutes explorar bastante esses elementos cola-se um barbante na testa dos alunos (dividindo o corpo em duas partes) com durex e pede para identificarem seu lado direito (podendo fazer uma marcaccedilatildeo) O mesmo eacute feito no contorno com o aluno posicionado na cabeccedila da representaccedilatildeo (sem espelhar) Depois de identificados os lados do seu corpo e do contorno o professor daacute comandos para os alunos identificarem as partes de cada lado do corpo no contorno da seguinte forma
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Marcos Couto da Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) contou que a associaccedilatildeo e a AGB (Associaccedilatildeo dos Geoacutegrafos Brasileiros) se recusaram a assinar o documento da BNC apoacutes participarem de reuniotildees iniciais Segundo Andreia Gouveia (presidente ANPEd) A Base natildeo garante o direito agrave educaccedilatildeo e agrave diversidade Soacute eacute possiacutevel pensar curriacuteculo se estiver atrelado agrave flexibilizaccedilatildeo e natildeo agrave unificaccedilatildeo Eacute uma visatildeo tecnicista com forte tendecircncia meritocraacutetica Estamos falando claramente de uma visatildeo empresarial que culpabiliza os gestores da rede por maus resultados Segundo o Professor Wladimir Jansen Ferreira
Os Conteuacutedos de geografia estatildeo divididos em quatro vagas ldquodimensotildees formativas dos saberes geograacuteficosrdquo ldquoo sujeito e o mundordquo ldquoo lugar e o mundordquo as ldquolinguagens e o mundordquo e ldquoas responsabilidades e o mundordquo Apesar da ldquovaguidatildeordquo natildeo eacute de todo ruim este conceito de organizaccedilatildeo No ldquoEnsino Fundamental Irdquo haacute os famosos ldquoCiacuterculos Concecircntricosrdquo fazendo os alunos relacionarem o conhecimento local e a identificaccedilatildeo elementos geograacuteficos com o reconhecimento de si como sujeito e dos lugares Tambeacutem haacute uma tentativa da identificaccedilatildeo dos papeacuteis sociais trabalho com noccedilotildees de ldquodiversidade cultural ambientalismo e preservaccedilatildeordquo e ldquoconexotildees lugares trabalho e cotidianordquo Fala-se dos ldquoprocessos naturais e sociais na paisagemrdquo etc
A GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (BNCC)
Os saberes da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental em articulaccedilatildeo com os saberes de outros componentes curriculares e outras aacutereas do conhecimento concorrem para o processo de alfabetizaccedilatildeo e letramento e para o desenvolvimento de diferentes raciociacutenios que permitem atribuir sentidos para as dinacircmicas das relaccedilotildees entre pessoas grupos sociais e desses com a natureza nas atividades de trabalho e lazer
As vivecircncias e as experiecircncias dosas estudantes de diferentes contextos contribuem para a compreensatildeo de fenocircmenos naturais sociais poliacuteticos culturais e econocircmicos Aleacutem disso contribuem para o uso de muacuteltiplas formas de expressatildeo seja por meio dos mapas oficiais e formais e das cartografias sociais que demarcam identidades
e percepccedilotildees culturais sobre e nas paisagens seja ainda na utilizaccedilatildeo de linguagens diversas
O componente curricular Geografia trabalha o desenvolvimento de valores sociais como o respeito a toleracircncia a solidariedade o cuidado de si e do outro bem como o protagonismo cidadatildeo
A ecircnfase nos lugares de vivecircncia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental oportuniza o desenvolvimento de noccedilotildees de pertencimento de localizaccedilatildeo de orientaccedilatildeo e de organizaccedilatildeo das experiecircncias e vivecircncias em diferentes locais sendo essas noccedilotildees fundamentais para o trato com os conhecimentos geograacuteficos
Outros conceitos articuladores vatildeo se integrando e ampliando as escalas de anaacutelise como as paisagens as regiotildees e os territoacuterios Faz-se necessaacuterio identificar em lugares de vivecircncias a presenccedila e a diversidade de culturas indiacutegenas afrodescendentes de ciganos de mesticcedilos de migrantes e de imigrantes bem como de outros grupos sociais para compreender suas caracteriacutesticas socioculturais e suas territorialidades
Do mesmo modo faz-se necessaacuterio diferenciar os lugares de vivecircncias e compreender a produccedilatildeo das paisagens e a inter-relaccedilatildeo entre elas como o campocidade e o urbanorural no que tange aos aspectos poliacuteticos sociais culturais e econocircmicos promovendo atitudes procedimentos e elaboraccedilotildees conceituais que potencializem o desenvolvimento das identidades dosdas 311 estudantes e sua participaccedilatildeo em diferentes grupos sociais
Essa compreensatildeo abre caminhos para praacuteticas pedagoacutegicas provocadoras e desafiadoras pautadas na observaccedilatildeo nas experiecircncias diretas no desenvolvimento de variadas formas de expressatildeo registro e problematizaccedilatildeo especialmente envolvendo o estudo do cotidiano em situaccedilotildees que estimulem a curiosidade a reflexatildeo e o protagonismo
Ao final dos anos iniciais do Ensino Fundamental espera-se que osas estudantes compreendam algumas relaccedilotildees estabelecidas no espaccedilo social em diferentes escalas desenvolvam raciociacutenio criacutetico e atitudes autocircnomas e propositivas apropriem-se de muacuteltiplas linguagens a partir das quais signifiquem os saberes geograacuteficos compreendam noccedilotildees baacutesicas sobre a produccedilatildeo do espaccedilo
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ALFABETIZACcedilAtildeO CARTOGRAacuteFICA O USO DE MAPAS
Adaptado por Sandra Fagionato Ruffino Siacutelvia Martins e Andreacute Salvador
Toacutepicos
Introduccedilatildeo 1 Desenvolvimento das primeiras noccedilotildees de referecircncia espacial (lateralidade) 2 Construccedilatildeo das primeiras representaccedilotildees espaciais (o corpo) 3 Representando espaccedilos conhecidos 4 Construccedilatildeo de mapas baacutesicos 5 Elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos 6 Trabalhando com escalas 7 Orientaccedilatildeo atraveacutes de pontos cardeais
Introduccedilatildeo
Os mapas satildeo representaccedilotildees graacuteficas do espaccedilo constituiacutedas por 3 elementos baacutesicos
escala projeccedilatildeo simbologia
Resultam de um conhecimento acumulado de informaccedilotildees e teacutecnicas desenvolvidas por uma sociedade Estatildeo presentes em Atlas revistas jornais e noticiaacuterios de TV gabinetes de poliacuteticos e empresaacuterios Satildeo usados por economistas urbanistas engenheiros militares e outros profissionais bem como por turistas Satildeo portanto recursos bastante importantes para localizar informar ou orientar-se no espaccedilo desde que o indiviacuteduo saiba interpretaacute-lo
A utilizaccedilatildeo de mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam agrave realidade atraveacutes de siacutembolos Natildeo eacute uma tarefa simples sendo necessaacuterio desenvolver algumas habilidades e conhecimentos atividades como pintar estados paiacuteses e municiacutepios copiar mapas ou colocar nomes em rios satildeo tarefas mecanicistas que natildeo levam agrave formaccedilatildeo de conceitos da linguagem cartograacutefica Segundo Almeida (1994) esse trabalho de interpretaccedilatildeo deve iniciar pela construccedilatildeo de seu proacuteprio mapa com a codificaccedilatildeo dos
elementos do espaccedilo ao seu redor para posteriormente ler os mapas feitos por outras pessoas
Dessa forma para este moacutedulo propomos um trabalho a ser desenvolvido de forma lenta e gradual a fim de que os alunos construam as relaccedilotildees espaciais tomando consciecircncia do mundo fiacutesico e social No iniacutecio o aluno age como mapeador representa a realidade fiacutesica e social atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele e pela classe Quando adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo torna-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros
Agindo como mapeador do seu espaccedilo o aluno passaraacute pelo processo de levantamento de dados classificaccedilatildeo comparaccedilatildeo reduccedilatildeo e estabelecimento de signos o que contribuiraacute para a compreensatildeo das informaccedilotildees melhorando seu raciociacutenio loacutegico
A representaccedilatildeo espacial atraveacutes de siacutembolos eacute frequente na Geografia Astronomia Arquitetura no estudo do corpo humano e em outras aacutereas do conhecimento No nosso trabalho ela eacute usada como introduccedilatildeo agrave compreensatildeo tanto do ambiente externo quanto do nosso corpo cabendo ao professor selecionar os toacutepicos que conveacutem agrave finalidade de sua proposta
1 DESENVOLVIMENTO DAS PRIMEIRAS NOCcedilOtildeES DE REFEREcircNCIA ESPACIAL (LATERALIDADE)
Conteuacutedo para o professor
O domiacutenio da lateralidade ou seja a percepccedilatildeo das relaccedilotildees direitaesquerda frenteatraacutes em cimaembaixo varia de acordo com o ponto de vista de quem observa ou conforme uma determinada referecircncia eacute o primeiro passo para a construccedilatildeo das relaccedilotildees espaciais
A construccedilatildeo dessas noccedilotildees pela crianccedila tem como ponto de partida o proacuteprio corpo (a sua direita e sua esquerda) Mais tarde em um processo gradativo de descentralizaccedilatildeo considera a esquerda e a direita de pessoas agrave sua frente para finalmente considerar o posicionamento dos objetos em relaccedilatildeo uns aos outros a ela proacutepria ou a outras pessoas Somente apoacutes o estabelecimento das relaccedilotildees eacute que a crianccedila teraacute condiccedilotildees de entender o que eacute orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais Este primeiro toacutepico pretende desenvolver orientaccedilotildees baseadas na constituiccedilatildeo fiacutesica do corpo humano a partir de convenccedilotildees estabelecidas socialmente (direita esquerda em cima embaixo atraacutes frente)
Material Papel pardo ou cenaacuterio papel rascunho Laacutepis e material de pintura
Sugestotildees de perguntas
Se eu estiver de frente para meu amigo a matildeo direita dele estaacute do mesmo lado que a minha
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E se ele estiver de costas para mim
Se eu olhar para o espelho a matildeo direita da minha imagem estaacute do mesmo lado que a minha
Hipoacuteteses possiacuteveis
Se eu estiver de frente para o meu amigo sim
Se ele estiver de costas para mim natildeo
Se eu olhar para o espelho a minha matildeo direita esta do lado oposto
Obs a verificaccedilatildeo destas hipoacuteteses deveraacute ser feita no final deste toacutepico depois que os alunos realizarem as atividades propostas Se os alunos jaacute dominarem este conteuacutedo natildeo existe necessidade de realizar estas atividades
11 O banho
Objetivos
Verificar se os alunos apresentam o domiacutenio da lateralidade
Atraveacutes da estimulaccedilatildeo taacutetil tomar consciecircncia de seu predomiacutenio lateral para a direita e esquerda (lateralizaccedilatildeo) contribuindo para o estabelecimento das relaccedilotildees projetivas
Material um pedaccedilo de papel para cada crianccedila
Desenvolvimento O professor coordena a atividade levando os alunos a dramatizarem um banho Teratildeo que imitar os movimentos de tirar a roupa ligar e desligar o chuveiro e se ensaboar com a ajuda da bucha (folha de papel amassada) esfregando as partes do corpo
- esfregar o lado de cima
- esfregar a parte de traacutes da cabeccedila
- esfregar o lado direito da cabeccedila
- esfregar a orelha esquerda
- esfregar o braccedilo direito e a perna esquerda
Depois de esfregar o corpo todo devem se enxaguar e enxugar (com o papel desamassado) podendo ser feita da seguinte maneira
- enxugar todo o lado direito do corpo
- enxugar todo o lado esquerdo do corpo
- enxugar toda a parte da frente do corpo
- enxugar toda a parte de traacutes do corpo
12 Localizando o eu
Objetivo
Tomar consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros e dos lados de seu corpo
Material papel grande (um para cada aluno) laacutepis
Desenvolvimento Aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre a folha de papel enquanto o aluno B risca seu contorno Depois os papeacuteis se invertem Na segunda etapa cada aluno nomeia as partes do proacuteprio corpo escrevendo ou colando etiquetas
Apoacutes explorar bastante esses elementos cola-se um barbante na testa dos alunos (dividindo o corpo em duas partes) com durex e pede para identificarem seu lado direito (podendo fazer uma marcaccedilatildeo) O mesmo eacute feito no contorno com o aluno posicionado na cabeccedila da representaccedilatildeo (sem espelhar) Depois de identificados os lados do seu corpo e do contorno o professor daacute comandos para os alunos identificarem as partes de cada lado do corpo no contorno da seguinte forma
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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ALFABETIZACcedilAtildeO CARTOGRAacuteFICA O USO DE MAPAS
Adaptado por Sandra Fagionato Ruffino Siacutelvia Martins e Andreacute Salvador
Toacutepicos
Introduccedilatildeo 1 Desenvolvimento das primeiras noccedilotildees de referecircncia espacial (lateralidade) 2 Construccedilatildeo das primeiras representaccedilotildees espaciais (o corpo) 3 Representando espaccedilos conhecidos 4 Construccedilatildeo de mapas baacutesicos 5 Elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos 6 Trabalhando com escalas 7 Orientaccedilatildeo atraveacutes de pontos cardeais
Introduccedilatildeo
Os mapas satildeo representaccedilotildees graacuteficas do espaccedilo constituiacutedas por 3 elementos baacutesicos
escala projeccedilatildeo simbologia
Resultam de um conhecimento acumulado de informaccedilotildees e teacutecnicas desenvolvidas por uma sociedade Estatildeo presentes em Atlas revistas jornais e noticiaacuterios de TV gabinetes de poliacuteticos e empresaacuterios Satildeo usados por economistas urbanistas engenheiros militares e outros profissionais bem como por turistas Satildeo portanto recursos bastante importantes para localizar informar ou orientar-se no espaccedilo desde que o indiviacuteduo saiba interpretaacute-lo
A utilizaccedilatildeo de mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam agrave realidade atraveacutes de siacutembolos Natildeo eacute uma tarefa simples sendo necessaacuterio desenvolver algumas habilidades e conhecimentos atividades como pintar estados paiacuteses e municiacutepios copiar mapas ou colocar nomes em rios satildeo tarefas mecanicistas que natildeo levam agrave formaccedilatildeo de conceitos da linguagem cartograacutefica Segundo Almeida (1994) esse trabalho de interpretaccedilatildeo deve iniciar pela construccedilatildeo de seu proacuteprio mapa com a codificaccedilatildeo dos
elementos do espaccedilo ao seu redor para posteriormente ler os mapas feitos por outras pessoas
Dessa forma para este moacutedulo propomos um trabalho a ser desenvolvido de forma lenta e gradual a fim de que os alunos construam as relaccedilotildees espaciais tomando consciecircncia do mundo fiacutesico e social No iniacutecio o aluno age como mapeador representa a realidade fiacutesica e social atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele e pela classe Quando adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo torna-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros
Agindo como mapeador do seu espaccedilo o aluno passaraacute pelo processo de levantamento de dados classificaccedilatildeo comparaccedilatildeo reduccedilatildeo e estabelecimento de signos o que contribuiraacute para a compreensatildeo das informaccedilotildees melhorando seu raciociacutenio loacutegico
A representaccedilatildeo espacial atraveacutes de siacutembolos eacute frequente na Geografia Astronomia Arquitetura no estudo do corpo humano e em outras aacutereas do conhecimento No nosso trabalho ela eacute usada como introduccedilatildeo agrave compreensatildeo tanto do ambiente externo quanto do nosso corpo cabendo ao professor selecionar os toacutepicos que conveacutem agrave finalidade de sua proposta
1 DESENVOLVIMENTO DAS PRIMEIRAS NOCcedilOtildeES DE REFEREcircNCIA ESPACIAL (LATERALIDADE)
Conteuacutedo para o professor
O domiacutenio da lateralidade ou seja a percepccedilatildeo das relaccedilotildees direitaesquerda frenteatraacutes em cimaembaixo varia de acordo com o ponto de vista de quem observa ou conforme uma determinada referecircncia eacute o primeiro passo para a construccedilatildeo das relaccedilotildees espaciais
A construccedilatildeo dessas noccedilotildees pela crianccedila tem como ponto de partida o proacuteprio corpo (a sua direita e sua esquerda) Mais tarde em um processo gradativo de descentralizaccedilatildeo considera a esquerda e a direita de pessoas agrave sua frente para finalmente considerar o posicionamento dos objetos em relaccedilatildeo uns aos outros a ela proacutepria ou a outras pessoas Somente apoacutes o estabelecimento das relaccedilotildees eacute que a crianccedila teraacute condiccedilotildees de entender o que eacute orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais Este primeiro toacutepico pretende desenvolver orientaccedilotildees baseadas na constituiccedilatildeo fiacutesica do corpo humano a partir de convenccedilotildees estabelecidas socialmente (direita esquerda em cima embaixo atraacutes frente)
Material Papel pardo ou cenaacuterio papel rascunho Laacutepis e material de pintura
Sugestotildees de perguntas
Se eu estiver de frente para meu amigo a matildeo direita dele estaacute do mesmo lado que a minha
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E se ele estiver de costas para mim
Se eu olhar para o espelho a matildeo direita da minha imagem estaacute do mesmo lado que a minha
Hipoacuteteses possiacuteveis
Se eu estiver de frente para o meu amigo sim
Se ele estiver de costas para mim natildeo
Se eu olhar para o espelho a minha matildeo direita esta do lado oposto
Obs a verificaccedilatildeo destas hipoacuteteses deveraacute ser feita no final deste toacutepico depois que os alunos realizarem as atividades propostas Se os alunos jaacute dominarem este conteuacutedo natildeo existe necessidade de realizar estas atividades
11 O banho
Objetivos
Verificar se os alunos apresentam o domiacutenio da lateralidade
Atraveacutes da estimulaccedilatildeo taacutetil tomar consciecircncia de seu predomiacutenio lateral para a direita e esquerda (lateralizaccedilatildeo) contribuindo para o estabelecimento das relaccedilotildees projetivas
Material um pedaccedilo de papel para cada crianccedila
Desenvolvimento O professor coordena a atividade levando os alunos a dramatizarem um banho Teratildeo que imitar os movimentos de tirar a roupa ligar e desligar o chuveiro e se ensaboar com a ajuda da bucha (folha de papel amassada) esfregando as partes do corpo
- esfregar o lado de cima
- esfregar a parte de traacutes da cabeccedila
- esfregar o lado direito da cabeccedila
- esfregar a orelha esquerda
- esfregar o braccedilo direito e a perna esquerda
Depois de esfregar o corpo todo devem se enxaguar e enxugar (com o papel desamassado) podendo ser feita da seguinte maneira
- enxugar todo o lado direito do corpo
- enxugar todo o lado esquerdo do corpo
- enxugar toda a parte da frente do corpo
- enxugar toda a parte de traacutes do corpo
12 Localizando o eu
Objetivo
Tomar consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros e dos lados de seu corpo
Material papel grande (um para cada aluno) laacutepis
Desenvolvimento Aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre a folha de papel enquanto o aluno B risca seu contorno Depois os papeacuteis se invertem Na segunda etapa cada aluno nomeia as partes do proacuteprio corpo escrevendo ou colando etiquetas
Apoacutes explorar bastante esses elementos cola-se um barbante na testa dos alunos (dividindo o corpo em duas partes) com durex e pede para identificarem seu lado direito (podendo fazer uma marcaccedilatildeo) O mesmo eacute feito no contorno com o aluno posicionado na cabeccedila da representaccedilatildeo (sem espelhar) Depois de identificados os lados do seu corpo e do contorno o professor daacute comandos para os alunos identificarem as partes de cada lado do corpo no contorno da seguinte forma
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Metodologia do Ensino da Geografia Prof Rosacircngela Menta Mello ndash httpsgooglQqvCme - 2017
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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E se ele estiver de costas para mim
Se eu olhar para o espelho a matildeo direita da minha imagem estaacute do mesmo lado que a minha
Hipoacuteteses possiacuteveis
Se eu estiver de frente para o meu amigo sim
Se ele estiver de costas para mim natildeo
Se eu olhar para o espelho a minha matildeo direita esta do lado oposto
Obs a verificaccedilatildeo destas hipoacuteteses deveraacute ser feita no final deste toacutepico depois que os alunos realizarem as atividades propostas Se os alunos jaacute dominarem este conteuacutedo natildeo existe necessidade de realizar estas atividades
11 O banho
Objetivos
Verificar se os alunos apresentam o domiacutenio da lateralidade
Atraveacutes da estimulaccedilatildeo taacutetil tomar consciecircncia de seu predomiacutenio lateral para a direita e esquerda (lateralizaccedilatildeo) contribuindo para o estabelecimento das relaccedilotildees projetivas
Material um pedaccedilo de papel para cada crianccedila
Desenvolvimento O professor coordena a atividade levando os alunos a dramatizarem um banho Teratildeo que imitar os movimentos de tirar a roupa ligar e desligar o chuveiro e se ensaboar com a ajuda da bucha (folha de papel amassada) esfregando as partes do corpo
- esfregar o lado de cima
- esfregar a parte de traacutes da cabeccedila
- esfregar o lado direito da cabeccedila
- esfregar a orelha esquerda
- esfregar o braccedilo direito e a perna esquerda
Depois de esfregar o corpo todo devem se enxaguar e enxugar (com o papel desamassado) podendo ser feita da seguinte maneira
- enxugar todo o lado direito do corpo
- enxugar todo o lado esquerdo do corpo
- enxugar toda a parte da frente do corpo
- enxugar toda a parte de traacutes do corpo
12 Localizando o eu
Objetivo
Tomar consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros e dos lados de seu corpo
Material papel grande (um para cada aluno) laacutepis
Desenvolvimento Aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre a folha de papel enquanto o aluno B risca seu contorno Depois os papeacuteis se invertem Na segunda etapa cada aluno nomeia as partes do proacuteprio corpo escrevendo ou colando etiquetas
Apoacutes explorar bastante esses elementos cola-se um barbante na testa dos alunos (dividindo o corpo em duas partes) com durex e pede para identificarem seu lado direito (podendo fazer uma marcaccedilatildeo) O mesmo eacute feito no contorno com o aluno posicionado na cabeccedila da representaccedilatildeo (sem espelhar) Depois de identificados os lados do seu corpo e do contorno o professor daacute comandos para os alunos identificarem as partes de cada lado do corpo no contorno da seguinte forma
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
VISTA AEacuteREA DAS CONSTRUCcedilOtildeES FIacuteSICAS DO IEPPEP
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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- pulem no ombro direito - pulem no joelho esquerdo - com o peacute direito pulem no peacute esquerdo - pulem na orelha esquerda
13 As duplas
Objetivo Identificaccedilatildeo da lateralidade de outros elementos a partir de diferentes movimentos
Material nenhum
Desenvolvimento Aos pares um aluno de frente para o outro realizaraacute movimentos coordenados de acordo com os comandos do professor
Decircem a matildeo direita
Ergam o braccedilo esquerdo
Toquem com a matildeo direita o peacute esquerdo do companheiro
Pulem com o peacute esquerdo
Com a matildeo esquerda toquem o peacute esquerdo do companheiro
Obs Desenvolver as atividades para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses elaboradas no iniacutecio do toacutepico
O professor poderaacute selecionar diversas brincadeiras cantigas de roda dinacircmicas pedagoacutegicas para trabalhar lateralidade com seus alunos
2 CONSTRUCcedilAtildeO DAS PRIMEIRAS REPRESENTACcedilOtildeES ESPACIAIS (O CORPO)
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Partindo do princiacutepio de que a crianccedila constroacutei seu conhecimento a partir de estruturas conhecidas este toacutepico propotildee atividades de representaccedilatildeo espacial utilizando o proacuteprio corpo como espaccedilo a ser mapeado Entende-se que a partir de um trabalho com o esquema corporal explorando as noccedilotildees de lateralidade e proporcionalidade por meio do mapa do proacuteprio corpo a crianccedila construiraacute a ligaccedilatildeo entre o concreto e a representaccedilatildeo dando condiccedilotildees de utilizar essas noccedilotildees em outras representaccedilotildees
Ao mapear o proacuteprio corpo o indiviacuteduo toma consciecircncia de sua estatura da posiccedilatildeo de seus membros dos lados de seu corpo Ao representaacute-lo teraacute necessidade de
realizar procedimentos de mapeador classificaccedilatildeo generalizaccedilatildeo e seleccedilatildeo de elementos mais significativos
Sugestotildees de Perguntas
Material Papel pardo ou cenaacuterio folha de sulfite laacutepis e material de pintura
middot Desenhe como seria vocecirc quando deitado no chatildeo de frente e de costas
middot Indique nos desenhos a perna e o braccedilo esquerdos
Hipoacuteteses desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
21 Mapeando o eu
Objetivo Realizar representaccedilotildees de elementos conhecidos
Material papel pardo e laacutepis de cor
Desenvolvimento
Registro (escala 11) aos pares os alunos se alternam para fazer o mapa do proacuteprio corpo O aluno A deita-se sobre o papel enquanto o aluno B risca seu contorno de frente e de traacutes
Perspectiva identificar nas figuras em cima-embaixo frente-traacutes e direita-esquerda
Simbologia criaccedilatildeo coletiva de coacutedigos que representem cada um dos elementos de referecircncia identificados
Representaccedilatildeo representar no papel os coacutedigos convencionados
22 Reduzindo o eu
Objetivo Perceber que o real pode ser representado em tamanhos diferentes desenvolvendo dessa forma as primeiras noccedilotildees de escala
Material folha de sulfite laacutepis de cor
Desenvolvimento Transferir o mapa produzido anteriormente para a folha de sulfite Pronto o desenho
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
VISTA AEacuteREA DAS CONSTRUCcedilOtildeES FIacuteSICAS DO IEPPEP
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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discutir os resultados a fim de perceberem as possiacuteveis alteraccedilotildees ocorridas bem como dificuldades de leitura da representaccedilatildeo
3 REPRESENTANDO ESPACcedilOS CONHECIDOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Baseada na ideia de que o aluno deve construir noccedilotildees espaciais elementares atraveacutes de accedilotildees no espaccedilo conhecido esta etapa sugere a construccedilatildeo da maquete da sala de aula servindo de base para se explorar a projeccedilatildeo dos elementos do espaccedilo vivido (sala de aula) para o espaccedilo representado (planta) as relaccedilotildees espaciais topoloacutegicas desses objetos em funccedilatildeo de um ponto de referecircncia desses objetos entre si e dos mesmos em relaccedilatildeo aos sujeitos (alunos) A construccedilatildeo da planta da sala tem uma caracteriacutestica fortemente simboacutelica Trabalhando as noccedilotildees de projeccedilatildeo e representaccedilatildeo simboacutelica serve de ponte entre o espaccedilo real e sua representaccedilatildeo graacutefica Atraveacutes da representaccedilatildeo graacutefica torna-se possiacutevel perceber os diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material Sucata Laacutepis e material de pintura Tesoura Barbante Sulfite Reacutegua
Sugestotildees de perguntas
Quem sabe desenhar a sua sala de aula
Indique no desenho a frente da sala o fundo e os lados direito e esquerdo
Hipoacuteteses com base nos desenhos dos alunos apresentam-se vaacuterias hipoacuteteses sobre as formas de representar o espaccedilo
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
31 Construccedilatildeo da maquete da sala
Objetivo Representar no concreto a sala de aula com todos seus elementos constituintes
Material Sucata (caixa de papelatildeo do formato que se aproxime da forma da sala caixas de foacutesforos vazias retalhos copos de iogurte caixas de remeacutedios) reacutegua laacutepis e materiais de pintura cordatildeo ou barbante e tesoura
Desenvolvimento Os alunos deveratildeo observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localizaccedilatildeo em funccedilatildeo dos pontos de referecircncia (porta janela etc)
Num segundo momento deveratildeo confeccionar a maquete com os objetos em seu interior conservando a mesma posiccedilatildeo que ocupam na sala
- andar pela sala para observar o seu tamanho objetos mobiacutelias - escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala - recortar as janelas e portas (observar a posiccedilatildeo) - contar o nuacutemero de carteiras - selecionar objetos (sucata) que possam representar os elementos presentes na sala e preparaacute-los para que se assemelhem mais ao real Estando pronta a maquete o professor deve explorar os elementos de localizaccedilatildeo atraveacutes de deslocamentos pela proacutepria maquete Inicialmente a partir de sua posiccedilatildeo na sala o aluno projeta-a e passa a localizar a posiccedilatildeo de seus colegas identificando quem senta agrave sua frente atraacutes agrave sua direita e agrave sua esquerda
Posteriormente podem usar outros referenciais que natildeo sua posiccedilatildeo O professor traccedila uma linha no centro da classe no sentido do comprimento dividindo a sala em duas partes (lado da porta e da janela) traccedila outra linha no sentido da largura (frente e traacutes)
A localizaccedilatildeo das posiccedilotildees seraacute feita pela projeccedilatildeo dessas linhas na maquete Assim cada aluno identifica sua posiccedilatildeo de sua professora de seus colegas e mobiacutelias em relaccedilatildeo aos quadrantes por exemplo sua carteira estaacute no lado da frente e da porta
Os quadrantes podem servir de referecircncia para deslocamentos como se o aluno A trocar de lugar com o
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
VISTA AEacuteREA DAS CONSTRUCcedilOtildeES FIacuteSICAS DO IEPPEP
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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aluno B em que quadrante ficaraacute
32 Elaborando a planta da sala de aula
Objetivo Atraveacutes de representaccedilatildeo graacutefica perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real representado compreendendo os princiacutepios de equivalecircncia e proporcionalidade
Material papel sulfite laacutepis barbante e reacutegua
Desenvolvimento a partir da observaccedilatildeo da maquete os alunos desenharatildeo a sala de aula vista de cima incluindo seu contorno Depois atraveacutes de comparaccedilatildeo entre os desenhos verificar quem reduziu mais ou menos e comparar com o tamanho normal
Uma segunda planta da sala pode ser feita obedecendo agrave escala Para isso os alunos poderatildeo medir as paredes com um barbante ou corda Em seguida dobraratildeo o barbante tantas vezes quanto for necessaacuterio ateacute que caiba no papel Esse pedaccedilo de barbante seraacute a medida da parede a escala seraacute representada pelo nuacutemero de vezes em que o barbante foi dobrado As carteiras devem ser medidas e reduzidas igualmente agrave parede assim como as portas janelas e demais elementos da sala
Esta atividade deve ser desenvolvida sem pressa e se o aluno natildeo compreender a relaccedilatildeo da reduccedilatildeo proporcional fundamental para a compreensatildeo da noccedilatildeo de escala devem ser desenvolvidas outras atividades 4 CONSTRUCcedilAtildeO DE MAPAS BAacuteSICOS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Todo espaccedilo encontra-se integrado em espaccedilos mais amplos estabelecendo assim uma continuidade espacial mantendo inter-relaccedilotildees sociais naturais econocircmicas etc Eacute agindo no espaccedilo e mapeando-o que o aluno perceberaacute essa continuidade e integraccedilatildeo
Ao incluir os espaccedilos estudados anteriormente (o corpo e a sala de aula) no espaccedilo do preacutedio escolar e junto a este no bairro a crianccedila estaraacute construindo noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila Nesta sequumlecircncia os alunos estaratildeo manipulando plantas
produzidas por outros e representando nestas elementos do quotidiano Ao reutilizaacute-las com a legenda haveraacute um reforccedilo da relaccedilatildeo significantesignificado eles estaratildeo lendo a planta atraveacutes de seus significantes poreacutem traduzidos para o seu significado
Material Planta do preacutedio da escola planta do bairro sulfite laacutepis e material de pintura reacutegua
Sugestotildees de Perguntas
Vamos desenhar o trajeto que vocecirc faz para ir da sua sala ao refeitoacuterio (ao banheiro agrave quadra agrave sala do diretor outros)
Vamos fazer um mapa com o desenho do trajeto casa-escola e identificar alguns pontos de referecircncia (praccedila nome de rua farmaacutecia super mercado outros) para nos localizarmos
Hipoacuteteses Construiacuteda a partir dos desenhos dos alunos
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
41 Preacutedio da escola
Objetivo Realizar atividades de leitura interpretaccedilatildeo e mapeamento de espaccedilos a fim de construir noccedilotildees de inclusatildeo continuidade e vizinhanccedila
Material Planta oficial do preacutedio da escola papel sulfite material de pintura
Desenvolvimento Percorrer o preacutedio e reconhecer as salas e suas respectivas funccedilotildees com a planta em matildeos Em sala de aula deveratildeo criar siacutembolos (cores ou signos) para as funccedilotildees e elaborar a legenda
Percorrer de maneira imaginaacuteria a planta fazendo vaacuterios trajetos ida agrave biblioteca diretoria bebedouro e outras salas Reconhecer os espaccedilos a partir do deslocamento qual a sala em que vocecirc passaraacute logo apoacutes a nossa indo para a esquerda (vizinhanccedila) Quais as salas que ficam deste mesmo lado do corredor (continuidade) Quais as salas que ficam neste andar (inclusatildeo)
FONTE USP Projeto matildeo na massa httpeducarscuspbrmaomassacartografiahtm acessado em 10032007
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
VISTA AEacuteREA DAS CONSTRUCcedilOtildeES FIacuteSICAS DO IEPPEP
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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FONTE httpswwwgooglecombrmaps
COMPLETE O MAPA COM AS DEMAIS CONSTRUCcedilOES E OS NOMES DE CADA LUGAR
VISTA AEacuteREA DAS CONSTRUCcedilOtildeES FIacuteSICAS DO IEPPEP
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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42 Caminho Casa-escola
FONTE httprevistaescolaabrilcombrdesenvolvimento-infantil
Objetivo Observar o caminho casa-escola reconhecendo nomes de ruas tipos de estabelecimentos e direccedilotildees
Material Xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento Inicialmente os alunos faratildeo o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa ateacute a escola O professor deve orientaacute-lo a colocar o nome das ruas e os pontos de referecircncia (atraveacutes de siacutembolos e signos) importantes bem como a legenda para que sua casa possa ser localizada
Num segundo momento o aluno deve reconhecer o caminho que faz diariamente no xeacuterox da planta do bairro e transcrever o desenho que fez na planta
O professor pode colocar a planta grande do bairro no mural para que os alunos mostrem e marquem (com um alfinete de cabeccedila) a localizaccedilatildeo de sua casa e o caminho que faz
A planta do bairro com alfinetes mostraraacute a dinacircmica do espaccedilo seraacute uma planta com ocupaccedilatildeo humana Os deslocamentos diaacuterios (casa-escola casa-trabalho) ou esporaacutedicos (casa-compras casa-parentes casa-lazer) tambeacutem podem ser explorados
Outra possibilidade ao mapear o trajeto casa-escola eacute a comparaccedilatildeo de distacircncias percorridas ao visitar as residecircncias dos demais colegas e escolha de percursos mais raacutepidos para se chegar a um destino
4 3 O bairro
Objetivo Observar o bairro em que a escola se insere reconhecendo e representando na planta seus principais atributos estabelecimentos problemas etc
Material xeacuterox da planta do bairro laacutepis e material de pintura
Desenvolvimento
1 Localizar na planta a escola informaccedilotildees sobre o quarteiratildeo da escola praccedilas caminho casa-escola estabelecimentos e nomes de ruas
2 Atraveacutes de passeio pelo bairro observar os serviccedilos (escolas bancos postos de sauacutede correios etc) residecircncias casas comerciais induacutestrias fluxo de carros ocircnibus e ldquoproblemas do bairrordquo
3 Em sala selecionar os principais elementos observados e escolher um siacutembolo para representaacute-los no mapa Representar e criar a legenda
4 Fazer um painel com os problemas do bairro observados pelas crianccedilas selecionar os principais e representaacute-los
FONTE httpswwwgooglecombrmaps
5 ELABORACcedilAtildeO DE MAPAS TEMAacuteTICOS
Conteuacutedo para o professor
Uma das funccedilotildees do mapa eacute informar Para tanto este deve ter clareza do que estaacute sendo representado muitas informaccedilotildees contidas num mapa dificultam a leitura Neste caso os mapas temaacuteticos satildeo as melhores formas de representaccedilatildeo pois satildeo construiacutedos a partir de temas especiacuteficos como populaccedilatildeo recursos minerais clima A elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos facilita a interpretaccedilatildeo jaacute que indica ao leitor um uacutenico assunto representado
A simbologia usada no mapa tambeacutem eacute um recurso que pode facilitar ou natildeo sua interpretaccedilatildeo Os siacutembolos utilizados para representar elementos podem ser de duas formas icocircnicos ou abstratos (cores figuras geomeacutetricas) no entanto a simbologia refletindo os fatos representados (siacutembolos icocircnicos) torna mais faacutecil a interpretaccedilatildeo e
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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leitura do mapa natildeo obrigando o leitor a consultar constantemente a legenda
Material Planta do bairro laacutepis e material de pintura
5 1 Elaborar os mapas temaacuteticos do bairro
Objetivo Iniciar a discussatildeo e elaboraccedilatildeo de mapas temaacuteticos
Material As produccedilotildees do toacutepico anterior xerox da planta do bairro
Desenvolvimento Provocar discussotildees sobre a dificuldade em ler o mapa produzido estimulando-os a criar soluccedilotildees para o problema A partir das soluccedilotildees apresentadas elaborar diferentes mapas de acordo com o que se quer representar
- Localizaccedilatildeo da escola e moradia dos alunos - ldquoProblemas do bairrordquo - Serviccedilos Para tanto os alunos deveratildeo - refletir sobre as categorias - decidir qual categoria utilizar neste ou naquele caso (ex uma padaria eacute classificada como induacutestria ou comeacutercio) - selecionar as informaccedilotildees mais relevantes - elaborar uma lista de siacutembolos para cada categoria - criar a legenda
VISTA AEacuteREA DO IEPPEP
6 TRABALHANDO COM ESCALAS
CONTEUacuteDO PARA O PROFESSOR
Este toacutepico tem como finalidade a construccedilatildeo da noccedilatildeo de escala sua relaccedilatildeo com o que se quer representar bem como a realizaccedilatildeo de caacutelculos de distacircncia e aacuterea
A escala de um mapa eacute a proporccedilatildeo constante entre a medida de um desenho ou plano e a medida real daquilo que eacute representado Ela indica quantas vezes agraves dimensotildees do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa
Atraveacutes da escala podemos ter a noccedilatildeo real do espaccedilo representado tirar informaccedilotildees com relaccedilatildeo agrave distacircncia de percursos comprimento de ruas e rios e aacuterea de espaccedilos (municipal rural distrital etc)
A representaccedilatildeo da escala pode ser de duas maneiras graacutefica ou numeacuterica Na escala numeacuterica por exemplo 150000 (lecirc-se um por cinquumlenta mil) cada centiacutemetro no mapa equivale a 50000 cm ou 500m na realidade Quanto menor for o denominador (no exemplo 50000) maior seraacute a escala portanto mais detalhes poderatildeo ser representados Assim a escala 150000 eacute maior que a escala 1 5000000
Na escala graacutefica a relaccedilatildeo real-representaccedilatildeo eacute expressa atraveacutes do desenho um ou mais traccedilos cujo comprimento eacute demarcado assemelha-se a uma reacutegua cujas distacircncias no mapa podem ser medidas atraveacutes dela As vantagens da escala graacutefica estatildeo na sua faacutecil leitura permitindo a determinaccedilatildeo da distacircncia por comparaccedilatildeo e na sua manutenccedilatildeo quando da alteraccedilatildeo do mapa original (reduccedilatildeo ou ampliaccedilatildeo por meio de xeacuterox) jaacute que esta continua vaacutelida
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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Material Planta de apartamento ou casa planta do bairro ou mapa do municiacutepio imagem laacutepis reacutegua e barbante
Sugestotildees de Perguntas
Temos duas imagens de um mesmo jardim Uma foto local (1) e outra aeacuterea (2) (pode usar Google Eart)
Qual das imagens apresentam mais detalhes
Qual estaacute em maior escala Hipoacuteteses
A local
A aeacuterea
IMAGEM 1 FOTO LOCAL
FONTE Hipoacuteteshttphostelromacombrcuritibajardim-botanico
IMAGEM 2 FOTO AEacuteREA
FONTE httpwwwareasverdesdascidadescombr201504jardim-botanico-francisca-mariahtml
ATIVIDADES SUGERIDAS PARA COMPROVACcedilAtildeO OU NAtildeO
DAS HIPOacuteTESES LEVANTADAS 61 Observaccedilatildeo de plantasimagens
Objetivo Perceber diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado o que acontece com a clareza dos detalhes de uma escala para outra e manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Material Plantas de apartamento ou casas (encontradas em anuacutencio) xerocadas em escalas diferentes (reduzidas e ampliadas)
Desenvolvimento Trabalhar com a planta no sentido de compreender o que estaacute representando Feito isso o professor deve conduzir a atividade para discussotildees do tipo qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes em cada escala Que elementos deixaram de ser percebidos na reduccedilatildeo
62 Medindo o representado
Objetivo Realizar a partir da escala do mapa caacutelculos de aacuterea distacircncias percorridas e comprimento de ruas e rios
Material Reacutegua barbante mapa ou planta (com escala)
Desenvolvimento os alunos deveratildeo realizar caacutelculos de percurso atraveacutes da mediccedilatildeo (com reacutegua) do espaccedilo representado no mapa e transformaccedilatildeo para o real de acordo com a escala Quando este traccedilado for sinuoso (um rio por exemplo) a medida deve ser tirada com um fio1 (barbante ou linha) e posteriormente medido com reacutegua Diversos podem ser os caacutelculos realizados como por exemplo quantos quilocircmetros ou metros percorro para ir de casa para a escola Quem mora mais perto da escola Quantos metros ele percorre Qual o comprimento da minha rua E do coacuterrego proacuteximo agrave escola Quantos quilocircmetros existem de Satildeo Carlos agrave Aacutegua Vermelha Qual a medida da mata ciliar
O caacutelculo de aacuterea pode ser feito de duas maneiras
middot pelo meacutetodo das quadriacuteculas desenhando a aacuterea a ser calculada em papel milimetrado contando o nuacutemero de miliacutemetros e posteriormente transformando em metros ou quilocircmetros quadrados
middot pelo meacutetodo de decomposiccedilatildeo de figuras dividindo a aacuterea em figuras geomeacutetricas calcula-se a aacuterea dessas figuras e depois soma-se
Obs repetir a questatildeo proposta no iniacutecio do toacutepico e verificar se as hipoacuteteses continuam as mesmas Observar as imagens impressas
1 Coloca-se a pontinha do barbante no iniacutecio do trajeto e vai
contornando ateacute o final no mapa depois estica o barbante marcando o comeccedilo e o final medindo com a reacutegua
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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7 ORIENTACcedilAtildeO ATRAVEacuteS DOS PONTOS CARDEAIS
Conteuacutedo para o professor
A construccedilatildeo das noccedilotildees espaciais relativas agrave orientaccedilatildeo eacute fundamental tanto para que o indiviacuteduo possa se orientar no espaccedilo onde se encontra quanto para poder ler e interpretar plantas cartas e mapas
A forma mais comum de orientaccedilatildeo na superfiacutecie da Terra eacute atraveacutes dos referenciais chamados pontos cardeais e colaterais Tais referenciais satildeo definidos a partir do movimento aparente das estrelas e indicam direccedilotildees sentidos
O Norte (N) e o Sul (S) apontam para os poacutelos terrestres e a direccedilatildeo Leste (L ou E) e Oeste (O ou W) corresponde agrave direccedilatildeo perpendicular (Norte-Sul) Os pontos colaterais indicam direccedilotildees entre dois pontos cardeais Nordeste (NE) Noroeste (NO) Sudeste (SE) e Sudoeste (SO ou SW) Sendo os mapas representaccedilotildees da superfiacutecie terrestre orientados atraveacutes dos pontos cardeais esse aprendizado torna-se uma competecircncia necessaacuteria tanto para o leitor quanto para o mapeador que tem por objetivo elaborar um mapa passiacutevel de identificaccedilatildeo e que possibilite a localizaccedilatildeo dos espaccedilos eou elementos representados O trabalho com orientaccedilatildeo atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais deve-se iniciar apoacutes as crianccedilas considerarem a localizaccedilatildeo dos objetos uns em relaccedilatildeo aos outros independente do seu posicionamento e a partir de atividades no espaccedilo concreto de vivecircncia do aluno utilizando movimentaccedilotildees no proacuteprio meio
Material Mapa do bairro municiacutepio estado e paiacutes Tabuleiro confeccionado com cartela de ovos (nas partes salientes da cartela aparecem as letras de A a Z e os nuacutemeros de 1 a 6 Cartas contendo indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro Sugestatildeo de Questatildeo
A escola estaacute posicionada agrave sua frente e na direccedilatildeo norte (leste oeste sul outras) Se vocecirc ficar de costas para a escola qual seraacute a posiccedilatildeo dela
Hipoacuteteses possiacuteveis
Atraacutes de mim direccedilatildeo norte
Atraacutes de mim direccedilatildeo sul
Atraacutes de mim direccedilatildeo leste
Atividades sugeridas para comprovaccedilatildeo ou natildeo das hipoacuteteses levantadas
71 Jogo - ldquoAonde vocecirc chegou rdquo
Objetivo estabelecer relaccedilotildees projetivas
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamentos seguindo as direccedilotildees direitaesquerda para cimapara baixo
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
FONTE httpespacoaeeblogspotcombr201008geografia-nocoes-espaciaishtml
Partindo do ponto 4 ande
1 casa para a esquerda
3 casas para cima
2 casas para a direita
3 casas para baixo
1 casa para a direita
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto O ande
2 casas para baixo
1 casa para a esquerda
4 casas para cima
3 casas para a direita
1 casa para a esquerda Aonde vocecirc chegou Resposta D Objetivo orientar-se atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material tabuleiro cartas com indicaccedilatildeo de deslocamento e indicaccedilotildees norte sul leste oeste nordeste sudeste noroeste e sudoeste
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um tabuleiro e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada participante receba no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no tabuleiro joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de cartas
Partindo do ponto 4 ande
3 casas para o norte
3 casas para o oeste
1 casa para o nordeste
4 casas para o sul
4 casas para o leste Aonde vocecirc chegou Resposta 6 Partindo do ponto N ande
3 casas para o leste
2 casas para o norte
4 casas para o oeste
4 casas para o sul
3 casas para o nordeste Aonde vocecirc chegou Resposta J
ORIENTACcedilOtildeES NO BAIRRO OU MUNICIacutePIO
Objetivo construir noccedilotildees de orientaccedilatildeo em uma representaccedilatildeo cartograacutefica atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Material planta do bairro ou mapa do municiacutepio cartas contendo indicaccedilatildeo de diferentes deslocamentos atraveacutes dos pontos cardeais e colaterais
Desenvolvimento Cada crianccedila ou grupo de crianccedilas deveraacute possuir um mapa e um conjunto de cartas em nuacutemero suficiente para que cada jogador ganhe no miacutenimo uma carta Distribuem-se as cartas entre os participantes do jogo Um de cada vez lecirc as indicaccedilotildees de como se deslocar no mapa joga constata onde chegou e confere se acertou Ganha aquele que mais acertos obtiver
Modelo de carta Partindo da escola vaacute ateacute
o terceiro quarteiratildeo a noroeste
o segundo quarteiratildeo ao norte
o segundo quarteiratildeo a noroeste Aonde vocecirc chegou
Bibliografia ALMEIDA RD (2001) Do desenho ao mapa iniciaccedilatildeo cartograacutefica na escola Satildeo Paulo Ed Contexto ALMEIDA RD amp PASSINI EY (1994) O espaccedilo Geograacutefico ensino e representaccedilatildeo Satildeo Paulo Ed Contexto CORREcircA S M M (1999) Cartobrincando Estudo das noccedilotildees baacutesicas sobre cartografia atraveacutes de jogos Revista do Professor Porto Alegre 155 (57) 25-30 janmar1999 RUA J et all (1993) Para ensinar Geografia Rio de Janeiro ACCESS Editora
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
Exp
lora
toacuteri
o
(viv
ecircn
cia
s)
Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
plia
ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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Compare com a legenda anterior
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Aspectos teoacutericos-metodoloacutegicos de ensino da Geografia a metodologia do ensino de Histoacuteria e Geografia no Ensino Fundamental2
Sendo o professor um mediador entre as condiccedilotildees internas e externas de aprendizagem neste capiacutetulo
procuramos situaacute-lo nas condiccedilotildees externas de aprendizagem atraveacutes de mdash consideraccedilotildees sobre os diferentes niacuteveis de aprendizagem mdash exploratoacuterio especiacutefico de seacuterie e de ampliaccedilatildeo
mdash decorrentes das diferentes condiccedilotildees externas existentes mdash apresentaccedilatildeo de uma proposta programaacutetica detalhada em objetivos conceitos conteuacutedo mdash detalhamento de cuidados baacutesicos a serem tomados na montagem de situaccedilotildees escolares de aprendizagem
que levem em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees internas de aprendizagem apontadas no final do capiacutetulo anterior
Condiccedilotildees de aprendizagem e niacuteveis de ensino
Adotar as condiccedilotildees externas de aprendizagem simultaneamente agraves condiccedilotildees internas como criteacuterio norteador para a montagem de situaccedilotildees significativas de aprendizagem leva-nos a algo mais do que optar por esta ou aquela forma de trabalho escolar Impotildee considerar a existecircncia de condiccedilotildees externas que precedem a vida escolar do educando condiccedilotildees externas que se desenvolvem paralelamente agrave vida escolar do educando condiccedilotildees externas que soacute ganham existecircncia na vida escolar do educando Em vista disso o trabalho escolar aqui proposto por seacuterie desenvolver-se-aacute em trecircs niacuteveis diferentes de realizaccedilatildeo
Quadro niacutevel de desenvolvimento ampliaccedilatildeo e exploratoacuterio
Niacutevel exploratoacuterio de formaccedilatildeo dos
conceitos
a) proporcionaraacute experiecircncias eou vivecircncias em todas as seacuteries propiciando aos alunos condiccedilotildees de amadurecimento para a formaccedilatildeo de conceitos especiacuteficos a serem trabalhados em seacuteries subsequentes
Niacutevel do desenvolvimento de conceitos especiacuteficos
da seacuterie
b) exploraraacute sempre em todas as seacuteries as experiecircncias que os alunos jaacute tecircm ao chegar na escola relativas aos conceitos especiacuteficos com que se vai trabalhar naquela seacuterie c) privilegiaraacute o trabalho com alguns conceitos em determinadas seacuteries (conceitos especiacuteficos da seacuterie)
Niacutevel de ampliaccedilatildeo dos conceitos
d) cuidaraacute para que os conceitos jaacute trabalhados especificamente em seacuteries anteriores sejam continuamente retomados e ampliados nas seacuteries seguintes
Em quaisquer dos trecircs niacuteveis esses conceitos deveratildeo ser trabalhados a partir de fenoacutemenos que possam ser
experienciados pelas crianccedilas Soacute assim se tornaratildeo de fato instrumentos de trabalho dos alunos das seacuteries iniciais do Ensino Fundamental (uacutenica maneira de transformar o ensino reprodutivo em produtivo) O ponto de partida pois seratildeo os alunos concretos ou seja alunos que jaacute tecircm uma experiecircncia de vida um conhecimento dela decorrente e que vivem e existem fora da escola (condiccedilotildees externas de aprendizagem) Na escola cuidaremos de partir com esses alunos concretos de conceitos concretos referentes a fenoacutemenos concretos (condiccedilotildees externas de aprendizagem) jaacute que consideramos as caracteriacutesticas do seu pensamento anterior agrave fase do raciociacutenio formal e abstrato (condiccedilotildees internas de aprendizagem) A distribuiccedilatildeo dos conceitos pelas seacuteries de acordo com os trecircs niacuteveis de realizaccedilatildeo de trabalho propostos estaacute disposta no quadro anteriormente apresentado Os conceitos de natureza cultura espaccedilo tempo formam a espinha dorsal da programaccedilatildeo da 1a agrave 4a seacuteries constituindo-se em conceitos especiacuteficos das seacuteries nas suas dimensotildees concretas Satildeo tratados em niacutevel exploratoacuterio os conceitos que pelas caracteriacutesticas dos fenoacutemenos a que se referem exigem uma familiarizaccedilatildeo no plano de vivecircncias e experiecircncias Essa familiarizaccedilatildeo antecede necessariamente um trabalho mais sistemaacutetico
2 Texto retirado do livro PENTEADO Heloiacutesa Dupas Metodologia do Ensino de Histoacuteria e Geografia Satildeo Paulo Cortez 2008 P 48-69
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
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Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
eciacute
fico
da
seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
Am
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ccedilatildeo
bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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NIacuteVEL 1ordf Seacuterie 2ordf Seacuterie 3ordf Seacuterie 4ordf Seacuterie 5ordf Seacuterie
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Relaccedilotildees Sociais
Espaccedilo
Tempo
Natureza
Cultura
Relaccedilotildees Sociais
Tempo geograacutefico dias do mecircs (cronologia)
Tempo histoacuterico hoje ontem amanhatilde presente passado futuro
Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais Relaccedilotildees Sociais
Esp
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fico
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seacuteri
e
Observar paisagens
Nomear elementos componentes das paisagens
Representar o espaccedilo escolar
Espaccedilo divisotildees ndash domiacutenios e fronteiras
Representaccedilatildeo Espacial
Representaccedilatildeo Terrestre bull globo mapa-muacutendi
Natureza aacutegua e terra
Cultura na aacutegua e na terra
Espaccedilo Terrestre bull orientaccedilatildeo norte
sul leste oeste
divisatildeo continentes e oceanos
movimento de rotaccedilatildeo da Terra
Tempo geograacutefico calendaacuterio dia hora
Tempo histoacuterico transformaccedilotildees natureza e cultura ontem e hoje
Representaccedilatildeo temporal tempo de curta duraccedilatildeo
bull Espaccedilo Terrestre - movimento de translaccedilatildeo - divisatildeo poliacutetica paiacutes
Espaccedilo Brasil divisatildeo poliacutetica
Espaccedilo Local municiacutepio
Tempo Histoacuterico pessoa local longa duraccedilatildeo
Tempo Histoacuterico e Espaccedilo Geograacutefico brasileiro ontem e hoje
Etnias formadoras do povo brasileiro ontem e hoje
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bull Deslocamento Espacial Escolar
bull Relaccedilotildees Sociais Escolares
bull Vocabulaacuterio Oral
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral e
escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
e escrito
bull Natureza bull Cultura bull Espaccedilo bull Vocabulaacuterio oral
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Eacute o caso do conceito tempo Entre os componentes da espinha dorsal do programa eacute o de compreensatildeo mais complexa na sua dimensatildeo soacutecio-histoacuterico-cultural por tratar-se de uma relaccedilatildeo entre fatos e natildeo de um fato em si Por essa razatildeo eacute abordado em niacutevel exploratoacuterio nas duas seacuteries iniciais e como conceito especiacutefico de aacuterea nas trecircs seacuteries subsequentes onde se procura alcanccedilar alguma sistemati- zaccedilatildeo do mesmo Jaacute o conceito de relaccedilotildees sociais permanece no niacutevel exploratoacuterio em trabalho bem mais prolongado ao longo de todas as seacuteries iniciais mdash seja atraveacutes da vivecircncia e organizaccedilatildeo do proacuteprio grupo de alunos seja atraveacutes da familiarizaccedilatildeo com relaccedilotildees sociais de grupos humanos em diferentes eacutepocas e locais propiciada pelo trabalho especiacutefico com os conceitos de tempo e pelo trabalho de aprofundamento com o conceito de cultura Isso porque a compreensatildeo do conceito de relaccedilotildees sociais eacute aindda mais difiacutecil jaacute que se refere a relaccedilatildeo entre relaccedilotildees cuja apreensatildeo num niacutevel mais elaborado eacute bastante complexa exigindo um preparo atraveacutes da vivecircncia eou da familiarizaccedilatildeo escolar No terceiro niacutevel o da ampliaccedilatildeo de conhecimentos os conceitos menos complexos da espinha dorsal (natureza cultura espaccedilo) vatildeo sendo retomados nas seacuteries subsequentes agravequelas em que satildeo desenvolvidos especificamente possibilitando inclusive a compreensatildeo dos conceitos especiacuteficos das seacuteries em que satildeo retomados Mais do que uma simples disposiccedilatildeo da estrutura da aacuterea atraveacutes das seacuteries o que se propotildee eacute uma nova metodologia de trabalho com Histoacuteria e Geografia Neste trabalho apresentamos uma seleccedilatildeo e sequecircncia de conteuacutedos que julgamos mais adequada para o desenvolvimento dessa metodologia Eacute possiacutevel que o professor reconheccedila a viabilidade de trabalhar
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
Curso de Formaccedilatildeo de Docentes da Educaccedilatildeo Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental ndash Modalidade Normal
Metodologia do Ensino da Geografia Prof Rosacircngela Menta Mello ndash httpsgooglQqvCme - 2017
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
LEGENDA
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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Compare com a legenda anterior
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com as propostas temaacuteticas anteriores das disciplinas Histoacuteria e Geografia (sequenciadas ou em ciacuterculos concecircntricos) tendo apenas que modificar os procedimentos de modo a ajustaacute-los agraves consideraccedilotildees feitas ateacute aqui sobre o processo de ensino-aprendizagem (em geral e destas disciplinas) Entendemos poreacutem que o pleno aproveitamento dessa nova proposta natildeo passa necessariamente pelas propostas anteriores O grande perigo destas consiste na factualidade que esgota o processo de conhecimento na reproduccedilatildeo do fato focalizado (na sua memorizaccedilatildeo) dificultando a ultrapassagem do conhecimento de senso comum e a traduccedilatildeo do conhecimento em comportamentos esclarecidos Pretendemos aqui essa ultrapassagem que deve se dar pela apropriaccedilatildeo do fato mdash isto eacute por um trabalho com o fato atraveacutes de instrumentos de conhecimento que iratildeo propiciar a sua compreensatildeo a partir da perspectiva das ciecircncias com que lidamos Nessa perspectiva os fatos ou conteuacutedos selecionados constituem a mateacuteria-prima do trabalho de ensino-aprendizagem os conceitos da estrutura conceituai baacutesica satildeo os instrumentos do trabalho a ser feito com estes fatos a compreensatildeo do fato numa perspectiva mais ampla do aluno como agente social eacute o resultado esperado Os conteuacutedos selecionados para esta nova proposta de trabalho com o ensino de Histoacuteria e Geografia nas primeiras seacuteries do Ensino Fundamental deveratildeo ser sequenciados de acordo com a proposta programaacutetica apresentada a seguir Ela foi rigorosamente elaborada levando-se em consideraccedilatildeo os trecircs niacuteveis de trabalho com os conceitos explicados anteriormente e indica na sequecircncia proposta a relaccedilatildeo conteuacutedoconceito
Formas de Utilizaccedilatildeo do Mapa como Instrumental Baacutesico
para o Estudo da Geografia3
O mapa eacute um importante instrumento comumente utilizado pelas pessoas para localizar informar e orientar O fato de aparecer como um siacutembolo da escola nos leva a pensar que seria uma das funccedilotildees fundamentais da mesma ensinar a interpretar a representaccedilatildeo dos espaccedilos compreender a sua arrumaccedilatildeo e neles saber orientar-se No entanto eacute muito comum encontrarmos pessoas que tendo frequumlentado a escola (e as aulas de Geografia) por diversos anos natildeo conseguem ver essa utilidade nos mapas porque satildeo incapazes de compreendecirc-los e por isso mesmo a eles natildeo atribuem qualquer importacircncia praacutetica em sua vida cotidiana
Yves Lacoste analisando em seu livro A Geografia - isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra o ensino da Geografia na escola reflete sobre a dificuldade do mapa aparecer como uma ferramenta como um instrumento abstrato do qual eacute preciso conhecer o coacutedigo para poder compreender pessoalmente o espaccedilo e nele se orientar ou admiti-lo em funccedilatildeo de uma praacutetica e nos cobra algumas perguntas importantes sobre essa questatildeo do trabalho com mapas na escola
Vai-se agrave escola para aprender a ler a escrever e a contar Por que natildeo para aprender a ler uma carta Por que natildeo para compreender a diferenccedila entre uma carta em grande escala e uma outra em pequena escala e se perceber que natildeo haacute nisso apenas uma diferenccedila de relaccedilatildeo matemaacutetica com a realidade mas que elas natildeo mostram as mesmas coisas Por que natildeo aprender a esboccedilar o plano da aldeia ou do bairro Por que natildeo representam sobre o plano de sua cidade os diferentes bairros que conhecem aquele onde vivem aquele onde os pais das crianccedilas vatildeo trabalhar etc Por que natildeo aprender a se orientar a passear na floresta na montanha a escolher determinado itineraacuterio para evitar uma rodovia que estaacute congestionada
Diz-nos Yves Lacoste que este saber com caraacuteter praacutetico o de se ler uma carta ou um mapa representa o saber agir sobre o terrenordquo saber nele orientar-se e que assim o mapa pode aparecer como um instrumento de poder que cada qual pode utilizar se sabe interpretaacute-lo Devemos nos questionar se natildeo eacute por isso que tantos saem da escola sem aprender a utilizaacute-lo
3 Texto adaptado do livro RUA Joatildeo et all Para ensinar Geografia Rio de Janeiro Access 2005
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
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Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
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17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
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19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
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FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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Compare com a legenda anterior
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Como trabalhar com o mapa na escola
A utilizaccedilatildeo dos mapas pressupotildee por parte dos alunos capacidade de abstraccedilatildeo pois representam a realidade atraveacutes de siacutembolos Aprender a utilizar os mapas eacute um processo lento que deve ser desenvolvido em diversas etapas desde a representaccedilatildeo feita pelo proacuteprio aluno (mesmo que de forma rudimentar) de espaccedilos vividos por ele da realidade conhecida e experimentada ateacute a interpretaccedilatildeo de mapas que representam espaccedilos e realidades que ele natildeo conhece de forma mais complexa exigindo maior niacutevel de abstraccedilatildeo
Tomoko Paganelli Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet (Revista Orientaccedilatildeo ndash USP nordm 6 1985) nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos
Um trabalho com mapa na sala de aula deve ser precedido de um periacuteodo em que a representaccedilatildeo se forma - dissociaccedilatildeo dos significados e significantes - e em que se constroem lenta e gradativamente as relaccedilotildees espaciais e a proacutepria consciecircncia do mundo fiacutesico e social O trabalho com mapa () deve ser adequado e transformado de modo que se torne uma experiecircncia rica para o aluno que constroacutei e para o professor que analisa os diferentes niacuteveis de representaccedilatildeo simboacutelica e as noccedilotildees espaciais utilizados O aluno no iniacutecio eacute considerado como o mapeador aquele que representa a realidade fiacutesica e social inicialmente atraveacutes de siacutembolos convencionados por ele proacuteprio Quando ele adquire a consciecircncia da representaccedilatildeo pode tornar-se um usuaacuterio aquele que lecirc e interpreta mapas elaborados por outros () Como mapeadores os alunos satildeo codificadores que emitem a mensagem recorrendo a um coacutedigo e decodificadores enquanto usuaacuterios dos mapas interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa No mapa o processo de codificaccedilatildeo vai do significado para a Imagem e o de decodificaccedilatildeo da imagem para o significado
Se os mapas e as cartas satildeo representaccedilotildees graacuteficas dos espaccedilos numa linguagem simboacutelica que
precisa ser elaborada mentalmente eacute preciso lembrar que satildeo representaccedilotildees mais ou menos parciais da realidade () natildeo eacute possiacutevel considerar que elas satildeo o reflexo o espelho ou a fotografia da realidade (Lacoste)
Essas escolhas de que nos fala o referido autor estatildeo relacionadas aos elementos ou fenocircmenos (de uma dada realidade espacial) selecionados para se representar em determinado mapa (bem como a simbologia adotada) e tambeacutem agrave escala utilizada para elaboraacute-lo Assim a escolha da escala de um mapa por quem vatildeo interpretaacute-lo ou fazecirc-lo natildeo eacute uma questatildeo banal mas de importacircncia fundamental
Para a maioria dos geoacutegrafos a dimensatildeo do territoacuterio levado em consideraccedilatildeo e os criteacuterios dessa escolha natildeo parecem dever influenciar fundamentalmente suas observaccedilotildees e seus raciociacutenios () Essas extensotildees de tamanho bem desigual satildeo representadas por cartas cujas escalas satildeo bem diversas desde as cartas em pequeniacutessima escala que representam o conjunto do mundo ateacute cartas e planos em escala bem grande que representam de maneira detalhada espaccedilos relativamente pouco extensos Entre todas essas cartas de escala tatildeo desigual natildeo haacute somente diferenccedilas quantitativas de acordo com o tamanho do espaccedilo representado mas tambeacutem diferenccedilas qualitativas pois um fenocircmeno soacute pode ser representado numa determinada escala em outras escalas ele natildeo eacute representaacutevel ou seu significado eacute modificado Eacute um problema essencial mas difiacutecil () Mas como certos fenocircmenos natildeo podem ser apreendidos se natildeo considerarmos extensotildees grandes enquanto outros de natureza bem diversa soacute podem ser captados por observaccedilotildees muito precisas sobre superfiacutecies bem reduzidas resulta daiacute que a operaccedilatildeo intelectual que eacute a mudanccedila de escala transforma e agraves vezes de forma radical a problemaacutetica que se pode estabelecer e os raciociacutenios que se possa formar A mudanccedila da escala corresponde a uma mudanccedila do niacutevel da conceituaccedilatildeo
(Lacoste pg 74-77)
Apresentaremos a seguir algumas atividades para o desenvolvimento de habilidades para a
construccedilatildeo leitura e interpretaccedilatildeo de mapas a serem utilizadas em sala de aula
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
Exemplo Village Monte Alegre Telecircmaco Borba PR
Modelo 2 Legenda
Modelo 1 Legenda
Modelo 3 Legenda
FONTE httpwwwverapaganicombrprodutosDetalhesaspop=67 ACESSADO EM 18052010
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
FONTE httpwwwtransportesgovbrbitmapasmapclickufsprjpg acessado em 18052010
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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1 Atividades para construccedilatildeo da noccedilatildeo de representaccedilatildeo espacial (visatildeo de cimanoccedilatildeo de escala)
11 Os alunos desenham em uma folha de papel a sua mesa primeiro vista de frente e depois vista de cima
Objetivo O aluno deveraacute perceber o que mudou de um desenho para outro o que pode ser visto em cada desenho o que natildeo pode ser visto como desenhar os objetos a partir de cada ponto de vista
12 Pedir para cada aluno representar no papel a sala de aula vista de cima incluindo o contorno da mesma
Objetivos o O aluno deveraacute perceber que quando se faz a representaccedilatildeo graacutefica de um espaccedilo este
sempre vai se representar de forma reduzida em relaccedilatildeo ao seu tamanho real o Despertar e desenvolver no aluno a noccedilatildeo de proporccedilatildeo o O aluno deveraacute perceber que um mesmo espaccedilo pode ser representado em tamanhos
diferentes atraveacutes da comparaccedilatildeo das representaccedilotildees da sala de aula feitas pecirclos diversos alunos Comparar os desenhos para verificar quem reduziu mais ou menos o tamanho real da sala de aula e seus elementos
o Desenvolver a noccedilatildeo de limite fronteira o O aluno deveraacute concluir que os mapas representam graficamente espaccedilos vistos de cima
Com seu tamanho reduzido
13 Observaccedilatildeo das plantas (figuras 1 2 e 3) de um apartamento obtidas em anuacutencio de jornal
Objetivos
O aluno deveraacute perceber que qualquer espaccedilo pode ser representado
O aluno deveraacute perceber o que acontece com a clareza dos detalhes de uma representaccedilatildeo para outra (de 1 para 2 de 1 para 3)
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Modelo 1 Legenda
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
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16 Localizaccedilatildeo do bairro no mapa da cidade de Telecircmaco Borba (planta IIl)
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17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
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19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
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FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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Obs O professor deve perguntar qual das plantas foi vista de uma distacircncia maior O que aconteceu com a clareza dos detalhes 14 Localizaccedilatildeo do apartamento na planta de um trecho do bairro (planta l)
FONTE httpmapsgooglecombrmapshl=pt-BRamptab=wl ACESSADO EM 18052010
Faccedila uma legenda 15 Localizaccedilatildeo na planta do bairro da aacuterea onde se situa o apartamento (planta Il)
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17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
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19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
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FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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17 Localizaccedilatildeo da cidade de Telecircmaco Borba no mapa do municiacutepio e no mapa do estado do Paranaacute
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FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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18 Localizaccedilatildeo do estado do Paranaacute no mapa do Brasil
FONTE httpead1unicampbre-langsupletivoimgc2a3gif acessado em 18052010
19 Localizaccedilatildeo do Brasil no planisfeacuterio
FONTE httpmaristaedubrfiles200903mapa_presenca_maristajpg acessado em 18052010
Curso de Formaccedilatildeo de Docentes da Educaccedilatildeo Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental ndash Modalidade Normal
Metodologia do Ensino da Geografia Prof Rosacircngela Menta Mello ndash httpsgooglQqvCme - 2017
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110 Comparaccedilatildeo no planisfeacuterio com o globo terrestre para explicar as deformaccedilotildees existentes
FONTE httpcarloscasturinorodrigueszipnetimagesplaneta-terra-2jpg acessado em 18052010
FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
CONSTRUA A LEGENDA
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Compare com a legenda anterior
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FONTE httplh6ggphtcomcalbertovazR9AKj0LuJMIAAAAAAAAAMgbXKiUThtqnMplanisferio_thumb2 acessado em 18052010 Obs Todas estas atividades tecircm como objetivo principal levar o aluno a perceber as modificaccedilotildees que ocorrem nas diferentes representaccedilotildees de um espaccedilo no que se refere a
o diferentes niacuteveis de reduccedilatildeo do tamanho real do espaccedilo representado bem como dos elementos que o compotildeem (noccedilatildeo de escala)
o clareza dos elementos ou fenocircmenos representados (mais ou menos detalhes) o campo de visatildeo (possibilidade de representar espaccedilos maiores quando reduz-se mais o tamanho real
daquilo que se quer representar) o manutenccedilatildeo da proporccedilatildeo existente entre o tamanho dos diversos elementos apresentados no mapa
Obs Toda vez que um novo conceito for utilizado o professor deveraacute construiacute-lo conjuntamente com os alunos (ex conceitos de municiacutepio estado paiacutes fronteira etc)
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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2 Construccedilatildeo de um mapa com significado 1 Pedir ao aluno que coloque ao lado da modelo 1 (apartamento) o significado de alguns dos siacutembolos
utilizados na representaccedilatildeo desse espaccedilo Ex janela
Obs O aluno precisa primeiro perceber o significado para depois representar 2 Repetir o mesmo procedimento da 1ordf atividade para a planta do trecho do bairro onde se situa o
apartamento (planta I e II)
Objetivo O aluno deveraacute perceber que os elementos que compotildeem o espaccedilo podem ser representados por siacutembolos ou cores e que estes tecircm um significado
3 Pedir ao aluno que leia a planta da figura 1 (primeiro sem a legenda depois com a legenda)
Obs Soacute neste momento deve-se fazer a explicaccedilatildeo do que satildeo convenccedilotildees cartograacuteficas e legenda 4 Pedir ao aluno que compare a planta da figura 4 com o desenho da figura 5 para identificar representados
na planta os diversos elementos que pode ver no desenho
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Compare com a legenda anterior