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PÉ TORTO CONGÊNITOLEOPOLDINA MILANEZ DA SILVA LEITEServiço de Ortopedia Infantil – HUMI -
UFMA
•É uma deformidade complexa que compromete estruturas ósseas e partes moles, caracterizada por eqüino do retropé, varo do calcâneo, adução e supinação do médio e antepé e cavo
• Incidência: 1:1000 nascidos vivos• É bilateral em 50% dos casos• M:F – 2:1• Etiologia não esclarecida ocorrência familiar sugere influência genética; multifatorial; teoria histológica (defeito do plasma
germinativo do osso); bloqueio do desenvolvimento fetal,
oligodrâmnios, aminiocentese precoce.
PTC e genética
• navicular – cubóide – calcâneo desviados no sentido plantar e medial em
relação ao tálus
• deformidade óssea mais importante: tálus (extremidade anterior desviada medial e plantar, colo encurtado e corpo pequeno; ângulo de 90°)
• Desvio medial do navicular em relação ao corpo do tálus
• Ligamentos espessos, músculos hipoplásicos.
• O diagnóstico é evidente
• Exame físico completo (outras deformidades congênitas, disrafismo medular, alterações neuromusculares e sindrômicas)
• Classificação: postural verdadeiro ou idiopático teratológico
• Esclarecimento da família – IMPORTANTE!
Informações sem alarde mas COM REALIDADE
Não é uma alteração na posição do pé, mas uma DEFORMIDADE
Tratamento adequado: função normal para o desempenho das atividades físicas
Acompanhamento até a maturidade
Objetivos do tratamento:obter um pé plantígrado, indolor, flexível, com boa
força muscular e que permita o uso do calçado
comum.
Tratamento Conservador• Métodos de manipulação e imobilização
Método de KITE:
Correção seqüencial da adução, supinação,e eqüino. Trocas até o 6º mês.
Apoio do polegar na parte anterior do calcâneo e antepé forçado em abdução.
Resultados variáveis.
Tratamento Conservador• Método de Ponseti:
Princípio:
“O tálus encontra-se fixo na mortalha tibiofibular e os demais ossos devem mover-se em relação a ele”
As deformidades em cavo, adução e varo devem ser corrigidas simultaneamente
O cavo é corrigido por supinação
O pé não deve ser pronado em nenhuma fase do tratamento
O eqüino é corrigido por último
Tenotomia do calcâneo
Descrição do Método de Ponseti• Correção do CAVO:
O cavo deve ser corrigido no primeiro gesso, pelo alongamento das estruturas plantares e sua manutenção em supinação em relação ao retropé
• Correção do varo e adução
Pé em supinação, polegar apoiado lateralmente na cabeça do tálus, realiza-se a abdução do pé
O varo de retropé é corrigido com abdução
Gesso inguinopodálico com joelho em 90° de flexão, pé em rotação externa de 50º no quinto gesso e 70º no sexto e último gesso.
• Correção do eqüino
Após correção da adução e varo. Obtém-se com dois ou três gessos bem moldados no calcanhar após manipulação para alongar partes moles.
Qdo não se consegue a dorsiflexão, indica-se a tenotomia percutânea do tendão calcâneo
Gesso inguinopodálico com tornozelo em dorsiflexão de 15° e rotação externa acentuada (70 a 90°)
• A manutenção da correção com aparelho de Denis-Brown com rotação externa de 70º em uso contínuo por três meses, seguida por uso noturno por 2 a 4 anos
Método de Ponseti
Tratamento cirúrgico• Realizar os procedimentos entre 9 meses e 1 ano
• O pé deve ter pelo menos 8 cm na época da cirurgia
• Recomenda-se o procedimento “a la carte”
• Mediopé e antepé alinhados, mas com eqüino persistente – liberação posterior ou póstero-lateral
• Deformidade em cavo – liberação plantar
• Incisão mais recomendada: Cincinnati
Obrigada!