Emiko Shinozaki Mendes
Patologia de camarões de cultivo:
um problema sustentável?
EMIKO SHINOZAKI MENDESProfessora Associada
DMV/UFRPE
Emiko Shinozaki Mendes
CONTEÚDO
SUSTENTABILIDADEaquicultura
HISTÓRICO DA CARCINICULTURA NO BRASIL
ENFERMIDADESviraisbacterianas NECESSIDADES
DESAFIOS
Emiko Shinozaki Mendes
"SUSTENTÁVEL“
Latim sustentare(sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar,
cuidar).
O uso sustentável dos recursosnaturais deve "suprir asnecessidades da geração presentesem afetar a possibilidade dasgerações futuras de suprir assuas".
Emiko Shinozaki Mendes
EMPREENDIMENTO HUMANO SUSTENTÁVEL
Ecologicamente correto
Socialmente justo
Culturalmente aceito
Economicamente viável
Emiko Shinozaki Mendes
Sustentabilidade da cadeia produtiva do camarão marinho
envolve rígido controle sobre os aspectos inerentes à produção,processamento e distribuição.
Hopkins (1996)“Práticas de aquicultura variam amplamente entre espécies e áreas. O
gerenciamento e os impactos de criações de ostras ≠ criações depeixes em tanques de terra, alguns tipos de aquicultura são maissustentáveis do que outros".
Uma interação harmônica duradoura
Para construir uma atividade forte e perene
Emiko Shinozaki Mendes
Tendências emergentes da veterinária (THRUSFIELD, 2004)
Considerar o “bem estar animal” que, ultrapassando
a simples ausência de enfermidades, inclui, entre outros,
equilíbrio físico e ausência de privação de movimentos
naturais.
CAMARÕESRestrição de movimentos naturais pelo confinamento
é agravada pelas altas densidades, que favorecem um
maior contato entre os indivíduos e assim, a
proliferação dos agentes.
Emiko Shinozaki Mendes
EMPREENDIMENTO HUMANO SUSTENTÁVEL
Ecologicamente correto
Socialmente justo Culturalmente
aceitoEconomicamente
viável
BEM ESTAR ANIMAL (SANIDADE)
Emiko Shinozaki Mendes
Densidades elevadas
Cultivos de longa duração
fatores de risco ao aparecimento ou disseminação
de agentes
(KAUTSKY et al., 2000)
Vulnerabilidade dos animais por estresse gerado pelo confinamento
DOENÇAS Conjunção de fatores
Emiko Shinozaki Mendes
Estresse
Nutrição
Genética
Qualidade PLEspécie
Virulência
Dose infectante
Qualidade da água
Temperatura
Presença de outroselementos
PatógenoCamarão
Ambiente
Adaptado de Snieszko (1974)
DOENÇA
Desequilíbrio: hospedeiro
patógeno
Emiko Shinozaki Mendes
PatógenoCamarão
AmbienteManejo
Cultivo intensivoThrusfield (2004)
DOENÇA
Emiko Shinozaki Mendes
BIOSSEGURIDADE Exclusão de patógeno
sem doença
Camarão
Patógeno
Ambiente
Manejo
Estreita relação em aquicultura
Emiko Shinozaki Mendes
FATORES DE RISCO AO APARECIMENTO DE DOENÇAS
Origem biológicaVírus, bactérias, fungos, protozoários
Relacionadas ao estresse (gatilho)
Alterações bruscas de temperatura, aumento de matériaorgânica em suspensão, pH, alcalinidade, acidez;
Conteúdo de gases dissolvidos, conteúdo de gasesnitrogenadas, toxinas (algas, fungos);
Contaminantes (cloro, sulfato, mercúrio, ácidos, pesticidas,clorofenóis, detergentes);
Manuseio indevido e grosseiro dos animais;
Emiko Shinozaki Mendes
Altas densidades;
Alimentação (composição da ração) inadequada;
Consangüinidade;
Inadequação do ambiente para o cultivo (características dosolo, água, fauna, flora);
Ausência (deficiências) de medidas de biosseguridade nasfazendas.
FATORES DE RISCO AO APARECIMENTO DE DOENÇAS
Relacionadas ao estresse
Emiko Shinozaki Mendes
DOENÇAS DE PREOCUPAÇÃO NO BRASIL
Notificação obrigatória
VIRAIS
Mionecrose infecciosa (IMNV)
Síndrome de Taura (TSV)
Síndrome das Manchas Brancas (WSSV)
Necrose Infecciosa Hipodermal e Hematopoiética (IHHNV)
Emiko Shinozaki Mendes
BACTERIANAS
Hepatopancreatite necrosante bacteriana (NHPB)
VibriosePARASITÁRIAS
Gregarinas
Microsporidiose
DOENÇAS DE PREOCUPAÇÃO NO BRASIL
Emiko Shinozaki Mendes
CARCINICULTURA BRASILEIRA
marcada por uma fase de crescimento expressivo
1998 - 7.250 t/ano2003 - 90 mil t/ano
65% exportado
2005queda na produção e a estagnação no crescimento da
indústria redor de 65 mil - 5% exportado
2009
retomada do ciclo industrial 2010
80 mil t
quase integralmente mercado interno
Emiko Shinozaki Mendes
Crise de 2005 Marcada por eventos econômicos e por enfermidades
Modelo de produção cauteloso e focado na diminuição dos riscos
Densidades mais baixas (10 a 30 camarões/m2) Tamanhos que variam de 6 a 30 g (< tempo cultivo)
18 mil hectares de área alagadaProdutividade 3.250 t/ha/ano
Demanda continua crescente e em pouco tempo deve superar toda a capacidade de produção brasileira,
considerando pesca e cultivo.
Emiko Shinozaki Mendes
Então, o que é preciso fazer para aumentar a produção, sem se tornar vulnerável às doenças e não cometer os
erros recentes?
Incremento de áreas alagadas – possibilidade queesbarra nas dificuldades encontradas para licenciarnovas áreas junto aos órgãos ambientais;
Liberação da importação – trazer para o BR camarõescultivados em outros países, se contrapõe aos princípiosde preservar a sanidade dos estoques presentes.
Emiko Shinozaki Mendes
Entrada de doenças nos sistemas de cultivo
Manejo Alimentação eficiente, Manter os camarões num estado de pouco ou nenhum
estresse Possibilitar a previsibilidade dos resultados (doenças)
Emiko Shinozaki Mendes
Mionecrose infecciosa viral (IMNV)
Síndrome de Taura (TSV)
Síndrome das Manchas Brancas (WSSV)
Necrose Infecciosa Hipodermal e Hematopoiética (IHHNV)
DOENÇAS
Hepatopancreatite Necrosante Bacteriana (NHPB)
VibrioseMicrosporidiose
Gregarina
Emiko Shinozaki Mendes
VÍRUS DA MIONECROSE INFECCIOSA (IMNV)
Vírus esférico
40 nm de diâmetro
RNA – Família Totiviridae
Myonecvirus (novo gênero proposto)
Emiko Shinozaki Mendes
OcorrênciaNecrose espontânea muscular
Penaeus aztecuz em 1970 (E.U.A) e 1978 (México)
Farfantepenaeus subtilis na década de 80 na zona costeira PI
M. rosenbergii em 1982 na Tailândia
Lagostas em 1998 na Austrália
Camarão do Ártico (Pandalus borealis) em 1998
Lagostins em 2000 na Escócia
Piauí (2002)
Ceará e Rio Grande do Norte (2003)
Paraíba e Pernambuco (2004)
(IMNV)
(IMNV)
Emiko Shinozaki Mendes
INDONÉSIA – setembro/2006
Indonésia tinha 99,6% da seqüência de ácido nucléico do IMNV brasileiro registrado no GenBank.
IMNV
Emiko Shinozaki Mendes
Formas clínicas e considerações epidemiológicas
É uma doença de baixa mortalidade e elevada morbidade (LIGHTNER, 2000)
dependência inversa dos fatores estressantes
De modo geral, observa-se:letargia, morbidade e mortalidade variável e opacidadede musculatura
Casos avançados: aspecto de camarão cozido
IMNV
Emiko Shinozaki Mendes
HospedeirosLitopenaeus vannamei e outros
Estágios afetadosTodos os estágios são susceptíveis
TRANSMISSÃO Vertical e horizontal
Os sobreviventes de
um episódio carreiam o
vírus e o transmite por
toda a vida
Foto: Mendes
IMNV
Emiko Shinozaki Mendes
Sintomas
Necrose na musculatura do abdômen
e cefalotórax
Opacidade muscular (5º e 6º segmentos)
Anorexia
“Grampam“ facilmente
Natação errática
Foto: Pereira
IMNV
Emiko Shinozaki Mendes
Fase aguda: mionecrose coagulativa com edema entre as fibra musculares
Fase crônica: liquefação da musculatura, aspecto de camarão “cozido”
Notificação na OIE - 1º semestre/2008
Rio Grande do Norte - Produção de larvas
Fotos: Mendes;
Pereira
IMNV
Emiko Shinozaki Mendes
VÍRUS DA SÍNDROME DE TAURA (TSV)
Distribuição geográfica
Américas, Taiwan, Leste e Sudoeste da Ásia
Características
RNA vírus
Grupo dos picornavirus
Dicistroviridae - gênero Cripavirus
Transmissão horizontal e vertical.
Emiko Shinozaki Mendes
TSV
Por volta de 1994 – 95: alcançou maior parte dasregiões nas Américas;
1995: Hasson et al. NE/BR
2002: Diagnóstico CE
Emiko Shinozaki Mendes
Pinheiro et al. (2004) Status epidemiológico
TAURA e IMNV em PE11 fazendas – 505 indivíduos9 fazendas positivo IMNV
Nenhum Taura
Leandro Angelo Pereira (2004)
Cultivo do camarão branco do pacífico, Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931), em tanques-rede no litoral
paranaense:estudo de caso.TSV negativo
Robert Lenoch - 2004Avaliação do risco epidemiológico da carcinicultura catarinense
usando como modelo a síndrome de taura e a doença da mancha branca
Não foi detectada reação positiva em nenhuma das amostras analisadas.
TSV
Emiko Shinozaki Mendes
Espécies sensíveis Penaeus stylirostris, L. vannamei, P. chinensis,
P. setiferus, P. monodon, P. aztecus, P. japonicus
Espécies resistentesFormas juvenis de P. stylirostris, P. aztecus e
P. duorarum
Estágios afetadosTodos os estágios são susceptíveis
TSV
Emiko Shinozaki Mendes
FORMAS CLÍNICAS
Aguda
Envolve as PL, com expansão dos cromatófaros,manchas avermelhadas nos pleópodos e urópodos,necrose focal na cutícula e elevada mortalidade decamarões em muda.
Crônica
Podem não ser vistas lesões macroscópicas, algunspodem apresentar áreas de melanização da carapaça.
TSV
Emiko Shinozaki Mendes
CURSO AGUDO E CRÔNICO
L. vannamei,
Juvenil, pontos vermelhos sobre a cutícula caudal.
L. vannamei,
Juvenil, forma clínica crônica, áreas de melanização.
Foto: Lightner.
TSV
Emiko Shinozaki Mendes
Foto:Lightner.
L. vannamei, forma juvenil, áreas de melanização sobre a cutícula.
TSV
Emiko Shinozaki Mendes
Foto:Lightner.
L. vannamei, forma juvenil, pontos vermelhos (expansão dos cromatófaros sobre a cutícula caudal).
TSV
Emiko Shinozaki Mendes
Achados histopatológicos
Epitélio cuticular: necrose multifocal
Cutículas, brânquias, apêndices, intestino): inclusões
Sinal patognomônico: corpúsculo de inclusão
citoplasmático (varia de tamanho; eosinofílico-
basofílico
TSV
Emiko Shinozaki Mendes
VÍRUS DA MANCHA BRANCA (WSSV)
Vírus DNA,
Baciliforme,
Nimaviridae - gênero Whispovirus
Emiko Shinozaki Mendes
(WSSV)OCORRÊNCIA
Ásia (1992 a 1993)Regiões produtoras de camarão da China, Tailândia,
Indonésia, Malásia, Bangladesh, Japão.
América do Norte (1995)México; EUA (Texas e Carolina do Sul povoadas
com Penaeus setiferos).
América Central (1999)Nicarágua, Guatemala, Honduras e Panamá.
América do SulEquador, Brasil.
Emiko Shinozaki Mendes
Transmissão
Horizontal e vertical
Hospedeiros
Peneídeos e Macrobrachium
Caranguejos e siris - vários gêneros
Lagostas espinhosas
Gêneros vulneráveis do lagostim de água doce:América do Norte, europeu e australiano
(WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
Espécies sensíveis naturalmente
L. vannamei, P. merguiensis, P. californiensis,P. monodon, P. chinensis, P. japonicus,P. setiferus
Espécies sensíveis experimentalmente
Penaeus stylirostris, P. aztecus, P. duorarum
(WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
Estágios afetadosTodos os estágios são susceptíveis
Fatores de risco
Camarão congelado;
Importação de animais vivos, náuplios,
reprodutores,PL;
Alimento vivo e fresco para reprodutores;
Diversidade de hospedeiros intermediários
(caranguejo:portador assintomático).
(WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
Formas clínicas e consideraçõesepidemiológicas
Observa-se redução do consumo de ração, letargia,podem ser observadas manchas esbranquiçadas sobrea carapaça, que representam áreas de mineralização;
Alguns podem apresentar alternativamente, pontosvermelhos a vermelho-amarronzados, comoconsequência da expansão dos cromatóforos;
A mortalidade pode alcançar 100%, em três a 10 diasapós a observações dos primeiros sintomas.
(WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
Sudha et al. (1997); Gesteira (2006)
Manifestação da doença
1. Aguda ou subaguda - Camarões com manchas brancasna cutícula e significante mortalidade em sete a dezdias
2.Indivíduos afetados apresentam coloraçãoavermelhada, tecidos altamente infectados emortalidade em massa em dois a três dias
3. Crônica - Com dano tecidual baixo, ausência demanchas, morte após 15 a 28 dias após oaparecimento dos sintomas.
(WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
Janeiro de 2005 – SC (Imaruí) 03 focos
100% de tanques infectados
Demonstração de sinais clínicos
Mortalidade entre 50 a 95% - tipo II
Agosto 2005 – Registro no CE (Aracati) 01 foco
Demonstração de sinais clínicos (animais
assintomáticos)
40% de mortalidade inicial (sem mortes)
(WSSV)
Agosto de 2009 – BA (Canavieiras)
Emiko Shinozaki Mendes
Não houve saída de camarões;
1.350 amostras do crustáceo para análise;
60 toneladas de camarão despescado passaram por
processamento térmico em estabelecimento com SIF
no próprio Estado;
Todas as propriedades foram interditadas e os focos
ficaram restritos.
Foco da Bahia (WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
Penaeus monodon, mineralização da carapaça. P. monodom, áreas de mineralização
e pigmentação da carapaça.
Foto: Lightner
(WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
P. monodon (India 1994) L. vannamei (Equador 1999)
Foto: Lightner
(WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
Fegan et al. (1999)
Lightner (1997)
Fegan et al. (1999)
(WSSV)
Emiko Shinozaki Mendes
VÍRUS DA NECROSE INFECCIOSA HIPODERMAL E HEMATOPOIÉTICA
(IHHNV)
SÍNDROME DA DEFORMIDADE E DO NANISMO (RDS)
CAUSADA PELO IHHNV
CaracterísticasDNA vírus; 22 nm de diâmetroFamília ParvoviridaeGênero Brevidensovirus
Emiko Shinozaki Mendes
IHHNV - RDS
OcorrênciaLeste e sudoeste da Ásia, Indopacifico, Oriente
Médio, Leste da África e Américas
Transmissão
Horizontal e vertical
(Os sobreviventes de um episódio carreiam o vírus e
o transmite por toda a vida)
Emiko Shinozaki Mendes
HOSPEDEIROS
Peneídeos - espécies sensíveis naturalmente
Penaeus stylirostris, L. vannamei,P. occidentalis, P. californiensis,P. monodon, P. semisulcatus, P. japonicus
Espécies refratáriasP. indicus, P. merguiensis
IHHNV - RDS
Emiko Shinozaki Mendes
Primeiro registro no Brasil
1991 – Bueno et al.
P. monodon e L. vannamei
Canavieiras - BA
Notificação na OIE em 26.08.2009
(infecção sub-clínica)
IHHNV - RDS
Emiko Shinozaki Mendes
Estágios afetados
PL 35 até sub-adultos - mortalidades – aguda(severa) até sub-agudas (80-90%)
Adultos crônicos
SintomasFase aguda - pigmentação azul, letárgico, aparência
manchada e anoréxico
Fase crônica - RDS e crescimento diferenciado
IHHNV - RDS
Emiko Shinozaki Mendes
Sintomas
Deformidades cuticulares
Rostrum torto
Antenas enrugadas e frágeis
“Cabeça com bolhas”
Deformidade do sexto segmento abdominal
Crescimento variado, alta proporção de
nanicos, > 30%
IHHNV - RDS
Emiko Shinozaki Mendes
P. stylirostris, com lesão cuticular, manchas
esbranquiçadas nas junções da carapaça. Foto: Lightner
IHHNVRDS
Emiko Shinozaki Mendes
L. vannamei, deformidade do sexto segmento abdominal, como conseqüência de alterações cuticulares. Foto: Lightner
IHHNV RDS
Emiko Shinozaki Mendes
Hepatopancreatite necrosante bacteriana (NHPB)
Classificação científica
Reino Bacteria
Phylum Proteobacteria
Classe: Alfa Proteobacteria
Ordem: Rickettsiales
Família Rickettsiaceae
Gênero Rickettsia (ROCHA-LIMA, 1916)
Emiko Shinozaki Mendes
Alfa-proteobactéria
Morfologia: Pleomórfico, Gram negativoEstritamente intracelular Não formam esporos
Tecido alvo: Hepatopâncreas
NHPB
Emiko Shinozaki Mendes
NHPB
Rickettsia spp. Vírus bactérias
Preferência por temperaturas elevadas (> 29oC)
Elevadas salinidades (20 a 38%o)
CONTROLE
Maioria sensível oxitetraciclina
Emiko Shinozaki Mendes
NHPBEPIZOOTIOLOGIA
Hospedeiros relatados
P. vannamei, P. stylirostris, P. setiferus, P. aztecus.
Infecções laboratoriais indicam que o P. monodonpode ser susceptível.
Estágios afetados
Juvenis e sub-adultos
Mortalidade pode variar de 50 - 99%
Emiko Shinozaki Mendes
NHPB EPIZOOTIOLOGIA
Sinais clínicosMortalidades e crescimento reduzidos;Cutícula frágil, corpos flácidos;“Fouling” de epibiontes, brânquias e apêndices escurecidas;Pleópodos escurecidos devido a expansão dos melanoforos;Atrofia do hepatopâncreas.
Histologia
Granulomas do hepatopâncreas e célulascom bactérias intracelulares
Bacteriologia
Geralmente demonstra vibriose.
Emiko Shinozaki Mendes
NHPB Carapaça mole
Musculatura flácida
Enegrecimento das brânquias
Pleópodos e urópodos com bordas escurecidas
Atrofia do hepatopâncreas (cinza a laranja), com raios pretos
Anorexia,
intestino vazio,
letargia.
Emiko Shinozaki Mendes
NHPB
Litopenaeus vannamei juvenil com NHPB. Pleópodoscom cromotóforos enegrecidos.
Emiko Shinozaki Mendes
NHPB
L. vannamei juvenil com NHPB. Hepatopâncreas exposto, apresentando-se atrofiado, com redução ~50% de seu volume
normal. Cutícula macia que proporciona camarão um corpo flácido é também uma característica comum em camarão com NHPB.
Foto: Lightner
Emiko Shinozaki Mendes
NHPB
Técnica de Wet-mount do HP de um camarão com poucas gotas de lipídio. A presença de túbulos melanizados e gotas de lipídio
reduzidas ou ausentes podem ser sugestivos de NHPB em fazendas ou regiões com história da doença.
Foto: Lightner
Emiko Shinozaki Mendes
NHPB
Atrofia dos túbulos do hepatopâncreas
Foto: Lightner
Góes
Emiko Shinozaki Mendes
NHPB Métodos de diagnóstico
Sinais clínicos, Observação do hepatopâncreas (características de
melanização nos túbulos) através de lâminas afresco,
Coloração Giemsa – observação de bactérias nascélulas infectadas,
Histologia, PCR (especificamente análise em situ)
Não cultivável – estritamente intracelular
Emiko Shinozaki Mendes
VIBRIOSEVibrio spp. Família Vibrionaceae
Gênero Vibrio – 70 espécies
Espécies frequentemente isoladas de camarões doentes
V. harveyi (ocasionalmente + V. splendidus)
V. alginolyticus
V. pahaemolyticus* * zoonose
V. vulnificus* ** mais novas
V. carchariae**
V. campbelli** Fi-sh Farma (2004)
Emiko Shinozaki Mendes
VIBRIOSEOUTRAS ESPÉCIES ENVOLVIDAS
Pseudomonas spp.,
Aeromonas spp.
Flavobacterium spp.
Síndrome das gaivotas
Emiko Shinozaki Mendes
VIBRIOSETCBS – Ágar tiossulfato citrato bile sacarose
Tiossulfato e citrato
fortemente alcalino, inibição enterobactérias
Bile e colágeno
inibição de enterococos
Sacarose
fonte de carbono
Azul de bromotimol
viragem para amarelo por formação de ácido
Emiko Shinozaki Mendes
VIBRIOSE
Utilizam sacarose com produção de ácido
amarela
AMARELAanguillarumfluvialis
cholerae
alginolyticus
cincinnatiensisfurnissii
metchnikovii
VERDE/AMARELA
harveyi
splendidus
pelagius
VERDEparahaemolyticus
mimicusfischeri
vulnificusdamselahollisae
Patogenicidade fatores de virulência
VIBRIOSE
Emiko Shinozaki Mendes
VIBRIOSE
Produtores de luminescência
Vibrio harveyi
V. splendidus
V. fischeri
V. orientalis
Luminescência positiva em Vibrio harveyi.
Fonte: Aquatic Enterprise (2004).
VIBRIOSE
Sensity quorum
Emiko Shinozaki Mendes
DOENÇAS OCASIONADAS POR PARASITAS
FOULING INVASIVOS
Microsporidium
Haplosporidians
Gregarinas
PROTOZOÁRIOS
Emiko Shinozaki Mendes
MICROSPORIDIOSE
Estágios afetadosJuvenis e adultos
Sintomas/lesões
Musculatura opaca-leitosa;
Gônadas grandes e irregulares;
Cutícula com coloração azul escura ou preta.
Lightner (1997)
Emiko Shinozaki Mendes
Grupo predominante de parasitas intestinais de
invertebrados
(Nematopsis sp., Cephalolobus sp., Paraphiodina sp.)
GREGARINA
Hospedeiro final – camarão
Hospedeiros intermediários- caracóis, moluscos ou poliquetas.
Emiko Shinozaki MendesGREGARINA
Sintomas/lesões
Enfermidade aparentemente sem sinais clínicos
Pequenos danos
Estágios afetadosTodas as fases do desenvolvimento são suscetíveis
Adultos e jovens – intestino
Gametócitos – ceco posterior
Transmissão oral (ind. ou fezes)
DiagnósticoDetecção dos parasitas
GREGARINA
Infestação maciça
Podem apresentar o intestino médio amarelado
Redução do crescimento
Emiko Shinozaki Mendes
Ementa
Suspender, temporariamente, a entrada no territórionacional, todas as espécies de crustáceos, quer deágua doce ou salgada, em qualquer etapa do seu ciclobiológico, inclusive seus produtos frescos e congelados,assim como os cozidos, quando inteiro em suascarapaças ou partes delas, de qualquer procedência.
PRIMEIRA NORMA ESPECíFICA
Instrução Normativa nº 39 de 4 de novembro de 1999
Situação: vigente
AQUATEC – SPF/SPR
Emiko Shinozaki Mendes
Instrução Normativa nº 53, de 2 de julho de 2003
Aprova o Regulamento do Programa Nacional de Sanidade dos Animais Aquáticos.
Portaria nº 86, de 06 de junho de 2008
Publicada no Diário Oficial da União de 09/06/2008
Ementa: Submete à consulta pública pelo prazo de 60 dias
Projeto de Instrução Normativa e seu Anexo, que aprova o
Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade dos
Animais Aquáticos.
REGULAMENTO TÉCNICO
Emiko Shinozaki Mendes
Formação de profissionais capacitados para a realização do manejo sanitário adequado
melhoria das condições higiênico-sanitárias
DESENVOLVIMENTO DESTA ATIVIDADE DE FORMA
SUSTENTÁVEL
É POSSÍVEL
Emiko Shinozaki Mendes
A SUSTENTABILIDADE E O SUCESSO DA ATIVIDADE DEVE-SE A ADOÇÃO DE EFICIENTES TÉCNICAS DE MANEJO NO CULTIVO
TRATAMENTO DE SOLO
BERÇÁRIOS
INTENSIVOS
BANDEJAS FIXAS
PROCESSO DE DESPESCA
CONTROLE DE PARÂMETROS
RACEWAYS
AERAÇÃO ARTIFICIAL
BENEFI-
CIAMENTO
Fotos: Rocha (2004
Emiko Shinozaki Mendes
RESUMO
A doença é um processo multifatorial envolvendopatógenos e outros fatores que influenciam no cursoda infecção;
Existem diversas ferramentas disponíveis para adiagnóstico, as quais diferem em sensibilidade,especificidade e adequabilidade em diferentessituações;
Emiko Shinozaki Mendes
RESUMO
É possível manejar as principais doenças de camarões,desde que haja informações disponíveis sobre apatologia, transmissão e microrganismos;
Pesquisas – enfermidades e avaliação de estratégias demanejo permitirão a redução do impacto de doenças naprodução de camarões cultivados.
Emiko Shinozaki Mendes
Organização da cadeia produtiva
Profissionais especializados (enfermidades)
Conscientização de produtores
Treinamento de pessoal
Interação com órgãos governamentais
NECESSIDADES
BIOSSEGURIDADE
Foto: Ostrensky Neto
Emiko Shinozaki Mendes
OBRIGADA!CONTATOS
UFRPE
DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA
LABORATÓRIO DE SANIDADE DE ANIMAIS AQUÁTICOS (LASAq)
(81) 33206419