Participação nos Lucros e Resultados da Empresa
É um contrato em virtude do qual o empregador se compromete a distribuir, como um acréscimo
ao pagamento do salário normal entre os assalariados da empresa, uma parte dos lucros
líquidos, sem a participação nos prejuízos.
É diferente do PRÊMIO, porque este éestabelecido de forma unilateral; Também daGRATIFICAÇÃO, porque a PLR depende daexistência de LUCRO.
PLR
Art. 7º, XI da CF: XI – participação nos lucros, ou
resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa,
conforme definido em lei;
Mas antes da CF/88: o Enunciado 255 do TST dizia que a
parcela participação nos lucros de empresa habitualmente paga tem natureza salarial, para todos os efeitos legais
Essa jurisprudência partiu da premissa equivocada que
a PLR paga habitualmente era uma GRATIFICAÇÃO AJUSTADA
PLR: Lei
10.101/2000
Art. 2º A participação nos lucros ou resultados será objeto de
negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um
dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes
de comum acordo:
I - comissão escolhida pelas partes, integrada, também, por um
representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria;
II - convenção ou acordo coletivo.
§ 1º Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras
claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição,
período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições:
PLR: Lei
10.101/2000
Art. 2º, § 3º Não se equipara a empresa, para os fins desta Lei:
I - a pessoa física; II - a entidade sem fins lucrativos que, cumulativamente:
a) não distribua resultados, a qualquer título, ainda que indiretamente, a dirigentes, administradores ou empresas vinculadas;
b) aplique integralmente os seus recursos em sua atividade institucional e no País;
c) destine o seu patrimônio a entidade congênere ou ao poder público, em caso de encerramento de suas atividades;
d) mantenha escrituração contábil capaz de comprovar a observância dos demais requisitos deste inciso, e das normas fiscais, comerciais e
de direito econômico que lhe sejam aplicáveis.
PLR: Lei
10.101/2000
Art. 3º A participação de que trata o art. 2º não substitui ou
complementa a remuneração devida a qualquer empregado,
nem constitui base de incidência de qualquer encargo
trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade.
(...)
§ 2º É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou
distribuição de valores a título de participação nos lucros ou
resultados da empresa em periodicidade inferior a um semestre
civil, ou mais de duas vezes no mesmo ano civil.
Exemplo: PLR da Volkswagem
PLR: Lei
10.101/2000
SUMULA 451 do TST. Participação nos lucros e resultados. Rescisão contratual anterior à data da distribuição dos lucros. Pagamento proporcional
aos meses trabalhados. Princípio da isonomia.Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data
prevista para a distribuição dos lucros.Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado
concorreu para os resultados positivos da empresa.
PLR:
Súmula 451 do
TST
A PLR não constitui cláusula do contrato de trabalho, mas um ajuste acessório a este contrato firmado entre comissão de empregados e
empregadores ou sindicato;
A estipulação de natureza contratual deve ser cumprida, sob pena de violação da Lei da PLR;
Se houve estipulação no sentido de que a participação nos lucros seja paga aos trabalhadores com contrato em vigência, a aplicação da Súmula impõe a
aplicação do princípio da isonomia!!!
Refletir sobre a seguinte situação: a interpretação da estipulação da PLR não pode ser realizada como se essa previsão fosse uma norma do contrato
de emprego.
Mas considerar que em outras situações a CF aplica o critério da isonomia mesmo a não-empregados.
TESE
CONTRAPOSTA
PLR:
PERIODICIDADE
Art. 3º, §2º da Lei 10.101/2000:
A PLR não pode ser paga mensalmente, como um adicional de
salário;
Entretanto, diante de um caso específico de São Paulo, houve
um ajuste coletivo para pagamento mensal.
Então, após intensa discussão jurisprudencial, primeiro o TST
se posicional através de uma OJ Transitória.
Atualmente, há Súmula do TRT 02.
no máximo :
semestral
PLR:
Súmula 451 do
TST
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. ESTIPULAÇÃO DA FORMA DE PAGAMENTO EM ACORDO COLETIVO. VALIDADE. CARÁTER SALARIAL
INEXISTENTE. Viola a literalidade do inciso XXVI do art. 7º da Constituição Federal negar
validade e eficácia a estipulação da forma de pagamento parcelado da participação nos lucros e resultados, ocorrida em determinado período, ainda que invocadas restrições da Lei 10.101/00, pois esse diploma legal,
mesmo regulamentando o inciso XI do art. 7º da Carta Política, jamais poderia implicar redefinição da natureza jurídica da participação nos lucros e resultados, que, por norma constitucional, está desvinculada
da remuneração. A regra ordinária quanto à periodicidade, no máximo, autorizaria o benefício da PLR a exigir o respectivo pagamento de forma
semestral, ressarcindo-se, quiçá de prejuízo decorrente da dilaçãoTST, 5ª T, RR 2094/2003-461-02-40, Juiz Relator Convocado, José Pedro de
Camargo, j. 28/02/2007, DJ 09/03/2007
TESE
CONTRAPOSTA
A
jurisprudência é
de 2007 e está
superada: vale
como tese !!!
Análise da CCT do Sinthoresp
Objetivo:
Detectar diferença entre gorjeta facultativa e
obrigatória;
Analisar cláusula de estimativa de gorjeta;
Verificar diferença de piso no caso de taxa de
serviço;
Compreender a Súmula 354 do TST
JURISPRUDÊNCIA
GORJETA e TAXA DE SERVIÇO são
parcelas idênticas?
A inclusão nas notas de serviço da gorjeta
transforma sua natureza jurídica?
E o CONTROLE? QUAL É O seu
EFEITO??
CONTROLE ou PREVISIBILIDADE?
JURISPRUDÊNCIA
A NORMA COLETIVA ESTABELECE
GORJETA FACULTATIVA E
OBRIGATÓRIA?
O QUE É GORJETA FACULTATIVA? E
OBRIGATÓRIA??
JURISPRUDÊNCIA
TAXA DE SERVIÇO integra SALÁRIO ou
REMUNERAÇÃO?
GORJETA integra SALÁRIO ou
REMUNERAÇÃO?
JURISPRUDÊNCIA
GORJETA e TAXA DE SERVIÇO são
parcelas idênticas?
A inclusão nas notas de serviço da gorjeta
transforma sua natureza jurídica?
E o CONTROLE? QUAL É O seu
EFEITO??
CONTROLE ou PREVISIBILIDADE?
GORJETA x TAXA DE SERVIÇO
A taxa de serviço (em percentagem) se torna um
COMPLEMENTO do SALÁRIO. É comissão.
Taxa de serviço é gorjeta? A taxa de serviço não tem
caráter voluntário é imposto pelo empregador ao cliente
(os 10%).
Cria uma obrigação entre o empregador e o cliente. É
um contrato de adesão entre o cliente e o empregador
E tem perfil de SALÁRIO para o EMPREGADO.
Mas o §3º do Art. 457 estabelece que a parcela cobrada pela
empresa ao cliente como adicional de contas é GORJETA.
GORJETA x TAXA DE SERVIÇO
A intenção sempre foi a de estabelecer o direito do
EMPREGADO a receber contraprestação pecuniária pelo
EMPREGADOR, para que seu pagamento não fosse feito
apenas por GORJETAS.
Então, se disse que taxa de serviço é GORJETA e que
GORJETA integra apenas a remuneração e não o SALÁRIO
(inclusive o MÍNIMO);
Não precisava alterar a natureza jurídica da GORJETA,
porque os Arts. 2º e 3º definem empregador e empregado,
vinculando-os ao recebimento e pagamento de SALÁRIO.
Qual foi a intenção do legislador ao equiparar a TAXA
DE SERVIÇO à GORJETA?
TAXA DE SERVIÇO
As normas coletivas acabam denominando a
taxa de serviço, como gorjeta obrigatória.
Há norma coletiva que estabelece redução salarial para quem pratica gorjeta obrigatória
Apresentação em PDF
SÚMULA 354 DO TST
354 - Gorjetas. Natureza jurídica. Repercussões (Revisão da Súmula nº 290 - Res. 71/1997, DJ 30.05.1997)
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a
remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas
extras e repouso semanal remunerado.
Essa jurisprudência reflete posição anterior da SDI no
sentido de que a GORJETA não integra o cálculo de
outros direitos (GODINHO)
SÚMULA 354 DO TST
Não integra o cálculo do aviso prévio/adicional noturno/horas extras/repouso semanal remunerado, pq essas
parcelas são calculadas sobre o salário
Não. Há incomunicabilidade entre SALÁRIO e
REMUNERAÇÃO, exceto quanto a previsões legais:
Há algum reflexo contratual?
Integra outras parcelas?
RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS (compõe o salário de
contribuição);
FGTS ( Art. 15, Lei 8.036/1990;
13º SALÁRIO – Lei 4.090/62 e 4.749/65
Férias + 1/3
Base de cálculo das parcelas
Aviso prévio = salário contratual
Hora extra = hora normal obtida pela divisão salário pelas
horas trabalhadas
ADN = hora diurna
DSR = art. 7º, §2º da Lei 605/49 diz que já está incluído no
salário
Também se exclui:
ADICIONAL INSALUBRIDADE = salário mínimo (Súmula vinculante
4 do STF)
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE = salário contratual (Art. 193
CLT)
Adicional de transferência = salário recebido na origem (Art. 469
CLT)