Parasitologia – Ancilostomíase e
Necatoríase
Professor MSc. Eduardo Arruda
Escola Superior da Amazônia – ESAMAZCurso Superior de Farmácia
Apresentação
Família: Ancylostomidae temos 2 sub famílias;
Ancylostominae: Dentes na cavidade bucal; Ancylostoma duodenale (Dubini,
1843); A.brasiliense (Gomes de Faria, 1910); A.ceylanicum (Looss, 1911).
Apresentação
Bunostominae: Placas cortantes na cavidade bucal; Necator americanus (Styles, 1902).
Ancylostoma: “Boca curva”; Necator: “Matador”;
Apresentação
Ancilostomídeos (Ancylostomodae); 750 milhões de parasitados; 65.000 mortes / ano; A.duodenale: America do Norte e
Latina; N.americanus: Américas, África,
Ilhas do Pacífico e Austrália.
Apresentação
A.duodenale: Américas (pré- Inca / múmias);
N.americanus: África (tráfico de negros);
Amarelão ou Apilação.
Morfologia
Verme adulto: Cilíndricos / 1,0 cm; Cutícula resistente; Extremidade cefálica recurvada
(gancho); Fixa na mucosa do Duodeno;
Morfologia
Verme adulto: Dimorfismo sexual; Fêmea: Cauda pontiaguda; Macho: Cauda com bolsa copuladora
(prende à fêmea para fecundá-la); Fêmea: vulva na porção média do
corpo; Macho: Testículo, canal deferente,
cloaca, espículos e bolsa(auxiliares).
Morfologia
Ovos: Fezes; Massa de células envolvida por uma
membrana escura e delicada; Ovos ovais 40 – 60 m D; Raros: Ovos (L1).
Morfologia Larva Rabditóide:
L1: 400 m C; L2: 500 m C; Esôfago rabdtóide; Vestíbulo bucal longo.
Morfologia Larva Filarióide:
500 m C; Esôfago filarióide; Bainha (proteção): membrana da L2; Cauda com ponta fina (Estrongilóides:
cauda com bifurcação).
A – Strongyloides stercoralisB – Necator americanusC – Ancylostoma duodenaleAncylostoma duodenale
Morfologia A.duodenale:
Dois pares de dentes na cápsula bucal;
Macho: 8 – 10 mm; Fêmea: 10- 18 mm; 20 – 30 mil
ovos/dia; Vive: 6 – 8 anos.
Necator americanus: 4 Lâminas ou
Placas cortantes na cápsula bucal;
Macho: 5 – 9 mm; Fêmea: 9 – 11
mm; 10 mil ovos/dia; Vive: 4 – 5 anos.
Hábitat Macho e Fêmea: mucosa do Intestino
delgado (Duodeno); Prendem firmemente à mucosa,
sugada para dentro da cápsula bucal;
Curvatura cefálica: favorece a cópula.
Ciclo Biológico Monoxeno; Fase no solo: larvas; A infecção por duas formas:
Penetração da larva filarióide na pele e mucosa oral (ciclo pulmonar);
Ingestão oral (sem o ciclo pulmonar)
Ciclo Biológico Com ciclo pulmonar:
Ovos eliminadas nas fezes > Meio > L1 (24 – 48 h) > eclodem > L2 (3 dias) > Larvas filarióides infectantes (L3) > sobrevive no solo até 6 meses > penetra no hospedeiro através da pele (pé, mucosa bucal ou esofágica) por ação mecânica e química (enzimas proteolíticas) > corrente sanguínea > coração > pulmão > transforma em L4 > atravessa a membrana alveolar e chega aos brônquios > Faringe > expelida ou deglutida > intestino delgado > L5 > hematofagia > adultos > cópula > eliminam ovos.
Ciclo Biológico Sem ciclo pulmonar:
Larvas L3 + alimentos/água > intestino delgado > L4 > penetram na mucosa (3- 4 dias) > Luz intestinal > L5 > hematofagia > adultos > cópula > eliminam ovos;
Período pré patente: Com ciclo pulmonar: 35 – 60 dias; Sem o ciclo pulmonar: 30 dias.
Patogenia e Sintomatologia
Causa primária: Helminto; Causa secundária: Deficiência
nutricional e fenômenos bioquímicos e hetamotólogicos.
Patogenia e Sintomatologia
Fase Cutânea: Penetração da larva na pele ou
mucosas; Discreta ou desapercebida; Pacientes sensíveis ou na re-infecção:
prurido, edema, eritema, pápulas e reações urticariformes.
Patogenia e Sintomatologia
Fase Pulmonar: Passagem das larvas dos vasos para
os brônquios e bronquíolos; L3 > L4; Febre, tosse e síndrome de Loefler.
Patogenia e Sintomatologia
Fase Intestinal: Dor abdominal, diarréia sanguinolenta,
fraqueza, indisposição e anemia; Úlceras hemorrágicas: infecção bacteriana
secundária.
Patogenia e Sintomatologia
Espoliação Sanguínea: N.americanus: 0,06 ml de sangue/dia; A.duodenale: 0,15- 0,30 ml de sangue/dia; Paciente: centenas de vermes; Úlceras hemorrágicas: abandona / cópula; Anemia ferropriva: 15,0 mg/ dia (ferro).
Patogenia e Sintomatologia
Fase Crônica: Anemia é agravada pela deficiência de
proteínas e vitaminas, que caracterizam a desnutrição calórico-protéica, freqüente em tais populações;
As crianças mostram retardo no desenvolvimento físico e mental, apatia, falta de apetite, atenção difícil e um baixo rendimento escolar;
Patogenia e Sintomatologia
Fase Crônica: Mucosas pálidas (amarelão); Deficiência de ferro + necessidade
orgânica (zona endêmica): crianças comem terra;
Monteiro Lobato: Jeca Tatu.
Diagnóstico Exame de fezes: Ovos de
ancilostomídeos; Ancylostoma sp.; Método de Willis: Flutuação (ovos são
leve); Diagnóstico da espécie: Cultura das
fezes para identificar as larvas.
Epidemiologia
Distribuição mundial; 750 milhões de parasitados; Clima quente e temperado; Incidência elevada: pessoas com
contato com o solo (crianças, agricultores etc.);
Epidemiologia
Prevalência no Brasil: 24 milhões 3 – 20% zona urbana e periferia; 30 – 80% zona rural;
Hábitos higiênicos, existência ou não de fossas e serviços de esgoto.
Profilaxia
Uso de calçados; Educação sanitária; Serviços de abastecimento de
água e de coleta de esgoto.
Vacina
2008 / 2009; Pesquisadores americanos e do
Centro de Pesquisas Renné Rachou (Fiocruz, Belo Horizonte);
Teste de vacina em humanos: Eficiente;
Custo da vacina: Investir em saneamento.
Tratamento
Albendazol (400mg); Mebendazol (100mg 2x dia / 3
dias); Pamoato de Pirantel (30mg/ Kg/
dia – 3 dias); Ferroterapia (Sulfato ferroso 400 –
800mg/ dia).