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Língua PortuguesaPadrões de Linguagem
Conceitos Preliminares
Linguagem - Capacidade que o ser humano tem de comunicar-se: expressar a si mes mo e a sua compreensão do mundo. A linguagem manifesta-severbal ou não-verbalmente.
Língua -A linguagem verbalmente manifestada. Sistema cuja unidade é a palavra. A palavra é resultante da associação de sons articulados. A língua écoletiva, abstrata e atemporal.
Fala - Realização da língua, conforme as limitações e influências a que está submetido o falante. A fala é individual, “concreta” e limitada no tempo.
Sistema - Conjunto das articulações possíveis da língua, a partir da relação solidária entre os três níveis de sua estrutura: o fonológico (sons), o morfo-sintático (relações) e o semântico (significação). O sistema é aberto e dinâmico.
Norma - Conjunto de prescrições e regras que atende ao padrão social. A norma é contingência social, concretiza-se na gramática e abrange os trêsníveis do sistema. Ela é fechada e estática.
Padrões de Linguagem
O uso da língua varia de acordo com o emissor, com o receptor
e com o tipo de mensagem. Essas distinções são os chamadospadrões (ou níveis) de linguagem.
Padrões de LinguagemDialetos
As condições do emissor geram
as variações dialetais.
Padrões de LinguagemVariações Dialetais
Falantes do Norte e do Sul produzem mensagens
com características distintasnos aspectos fônico,
léxico e até estrutural.
- Tchê, barbaridade!
Padrões de LinguagemTipos de Dialetos
Há dialetos geográficos, sociais,
de faixas etárias e outros.
- Diga aê, disgraça!
Padrões de LinguagemRegistros
O contexto da comunicação (ambiente, situação e momento)
impõe ao emissor diferentes atitudes no uso da língua.
São as variações de registro.
Padrões de LinguagemVariações de Registros
O mesmo emissor não usa os mesmos recursos da língua
para comunicar a mesma mensagemem situações diversas.
Padrões de LinguagemTipos de Registros
Erudito,formal,
semiformal, informal, coloquial.- Por f avor, sirva-me solanáceas
f rigidas na enxúndia liquescida sob cocção lenta.
Em resumo...
Padrões de Linguagem:- Variações Dialetais (dialetos ou falares):
- geográficas;- sociais;- de faixas etárias;- outras.
Em resumo...Padrões de Linguagem:
- Registros (ou níveis):- erudito;- formal; - semiformal; - informal; - coloquial;- outros.
Atividade 1Observe a notícia destacada neste jornal:
Atividade 1Veja a mesma notícia em outro:
Atividade 1
XCompare a linguagem dos jornais...
- Aponte a diferença na linguagem empregada.
- Comente o padrão empregado pelo O Globo.
- A que público se destina o Meia Hora?
Atividade 1
XNa escrita da língua - simples representação - procura-se respeitar a Norma
(a gramática e sua tradicional noção de "erro").Na fala - a real manifestação da língua - costuma-se seguir o Sistema
(possibilidades e funcionalidades da língua)No uso literário, por necessidade de comunicação, quebra-se a Norma
para melhor aproveitar as possibilidades de expressão do Sistema.
Comentários:
Dê-me cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom brancoDa nação BrasileiraDizem todos os diasDeixe disso camaradaMe dá um cigarro
(Oswald de Andrade)
Atividade 2
1- Que ocorrências do texto literário contrariam a Norma Gramatical?
2- Nesse caso específico, pode-se afirmar que a língua literária "apossou-se" da língua coloquial?
Observe o poema ao lado:
Qual será o verdadeiro critério de CORREÇÃO lingüística?
Uma construção é correta quando...1- é rigorosamente lógica?2- seu uso é normal e adequado àquela situação?3- baseada na determinação da gramática?
Atividade 3
Portanto...
- A língua v aria no uso em f unção de f atores existenciais e circunstanciais.
- As v ariações dialetais manif estam-se em grupos de f alantes.
- Um f alante pode manif estar-se utilizando dif erentes registros.
- Quando compatív el com seu grupo social e proporcional a sua competência lingüística, o desempenho do f alante não pode ser considerado "errado".
- Não há "erro" no texto literário quando esse contraria a Norma, já que o objeto artístico v isa a um modo de ser e estar original, criativ o e expressiv o.
- O conceito de "erro" somente será cabív el do ponto de v ista da Norma, quando o usuário a transgride em antagonismo à exigência social.
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Bibliografia:Waldeck, Sérgio e Souza, Luiz de . Roteiros de Comunicação e Expressão.
Rio de Janeiro, Eldorado, 5ª Ed., 1980.Sacconi, Luiz Antonio. Nossa Gramática - Teoria e Prática.
São Paulo, Atual, 1982.Saussure, Ferdinnd. Curso de Lingüística Geral.
Lisboa, Dom Quixote, 1973.
Imagens:Além das do acervo próprio, outras foram colhidas em:
www.luislima.wordpress.comwww.plenarinho.com.brwww.pclui-virtual.mus.brwww.rleite.files.wordpress.com
P adrões de L inguagemProf. Raylson Nicácio