Download - Oficina sexualidade ot
Temas recorrentes no cotidiano escolar e na vida de todas as pessoas
Sexualidade Relações ente os gêneros Diversidade sexual
Fernanda Rezende Pedroza
Professora Coordenadora de Ciências
Professora de Biologia
SEXUALIDADE
Nascimento Morte
Corpo Cultura
CostumesHistória
Assim, sexualidade não é apenas sexo.
Sexualidade
A sexualidade humana combina aspectos biológicos, sociais, culturais e psíquicos.
Está relacionada com a busca do prazer físico e emocional.
Educação Sexual - Brasil
1974 – Conselho Federal de Educação aprova implantação da Educação Sexual nas escolas de ciclo II. Abordagem apenas biológica, sem discutir comportamentos e valores.
1976 – Governos deixa de se responsabilizar na educação sexual para centrar em temas sociais e econômicos.
1980 – Fim da ditadura e abertura política. Volta a preocupação com educação sexual nas escolas – gravidez na adolescência e Aids.
1998 – Ministério da Educação inclui a Educação sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Papel sexual
Identidade sexual
Orientação sexual
4 Pilares da Sexualidade
Sexo biológico
4 Pilares da Sexualidade
Sexo biológico – constituído por características fenotípicas (órgãos genitais, mama, barba, etc.) e genotípicas (gene masculino XY e feminino XX).
Papel sexual – comportamento masculino ou feminino determinado pela sociedade/cultura.
Variação conforme a época e a cultura. Determinado pela sociedade e em constante
transformação.
4 Pilares da Sexualidade
Não há correspondência entre os papéis sexuais que adquirimos e a nossa orientação sexual
É o conjunto de valores, atitudes, papéis, práticas ou características culturais baseadas no sexo biológico.
Gênero
Masculino
Feminino
A gente não nasce mulher, torna-se mulher Simone de Beauvoir, 1983
Identidade sexual – vinculada à ideia de quem acreditamos ser. Aspectos importantes: características físicas, contexto familiar e social. A identidade não é tão presa ao sexo biológico.
4 Pilares da Sexualidade
Travestis – Pessoas que têm identidade masculina e feminina acopladas. Ser travesti não é doença, logo não devemos empregar o sufixo"ismo" na palavra travesti (Tiago Duque, 2005).
Transexuais – Pessoas que têm identidade oposta ao seu sexo
biológico.
Orientação sexual – indica por qual gênero que uma pessoa se sente preferencialmente atraída fisicamente e/ou emocionalmente.
4 Pilares da Sexualidade
Pode ser por alguém do sexo oposto, e nesse caso a pessoa é heterossexual.
Pode ser por alguém do mesmo sexo, e nesse caso a pessoa é homossexual (gays ou lésbicas)
Pode ser tanto por uma pessoa do mesmo sexo ou do sexo oposto, e nesse caso, a
pessoa é bissexual.
Orientação Sexual
Inúmeras pesquisas da sociologia, medicina, psicologia, antropologia tentam explicar o fenômeno, mas não há nenhuma teoria conclusiva.
Diversidade Sexual
A homossexualidade integra a diversidade sexual, assim como a bissexualidade e a
heterossexualidade.
Conhecimento das diferentes formas e possibilidades de expressão da sexualidade ao
longo da existência humana.
Não é doença física nem problema psicológico. Tampouco é uma opção pessoal, pois não implica em escolha. (se há ma escolha é inconsciente)
Homossexualidade
1999 – A homossexualidade foi eliminada do código internacional de doença (CID), e tentativas de cura
foram publicamente repudiadas pelo Conselho Federação de Psicologia
Assim, é impossível a um/uma homossexual levar ou influenciar outra pessoa a ter a mesma orientação dele ou dela.
É a aversão diante do desejo sexual e afetivo por pessoas do mesmo sexo. Esse sentimento é
movido, sobretudo, pelo desconhecimento, pela desinformação em relação à sexualidade e às diferentes formas de expressão do desejo, do
afeto e dos sentimentos.
Homofobia
Pesquisas
¼ estudantes não gostariam de ter um colega de classe homossexual. A mesma rejeição explícita, apareceu entre professores, ainda que em menor grau. UNESCO, 2004
Homossexuais enfrentam violência, ofensa e extorsão. Brasil sem homofobia: Combate à Discriminação contra GLBT
e Promoção da Cidadania Homossexual, 2004
Brasil é campeão mundial em assassinatos homossexuais. A cada 3 dias um homossexual é barbaramente assassinado, vítima da homofobia.
Luiz Mott, Dept. Antropologia da Universidade Federal da Bahia.
Amparos legais
Estado de São Paulo, a lei 10.948, de 5/11/2001 em seu artigo 1º diz o seguinte: será punida toda manifestação atentatória ou discriminatória contra cidadão ou cidadão homossexual, bissexual ou transgênero (travesti, transexual).Então, mesmo no caso de se alegar que era apenas “brincadeira” ou “gozação”, a pessoa que discriminou a outra por conta da orientação sexual dela, pode ser processada. A lei atinge principalmente empresas e estabelecimentos (tais como escolas e serviços de saúde) podendo vir a aplicar multa, suspensão ou até mesmo cassar a licença de funcionamento. Um/a funcionário/a público/a pode, inclusive, perder o cargo.
Constituição Federal de 1988. Artigo 3, IV “Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação”.
Amparos legais
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.Artigo 13 “Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.Artigo 15 “A criança e o adolescente tem direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas”.Artigo 17 “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade e da autonomia.Artigo 18 “É dever de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os salvo de qualquer tratamento desumano, violento, atemorizante, vexatório ou constrangedor.
PCN – 1 à 4 série -volume 10 – Pluralidade Cultural e Orientação Sexual - O documento de Pluralidade Cultural trata da diversidade étnica e cultural, plural em sua identidade: é índio, afro-descendente, imigrante, é urbano, sertanejo, caiçara, caipira dessas questões, enfatizando as diversas heranças culturais que convivem na população brasileira, oferecendo informações que contribuam para a formação de novas mentalidades, voltadas para a superação de todas as formas de discriminação e exclusão.O que se coloca, portanto, é o desafio de a escola se constituir um espaço de resistência, isto é, de criação de outras formas de relação social e interpessoal mediante a interação entre o trabalho educativo escolar e as questões sociais, posicionado-se crítica e responsavelmente perante elas.
Amparos legais
As relações de gênero perpassam todas as interações no interior da escola, mas são pouco discutidas enquanto relações de poder e hierarquia entre homens e mulheres
Educação
Acreditamos no potencial realizador dos/das educadores/as para a construção de uma sociedade capaz de assegurar direitos sociais, políticos, econômicos e culturais para todas as pessoas; e na garantia que as diferenças de classe, raça, etnia, etárias, de gênero e de orientação sexual, não signifiquem processos de legitimação de hierarquias sociais e de exclusão.
A escola tem um papel importante na desconstrução de mitos e preconceitos e na aquisição de valores democráticos.
Nosso objetivo é estimular educadores/as a refletirem sobre sua visão e opinião em relação à homossexualidade, e repensar a sexualidade dos/das jovens no sentido de colaborar, através de seu trabalho, para a eliminação do preconceito e da discriminação aos/as homossexuais.
Educação
Sabemos que o desafio é grande....
Sugestões relevantes antes de iniciar ações na escola:
Projeto político-pedagógico
Diálogo, estudo e planejamento com todos da escola
(gestores, professores, funcionários e alunos)
Diálogo e conversa com a família
Educação...