O IMPÉRIO DO BRASIL: SEGUNDO REINADO
1840-1889
APÓS O GOLPE DA MAIORIDADE (1840), D. PEDRO
II SE TORNOU IMPERADOR DO BRASIL COM 15
ANOS DE IDADE
23 DE JULHO DE 1840: DECLARADA A MAIORIDADE
DE D. PEDRO II
DESAFIOS DE D. PEDRO II
Conter as rebeliões que ainda aconteciam em
algumas partes do território nacional (Farroupilha)
Manter o território nacional intacto
Conquistar o apoio das elites
Fazer aquilo que seu pai não tinha terminado:
consolidar o Estado Nacional brasileiro e “construir” a
NAÇÃO BRASILEIRA.
O SISTEMA POLÍTICO DO SEGUNDO
REINADO
Retorno do Poder Moderador e do Conselho de
Estado.
O regime político voltou a ser uma Monarquia
Parlamentar
Contudo... No Segundo Reinado se praticou um
parlamentarismo diferente...
...PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS
OS PRINCIPAIS PARTIDOS POLÍTICOS
Defendiam a
centralização
Defendiam a
descentralização
Conservador
(Saquarema)
Liberal
(Luzia)
Ambos defendiam a escravidão
E sua política praticamente era a
mesma
Defendiam os interesses das
elites
POLÍTICA CONTURBADA...
Disputa entre Conservadores e Liberais no Parlamento
e para saber quem assumiria os ministérios.
Intensas disputas eleitorais: Eleições do Cacete
36 gabinetes (composição de ministérios) e 9
fechamentos da Câmara dos deputados pelo imperador.
1853: Ministério da Conciliação
Revezamento dos partidos no poder
A ELITE DO CAFÉ: DO VALE DO PARAÍBA
AO OESTE PAULISTA
A partir da década de 1830 o café se tornou o
principal produto de exportação do Brasil
A riqueza do café permitiu a estabilidade
econômica do Segundo Reinado.
Mais uma vez o Brasil se baseou no modelo
agrário-exportador: um produto valioso no
mercado europeu sem grandes concorrentes.
VALE DO PARAÍBA OESTE
PAULISTA
A CULTURA DO CAFÉ
Agricultura extensiva:
- esgota o solo
- demanda novas terras
- exige muita mão de obra
Oeste paulista: terras mais férteis (terra roxa)
Surge a elite: os Barões do Café
DIVERSIFICAÇÃO ECONÔMICA
MEDIDAS DE MODERNIZAÇÃO:
Construção de ferrovias (capital britânico)
Comunicações: telégrafo e telefone.
Iluminação a gás.
Tarifa Alves Branco (1844): mudou as taxas
alfandegárias dos produtos importados (15 -> 30%)
1850-1860: a Era Mauá
O BARÃO DE MAUÁ
Inaugurou a primeira estrada de ferro.
Construiu um estaleiro.
Investiu em companhias de navegação.
Criou o sistema de bondes no RJ.
A QUESTÃO DA MÃO DE OBRA E DAS
TERRAS
Mão de obra no império: ESCRAVA
Condições do reconhecimento da independência
pela Inglaterra: acabar com o Tráfico de escravos.
Acordos de 1826 (3 anos para pôr fim definitivo)
Número de escravos que chegaram no Brasil
1501-1600 1601-1700 1701-1810 1811-1870 Total
50 000 560 000 1 891 400 1 145 400 8 560 100
PRINCIPAIS MEDIDAS SOBRE O FIM DO
TRÁFICO
1- 1831: “Lei pra inglês ver”
- Manteve o tráfico clandestino.
2- 1845: Bill Aberdeen
Navios ingleses interceptariam navios de traficantes
de escravos no Atlântico Sul.
PREÇO MÉDIO DE UM ESCRAVO
(SEXO MASCULINO)
NA REGIÃO DO VALE DO PARAÍBA
3- Lei Eusébio de Queiróz: fim definitivo do tráfico.
Gerou o tráfico interprovincial
Aumento o preço do escravo
O ESCRAVO SE TORNOU ESCASSO...
OS IMIGRANTES
Debates sobre a mão de obra assalariada desde 1830.
Contexto após a Lei Eusébio de Queiroz
Itália e Alemanha: revoluções liberais e crises
políticas.
A LEI DE TERRAS 1850
A partir de 1850 a terra passa a ser vendida.
Impediu o acesso a terra a quem não possuía
renda.
DEBATES NO IMPÉRIO NA DÉCADA DE 1850
A mão de obra: Escrava X Imigrante
A estrutura econômica: o café, o modelo
agroexportador e a pequena modernização da
infraestrutura (Era Mauá).
A lei de terras
Lei Eusébio de Queiróz: fim do tráfico
Um primeiro golpe na escravidão?
O IMPERADOR E A CONSTRUÇÃO DA NAÇÃO
O Colégio Pedro II (1837)
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1838)
A literatura: o Romantismo e o Indianismo séc. XIX
O guarani (1857)
Iracema (1865)
O MONARCA E SUA POPULARIDADE
A GUERRA DO PARAGUAI
1864-1870
RAZÕES DO CONFLITO:
Interesses das jovens nações sul-americanas na
região do Rio da Prata. (Brasil e Argentina)
Interferência no Brasil na Guerra Civil Uruguai
em 1864 (depondo o presidente eleito e
articulando junto a elite uruguaia a posse de um
presidente pró-governo do Império do Brasil)
Invasão do Presidente do Paraguai (Solano
López) no Mato Grosso e a detenção de um navio
brasileiro pelos paraguaios.
LADOS DO CONFLITO
Brasil
(D. Pedro II)
Argentina
(Bartolomé Mitre)
Uruguai
(Venâncio Flores)
Paraguai
(Solano López)
Tríplice Aliança
OS DESAFIOS DA GUERRA
PARA O IMPÉRIO DO BRASIL
Recrutamento: quem iria pra guerra?
Exército ou a Guarda Nacional?
Escravos? Ex-escravos? Descendentes de escravos?
Membros da Elite?
RESULTADOS DA GUERRA
População masculina do paraguaia é
praticamente dizimada.
Brasil e Argentina anexam territórios do
Paraguai.
EFEITOS PARA O BRASIL
Negros e escravos retornam do combate
debatendo sobre sua cidadania.
O Exército sai fortalecido da guerra e começa a
exigir mais reconhecimento (econômico e político)
Queda da popularidade do imperador (Notícias
da “Maldita Guerra”).
1870: O INÍCIO DA CRISE DO IMPÉRIO
Fim da Guerra do Paraguai.
Ápice dos debates sobre a cidadania e
abolicionismo.
Surgimento do Movimento Republicano
Crises política e religiosa
Reivindicação dos militares (Positivismo)
O MOVIMENTO ABOLICIONISTA
Joaquim Nabuco Luiz Gama
Formação de clubes e associações abolicionistas:
-Centro Abolicionista Ferreira de Menezes
-Clube de Libertos de Niterói
- Sociedade Brasileira contra a Escravidão.
Abolicionismo na Imprensa:
- Jornal Cidade do Rio
(de propriedade de José do
Patrocínio).
- Revista Ilustrada.
A legislação abolicionista no Brasil
séc. XIX
1871: Lei do Ventre-Livre
1885: Lei do Sexagenário
1888: Lei Áurea
EFEITOS DA ABOLIÇÃO
Descontentamento da elite escravocrata
(Vale do Paraíba)
Inexistência de um projeto de integração do negro na
sociedade.
O MOVIMENTO REPUBLICANO
Surgimento de partidos:
-Partido Republicano Paulista (1873)
-Partido Republicano Mineiro (1888)
Defendiam:
-federação republicana.
- retorno de impostos às províncias.
“A nossa forma de governo é, em sua essência e
em sua prática, antinômica e hostil ao direito e
aos interesses dos Estados americanos (...)
Perante a Europa passamos por ser uma
democracia monárquica que não inspira simpatia
nem provoca adesão. Perante a América
passamos por ser uma democracia monarquizada,
aonde o instinto e a força do povo não podem
preponderar ante o arbítrio e a onipotência do
soberano.
Em tais condições pode o Brasil considerar-se um
país isolado, não só no seio da América, mas no
seio do mundo. O nosso esforço dirige-se a
suprimir este estado de coisas, pondo-nos em
contato fraternal com todos os povos, e em
solidariedade democrática com o continente de
que fazemos parte.”
Último trecho de Manifesto Republicano de 1870
CRISES
Questão religiosa (década de 1870)
◦ QUESTÃO MILITAR “- Não se trata de disciplina, mas
sim de uma questão de honra e
dignidade para o exército. Por
isso, não estamos dispostos a
recuar.
- Pois, para o governo, trata-se de
uma questão de capricho, e por
isso mesmo, não estou disposto a
recuar.
- Luz, da cá toda essa papelada
sobre a questão militar. Eu
chimpo-lhes um discurso
tamanho que, com certeza, elles
não aguentam: pegam no somno,
amollecem, fatigam-se e cahem.”
Ângelo Agostini, Estado da Questão
Militar 1887.
Efeitos da crise: O Império foi
perdendo o apoio da Igreja
Católica e do Exército.
O EXÉRCITO: REPUBLICANISMO E
POSITIVISMO
As ideias republicanas penetram o Exército.
O ideal republicano se cristaliza com a concepção
positivista de sociedade:
ORDEM E PROGRESO
Fundação do Clube Militar: 1887
Marechal Deodoro da Fonseca
POSITIVISMO:
Corrente de pensamento filosófico, sociológico e
político que surgiu em meados do século XIX na
França. A principal ideia do positivismo era a de que
o conhecimento científico devia ser reconhecido
como o único conhecimento verdadeiro.
O principal idealizador do movimento positivista foi o
pensador francês Auguste Comte (1798-1857),
ganhando destaque internacional entre metade do
século XIX e começo do XX. Segundo o positivismo, as
superstições, religiões e demais ensinos teológicos
devem ser ignorados, pois não colaboram para o
desenvolvimento da humanidade.
15 DE NOVEMBRO DE 1889:
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Charge de 1882 Charge de 1890