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O DIREITO DE SER FRÁGIL
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Não é possível falar de crescimento humano se antes não falarmos de reconhecimento dos nossos limites. O primeiro passo é reconhecer onde a gente precisa melhorar.
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É um grande desafio para todos nós porque, lamentavelmente, as pessoas não estão preparadas para nos educar para a coragem. Pois, muitas vezes os incentivos que nos são dados estão mais voltados para esquecermos as nossas fragilidades.
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Nós, humanos, temos uma dificuldade imensa de lidar com a fragilidade do outro. Nós gostamos é de todo mundo feliz.
Parece que a nossa educação está sempre
voltada para nos revestir de uma coragem que nos
faz esquecer o limite.
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Ter coragem é descobrir onde está a nossa fragilidade e ali trabalhar com um empenho um pouquinho maior.
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É não desconsiderar o que temos de bom, mas é também colocar atenção naquilo que ainda temos que melhorar.
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e neste processo aos poucos eu vou descobrindo onde é que dói este
espinho.
Não estou pronto, eu não sou perfeito, estou sendo feito aos poucos
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Tem algumas inflamações do espírito, da personalidade que tem gente que é tão aborrecida que a gente não pode nem encostar.
Para você retirar um espinho, às vezes, é preciso deixar inflamar.
São aquelas inflamações que se alastram.
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Deus não quer que você seja um anjinho na terra. Ele quer te mostrar as inflamações para que você lute.
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Cara feia, arrogâncias, isso é complexo de inferioridade. Sabe qual é o espinho?
Quanto mais uma pessoa está aperfeiçoada no processo de ser gente, maior é a facilidade de conhecer limites.
O medo, a insegurança.
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A pior ignorância é aquela que finge que sabe! Temos medo de mostrar que não aprendemos, que somos frágeis.
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Quantas vezes na nossa vida, por medo, perdemos a oportunidade de aprender.
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Às vezes, por medo de expor a nossa fragilidade, perdemos o direito de chorar.
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Nós somos todos iguais. Não adianta a gente fingir que é forte, ou ficar fingindo que não sente e que não tem medo.
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Conversão é isso. É você educar o seu filho para ele poder te contar onde estão os espinhos. O espinho não é o defeito, mas é a seta que nos mostra onde temos que trabalhar para ser melhor.
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Há tantas situações que nos deixam com o “coração na boca”. Às vezes, nós colocamos muito mais atenção naquilo que as pessoas estão achando de nós, do que no que nós pensamos de nós mesmos.
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Examine-se, você é uma pessoa que consegue levar o outro à cura. Em última instância, o que vai sobrar de nós é a nossa vontade de amar.
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Vamos descobrir o que hoje em nós está "infeccionado", porque é preciso sangrar, é preciso reconhecer-se frágil.
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Texto : Pe. Fábio de Melo
Música: Ao teu encontro (instrumental)
Formatação: Gisely Kleinschmitt