O COTIDIANO DA ATIVIDADE POLICIAL NO PROGRAMA RONDA DO QUARTEIRÃO
Emanuel Bruno Lopes de Sousa1
Resumo
O trabalho analisa algumas questões relacionadas às práticas policiais na experiência do Programa Ronda do Quarteirão no Ceará, uma proposta que se orienta no policiamento comunitário e dá feições à atual política de segurança pública no Ceará no Governo Cid Gomes. Destacam-se alguns aspectos, condições do trabalho policial e, como se deparam com as novas exigências colocadas e antigos problemas que ainda não foram superados. Palavras-chave: segurança pública, policiamento comunitário, práticas policiais
Abstract
The screen work analyzes several issues related to police practices in the experience of Ronda do Quarteirão in Ceará, a proposal which is focused on community policing and provides features to the current policy of public security in the Ceará government Cid Gomes. Highlights some aspects of police work conditions and, as they face the new demands posed and old problems that have not been overcome Keywords: public security, community policing, police practices
1 Mestre. Universidade Federal Fluminense – UFF. [email protected]
1 Introdução
Alguns países têm apostado na idéia do policiamento comunitário como estratégia mais
viável na redução da criminalidade. Isso tem gerado o interesse e a curiosidade de estudiosos e
pesquisadores constituindo uma produção acadêmica relevante, o que supõe um certo
conhecimento sobre a temática e sua utilização em larga escala pelos departamentos de polícia
(BAYLEY E SKOLNICK: 2006, p.15). No entanto, sabe-se que em alguns momentos essas
análises e reflexões feitas não são consideradas no processo de formulação das políticas de
segurança pública, sendo muitas vezes ignoradas e desconsideradas pelos gestores. Outras nem
tanto, se fazem presentes e ocupam espaços nas agendas políticas, podendo contribuir e apontar
estratégias viáveis às mudanças necessárias.
As análises feitas na área da segurança pública, especificamente em torno do policiamento
comunitário, mostram que essa proposta de policiamento tem alcançado uma boa aceitação pelos
governos e órgãos de segurança pública em diferentes países, mas o que chama realmente
atenção refere-se às possibilidades de estabelecer e manter tais programas (Bittner, 2003), uma
vez que em muitos dos locais onde se implementou tal proposta de policiamento, as intenções não
conseguiriam se operacionalizar devido uma série de dificuldades, desafios e interesses às
mudanças necessárias.
Contudo, é crescente em alguns países e no Brasil o número de profissionais da
segurança pública que consideram as atividades sob essa denominação como indispensáveis às
práticas policiais. Evidente que estas mudanças e a aceitação não tem ocorrido de modo amistoso,
tem sido um processo caracterizado por resistências e tensões político-administrativas e
institucionais, sobretudo, dentro das corporações policiais, uma vez que ainda se faz presente a
idéia de que polícia necessariamente precisa intervir por meio de ações repressivas e de modo
isolado. Muitas vezes, reforçado pelos rituais hierárquicos de poder, uma cultura militarista e
autoritária.
Sabemos que a atuação da polícia no Brasil ainda não conseguiu estabelecer ligações
mais profundas com os cidadãos a quem deve oferecer proteção, além de não possuir informações
sistemáticas sobre as comunidades policiadas, desconhecem e ignoram suas dinâmicas e
realidades locais.
Algumas cidades brasileiras ousaram implementar propostas de policiamento diferenciada
do modelo tradicional como “solução” para o enfretamento de diversos problemas relacionados a
manutenção da lei e da ordem. Podemos destacar as contruibuições de estudos e pesquisas na
década de 90 no Brasil sobre as tentativas de mudanças nas polícias brasileiras, tais como
Mesquita Neto (2004), Muniz et al (1997), Beato (2007), dentre outros mais recentemente. Essas
tentativas de mudanças não tem sido caracterizada pela efetivação de novas propostas e
iniciativas, algumas tem se relevando muito mais como intenções, o que são importantes também,
pois mostram movimentações que podem lançar ações reais às mudanças que se pretendem
alcançar no campo da segurança pública.
Podemos destacar as ações políticas na área da segurança pública no Ceará, com o
programa Ronda do Quarteirão, trata-se de uma iniciativa que visa resgatar o apoio e a confiança
da população nos dispositivos policiais, bem como estabelecer aproximações na comunidade no
cotidiano das atividades policiais. Desse modo, o “Ronda” caracteriza-se como uma modalidade de
policiamento que visa estreitar vínculos com a comunidade, proporcionando uma maior parceria e
se fazendo mais presente no dia a dia dos moradores. Diante dessa concepção, observa-se que o
policiamento comunitário dá uma visibilidade maior para ações comunitárias, com práticas
preventivas através do envolvimento da comunidade no cotidiano das práticas policiais.
De acordo com o Projeto Ronda do Quarteirão (2008), trata-se da recuperação do sistema
de segurança pública no Ceará que inclui uma proposta de policiamento ostensiva a ser
desenvolvido de forma permanente, interativa e essencialmente preventiva a partir da filosofia de
policiamento comunitário, na qual os policiais moldam suas operações de acordo com as
necessidades específicas de cada comunidade onde atuam.
Os policiais se revezam nos três turnos por meio de patrulhamento preventivo e ostensivo
realizado 24 horas em áreas da cidade demarcadas por 3 km², sendo que cada viatura e os
policiais não podem sair do perímetro delimitado de cobertura operacional determinado pelos
comandos policiais. Cada área dispõe de um celular, sendo os quatro últimos números do telefone
correspondentes ao número da viatura2. O telefone de cada viatura, juntamente com a fotografia
dos policiais, foi informado à população por meio de um panfleto distribuído aos moradores de
cada área, em estabelecimentos comerciais, farmácias, escolas, padarias, equipamentos sociais e
outros.
2O cidadão pode acionar a viatura tanto pelo número do celular da área como pelo 190, pois cada viatura dispõe de um Terminal Móvel de Dados (TMD) que se comunica integralmente com a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança Pública (CIOPS), órgão responsável por registrar todas as ocorrências relacionadas às incidências criminais.
Esta proposta de policiamento tornou-se alvo de variadas críticas, tanto por parte de
diferentes setores da sociedade, como dentro da tropa policial. Sem muita clareza e definições, o
Ronda, no primeiro ano de gestão do Governo Cid Gomes (2007-2010), gerou muitas expectativas,
pois não tinha ainda suas ações e estratégias bem definidas. Aos poucos o programa foi sendo
constituído e, no final do mês de novembro de 2007, foi iniciado em quatro bairros de Fortaleza3,
depois expandido para toda cidade, municípios da Região Metropolitana e interior do Ceará.
No contexto das mudanças operadas na política de segurança pública no Ceará, no
Governo Cid Gomes (2007-atual), com a criação e implementação do programa Ronda do
Quarteirão, interessa saber quais aspectos e condições têm caracterizado o trabalho dos policiais
de rua que integram o programa?
2. O policiamento comunitário e a reorientação da atividade policial
A idéia central do policiamento comunitário conforme Bayley e Skolnick (2006) é que a
população deve exercer um papel ativo e coordenado na obtenção da segurança, com isso a
responsabilidade da polícia nessa estratégia é criar maneiras de integrar essa população junto às
práticas policiais, se constituindo no diferencial do policiamento comunitário: o modo de como a
polícia interage com o público. Os autores advertem que não basta um maior envolvimento da
população, mas a necessidade principal da mudança se dá a partir do abandono de práticas
ultrapassadas que caracterizam os tradicionais modos de pensar e fazer das instituições policiais.
Para tentar romper com essas práticas, várias ações governamentais na área da
segurança pública, estão sendo implementadas em cidades brasileiras, algumas ações exitosas,
outras nem tanto, porém não menos importantes, pois não se configuram como um fenômeno
contingente, são tentativas que surgem em contextos específicos e nos mostram interesses
políticos em assegurar direitos fundamentais pelas instituições públicas responsáveis pela
manutenção da lei e da ordem.
3 Para a escolha dos bairros levou-se em consideração algumas características específicas de cada região, como aspectos socioeconômicos e culturais, tipificações criminais, bairros residenciais e locais com fluxo de pessoas e estabelecimentos comerciais.
Em torno da idéia de policiamento comunitário e do que se entende pelo assunto, existem
elementos que caracterizam essa estratégia de policiamento. Como nos mostra Rosenbaum
(2002), o desafio colocado ao policiamento comunitário e de apontar suas características e aquelas
que não o pertencem e, como distinguí-lo do modelo tradicional de policiamento. Destaca o autor,
no momento em que as características estiverem mais bem definidas, acredita-se que se terá
contribuições para uma discussão crítica dos méritos e limitações das modificações realizadas nas
práticas policiais.
A criação e implementação de uma proposta diferente do policiamento tradicional, em
diferentes locais e suas diversas denominações e manifestações, precisa considerar as
especificidades de cada região. As modificações operadas com o Ronda do Quarteirão no sistema
de segurança pública do Ceará, ocorrem ao mesmo tempo em condições prosperas e adversas.
Por quê? As mudanças surgiram com intenções de melhoria na área da segurança pública, no
entanto, não oferece uma fórmula simples ou um mapa do caminho para se chegar lá (ibidem, p.
27). Na verdade o que existe são apostas de mudanças que envolvem interesses que se divergem
e relações assimétricas de poder operadas na rede hierárquica das forças de segurança pública.
A partir de algumas observações empíricas nos locais de minha investigação, conversas e
falas dos policiais que integram o programa Ronda do Quarteirão, pude perceber que não se
descarta a importância de um policiamento que mantenha interações com a comunidade, sendo
necessário utilizar estratégias de parcerias de diversas formas com os moradores das áreas Com
isso, os policiais passam a ser conhecidos e desse modo abrem-se condições de possibilidades
para interagem de forma mais próxima, uma vez que já conhecem a dinâmica social das
comunidades onde atuam e os moradores que a integram.
3. O cotidiano da atividade policial: aspectos e condições
Os policiais que compõem o Ronda, na maioria das ocorrências atendidas, são chamados
para mediar conflitos interpessoais (daí a importância na formação de conhecimentos específicos,
sobretudo, nas áreas das ciências humanas e sociais), o que para alguns policiais, que não fazem
parte do Ronda, como se pode perceber em conversas informais, são ocorrências consideradas
“perda de tempo”. Evidentemente, que essa visão não é única, mas se faz presente é e
compartilhada no imaginário de alguns policiais. Por outro lado, existem aqueles policiais que
reconhecem a existência desses pequenos conflitos e que muitos podem se transformar em crimes
de alta complexidade. O que isso nos revela? Os modos de orientação e direção de mediação dos
conflitos por parte dos agentes do Estado que fundamentado por principios democráticos, precisam
“regular a resolução dos conflitos dos mais importantes grupos de uma sociedade através de
instituições especiais que facilitem os debates entre grupos contrários e sua resolução” (ELIAS:
1997, p. 262). Não se trata de eliminar o conflito da convivência social como muitos pensam, pois
como subscreve o autor, isso é uma questão
(...) simplesmente inconcebível e, portanto, não faz o menor sentido criar imagens ideais de uma sociedade – as quais, em última análise, pretendem ser modelos para orientar e guiar o comportamento – sem levar em consideração o significado constituinte de conflitos para as sociedades humanas. Uma sociedade livre de conflitos pode parecer o pináculo da racionalidade mas, ao mesmo tempo, é também uma sociedade do silêncio sepulcral, da mais extrema frieza emocional e do mais profundo tédio – uma sociedade, além disso, sem a menor dinâmica. Em qualquer sociedade que possamos desejar, como naquela que temos agora, a tarefa não é eliminar conflitos – isso é um empreendimento fútil – mas, pelo contrario, regulá-los, submeter as táticas e estratégias do conflito a regras – regras que nunca podem ser aceitas como finais (ibidem, p. 263).
Parece existir uma falta de entendimento por parte dos policiais em pensar o conflito em
sua dimensão não-negativa, neste sentido, se mostram também importantes as reflexões
formuladas por Simmel (1983) que sinalizam para um novo horizonte quando as formas sociais são
encaradas pelo ponto de vista sociologicamente positivo do conflito.
Assim como o universo precisa de “amor e ódio”, isto é, de forças de atração e de forças de repulsão, para que tenha uma forma qualquer, assim também a sociedade para alcançar uma determinada configuração, precisa de quantidades proporcionais de harmonia e desarmonia, de associação e competição, de tendências favoráveis e desfavoráveis (ibidem, p. 124).
Podemos até ariscar em dizer que essa dificuldade dos policiais em entender e mediar as
variadas manifestações de conflito, sobretudo, os pequenos conflitos cotidianos, como formas
sociais que contestam o consenso e a concordância dos indivíduos que estabelecem uma
interação, está em parte, relacionada com a estrutura de formação recebida nas academias de
polícia, uma formação caracterizada como ultrapassada que tem negligenciado nos seus
conteúdos curriculares, conhecimentos das áreas de ciências sociais e humanas. Uma realidade
que parece passar por modificações com algumas ações políticas, tais como a criação de uma
matriz curricular que orienta os conteudos para a formação desses profissionais e, mais
recentemente, a criação da RENAESP (Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública),
ambas pelo Ministério da Justiça/Secretaria Nacional de Segurança Pública, dando ênfase numa
formação mais qualificada, continuada e sistemática.
Os conflitos pelos quais as comunidades acionam os policiais para mediar são ocorrências
bem diversificados e variam de acordo com as áreas da cidade em que os policiais são lotados. Ao
mesmo tempo em que são diversificados, os chamados se tornam repetitivos em uma base
territorial circunscrita, casos de ocorrências corriqueiras que atentam contra a ordem social, mas
nem por isso deixam de expressar uma importância e de ser necessária a presença policial. Isso
tem uma utilidade, abre espaço para um maior contato e proximidade dos policiais com as
comunidades locais. De maneira informal, os policiais passam a receber por parte dos moradores
denúncias e informações sobre a dinâmica da vida social de uma determinada área, o que
possibilita um conhecimento mais aprofundado sobre a realidade local, sendo um elemento
indispensável no exercício do trabalho policial.
Os policiais rondantes sabem que precisam potencializar novas habilidades em seus
cotidianos de trabalho, até porque as ocorrências atendidas exigem isso e o aumento da
responsabilização do papel dos policiais de rua, uma vez que o raio de incidência da atuação do
policial se amplifica. Sobre isso, podemos dizer que há uma pressão, por um lado, os
procedimentos padrões adotados e as imposições feitas pelos comandos; por outro lado, a
necessidade de atender as demandas dos moradores das áreas em que estão lotados. Muitas
vezes as exigências colocadas pelos comandos vão de encontro com as necessidades dos
moradores e não consideram um gradiente de abertura e decisão dos policiais de rua para pensar
e executar suas funções juntamente com a comunidade.
Cabe destacar que, logo no inicio que o programa surgiu os policiais foram orientados para
que suas ações tivessem uma prioridade, basicamente a realização de visitas aos domicílios nas
áreas em que foram lotados. Essas atividades seriam baseadas em ações de caráter preventivo e
comunitário. No entanto, devido ao sucateamento e a falta das viaturas do “policiamento
tradicional”, os rondantes passaram a atuar basicamente no atendimento as ocorrências, sendo
ainda cobrado pelas visitas às residências, aos estabelecimentos comerciais e escolas, com a
finalidade de orientar sobre medidas de prevenção aos crimes e mediação de conflitos, para que
os policiais se interassem dos problemas da comunidade e de suas principais demandas.
4. Algumas considerações
Existem alguns aspectos e condições do trabalho policial na experiência do Ronda do
Quarteirão que precisam ser destacados, como por exemplo, a escala de trabalho que tem
colocando os profissionais do Ronda do Quarteirão em situação de insatisfação com o trabalho
realizado e o tratamento dado pelos comandantes. As decisões dos comandos e o gerenciamento
das ações policiais ainda continuam centralizados, mesmo os policiais tendo conhecimento de
suas novas responsabilidades e do papel que é para ser desenvolvido nessa nova estratégia de
policiamento conhecida como “a polícia da boa vizinhança”.
Outras dificuldades são apontadas no cotidiano de trabalho que sobrecarrega os policiais,
como o grande número de ocorrências atendidas, o que da impressão de que os policiais estão
presentes na comunidade, mas na realidade não existe tempo de ficarem próximos dos moradores,
fugindo da lógica do policiamento comunitário e impossibilitando um contato dos policiais com os
moradores e seus problemas, o que esvazia as análises, fragiliza e compromete as relações entre
policia e comunidade.
Essas questões chamam atenção sobre as condições do exercício da atividade policial, se
por um lado há toda carga simbólica que envolve a representação de poder e autoridade que a
farda e suas indumentárias conferem aos policiais como agentes que detém a dominação da força
legítima do Estado; por outro lado, a condição do policial na sua prática cotidiana não goza de uma
valorização e reconhecimento necessário, sendo um trabalho que é agravado pelos riscos que são
intrínsecos à profissão do policial.
Contudo, não se pode ignorar que o Ronda se insere no conjunto das ações políticas do
Governo Cid Gomes (2007-atual), ao enfatizar um conjunto de medidas que visam reformular as
instituições policiais. São ações que estão relacionadas com a capacidade dos governos de se
legitimarem, buscarem apoio e confiança por meio de suas instituições em sua sobrevivência e em
seus limites, com demarcações que envolvem manobras, táticas e manejo com o poder.
As mudanças operadas com a implementação do Ronda do Quarteirão, tem se baseado
em “ações de presença”, numa aproximação com a comunidade que precisa levar em
consideração não uma ronda aleatória pelos bairros da cidade, mas uma ronda sistemática e
regular pelas áreas da cidade. Podemos até nos questionar se com essa aproximação os policiais
estariam mais preocupados com os problemas apontados pelos moradores? O que podemos dizer
com relação a isso é que ainda se consegui envolver de maneira intensa e ativa a comunidade em
questões estratégicas na identificação, prevenção, mediação e resolução dos conflitos. Os
comandos e as decisões continuam centralizadas, mesmo os policiais tendo conhecimento de suas
novas responsabilidades e do papel que era para ser desenvolvido.
Referências
BITTNER, E. Aspectos do trabalho Policial. São Paulo, EdUSP, 2003 (Polícia e Sociedade, n. 8). BAYLEY, D. H. & SKOLNICK, J. H. Nova Polícia. 2ed. São Paulo: EdUSP, 2002 (Polícia e Sociedade, n. 2). BRASIL, M. G. M. A segurança pública no “Governo das Mudanças”: moralização, modernização e participação. São Paulo, 2000. 325p. (Tese (Doutorado em Serviço Social)-Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social. 2000. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). CEARÁ, Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. Projeto Ronda do Quarteirão, 2008. ELIAS, N. Civilização e violência. In: Os Alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 159-266. ROSENBAUM, D. P. A mudança no papel da polícia: avaliando a transição para policiamento comunitário. In: BRODUER, J-P. Como Reconhecer um bom policiamento. São Paulo: EdUSP, 2002 (Série Polícia e Sociedade; 4). SIMMEL, G. Georg Simmel: sociologia. Organizador Evaristo de Morais Filho, São Paulo: Ática, 1983. SKOLNICK, J. H. & BAYLEY, D. H. Policiamento Comunitário: questões e práticas através do mundo. São Paulo: EdUSP, 2002 (Polícia e Sociedade, n.6).