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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB
FACULDADE DE CEILÂNDIA-FCE
CURSO DE FISIOTERAPIA
MILENE SOARES NOGUEIRA DE LIMA
Nível de fragilidade de idosos atendidos na Regional de
Saúde de Ceilândia (DF)
BRASÍLIA
2013
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MILENE SOARES NOGUEIRA DE LIMA
Nível de fragilidade de idosos atendidos na Regional de
Saúde de Ceilândia (DF)
BRASÍLIA
2013
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Universidade de Brasília (UnB) - Faculdade de Ceilândia
(FCE) como requisito parcial para obtenção do título de
bacharel em Fisioterapia.
Orientador (a): Dra. Ruth Losada de Menezes
5
Dedicatória
À Deus pelo maravilhoso dom da vida.
Ao meu pai Fernando Luís Fernandes
por tanto amor e admiração.
A minha mãe Maria do Socorro
Fernandes por não me deixar desistir.
Ao meu irmão Junior pelo carinho.
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AGRADECIMENTOS
À Deus, por sua presença nos momentos em que me senti desacreditada, sem Ele
nada disso seria possível.
A minha família, por tanta paciência, companheirismo e dedicação, o que eu posso
oferecer de melhor é o reflexo vindo de vocês.
Ao meu amado namorado, obrigada pelos momentos de escuta e cumplicidade.
Aos meus amigos, agradeço pelas inúmeras vezes que vocês me enxergaram melhor
do que eu sou.
Aos meus professores que me incentivaram a crescer e a melhorar de forma pessoal e
profissional.
A minha orientadora, Ruth Losada de Menezes, que me despertou o gosto pela
pesquisa e docência, muito obrigada pelas críticas construtivas, pela sua disponibilidade,
compreensão e apoio ao longo dessa etapa.
Às professoras, Fernanda e Larissa, pelo incentivo à pesquisa e pelos ensinamentos.
As minhas companheiras de pesquisa, Glauciane (pela inestimável ajuda), Lara,
Priscila, Beatriz, Marina e Larissa, obrigada pela contribuição na busca de voluntários e na
coleta de dados.
Às professoras Ms. Patrícia Azevedo a Ms. Isabela Azevedo, que gentilmente
aceitaram o convite para comporem a banca examinadora, no intuito de contribuir para o
meu crescimento.
Aos idosos voluntários dessa pesquisa, muito obrigada pela disponibilidade do tempo
de vocês.
À agência de fomento Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) pelo apoio financeiro concedido para que este estudo fosse realizado.
7
“Se eu não posso mudar um acontecimento, se não posso mudar a vida, então que ela me
modifique.”
Fábio de Melo
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RESUMO
Milene S. N., Ruth L. M. 42 f. Nível de fragilidade de idosos atendidos na Regional de Saúde
de Ceilândia (DF) Monografia (Graduação) - Universidade de Brasília, Graduação em
Fisioterapia, Faculdade de Ceilândia. Brasília, 2013.
Introdução: A síndrome da fragilidade se associa a diversos desfechos no idoso, como
institucionalização, hospitalização, risco de quedas e morte. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a prevalência dos marcadores de fragilidade física e o nível de fragilidade em idosos
da Regional de Saúde de Ceilândia. Metodologia: Estudo descritivo transversal com idosos
dos Centros de Saúde de Ceilândia, de ambos os sexos, avaliados segundo os 5 marcadores
físicos de fragilidade estabelecidos por Linda Fried et al.: força de preensão palmar ;
velocidade de marcha em 4,6 m; nível de atividade física; fadiga e perda de peso não
intencional = 4,5 Kg no último ano. O nível de fragilidade de acordo com o número de
marcadores (0 hígido, 1-2 pré frágil e 3 ou + frágil). Resultados: Foram avaliados 41 idosos
(36,7% homens e 63,3% mulheres), com faixa etária de maior prevalência entre 60 ou 69 anos
(56,1%). Observou se que, 78,1% possuíam baixo nível de atividade física, 100% lentidão de
marcha, 43,9% apresentavam baixa força de preensão palmar, 7,3% perda de peso não
intencional e 4,9% fadiga. A prevalência de idosos pré-frágeis foi elevada, 87,80%, sendo os
demais, 12,2%, frágeis, sem idosos hígidos. Conclusão: A prevalência da inatividade física,
baixa força de preensão palmar e lentidão de marcha, estão de acordo com a literatura de
acordo com a hierarquia da manifestação dos marcadores, sendo a fraqueza muscular a que,
surge primeiramente. Os exercícios físicos são indicados com a finalidade de prevenir ou
retardar a progressão da fragilidade nessa população.
Palavras-chave: Fragilidade física, Envelhecimento, Idoso
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ABSTRACT
Milene S. N., Ruth L. M. 42 f. Level of frailty of elderly patients from. Regional de Saúde de
Ceilândia (DF) - Universidade de Brasília, Graduação em Fisioterapia, Faculdade de
Ceilândia. Brasília, 2013.
Introduction: The syndrome of frailty is associated with different outcomes in the elderly,
such as institutionalization, hospitalization, risk of falls and death. The objective of this study
was to evaluate the prevalence of markers of physical frailty and level of frailty in the elderly
of “Regional de Saúde de Ceilândia”. Methodology: A descriptive cross-sectional with
elderly, of both genders, and evaluated according to the five physical markers of fragility of
“Regional de Saúde de Ceilândia”, established by Linda Fried et al.: grip strength, walking
speed of 4.6 m, level of physical activity, fatigue and unintentional weight loss = 4.5 kg in the
last year. The degree of brittleness according to the number of markers (0 higid, 1-2 pre
fragile and 3 or + fragile). Results: We evaluated 41 elderly patients (36,7% men and 63,3%
women), aged most prevalent between 60 or 69 years (56,1%). It was observed that 78.1%
had a low level of physical activity, 100% slow gait, 43,9% had low grip strength, 7,3%
unintentional weight loss and fatigue 4.9%. The prevalence of pre-frail elderly was high,
87,80%, and the remainder, 12,2%, frail, elderly without healthy. Conclusion: The prevalence
of physical inactivity, low grip strength and slow gait, corroborate the literature according to
the hierarchy of the manifestation of the markers, and muscle weakness that arises first. The
physical exercises are given for the purpose of preventing or slowing the progression of
weakness in this population.
Keywords: Physical Fragility, Aging, Elderly
10
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................11
2. METODOLOGIA............................................................................................13
2.1 Tipo de estudo...........................................................................................13
2.2 Amostra.....................................................................................................13
2.3 Instrumentos de avaliação.........................................................................13
2.4 Aspectos éticos..........................................................................................16
3. RESULTADOS...............................................................................................17
4. DISCUSSÃO ..................................................................................................19
5. CONCLUSÃO ................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................26
ANEXO A –NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA.......................................30
ANEXO B– PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA.................34
ANEXO C– FICHA DE AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE FRAGILIDADE.35
APÊNDICE– TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO....42
11
1. INTRODUÇÃO
O envelhecimento está relacionado às alterações que ocorrem nos últimos anos de
vida, promovendo alterações biológicas, psicológicas e sociais no indivíduo, sendo um
processo natural da vida. Todas essas transformações variam de acordo com as características
genéticas, fatores externos, como: modo de vida e hábitos de cada pessoa1. A prevalência de
doenças e comorbidades nessa população são fatores importantes no serviço de saúde e dentro
dessas alterações, destaca-se a síndrome da fragilidade.
A síndrome da fragilidade causa impactos como institucionalização, hospitalização,
risco de quedas, dificuldade de recuperação de um quadro clínico e mortalidade em ambos os
sexos2-4
. Decorrente das alterações fisiológicas em que o organismo frente a um desequilíbrio,
perde a capacidade de manter ou recuperar a estabilidade devido à diminuição da massa
muscular, força, flexibilidade, queda das funções cognitivas e redução da função
cardiovascular2-6
.
A avaliação da fragilidade é um instrumento particularmente útil para avaliar o estado
de saúde dos idosos, já que existe um consenso de que sua condição é multifatorial e
progressiva, caracterizada por vulnerabilidade a estressores de baixo impacto, pois as doenças
crônicas, que surgem nas fases mais avançadas da vida, tendem a ser menos letais e a se
acumularem durante o processo de envelhecimento 6,7
.
Um grupo de pesquisadores da Johns Hopkins University7, nos Estados Unidos,
propôs critérios objetivos mensuráveis para definir fragilidade em idosos a partir da hipótese
de que esta representa uma síndrome que pode ser identificada a partir de um fenótipo. Esse
grupo de pesquisadores construiu um fenótipo relacionado à fragilidade, incluindo cinco
componentes com possibilidade de serem mensurados: 1) perda de peso não intencional:
maior de 4,5 kg ou superior a 5% do peso corporal no último ano; 2) fadiga autorreferida; 3)
12
diminuição da força de preensão palmar, medida com dinamômetro e ajustada para sexo e
índice de massa corporal (IMC); 4) baixo nível de atividade física medida pelo dispêndio
semanal de energia em kcal (com base no autorrelato das atividades e exercícios físicos
realizados) e ajustado segundo o sexo; 5) diminuição da velocidade de marcha em segundos:
distância de 4,5 m ajustada para sexo e altura. Considerando frágil aquele indivíduo que
apresentar 3 ou mais marcadores; pré-frágil 1 ou 2 marcadores e, hígido, nenhum marcador 7.
Estudos são necessários para melhorar a identificação da fragilidade e o entendimento
das relações causais que se manifestam sob uma única ou várias formas. Espera-se assim ter
informações para desenvolver modelos de diagnóstico e cuidado para o idoso frágil (detecção
precoce e tratamento) e para o idoso não frágil (prevenção primária) envolvendo a utilização
de instrumentos simples e válidos.
O presente estudo tem o objetivo de avaliar a prevalência dos marcadores de
fragilidade física e o nível de fragilidade (hígido, pré-frágil ou frágil) em idosos comunitários
da Regional de Saúde de Ceilândia.
13
2. METODOLOGIA
2.1 Tipo de estudo
Estudo descritivo transversal. Este estudo faz parte do projeto maior intitulado:
Impacto da cirurgia de catarata na ocorrência de quedas e nos aspectos multidimensionais da
saúde: estudo longitudinal de idosos no Distrito Federal.
2.2 Amostra
Atendendo os seguintes critérios de inclusão: idosos com 60 anos ou mais, de ambos
os sexo, recrutados por conveniência de grupos de idosos vinculados a programas de
prevenção e promoção de saúde dos três níveis de atenção da Regional de Saúde de Ceilândia,
DF. Os critérios de exclusão foram idosos que apresentaram uso de cadeira de rodas ou que se
encontravam acamados, provisória ou definitivamente, com sequelas graves de Acidente
Vascular Encefálico (AVE), com perda localizada de força, com doença de Parkinson em
estágio grave ou instáveis e idosos em estágio terminal.
O idoso que apresentou déficit cognitivo avaliado pelo Mini Exame de Estado Mental
cujo o ponte de corte foi maior ou igual 18 para idosos analfabetos8. Para avaliação da
fragilidade foram empregados os componentes estabelecidos pela Johns Hopkins University7,
nos Estados Unidos. Os idosos foram submetidos individualmente a uma única entrevista,
com duração de aproximadamente uma hora, aplicada por alunas de graduação e mestrado,
previamente treinadas no inquérito. Os encontros com os indivíduos ocorreram na UnB/FCE.
2.3 Instrumentos de avaliação
A perda de peso não intencional, um dos critérios de fragilidade proposto por Fried et
al7., foi avaliada por meio da seguinte pergunta “No último ano, o senhor (a) perdeu mais do
que 4,5 Kg sem intenção (isto é, sem dieta ou exercício)?” Se a resposta for sim, então o
idoso preencheu o critério de fragilidade para este item.
14
A presença de exaustão foi indicada por duas questões da Escala de Depressão do
Centro de Estudos Epidemiológicos7 “Senti que tive que fazer esforço para fazer tarefas
habituais” e “Não consegui levar adiante minhas coisas”.
A força de preensão palmar (FPP) foi avaliada através do dinamômetro JAMAR, um
instrumento padrão para medir força de preensão palmar tanto na prática clínica quanto em
pesquisa. O procedimento do teste seguiu as recomendações da American Society of Hand
Therapists (ASHT): o paciente sentado, com ombro aduzido, o cotovelo fletido a 90º, o
antebraço em posição neutra, e o punho entre 0 a 30º de extensão; a alça móvel na posição II.
Foi dado um comando verbal pelo examinador, em volume alto, o que influencia
positivamente o resultado do teste, para o idoso iniciar o teste, que deve puxar a alça do
dinamômetro e mantê-la por seis (06) segundos e depois relaxar. Foram obtidas três medidas,
apresentadas em quilograma força (Kgf), da mão dominante e foi considerado o valor médio
das três medidas. Foram adotados os pontos de corte proposto por Fried et al.7, ajustados pelo
sexo e índice de massa corporal (IMC):
Homens:
- IMC ≤ 24 Força de preensão ≤ 29
- IMC 24.1 – 26 Força de preensão ≤ 30
- IMC 26.1 – 28 Força de preensão ≤ 30
- IMC > 28 Força de preensão ≤ 32
Mulheres:
- IMC ≤ 23 Força de preensão ≤ 17
- IMC 23.1- 26 Força de preensão ≤ 17.3
- IMC 26.1 - 29 Força de preensão ≤ 18
- IMC > 29 Força de preensão ≤ 21
15
A lentidão foi calculada através do tempo de marcha (em segundos) gasto para
percorrer uma distância de 4,6 metros. O idoso percorreu uma distância total de 8,6 metros,
sendo os dois metros iniciais e os dois metros finais desconsiderados para o cálculo do tempo
gasto na marcha, desconsideramos a fase de aceleração e desaceleração. Foi dado um
comando verbal para o idoso iniciar o teste em que usava seu calçado usual e seu dispositivo
de auxílio à marcha (quando necessário) e deambulava com a sua velocidade de marcha
habitual. Foram realizadas três medidas, apresentadas em segundos, e foi considerado o valor
médio das três medidas. Foram adotados os pontos de corte ajustados pelo sexo e altura.
Homens:
- Altura ≤ 173 cm Tempo ≥ 7 segundos
- Altura > 173 cm Tempo ≥ 6 segundos
Mulheres:
- Altura ≤ 159 cm Tempo ≥ 7 segundos
- Altura > 173 cm Tempo ≥ 6 segundos
O nível de atividade física foi verificado através do MINESSOTA9. Os pontos de
corte, para nível de atividade física, foram estabelecidos para a própria população, sendo
considerados inativos os idosos abaixo do 1º quintil: homens = 527,80 e mulheres =
1122,40Kcal/semana.
De acordo com o número de marcadores presentes, o nível de fragilidade foi
estabelecido: nenhum marcador idoso hígido, 1 ou 2 marcadores pré frágil e 3 ou mais
marcadores frágil. Para análise estatística utilizou-se o software STATA/SER® versão 8.0. Os
encontros com os indivíduos foram realizados na Faculdade de Ceilândia – UnB no
laboratório de movimento.
16
2.4 Aspectos éticos
O estudo foi aprovado pelo comitê de ética FEPECS/SES-DF (protocolo nº 153/2011
de 18 de maio de 2011) (ANEXO B). Todos os participantes assinaram o termo de
consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE).
17
3. RESULTADOS
Foram coletados os dados de 41 idosos (36,6 % homens e 63,4% mulheres), com
faixa etária de maior predominância de 60-69 anos (56,1%) (Tabela 1).
Tabela 1. Caracterização dos idosos comunitários segundo sexo e faixa etária. Ceilândia,
Distrito Federal, 2012.
Variáveis (n) (%)
Sexo
Feminino 26 63,4
Masculino 15 36,6
Faixa etária
60-69 anos 23 56,1
70-79 anos 17 41,5
≥ 80 anos 1 2,4
Total 41 100,0
As condições de saúde dos idosos demonstraram que 65,9% fazem o uso de 2 ou 3
tipos de medicamentos, o índice de massa corporal foi de 22 – 27 kg/m2
(56,1%) resultando
em eutrofia seguida de sobrepeso > 27 kg/m
2 (43,9%). O maior número de doenças auto
referidas foi de 1 a 2 doenças (41,5%). (Tabela 2).
Tabela 2. Variáveis de acordo com as condições de saúde dos idosos comunitários. Ceilândia,
Distrito Federal, 2012.
Variáveis (n) (%)
Número de medicamentos em uso
0 a 1 9 21,9
2 a 3 27 65,9
4 ou mais 5 12,2
Índice de Massa Corporal
< 22 kg/m2 0 0,00
22 – 27 kg/m2 23 56,1
> 27 kg/m2 18 43,9
Número de doenças auto-referidas
Nenhuma 8 19,5
1 a 2 17 41,5
3 a 4 10 24,4
5 ou mais 6 14,6
Total 41 100,0
18
Dos marcadores de fragilidade, observou-se que 4,9% apresentavam fadiga
autorrelatada, 43,9% baixa força de preensão palmar, 100% lentidão de marcha, 7,3% perda
de peso não intencional e 78,1% de baixo nível de atividade física (Tabela 3).
Tabela 3. Marcadores de fragilidade dos idosos comunitários. Ceilândia, Distrito Federal,
2012.
** Para análise do sedentarismo, foi analisado o gasto calórico total. Os pontos de cortes foram estabelecidos
para a própria população, sendo considerados inativos e/ou sedentários, os idosos abaixo do 1º quintil. Pontos de
corte: homens ≤ 527,80 e mulheres ≤ 1122,409
A prevalência de idosos pré-frágeis foi elevada, 87,80%, sendo os demais, 12,2%,
classificados como frágeis. Não houve idoso hígido. (Tabela 4)
Tabela 4. Nível de fragilidade em idosos comunitários. Ceilândia, Distrito Federal, 2012.
Critérios de Fragilidade (n) (%) p*
Fadiga auto relatada
Sim (1) 2 4,9 0,07
Não (2) 39 95,1
Baixa Força de Preensão Palmar
Sim 23 56,1
Não 18 43,9 0,01
Lentidão de marcha
Sim 41 100
Não 0 0,0 1,00
Perda de Peso não intencional
Sim (1) 3 7,3
Não (2) 38 92,7 0,85
Sedentários **
Sim 32 78,1
Não 9 21,9 0,89
Total 41 100
Nível de Fragilidade n (%)
Hígido – 0 marcadores 0 0,0
Pré-frágil – 1 a 2 marcadores 36 87,8
Frágil – 3 ou mais marcadores 5 12,2
Total 41 100
19
4. DISCUSSÃO
A fragilidade favorece a vulnerabilidade aos estressores biopsicossociais e ambientais,
alterações da marcha, autorrelato de fadiga, fraqueza muscular e redução da força de preensão
manual (mão dominante) condições essas que resultam do declínio acumulativo dos sistemas
fisiológicos10-12
.
Os dados do estudo demonstraram que a prevalência de idosos pré-frágeis foi elevada,
87,8% enquanto 12,2%, são frágeis, não houve a presença de idosos hígidos, já que todos os
idosos evidenciaram o marcador de lentidão para marcha. Apresentando assim um maior
número de idosos pré-frágeis e frágeis quando comparado com os estudos de Fried et al.7 e
Bandeen-Roche et al11
. Foram utilizados os pontos de corte propostos por Fried et al.7 já que
temos variáveis dependentes de altura e índice de massa corporal, medidas antropométricas
que são particulares para cada população de acordo com Barbosa et al.13
Entre 20 e 80 anos de idade, há cerca de uma redução de 30% da massa muscular, isto
é, devido a uma diminuição no tamanho e no número da fibra muscular, associada à atrofia
das fibras musculares rápidas (fibras tipo II a) e à substituição por tecido adiposo e fibrótico
com redução da síntese proteica, ocasionando diminuição da força e eficiência muscular14
. O
idoso que se torna frágil perde a capacidade de manutenção de sua dinâmica e apresenta
respostas de não adaptação aos estressores e a esse processo de envelhecimento15
. A
síndrome da fragilidade apresenta aspectos que são associados à desregulação da resposta
inflamatória existente na presença ou ausência de doenças agudas ou crônicas, como
consequência, maior risco às doenças, declínio funcional e morte11
.
Considerando os marcadores, as maiores prevalências encontradas foram lentidão de
marcha, baixa força de preensão palmar e a inatividade física. Costa e Neri15
, em sua amostra
probabilística de 689 idosos (72,28 ± 5,40 anos; 68,21% mulheres), demonstraram a
20
associação entre inatividade física, baixa força de preensão, lentidão de marcha e idade
avançada, nossos resultados corroboram com estes resultados. Com relação à lentidão de
marcha, todos os idosos apresentaram este marcador, sendo assim, considerados pré-frágeis.
Este resultado é similar ao estudo de Kim et al16
, que comparou idosos (65-90 anos)
com alto e baixo risco para fragilidade, através de cinco testes de desempenho, utilizando o
teste de velocidade de marcha usual, os idosos com alto risco para fragilidade foram
significativamente piores nos testes, principalmente no teste de velocidade de marcha,
segundo o estudo, testes de habilidade de marcha são clinicamente úteis na seleção de
indivíduos idosos, com alto risco de frágil idade.
Studenski17
demonstrou que andar requer suporte corporal e controle de movimento
exigindo a demanda dos sistema circulatório, pulmonar, nervoso e musculoesquelético. O
processo de lentificação da marcha esta relacionado aos ajustes necessários, durante a
realização do movimento, exigindo maior equilíbrio e controle postural18
. Entretanto, este
processo pode resultar na perda de mobilidade, distúrbios de equilíbrio, aumento do risco de
quedas e vulnerabilidade a lesões levando a dependência e incapacidade funcional19
.
A força de preensão palmar é correlacionada à força física global, sugerindo que essa
variável não seja apenas uma simples medida da força da mão, mas que represente outras
implicações clínicas na idade adulta; podendo servir como um fator de prognóstico de risco de
incapacidade física na velhice20
. O estudo longitudinal de Al Snih et al21,
em sua amostra de
1645 idosos, encontrou média de FPP reduzida em grupos pré-frágeis e frágeis cujo valores
foram de 34,5 Kgf para homens não frágeis e 21,7 Kgf para mulheres não frágeis; 29,8 Kgf
para homens pré-frágeis e 18,4 Kgf para mulheres pré-frágeis; 21,2 Kgf para homens frágeis e
11,3 Kgf para mulheres frágeis, assim como em nossos resultados, ambos os grupos pré-
frágeis e frágeis apresentaram baixa FPP, um dos critérios que podem sinalizar fragilidade.
21
O sedentarismo obteve alta prevalência de 78,1% (n = 32) se comparado ao estudo de
Fried et al 7 no qual 22% dos participantes apresentaram o critério de baixo nível de atividade
física. A atividade física regular, os exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular são
essenciais para o envelhecimento saudável, pois aumentam a independência, reduzem o
declínio funcional e a mortalidade prematura, melhorando os efeitos adversos de muitas
doenças crônicas 22
.
Espinoza e Walston23
descrevem que a intervenção, baseada em exercícios é indicada
para idosos com fragilidade, independente do grau que essa síndrome se manifesta, os tipos de
exercícios é que poderão variar de acordo com o quão frágil é ou não o idoso. O
fortalecimento muscular em idosos tem se mostrado seguro e eficaz, mesmo se tratando de
pacientes frágeis e restritos em domicílio.
No estudo conduzido por Brown et al.24
, avaliou-se o efeito de um programa de
fisioterapia de baixa intensidade que possui exercícios supervisionados de equilíbrio,
coordenação, flexibilidade, fortalecimento e tempo de reação no tratamento de idosos frágeis
(n=548) com idade média de 83± 4 anos. Comparando com a supervisão atividades de
flexibilidade no domicílio (n=536). Os resultados obtiveram melhora significativa na força
muscular, flexibilidade, equilíbrio, coordenação, cadência e função após seis meses de
intervenção com a realização dos exercícios três vezes por semana. Eles concluíram que essa
pode ser uma alternativa eficaz para idosos que não conseguem acompanhar programas mais
vigorosos.
Faber et al.25
realizaram dois programas de exercícios aleatorizados em 15 instituições
de longa permanência.O primeiro focalizava na marcha funcional, com uma série de
exercícios de mobilidade. O segundo consistia em exercícios de equilíbrio, baseados no Tai
Chi Chuan. A ocorrência de quedas foi maior no grupo de marcha funcional, mas a diferença
22
não foi estatisticamente significativa. O risco de se tornar um caidor no grupo da intervenção
foi maior para os que foram classificados como frágeis. Para os que foram classificados como
pré-frágeis, o risco de se tornar um caidor diminuiu após 11 semanas de treinamento. Houve
melhora na performance física nos grupos que foram submetidos à intervenção, em que os
sujeitos foram classificados como pré-frágeis.
Os benefícios dos exercícios produzem o aumento da mobilidade, a melhora do
desempenho nas AVD’s, melhora da marcha, diminuição do número de quedas e melhora no
bem-estar geral do idoso. Além disso, o treinamento também está associado a um aumento de
atividades físicas espontâneas. É uma alternativa para os idosos pré-frágeis e frágeis.
Em relação à perda de peso não intencional, apenas 7,3% da amostra obteve esse
critério, o resultado do IMC foi 22–27 kg/m2
(56,1%) apresentando eutrofia seguida de
obesidade IMC > 27 Kg/m2
(43,9%). Fried et al.7 encontraram prevalência de perda de peso
de 6% para homens e 6% para mulheres.
Binder et al.26
realizaram um estudo com o objetivo de verificar a eficácia de um
programa de exercícios na reversibilidade da fragilidade em idosos comunitários em idosos
obesos e verificaram o efeito da perda de peso e de um programa de exercícios na função
física e na composição corporal dos idosos obesos e frágeis. O tratamento aumentou a força
muscular, a velocidade de marcha e todos os parâmetros dos testes aplicados, além de ter
favorecido a perda de peso. Concluindo que a perda de peso e a realização dos exercícios
podem amenizar o quadro de fragilidade de idosos obesos.
O autorrelato de exaustão foi de 4,9% resultado inferior ao estudo de Fried et al.7 esse
marcador pode estar correlacionado com a falta de atividade física, sarcopenia, anemia e
desnutrição24
. O estudo de Woo et al.27
demonstrou a correlação entre idosos frágeis e
finanças inadequadas, baixo nível de atividade física, contato inadequado com familiares e
23
não participação em atividades religiosas, demonstrando assim que outros fatores além do
físico são importantes ao se avaliar a síndrome da fragilidade em idosos.
De acordo com a literatura10
, o risco de se desenvolver fraqueza muscular, lentidão de
marcha e baixo nível de atividade física é de 3,7; 1,7 e 1,9 vezes maior que o risco de se
desenvolver perda de peso, respectivamente. Além disto, enquanto a fraqueza muscular se
manifesta no princípio e é reversível, a exaustão e a perda de peso são marcadores
evidenciados no final do ciclo de fragilidade e indicam idosos com tendência a uma
progressão rápida deste ciclo.
A fraqueza pode servir como um sinal de alerta de crescente vulnerabilidade no
desenvolvimento da fragilidade precoce; não sendo assim, o número de marcadores que irá
determinar o risco de se tornar frágil, mas quais marcadores aparecem primeiro 28
.
Os idosos pré-frágeis (n=36), que apresentaram um ou dois marcadores, possuem alto
risco de desenvolver a síndrome, se apresentarem mais alguns dos seus principais
componentes: desnutrição crônica, sarcopenia, declínio da massa e da força muscular e
tolerância ao exercício, além da inatividade física e do gasto energético total. A fragilidade
envolve declínios em múltiplos domínios fisiológicos, incluindo: força e massa muscular,
flexibilidade, equilíbrio, coordenação e função cardiovascular; o que leva à deterioração da
qualidade de vida, aumento da sobrecarga dos cuidadores e altos custos com os cuidados à
saúde29
. Assim, intervenções não farmacológicas que possam prevenir, retardar ou impedir a
progressão da fragilidade são necessárias.
A utilização dos marcadores de fragilidade, consiste em instrumentos de baixo custo e
de fácil aplicação, além de oferecer uma base para a padronização da identificação de
fragilidade em idosos. Alguns autores 30,31
relatam ainda a necessidade da avaliação cognitiva
como fator de extrema importância ao se detectar fragilidade em idosos, uma vez que o
24
declínio cognitivo aumenta o valor preditivo de alterações adversas de saúde.
O presente estudo possui limitações que precisam ser abordadas, no que se refere à
falta de comparação por sexo e ao reduzido tamanho amostral, o que não nos permite uma
generalização dos resultados.
25
5. Conclusão
A fragilidade é resultante da interação de fatores biológicos, psicológicos, cognitivos e
sociais e pode ser identificada precocemente para que intervenções e condutas também
precoces sejam realizadas. O estudo demonstra a preocupação principalmente com os idosos
em fase de transição, os pré-frágeis, já que devido os seus marcadores mais prevalentes aqui
discutidos possuem grandes chances de desenvolver a síndrome da fragilidade. Além disso,
verifica-se cada vez mais clara a necessidade do desenvolvimento de novas estratégias de
atenção integral no cuidado do idoso.
26
Referências
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30
ANEXO A – NORMAS DA REVISTA BRASILEIRA DE GERIATRIA E
GERONTOLOGIA
ISSN 1809-9823 versão impressa
ISSN 1981-2256 versão online
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Escopo e política
Categorias de artigos
Pesquisa envolvendo seres humanos
Ensaios Clínicos
Autoria
Avaliação de manuscritos (peer review)
Conflito de interesses
Preparo de manuscritos
Envio do manuscrito
Escopo e Política
A Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia é continuação do título revista Textos sobre
Envelhecimento, fundada em 1998. É um periódico especializado que publica produção científica no âmbito
da Geriatria e Gerontologia, com o objetivo de contribuir para o aprofundamento das questões atinentes ao
envelhecimento humano. A revista tem periodicidade trimestral e está aberta a contribuições da comunidade
científica nacional e internacional. Os manuscritos devem destinar-se exclusivamente à Revista Brasileira de
Geriatria e Gerontologia.
Categorias de Artigos
Artigos originais: são relatos de trabalho original, destinados à divulgação de resultados de pesquisas inéditas de
temas relevantes para a área pesquisada, apresentados com estrutura constituída de Introdução, Metodologia,
Resultados, Discussão e Conclusão, embora outros formatos possam ser aceitos (Máximo de 5.000 palavras,
excluindo referências bibliográficas, tabelas e figuras. Máximo de referências: 35) Para aceitação de artigo
original abrangendo ensaios controlados aleatórios e ensaios clínicos, será solicitado o número de identificação de
registro dos ensaios.
Revisões: síntese crítica de conhecimentos disponíveis sobre o tema, com análise da literatura consultada e
conclusões. Apresentar a sistemática de levantamento utilizada (máximo de 5.000 palavras e 50 referências).
Relatos de caso: prioritariamente relatos significantes de interesse multidisciplinar e/ou práticos, relacionados ao
campo temático da revista (máximo de 3.000 palavras e 25 referências).
Atualizações: trabalhos descritivos e interpretativos, com fundamentação sobre a situação global em que se
encontra determinado assunto investigativo, ou potencialmente investigativo (máximo de 3.000 palavras e 25
referências).
Comunicações breves: relatos breves de pesquisa ou de experiência profissional com evidências
metodologicamente apropriadas. Relatos que descrevem novos métodos ou técnicas serão também considerados
(máximo de 1.500 palavras, 10 referências e uma tabela/figura).
Pesquisa Envolvendo Seres Humanos
O trabalho deve ser aprovado pelo Comitê de Ética da instituição onde a pesquisa foi realizada e cumprir os
princípios éticos contidos na Declaração de Helsinki, além do atendimento a legislação pertinente. Na parte
“Metodologia”, constituir o último parágrafo com clara afirmação deste cumprimento. O manuscrito deve ser
acompanhado de cópia de aprovação do parecer do Comitê de Ética.
Ensaios Clínicos
A Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia apoia as políticas para registro de
ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do International Committee
of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para
31
o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso
aberto. Sendo assim, a partir de 2007, somente serão aceitos para publicação os artigos
de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos
Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e
ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. O número de identificação
deverá ser registrado ao final do resumo.
Autoria
O conceito de autoria está baseado na contribuição de cada autor, no que se refere à
concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise e interpretação dos
dados, redação e revisão crítica etc. Não se enquadrando nesses critérios, deve figurar na
seção "Agradecimentos". Explicitar a contribuição de cada um dos autores. Os autores são
responsáveis pela obtenção de autorização escrita das pessoas nomeadas nos
agradecimentos, já que se pode aferir que tais pessoas subscrevem o teor do trabalho.
Avaliação de Manuscritos – Peer Review
Os manuscritos que atenderem à normalização conforme as “Instruções aos Autores”
serão encaminhados aos revisores ad hoc selecionados pelos editores. Caso contrário,
serão devolvidos para a devida adequação. Cada manuscrito é encaminhado para dois
revisores ad hoc, de reconhecida competência na temática abordada.
O procedimento de avaliação por pares (peer review) é sigiloso quanto à identidade
tanto dos autores quanto dos revisores. Os pareceres dos consultores podem indicar: [a]
aceitação sem revisão; [b] aceitação com reformulações; [c] recusa com indicação de o
manuscrito poder ser reapresentado após reformulação; e [d] recusa integral. Em
quaisquer desses casos, o autor será comunicado. O texto não deve incluir qualquer
informação que permita a identificação de autoria; os dados dos autores devem ser
informados na página de título.
A decisão final sobre a publicação ou não do manuscrito é sempre dos editores. No
processo de editoração e normalização, de acordo com o estilo da publicação, a revista
se reserva o direito de proceder a alterações no texto de caráter formal, ortográfico ou
gramatical antes de encaminhá-lo para publicação.
Conflito de Interesses
- Sendo identificado conflito de interesse da parte dos revisores, o manuscrito será
encaminhado a outro revisor ad hoc.
- Possíveis conflitos de interesse por parte dos autores devem ser mencionados e
descritos no “Termo de Responsa ilidade”.
- Os autores receberão prova do manuscrito em PDF, para identificação de erros de
impressão ou divergência do texto original. Mudanças no manuscrito original não serão
aceitas nesta fase.
Preparo dos Manuscritos – formato e partes
Os manuscritos podem ser escritos em português, espanhol e inglês, com título, resumo
e termos de indexação no idioma original e em inglês. Eles devem destinar-se
exclusivamente à Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia e não serem submetidos
para avaliação simultânea em outros periódicos. A indicação das referências constantes
no texto e a correta citação são de responsabilidade do(s) autor(es) do manuscrito.
Texto: preparado em folha tamanho A-4, espaço duplo, fonte Arial tamanho 12,
margens de 3 cm. Todas as páginas deverão estar numeradas. Tabelas: deverão ser
apresentadas depois do texto, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na
ordem em que foram citadas, e sua localização no texto deve ser indicada. Não repetir
em gráficos os dados apresentados em tabela. Não traçar na tabela linhas internas
horizontais ou verticais; os quadros terão as bordas laterais abertas. Preferencialmente, a
quantidade máxima de tabelas deve ser cinco. A cada uma se deve atribuir um título
breve e indicar a cidade/estado e ano. Imagens: o autor responsabiliza-se pela qualidade
32
das figuras (desenhos, ilustrações e gráficos), que devem ser enviados em impressão de
alta qualidade, em preto-e-branco e/ou cinza, e devem estar no programa original
(Excel, Corel etc.) ou em 300 dpi quando não forem editáveis. Notas de rodapé:
deverão ser restritas ao necessário. Não incluir nota de fim.
Página de título contendo: (a) Título completo do artigo, em português ou espanhol e em
inglês, e título curto para as páginas. Um bom título permite identificar o tema do artigo.
(b) Autores: devem ser citados como autores somente aqueles que participaram
efetivamente do trabalho, para ter responsabilidade pública pelo seu conteúdo.
Relacionar nome e endereço completo de todos os autores, incluindo e-mail, última
titulação e instituições de afiliação (informando departamento, faculdade, universidade).
Informar as contribuições individuais de cada autor na elaboração do artigo. Indicar o
autor para correspondência. (c) Financiamento da pesquisa: se a pesquisa foi
subvencionada, indicar o tipo de auxílio, o nome da agência financiadora e o respectivo
número do processo. Resumo: os artigos deverão ter resumo com um mínimo de 150
palavras e máximo de 250 palavras. Os artigos submetidos em inglês deverão ter resumo
em português, além do abstract em inglês. Para os artigos originais, os resumos devem
ser estruturados destacando objetivos, métodos, resultados e conclusões mais relevantes.
Para as demais categorias, o formato dos resumos pode ser o narrativo, mas com as
mesmas informações. Não deve conter citações. Palavras-chave: indicar no mínimo três
e no máximo seis termos que identifiquem conteúdo do trabalho, utilizando descritores
em Ciência da Saúde - DeCS - da Bireme (disponível em http://www.bireme.br/decs).
Corpo do artigo: os trabalhos que expõem investigações ou estudos devem estar no
formato: introdução, metodologia, resultados, discussão e conclusões. Introdução: deve
conter o objetivo e a justificativa do trabalho; sua importância, abrangência, lacunas,
controvérsias e outros dados considerados relevantes pelo autor. Não deve ser extensa, a
não ser em manuscritos submetidos como Artigo de Revisão. Metodologia: deve conter
descrição da amostra estudada e dados do instrumento de investigação. Nos estudos
envolvendo seres humanos deve haver referência à existência de um termo de
consentimento livre e esclarecido apresentado aos participantes após aprovação do
Comitê de Ética da instituição onde o projeto foi desenvolvido. Resultados: devem ser
apresentados de forma sintética e clara, e apresentar tabelas ou figuras elaboradas de
forma a serem auto-explicativas e com análise estatística. Evitar repetir dados do texto.
O número máximo de tabelas e/ou figuras é cinco. Discussão: deve explorar os
resultados, apresentar a experiência pessoal do autor e outras observações já registradas
na literatura. Dificuldades metodológicas podem ser expostas nesta parte. Conclusão:
apresentar as conclusões relevantes face aos objetivos do trabalho, e indicar formas de
continuidade do estudo. Agradecimentos: podem ser registrados agradecimentos a
instituições ou indivíduos que prestaram efetiva colaboração para o trabalho, em
parágrafo com até cinco linhas.Referências: devem ser normalizadas de acordo com o
estilo Vancouver. A identificação das referências no texto, nas tabelas e nas figuras deve
ser feita por número arábico, correspondendo à respectiva numeração na lista de
referências. As referências devem ser listadas pela ordem em que forem mencionadas
pela primeira vez no texto (e não em ordem alfabética). Esse número deve ser colocado
em expoente. Todas as obras citadas no texto devem figurar nas referências.
DOCUMENTOS
(a)Declaração de responsabilidade e Autorização de publicação
Os autores devem encaminhar, juntamente com o manuscrito, carta autorizando a
publicação, conforme modelo a seguir:
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS
AUTORAIS
33
Título do manuscrito:
1. Declaração de responsabilidade
Certifico minha participação no trabalho acima intitulado e torno pública minha
responsabilidade por seu conteúdo. Certifico que não omiti quaisquer acordos com
pessoas, entidades ou companhias que possam ter interesse na publicação deste artigo.
Certifico que o manuscrito representa um trabalho original e que nem este ou qualquer
outro trabalho de minha autoria, em parte ou na íntegra, com conteúdo
substancialmente similar, foi publicado ou enviado a outra revista, seja no formato
impresso ou no eletrônico, exceto o descrito em anexo.
2. Transferência de Direitos Autorais Declaro que, em caso de aceitação do artigo, a
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia passará a ter os direitos autorais a ele
referentes, que se tornarão propriedade exclusiva da Revista, sendo vedada a
reprodução total ou parcial sem o competente agradecimento à Revista.
3. Conflito de interesses
Declaro não ter conflito de interesses em relação ao presente artigo.
Data, assinatura e endereço completo de todos os autores
(b) Autorização para reprodução de tabelas e figuras
Havendo no manuscrito tabelas e/ou figuras extraídas de outro trabalho previamente
publicado, os autores devem solicitar por escrito autorização para sua reprodução.
PERMISSÃO DE REPRODUÇÃO
É permitida a reprodução no todo ou em parte de artigos publicados na Revista
Brasileira de Geriatria e Gerontologia, da UERJ/UnATI/CRDE, desde que sejam
mencionados o nome do(s) autor(es), em conformidade com a legislação de Direitos
Autorais.
Envio do Manuscrito
Os manuscritos devem ser encaminhados a revista no endereço abaixo. Enviar uma via
em papel, acompanhada de autorização para publicação assinada por todos os autores.
Enviar, ainda, arquivo eletrônico do manuscrito, em Word. O arquivo pode ser em CD
(enviado juntamente com a cópia em papel) ou apenas por e-mail.
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
UnATI/CRDE
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Rua São Francisco Xavier, 524 - 10º andar - bloco F - Maracanã
20559-900 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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© 2010 Centrode Referência e Documentação sobre Envelhecimento, da Universidade Aberta da Terceira Idade - UnATI, Universidade
do Estado do Rio de Janeiro - UERJRua São Francisco Xavier, 524 - 10º andar - bloco F - Pavilhão João Lyra Filho 20559-900 Rio de
35
ANEXO C - FICHA DE AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE FRAGILIDADE
1. Perda de peso não intencional
O Senhor (a) perdeu peso de forma não intencional nos últimos 12 meses?
( ) sim ( ) não
Se sim: Quantos quilos emagreceu/perdeu? ________________Kg
Perda de peso ≥ 4,5 Kg em relação ao último ano? ( ) sim ( ) Não
Data:_____/_______/________
Altura (m): __________ Pesox (kg): ____________ IMC (kg/m2):___________
Data:_____/_______/________
Altura (m): __________ Pesoy (kg): ____________ IMC (kg/m2):___________
Cálculo depois de 1 ano: Pesoy – Pesox / Pesox ≥ 5%? ( ) sim ( ) não
2. Exaustão/Fadiga
38
A) 1ª medida (Kgf)________________
B) 2ª medida (Kgf) ________________
C) 3ª medida (Kgf) ________________
Média A+B+C/3 (Kgf): ______________
41
3 ou mais marcadores = idoso frágil
1 ou 2 marcadores = idoso pré-frágil
nenhum marcador = idoso hígido
42
APÊNDICE- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – IDOSO SEM CATARATA
O (a) Senhor (a) está sendo convidada a participar do projeto: O impacto da cirurgia
de catarata na ocorrência de quedas e nos aspectos multidimensionais da saúde de idosos.
O nosso objetivo é descobrir se a cirurgia de catarata irá ajudar aqueles que dela
operaram a fazer suas atividades do dia-a-dia com mais facilidade, como andar, levantar-se e
sentar-se de uma cadeira. Queremos também saber se esta cirurgia irá melhorar o equilíbrio
dos idosos que tiveram a correção de catarata quando eles estiverem parados ou andando, se
eles deixarão de cair ou, pelo menos, cair menos depois da correção da sua catarata.
Para cumprir este objetivo, precisaremos comparar estes idosos que tem catarata e os
que já operaram dela com o senhor (a) que farão parte do grupo de idosos sem catarata. O (a)
senhor (a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e
asseguramos ao senhor (a) que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo
através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo (a)
A sua participação será através de uma entrevista e avaliação no local onde o senhor
(a) freqüenta alguma atividade em grupo da sua regional e no laboratório da UNB-Campos
Ceilândia na data combinada com um tempo estimado. Não existe obrigatoriamente, um
tempo pré-determinado, para a entrevista e avaliação. Será respeitado o tempo de cada um
para respondê-lo. Informamos que o senhor (a) pode se recusar a responder qualquer questão
que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento sem nenhum prejuízo para a senhor (a).
Os resultados da pesquisa serão divulgados no Setor de Oftalmologia do Hospital de
Base, na Instituição Universidade de Brasília e na regional de Sobradinho, podendo ser
publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda
do pesquisador.
Se o senhor (a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para:
Larissa de Lima Borges, na instituição GAPESF/HRS da Secretaria de Saúde telefone: 3487-
9241, Terça (7-12hs) e Quinta (13-18hs); ou no NUFIRF/HRS – 3591.4044: 2ª (7-18hs), 3ª
(13-18hs), 4ª (7-18 hs) e 5ª (7-12hs).Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da SES/DF. As dúvidas com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito
da pesquisa podem ser obtidos através do telefone: (61) 3325-4955.Este documento foi
elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da
pesquisa.
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Nome / assinatura:
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Pesquisador Responsável
Brasília, ___ de __________de ____