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Náutica Bons Ventos
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Para:
Náutica
BONS VENTOS
De:
Náutica Bons Ventos
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NÁUTICA BONS VENTOS
Copyriht @ 2009 by Rommel Augusto da Silva Castro
Náutica – Conhecimentos Gerais
Email: [email protected]
Revisão
Rommel Augusto da Silva Castro.
1 Edição – julho de 2013
A reprodução parcial ou total desta obra, por qualquer meio,
somente será permitida com a autorização por escrito do autor. (
Lei 9.610, de 19.2.1198)
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NÁUTICA BONS VENTOS ......................................................... 3
Dedicatória ............................................................................ 7
Aprender a Velejar ................................................................ 12
Introdução à Navegação ............................................................ 13 Objetivo .................................................................................... 17 Iatismo como forma de lazer ..................................................... 18 Finalidade .................................................................................. 19 Importância do Iatismo – formação e caráter ............................. 21 Diferencial Competitivo – Iniciação ao iatismo ........................... 22 Aspectos de segurança .............................................................. 24 Vivência Prática Regras, Direitos e Deveres. ............................... 27 A primeira velejada ................................................................... 29 Você navega com ética .............................................................. 31 A magia pelo mar....................................................................... 32 .................................................................................................. 34
Ecossistema e meio-ambiente ............................................... 36 Reflexão sobre o iatismo ........................................................... 40 Civismo e Cidadania .................................................................. 42 Hino Nacional ............................................................................ 43 Como utilizar os símbolos nacionais ........................................... 44 O uso da bandeira ..................................................................... 46 Praxe e etiqueta ........................................................................ 49 Praxe e etiqueta na arte de velejar ............................................ 51 Sinalização em regatas ............................................................... 52 Os sinais sonoros ....................................................................... 53 Apitos navais ............................................................................. 58 A cidadania e o esporte ............................................................. 60 Alfabeto Náutico ....................................................................... 62
Segurança a bordo ................................................................ 71 Conheça sua embarcação .......................................................... 71 O equipamento ......................................................................... 72 Equipamento pessoal de flutuação ............................................ 73 Como usar o equipamento de salvatagem ................................. 76
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Conscientização é segurança ...................................................... 79 Prestando auxílio, conselhos importantes. ................................. 80 Tripulação a bordo ..................................................................... 83 Sobrevivência na água ............................................................... 85 Regras básicas para segurança ................................................... 85
Esportes Náuticos .................................................................. 90 Caçadores, pescadores, transporte fluvial. ................................. 90 Nadadores ................................................................................. 91 Mergulhadores .......................................................................... 92 Windsurf ................................................................................... 96 Esqui aquático ........................................................................... 97 Wakeboard .............................................................................. 101 Kitesurf .................................................................................... 104
Prevenção Náutica .............................................................. 116 Fogo a bordo um problema ...................................................... 117 Tipos de hemorragia ................................................................ 118 Hemostasia .............................................................................. 119 Tipos de queimadura ............................................................... 120 Tipos de fratura ....................................................................... 120 Extintor saiba usar ................................................................... 121 Tipos de extintor ..................................................................... 122 Classificações de um incêndio .................................................. 124 Onde usar os agentes extintores .............................................. 125 Cuidado com o incêndio a bordo .............................................. 126 Relatórios de Acidentes ........................................................... 126 Incêndio, ventilação ................................................................ 127 O Acidente ............................................................................... 130
Tipos de embarcações ......................................................... 136 Cascos de deslocamento .......................................................... 138 Cascos Planadores ................................................................... 140 Semi-deslocamento ................................................................. 142 Formatos de cascos ................................................................. 143 Evolução Técnica ..................................................................... 144 Partes da embarcação - terminologia ....................................... 145
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Histórico dos Escoteiros do Mar ............................................... 150 Histórico do Veleiro Optimaster 310 ........................................ 150
Identificando barcos a vela ................................................. 151 Histórico Escoteiro do Mar ....................................................... 157 Conheça Escoteiros do Mar do Distrito Federal ........................ 158 Aprenda um pouco com os Escoteiros do Mar ......................... 159 Como você pode colaborar. ..................................................... 160 Participe, seja um escoteiro do mar. ........................................ 161 Construção amadora veleiro Optimaster 310 ........................... 163
Sobre o autor ..................................................................... 166
Bibliografia .......................................................................... 167
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Dedicatória
Dedico este livro a Deus, pois sem Ele, nada seria possível. Algumas pessoas
marcam a nossa vida para sempre, umas porque nos vão ajudando na
construção, outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda
porque nos desafiam a construí-los.
Quando damos conta, já é tarde para lhes agradecer. Dedico este trabalho
ao meu pai Annibal Willianson da Silva Castro e minha batalhadora mãe
Hilda Fernandes da Graça, meus filhos, aos meus irmãos Cezar Castro
excelente velejador, Nina Rosa, Antonietta dos Santos, Leônidas Cutrim
Gomes, grande padastro Marcio Estêvam de Paula que me ajudou na
construção naval, pelo incentivo, cooperação e apoio e, em especial, à minha
esposa; quem com sua sabedoria sempre têm uma solução simples,
compartilhando comigo os momentos de tristezas e também de alegrias,
nesta etapa, em que, com a graça de Deus, está sendo vencida.
Dedico este livro à memória de pessoas que, sem o saberem, muito
contribuíram para minha formação no iatismo. Fernando Araújo, com suas
aulas de vela, e sempre disposto a ensinar, um bom mestre. Carlos
Gonçalves Ramos, pela sua sabedoria e dedicação a vela em Brasília. Sub
Oficial Fernandes, sempre presente nas horas de dificuldades de marinharia
com soluções supre endentes e simples. Comandante Altineu Pires Miguens
pelos ensinamentos de mestre amador e capitão amador, ao grande
marinheiro Joaquim Fidelis da Silva (Velho Joaquim) do Iate Clube de
Brasília.
Dedico este livro João Aune construtor de 33 pinguins onde tive
oportunidade de na minha infância ajudar a apertar alguns parafusos e mais
tarde estas boas lembranças me levaram a decidir em adquirir conhecimento
de construção naval e assim construir meu barco, Carlos Nascimento
(chefinho) pelo carinho que travava os seus escoteiros sempre alerta para
uma boa conversa, marceneiro Velho Thomas, pelos ensinamentos de
construção naval.
Edgar Hasselmam pelo excelente apoio e ajuda no início da minha carreira
profissional: Iate Clube de Brasília e indicação para o Departamento de
Turismo do Distrito Federal.
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Theo Pereira da Silva meu tio que me iniciou na vela como proeiro da Classe
Snipe. George Raulino e Guilherme Raulino com os quais conseguimos boas
vitórias. Walcles Osório e Beatriz Osório pelos anos de velejada na Classe
Oday, e Ranger. Eduardo Freire de Lima e esposa pelas excelentes velejadas
na Baia de todos os Santos, e Ilha de Itaparica, regatas Aratu Maragogipe.
Dedico este livro ao Comandante Sergio Carvalho pelas velejadas
oceânicas, ótimo companheiro de viagem, e excelente navegador. Torben
Grael pela dedicação e companheirismo no tempo do Snipe. Brigadeiro
Sabino Freire de Lima e família, grande piloto de caça, ótimo navegador,
excelente companheiro. Rosa Maria de Oliveira pela recepção e hospedagem
durante nossas viagens a Bahia. Aos meus amigos e grandes parceiros na
construção dos barcos, Desafio, Aurora, e Capolavoro, Brigadeiro Carlos
Macedo e Comandante Guimarães. Amigo Antônio de Carvalho (cunhados).
Ao grande capitão da Flotilha Paranoá e velejador Lars Grael pelo trabalho
de motivação e implementação da flotilha de Star no Lago Paranoá.
Ao desconhecido de nome, amigo e fã José Aparecido Jorge com sua
sabedoria e palavras de incentivo, conhecido como Velho Musta. Ao grande
amigo Filinto Pacheco sempre disposto a ouvir e o seu escudeiro Marcos
Carraca pelas grande velejadas oceânicas. Ao comandante Sergio Carvalho
pelos ensinamentos de navegação. Ao amigo Henrique Moura ( Luana )
sempre mostrando a sua personalidade única, e um grande colecionador.
Aos meus primos do Maranhão, ao grande Benedicto F. B. Vasconcelos (
Betinho) que me proporcionaram a primeira velejada num Catamaram de
oceano e conhecer a AVEN com seus maravilhosos multicascos. Ao meu
amigo Eduardo Marcondes com nosso projeto Optimaster 310 e na formação
da Primeira Flotilha de NS14 no Brasil. Aos clubes de vela de todo Brasil.
Aos velejadores de Brasília e alunos que tive oportunidade de formar, ou
incentivar. Dedico em especial a todos os marinheiros do Iate Clube de
Brasília que através dos anos sempre me ajudaram, verdadeiros
marinheiros.
“NAVIGARE NECESSE EST, VIVERE NON EST NECESSE”
Rommel Augusto da Silva Castro
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O B r a s i l f o i d e s c o b e r t o p o r
u m a f r o t a d e v e l e i r o s !
Poucos são os veleiros avistados hoje em nossas
estupendas praias ou represas ou até mesmo grandes rios.
Provavelmente isto se deve a que não existe uma tradição
e difusão adequada da cultura da vela no Brasil, embora
através dela fomos descobertos.
Esta obra do meu amigo e companheiro Rommel Castro,
extremamente objetiva, fácil, didática e abrangente vem certamente
preencher uma lacuna e contribuir para vermos mais velas em nossas
águas.
A ideia de escrever em capítulos curtos e separar o livro por partes,
procura trazer uma maior dinâmica à leitura e facilitar a busca por
informações especiais.
É uma atividade saudável, esportiva, ecológica e que pode ser
praticada dos 6 aos 90 anos de idade (ou mais), também pode ser
competitiva. Certamente fará parte da matriz energética dos
transportes, no futuro, e o Brasil, novamente será muito privilegiado.
Aos futuros velejadores recomendo está leitura, mas comecem a
velejar, com segurança, mesmo antes de aprender tudo o que está
neste livro, vão sentir como é fácil e gostoso e certamente apreciarão
ainda mais. Aos que já velejam também recomendo a leitura, pois,
como na vida, sempre há algo a apreender ou recordar.
Bons ventos!
Alessandro Pascolato. (Dino)
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Aprender a Velejar
Introdução à navegação
Iatismo como forma de laser
Importância do Iatismo – formação e caráter
Diferencial competitivo – iniciação ao iatismo
Aspectos de segurança
Vivencia Pratica regras, direitos e deveres
A primeira velejada
Você navega com ética
A magia pelo mar
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Aprender a Velejar
Cinco motivos para você iniciar no
iatismo e aprender a velejar.
Tome esta atitude e conquiste novos mares e amigos.
Implemente hábitos assertivos, alinhados com os seus desejos e
expectativas, utilize a força de vontade e a autodisciplina.
Desenvolva nesta sua nova atividade a flexibilidade e domínio
de sua mente, foque naquilo que realmente importa para a sua
concretização. Como se faz isto, simplesmente escolha o que
será melhor fazer, e depois decida fazer. Acredite, a escolha é
sua, e faça coisas construtivas.
Velejar é popular em todo mundo, para onde você for
viajar com certeza poderá também velejar. A extensão do
litoral brasileiro é imensa, você poderá explorar lugares
maravilhosos, entretanto necessariamente não precisa estar
perto do mar para aprender a velejar. Temos rios, lagos,
represas perto de você.
Você não necessita de barcos caros ou equipamento
complicado para velejar, mesmo que sejam velejadas
oceânicas.
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Velejar pode ser acessível para qualquer pessoa.
Informações existentes na internet podem facilitar a
compreensão desta atividade tão prazerosa. Também é
possível velejar virtualmente. Qualquer pessoa que tenha
acesso a internet, onde pode explorar desde um simples
passeio, a simulação de regatas e eventos competitivos.
Aprender a velejar num dingue (barco de uma só vela) é a
maneira mais rápida e mais efetiva para a maioria dos
novatos na vela. É necessário ter o objetivo de ganhar
habilidades básicas e instrução necessária de
conhecimento e segurança no futuro.
A preservação de nosso meio ambiente é essencial para o
seu lazer. O contato com a natureza alegra o convívio e
bem estar de sua família, que se traduz em qualidade de
vida.
Por muito difícil que seja admitir que o início de uma nova
atividade é sempre um passo a ser dado, mais a confiança e a
criação deste novo hábito o levará a novos rumos. A valorização
pessoal e aquisição de novos conhecimentos lhe proporcionarão
novos desafios, novos ambientes, novas expertises, e desta
forma terá uma visão ampliada de fenômenos da natureza. A
meteorologia, o conhecimento das nuvens, o conhecimento das
estrelas, o conhecimento da navegação, o conhecimento da
marinharia, o conhecimento da cultura náutica e mentalidade
marítima. Este amplo campo de atuação com certeza estará de
forma natural influenciando a qualidade de vida da sua família e
seus amigos.
Introdução à Navegação
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Navegar é uma ciência que pode ser apreendida com segurança.
E neste caso a arte de conduzir um barco seja ele pequeno ou
grande se inicia com uma aprendizagem segura. Seguramente,
uma das melhores maneiras de esta ciência é começar a velejar.
Podemos sentir o entusiasmo dos velejadores experientes ao
conversar com os principiantes. Os velejadores mais antigos e
com maior experiência são ávidos em passar seus
conhecimentos (muitas vezes podem desnortear e confundir os
iniciantes – sejam adultos ou pequenos aprendizes – diante de
diagramas, setas e linhas
pontilhadas ). Sem receio podemos
afirmar que aprender a velejar não é
difícil - embora na maioria das
vezes seja fácil fazer parecer o
contrário.
O contato com a natureza, a exploração de novos horizontes
exige do iniciante uma compreensão de princípios básicos da
vela. Por isso, estar atento às novas experiências é uma
aprendizagem lenta e gradativa.
Essas noções básicas sobre vela auxiliarão ao velejador novato à
medida que ele aprende sobre um mundo novo e envolvente,
com toda beleza e mistérios, fazendo-os compreender tudo
aquilo que torna o velejar um fascínio.
Velejar é descobrir um mundo novo, uma descoberta da alma e
da sensibilidade, inicie e procure ser um bom velejador, pois
poderá conduzir esta atividade durante toda a sua vida. Procure
ser um bom ser um bom velejador, pois poderá conduzir esta
atividade durante toda a sua vida.
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Conduzir um barco à vela, muito além dos momentos de prazer
e relaxamento que proporciona. Significa - também
especialmente para jovens e crianças - a construção de
experiências práticas a partir de situações onde o navegador é
confrontado com problemas comum aos que navegam.
Solucionar estes problemas envolve desde o conhecimento dos
regimes de ventos, noções básicas de meteorologia, detecção de
pontos de referências, às vivências de divisão de tarefas e
trabalho em equipe. Desenvolver estas capacidades de
solucionar problemas deixam os velejadores em condições de
prestar auxílio, com noções de primeiros socorros e um alto grau
de comprometimento com a ajuda ao próximo, bem como,
ainda, à aquisição de um elevado senso de responsabilidade e
competitividade saudável.
Pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que a embarcação à
vela, para sua navegabilidade, exige do iatista a aplicação da
globalidade do conteúdo teórico vivenciado nas salas de aula,
uma vez que são imprescindíveis o conhecimento de várias
ciências.
Os conhecimentos de Geografia (pontos cardeais, regimes
de ventos, pontos de referências).
Os conhecimentos de Matemática (cálculo estimativo de
posicionamentos, projeções geométricos para definições
de percursos etc.).
Os conhecimento de Português (interpretação,
compreensão e aplicação das regras).
Os conhecimentos de Física (percepção das forças
resultantes e dos pontos de equilíbrio da embarcação).
Os conhecimentos de Biologia (reconhecimento e
preservação dos microambientes nas regiões de
navegação), entre outros.
Os conhecimentos de meio ambiente, sustentabilidade, e
ecologia.
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A exigência dessa universalidade de conhecimentos, incluindo
habilidades de comunicação e argumentação, é parte
fundamental da construção do saber para os aprendizes jovens e
adultos que, de forma lúdica e motivada, adquirem, desde muito
cedo, uma excelente percepção da realidade e da importância do
seu papel no mundo que os cerca.
A necessidade da aplicação desses conhecimentos ocorre de
modo espontâneo e gradativo, na medida em que os iniciantes
despertam para as necessidades de melhorar seu desempenho.
A medida que avançam nos conhecimentos, passarão a observar
o desempenho dos concorrentes ( no caso de regatas) e elaborar
estratégias para obter melhores colocações nas disputas, dentro
de um clima de saudável competitividade.
No Brasil, no entanto, ao contrário dos países europeus e da
América do Norte, os esportes à vela são ainda pouco
difundidos, por serem considerados elitistas.
Assim também foram o tênis e o voleibol, que hoje premiam
àqueles que tiveram uma visão antecipada do potencial do
esporte e começaram a dedicar-se a eles com maior
antecedência.
Aqueles que consideram o iatismo um esporte caro ou elitizado
demonstram pouca noção do que é o esporte realmente. As
modalidades esportivas consideradas "mais populares", em sua
fase profissional, exigem do atleta grandes investimentos em
equipamentos e acessórios, uma vez que, em competições de
alto nível técnico, a tecnologia do material utilizado pode
representar uma indiscutível diferença entre perder e ganhar.
Um bom exemplo disso é a natação, um esporte considerado
barato, mas que, ao atingir um nível técnico elevado, passa a
exigir dos nadadores roupas especiais similares à escamas de
tubarões, desenvolvidas por processos de alta tecnologia e,
consequentemente, oferecidas a um custo elevado.
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A iniciação à Vela, em sua fase primária é um empreendimento
de baixo custo, uma vez que a embarcação e os equipamentos
são oferecidos pela própria Escola de Vela, pelos clubes, que
fornecem inclusive toda a infraestrutura necessária ao esporte.
Como nos demais esportes, na medida em que os responsáveis
pela criança ou jovem, ou o adultos, percebem o potencial ou
desejo de aperfeiçoarem-se no iatismo, os investimentos podem
ser realizados de acordo com os recursos de cada família, que
pode, então, decidir patrocinar o seu provável futuro campeão.
Objetivo
Parece bastante óbvio que o objetivo de um projeto de esportes
náuticos seja ensinar as modalidades do iatismo em si. No
entanto não entendemos que não seja somente isso, entidades e
clubes, devem ser preparados para criar condições para que os
jovens e adultos possam desenvolver plenamente no esporte.
Conviver com a natureza, amá-la preservá-la é fomentar uma
consciência náutica e mentalidade marítima.
Estando em seus barcos, os jovens e adultos irão travar uma
espécie de batalha com a natureza através de seus elementos:
ventos, chuva, ondas, calor, etc.
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Vivenciar esta batalha onde só eles e a natureza se confrontam,
fará sedimentar um sentimento de luta, um aprendizado de
decisões onde, só eles como timoneiro1, ou proeiros
2, serão os
seus senhores. Certamente não só a firmeza de caráter está sendo
sedimentada, mas também o respeito pela natureza e seus
elementos.
Certamente será o início e a vivência para despertar o futuro
aguaviários3 do nosso Brasil para os programas de ensino
profissional marítimo, através de cursos de especialização, (
básico de primeiros socorros, combate a incêndio, sobrevivência
pessoal, e segurança pessoais e responsabilidade social, trazendo
o sustento de suas famílias com uma profissão digna ).
Iatismo como forma de lazer
Até o século 17, os barcos eram usados apenas como meio de
transporte, que, aliás, era o principal método para conseguir
conquistar 'novos mundos' e carregar materiais preciosos, como
açúcar e café.
1 Homem que vai ao leme da embarcação e responsável pelo
governo da embarcação. As embarcações não são dirigidas ou
guiadas elas são governadas. 2 Tripulante responsável pela regulagem das velas em barcos de
competição maneja a vela de proa, vela de estai, buja, ou
genoa. 3 Profissionais preparados para trabalhar a bordo de
embarcações, qualificados de marítimos, fluviários, pescadores
e mergulhadores.
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A partir dos anos de 1800, o iatismo começou a ser encarado
como uma forma de lazer. O rei inglês Charles 2º, durante seu
exílio na Holanda, se entusiasmou com o que viu e começou a
organizar o iatismo como um esporte, levando ao seu país em
1860. Um ano depois, protagonizou a primeira competição em
águas inglesas diante de seu irmão, o duque de York. Aos
poucos, os ventos trataram de introduzir a vela em outros países
vizinhos e também nos Estados Unidos.
Em 1900, o iatismo4 passou a fazer parte do programa olímpico.
E, com o passar dos anos, as classes participantes se
modificaram até em consequência da modernização dos barcos.
Das atuais, a mais antiga é a Classe Star5, embarcação que está
nos Jogos desde 1932. A mais veloz é a tornado, que entrou
numa Olimpíada em 1976.
Finalidade
A finalidade deste livro é demonstrar os conceitos fundamentais
para se aprender a velejar e ter assim o iatismo como hobby.
Poucos povos são privilegiados para ter a ajuda de um instrutor
de vela quando estão começando. Esta atividade no Brasil é
limitada aos clubes, e entidades que fornecem cursos. Ainda
podemos considerar quando comparamos com o tamanho de
nosso litoral esta atividade ainda está começando.
4 Iatismo, nome dado ao esporte onde os barcos são movidos
por propulsão a vela, utilizando a força do vento como meio de
deslocamento. 5 Classe Star, veleiro monotipo olímpico, dois tripulantes
timoneiro e proeiro, sua primeira flotilha iniciou no Iate Clube
do Rio de janeiro em dezembro de 1931 conheça mais de seu
histórico.
Náutica Bons Ventos
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O livro pode ser seu instrutor inicial. As técnicas, os princípios
de velejar são apresentados textualmente de forma bem
elementar. Não há nenhuma pretensão que nesta fase inicial
você saia velejando em um barco, entretanto terá o
conhecimento suficiente para poder correr atrás deste objetivo.
Durantes estes anos de observação, experimentação e erros,
acredito que tenhamos adquirido conhecimento e experiência
que permita velejar com segurança e confiança. As informações
básicas para você velejador que está iniciando terão o intuito de
lhe ensinar o prazer de velejar. Naturalmente dentro de todo
esporte temos a parte competitiva que surgirá dentro de você,
mais fique ciente que o prazer de velejar supera qualquer
desconforto ou complicações futuras relativas à competição.
Competir não é nenhum mistério, entretanto exige detalhes
intricados que não farão parte deste livro.
Você poderá encontrar mais detalhes a medida que seu interesse
aumentar, muitas informações estão disponível na internet e em
outros livros específicos sobre o assunto.
Estão aqui os fundamentos que você necessita para vir a ter uma
qualidade vida melhor, o prazer de velejar. O prazer de estar
aprendendo o esporte onde você pode praticá-lo eu diria dos 7
(sete) aos 100 anos de idade.
A sorte é sua de estar aqui conosco, tenha bons ventos, e novos
sonhos de realização.
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Importância do Iatismo – formação e caráter
Pode-se afirmar sem dúvida alguma, que a Vela é um
coadjuvante perfeito para a formação do senso de
responsabilidade da criança e do jovem, e uma aprendizagem
para o adulto e família. É muito semelhante ao escotismo, por
confrontar o jovem iatista com situações onde serão observadas
de imediato as consequências das decisões tomadas. Para o
adulto que não teve este tipo de aprendizagem, uma experiência
nova.
A responsabilidade com a embarcação;
A montagem da mesma, o zelo e os cuidados de
manutenção;
A observância dos equipamentos de segurança (boias,
flutuadores, coletes salva-vidas etc.);
O respeito e o conhecimento das regras, os julgamentos de
infrações às mesmas, a aceitação de penalidades;
O respeito ao código de ética, o cumprimento de metas, a
alternância entre vitórias e derrotas;
O convívio saudável com os demais esportistas nacionais e
internacionais.
Aprender a velejar leva ao conhecimento de suas próprias
limitações, sejam técnicas ou humanas. E a identificação desses
pontos, com o auxílio técnico de forma didática e divertida,
permitirá que você tenha uma nova visão deste esporte e de sua
vida.
A formação ao longo da permanência no esporte, com alto grau
de objetividade, independência, criatividade, inovação,
versatilidade e senso de justiça presentes no iatismo, são
atributos valorizados no mercado de trabalho nas mais variadas
atividades profissionais.
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De modo análogo, velejar requer também uma boa interação
com a equipe, já que alguns barcos são tripulados com mais de
um participante. Este fato permite a troca de experiências com o
grupo, levando ao amadurecimento.
A participação individual, ou seja, o marinheiro de primeira
viagem participando no grupo irá aprender e assim eliminar o
temor de atuar sozinho e, ao mesmo tempo, sentir-se-á capaz de
partilhar suas experiências com outros membros da equipe
depois de um treinamento e até mesmo de uma competição.
A Vela prepara para a vida, para a competitividade ética, para o
respeito às normas e hierarquias, ajudando o iniciante a
compreender que os resultados que ele pretende obter dependem
diretamente de suas próprias atitudes de acordo com às situações
que se apresentam.
Diferencial Competitivo – Iniciação ao iatismo
No contexto de globalização atual, o mercado expande-se sob a
forma da oferta de novos serviços, e a capacidade que um clube,
ou entidade, tenha o interesse de ofertar algo novo e promissor
representa, indiscutivelmente, um passo à frente da
concorrência.
Sob a égide dessa premissa, os clubes de um modo geral
passaram nos últimos anos, a oferecer serviços agregados, como
natação, futebol, oficinas de artes e teatro, computação
transporte escolar, bem como a estabelecer parcerias com cursos
de idiomas.
Isso está ocorrendo de modo uniforme, e hoje, a existência de
um ou mais desses serviços já se constitui num patamar mínimo
de exigência dos pais, quando da escolha de um clube para
associar-se.
Náutica Bons Ventos
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Estamos ainda iniciando e é necessário ainda inovar e crer que o
espírito empreendedor da direção do estabelecimento seja capaz
de, com uma visão criativa. Diversificar as ofertas e, de um
modo pioneiro, criar novos diferenciais de mercado.
É necessário e possível superar as limitações do senso comum e
consolidar sua liderança com a implantação de novos centros de
vela6 no país.
Introduzir a Escola de Iniciação à Vela como parte do composto
de serviço agregado é uma ideia capaz de inserir a família num
universo novo, onde os próprios pais tornar-se-ão membros
ativos desta nova comunidade, estabelecendo um diferente tipo
de relacionamento entre família e o clube.
Uma vez que a comunidade da Vela possui vida própria e
contribui de forma contundente para a criação do espírito de
corpo, ou seja, é capaz de fazer com que filhos e responsáveis
desenvolvam alto grau de orgulho pela prática do iatismo.
Em suma, a adesão de novos clubes à vela, ainda se faz
necessário neste país. A prática de um projeto inovador como
oferecer ao corpo de associados a possibilidade de ingressar
num esporte náutico, com certeza passará aos associados em
potencial, a noção de que há uma direção atuante preocupada em
superar os limites da concorrência e oferecer um novo serviço.
Isso, em termos de marketing, é extremamente proveitoso, pois
a propaganda boca a boca ainda é uma das formas mais eficazes
e baratas de atrair novos associados.
6 Centros de vela podem ser formados através de projetos
específicos, com supervisores, instrutores, monitores, em
parcerias com entidades privadas, universidades, consulte o site
do Ministério dos Esportes e Turismo e conheçam esta
possibilidade.
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Aspectos de segurança
Quando o assunto são os esportes aquáticos, por uma questão
talvez cultural, ou falta de informação, pessoas têm reações de
receio e desconfiança. Elas desconfiam e acreditam existir
alguma espécie de ameaça. Este processo é até natural.
Identifica, na maioria das vezes a falta de informação sobre o
assunto. Imagine um adulto, ou uma família que não teve
contato com a cultura náutica, colocar seu filho para começar a
velejar. É natural que estejam transbordando em dúvidas e
receios.
É nossa função, e dos amantes da náutica contribuir de forma
objetiva para que esta fase inicial seja ultrapassada de forma
correta. Não basta apenas se dizer que velejar é fácil, tem que se
mostrar, tem que ser gentil, convidar estes iniciantes a dar uma
velejada um passeio.
Mostrar é muito mais eficaz do que simplesmente explicar.
Náutica Bons Ventos
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Que os pais “marinheiros de primeira viagem” fiquem cientes,
que perigos existem e qualquer atividade, entretanto o perigo
iminente aos seus filhos quando estão realizando instruções
básicas no barco escola, Optimist7 o seu
casco é em forma de uma caixa podendo ser
de madeira ou fibra de vidro, o que
proporciona segurança para embarcação,
neste caso o risco é minimizado.
A falta de informação adequada talvez provoque nos iniciantes
esse receio que é infundado, o esporte à vela não oferece ameaça
maior do que qualquer outro, sendo cercado de todos os
cuidados.
A formação inclui acompanhamento pelo técnico em botes
motorizados de apoio, durante todo o tempo em que o iatista
iniciante permanece na água. Também há marinheiros para
auxiliar na saída e na atracação do barco, bem como no
deslocamento do mesmo até o galpão de guarda.
Atuam também no balizamento com boias para realização de
treinamentos em todo o percurso a ser utilizado pelos
velejadores.
7 Barco para jovens iniciantes utilizado nos clubes para
aprendizagem de vela, e entidades que realizam cursos de vela
no Brasil. Nasceu da criatividade do arquiteto naval Clark Mills
em 1947 para projetar uma versão flutuante dos “soapbox
cars”, com o objetivo de tirar os meninos com o seu carrinho
das ruas de Clearwater e passá-lo para a baía.
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A Capitania dos Portos exerce controle efetivo sobre as
condições de segurança das embarcações e de equipamentos,
como coletes salva-vidas, cabos de reboque, sempre que há
atividades. Pode-se esperar que a fiscalização estivesse presente
tantos nos lagos, rios, e baias. Além disso, na Escola de Vela são
incutidas todas as noções e procedimentos de segurança, sob a
constante supervisão do técnico e do corpo de marinheiros.
Outro dado relevante é que a instrutória feita pelos clubes e
cursos particulares, adotaram o veleiro dingue , classe Optimist.
Este barco foi desenvolvido especialmente para iniciantes na
faixa de oito aos 14 anos. Este tipo de embarcação, obedece à
regras internacionais de segurança de realizar suas atividades
unicamente em locais abrigados, como lagos, lagoas, represas ou
praias protegidas, e sempre próximos ao clube sede do evento.
Quando o velejador atingir experiência estará preparado para as
competições de maior vulto (regatas locais, campeonatos
estaduais, campeonatos Brasileiros, campeonatos Pré-Mundiais,
e mundiais).
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Estes eventos contam com o apoio da Marinha (Capitania dos
Portos), lanchas equipadas com rádios e GPS e todo aparato de
segurança necessário. Antes dessas competições, na maioria das
classes de barco a vela, sempre há exigências por parte da
organização de itens essenciais. Na classe optimist são
realizados testes de flutuabilidade tanto nos barcos como nos
equipamentos (mastros, lemes, bolinas, retrancas, etc.).
Comprovando que esse controle é realmente efetivo, há o fato de
jamais ter havido registro de acidentes envolvendo iatistas da
classe optimist e, portanto, ser extremamente difundida nos
países da Europa e da América do Norte, por atender às altas
exigências de segurança desses países no que concerne aos
esportes náuticos.
Vivência Prática Regras, Direitos e Deveres.
O velejador iniciante deve conhecer, e ter informações da Classe
Optimist8 já que ela é à base de iniciação a vela no Brasil, e
provavelmente se o iniciante for um adulto, filhos irão começar
nesta classe o que é aconselhável. A classe de instrução para
crianças segue as regras da ISAF (International Sailing
Federation), que dispõe sobre condições de segurança,
comportamentos éticos e procedimentos técnicos de regatas,
órgão controlador a cujo código de direitos e deveres todas as
competições são submetidas.
O Código preconiza em seu primeiro item a esportividade e o
rigor no cumprimento às regras e o princípio fundamental da
esportividade é que um competidor, ao cometer uma infração a
uma regra, deve prontamente cumprir punição ou retirar-se da
competição (a punição normalmente consiste em uma manobra
de 2 giros ao redor de si mesmo, retardando o seu percurso).
8 O endereço do site http://www.optiworld.org/2009CR.pdf
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Entre as muitas regras existentes, podemos ressaltar algumas
capazes de fornecer uma boa visão sobre aspectos de segurança
e condutas éticas que permeiam os esportes à vela, como as
seguintes:
Auxiliando alguém em perigo: “Um barco ou competidor deve
prestar todo o auxílio possível a qualquer pessoa ou barco em
perigo”. Este deve ser o código de honra de todo amante deste
esporte,
Navegação Leal: “Um barco e seu proprietário devem competir
de acordo com os reconhecidos princípios de esportividade e
lealdade”
Um competidor: ”Não deve tomar qualquer substância proibida
pela Agência Mundial contra as Drogas”.
Ao longo do tempo, as crianças vão aprendendo as regras de
preferência, de passagem e outras que regem e influenciam as
competições.
Quando uma das regras é descumprida, o competidor
prejudicado formula um protesto por escrito à comissão
julgadora, citando o ocorrido, a regra que fundamenta a infração,
faz um desenho da situação e convoca testemunhas para o
julgamento. Quem perde o protesto é geralmente desclassificado
daquela prova.
Em síntese, o ensinamento prático revertido para a vida da
criança é a relação de causa e efeito entre suas atitudes e a
responsabilidade a ser arcada com as consequências das
mesmas.
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No entanto, apesar das regras serem bem rígidas, muitas vezes
há a desistência da formulação do protesto, quando o infrator
retrata-se em terra e demonstra ausência de má fé ou
desconhecimento do Código, terminando o assunto com um
aperto de mãos. Isso conduz a criança por um caminho de
justiça, lealdade e compreensão, despertando a boa índole e
fortalecendo o espírito de camaradagem e tolerância entre
competidores e criando nobres valores para a formação do
caráter do jovem iatista.
O livro de regras de iatismo deve ser encarado como uma regra
de conduta que deve ser seguida por todos velejadores, erros vão
existir, mas não deveriam ser motivos para exageros, muitas
vezes praticados com obsessão. Aqueles iniciantes que no futuro
continuarão no iatismo recomendam utilizar o livro de regra
como tática de regata, pois assim estariam objetivando
necessidades futuras, durantes as suas competições.
A primeira velejada
Você está entrando em um mundo novo, uma novidade para
você, é necessário então receber algumas dicas se for convidado
para dar uma velejada com o novo amigo. O barco dos seus
sonhos! Aquele que vemos somente em filmes publicitários,
para ter um bom dia os cuidados são necessários;
O barco também é a casa da pessoa.
Respeite-o como se fosse seu.
Se não estiver usando calçado adequado embarque
descalço.
Não entre molhado e nem se sente num beliche sem antes
se enxugar bem.
Lembre-se de que outra pessoa dormirá ali.
Tire a areia dos pés antes de pisar no convés, do contrário
acabará arranhando a pintura.
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A sua participação é importante para estabelecer um elo de
confiança e amizade9, colabore com estes procedimentos
iniciais, e só fume do lado de fora e nunca deixe cigarros
acessos.
Colabore com a arrumação. Não se esqueça de que o espaço nos
barcos maiores, veleiro de oceano, está sendo dividido com
outras pessoas. Participe das operações a bordo, deixando a
palavra final sempre para o comandante. Evite surpreender seu
anfitrião, levando convidados de última hora, como crianças que
não estão habituadas a velejar, por exemplo.
Se for convidado para uma regata, não leve bagagem demais,
pois o espaço a bordo é reduzido. Antes de ir ao toalete avise ao
comandante. O uso inadequado do banheiro pode provocar uma
verdadeira inundação no barco. Bem-vindo a vela, curtindo o
passeio ou a velejada afinal este é nosso objetivo, participar.
9 O processo de estabelecer confiança é essencial para o
iniciante. Ter boa fé logo à partida quando se conhece alguém,
ou até mesmo com o tempo de convívio há sempre reservas e
barreiras. Somos presenteados pela sociedade com desilusões,
decepções, ao longo da nossa experiência de vida e que nos
transforma cada vez mais a personalidade mais fechado em nós
mesmos com "armaduras" inexpugnáveis. Solução? Encontrar
bons amigos e estimá-los e navegar ao longo do tempo com
reciprocidade e respeito, com amizade e franqueza, não os
desiludindo e a pouco e pouco as barreiras caem e as coisas
tornam-se mais claras e simples.
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Você navega com ética
Algumas regras de conduta ética tem que ser observadas, este
fato não está restrito aos visitantes. Pequenos detalhes as vezes
fazem a diferença. Procure sempre ajudar outro barco durante o
processo de atracar.
Quando estiver saindo ou chegando com seu barco reduza a
velocidade, e evite a todo custo fazer marolas isto prejudica os
barcos atracados. Quando seu barco estiver fundeado e outro
barco vier atracar a contrabordo ajude com as espias ou
permitindo atracação.
Permita passagem pelo seu convés, um bem vindo a bordo
sempre pega bem, demonstre educação. Se lhe pedirem
informação sobre algum lugar que você conhece, procure indicar
as fontes de água doce, melhores lugares de fundeio. Ao passar
por outros barcos cumprimente mesmo se não conhecer, lembre-
se que são seus companheiros.
Em caso de algum acidente, além de atender as vítimas, ajude
para rebocar o barco até um local seguro, se não for possível
fique por perto até o socorro chegar.
A participação de novos velejadores, e iniciantes na pratica do
iatismo tem que ser realizada dentro de um processo de muita
comunicação. A nossa cultura não privilegia o conhecimento
necessário para que as pessoas tenham a ideia do que seja
navegar, ou velejar.
Com o advento da internet as informações estão andando numa
velocidade crescente pois a disseminação da informação
utilizando multimídia é um grande avanço.
Naturalmente hoje vemos que o excesso de informação também
causa uma certa confusão para aqueles que navegam na internet.
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Na internet você encontrará vários grupos com informações
diversas que poderá lhe auxiliar para dar um primeiro passo, ou
até mesmo fazer um curso, ou construir um pequeno barco. A
existência de jogos, ou simuladores de navegação ou regata
também lhe dará uma excelentes ideia desta atividade náutica.
A náutica é um mundo vasto e desconhecido para algumas
pessoas, estando você no virtual ou na pratica tenha com você
sempre o bom senso de humor, e interesse em aprender, troque
informações e conhecimento, à sua atividade mental pode ser
executada o que lhe ajudará nos seus passeios, nas suas regatas
sejam virtuais ou reais.
Utilize a internet com o foco de ter um base de conhecimento,
procure se comunicar nos grupos e nas ferramentas virtuais com
velejadores, fornecedores, clubes, aprenda o linguagem náutica,
os termos náuticos, isto contribuirá para sua participação de um
eventual convite. Ser educado e cavalheiresco são boas atitudes
para ter novos relacionamentos. Seja ativo motivado,
participativo, contribuindo assim para a melhoria da náutica e da
cultura, fazendo então parte de um novo conceito de pensamento
o da mentalidade marítima.
A magia pelo mar
A “magia pelo mar” é uma feitiçaria que trabalhou no gênero
humano com o amanhecer da civilização. Ao longo tempo
homens de história que responderam seu chamado, seja nos
navios a vela equipados e imponentes do passado ou pequenos
veleiros nos lagos, represas no interior do país.
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Hoje iniciantes em tão tenra idade com seu olhar fixo em uma
vela, na sua primeira aventura na água, e que primeiro contato
com o vento na bochecha, no rosto, você é uma parte disto. Dali
em diante você é dono do seu tempo e de seus sonhos, seu rumo
ao redor do tempo e poder decidir o que você pode fazer com
seu barco naquela velejada de prazer e alegria.
A excitação de navegação e o domínio de uma embarcação a
vela não podem ser expressos em palavras. É o sentimento de
poder, e o temor de realização quando o vento faz o seu
trabalho, ou pondo sua força para o teste rigoroso do homem e
seu equipamento. É o artista pintando na imensidão da água o
quadro bonito a navegar no horizonte, com uma vela cheia de
esperanças. E é o ruído quieto de água que bate e desliza contra
a proa que você descansa ou comunica-se absorvendo toda uma
vida de recordações.
Mas velejar é mais que isto. É domínio de uma habilidade. É o
vento, o homem ou ambos. O amor do mar e sua doutrina, e
sabedoria. Inveterado, nunca perdido, dormente mas não morto,
devolve ao homem velho que mostra para os netos uma parte do
passado.
Velejador experiente tem a sua representatividade esculpida no
passado, de veleiros, de escunas e navio a vela com três mastros
de grande beleza.
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Náutica Bons Ventos
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Ecossistema e meio-ambiente
Civismo e Cidadania
Hino Nacional
Como utilizar os símbolos nacionais
O uso da bandeira
Praxe e etiqueta
Praxe e etiqueta na arte de velejar
Hino Nacional Brasileiro
Alfabeto Náutico
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Clube de Autores
Uma oportunidade para você adquirir conhecimentos
iniciais no mundo da náutica.
Náutica Bons Ventos
Velejar é popular em todo mundo, para onde você for viajar com certeza poderá velejar. A extensão do litoral brasileiro é imensa, você poderá explorar lugares maravilhosos, entretanto necessariamente não precisa estar perto do mar para aprender a velejar. Temos rios, lagos, represas perto de você. Velejar pode ser acessível para qualquer pessoa este livro contém informações que podem lhe facilitar este prazer. Bons Ventos.
Capa Dura Brochura com orelha
Aspiral c/acetato Versão E-book
Numero de páginas: 157 Edição: 1(2014) Formato: A5 148 x 210 cm Coloração: Colorido
Tipo de papel: Offset 75g