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16 SET.OUT.NOV.DEZ. Ano4 Distribuição Gratuita
mundo h.MOÇAMBIQUE CHEGADA DO CONTENTOR; S.TOMÉ REABILITA-ÇÃO DA CRECHE; PORTUGAL ª CORRIDA SOLIDÁRIA INTERNA-CIONAL; MAIS MUNDO SECA EM ÁFRICA; ESTÓRIAS UMA EX-PERIÊNCIA DE VOLUNTARIADO; QUEM HELPA; CONTENTOR PARA SÃO TOMÉ IMAIS CONCEITO URBANO
ÍNDICE
EDITORIAL
3
MOÇAMBIQUE
4
a estação mais dura.
fotoreportagem: teacane já pode festejar.
PORTUGAL
0
hoje é o dia!
S. TOMÉ E PRÍNCIPE
8
reabilitar para o desenvolvimento.
i MAIS
0
ESTÓRIAS
7
eu Helpo, eu recebo.
green festival 2011.
helpo conceito urbano.
QUEM HELPA?
8
apoiar em tempo de crise...
sorteio helpo.
6
a chegada de um contentor recheado de sonhos.
o nosso novo Norte.
4
nova etapa.
helpo nos shoppings Mundicenter.
MAIS MUNDO6
vidas secas.
5
as entrelinhas, os entretantos,os através.
Natalis 2011.
3
epois de plantadas as sementes em meados de 2007, no
ano de 2008, a “crise internacional” ergueu-se devagar,
sub-reptícia, para passar a envergar em pouco tempo a
forma de gigante omnipresente; encarnou uma estação longa
e dura, que invadiu os mercados, ignorou fronteiras e ditou
consequências ao nível multissectorial, um pouco (ou um mui-
to) por toda a parte.
A estação da privação, com um início, não conhece ainda uma
previsão de conclusão, e quem ao sabor dela vive, aflige-se,
procura abrigar-se e espera conhecer-lhe brevemente um fim
que permita uma visão mais límpida e segura do futuro.
Territórios há, porém, onde a notícia desta estação não chega
a inquietar. A eterna estação da dureza conhece-se desde sem-
pre e, como é do conhecimento geral, o mar, quando chove,
não aumenta de muito!
A eterna estação da privação, em terras do Sul do Globo em
Vias de Desenvolvimento, encontrou recentemente uma outra
gralha no calendário: os meses secos adormeceram-se no exer-
cício de vaguear por ali e esqueceram-se de partir, gerando a
maior seca de que há memória nos últimos 60 anos na região
do Corno de África.
A fome revisitou, saudosa, terras e pessoas de rostos familiares
e instalou-se de armas e bagagens.
Moçambique, um dos países onde a Helpo desenvolve a sua
actividade, estende-se por um território de 2.801.000Km2, co-
nhecendo uma diversidade tal que na sua dimensão guarda
espaço para vários flagelos. No vale e a sul do Rio Zambeze, en-
contram-se as terras de cheia, que anualmente na estação das
chuvas, e no caso da sua ferocidade não se superar alcançando
o extraordinário, dão azo a destruição, milhares de desalojados
e surtos de cólera e malária. A norte do Rio Zambeze, as terras
de seca, onde chegam sinais do enorme deserto de fogo que
tem o seu epicentro na Somália e espalha os seus braços de
polvo por um território imenso.
Cabo Delgado, Joana Lopes Clemente
EDITORIAL
A última estação das chuvas, nas províncias do Norte de Mo-
çambique onde a Helpo intervém, passou levemente, sem a
força que usualmente se lhe conhece, sem agraciar as muitas
machambas destinadas à sobrevivência das famílias com o es-
sencial para a sua frutificação.
A uma carência estrutural, vem somar-se um martírio circuns-
tancial e para amenizar esta penosa estação, milhões de pes-
soas dependem exclusivamente de uma trégua do tempo e da
disponibilidade de quem, deste lado do mundo, possa prestar-
-lhes auxílio.
Na prática, nas comunidades onde a Helpo opera, a falta de
água das chuvas faz com que os poços sequem mais cedo, a
partir do mês de Setembro; com que seja gradualmente mais
difícil manter as crianças na escola a partir deste mesmo mês,
em que começam a trabalhar-se as machambas e o apoio aos
pais nesta tarefa se torna mais necessário do que nunca; com
que as crianças que continuam a frequentar as aulas, cami-
nhem vários quilómetros para chegar à escola sem “matabi-
char”, o que faz com que dispersem muitos antes do final das
horas lectivas, em busca de comida que possam encontrar
regressando a casa. Em última análise, esta situação origina-
rá êxodos por parte da população, que frequentemente se
desloca em busca de terras mais férteis e, logo, de melhores
condições de vida. A Helpo tem como responsabilidade e com-
promisso o apoio a estas comunidades e apenas através do
empenho dos seus padrinhos nos é possível continuar a acom-
panhar as crianças que se encontram nesse canto do mundo e
que, nesta estação em particular, exigem mais das nossas ca-
pacidades, força de vontade e resistência.
Neste encontro de estações, muitos dos nossos padrinhos e
madrinhas vêem o seu poder de consumo e nível de vida re-
duzidos, mas nem por isso reduzem a perseverança com que
procuram aumentar as possibilidades de sobrevivência de mi-
lhares de crianças desprotegidas. Bem hajam!
D
3
A ESTAÇÃO MAIS DURA
4
fotoreportagem:
teacane já pode festejar.Nampula, Carlos Almeida
MOÇAMBIQUE
Foram finalmente inauguradas as três salas de aula da
EPC de Teacane, em Nampula, após mais de um ano de
obra. A construção foi levada a cabo em parceria com os
Missionários de S. João Baptista e a comunidade de Teaca-
ne, tendo sido a inauguração no dia 12 de Setembro.
A obra sofreu atrasos devido ao elevado preço do cimento
e à falta de ferro na cidade, o que fez com que a festa ain-
da fosse mais celebrada.
A Helpo preparou almoço para 650 pessoas, contemplan-
do todos os alunos da escola e os membros da comunida-
de que trabalharam na obra.
A festa foi de arromba e contou com a presença da Repre-
sentante de Estado, Felicidade Costa, a Directora Provin-
cial de Educação e Cultura, Páscoa Azevedo, o Vereador
da Educação do Conselho Municipal, Soca, a Coordenado-
ra Geral da Helpo, Joana Clemente, para além dos líderes
da comunidade.
A Comunidade de Teacane foi das primeiras a receber o
apoio da Helpo em Nampula e, embora não tivessem sido
esquecidos nos discursos, apenas faltou a presença dos
nossos padrinhos e amigos para que a festa tivesse sido
completa.
Estamos todos de parabéns!
FICHA TÉCNICA
Zona de acção - Comunidade de Teacane, Distrito de Nampula cidade, Província de Nampula, Moçambi-que.Nº de beneficiários - 5o alunos, distribuidos da ª à 7ª classe.Custos do projecto - .56,4euros.Data da inauguração - de Setembro de 0.
Alunos na antiga sala de aula, com as novas salas de aula a
espreitar do fundo.
Interior de uma das três salas de aula, equipadas com secre-
tárias e quadro.
5
Representante do Estado, Felicidade Costa , presenteada pela
comunidade com um galo.
Crianças e convidados assistem a um dos vários momentos
de música e dança proporcionados na inauguração.
Antes da festa começar, os líderes pedem aos espíritos per-
missão e bons augúrios para as novas salas de aula.
A Helpo ofereceu os alimentos para a festa e as mamãs
e professoras ajudaram na confecção.
As novas salas de aula.
Alegria das crianças no final do dia da inauguração.
6
Nampula, Tiago Coucelo
a chegada de um contentor recheado de sonhos.
MOÇAMBIQUE
oi no passado dia 6 de Julho que
chegou o tão ansiado momento por
toda a equipa Helpo que trabalha
em Moçambique: o contentor recheado
de produtos atingiu o ponto final de uma
rota bastante longa. Foi o culminar de um
processo que teve várias etapas: campa-
nha de recolha de todo o material pelo
escritório em Cascais, o carregamento no
contentor e, finalmente, o percurso efec-
tuado por vários oceanos e países.
A chegada do contentor à nossa sede em
Nampula foi um pouco atribulada, nada
que a equipa Helpo não esteja habitua-
da a resolver. O condutor do camião não
queria descarregar o contentor no lugar
por nós indicado. Mas como é habitual,
com um pouco de conversa e diplomacia,
tudo se resolveu da melhor maneira.
O abrir do contentor foi um momento
marcante. As caras de todos nós ao ver-
mos a enorme quantidade de caixas de-
notavam uma curiosidade que se manteve
por várias horas. A equipa por nós selec-
cionada começou assim nessa manhã o
longo dia de trabalho que já se esperava.
Tudo foi feito com um sorriso nos lábios,
pois já imaginávamos a alegria que todo
este material iria provocar nas nossas co-
munidades de Nampula e Cabo Delgado.
Acabada a fase de descarregar o conten-
tor, começou a fase de conferir todo o ma-
terial. Toda a nossa equipa mostrava um
entusiasmo contagiante ao ver tudo o que
tinha sido recolhido em Cascais e enviado
no contentor - livros, cadernos, lápis, ca-
netas, afias, borrachas, tesouras, material
de colorir, mochilas, pastas Helpo, jogos
didácticos, prendas de padrinhos, escovas
e pastas de dentes, mantas, peças diversas
de vestuário, material de higiene e farmá-
cia e brinquedos.
Resta dizer que foi um dia excelente, ple-
no de alegria para todos nós que trabalha-
mos para e com a Helpo.
Começa agora outra fase do nosso traba-
lho aqui em Moçambique. Fase essa que
nos dá um prazer especial, pois vai ser
através dela que vamos fazer todas as dis-
tribuições nas nossas comunidades. Com a
essencial colaboração das nossas voluntá-
rias, Ondina Giga e Joana Ferrari, come-
çamos a separar todo o material escolar
destinado às nossas crianças.
Parece-me importante referir qual a com-
posição do kit escolar que oferecemos às
crianças. Temos dois tipos de kits: o da
primeira e segunda classe, e o da terceira
e quarta classe. O primeiro é composto
por uma pasta Helpo, um caderno, um
lápis, um afia e uma borracha. O segundo
é composto por uma pasta Helpo, um ca-
derno e uma esferográfica.
Estas distribuições estão a ser efectuadas
em todas as comunidades por nós apoia-
das. A quantidade entregue depende do
número total de crianças da escola e o
seu grau de necessidade; em média entre-
gamos cerca de 350 kits por comunidade
escolar. É um trabalho que está a ser rea-
lizado nos meses de Agosto e Setembro,
uma vez que as aulas recomeçaram no dia
8 de Agosto.
O nosso objectivo é distribuir cerca de
6000 kits escolares pelas comunidades por
nós apoiadas em Nampula e Cabo Delga-
do. Com este tipo de iniciativas esperamos
contribuir para a permanência das crian-
ças na escola e para uma melhoria da qua-
lidade de aprendizagem.
Também as prendas enviadas são impor-
tantes para o nosso trabalho. Acredito que
com estas ofertas dos nossos padrinhos,
as crianças possam permanecer mais tem-
po na escola.
Em inúmeras ocasiões, os professores e
directores das escolas tiveram oportuni-
dade de me dizer que estas distribuições
e ofertas de prendas tinham contribuído
para uma maior regularidade e assiduida-
de dos alunos nas salas de aulas. Após as
visitas tinham concluído que mais crianças
permaneciam na escola e mesmo algumas
F
7
Ficha Técnica
Actividade: Envio de um contentor de 0 pés de Lisboa para o porto de Nacala (Moçambique).
Duração do envio: 68 dias.
Custo do envio: 4.39,00 euros.
Principais bens enviados: Sacos Helpo, cadernos, esferográficas, lápis de carvão, borrachas, afias, lápis e canetas de
colorir, plasticinas, jogos e material didáctico diverso, livros, mantas do tipo polar, escovas e pastas dos dentes.
Beneficiários: Alunos das escolas e escolinhas apadrinhadas pela Helpo, nas províncias de Nampula e Cabo Delgado.
decorrente da chegada de todos estes ar-
tigos. Relativamente às mantas enviadas,
serão entregues nas nossas comunidades
de Murrupula (3 escolinhas e 2 escolas).
Estas comunidades são bastante isoladas e
têm carências extremas. Na época de frio
(Maio, Junho e Julho) organizamos estas
distribuições que visam atenuar o frio que
as crianças e suas famílias sentem, e talvez
com isso evitar algumas doenças decor-
rentes desse facto. O olhar das crianças e
dos seus pais ao receberem estas ofertas
compensam todo o cansaço decorrente
do descarregamento do contentor.
Em conclusão, a chegada do contentor
recheado de produtos foi e é, sem dúvida,
um momento marcante para toda a nossa
equipa Helpo.
desistentes tinham regressado, visto que-
rerem ser contempladas com estas ofertas
de material escolar.
Os livros são uma parte essencial do nosso
trabalho aqui em Moçambique. Pretende-
mos desde o início desenvolver hábitos de
leitura nas crianças. Estamos empenhados
em disponibilizar livros a todas as crian-
ças, mesmo as de locais mais isolados e re-
motos. Todas as nossas escolas possuem
uma biblioteca escolar entregue pela
Helpo, várias bibliotecas provinciais têm
recebido os nossos livros, missões e comu-
nidades religiosas também têm merecido
o nosso apoio. Sendo assim, este recente
envio vai permitir-nos continuar a desen-
volver este meritório trabalho na massifi-
cação dos hábitos de leitura nas crianças
moçambicanas.
As pastas e escovas de dentes enviadas
neste contentor vão servir como base de
uma importante colaboração que espe-
ramos ter com a Unilúrio – Universidade
de Saúde que está sedeada em Nampu-
la. Temos estabelecido vários contactos
com turmas na área da medicina dentária,
com vista a educar as nossas crianças para
a importância de escovar os dentes. Já
no passado dia 1 de Junho, Dia Interna-
cional da Criança, uma turma de futuros
dentistas moçambicanos realizou com a
colaboração da Helpo, uma sessão educa-
tiva onde indicavam todos os benefícios
decorrentes duma efectiva lavagem dos
dentes.
É difícil expressar por palavras a alegria
8
São Tomé, Flora Torres
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
reabilitar para o desenvolvimento.
Uma imagem vale mais que mil pa-
lavras, costuma-se dizer. Mas por
vezes são precisas mil imagens
para traduzir uma palavra só: Desenvolvi-
mento.
Essas mil imagens são constituídas por um
mosaico de acções, pequenas ou grandes,
que juntas formam a mesma nota e cami-
nham no mesmo sentido.
O Desenvolvimento começa também por
criar o ambiente propício à sua concretiza-
ção, pequenos passos que, dados em con-
junto, levam a grandes transformações.
Santa Catarina encontra-se na zona nor-
te da ilha de São Tomé. Localidade final,
onde a estrada acaba, interrompida por
uma ponte quebrada e sinais de uma an-
tiga estrada que ligava o norte ao sul da
ilha. Essa mesma estrada que nos liga da
capital à comunidade é como um absoluto
postal... Caminho à beira mar por vezes
tão agitado que quase abraça a estrada,
ora calmo e sereno com os coqueiros a
perder de vista com o horizonte. Chega-
dos à comunidade, percebemos imediata-
mente a sua ligação ao mar e a tudo que
dele provém. As pequenas casas aglo-
meram-se frente à praia, cada uma com
a sua canoa e cozinha improvisada por
debaixo das estacas. As crianças brincam
no mar, dando mergulhos e pescando “à
linha” enquanto aguardam a chegada dos
barcos. A paisagem é cinzenta, não só por
estar maioritariamente sob chuva num
microclima muito próprio, mas também
por se encontrar numa zona rochosa sem
a habitual flora da ilha.
O isolamento é grande, aumentado pe-
las constantes derrocadas provocadas
pelo mau tempo que fecham a estrada
por dias a fio, pela constante ausência
de luz eléctrica e também pelas teleco-
9
Ficha Técnica
Zona de acção: Vila de Santa Catarina, distrito de Lembá, São Tomé e Príncipe.Valor Total da Obra: 854,55 Euros.Número total de crianças beneficiadas: 80 crianças.Material utilizado: Placas de rosalite, blocos de cimento, vigas de madeira, cimento, tintas e diluentes.Data da intervenção - Junho/Julho/Agosto 0.Participantes - Professores e comissão de Pais.
“O Desenvolvi-mento começa
também por criar o ambiente
propício à sua concretização”
municações inconstantes. Mas apesar da
distância, a vila tem duas ligações por dia
de “hiace” (transporte particular com uso
público) à cidade de São Tomé e à cidade
de Neves. Muitos dos habitantes locais
aproveitam esta ligação para ir vender o
peixe, ou a “apanha” do dia aos mercados
das cidades, na tentativa de gerar algum
rendimento extra para as famílias. Uma
comunidade essencialmente piscatória e
com muitos problemas de emprego. Aqui,
trabalhamos com duas comunidades es-
colares: a creche “Arca de Noé” e a Escola
Primária. As necessidades são muitas e de
várias ordens, e procuramos estar atentos
às prioridades de cada situação que nos
apresentam.
No “nosso mosaico”, a creche de Santa
Catarina é uma estrutura relativamente
grande. Tem 3 salas, uma cozinha, uma la-
trina e um pequeno espaço exterior onde
se encontram os baloiços e escorregas for-
necidos pela Helpo.
O Director apresentou-nos a sua grande
preocupação, que para nós já era eviden-
te e necessitava de intervenção urgente:
chovia dentro da creche, situação que se
agrava quando a chuva é diária e inten-
sa, como acontece com frequência em
Santa Catarina. Este ano ocorreram várias
tempestades, mais do que habitualmen-
te acontece, que deterioraram em muito
o telhado do edifício, abrindo fissuras
em várias zonas. No lugar onde deveriam
estar mesas e cadeiras povoadas com me-
ninos a pintar e brincar, pequenos baldes
e alguidares aglomeravam-se em vários
pontos, gotejando e tornando o ambien-
te ainda mais húmido e pouco salutar
para as crianças. As madeiras apodreciam,
debilitando a estrutura interna do espa-
ço e as paredes começavam a levantar a
tinta e a ganhar bolor. A intervenção foi
rápida: renovar o telhado para resolver o
problema das infiltrações constantes. A
obra começou a ser feita no início da “gra-
vana” (meses de Junho, Julho e Agosto),
época seca em São Tomé e mais propícia
à realização da empreitada, com o apoio
da comunidade e da direcção da creche
que, em esforço conjunto, retiraram as
placas com fissuras e as substituíram pelas
novas fornecidas pela Helpo. Não foi de
todo uma obra simples, pois o acesso ao
telhado em condições de segurança era
essencial, e tivemos de pensar como o
poderíamos fazer, recorrendo apenas aos
recursos locais. Optou-se por usar escadas
e andaimes e com muito cuidado foram-
-se substituindo as placas de rosalite uma
a uma.
Primeiro problema resolvido!
Seguiu-se outra preocupação relativa à
creche, que se prendia com as latrinas que
a servem: o seu estado era tão precário
que há muito deixaram de ser usadas. O
chão encontrava-se esburacado e irregu-
lar, e estavam divididas por madeira que
já apodrecia com a humidade provocada
pelas infiltrações do telhado. As condições
de higiene ou privacidade eram muito re-
duzidas. Aqui a solução foi cimentar toda
a estrutura, retirando todas as madeiras,
substituindo-as por muros de cimento e
levantando três divisórias dentro da latri-
na. Encontram-se agora com as condições
necessárias para o uso de todas as crian-
ças que frequentam a creche.
Também a cozinha apresentava várias
lacunas. A parede exterior apresentava
fendas e buracos e o chão encontrava-se
irregular, em claro estado de degradação.
Não existia um local próprio para a prepa-
ração e confecção dos alimentos, nem tão
pouco um lugar onde guardar os inúme-
ros pratos e panelas da creche. A solução
aqui foi reparar todas as fissuras, alisar o
pavimento e construir uma bancada de
trabalho que, para além de guardar todos
os materiais da cantina, fornece também
funcionalidade ao espaço, permitindo a
confecção dos alimentos de uma forma
higiénica.
Por fim, todas as zonas de intervenção fo-
ram pintadas e encontramo-nos neste mo-
mento a finalizar a pintura exterior da cre-
che, imprimindo cor e alegria para o início
do ano lectivo que já está a começar!
Os pequenos grandes passos proporcio-
nam condições para que os trabalhos de-
senvolvidos dentro das comunidades es-
colares aconteçam em condições dignas.
Neste caso, foi a reabilitação de um espa-
ço antigo, com todas as vicissitudes que o
tempo lhe causa. O resultado nunca é tão
satisfatório como uma construção de raiz,
onde podemos controlar todas as variá-
veis, mas aqui usamos as vantagens do es-
paço já existente a nosso favor e fazemos
o melhor que ele nos proporciona. Com o
melhoramento da infraestrutura escolar,
as crianças encontram um espaço aprazí-
vel e confortável, propício para poderem
brincar e realizar a sua aprendizagem,
condição também essencial para o seu
desenvolvimento cognitivo, factor funda-
mental para o seu futuro. Os professores,
por seu lado, obtêm condições necessárias
ao progresso do seu trabalho. As mil ima-
gens que criam um mosaico encontram-se
aqui espelhadas para contribuir, na nossa
perspectiva, para o Desenvolvimento.
0
PORTUGAL
hoje é o dia!
A IdeiaE se um dia pudéssemos correr todos na
mesma direcção? Em direcção ao que
acreditamos ser justo, equilibrado, (mais
humano)? Se a simples força da nossa von-
tade, convertida em percurso simbólico,
pudesse chamar a atenção, gerar um mo-
vimento muito maior do que uma ideia, e
transformar coisas simples, que residem
dentro de nós, em forças motrizes capazes
de concretizar?
Alguém dizia que, todos os dias, num
dado momento do dia, nos é dada uma
oportunidade para transformar as nossas
vidas, para revolucionar o nosso univer-
so, para revolver o nosso “sótão”, virar do
avesso prioridades, formas, cores, enfim,
o pacote que encerra a forma dos nossos
dias. Todos os dias há uma janela, um
vislumbre, uma fresta por onde podemos
enveredar para dar uma volta completa à
órbita dos nossos sonhos mais antigos e
(re)colocá-los no topo de todas as folhas
do nosso bloco de notas, recheado de
check lists onde, invariavelmente, os minu-
tos que sucedem nos relógios foram reme-
tendo prioridades para notas de rodapé.
Porque será então que esses rasgões no
meio das horas passam despercebidos
ou são deliberadamente ignorados? Será
que “todos os dias” são oportunidades em
demasia? Oportunidades também de adia-
mento das urgências? Deixas para remetê-
-las sempre para amanhã?
Foi a pensar no nosso incomensurável ta-
lento para manter as ideias nos seus com-
partimentos limitados que a Helpo pensou
na possibilidade de marcar, em todos os
calendários, anuários, agendas, que de
todos iguais se convertem em espelhos
de nós, do que queremos e do-que-não-
-queremos-mas-tem-que-ser, do que pers-
pectivámos, do que planeámos e do que
efectivamente fizemos, um dia em que se
transformam não apenas as nossas vidas,
mas as vidas de milhares de pessoas.
Dia 17 de Outubro assinala-se o Dia Inter-
nacional para a Erradicação da Pobre-
za. Esse dia, com direito a referência em
agendas e calendários, fruto da elevada
consciência humanística das grandes Or-
ganizações internacionais que reservam
conferências, dias, semanas e anos intei-
ros até, a temas específicos, é um dia que
não merece ser apenas mais um. A esse
dia, dia de pensar, de reflectir, de observar
o mundo à nossa volta, a Helpo decidiu
somar mais um: um dia de agir.
O ObjectivoReserva-se assim o dia 16 de Outubro para
nos insurgirmos contra a fome, a falta de
acesso à escolaridade, à água potável, a
cuidados de saúde, e à perspectiva de um
futuro que rompa um ciclo perpetuado
pela pobreza. Reserva-se um dia, constrói-
-se uma ideia conjunta, concretiza-se um
objectivo comum; a Helpo decidiu criar
um espaço onde se dá corpo à vontade,
de todos e de cada um, em erradicar a po-
breza! Um espaço não: cinco espaços.
Cascais, Gaia, Nampula, Pemba e São
Tomé são as cinco cidades que, dia 16 de
Outubro, vão correr contra a pobreza e
integrar um movimento de solidariedade
Internacional totalmente transversal. São
cinco os pontos do Globo onde a Helpo
está presente de forma permanente e
onde agrupará todos os seus padrinhos,
amigos e simpatizantes da causa, e ao
mesmo tempo beneficiários dos projec-
tos que cada um de nós permite construir,
ganhar forma e produzir resultados con-
cretos.
O propósito é dar ao nosso mundo, ao
de todos nós e ao de cada um, um rosto
Cascais, Joana Lopes Clemente
(mais) humano. É levantarmo-nos contra
as carências profundas e condições
indignas em que vive a esmagadora maio-
ria da população mundial. O mundo engo-
le em si uma diversidade espantosa, que
está presente em tudo. A pobreza não é
excepção. As cores de que se reveste aqui,
ao nosso lado, são altamente contrastan-
tes com aquelas que conhecemos além-
-fronteiras. No entanto, também o são
os horizontes de quem a sofre; pelo que,
para quem a experiencia, não deixa de ser
uma vivência dramática.
Com esta iniciativa, pretendemos criar um
movimento global, possível, necessário
que chama a atenção da comunidade in-
ternacional não apenas para um proble-
ma mas para a urgência em criar soluções.
Mais, para a urgência em participar dessas
mesmas soluções.
Para o fazer, basta caminhar, basta correr,
basta aparecer no dia e hora marcados,
numa das cinco cidades que vai ter o olhar
especialmente debruçado sobre a luta
mais nobre de todas: a luta pela sobrevi-
vência, pela dignidade da vida humana e
do direito à mesma!
O ResultadoOs apoios recolhidos a propósito desta
iniciativa têm um destino: as cidades Por-
tuguesas que também participarão na cor-
rida; torna-se assim possível expandir a in-
tervenção da Helpo a Portugal e olhar para
outros rostos da pobreza. Fazer com que
a população participe de forma directa, na
resolução das problemáticas daqueles que
lhe são próximos, vizinhos, concidadãos.
E, sobretudo passar a ideia de que em
cada um dos nossos dias, reside uma opor-
tunidade para agirmos, para nos tornar-
mos parte da solução, e que em cada um
de nós há um motor capaz de concretizar.
PORTUGAL
o nosso novo Norte.
o final de quatro anos de história(s) e de intervenção no
terreno, a Helpo ganhou maturidade para se expandir,
não só no exterior, em Moçambique e São Tomé, mas
cá dentro das nossas fronteiras. Atendendo ao apelo constante
dos nossos padrinhos e amigos no Norte, surgiu a possibilidade
de abrir uma delegação na zona do Porto.
Depois de quase completados três anos de integração na família
Helpo e de trabalho no terreno, fui convidada para abraçar mais
este desafio e criar um escritório que pudesse estar em contacto
com todos os nossos amigos do Norte do País.
Ainda não temos um espaço aberto a todos aqueles que nos
queiram visitar. No entanto, temos tido o apoio incansável da
FNAJ (Federação Nacional das Associações Juvenis) que nos tem
cedido uma sala na sua sede sempre que é por nós solicitada.
Pensamos que numa fase inicial, de implementação, não se jus-
tifica o arrendamento de um espaço, pelo que celebraremos um
protocolo com aquela instituição e partilharemos uma estrutura,
no centro da cidade do Porto, apta a dar este tipo de respostas a
Associações como a nossa. Isto significa uma poupança significa-
tiva, não só com recursos humanos, mas, também de consumí-
veis, bem como água, energia, internet…
Em breve estaremos abertos a receber todos os nossos amigos e
padrinhos em local e horários que oportunamente serão comuni-
cados. Esta proximidade permitirá, a todos aqueles que sentem a
distância como um entrave, um maior contacto com os colabo-
radores da Helpo e com todos os nossos projectos. Permitirá,
também, o depósito, na nossa delegação, de presentes e corres-
pondência para as crianças e os afilhados em Moçambique ou S.
Tomé. Pensamos que o facto de estarmos mais dispersos no ter-
ritório nacional facilitará uma maior recolha de géneros para dis-
tribuição livre e adesão a campanhas específicas de angariação.
Prevemos, ainda, uma componente de formação na área do vo-
luntariado internacional. Temos o objectivo de fazer workshops,
destinados a crianças, adolescentes e adultos, com temas oportu-
nos em função das dificuldades que vamos percebendo existirem
e/ou que nos forem apresentadas. É nosso objectivo estabelecer
parcerias com algumas Faculdades que formam profissionais nas
nossas áreas de intervenção, no sentido de proporcionar aos jo-
vens recém-licenciados ou em fase de estágio, experiências pro-
fissionais nas suas áreas de formação.
Para já, a Helpo está “no terreno” a perceber quais as dificulda-
des existentes nas famílias e Instituições portuguesas.
Porto, Ana Luísa Machado
N
3
“Em breve
estaremos abertos
a receber todos os
nossos amigos e
padrinhos em local
e horários
a comunicar ”
Quando cheguei, depois de, sensivelmente, três anos de ausên-
cia da realidade concreta do nosso País, comecei a perceber que
havia uma pobreza emergente. Pobreza de quem antes não pas-
sava dificuldades, mas que agora não tem dinheiro para pagar
as suas contas ou, sequer, para comer. Quando me apresentava
como representante da Helpo na zona Norte, as palavras que
mais ouvia eram de esperança em mais uma mão amiga que vi-
nha para ajudar.
Foi em conversas destas que descobrimos a “Casa do Estudante”
da “Obra do Frei Gil”, uma Instituição Particular de Solidarieda-
de Social (IPSS) que acolhe 35 crianças, entre os 4 e os 18 anos.
Todas estas crianças chegam a este espaço
de acolhimento através do tribunal ou da Se-
gurança Social e todas elas estão referencia-
das como vítimas de algum tipo de violência
como maus tratos ou negligência por parte
dos progenitores ou tutores.
Como o Centro funciona em regime de in-
ternato, conta com a colaboração de 22 fun-
cionários. Conta, também, com a dedicação
totalmente gratuita de um Médico que se
encontra disponível para qualquer emer-
gência, a qualquer hora do dia ou noite,
uma Terapeuta da fala que, apesar de viver
em Lisboa, se desloca ao Porto uma vez por
semana para ajudar estas crianças, e uma
Psicóloga.
Apesar de toda esta boa vontade, a Obra do Frei Gil está a passar
por tremendas dificuldades económicas, o que os impossibilita
de dar a resposta que desejariam a todas as crianças que aco-
lhem e que fazem daquele Centro a sua família e o seu lar.
Felizmente há Instituições que fornecem regularmente os bens
alimentares básicos, como a massa, arroz, óleo e alguns legumes,
mas não há doações de lacticínios como iogurtes nem tão pouco
carne ou peixe. Estes são “luxos” nem sempre disponíveis, apesar
de haver um cuidado permanente e constante com a qualidade
da dieta alimentar de todas as crianças. Neste momento a Hel-
po está a tentar assegurar de forma regular e continua géne-
ros como carne, peixe, leite e iogurtes. Entretanto, estamos em
condições de oferecer uma primeira ajuda que consta de pastas
e mochilas, material didáctico e escolar, vestuário, calçado e pro-
dutos de higiene pessoal.
Um outro Centro a passar por dificuldades tremendas fica na
freguesia de Miragaia, uma das mais carenciadas da cidade do
Porto. Estou a falar do Centro Social e Paroquial de Miragaia.
Nesta instituição funciona uma creche, um espaço pré-escolar,
um ATL, um centro de apoio parental e um centro de dia com
apoio domiciliário. Na vertente da criança, existe um berçário
que acolhe 8 bebés, 35 meninos entre 1 e 3 anos, 25 alunos do
pré-escolar e 24 que frequentam diariamente o ATL, no total de
92 crianças. Cada criança paga uma média de 60,00 € mensais, o
que não é suficiente, sequer, para pagar as retribuições dos dez
funcionários. Acresce que, de há meio ano a esta parte, uma per-
centagem significativa dos encarregados de
educação deixou de pagar as mensalidades
por falta de orçamento; começaram a substi-
tuir os produtos de higiene das crianças por
outros mais baratos, sendo que, em alguns
casos, os suprimiram. Os auxiliares e educa-
dores começaram, também, a perceber que à
segunda-feira as crianças chegavam abatidas
e que comiam desesperadamente tudo o que
lhes era apresentado. A Helpo foi alertada
para o facto de, actualmente, algumas destas
crianças estarem a sofrer grandes restrições
alimentares durante o fim-de-semana.
Se é certo que já existe uma canalização re-
gular de bens alimentares básicos para esta
instituição, tal como na Obra do Frei Gil, o problema coloca-se
com os frescos, lacticínios, carne e peixe. Também aqui temos o
objectivo de assegurar uma regularidade de acesso a estes bens.
Para além disto, o espaço está bastante degradado e o mobiliário
e brinquedos já obsoletos, pelo que vamos oferecer novos brin-
quedos e jogos didácticos, bem como novo mobiliário e uma pin-
tura geral nas salas e casas de banho que foram invadidas pelo
mofo e caruncho. Para isso, contamos com a mão amiga de em-
presas de tintas e de armazéns de mobiliário, bricolage e deco-
ração. Contamos, também, com todos aqueles que nos queiram
conhecer, e que se queiram dar a conhecer, mas, acima de tudo,
que queiram “arregaçar as mangas e porem-se a trabalhar”, a
passar um fim-de-semana diferente e divertido, a pintar as pare-
des que recebem todos os dias os sorrisos destas crianças. Este é
um repto que todos os nortenhos terão de aceitar para mostrar a
força da Helpo neste canto de Portugal.
4
PORTUGAL
4
ACascais, Caroline Staedtler
nova etapa.
pós a sua instalação na nova sede e depois de “sentir” o
Bairro, a Helpo está preparada para alargar a sua inter-
venção no terreno nacional, sempre na linha que define
o seu trabalho – in loco, junto dos que mais precisam e lado a
lado com os habitantes.
O levantamento de necessidades do Bairro surgiu naturalmente
através da implementação do Projecto Veki na Escola EB1 Ma-
nuel Gaião, onde os Professores ainda são próximos dos alunos,
onde estes se preocupam com as vidas dos seus pequenos discí-
pulos, mesmo fora da sala de aula. Muita informação importan-
te nos chegou através deles e dos miúdos. Andámos pelas ruas
do Bairro e ouvimos os pedidos dos que o habitam e, juntando
esta informação à que já tínhamos recebido da Escola, a Helpo
foi capaz de fazer um diagnóstico e desenvolver um projecto de
intervenção no Bairro das Fontainhas. Com o seu projecto, a Hel-
po vai chegar a mais população, pois a Escola EB1 Manuel Gaião
e a Escola Secundária de Alvide, que são as Escolas com as quais
a Helpo tem uma relação próxima no Bairro, recebe alunos dos
Bairros das Fontainhas, Irene e Abuxarda.
Os principais problemas identificados no Bairro são as famílias
desestruturadas, o desemprego, o envelhecimento da popula-
ção, a falta de atenção às crianças por parte dos pais por não
terem tempo ou por negligência, a ausência de actividades lú-
dicas e tempo de qualidade para as crianças, a dificuldade de
aprendizagem devido às poucas horas de sono que as crianças
têm (por estarem acordadas até tarde por fazerem trabalhos de
casa apenas quando os pais chegam do trabalho), alimentação
deficiente, oscilação da frequência escolar, e o facto das crianças
ficarem com os avós enquanto os pais trabalham ainda que estes
não tenham capacidade de os ocupar e, por último, a toxicode-
pendência.
O que fazer perante estas dificuldades? Proporcionar às crianças
um espaço onde podem ser crianças e ainda receberem algumas
ferramentas necessárias para crescerem de forma saudável, au-
mentarem as suas capacidades sociais, relacionais, cognitivas e
desta forma talvez evitarmos que alguns deles enveredem por
caminhos não desejáveis. Um projecto ambicioso? Sem dúvi-
da que é, mas são estas as ambições que nos movem e que são
necessárias para fazer a diferença na vida de quem esteja aberto
para nos receber.
Como é prática da Helpo, também neste projecto achamos opor-
tuno envolver quem está no Bairro ao pedir ajuda, apoio e um
olhar atento sobre o pouco que é necessário dar para fazer a di-
ferença. Por vezes a ajuda necessária está próxima e visível. Nes-
te caso, a ajuda caiu literalmente do céu: o Padre Nuno Coelho
recebeu-nos na igreja das Fontainhas (pertencente à Paróquia de
Cascais) e disponibilizou-nos as salas do Edifício anexo à mesma.
O projecto terá início em Outubro, a par do arranque das aulas,
e será um espaço dirigido a crianças e jovens onde, 4 vezes por
semana entre as 17.30 às 19.00 horas, os jovens têm acesso a es-
tudo acompanhado e actividades lúdicas (Expressão Dramática,
Educação pela Arte, Dança etc.) que estimulem as suas capaci-
dades emocionais, sociais e relacionais. A Helpo contará com a
ajuda dos seus voluntários que garantem a continuidade da fre-
quência semanal, assim como Workshops pontuais. O facto de as
crianças terem acesso ao estudo acompanhado irá ter repercus-
sões directas e positivas nas vidas deles, ao fazerem os trabalhos
de casa com regularidade, poderem tirar dúvidas com um adulto,
criarem um método de estudo e terem mais tempo livre quando
chegarem a casa para brincar – tudo isto contribuirá para um
desenvolvimento mais saudável. Uma das salas será equipada
com 8 computadores doados pela HP e que servirá como meio
dos alunos poderem consultar e pesquisar, sempre na presença
de um adulto, informação que possa ser útil para trabalhos que
tenham de desenvolver para a Escola. As restantes actividades
lúdicas serão atractivas para os jovens e terão a mais-valia de
trabalharem sobre aspectos fundamentais para um crescimento
e desenvolvimento adequado – o aumento de auto-estima, capa-
citação e estímulo de competências, criação de regras e limites,
gestão de conflito, trabalho em grupo etc.
Para além das actividades semanais, irá ser criado um grupo uma
vez por mês, onde serão abordadas algumas questões activas
e problemáticas dos jovens. Será um grupo de partilha, de en-
contro de respostas e de descobertas. Temos a certeza de que,
através do trabalho com as crianças, os pais também irão solicitar
respostas às suas necessidades, pelo que está no plano da Helpo
também disponibilizar espaços de partilha para os adultos atra-
vés de atendimentos individuais e Workshops.
Muito há por fazer e finalmente todas as condições se reuniram
para que a Helpo solidificasse cada vez mais a sua presença em
Portugal – queremos estar cada vez mais perto dos que nos ro-
deiam e fazer a diferença na nossa comunidade. De uma coisa
temos a certeza - a vida de muitas crianças por cá, também será
tocada pela presença da Helpo!
Se ficou entusiasmado com este projecto e deseja participar como voluntário ao acompa-nhar as crianças nos estudos ou ao leccionar um Workshop de alguma
actividade lúdica, por favor envie-nos um e-mail para [email protected].
5
C
Nampula, Joana Lopes Clemente
as entrelinhas, os entretantos, os através.
anais que permitem ligar ferramentas a concretizações.
Uma viatura, um terreno, um contentor.
Varinhas mágicas que transportam os sonhos para a
realidade. Porventura menos palpáveis, menos óbvias que as
concretizações em si, menos resplandecentes nas fotografias,
mas condição absoluta para que elas aconteçam!
Um técnico no terreno traz na bagagem uma viagem de avião,
um visto de entrada, uma autorização de residência e de traba-
lho. Uma escola materializada em três espaçosas salas de aula,
devidamente equipadas e apoiadas pelo bloco administrativo,
envolve na sua História a viatura, as inspecções, o seguro, a ma-
nutenção e o gasóleo. O pneu que, cansado, ficou pelo caminho
e pediu baixa, o seu substituto, as licenças de construção.
Uma multidão de pastas laranja carregadas a tiracolo, ladeando
as estradas nas imediações das escolas, protegendo o material
escolar e o entusiasmo que as crianças nelas depositam, escon-
dem o trajecto por mar, de um contentor anónimo, que durante
68 dias percorreu dois mares, visitou portos, passou alfândegas,
carimbou documentos, coleccionou inspecções e taxas e final-
mente, conheceu transporte para terra onde alcançou o arma-
zém de destino.
Um ateliê de ocupação de crianças, um espaço recheado de con-
teúdo dirigido à infância, à juventude, contrariando as soluções
habituais, os caminhos frequentemente oferecidos e à mão de
semear: o tráfico de droga, o consumo, a prostituição infantil. A
oferta dessa alternativa, o vislumbre de outros percursos, tudo
isso é construído e encerrado numa estrutura; um edifício que se
ergue num terreno, que se oficializa numa escritura.
A Agenda Helpo já permitiu, no passado, a construção de um
furo de água em profundidade (2008), a aquisição de uma via-
tura de trabalho para São Tomé e Príncipe e a aquisição de um
gerador para o escritório de São Tomé e Príncipe (2010), a aqui-
sição de um terreno para a construção de um centro de dia para
crianças e jovens em risco e o envio de um contentor de 20 pés
carregado de livros, produtos de higiene, mantas tipo polar e ma-
terial escolar para Moçambique (2011).
No ano de 2012 queremos continuar a apostar nas pessoas, a
trabalhar em conjunto com as comunidades para permitir a sua
sobrevivência com dignidade e esperança no futuro. Precisamos,
para isso, de suportar os através, de trabalhar nos entretantos e
de preencher a poesia dos dias escrevendo nas entrelinhas. Por-
que não há concretização sem História, sem passos prévios, sem
estruturas sólidas que estejam presentes no dia-a-dia, junto de
quem delas precisa.
A Agenda Helpo 2012 vai permitir-nos estes passos tão necessá-
rios para o percurso como o derradeiro, o que corta a meta de
chegada. Marque na sua agenda o dia em que começará a mudar
o mundo à sua volta. HOJE É O DIA!
Ao efectuar qualquer doação a partir de 5€*entre os dias 1
de Novembro de 2011 e 28 de Fevereiro de 2012 estará a
contribuir activamente para a implementação de um pro-
jecto de microcrédito rotativo e geração de rendimento
para famílias de acolhimento a crianças órfãs promovido
pela Helpo em parceria com o Infantário (Orfanato) Provin-
cial de Nampula.
As referidas doações não incluem as contribuições feitas
ao abrigo do programa de apadrinhamento de crianças à
distância promovido pela Helpo nem os portes de envio
das referidas agendas cujo custo de envio postal ascende
a 1,32€ .
6
vidas secas.Caxias, António Perez Metelo
esde o passado mês de Julho que a ONU declarou o
estado de emergência alimentar no Corno de África,
devido à mais severa seca dos últimos 60 anos. O epi-
centro desta catástrofe humana, que atinge 13,3 milhões de
seres humanos, situa-se no Centro e no Sul da Somália. A gra-
vidade do alastrar da fome resulta do difícil acesso da ajuda
humanitária a várias das seis regiões atingidas, devido à guerra
civil que se prolonga naquele país há já 20 anos.
Os organismos competentes das Nações Unidas, em conjuga-
ção com as previsões meteorológicas, já tinham lançado há
meses o alarme para que se procurasse evitar o pior. Ninguém
ligou! Em princípios de Setembro, a ONU alertou para a insufi-
ciência do apoio que o Mundo estava a prestar a esta tragé-
dia (cujo montante necessário a curto prazo foi calculado em
1 800 milhões de euros) e previu um agravamento das mortes
diárias, que estão a ocorrer, se a seca se prolongar até ao fim
do ano.
A ONU tem critérios bem precisos – todos eles terríveis – para
decretar um estado de fome: no mínimo tem de haver 20% das
famílias confrontadas com um estado de grave penúria alimen-
tar, outros 30% devem estar a sofrer de grave má nutrição e a
taxa diária de mortes deve ir além de 2 por cada 10 000 pesso-
as atingidas. Numa população somali afectada de 4 milhões, a
contabilidade das vítimas até ao momento não andará longe
das 65 mil; bastante mais, se tivermos em conta os efeitos da
seca nos vizinhos Quénia, Uganda e Etiópia. Metade das víti-
mas mortais são crianças.
Quanto a estas, a lei cruel da sobrevivência dos mais fortes
tem tido uma aplicação macabra: entre as famílias somalis
que, atravessando zonas desérticas, procuram chegar a cam-
pos de refugiados seguros (longe das pilhagens dos milicianos
em guerra do seu país) no Quénia, há relatos de mães que se
viram forçadas a dar o pouco que ainda podiam distribuir aos
seus filhos mais robustos – com maior capacidade de sobrevi-
vência – deixando morrer pelo caminho os mais débeis.
É inacreditável que, num Mundo que esbanja riquezas a eito,
em pleno século XXI, a Humanidade continue com as suas
prioridades tão baralhadas! Para acudir à dívida soberana de
três pais europeus, Grécia, Irlanda e Portugal, com os seus 25
milhões de habitantes, já se comprometeram 338 mil milhões
de euros. Para evitar uma morte horrível, catastrófica numa
população que é metade da dos três países citados, ainda não
se mobilizou metade do dinheiro necessário – 1,8 mil milhões!
Arrepia pensar que cada africano, fustigado por uma catástro-
fe natural de dimensão invulgar, não consiga sequer uma aju-
da 150 vezes menor do que aquela que é mobilizada para cada
europeu, alvo da ajuda financeira externa...
É assim que as coisas estão: em cada dia que passa, mais de
mil crianças mortas; com tendência a agravar-se à medida da
extensão da seca até ao fim de 2011. Para o trabalho da Helpo,
no Norte de Moçambique, está dado o alerta: as produções
agrícolas vão ser mais escassas e vai espalhar-se a situação de
má nutrição das populações, porventura também nas comuni-
dades onde vivem os nossos afilhados. Nós, seguramente não
viraremos a cara às situações de necessidade extrema que elas
possam vir a enfrentar nos próximos meses!
D
MAIS MUNDO
7
ESTÓRIAS
eu Helpo, eu recebo.Borba, Ondina Giga
F azer voluntariado tem tudo a ver com receber. Receber
ensinamentos, amizade e bons momentos. Fazer volun-
tariado em Educação é receber sorrisos, carinho, grati-
dão. Até aqui nada de novo. A surpresa chega ao perceber que
o voluntariado, no país pobre que é Moçambique, significa
receber, de quem nada tem, tudo o que há para dar.
É receber permissão para entrar no mundo descalço de uma
criança pobre de 4 anos, quando ela nos puxa pela mão como
quem segura o que de mais precioso tem. É receber o olhar
dessa criança com aqueles olhos grandes que sorriem para
nós. É receber todo o tipo de sorrisos, os tímidos, os malan-
dros, os barulhentos, os que tiram o fôlego, os de contenta-
mento, os de criança inocente que vêm acompanhados da-
quele encolher de ombros. Impossível largar a mão, deixar de
olhar, deixar de sorrir ou deixar de fazer. Os meninos do Orfa-
nato com nome de Infantário, em Nampula, andam descalços,
vestem roupas rotas, tomam banho de balde, não têm pais,
mães ou irmãos que os acolham, mas sabem transformar-se na
família que acolhe quem lá vai. Lá, é fácil sentirmo-nos espe-
ciais. É fácil sentirmo-nos bem.
Aliás, difícil só foi mesmo o perceber que lá a realidade do dia-
-a-dia é realmente dura e que, por mais que queiramos que o
deixe de ser, continuará a sê-lo, por uma porção de tempo im-
possível de adivinhar.
E no fim, difícil foi virar as costas. Porque até no fim houve
receber, gentilmente entregue por essa realidade dura. Foi o
receber de um almoço especial, diferente para mim e diferen-
te para quem todos os dias almoça no Infantário Provincial
de Nampula. Foi um almoço grande, com tudo o que havia de
melhor para pôr na mesa, “Porque só estamos realmente jun-
tos quando partilhamos a refeição”, dizia a sábia Directora do
Infantário. Houve música para dançar, houve discursos para
chorar, houve bolo, sem ovos porque o dinheiro não chegou a
tanto, houve cantigas de despedida, abraços, obrigados, houve
uma capulana oferecida para garantir que a voluntária, mesmo
na distante Europa, nunca deixe cair os meninos do Infantá-
rio, à semelhança do que acontece com aquelas mulheres:
“Em África, por mais pequena que seja a capulana, uma mãe
que carrega o filho ao colo nunca o deixa cair. E a Tia Ondina
nunca pode deixar cair estes meninos”. As palavras são da Di-
rectora Pedagógica do Infantário. Depois, mais abraços, mais
cantigas, palmas, saíram as lágrimas e o coração acelerou. Fez-
-se tarde, saí, eu e a capulana que carrega todos os meninos
do Infantário, sem pesar.
É verdade que estes pequenos humanos e as suas dádivas são
o suficiente para sentirmos que valeu a pena. Outros houve,
os grandes humanos, aqueles que me ensinaram, ajudaram,
acompanharam, compreenderam e que são responsáveis por
hoje responder, a quem me pergunta como correu a experi-
ência de 6 meses em Moçambique “Sim, correu tudo bem. Foi
extraordinário, perfeito, adorei o que fiz e adorei as pessoas. E
tenho saudades.”. Obrigada pelo que me deram. Obrigada Tia-
go, obrigada Carlos, obrigada Infantário Provincial de Nampu-
la, obrigada Helpo.
8
QUEM HELPA?
apoiar em tempo de crise...Cascais, Sofia Nobre
Contentores solidários…
Graças ao apoio de particulares e empresas, a Helpo tem con-
seguido enviar regularmente os presentes e correspondência
dos padrinhos para os seus afilhados para São Tomé e Prínci-
pe, assim como material diverso para distribuição livre junto
das crianças benificiárias dos programas de apoio da Helpo.
O custo relacionado com o envio de bens para o terreno au-
mentou significativamente, obrigando a Helpo a tomar medi-
das a este nível, de forma a não prejudicar o apoio efectuado
no terreno.
A empresa CONSTEP, pela mão do Director da Empresa – Engº
António Trigueiros, apadrinhou o envio de bens para o terreno
pela segunda vez no decorrer do ano de 2011, disponibilizan-
do espaço nos contentores que enviou para São Tomé e Prín-
cipe, assim como apoiando em todas as questões logísticas,
de desalfandegamento e transporte do material até à sede da
Helpo em São Tomé.
Desta forma a Helpo conseguiu enviar não só os presentes dos
padrinhos para os seus afilhados, como kits compostos por di-
versos materiais para distribuição geral às crianças benificiárias
do apoio da Helpo neste país.
O primeiro apoio disponibilizado pela CONSTEP possibilitou
“O apoio das
empresas torna-se
cada vez mais
importante para
chegar àqueles cuja
pobreza não está
camuflada ”
Numa altura em que a conjuntura actual obriga a cada vez mais cortes nos gastos, as Instituições Sem Fins Lucrativos vêem aumentar a di-ficuldade de conseguir obter apoios junto das empresas. Por outro lado os pedidos de ajuda às Instituições aumentam, obri-gando as Organizações a aumentar o le-que do seu apoio. No caso da Helpo, e como pôde ler nos ar-tigos de Portugal, iniciámos a nossa inter-venção em território Nacional, procurando dar resposta aos problemas identificados no Bairro das Fontainhas, onde a Asso-ciação opera, assim como na zona Norte do país. Esta expansão leva as Organi-zações a solicitar cada vez mais o apoio das empresas, e se por um lado existem entidades que
ampliam o seu apoio porque o índice de pobreza se encontra a aumentar significativamente, por outro lado, existe quem tenha que cor-tar porque vê o seu negócio ou situação financeira piorar. E neste hula hoop da crise financeira, há quem continue a necessitar de bens e ser-viços de primeira necessidade a que se viu privado uma vida inteira, como água, ali-mentação, vestuário, educação, saúde…O apoio das empresas torna-se cada vez mais importante para chegar àqueles cuja pobreza não está camuflada. E é neste sentido que a Helpo continua a procurar empresas madrinhas que apoiem as nos-sas causas, felizmente tem-se cruzado com
algumas que prestam um inestimável apoio…
99
o envio de 26 volumes. Aos volumes estão associados kits in-
dividuais, a distribuir às crianças integradas no Programa de
Apadrinhamento de Crianças à Distância da Associação, nos
distritos de Lembá e Mé-Zóchi. Desta forma seguiram 476 kits
compostos por: 1 saco Helpo, material escolar e material di-
dáctico.
O segundo contentor permitiu o envio de 112 kits individuais,
compostos pelo mesmo material, e 112 kits de presentes de
padrinhos para os seus afilhados.
Sem o seu valioso apoio, não nos teria sido possível fazer che-
gar o material a tempo do início do ano lectivo e distribuir sor-
risos pelas comunidades.
A CONSTEP é uma empresa de Direito Santomense (com um
escritório de representação em Lisboa) e tem a sua cota de res-
ponsabilidade pelo desenvolvimento de São Tomé. Existente
desde 1986, foi responsável pelas obras de ampliação do Aero-
porto, obras hidráulicas (captação e abastecimento de água às
cidades da Trindade, São João dos Angolares e Vaz Sun Pinho),
aproveitamento hidroeléctrico da ilha do Príncipe, construção
da sede da Santa Casa da Misericórdia, construção da Fábrica
de tratamento de cacau e café em Monte Café, entre outras
empreitadas.
Em nome das crianças beneficiárias dos nossos projectos,
agradecemos uma vez mais o apoio efectuado pela CONSTEP e
por todos os padrinhos e amigos que nos apoiam no envio de
bens para o terreno.
Responsabilidade Social activa…
A Fuga Perfeita é uma empresa de animação e turismo cultural,
que se dedica essencialmente a 3 áreas de negócio: Turismo Cul-
tural, Animação Temática e Outdoor. A sua maior diferenciação
passa pela componente de customização da sua oferta às neces-
sidades específicas dos seus Clientes, em particular, na compo-
nente de animação temática. Em 2011 nasceu uma nova área de
negócio: a Responsabilidade Social. Porque a empresa acredita
que precisam de tomar medidas que abranjam todos os sectores
da nossa sociedade, criaram e propuseram actividades de Res-
ponsabilidade Social para que as empresas possam actuar nesse
sentido, facultando acções que ajudem as empresas a serem eco-
logicamente correctas, culturalmente aceites e socialmente justas
perante a sociedade civil.
As acções no âmbito da Responsabilidade Social vão desde a re-
cuperação de espaços necessitados de beneficiação ou pequenas
obras, como escolas, associações e organismos de solidariedade
social, à sensibilização e angariação de bens materiais para esco-
las, associações e organismos de solidariedade social.
É neste sentido que a Fuga Perfeita celebra uma parceria com a
Helpo, para que possamos beneficiar do apoio das empresas suas
clientes, no âmbito do voluntariado e angariação de bens.
Através de acções de teambuilding, os colaboradores podem
associar momentos de laser a trabalho voluntário e ajudar uma
Organização a levar o seu trabalho a bom porto.
Desde já manifestamos o nosso profundo agradecimento à Fuga
Perfeita e a todas as empresas suas clientes, que demonstrem in-
teresse em colaborar com a Helpo. E incentivamos outras empre-
sas a seguir o mesmo parâmetro de acção, porque tanto o apoio
voluntário como o apoio em géneros é necessário!
0
i MAIS
desporto, que visa a angaria-
ção de fundos e bens a reverter
a favor da Associação Helpo.
Este projecto irá decorrer entre
o dia 15 de Outubro e o dia 19
de Novembro e conta com a
3ª Edição. Este projecto conta
projecto CONCEITO
URBANO, implemen-
tado pela empresa de
eventos IN EVENTS,
consiste numa série de eventos
nas áreas da moda, artes, músi-
ca, festas e mais recentemente
O
helpo conceito urbano 2011.
com o apoio de várias entida-
des e embaixadores que dão a
cara pelo projecto, consulte a
página do CONCEITO URBANO
no facebook.
Apresentamos a agenda de
eventos marcados e convida-
mos todos os nossos padrinhos
e amigos a estarem presentes.
Para mais informações:
938418938.
promoção do empreende-
dorismo solidário e por esse
motivo as receitas de bilhe-
teira serão distribuídas pelas
IPSS presentes.
Na sua 6ª Edição, a Feira vol-
ta às Instalações da FIL, no
Parque das Nações.
Contamos com a sua visita!
AIP – Feiras, Con-
gressos e Eventos
realiza, de 03 a 11 de Dezem-
bro de 2011, a NATALIS – Fei-
ra de Natal de Lisboa, onde
a Helpo estará novamente
presente.
A Organização da feira re-
leva o papel do Evento na
ANatalis 2011.
de 17 de Outubro a 13 de
Novembro, a Helpo estará pre-
sente nos centros comerciais
Mundicenter da grande Lisboa,
a dinamizar uma acção para
o público infantil e a recolher
bens: nas Amoreiras, no Odive-
Mundicenter juntou-
-se ao projecto
HELPO CONCEITO
URBANO 2011, como ponto
de recolha de bens e venda de
merchandising da Helpo.
Deste modo, durante um mês,
A
helpo nos shoppings Mundicenter.
las Parque, no Spacio Shopping
e no Oeiras Parque.
Para mais informações contac-
te-nos através do seguinte e-
-mail: [email protected] ou telefo-
nicamente para o 21 153 76 87.
i MAIS
Este festival assenta em três
pilares de sustentabilidade: o
Económico, o Meio Ambien-
te e o Social, e é neste con-
texto que a Helpo foi convi-
dada a estar presente neste
Estoril é palco de
um evento de refe-
rência na área da
sustentabilidade, o Green
Festival, entre os dias 28 de
Setembro e 02 de Outubro.
O
green festival 2011.evento. Os temas principais
deste ano são o Ano Inter-
nacional das florestas, o Ano
Europeu do voluntariado e
a Mobilidade sustentável.
Durante cinco dias estare-
mos a promover não apenas
o nosso trabalho, como o
Workshop de voluntariado
Mais Voluntário, que conta
com a sua 3ª Edição.
dinamizadora desta acção, e
permitiu a recolha de fundos
no valor de 2449,00€.
Agradecemos à madrinha
Luísa Borges e sua família,
a todos os participantes e a
todas as empresas que nos
apoiaram na venda das rifas.
O nosso especial agradeci-
mento à Ksara, laboratório
de fotografia, que angariou
o valor de 165€ euros através
da venda de rifas e nos tem
apoiado em todas as inicia-
tivas.
o passado dia 13 de
Agosto foi sorteada
uma mota de água
nas festas da Semana do
Mar, que decorre todos os
anos na Ilha do Faial, Açores,
pela mão da Sofia Nobre, res-
ponsável do departamento
de comunicação da Helpo e
pela madrinha Luísa Borges.
O vencedor deste magnífico
prémio detém a rifa nº1000
e habita em Lisboa. A mota
de água foi gentilmente ofe-
recida à Helpo pela estima-
da madrinha Luísa Borges,
N
sorteio helpo.
3
FICHA TÉCNICA
Entidade Proprietária e Editor
Associação Helpo
Morada e Redacção: Associação Helpo,
Rua Catarina Eufémia, Fontaínhas,
2750-318 Cascais
Director Responsável
António Perez Metelo
Directora Editorial
Joana Lopes Clemente
Nº de registo no ICS: 124771
Tiragem: 5100 exemplares
Periodicidade:
Trimestral
NIF: 507136845
Depósito Legal: 232622/05
Impressão
ORGAL,Rua do Godim, 2724300-236 Porto
Redacção Portuguesa
Sofia Nobre(secretária de redacção)Joana Lopes ClementeMargarida Assunção
Colaboradores neste número
Ana Luísa MachadoAntónio Perez MeteloCarlos AlmeidaCaroline StaedtlerFlora TorresJoana Lopes ClementeOndina GigaSofia NobreTiago Coucelo
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Correspondente em África
Carlos Almeida
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