Booz & Company São Paulo, 6 de maio de 2013
Multimodalidade e a Cadeia de Suprimentos A importância de Plataformas Logísticas
Luiz F. M. Vieira, PhD
Vice-Presidente
Luiz F. M. Vieira, PhD8º Encontro de Logística e Transportes -- FIESP 1Booz & Company6 de maio de 2013
Fundada em 1914
Edwin Booz, ao fundar a Booz, criou a profissão de consultoria de gestão estratégica
Keith Oliver, ao trabalhar para Cadbury Schweppes, cunhou o termo SupplyChain Management
Primeira Consultoria de Alta Gestão a estabelecer-se no Brasil, em 1965
Financial Times (London), June 4, 1982Arnold Kransdorff reports on “Supply Chain Management”
“Cadbury Schweppes is one of eight international clients which are currently using Booz & Company’s rather grandly titled “supply chain management” concept…Explains Keith Oliver...: “Addressing the problem at the control systems level would have produced major emphasis on trying to improve the accuracy of forecasting demand. Given the characteristics of the demand -- high variety and uniqueness of the component specifications – there was a limited chance of success.”
Luiz VieiraSócio VP, Líder da Prática de Operações e Infra-Estrutura na A. LatinaProfessor de Estratégia em Cursos de Pós-graduação do InsperPhD, MSc pelo MIT/USA e COPPE/RJ
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ClientesLojaFábricaFornecedor
Matéria-Prima
Cadeia de Suprimentos Tradicional
Complexidade da Cadeia de Suprimentos
Fornecedor 1
Fornecedor 2
Planta Própria
JV / Aliança
Armazém
Distribuidor
Cross-dock
Clientes
Loja
Drogaria
MassMerchandiser
Co-packer
Cadeia de Suprimentos Atual
Milhares de SKUsVários Canais com requerimentos distintos
Clientes Diretos e DistribuidoresPlantas Próprias e Terceirizadas
Diversos Fornecedores
Nos últimos anos, as cadeias de suprimentos têm ficado cada vez mais complexas
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Entretanto, ineficiências na cadeia de suprimentos continuam a oferecer oportunidades de geração de valor
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Source: CASS 2001
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9%4%10% of GDP
Escopo de Criação de Valor
Falta de uma perspectiva dos economics
Redes logísticas redundantes e ineficientes
� Mecanismos/Ferramentas são muitas vezes insuficientes para avaliar o trade-off dos economics da cadeia com a equação de demanda
� Indústria e distribuidor muitas vezes operam redes dedicadas em geografias comuns
Fluxos físicos e financeiros não alinhados
� Separação entre transferência de fundos e fluxos físicos deixa de capturar oportunidades de geração de valor
Ineficiências na Cadeia de Suprimentos
Aumento da relevância da cadeia de suprimentos
� Globalização da configuração fabril re-enfatiza os custos da cadeia de suprimentos e de logística
TRANSPORTES
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Transportes é o maior componente de custo – cada modalidade tem o seu papel dependendo da cadeia de suprimentos
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CARACTERÍSTICAS RODOVIA FERROVIA AÉREO NAVEGAÇÃO DUTO
Econômicas
• Custo (Operação) Moderado Baixo Alto Baixo Baixo
• Cobertura Ponto-a-Ponto Entre Terminais Entre Terminais Entre Terminais Entre Terminais
• Grau de Competição Alto Moderado Moderado Baixo Baixo
• Tráfego Predominante
• Valor Todos Baixo-Moderado Alto Baixo Baixo
• Densidade Moderada-Alta Baixa-Moderada Alta Alta
• Distância Média (km) 500-800 800-1.000 1.300-1.500 1.200-1.400 400-600
• Capacidade do Veículo (t) 10-40 50-12.000 5-125 1.000-200.000 30K-2.500K
Serviço
• Velocidade em Trânsito Moderada Baixa Alta Baixa Baixa
• Disponibilidade Alta Moderada Moderada Baixa Baixa
• Confiabilidade Alta Moderada Alta Baixa-Moderada Alta
• Perdas e Danos Baixo Moderado-Alto Baixa Baixa-Moderada Baixa
• Flexibilidade Alta Moderada Baixa-Moderada Baixa-Moderada Baixa
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Diferenças na estrutura de custos entre as modalidades influenciam na escolha modal
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Rodoviário Ferroviário Marítmo Aéreo
Variável Mão-de-Obra Fixo
(1) Não considera pagamento de Concessão ao poder concedente
(2) Não considera custos portuários/aeroportuários
Nota: Não considera custos administrativos
Fonte: Banco de Dados Booz & Company
Par
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ação
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Cus
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Distribuição de Custos por Modalidade de Transporte
�Combustível�Manutenção�Pneus�Pedágios
�Remuner. Capital�Reposição Ativos�Seguro�Impostos/Taxas
�Combustível�Tração
�Manutenção de via e material rodante
�Outros
(1)
�Custo de Capital�Manutenção
�Arrendamento de aeronaves�Manutenção
�Combustível�Serviço a passageiros�Tarifas de pouso�Auxilio a Navegação
�Combustível
(2) (2)
CUSTO POR CARGA
MILHAS
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1,000
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1,600
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$2,000
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LTL Truckload
Piggyback/Rail
530 Milhas
CustoFixoporViagem
Até 400 km – Rodoviário400-1500 km – FerroviárioAcima 1500 km -- Marítimo
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A multimodalidade permite combinar modalidades de transporte trazendo maior eficiência e menor custo à cadeia de suprimentos
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�Rodo-Ferroviário: combinando a agilidade na coleta de grãos das fazendas em Goiás por rodovia para armazéns de consolidação para ferrovia (EFVM) de grande capacidade para o porto (TPD/Tubarão)
�Ferro-Hidroviário: combinação de modalidades de grande capacidade de carga utilizada para grandes volumes e longas distâncias
�Rodo-Hidroviário: combinando o transporte rodoviário de álcool das regiões produtoras de MT até a base em Porto Velho, de onde o produto é transportado pelo modo hidroviário até a base de Manaus, onde então é distribuído pelo modo rodoviário
�Rodo-Ferro-Hidroviário: combinando a coleta de grãos nas fazendas de Goiás até hidrovia Tietê-Paraná (S. Simão-Pederneiras) e depois por ferrovia até o porto de Santos
�Aero-Rodoviário: mercadorias com limitação de peso e espaço, são coletadas em veículos pequenos e transportadas para o aeroporto, onde são acondicionadas nas aeronaves
Exemplos de Multimodalidade no Brasil
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Para tanto, o desenvolvimento de plataformas logísticas eficientes que conectem as diferentes modalidades de transporte é crítico
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Plataformas
Terrestres
Tipo ICentro de Serviços
�Centro intramodal rodoviário com serviços de apoio e especializados (p.ex. atendimento de cargas perigosas)
�Agrega players no mercado – p.ex. central de fretes
Tipo IICentro Logístico Urbano
� Instalação de interface entre transporte de longa distância e transporte local, principalmente urbano (City Logistics)
� Agregação de valor a produtos específicos
Tipo IIICentro Logístico Integrado
� Instalação de interface visando principalmente a intermodalidade
� Ênfase contêineres (porto seco)
Tipo IVPlataforma Logística
� Centro logístico multimodal – infra-estrutura tecnológica para integração de informações logísticas e mercadológicas
� Serviços aduaneiros� Agregação de valor a produtos
específicos
Tipos de Plataformas Terrestres
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Plataformas logísticas consolidam diferentes negócios na mesma infraestrutura -- presença de diferentes agentes intervenientes
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Serviços Gerais
Armazéns
Terminais
Área Indústrial
Plataforma Logística – Características Gerais
�Área Industrial com vocação para operações de montagem final de produtos
� Terminal Intermodal,geralmente entre os modais rodoviário e ferroviário. Em alguns casos, pode ser representado pela presença de porto ou aeroporto
Área Logística Multimodal de governança única e neutra, com presença de diversos embarcadores e operadores logísticos, que realizam operações de armazenamento, transporte intermodal, transbordo, e utilização de área de serviços gerais, com objetivo de redução de custos e aumento do nível de serviço
Cross Docking
� Área de Serviços Gerais como agência bancária, restaurante, hotel, estacionamento, posto de gasolina
� Área de Cross Docking para transbordo de caminhões de longa distância (alta capacidade) para caminhões de distribuição urbana
� Centro de Armazenagem com área para estoque com diferentes finalidades– Estoque de produto acabado– Armazém Avançado– Estoque do Terminal
Intermodal
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Uma parceria entre os agentes intervenientes deve ser promovida para maior captura de valor na plataforma logística
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Governo
Incorporadora Imobiliária
Operador Ferroviário
Operadores Âncoras
Agenda com Parceiros Críticos
� Projeto de Terminal Ferroviário/ Terminal
� Construção do Ramal� Trem expresso, quando
houver volume� Acesso a embarcadores
âncora
� Contrato de locação de área antecipado
� Adesão de operadores menores sub-contratados
� Suporte para identificação e avaliação da área
� Projeto de infraestrutura� Plano de venda
� Construção/ Manutenção de acessos
� Alteração nas regras fiscais� Apoio para licenças ambientais Captação de
cargas
ContrapartidaContrapartida
Redução de custo logístico
Participação no valor capturado
Desenvolvimento econômico
Redução da saturação de rodovias
PlataformaLogística
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Em sua essência, portos são plataformas logísticas com importantes desafios no caso brasileiro
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Configuração Física Atual
Desenvolvi-mento das Instalações Portuárias
Aspectos Regulatórios e Institucionais
� Conflitos urbanos na maior parte dos portos existentes – envolvidos por áreas urbanas
� Restrições com relação aos acessos terrestres– Falta de capacidade para o volume movimentado / esperado para o porto– Espaços limitados para a movimentação e operação de trens e caminhões
� Áreas limitadas para a expansão – tanto em cais quanto em retroáreas
� Necessidade de fortalecimento do planejamento setorial– Planejamento integrado entre os diferentes modais, os fluxos prioritários de cargas e
os investimentos associados– Planejamento para o desenvolvimento / zoneamento de cada um dos portos
� Lenta / restrita execução de novos projetos de expansão das áreas portuárias nos portos organizados
� Atuação limitada e pouco eficiente das Autoridades Portuárias na coordenação dos diferentes agentes e realização dos investimentos necessários para o desenvolvimento dos portos
� Falta de coordenação e atuação integrada entre os diferentes agentes intervenientes dentro dos portos
� Processo de mudança regulatória em curso – com necessidade de consolidação do marco legal e sua regulamentação decorrente
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Contatos
Luiz Vieira
Booz & Company
(11) 5501-6212
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