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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIADEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII – SENHOR DO
BONFIMBACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
FRANKLIN FERREIRA DA SILVA
O PAPEL DA CONTABILIDADE NA REDUÇÃO DE ASSIMETRIA INFORMACIONAL ENTRE OS SEUS
USUÁRIOS, NO ÂMBITO DAS EMPRESAS OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL NO MUNICÍPIO DE SENHOR DO
BONFIM-BA.
SENHOR DO BONFIM-BA2011
FRANKLIN FERREIRA DA SILVA
O PAPEL DA CONTABILIDADE NA REDUÇÃO DE ASSIMETRIA INFORMACIONAL ENTRE OS SEUS
USUÁRIOS, NO ÂMBITO DAS EMPRESAS OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL NO MUNICÍPIO DE SENHOR DO
BONFIM-BA.
Monografia apresentada a Universidade do Estado da Bahia, Campus VII, Colegiado de Ciências Contábeis, como avaliação da disciplina TCC, sob a orientação da Profª. MsC Tânia Ferreira dos Santos Bomfim.
SENHOR DO BONFIM-BA2011
FRANKLIN FERREIRA DA SILVA
O PAPEL DA CONTABILIDADE NA REDUÇÃO DE ASSIMETRIA INFORMACIONAL ENTRE OS SEUS
USUÁRIOS, NO ÂMBITO DAS EMPRESAS OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL NO MUNICÍPIO DE SENHOR DO
BONFIM-BA.
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em ciências contábeis da Universidade do Estado da Bahia –
Departamento de Educação, Senhor do Bonfim-Ba
Aprovado em: ___/___/___
_______________________________________________Orientadora Tânia Ferreira dos Santos Bomfim
_______________________________________________Professor Daniel de Jesus Pereira
_______________________________________________Professor Raimundo Nonato Lima Filho
AGRADECIMENTOS
Toda a construção desse trabalho em primeiro lugar se deve a meu grande Pai Celestial Deus, e a toda minha família, especialmente aos meus filhos fonte de toda minha inspiração. Também a minha querida orientadora, professora Tânia Bomfim, pelos momentos de parceria e esclarecimentos, a minha grande amiga Aline pela sua contribuição tão importante e aos meus estimados colegas de classe, em destaque aqueles que me acompanham mais de perto, a nossa eterna equipe. Aos demais professores que estão e que estiveram comigo durante essa longa jornada, com uma menção a parte para o professor Márcio, que iniciou esse processo.
A todos vocês, os meus mais sinceros agradecimentos e os mais sinceros votos de felicidade e sucesso. Espero nessa próxima etapa da minha vida, poder estar à altura de tudo que me foi concedido, o carinho, a atenção e conhecimento em mim depositado. Farei o possível para honrá-los, buscar sempre o melhor, por vocês, por mim, por todos nós. Que Deus abençoe a todos, muito obrigado!
RESUMO
O presente trabalho monográfico objetiva a realização de uma análise do papel da contabilidade na redução da assimetria de informação, dentre os seus usuários, em especial nas relações que norteiam os empresários e seus respectivos funcionários, delimitando essa averiguação as microempresas situadas na cidade de Senhor do Bonfim-Ba. Metodologicamente foram utilizados, pesquisa bibliográfica, a aplicação de questionários e o estudo de caso relativo ao tema proposto. Assim sendo, percebeu-se com a investigação que as hipóteses relativas à contribuição da contabilidade para melhoria das relações e relativa diminuição da assimetria foram testadas de maneira positiva, já se tratando das questões relacionadas aos elementos financeiros, tributários e gerenciais, averiguou-se que este último em contrário dos demais, não tem participação considerável, principalmente tendo em vista à numerosa gama de componentes benéficos a gestão das empresas, disponibilizadas por este ramo da contabilidade. Assim sendo, considera-se a pesquisa importante para o entendimento da participação dos profissionais de contabilidade, para essa demanda existente no mercado, onde participam as empresas alvo da pesquisa, e como a sua participação pode vir a garantir subsídios fundamentais, não só para uma boa relação, mas também para o crescimento sustentável dos seus usuários.
Palavras-chave: Assimetria. Informação Contábil. Contabilidade Gerencial.
ABSTRACT
This work aims to conduct an analysis of the role of accounting in the reduction of asymmetric information among its users, particularly in relationships that guide business owners and their employees, outlining the investigation microenterprises located in the city of the Lord Bonfim-Ba. Methodologies were used, literature, the questionnaires and case study for the proposed theme. Therefore, it was realized with the investigation that the assumptions on the contribution of accounting for improved relations and relative decrease of the asymmetry were tested in a positive way, as if addressing the issues related to financial items, tax and management, it was found that the latter in contrast to the others, has no significant participation, especially in view of the large range of beneficial components of business management, provided by this branch of accounting. Therefore it is considered important research for understanding the participation of accounting professionals, to demand in this market, where participating companies target search, and how their participation can guarantee basic benefits, not only for good relationship, but also for the sustainable growth of its users.
Keyword: Assymmetry, Accounting Information, Management Accounting
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7
1 A UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL .............................................. 11
1.1 AS CARACTERÍSTICAS, IMPORTÂNCIA E FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE ................................................................................................... 121.2 O CARÁTER GERENCIAL DA CONTABILIDADE, E A IMPORTÂNCIA DAS SUAS INFORMAÇÕES........................................................................................... 171.3 OS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL .............................................. 29
2 ASSIMETRIA INFORMACIONAL – CONCEITO GERAL ................................ 33
2.1 PRINCIPAIS TEORIAS ACERCA DA ASSIMETRIA INFORMACIONAL ......... 342.1.1 Teoria da Agência ...................................................................................... 352.1.2 Seleção Adversa ........................................................................................ 372.1.3 Risco Moral ................................................................................................. 402.2 A ASSIMETRIA INFORMACIONAL DENTRO DO CONTEXTO CONTÁBIL .. 41
3 PESQUISA E COLETA DE DADOS .................................................................. 46
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................... 463.2 UNIVERSO E AMOSTRA ................................................................................ 473.3 PÚBLICO ALVO .............................................................................................. 483.4 METODOLOGIA .............................................................................................. 483.5 ANÁLISE DA COLETA DE DADOS ................................................................ 483.5.1 Apreciação dos Questionários dirigidos aos funcionários .................... 483.5.2 Apreciação dos questionários dirigidos aos empresários ..................... 49 3.5.3 Apreciação dos questionários dirigidos aos contadores ....................... 503.6 RESULTADO DA ANÁLISE DOS DADOS ...................................................... 50
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 54
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 57
APÊNDICE A ...................................................................................................... 62
APÊNDICE B ...................................................................................................... 64
APÊNDICE C ...................................................................................................... 67
APÊNDICE D ...................................................................................................... 69
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INTRODUÇÃO
A informação dentro das suas inúmeras vertentes, pode ser considerada
como um produto da contabilidade, isso porque, ao analisar o seu principal objeto de
estudo que é o patrimônio das entidades, a contabilidade precisa se utilizar da
informação para associar as suas análises aos seus mais diversos usuários, que
farão uso desses dados como informações na tomada de decisão. Sendo assim
entende-se a fundamental importância da informação para a contabilidade.
Dentro de toda a importância que a informação tem nos dias atuais, pode-se
considerá-la como um dos grandes pilares do desenvolvimento da sociedade
moderna, pois a mesma está sempre em constante evolução e cada vez mais
disponível a todos, e com um grau de rapidez cada vez mais crescente.
Diante de toda essa importância há de adjetivá-la, como uma heroína para o
progresso das nações, e tomando como base um processo de antagonismo, se
verifica a assimetria da informação como uma grande vilã, ou seja, essa assimetria
age como uma forma de oposição, ao sentido exato da informação, que seria o de
nutrir conhecimento, instrução, ciência, relacionar fatos e facilitar o processo de
comunicação entre os entes sociais.
Perante esse cenário, trazendo ao território da contabilidade, o presente
trabalho de pesquisa visa à implantação de um estudo, no sentido de identificar qual
o papel que a contabilidade vem a exercer diante da assimetria informacional
existente entre os seus diversos usuários, em especial as questões voltadas entre
empresa e funcionário. Dessa forma irá se procurar dentro de uma sistemática de
investigação e análise, identificar questões relevantes à problemática do tema
exposto, e com isso vislumbrar possíveis entendimentos.
Visto o fato de que os usuários demandam da contabilidade informações
plausíveis e relevantes, propiciando aos mesmos, condições ótimas para a tomada
de decisão, entende-se que essa mesma contabilidade pode funcionar como uma
ferramenta que venha a reduzir as assimetrias que essas informações venham a
sofrer, desse modo é formulada a situação problema, que será discutida nesse
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trabalho: De que maneira a contabilidade pode contribuir para a redução da
assimetria de informações, entre os seus usuários?
Procurar-se-á durante o processo de desenvolvimento da problemática a
formulação de hipóteses, a serem testadas durante a pesquisa, assim na conjuntura
em questão, se trabalhará com situações hipotéticas no intuito de constatar-se o
seguinte:
a) A contabilidade pode enquanto ciência social orientar os
seus usuários, no sentido de direcionar as suas decisões, buscando
um melhor entendimento acerca das questões que envolvem as
empresas com os seus funcionários.
b) Percebe-se também que a contabilidade enquanto
ferramenta usada na tomada de decisões pode vir a esclarecer
questões relativas a fatores que venham a dificultar as relações entre
os empresários e os seus funcionários.
c) A contabilidade pode ainda listar a esses usuários, fatos
de ordem tributária, financeira, como também questões voltadas à
parte operacional da empresa, ou seja, relações voltadas à parte
gerencial.
Para que se formem condições acerca de todas essas questões, o objetivo
principal será de analisar os fatores que contribuem para a ocorrência de assimetria
informacional na área contábil. E de maneira mais específica, irá se investigar as
características, importância e fundamentos da contabilidade, como também,
demonstrar a importância da informação contábil para o direcionamento da tomada
de decisão, analisar os conceitos e as principais teorias que versam sobre a
assimetria informacional, além de promover uma pesquisa que retrate as principais
incidências da assimetria informacional entre os contabilistas e os seus clientes.
Como justificativas utilizadas para essa pesquisa, verifica-se que a sua
utilização, fundamenta-se como ferramenta na percepção dos fatores que permeiam
a assimetria informacional existente nas relações empresariais, direcionando o foco
aos usuários da contabilidade: Empresas, empregados. A análise do papel da
contabilidade sobre essas relações visa criar condições de se estabelecer maneiras
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de se tratar e possivelmente resolver os danos causados por essa assimetria, a
contabilidade enquanto ciência social aplicada pode encontrar soluções dentro de
suas teorias e técnicas, de fornecer condições de se estabilizar, e fomentar ações no
sentido de maximizar positivamente essa relação. Ações estas, que passam por um
cunho social, do ponto de vista de garantir aos funcionários esclarecimentos acerca
de todos os seus direitos e deveres, como também aos empresários, que poderão
se utilizar de informações que propiciem melhores condições de utilização da sua
mão de obra disponível.
Além de todo o contexto mencionado no parágrafo anterior, o trabalho
também se justifica pela ascensão do meu conhecimento enquanto profissional, com
significativa contribuição para um melhor enfoque diante da prática contábil nas
experiências vivências na rotina de trabalho, em especial aquelas que envolvem a
utilização das informações de maneira mais eficiente e relevante.
A metodologia a ser adotada considerando os objetivos será exploratória,
pois há de se buscar informações sobre os aspectos direcionados a realidade dos
usuários de contabilidade envolvidos, e o impacto da assimetria de informação nas
suas relações. Nesse contexto utilizar-se-á também aspectos descritivos, uma vez
que, se procurará situações vivenciadas por esses usuários no seu cotidiano.
Em se tratando do procedimento acerca da metodologia, serão utilizados os
métodos de: Pesquisa Bibliográfica; Estudo de Caso; Aplicação de Questionários
Levantamento.
No caso da abordagem, ela será qualitativa, pois, se levará em consideração
todo o conteúdo das informações coletadas durante a pesquisa, como também a
relevância dos fatos para as análises preteridas.
Sendo assim, o trabalho a seguir, fará no primeiro capítulo um estudo
conciso sobre a utilização da informação contábil, passando pelas características e
importâncias dessas informações numa conjuntura do ramo gerencial da
contabilidade, relacionando os seus usuários em todo esse contexto sobre a
informação.
No segundo capítulo será explorada a assimetria informacional, conceitos e
definições, discorrendo sobre as principais teorias que explicitam a ocorrência dessa
assimetria, como também se procurará conjecturar o assunto com a contabilidade.
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O terceiro e último, será composto da coleta e análise dos dados da
pesquisa, quais os resultados obtidos, as possíveis soluções a problemática do
trabalho, enfim todo o conteúdo prático que se desenvolveu para testar as hipóteses
estabelecidas, e avaliação dos objetivos propostos.
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1 A UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
É comum dos dias atuais ouvirmos o termo “Era da Informação”, numa
referência ao processo de modernização que essa informação tem sofrido no
decorrer do tempo. Desde meados do ano de 1837 com a invenção do telégrafo, até
a atual conjuntura de comunicação de massa, com processos cada vez mais
interativos e disponíveis em praticamente todo o planeta, a sociedade como um
todo, tende cada vez mais a se adaptar e lidar com um crescimento exponencial do
volume de dados disponíveis.
A informação tem se tornado uma ferramenta imprescindível para o
desenvolvimento do ser humano, Carneiro (2007) diz que: “O domínio da informação
é uma fonte de poder, uma vez que permite analisar fatores do passado,
compreender o presente, e principalmente, antever o futuro”. Trazendo para o
contexto da contabilidade, a informação se confunde com as suas finalidades,
identificamos melhor esse pensamento, através da citação:
O estabelecimento dos objetivos da contabilidade pode ser feito na base de duas abordagens distintas: ou consideramos que o objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários, independentemente de sua natureza, um conjunto básico de informações que, presumivelmente, deveria atender igualmente bem a todos os tipos de usuários, ou a contabilidade deveria ser capaz e responsável pela a apresentação de cadastros de informações totalmente diferenciados, para cada tipo de usuário”. (IUDICIBUS, 2000, apud BANDEIRA, [200-?]).
Tomando por base esse conceito de Iudicibus (2004), podemos vislumbrar
que a contabilidade tem dentro da sua gama de objetivos a confecção de
informações aos seus usuários, seja através dos seus demonstrativos, ou de outras
formas de se informar às situações que envolvem as suas atribuições. Para as
empresa que buscam demarcar o seu território no mercado com uma base sólida,
objetivando melhores resultados para suas organizações, investidores e
colaboradores, estas dispõem de diversas alternativas para a aplicação dos seus
recursos, tanto financeiros como operacionais. Podem ser eles: investimentos em
novos empreendimentos, aplicações financeiras de curto e longo prazo, mercados
de ações, dentre outras, são exemplos das inúmeras alternativas a disposição dos
empresários.
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Todos esses procedimentos acerca da tomada de decisão, precisam de um
suporte para a implementação dessas ações, isso se faz necessário com o
desenvolvimento de um ambiente contábil, pautado pela qualidade e tempestividade
nas informações contábeis. Nesse ínterim, a contabilidade deve traduzir, com a
maior aproximação possível, a realidade contábil e financeira da empresa.
Nesse capítulo serão estudados as características e princípios que cerceiam
a contabilidade de uma maneira geral, a aplicabilidade das informações fornecidas,
e de que maneira o ramo conhecido como Contabilidade Gerencial exerce influência
sobre essas informações. Ainda sobre a sua utilização, serão estudadas as suas
variações e adaptações entre os diversos usuários.
O capítulo tem como principal objetivo, investigar as principais
características, além do estudo sobre a importância e os fundamentos da
contabilidade.
1.1 AS CARACTERÍSTICAS, IMPORTÂNCIA E FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
A contabilidade na nossa atualidade assumiu a condição de se enquadrar no
rol das ciências sociais, com isso vem aprofundando a sua importância para essa
mesma sociedade com a qual ele deve interagir e beneficiar. Vemos uma definição
clássica da evolução da contabilidade para a área social, segundo Iudícibus, Marion
e Faria (2009, p. 10) “A contabilidade não é uma ciência exata. Ela é uma ciência
social aplicada, pois há a ação humana que gera e modifica o fenômeno
patrimonial”. Todo esse envolvimento da contabilidade com a questão social trouxe
mais desafios, pois a essência das características contábeis, que antes eram
extremamente quantitativas, passaram a ter um viés qualitativo, isso na prática, faz
com que todos os procedimentos contábeis sejam mais analíticos, precisos e
relevantes. A avaliação qualitativa ajuda a identificar as questões e entender porque
elas são importantes. Através da codificação de dados, apresentando-os de forma
mais estruturada, possibilita sua análise. (VERGARA, 1998 apud OLIVEIRA 2005, p.
12).
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Esse novo cenário deu vazão a um ramo em especial, voltado diretamente a
essas questões, a chamada Contabilidade Gerencial, onde irão se incluir para
elaboração da prática contábil, dados históricos e estimados usados pela
administração na condução de operações diárias, no planejamento das operações
futuras, e no desenvolvimento de estratégias de negócios, essas características da
contabilidade gerencial são influenciadas pelas demandas, oriundas das novas
técnicas de gerenciamento administrativo, ainda nesse capítulo esse tema será mais
delineado.
A contabilidade numa visão geral se caracteriza por ser a área do estudo
que acompanha o patrimônio das entidades (físicas e jurídicas), esse é um conceito
bem geral, pois nos dias atuais, a definição é bem mais ampla. É comum vermos,
cada vez mais, o aumento da sua área de atuação, hoje é preciso auxiliar na tomada
de decisões, apresentando dados concisos e estratégicos, subsidiando ações como:
investir, reduzir gastos, dentre outros. Há de se lembrar dos aspectos jurídicos que a
contabilidade elenca, uma vez que, em inúmeras situações, orienta as entidades em
circunstâncias como: o cálculo das obrigações fiscais e trabalhistas, Falências e
Concordatas, Fiscalização da Previdência Social, Perícias Jurídicas, dentre outros
problemas inseridos no contexto legal.
Para podermos entender a importância da contabilidade nos dias de hoje, é
preciso verificar a sua utilidade para os seus usuários. Vejamos uma definição sobre
sua utilização:
A Contabilidade é a alma da empresa, nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os atos do administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais dentro do objeto da empresa, o reflexo é imediato: a Contabilidade é transparente. Caso contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores e contador que foram relapsos e desleixados. (TEIXEIRA, 2003).
Dentro dessa temática notamos o quanto a contabilidade pode auxiliar, e ao
mesmo tempo prejudicar as entidades. Percebemos o quanto estes extremos estão
interligados entre si, e a sintonia dessa ligação é primordial ao sucesso de ambas as
partes. Portanto, o reconhecimento da importância da contabilidade, passa pela
percepção da necessidade de crescimento das empresas, enquanto bom uso for
feito da sua prática.
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Atualmente, a contabilidade tem acompanhado as necessidades de uma
gama de usuários, cada vez mais exigentes e carentes de situações dotadas de um
alto grau de especificidade, por essa razão, hoje em dia se verifica ramificações
cada vez mais acentuadas da área em questão. São criadas linhas de estudo para
cada necessidade do mercado, e hoje vemos inúmeras variações da contabilidade, a
título de exemplo tomamos: a Contabilidade de Custos, Agropecuária, Bancária,
Industrial, além de várias outras que derivam do ramo financeiro e gerencial, que
praticamente englobam as demais de uma maneira geral. Como não é objetivo
desse capítulo, não será dada ênfase a esses ramos, mais se verifica a importância
de citá-los como complemento do tema exposto.
Toda forma de utilização propícia e adequada da prática contábil, passa pelo
detalhamento dos seus princípios, pois são eles que regem e constituem a base
primordial para a aplicação da contabilidade. Acompanhando o conceito de Bueno
citado por Oliveira (2005, p. 14), “Princípio é: momento em que alguma coisa tem
origem; começo; teoria; preceito”. Ainda nessa linha vemos mais uma definição
sobre essa questão:
Os princípios, quando entendidos como preceitos fundamentais de uma ciência são imutáveis, quaisquer que sejam as circunstâncias de tempo ou lugar em que uma doutrina é estudada. [...] não são estabelecidos por doutrinadores ou por profissionais, pois já são intrínsecos à própria natureza da ciência e independem da vontade de quem a estuda. (FRANCO, 1997, apud OLIVEIRA, 2005)
São os princípios que irão nortear a estrutura, e o tipo de esboço que os
profissionais tomarão durante todas as etapas do seu trabalho como contadores, de
acordo com Iudícibus, Marion e Faria (2009, p. 63), “Os princípios são como as
grandes placas de direção e atenção de uma rodovia moderna”. Dessa forma
vislumbra-se a importância dos princípios para a contabilidade.
De acordo com Iudícibus (2004), a adoção dos princípios contábeis se deu
após a quebra da Bolsa de Nova Iorque na década de 1930, como um dos
desdobramentos gerados pela crise, houve o surgimento dos Princípios Contábeis
Geralmente Aceitos - PCGAs (no inglês GAAPs). A partir disso houve uma tendência
de utilização, que no nosso país foi formalizada no ano de 1981 com a resolução nº
530, do Conselho Federal de Contabilidade - CFC, fazendo o seu primeiro
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enunciado acerca do tema, e posteriormente em 1993, publicou uma nova
Resolução definindo os “Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC).
Segundo o CFC (1993), a elaboração desses Princípios proporciona a reunião e o
condensamento de todos os Postulados, Princípios e Convenções já existentes, tentando reunir em
sete (7) todos aqueles que existiam e continuam a existir. Contudo muitos teóricos da contabilidade
divergem sobre a sua estrutura e organização, dentre eles o Instituto Brasileiro de Contadores
(IBRACON). Anteriormente a publicação da resolução do CFC, foi criado um trabalho denominado de
Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade ou ECBC, que prega uma hierarquização no tratamento
dos princípios, de forma que a sua organização tenha a seguinte composição, pela ordem:
Postulados, Princípios e Convenções. Essa corrente é endossada, pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI),
além de diversos estudiosos renomados que defendem essa doutrina. Todos concordam que esse
seria o entendimento mais apropriado, em se tratando da importância desses princípios. Os quadros
abaixo fazem um comparativo, das principais diferenças entre essas duas correntes.
Quanto a: Postulados, Princípios e Convenções elaborados pelo ECBC/IBRACON
HierarquizaçãoDos princípios
Necessária, mais para entender a evolução e o entrelaçamento dos vários conceitos do que pelo fato de serem mais ou menos importantes na prática.
Postulado da Entidade Entidade conceituada num sentido econômico, organizacional e de
controle; Admite a idéia de formação de entidade no sentido
macro/consolidado e micro/divisões
Postulado daContinuidade
Ênfase na justificativa à adoção do valor de entrada na avaliação
patrimonial; Aceita a denominação going concert como indicadora de
continuidade.
Princípio doCusto e Moeda
Principio do Custo Original como Base de Valor: Valor de entrada como base para os registros contábeis. Contém a idéia de manutenção do seu poder aquisitivo no tempo;Princípio do Denominador Comum Monetário: Avaliação dos Princípio da Atualização Monetária: Avaliação dos componentes patrimoniais em moeda corrente nacional.Dispõe sobre a inadequação do padrão monetário e aplicação do conceito de valor presente.
Princípio daCompetência
Tratado através de dois princípios:Realização da Receita;Reconhecimento das Despesas e seu confronto com as Receitas.Proporcional a certo período contábil decorrido e, em alguns casos, aos serviços realizados. Contempla receita de serviços, aluguéis e juros.Produtos ou serviços de longo prazo de execução proporcional ao:Grau de acabamento;Aos custos incorridos no período de apuração
Princípio da Essência Enfatizada através da predominância da Essência sobre a forma.
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Prudência e Conservadorismo
Princípio da Prudência e Convenção do Conservadorismo:Não apresenta diferenças relevantes em relação ao CFC.
Oportunidade Não contempla.Materialidade eObjetividade
Convenção da MaterialidadeConvenção da Objetividade
Quadro 1: Princípios Contábeis IBRACON (ECBC)Fonte: Iudícibus e Marion (2000, p.137-139 apud MACHADO 2006).
Quanto a: Princípios e Convenções elaborados pelo CFC
Quanto à hierarquizaçãodos princípios
Inadequada, pois jamais pode haver uma hierarquização formal de princípios científicosElementos predominantes na constituição de um corpo orgânico.
Princípio da Entidade Entidade conceituada no sentido estritamente jurídico; Não admite que qualquer divisão ou agregação de patrimônio resulte em novas entidades.
Princípio daContinuidade
Ênfase à mudança no “estado das coisas”, descontinuidade, suspensão temporária das atividades ou modificação no volume das operações; Contesta a denominação going concert porque uma entidade com atividades suspensas ou reduzidas continuará sendo objeto da contabilidade.
Princípio doCusto e Moeda
Princípio do Registro pelo Valor Original: Obrigatoriedade da adoção de valores originais e do uso da moeda do país nos registros de transações;Princípio da Atualização Monetária: Reconhecimento da alteração de poder aquisitivo da moeda nacional;Expressão “correção monetária” julgada inadequada.
Princípio daCompetência
Definida em um princípio: Princípio da competência;Proporcional aos serviços efetivamente realizados. Contempla apenas receitas de serviços. Produção demanda largo espaço de tempo é proporcional: Aos esforços dispendidos, expressos por custos – reais ou estimados – ou etapas vencidas.Produção demanda largo espaço de tempo, antes da transferência:Trata apenas da geração de novos ativos sem interveniência de terceiros;Não faz menção a casos onde o risco da não-venda é nulo.Princípio da CompetênciaProdução demanda largo espaço de tempo, após a transferência: não contempla a situação.
Essência Não é tratado como princípio. Menciona-se que, na aplicação de Princípios, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.
ConservadorismoPrudência
Princípio da Prudência e Convenção do Conservadorismo:Não apresenta diferenças relevantes em relação ao ECBC.
Princípio daOportunidade
Princípio da Oportunidade: Refere-se à tempestividade e a integridade do registro do Patrimônio e de suas mutações.
Materialidade eObjetividade
Não contempla.
Quadro 2: Princípios Contábeis CFCFonte: Iudícibus e Marion (2000, p.137-139 apud MACHADO, 2006).
Em se tratando das principais diferenças entre as duas abordagens, está a
questão da hierarquia. Enquanto que o CFC considera que não deve haver
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hierarquização dos princípios contábeis, pois todos são elementos igualmente
predominantes na constituição de um corpo orgânico; a doutrina oriunda do ECBC
julga necessário que haja tal hierarquização, não por uma maior ou menor
importância, de um ou outro princípio na prática, mas para que se possa entender
melhor a evolução e o entrelaçamento dos vários conceitos (IUDÍCIBUS; MARION;
FARIA 2009, p. 65).
Como não é objetivo desse estudo o mérito das questões que envolvem o
julgamento das vertentes teóricas acerca dos princípios contábeis, se contemplou
apenas o registro da nomenclatura de cada organização. De qualquer forma, a
discussão proveniente dessa contenda enriquece ainda mais o arcabouço teórico da
contabilidade, comprovando a sua interpretação como uma ciência, que cadencia
contextos conservadores com a necessidade de um processo de evolução científica
diante dos desafios impostos pelo futuro.
1.2 O CARÁTER GERENCIAL DA CONTABILIDADE, E A IMPORTÂNCIA DAS SUAS INFORMAÇÕES
Com a evolução da contabilidade como ciência social aplicada, e com as
novas demandas provenientes da alta competitividade dos mercados, num mundo
cada vez mais globalizado e corporativo, houve a necessidade de uma amplitude
das informações contábeis, ou seja, chegou-se a conclusão de que a prática contábil
vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais,
previdenciárias e fiscais.
Esse processo de adaptação com o qual a contabilidade teve de se defrontar
proporcionou à criação de um ramo mais voltado as questões administrativas,
buscando acompanhar, a também evolução dessa área. Surge, portanto, a
Contabilidade Gerencial, com uma responsabilidade a mais, de ajudar na gestão do
negócio, além de interpretar de maneira mais abrangente as informações, abaixo
vemos um conceito sobre o assunto:
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Contabilidade é uma Ciência Social que estuda a riqueza patrimonial individualizada, sob os aspectos quantitativos e qualitativos, tendo como objetivos a geração de informação e a explicação dos fenômenos patrimoniais, possibilitando o controle, a análise, a avaliação, o planejamento e a tomada de decisão, no enfoque passado/presente/futuro. (KROETZ, 2000, p. 21)
A principal característica da Contabilidade Gerencial está no fato de que as
informações não estão centralizadas, isso quer dizer que cada setor distribui essas
informações em decorrência da sua atividade específica, pode-se ilustrar como
exemplo, os centros de custos de uma linha de produção, cada um tem a sua
realidade, e uma informação determinada, isso traz mais desenvoltura ajudando aos
gerentes e diretores de cada unidade operacional, no aperfeiçoamento das ações e
de quais as melhores formas de proceder em se tratando das decisões a tomar.
Uma boa definição sobre esse questionamento é dada por Atkinson “e outros”.
(2008, p. 36) “Contabilidade Gerencial é o processo de identificar, mensurar, relatar
e analisar as informações sobre os eventos econômicos da organização”.
A principal contribuição da parte gerencial da contabilidade ocorre quando as
informações permitem, além da melhoria no desempenho, uma condição de análise
na qualidade e no custo dessas informações. Isso porque são elas que irão
direcionar os investimentos tanto operacionais como financeiros.
O ponto fundamental da Contabilidade Gerencial é o uso de informação contábil para a administração, pois os dados contidos em seus relatórios propiciam fortes influências no planejamento estratégico empresarial, portanto todo tipo de empresa deve utilizar a contabilidade gerencial para direcionar seus negócios presentes e futuros e para que isso ocorra é necessário um sistema gerencial eficaz. O profissional contábil que exerce a função gerencial recebe o nome de Controller, e este não se prende totalmente aos princípios tradicionais aceitos pelos contadores (RICARDINO, 2005).
A informação gerencial passa por algumas etapas, dentro das diversas fases
de uma organização, sejam elas: o controle operacional, custeio do produto e do
cliente, controle administrativo, controle estratégico, e demais. A depender do
ambiente em que se encaixe, a demanda pela informação se flexibiliza, ou seja,
enquanto que para um operador, a informação necessária é para controlar e
melhorar as operações, em se tratando de setores administrativos essa informação
terá outro enfoque, que pode ser a utilização dos recursos físicos e financeiros,
produtos, serviços e clientes. Em suma, a apresentação das informações gerenciais,
necessita de adaptação durante a sua utilização, a fim de se aumentar o nível dessa
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informação, que deve ainda ser passada de forma clara e objetiva na apresentação
do resultado da empresa, objetivando a melhor ação a ser implantada.
Uma das variadas caracterizações da Contabilidade Gerencial se pauta na
criação de informações que sejam úteis e relevantes para as entidades que a
utilizam, dessa forma se faz necessário que os gerentes tenham consciência que a
utilização da informação contenha fatores que os auxiliem nas suas demandas.
A Contabilidade Gerencial existe e existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial, se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação, não um existir. Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração. (PADOVESE, 2007).
A Contabilidade e os seus procedimentos tiveram início e existem na
sociedade desde tempos remotos, e os seus procedimentos de registros foram
evoluindo para acompanhar as necessidades que vieram surgir para o seu
desenvolvimento dentro da sociedade. Segundo Sá (1999, p.17): “Antes que o
homem soubesse escrever e antes que soubesse calcular, criou ele a mais primitiva
forma de inscrição que foi a artística, da qual se valeu para também evidenciar seus
feitos e o que havia conquistado para seu uso”.
O conceito acima demonstra que desde muito tempo já havia a necessidade
de uma espécie de sistematização das informações, a fim de favorecer quem fizesse
uso dessas informações, em outras palavras sintetizar o conteúdo fazendo com que
a utilização seja mais fácil de assimilar. Sendo assim, pode-se considerar que
apesar de toda a gama de elementos úteis que a Contabilidade Gerencial
disponibiliza por meio das informações geradas aos seus usuários, é preciso que
estes façam uso dos conceitos, pois só assim considera-se que a mesma vem a ser
um instrumento de gestão. Não basta somente teorizar todas as vantagens
constantes do ramo gerencial da contabilidade, pois a sua verdadeira essência esta
na sua utilização, nos processos em que a mesma vem a ser útil.
O que faz com que a utilização dos Sistemas de Informação Contábil, seja
cada vez mais presente nas empresas, consiste no fato de que com estes é possível
a confecção de uma estrutura que abranja vários setores de uma organização,
proporcionando uma unificação dos diversos setores, e das informações, que podem
20
com isso, fazer com que essa informação navegue, e esteja à disposição de toda a
estrutura organizacional da administração. Verifica-se essa teoria nos conceitos de
Padovese (2007, p. 39), “A contabilidade Gerencial deverá atender a todos os
segmentos hierárquicos de empresa, e isso se reflete na forma de utilização da
informação contábil.” Nessa vertente observa-se a importância do ramo gerencial, na
utilização dos sistemas de informação, visto que são cada vez mais sistemáticos os
processos organizacionais das empresas. Se utilizando ainda das ideias de
Padovese (2007), delimita-se a Contabilidade Gerencial a um foco setorial, onde se
pode criar um processo que permita dentro dos sistemas de informação contábil
gerencial, ter controle sobre cada um dos produtos de forma que se possam isolar
as especificidades que este venha a demandar. Assim, a Contabilidade com fins
gerenciais utiliza-se de sistemas de informações para analisar e projetar situações
que possibilitem a tomada de decisão. Para tanto, conforme Gonçalves e Ott (2003,
p. 17):
A Contabilidade não pode ser um fim em si mesma, mas através da divulgação por meio das demonstrações contábeis e outros relatórios, em apoio às administrações das entidades, deve dar a conhecer o atual estágio de determinado empreendimento, tanto em termos patrimoniais e financeiros, como de lucratividade e aplicação de recursos. Deve ainda permitir ao usuário da informação, a partir de uma adequada evidenciação, conhecer o passado, o presente e ao mesmo tempo propiciar a este inferir sobre as possibilidades futuras, deixando-o assim, em condições de tomar a decisão de investir ou não neste empreendimento.
Muitos autores consideram que a própria contabilidade se constitui num
sistema de informações, segundo algumas definições do (Comissão de Valores
Mobiliários) CVM, o (Instituto Brasileiro de Contadores) IBRACOM, a contabilidade
se objetiva como um sistema que fornece informações, através dos seus
demonstrativos, relatórios e demais ferramentas que transmitam informações. Como
é objetivo desse capítulo abordar a importância da Contabilidade Gerencial,
enfocando-a como uma ferramenta usada num Sistema de Informação Contábil
Gerencial, se apropriando dos conceitos de Padovese (2007), há de se considerar
que, para um uso adequado desse tipo de sistema, primeiro a informação precisa
ser necessária e passível de elementos que justifiquem um investimento, pois a sua
criação demanda um custo. É imperativo ainda que os gerentes, ou os responsáveis
pelas decisões da entidade, estejam cientes da viabilidade e do quão pode ser vital
a utilização dessa ferramenta; para isso, a figura do contador gerencial pode fazer a
21
diferença nesse interim, com a orientação e a saliência da importância de todo esse
quadro para as empresas.
Atualmente é praticamente impossível ou inviável para qualquer tipo de
gestor empresarial, não se utilizar de algum tipo de sistema que propicie a ele
controle sobre o seu negócio, quanto maior o raio de alcance, a gama de clientes, ou
o grau de complexidade da entidade, mais e mais o uso desse recurso se fará
necessário. Como não é objeto dessa pesquisa entrar na emblemática das médias e
grandes empresas, uma vez que no município alvo é composto quase que em sua
totalidade de micro e pequenas empresas. Mas ter essa característica não isenta
esse tipo de empresa da necessidade de um bom sistema gerencial, principalmente
porque quanto menor, entende-se que haverá espaço para crescer e demarcar mais
espaço no mercado.
E como pode ser considerado bom, um Sistema de Informações Contábeis?
Mais uma vez se utilizando dos conceitos de Padovese (2007), entende-se que são
necessárias características como: Operacionalidade, o sistema deve contemplar
dados significativos, práticos e objetivos que proporcionem relatórios concisos e
direcionados às necessidades do usuário, Integração e Navegabilidade, percebe-se
que são pontos essências, pois todos os que se utilizam do sistema devem dispor da
mesma informação, e esta deve passar pelos mais diversos setores da empresa,
com isso considera-se que todos falarão a mesma língua. Já para Strassburg (2004,
p. 61) [...] “os conceitos de sistema de informação estão fundamentados em três
elementos básicos e fundamentais para a obtenção do resultado esperado, que são:
entrada de dados, o processamento destes dados e a saída dos dados
transformados (informação)”. É no processamento dessas informações que se criam
condições de otimização e melhor aproveitamento para o seu usuário.
Por fim entende-se que cada vez mais a contabilidade pode aproveitar-se de
sistemas de informações que venham a subsidiar condições ótimas de suporte e
auxílio às demandas geradas pela prática contábil. Ainda com o advento de uma
tecnologia cada vez mais moderna e específica à necessidade dos seus usuários,
vislumbram-se sistemas mais eficientes e direcionados as inovações que a
contabilidade vem apresentando.
22
Tomada de decisão. Esse tem sido um termo comumente usado para
expressar a utilidade das informações contábeis, mas de que maneira essas
informações contextualizam esse fato? É preciso por parte da Contabilidade, um
processo de adaptação às inovações tecnológicas, diante das mudanças ambientais
nas organizações. Dessa forma pode-se entender que na prática é durante a
confecção das informações que esse processo ocorre, Hendriksen e Van Breda
(1999, p. 90) dizem que “A informação contábil possui características qualitativas
denominadas atributos de informações contábeis que tendem a ampliar sua
utilidade, expondo três características qualitativas básicas: duração, generalidade e
viabilidade”.
Uma das principais condições para o fornecimento de informações contábeis
é através da geração dos Demonstrativos Contábeis. Por meio desses relatórios, as
entidades se guiam na direção proposta, são os fatos e atos realizados diariamente
pela entidade que darão origem a esses relatórios. Sobre os demonstrativos
acompanhamos o conceito de Marion (2002, p. 51), “São a exposição resumida e
ordenada de dados recolhidos pela contabilidade”, ainda como conceito, vemos a
opinião de Franco citado por Barbosa e Bonamigo (2004) "Todas as informações
retiradas dos registros contábeis e apresentadas de forma expositiva, sintética ou
analítica, para fins de informação sobre o estado patrimonial e sobre as variações,
aumentativas ou diminutivas, por ele sofridas...".
Dentro dessa temática sobre os demonstrativos, percebe-se a sua
importância para as entidades, pois é de posse deles que se verifica o resultado das
operações, a situação econômico-financeira, e patrimonial. De acordo com Braga
(1999, p.70 apud SARAIVA, 2005, p. 1)
As demonstrações contábeis, denominadas de demonstrações financeiras na legislação societária (Lei No. 6.404/76), são utilizadas pelos administradores para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade da empresa, perante acionistas, credores, governos e a comunidade em geral. Têm, portanto, por objetivo, revelar, a todas as pessoas interessadas, as informações sobre o patrimônio e os resultados da empresa, a fim de possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação econômico-financeira.
Em seguida vemos os principais demonstrativos contábeis, suas
características, e definições, contudo vale ressaltar que essa análise ocorre de
23
maneira sucinta, pois não é objetivo desse capítulo o aprofundamento sobre esse
tema.
De acordo com a Lei 6.404/76 e alterações da Lei 11.638/07, as
Demonstrações Contábeis obrigatórias são as seguintes:
a) Balanço Patrimonial; reflete de maneira estática a situação financeira
da empresa, composto de todos os bens e direitos, constantes no Ativo,
assim como suas obrigações perante os sócios e terceiros, constantes no
Passivo, "O balanço servirá como elemento de partida para o conhecimento
retrospectivo da situação econômica e financeira de uma empresa, através
das informações contidas nos seus vários grupos de contas". (ASSAF
NETO, 1981, apud BARBOSA, BONAMIGO, 2004)
b) Demonstrativo de Resultado do Exercício; destina-se a informar o
resultado operacional da empresa, através do confronto entre receitas e
despesas, provenientes dessas operações. Segundo Marion (2003, p. 127)
“A DRE é extremamente relevante para avaliar desempenho da empresa e a
eficiência dos gestores em obter resultado positivo”.
c) Demonstração dos Fluxos de Caixa; consiste na evidenciação das
movimentações envolvendo as disponibilidades do ativo circulante das
entidades, atesta à capacidade de gerar caixa e valores equivalentes a ele
(disponível), o seu advento vem em substituição de outra demonstração a
DOAR. De acordo com Iudícibus (1998, p. 218) a DFC [...] “demonstra a
origem e a aplicação de todo o dinheiro que transitou pelo caixa em um
determinado período e o resultado desse fluxo”.
d) Demonstração do Valor Adicionado; informa detalhamento da formação
da riqueza gerada pela empresa, como também a sua respectiva
distribuição. Com a utilização da DVA “É possível perceber a contribuição
econômica da entidade para cada segmento com que ela se relaciona.
Constitui-se no Produto Interno Bruto (PIB) produzido pela organização”
(KROETZ, 2000, p. 42).
e) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; equipara a
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, ambas destinam-se a
24
demonstrar as mudanças em natureza e valor, sofridas pelo Patrimônio
Líquido, num determinado período de tempo. Iudícibus (1998, p. 59), afirma
que, “Todo acréscimo e diminuição do Patrimônio Líquido é evidenciado
através desta demonstração, bem como da formação e utilização das
reservas (inclusive aquelas não originadas por lucro)”.
É importante ressaltar ainda, a existência das chamadas Notas Explicativas,
que são também citadas na Lei das Sociedades por Ações e constituem um
importante complemento constante das Demonstrações, pois evidenciam qualquer
tipo de esclarecimento que se faça necessário diante das informações contábeis.
Além dos tão conhecidos demonstrativos definidos acima, verifica-se ainda
alguns relatórios importantíssimos, que certamente complementam os
demonstrativos tradicionais, principalmente em caráter gerencial. Salienta-se que a
utilização dessas ferramentas, mesmo sem uma obrigatoriedade por parte da
legislação, contribui bastante para o desenvolvimento das empresas.
A contabilidade gerencial, para ser utilizada como instrumento no processo de tomada de decisões necessita de integração com: a contabilidade de custos, e por sua vez, com todos os procedimentos contábeis e financeiros ligados a orçamento empresarial, a planejamento empresarial, a fornecimento de informações contábeis e financeiras para decisão entre cursos de ação alternativos recaem, sem sombra de dúvida, no campo da contabilidade gerencial, que requerem informações contábeis (além das de outras disciplinas) que não são facilmente encontradas nos registros da contabilidade financeira. Na melhor das hipóteses, requerem um esforço extra de classificação, agregação e refinamento para poderem ser utilizadas em tais decisões (IUDÍCIBUS, 1998, p. 22).
A citação acima ilustra a necessidade da utilização das ferramentas
gerencias, em conjunto com as demonstrações contábeis geralmente utilizadas.
Essa compilação de dados gera uma integração entre as informações, tornando-as
ainda mais completas e úteis. Em seguida são apresentados alguns relatórios
contábil-gerenciais que se encaixam nessas definições:
a) Análise de Investimentos; esse tipo de relatório busca mostrar aos
empresários caminhos sólidos para o investimento do capital das empresas,
através da análise dos demonstrativos contábeis, dos mercados, e de outros
dados, busca-se nortear qual o melhor caminho para as aplicações
financeiras.
25
b) Planejamento Tributário; visa à diminuição da carga tributária através
de técnicas de estudo da legislação, como também dos procedimentos
financeiros e operacionais das empresas, Fabretti (2006) diz: “O estudo feito
preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo,
pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais
menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário”.
c) Gestão de Estoques; trata da movimentação dos materiais, de uma
maneira geral, envolvem questão sobre o armazenamento, manuseio,
proteção, e de toda logística empregada no processo,
Ainda podem ser encontrados outros tipos de relatórios gerenciais, a
depender do ramo de atividade empresarial e do tipo de informação e ser gerada,
como o objeto do estudo não é desgastar esse assunto, só foram citados esses três.
Independentemente do tipo de relatório que será usado para a apresentação
das informações contábeis, essas devem seguir uma linha teórica que as caracterize
como informações de princípios qualitativos. De acordo com Iudícibus (2004, p. 76)
“A tempestividade, a integralidade, a confiabilidade, a comparabilidade e a
compreensibilidade, esses atributos dão aos dados contábeis uma vocação
informacional e podem ser observados nas reações de quem os recebe”, também
segundo Hendriksen e Van Breda (1999, p. 96-106), “As propriedades das
informações contábeis estão ligadas aos benefícios e custos, relevância,
confiabilidade, comparabilidade e materialidade”.
Constata-se que as informações contábeis primeiro devem acontecer no
momento oportuno para quem fará uso delas, o chamado “ponto certo”, com isso
elas serão consideradas tempestivas. Outra característica importante é a relevância,
que ocorre quando a informação interferir diretamente nas decisões tomadas. As
informações ainda necessitam ser consideravelmente compreensivas e confiáveis
aos usuários, permitindo com isso, condições de compará-las, a fim de se avaliar
tendências e eventuais mudanças. Todas essas características são fundamentais,
visto que a qualidade das informações deve equivaler ao custo da sua elaboração,
garantindo o retorno desejado.
26
Diante de toda essa análise, constata-se que a Contabilidade Gerencial,
presta um papel fundamental para a Contabilidade em Geral, no que tange a
utilização das informações criadas por ela, pois propiciam a sua transformação,
buscando atender as expectativas das organizações, no sentido de dar propriedade
as decisões tomadas. Um bom exemplo refere-se ao fato de que a própria legislação
vem acompanhando essa tendência, uma vez que as alterações sofridas pela Lei
6.404/76, através da 11.638/07, mudaram os dispositivos que tratam dos
demonstrativos (art. 176, IV e V), trazendo a estes características de estilo gerencial,
como é o caso da DFC e principalmente da DVA.
Com a globalização, surgiu a necessidade de serem padronizados os procedimentos contábeis e dotar as informações com maior transparência e qualidade. Desta forma, procurou-se adequar a parte contábil da Lei 6.404/76 a essa nova realidade econômica brasileira. A proposta das Demonstrações do Fluxo de Caixa e do Valor Adicionado teve o objetivo de aprimorar a comunicação da contabilidade com seus usuários, atendendo assim suas necessidades informacionais. (AFONSO, 1999)
Todas as transformações que a Contabilidade Gerencial tem direcionado às
informações contábeis estão atreladas aos diversos campos do conhecimento, como
a própria contabilidade geral de custos e também a administração, planejamento
estratégico, estrutura organizacional, microeconomia, entre outros. Com isso,
conjectura-se um futuro onde a sua utilização será ainda mais proficiente, devido
aos avanços tecnológicos e à necessidade de um profissional apto a competir diante
da globalização.
Para que se possa ter a devida ciência da importância da Contabilidade
Gerencial e das suas contribuições para quem dela faz uso, é preciso um
comparativo com a Contabilidade Financeira, tão comumente usada pelos
profissionais contábeis, para que dessa forma se possa valorizar ainda mais as suas
características. A partir dos conceitos de Garrison, Noreen e Brewer (2007, p. 4), A
contabilidade Gerencial procura fornecer informações aos gestores, ou seja, aqueles
que se encontram na parte interior das entidades, enquanto que na Contabilidade
Financeira a confecção das informações é direcionada aos agentes externos,
aqueles que se interessam pela situação das empresas. Já diante das ideias de
Atkinson (1995) diferencia-se a Contabilidade Financeira da Contabilidade Gerencial
da seguinte maneira: Contabilidade Gerencial: Processo de produzir informações
financeiras e operacionais para os empregados e gerentes das organizações. Tal
27
processo deve ser dirigido pelas necessidades de informações de indivíduos
internos à organização, e deve guiar suas decisões operacionais e de investimentos.
Contabilidade Financeira: Processo de produzir demonstrativos financeiros para
entidades e usuários externos - como acionistas, credores e governo. Este processo
é demasiadamente restringido por modelos regulatórios oficiais e autoridades fiscais,
e por requisitos de auditoria de instituições independentes de contadores.
Partindo desse pressuposto, entende-se que a Contabilidade Gerencial tem
o seu destaque no auxílio aos administradores, e funciona como uma ferramenta
que aperfeiçoe os seus desempenhos, essa é uma das grandes contribuições do
ramo gerencial. Mas de que forma toda essa conjuntura acontece? Quais os
desdobramentos da utilização da Contabilidade Gerencial enquanto instrumento de
auxílio à gestão? Podem ser várias as formas de utilização, a depender da
necessidade de cada organização vários autores discorrem sobre o tema, na
tentativa de desenvolver uma forma mais genérica de vislumbrar a importância do
uso da Contabilidade Gerencial, vamos empregar uma análise que trabalha com a
matéria no aspecto de divisão através de processos, que ocorrem em três etapas
que apesar de distintas se complementam criando um ciclo de atividades dentro da
empresa é o que vemos na citação a seguir.
O planejamento envolve a escolha de uma linha de ação e a especificações de como a ação será executada. A atividade de direção e motivação envolve a mobilização de pessoas na execução de planos e gestão de operações de rotina. O controle subentende assegurar que o plano seja de fato executado e seja adaptada adequadamente na medida de alterações das circunstâncias, a informação proporcionada pela contabilidade gerencial desempenha um papel fundamental nessas três atividades administrativas básicas, mas mais particularmente nas funções de planejamento e controle. (GARRISON; NOREEN; BREWER; 2007).
CONTABILIDADE
RegistroEstimação Dados FinanceirosOrganização e OperacionaisSintetização
28
Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial
Relatório a agentes situados foraRelatórios para pessoas internas à
da organização: organização, para fins de: Proprietários Planejamento Credores Direção e motivação Autoridades Fiscais Controle Reguladores Avaliação de desempenho Ênfase em sínteses das Ênfase em decisões voltada paraconsequencias financeiras de o futuroatividades passadas Ênfase na relevânciaÊnfase em objetividade e
possibilidade de verificaçãoExigência de informação oportuna
Exigência de precisão
Relatórios detalhados por segmento,
para departamentos, produtos,São preparados somente dados clientes e funcionáriossintéticos para a organização como um todo
Não precisa obedecer a princípios
contábeis aceitos (GAAP)Deve obedecer a princípios de contabilidade aceitos (GAAP) Não é obrigatória Obrigatória para a apresentação de relatórios externos
Quadro 4: Comparações entre Contabilidade Financeira e Contabilidade GerencialFonte: Garrison, Noreen e Brewer (2007, p. 7).
O quadro ilustra bem as principais diferenciações entre os dois ramos
contábeis, mas convém tecer comentários sobre as questões enfáticas a respeito da
questão temporal, onde se destaca que a Contabilidade Gerencial orienta-se pelo
futuro, ou seja, leva-se em conta o planejamento e estimam-se contingências e
29
estimativas, já no ramo financeiro as informações baseiam-se em fatos já ocorridos
(passado). Em se tratando de como a informação deva chegar aos usuários,
percebe-se uma diferença importante no que tange a precisão, a parte gerencial da
contabilidade torna desnecessário os recursos que venham a garantir altos índices
de exatidão, o foco se dá em estimativas que procurem atender as expectativas
apresentadas, Garrison, Noreen e Brewer (2007, p. 4) ressaltam que: “Além de
atribuir menor ênfase à precisão do que a Contabilidade Financeira, a Contabilidade
Gerencial dá peso maior a dados não monetários”.
Outro fator que merece proeminência é a não obrigatoriedade da
Contabilidade Gerencial, o que não ocorre com a Financeira, que por sua vez em
virtude da legislação, deve ser realizada por todas as empresas. Entretanto apesar
da não ser obrigatória, a importância da Contabilidade Gerencial é mais do que
atestada pela sua utilização cada vez mais presente nos grandes conglomerados
empresariais, e em inúmeras empresas em todo o mundo. “A Contabilidade
Gerencial informação que cria valor considerável, pelo fornecimento de informações
acuradas e oportunas sobre as atividades necessárias para o sucesso das
organizações de hoje”, Atkinson “e outros” (1997 apud PADOVESE, 2007, p. 32).
Por toda essa conjuntura, a Contabilidade Gerencial fundamenta-se como
uma ferramenta que veio para ficar, visto a sua importância no gerenciamento das
entidades e o seu grau de utilização cada vez mais elevado, como a Contabilidade
controla o seu principal objeto de estudo (patrimônio) através da confecção de
informação, é de se esperar que essas informações tenham verdadeira relevância e
importância, pois toda a estrutura que abrange a Contabilidade gerencial vem, sem
dúvida nenhuma, endossar a qualidade dessa informação.
1.3 OS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
A informação contábil é sem duvida de suma importância para a sociedade
como um todo, contudo alguns segmentos se utilizam dela de maneira mais direta,
voltada tanto ao caráter profissional, como também num sentido mais coletivo, em
se tratando das empresas. Antigamente a definição de usuário da contabilidade se
30
restringia aos proprietários das empresas, com o surgimento dos conceitos
gerenciais acerca da contabilidade, a abrangência em se determinar quem se utiliza
dessas informações cresceu muito, nos dias de hoje é comum se encontrar diversos
usuários da contabilidade e das suas informações. O Conselho Federal de
Contabilidade, por meio da resolução nº 774/94, classificou os usuários das
informações contábeis em duas categorias: o interno e o externo, diante disso
vemos uma definição de Padovese (2003 apud BARBOSA, BONAMIGO, 2004).
Usuários Externos: São pessoas ou entidades que possuem interesse na empresa, que está direta ou indiretamente voltada a atender à sociedade. Podemos citar: clientes, investidores, credores, fornecedores, órgãos governamentais, e outros.Usuários Internos: Pessoas responsáveis pelo planejamento e controle empresarial, responsáveis pela sobrevivência da empresa; vão desde o administrador, sócios, proprietários, até os operários desta.
Para um melhor entendimento sobre os usuários e as suas relações com as informações
contábeis, abaixo vemos uma quadro comparativo sobre essa questão:
Usuários da InformaçãoContábil
Meta que desejaria Maximizar ouTipo de Informação mais
importante
Acionista minoritário Fluxo regular de dividendosAcionista majoritário ou com grande participação
Fluxo de dividendos, valor de mercado da ação, lucro por ação
Acionista Preferencial Fluxo de dividendos mínimos ou fixoEmprestadores em geral Geração de fluxos de caixa futuros suficientes para receber
de volta o capital mais os juros, com segurançaEntidades Governamentais Valor adicionado, produtividade, lucro tributávelEmpregados em geral,como assalariados
Fluxo de caixa futuro capaz de assegurar bons aumentos ou manutenção dos salários, com segurança; liquidez
Média e alta administração Retorno sobre o ativo, retorno sobre o patrimônio líquido;Situação de liquidez e endividamento confortáveis
Quadro 3: Os principais usuários das informações contábeis com a natureza básica das informações mais requisitadas.Fonte: Iudícibus (2004, p. 23)
Como título de esclarecimento, define-se os tipos de Usuários Externos
como: Instituições bancárias, os fornecedores em geral, clientes, investidores e o
poder público (governo). Analisando esse rol de usuários da contabilidade, nota-se
que os mesmos fazem uso das informações contábeis de uma maneira geral, a fim
de conhecer melhor as entidades com a qual se pretende estabelecer contato, daí
verifica-se a importância desse fator, pois essas relações serão imprescindíveis para
as o desenvolvimento empresarial. Tomamos a título de exemplo, as Instituições
31
Financeiras; é comum a análise dos demonstrativos, principalmente os de origem
financeira, para a escolha do tratamento a ser direcionado aos seus clientes
(empréstimos, financiamentos, etc). Os clientes e fornecedores enquanto usuários
podem se basear nesses dados para medir a capacidade da empresa em honrar os
compromissos estabelecidos. Outro ponto a ser destacado, faz menção ao governo
como usuário externo da contabilidade, pois são tomando como base as
demonstrações que se efetuam, os cálculos das obrigações tributárias que se dá a
alimentação da máquina pública.
Destaca-se ainda a importância das informações contábeis no mercado
financeiro, pois os investidores se fundamentam nesses dados para destinar as suas
aplicações, empresas que se mostrarem mais eficientes na elaboração dessas
informações seguramente se tornarão mais almejadas, alavancando a captação de
recursos advindos dessas relações.
Em se tratando dos usuários internos, podemos considerar: Os empresários,
sócios e acionistas, e ainda diretores, administradores e demais funcionários. Para
esse tipo de usuário a informação se propõe a balizar as suas ações e decisões,
dentro das suas organizações. Nesse ponto quem recebe a informação, irá definir o
seu nível de detalhamento, Hendriksen e Van Breda (1999, p. 95) citam que “[...] a
natureza do usuário é um fator determinante crucial para a decisão a respeito da
informação a ser divulgada”.
Dessa forma, entende-se que os usuários adaptarão as informações de
acordo com sua conveniência e necessidade, os administradores, por exemplo, face
ao cargo que ocupam, podem solicitar relatórios gerenciais específicos como: fluxo
financeiro, contas a pagar ou receber, vendas e faturamento, etc. É correto dizer
ainda que as informações oriundas da corrente gerencial da contabilidade, são
aquelas destinadas principalmente aos seus usuários internos, isso explica o fato
dessas informações serem mais flexibilizadas em função da sua utilização.
Diante do exposto nesse capítulo percebe-se que os usuários da
contabilidade têm evoluído juntamente com a mesma, tanto nas suas necessidades,
como também na utilização dessas informações, com isso, percebe-se a importância
das suas características qualitativas, e da flexibilização para cada tipo de usuários. A
32
qualidade dessas informações deve ser assegurada por certo grau de
sistematização (sistema de informações), além de estar alicerçado pelos Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
Entendendo que cada usuário, tanto interno como externo, tem
necessidades específicas diante das informações contábeis, essa mesma
contabilidade pode passar aos seus mais diversos usuários o entendimento de que o
seu uso constante e adequado nas atividades propostas subsidia os parâmetros que
cercam a sua tomada de decisões. Em contrapartida, esse processo valoriza cada
vez mais a utilização dos profissionais contábeis que se encontrem aptos a fornecer
esse tipo de informação.
33
2 ASSIMETRIA INFORMACIONAL – CONCEITO GERAL
A informação está absolutamente ligada às questões que envolvem as
relações entre os usuários da contabilidade, sendo de fundamental importância para
a sua aplicabilidade e para um bom andamento da operacionalização, como também
da busca do sucesso econômico-financeiro de todos os usuários envolvidos. Aqui
temos uma definição de informação como sendo: “Dados dotados de relevância e
propósito” (DAVENPORT, 1998). Normalmente, quando os gestores se deparam
com processos que envolvem tomadas de decisão, eles se confrontam com um
conjunto de dados que, contextualizando-os, conduzem-no à solução de impasses.
De outra parte, Davenport (1998) afirma que “[...] o conhecimento é a
informação mais valiosa. É valiosa mais precisamente porque alguém deu à
informação um contexto, um significado, uma interpretação [...]”. Neste caso, é como
se a informação dependesse de cada um para se transformar em conhecimento,
variando de acordo com sua percepção, codificação e interpretação, sofrendo à
influência de suas características e também dos valores pessoais de cada indivíduo.
Assimetria Informacional surge como um dos obstáculos para a correta
utilização e interpretação da informação, ela pode ser descrita como um fenômeno
segundo o qual alguns agentes econômicos ou não, são possuidores de
informações a mais do que outros. Num exemplo clássico para ilustrar o tema,
temos o caso em que um tomador de um empréstimo é profundo conhecedor da sua
própria capacidade de pagamento, diferentemente de sua fonte, que não detém
essa informação.
As implicações da assimetria informacional foram inicialmente analisadas
por Akerlof (1970) apud Santos “e outros” (2007, p. 467-468). Ele explana esse
fenômeno citando como exemplo o mercado de carros usados, num estudo sobre
lemon markets, como são conhecidos os carros velhos e ruins nos EUA. Quem
vende um automóvel tem pleno conhecimento do estado em que ele se encontra, do
contrário de quem efetua a compra, que não tem conhecimento das condições e
ainda das intenções do vendedor. Em função dessa assimetria de informações, é
comum que o comprador tenha uma predisposição a pagar um preço mais reduzido
34
por este veículo. Em consequência deste fator, quem tem um automóvel em
condições ótimas, não quer vender em virtude do preço de mercado estar baixo, o
que não retrata o valor desejado. Diante dessa conjuntura, é provável que ocorra um
sobra de carros de baixa qualidade no mercado, o que tende a provocar uma forte
elevação do nível de desconfiança dos compradores. Quando incide o fenômeno da
assimetria informacional, tendem a ocorrer conflitos de interesses nas relações.
Ainda explorando os conceitos sobre o tema, vemos a opinião de Angelo
(2005) “Desse modo, podemos definir assimetria de informações como o fenômeno
em que um agente ou grupo possui um pacote de informações sobre determinado
tema maior ou diferente de um segundo agente ou grupo interessado nessas
mesmas informações”. Esse conceito reforça ainda mais a máxima que a assimetria
retrata, a disparidade das informações entre os detentores destas. Tomando como
base os relatos de Junior (1998), a assimetria informacional pode ser definida como
a disparidade de informações existentes entre os participantes do mercado, os
gestores e os investidores e ocorre quando o gestor possui conhecimentos a
respeito do desempenho futuro da empresa aos quais os investidores não têm
acesso, isso numa visão do mercado de investimentos, ainda nesse contexto temos:
“Os investidores uma vez cientes da assimetria informacional, tendem a subvalorizar
as novas emissões de títulos por parte da Companhia” Myers e Majluf (1984 apud
JUNIOR; 1998). Portanto estes conceitos evidenciam que o aparecimento desse
fenômeno tende a trazer uma instabilidade aos mercados, fazendo com que estes
sejam passíveis de produtos e serviços de má qualidade.
Para um melhor entendimento da assimetria da informação, o estudo das
implicações do seu surgimento passa pelas teorias desenvolvidas a partir das suas
consequências e prováveis soluções aos problemas gerados, portanto, o
aprofundamento dessas teorias trará mais condições de entendimento ao tema
exposto, e será parte integrante desse capítulo.
2.1 PRINCIPAIS TEORIAS ACERCA DA ASSIMETRIA INFORMACIONAL
35
A assimetria de informação se substancia como um dos grandes entraves
para os usuários da contabilidade. Iudícibus (2004, p. 48) considera o usuário da
contabilidade como sendo: “[...] toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na
avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade
empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar”. Ainda
partindo desse raciocínio e para um melhor entendimento, é apresentado um quadro
contendo os principais usuários das informações contábeis com a natureza básica
das informações mais requisitadas: “Usuários da Informação Contábil: Acionista
minoritário, Acionista majoritário ou com grande participação, Acionista Preferencial,
Emprestadores em geral, Entidades Governamentais, Empregados em geral, como
assalariados, Média e alta administração”, (IUDÍCIBUS, 2004, p.23).
Em se tratando da maneira como serão utilizadas as informações aos
usuários da contabilidade, a assimetria de informação aparece como uma das
grandes vilãs das relações que esses usuários mantêm. A assimetria informacional
ocorre quando uma das partes de uma determinada transação possui mais
informação do que a outra, uma das principais teorias estudadas a partir dessa
assimetria e que vem a explicar como ocorrem algumas das distinções em virtude
desse problema é a teoria da agência.
2.1.1 Teoria da Agência
De acordo com Hendriksen e Van Breda (1999, p.139) “[...] dizem que esse
aspecto da Teoria da Agência se apresenta como o mais recente trabalho da área e
tem-se concentrado nos problemas causados pela informação incompleta”. Como
exemplo, tais autores citam o fato de o principal (no caso, o proprietário) ser incapaz
de observar todas as ações do agente (no caso, o administrador). Esse fator é o
ponto determinante dessa teoria, que retrata bem a situação onde os
administradores de recursos financeiros (agente), que têm a prerrogativa de destinar
os investimentos oriundos dos donatários do capital (principal), ocorre que ambos
tendem a desenvolver opiniões divergentes sobre a finalidade desse investimento,
fazendo com que se desenvolva a assimetria.
Balizando-se com as ideias de Jensen e Meckling (1976), Eisenhardt (1989)
e Arrow (1985 apud Costa “e outros” [200-?]), entende-se que há decisões tomadas
36
pelo agente que podem maximizar a riqueza de uma parte e as que maximizam o
interesse da outra, de modo que decisões favoráveis a um lado podem ser
desfavoráveis ao outro porque há propósitos imperfeitos do ponto de vista simétrico
e custos de oportunismo (aqueles provenientes de comportamento oportuno) e de
controle, essa teoria está pautada na inexistência de agente perfeito e de contrato
completo e na existência de assimetria de informações. A teoria da agência ampara-
se na separação entre a propriedade e o controle, trazendo em seu escopo a noção
de conflito. Para Arrow (1985 apud Costa “e outros” [200-?]), a delegação de
autoridade na tomada de decisão é problemática, pois além dos interesses do
proprietário e do agente normalmente divergirem, o proprietário não poderá
monitorar perfeitamente e sem custos as ações do agente. Assim, essas condições
constituem o problema de agência, pois possibilitam o comportamento oportunista
do agente em trabalhar contra o bem-estar do proprietário. Buscando ainda uma
melhor ilustração acerca do significado da Teoria da Agência, temos a seguinte
citação:
Segundo Hillbrecht (1999, p.93) apud Neto (2005), O problema da relação principal-agente é geral no mercado acionário. Ele existe porque, embora muitos dos atos dos administradores sejam visíveis para os proprietários, como por exemplo, o investimento em capital físico, existe uma grande variedade de atos que não o são, como por exemplo: os gastos para aumento de produtividade, investimento em pesquisa, gastos em ostentação, bem como o próprio esforço dos administradores. Para evitar-se o problema, os acionistas devem incorrer em custos de monitoramento e promover detalhadas auditorias periodicamente. Mas isso remete novamente ao problema do free-rider..., pois como essa ação beneficia todo o conjunto de acionistas, nenhum acionista individualmente pode achar que valha a pena gastar seus recursos para tal.
Continuando a textualizar os conceitos acerca da Teoria da Agência,
tomando por base a opinião, de Brisola (2000 apud ANGELO, 2005), uma empresa
é composta de seres que tem interesses próprios, mas que sabem que para crescer
precisam ser uma equipe melhor que as suas concorrentes diretas, sendo assim
essa teoria aborda as relações contratuais que ligam esses empregados, fazendo
com que os mesmos tenham objetivos em comum. Pode se entender com isso, a
título de exemplo que numa relação entre um gerente financeiro (agente), que tem
como função gerir as aplicações de um investidor (principal), o primeiro apesar de
ter em tese a autoridade em julgar o destino do ativo em questão, precisa discernir o
interesse de cada parte e procurar com isso maximizar aos rendimentos objetivados
37
por ambos. Para um melhor entendimento vejamos o que cita Monsma (2000, p. 83-
114)
A teoria da agência focaliza os problemas gerados pelo fato de que o agente tem de fazer algo pelo principal, mas não tem os mesmos interesses. Ao mesmo tempo, o principal nunca tem informação completa sobre as atividades do agente, e muitas vezes nem sabe fazer as tarefas do agente. Essa abordagem tenta descobrir que arranjos contratuais e institucionais podem melhor alinhar ou compatibilizar os interesses do agente com os interesses do principal. O ideal, para o principal, é um sistema de incentivos em que o agente só pode ganhar mais por meio de esforços que aumentam os benefícios do principal (STINCHCOMBE, 1986, pp. 139-140).
A sentença acima talvez seja a que melhor retrata a teoria em estudo, pois
transmite de forma completa o embaraço causado pela assimetria existente entre o
principal e o agente, é preciso que ambos tenham consciência que essa relação
deve ser de conveniência mútua, pois dessa forma pode-se reduzir a assimetria
informacional, trazendo benefícios às partes integrantes da relação, entende-se
ainda que a confecção de um bom contrato, acompanhado de mecanismos que
abonem o desempenho do agente, tende a agir de modo a facilitar esse processo.
2.1.2 Seleção Adversa
Outra situação que faz parte das teorias que versam sobre a manifestação
da assimetria informacional é a chamada Seleção Adversa, que quando colocada
por Hendriksen e Van Breda (1999), verifica-se que uma das partes poderá
descontar a informação fornecida pela outra, mesmo que seja verdadeira. É uma
espécie de desconfiança de uma parte sobre a informação apresentada pela outra
parte, ou talvez, em outras palavras um “ruído de comunicação” entre essas partes.
“É uma espécie de desconfiança de uma parte sobre a informação apresentada pela
outra parte, ou talvez, em outras palavras um ruído de comunicação entre as partes”
(ÂNGELO, 2005, p. 43). Já para Gomes e Diniz (2006, p.2 apud GONÇALVES e
TAVARES, 2008) “o problema de informação assimétrica surge quando as
características do bem negociado não são observadas por todos os participantes do
mercado.”.
38
Portanto percebe-se que a eclosão da Seleção Adversa se dá em suma no
período que antecede o feitio e assinatura de um contrato, momento esse que torna
uma das partes detentora de informações que são indisponíveis para a outra parte.
Segundo Fabrizio Mattesini (1993), o incentivo para a parte mais bem informada
tentar tirar vantagem de sua maior quantidade de informações será mínimo se existe
a intenção de criar um relacionamento com o comprador para futuras transações, ou
se o mercado em questão é regulado por um especialista externo (por exemplo,
agência reguladora do setor), mesmo assim, é frequente que problemas de
informação ocorram, levando a desvios de eficiência. Para Mishkin (1991), seleção
adversa é um problema de informação assimétrica que ocorre antes de uma
transação ocorrer. Maus tomadores são os que mais procuram por empréstimos.
Estes agentes têm interesse em alavancar o seu grau de endividamento, pois
somente eles conhecem a real condição de saneamentos da dívida. Como a
Seleção Adversa torna mais provável que os empréstimos sejam feitos a maus
riscos de crédito, os emprestadores podem decidir não disponibilizar o acesso ao
crédito mesmo que haja boas condições de mercado, o que dificulta um ambiente de
financiamento desejável.
Como visto nos textos anteriores, o problema da seleção adversa é outra
importante característica da problemática dentro da assimetria informacional, o
estudo de suas variáveis leva a considerações que envolvem problemas contratuais,
que versam sobre cenários anteriores e posteriores a compromissos formais
(contratos). De acordo com Machado (2002, p.15), “[...] os principais problemas
contratuais decorrentes de assimetria de informação podem ser agrupados em duas
categorias, de acordo com o momento de surgimento do comportamento oportunista
das partes: pré-contratual ou pós-contratual”. Visando uma melhor percepção,
vejamos os dados a seguir:
Pré-contratual CONTRATOS Pós-contratual
Seleção adversa Moral Hazard
Sinalização Contratos
Screening Incentivos
Figura 1 – Mecanismos da seleção adversa e risco moral Fonte: Balbinotto (2008).
39
O quadro acima mostra um comparativo entre as questões pré e pós-
contratuais, com os respectivos problemas acerca da assimetria informacional, como
também, suas possíveis soluções, a princípio se dará mais ênfase ao que tange a
seleção adversa, como o destaque da menção que segue:
A sinalização e o screening podem ser definidos como: sinalização (signaling): diz respeito à emissão de sinais e fornecimento de informações por parte do agente que a detém (o agente que está recebendo a informação deve confiar na sinalização do outro agente); varredura (screening): ocorre quando a informação assimétrica é revelada por mecanismos utilizados pelo principal, ou seja, diz respeito à busca de informações (os que desejam informações fornecem incentivos ou dispõe de mecanismos de avaliação de modo a conseguir a informação desejada). (SCHMIDT “e outros”; 2005 apud GONÇALVES; TAVARES 2008).
Nota-se que tanto a Sinalização, como o Screening são as principais formas
de combate a esse tipo de assimetria, na primeira o agente passa ao principal
alguma informação que possa influenciá-lo, isso faz com que a assimetria se reduza,
pois com isso o principal terá condições de perpetrar um contrato que atenda as
suas necessidades, daí esse contrato é apresentado ao agente que aceitara ou não
os termos contratuais. No caso da filtragem ou screening, o movimento se inicia com
o principal, que condiciona situações avaliativas, que induzam ao aparecimento de
agentes que atendam às necessidades da contratação, fazendo como dessa forma
se reduzam os riscos de assimetria.
Com o intuito de exemplificar a teoria da Seleção Adversa podemos fazer
uma análise do estudo relacionado ao mercado de seguros, com ocorrência de
informação ocultas, vejamos seguinte citação:
Um é o caso da “seleção adversa”, em que a companhia seguradora não pode determinar algumas características do segurado que são relevantes para a determinação da probabilidade do estado futuro de sua personalidade. [...] O outro caso é semelhante em que a seguradora é presumida não conhecer ou ser capaz de monitorar o estado presente da personalidade (na data da compra), mas diferente em que o segurado também tem o poder e o incentivo para mudar este estado não observável em resposta à cobertura do seguro. (PAULY 1974, p.44-45 apud GONÇALVES; TAVARES; 2008).
No mercado de seguros a assimetria informacional tem forte impacto, uma
vez que as empresas seguradoras não detêm o conhecimento sobre o
comportamento e as intenções dos seus clientes, assim a utilização de mecanismos
de redução são prioritariamente utilizados, alguns métodos como o screening,
40
busca-se a inserção desses clientes em categorias a partir do perfil de cada um,
dessa forma mede-se os riscos e balizam-se os valores negociados. Outro ponto diz
respeito à sinalização, onde as empresas através da concessão de benefícios
incentivam os clientes a revelarem informações que em situações normais estariam
ocultas e a partir dessas informações, é possível classificar e avaliar os contratos
com margens de segurança maior.
2.1.3 Risco Moral
Outra variável encontrada dentro das teorias de assimetria informacional é o
chamado Risco Moral ou Moral Hazard que envolve questões relativas ao
comportamento dos indivíduos nos negócios firmados entre partes, como não há
condições de se prever que tipo de ação ou intenção as pessoas terão diante dos
seus compromissos.
Em geral, os problemas gerados pela assimetria de informação são associados ao comportamento de natureza ética, afetando diretamente as relações entre os agentes. Se os agentes econômicos tivessem uma orientação benigna, não oportunista, os custos de transação não seriam relevantes. (MACHADO, 2002, p. 90).
Diante do exposto, percebe-se que o Risco Moral afeta diretamente as
relações entre os entes econômicos, trazendo uma elevação aos custos das
transações que envolvem essas relações, sendo assim, é causado um impacto
sobre o equilíbrio desses custos, o que ocasiona problemas para todas as partes
inseridas na relação. Continuando a demonstrar as variações teóricas, busquemos
fundamento em Canuto e Lima (1999), o problema de assimetria informacional, em
se tratando do Risco Moral, se caracteriza após a ocorrência da transação, quando o
emprestador corre o risco de que o emprestante, após receber o empréstimo, se
engaje em atividades indesejáveis do ponto de vista daquele; uma vez obtido o
empréstimo, o emprestante pode desenvolver atividades mais arriscadas, as quais,
muito embora ofereçam retornos potencialmente maiores, oferecem riscos
igualmente maiores.
Essa indagação levanta uma importante relação da teoria em questão, com
o mercado de investimentos. Tomando como base os fenômenos relacionados ao
protecionismo que ocorre com as instituições financeiras, com o pretexto de
blindagem ao mercado, isso ocasiona ainda mais a incidência do Risco Moral, uma
41
vez que, em virtude da proteção aos capitais aplicados no banco, os investidores
deixam de fiscalizar as ações desses bancos em posse dos seus numerários, o que
faz com que esses investimentos sejam direcionados a atividades arriscadas,
criando um ciclo especulativo, que pode vir a originar bolhas maléficas a todos os
relacionados, para melhor fixação do exposto, vejamos a citação subsequente:
Como a falência de um grande banco torna mais provável a ocorrência de uma instabilidade financeira de grandes proporções, os reguladores naturalmente relutam em permitir a quebra de um grande banco; no jargão da literatura sobre regulação e supervisão, um banco como esse é considerado “grande demais para quebrar” (too big to fail). Um problema com essa política, com efeito, é que ela aumenta os incentivos de risco moral para os grandes bancos. Na medida em que seus depositantes sabem que um determinado banco é visto como “grande demais para quebrar”, não terão incentivos para monitorá-lo e puni-lo com a retirada de depósitos caso o mesmo se engaje em operações excessivamente arriscadas. (CANUTO; LIMA,1999, p. 14).
Uma das formas de combate ao Risco Moral é o incentivo, nesse caso o
principal deve criar maneiras de fazer com que o agente se esforce em cumprir o
que foi acordado entre as partes, exemplificando temos condições como
participação nos lucros, ganhos proporcionais ao rendimento e outras gratificações
que visem à melhoria do comportamento do agente diante do esforço necessário ao
atendimento das necessidades do principal.
Ainda envolvendo esse questionamento dentro da importância da qualidade
e do acesso em conjunto das informações contábeis, para os usuários relacionados
em determinados processos decisórios, consideremos a seguinte afirmação, “O
objetivo básico dos demonstrativos financeiros é prover informação útil para a
tomada de decisões econômicas [...].” (IUDÍCIBUS, 2004, p. 22).
Podemos concluir desse modo que as informações contábeis devem vir na
contra mão das particularidades envolvidas com a assimetria de informação.
2.2 A ASSIMETRIA INFORMACIONAL DENTRO DO CONTEXTO CONTÁBIL
Dentre os mais diversos desafios impostos à contabilidade, o controle e
redução da incidência da assimetria informacional podem ser elencados como de
fundamental importância para os usuários da informação contábil, isso porque essa
incidência detém um efeito nocivo a essas informações ocasionando problemas nas
relações daqueles que fazem uso das mesmas. Contextualizando com as teorias
42
que cercam assimetria da informação, vemos o interesse dos acionistas nos
resultados gerados pelos gestores, a teoria da agência fornece estrutura para o
papel desempenhado pela contabilidade enquanto fornecedora de informações.
Através dela os gestores oferecem aos acionistas informações sobre a organização,
reduzindo a assimetria informacional (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999).
As relações entre os usuários da contabilidade são passíveis de condições
que propiciem um entendimento entre as partes, essa é uma forma característica de
combate ao fenômeno da assimetria de informações, se utilizando de uma análise
baseado nos princípios fundamentais, além de obedecer às normas tanto de
natureza ética, moral e com fundamento na legislação vigente, a contabilidade
assume totais condições de se condicionar a frente das dificuldades geradas por
essa assimetria.
Outra condição básica está no fato de que a informação venha a ser
disponibilizada de modo igualitário, tanto do ponto de vista do entendimento como
da consequência, ou seja, aquele que tem acesso a informações, deve ter domínio
das variáveis que a circundam, têm-se a seguinte citação a fim de melhor
entendimento:
“O objetivo básico dos demonstrativos financeiros é prover informação útil para a tomada de decisões econômicas [...]”, depreende-se que as informações contábeis devem ser apresentadas de tal modo que possa propiciar a quebra dessa assimetria informacional. Assim sendo, uma das hipóteses fundamentais para garantir a quebra da assimetria informacional no campo da Contabilidade consiste na condição de que todos usuários possam ter acesso ao mesmo conjunto de informações acerca de todas as variáveis econômicas e financeiras da empresa, não podendo ocorrer casos em que um ou mais usuários possuam algum tipo de informação que os outros desconheçam. (IUDÍCIBUS, 2004, p. 22).
Até por volta da década de 70 à teoria da contabilidade tinha um foco mais
técnico, voltado às questões normativas. A partir dessa década, após uma
sequência de estudos sem caráter científico, a própria contabilidade emergiu numa
literatura sobre a teoria contábil positiva. Os precursores dessa teoria segundo Silva
(2011), foram Watts & Zimmerman, que em 1978, publicaram o primeiro trabalho
sobre o assunto: “Toward a positive theory of determination of accounting
standards”. No ano seguinte (1979) os autores divulgaram outro artigo, no qual
buscam explicar o papel das teorias contábeis, sob o título “The demand for and
supply of accounting theories: the market for excuses”. Mas foi em 1986 que os
autores publicam o livro “Positive accounting theory” que, conforme escrito no início
43
de seu prefácio, “revê a teoria e a metodologia nas quais se fundamenta a ampla e
crescente literatura contábil empírica de base econômica” Watts e Zimmerman,
(1986). Diante dessa nova vertente dos estudos sobre a teoria da contabilidade,
esse novo foco denominado de Teoria Positiva da Contabilidade, tem um viés
direcionado a explicar e prevê eventos relacionados aos questionamentos
demandantes.
Ainda de acordo com os conceitos de Watts & Zimmerman (1986 apud
SILVA, 2011), a lógica dessa teoria descreve como as entidades decidem que tipo
de informação deve ser divulgada, isto é, de que maneira se selecionam os
procedimentos contábeis (reconhecimento, mensuração e evidenciação), a serem
utilizados e esclarecem que estes são balizados a partir de interesses pessoais que
visam um bem estar próprio. Essa teoria ainda situa a contabilidade como uma parte
complementar conjugada a contratos (formais e informais), onde que as partes
interessadas tendem a escolher espontaneamente quais espécies de práticas
contábeis devem ser aplicadas, isso propicia um ambiente mais seguro e confiável
para as relações. Desse modo, entende-se que a contabilidade funciona como um
mecanismo de redução de assimetria informacional. A citação abaixo esclarece à
afirmativa:
A teoria positiva de contabilidade focaliza, predominantemente, a relação entre administradores e proprietários como potenciais atores engajados e/ou impactados pelo processo contábil. Assume-se que os objetivos pessoais guiam todas as ações dos indivíduos e, por isso, as organizações precisam acionar mecanismos que lhes permitam diminuir conflitos de interesse. Assim, instrumentos de natureza contábil seriam necessários, por exemplo, para eventual alinhamento de interesses entre administradores e proprietários. (IUDÍCIBUS; LOPES, 2004, p. 20).
Dando continuidade ao contexto da contabilidade enquanto redutora de assimetria
informacional, o quadro a seguir ilustra como se desdobram as principais relações entre os
participantes da Teoria da Agencia (principal e agente), principalmente no que tange as expectativas
geradas por essas relações, a análise destes fatores nos proporcionam condições de correlacionar as
atividades exercidas na contabilidade. Universalizando esses fatores, temos que nos cenários onde se
percebe uma condição que se relacione com expectativa de ganhos, situações que ensejem a
auditoria, a contabilidade pode preponderar com a utilização dos seus conceitos e princípios, além
dos instrumentos a exemplo dos demonstrativos financeiros (BALANÇOS PATRIMONIAIS, DRE, DFC,
etc). No ramo da Contabilidade Pública, o direcionamento se dá a fatores relacionados aos interesses
44
do governo e da sociedade, onde a mesma interfere positivamente nessas relações, contribuindo
também com as suas ferramentas específicas ou não.
RelaçõesPrincipal – Agente
O que o Principal espera do Agente?
Acionistas – Gerentes Gerentes maximizem a riqueza do Acionista (valor das ações)
Debenturistas – Gerentes Gerentes maximizem o retorno do Debenturista;
Credores – Gerentes Gerentes assegurem o cumprimento dos contratos de financiamento;
Clientes – Gerentes Gerentes assegurem a entrega de produtos de valor para o Cliente qualidade (maior), tempo (menor), serviço (maior) e custo (menor);
Governo – Gerentes Gerentes assegurem o cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistase previdenciárias da empresa;
Comunidade – Gerentes Gerentes assegurem a preservação dos interesses comunitários,cultura, valores, meio ambiente etc;
Acionistas – AuditoresExternos
Auditores Externos atestem a validade das demonstrações contábeis,(foco na rentabilidade e na eficiência);
Credores – Auditores Externos Auditores Externos atestem a validade das demonstrações contábeis,(foco na liquidez e endividamento);
Gerentes – Auditores Internos Auditores internos avaliem as operações na ótica de sua eficiência eeficácia, gerando recomendações que agreguem valor;
Gerentes – Empregados Empregados trabalhem para os gerentes com o melhor de seus esforços,atendendo as expectativas dos mesmos;
Gerentes – Fornecedores Fornecedores supram as necessidades de materiais dos gerentes nomomento necessário e nas quantidades requisitadas;
Fonte: Adaptado de Martinez (1998, p.2)
Outro ponto que relaciona a contabilidade com os problemas de assimetria
informacional, diz respeito aos custos, que nada mais são do que os gastos
derivados desses problemas. Jensen e Meckling (1976, p. 308 apud NOSSA;
45
KASSAI; KASSAI 2000, p. 7), que definem os custos de agenciamento como a
soma: das despesas de monitoramento pelo principal, das despesas com cobertura
de seguros e das perdas residuais. Como exemplo das despesas de monitoramento,
temos os sistemas de informação e controle auditorias, além dos custos com os
tipos de incentivos dados aos agentes. Já as despesas com cobertura, referem-se à
proteção contra danos propositais por parte do agente, e as perdas residuais têm
haver com os prejuízos envolvidos nas decisões tomadas por parte do agente frente
aos negócios do principal.
Willianson (1985 apud SIFFERT FILHO, 1996), dividem os custos
resultantes da assimetria em dois tipos (ou dois momentos): custos ex-ante e ex-
post aos contratos. Como ex-ante, estão os custos de estruturação,
desenvolvimento, montagem, negociação, salvaguarda (garantias) do acordo
(contrato) realizado entre o principal e o agente. Para os custos ex-post, são
considerados aqueles decorrentes da não realização do que haveria sido acordado;
de algumas renegociações para suprir eventuais más adaptações às cláusulas
contratuais; dos esforços para resolver prováveis conflitos entre as partes; do
acompanhamento e monitoramento da observância dos acordos acertados etc. A
contabilidade na sua crescente evolução no campo dos custos pode e muito
contribuir para a maximização das condições de administração desses gastos,
principalmente no que tange a sua mensuração e entendimento das variáveis
envolvidas.
Portanto, se tornam evidentes os fatores que colocam a contabilidade como
uma importante aliada na redução das consequências causadas pela assimetria
informacional, independentemente da sua utilização, seja no foco gerencial de
auxilio a tomada de decisão ou no ramo financeiro através da composição de
demonstrativos, a contabilidade disponibiliza aos seus usuários condições de suprir
as deficiências do desencontro de informações, ocorrência das relações entre os
entes empresarias ou até mesmo sociais, trazendo com isso um importante subsídio
para o condicionamento de um ambiente propício a relacionamentos mais estáveis e
produtivos, fazendo com que aja um desenvolvimento tanto do ponto de vista
empresarial, como social.
46
3 PESQUISA E COLETA DE DADOS
Neste tópico serão expostos todo o contexto em que se baseou a pesquisa,
como também a coleta de dados e a posterior análise, com os respectivos
resultados obtidos durante todo o trabalho de levantamento e aplicação dos
questionários.
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A pesquisa em questão visa à análise precisa dos fatos envolvidos com o
tema proposto, buscando dentro da problemática que foi estabelecida, a
averiguação das hipóteses que constam do trabalho, para provar ou não que a
contabilidade no que tange as microempresas optantes simples nacional, dentro do
município de Senhor do Bonfim-Ba, pode vir a reduzir a incidência de assimetria
informacional nessas entidades.
Partiu-se do pressuposto básico de que a assimetria informacional é um
fenômeno presente nas relações que cercam os sujeitos dessas empresas, em
especial os empregadores e os empregados. Portanto a presente pesquisa fará a
sua análise baseada no acontecimento desse fator, que segundo o referencial
teórico empregado, e o estudo das teorias da assimetria, constata-se que a sua
influência é altamente lesiva para o ambiente empresarial.
No tange os objetivos, durante a pesquisa se procurará provar que a
contabilidade pode, enquanto ferramenta gerencial, auxiliar ou ainda, diminuir as
conseqüências geradas pela assimetria da informação. Assim a de se verificar, se os
empresários fazem uso das informações contábeis; se os empregados tem acesso
às informações e ao profissional contador; se a contabilidade disponibiliza a estes
usuários uma comunicação que possibilite um contraponto a assimetria.
Metodologicamente serão adotadas técnicas de pesquisa exploratória, com
viés quantitativo e qualitativo, na primeira irá se analisar os percentuais encontrados,
se utilizando de regimes de amostragem, no intuito de delimitar o ambiente
47
pesquisado. A pesquisa exploratória, então, poderá encontrar evidências empíricas
comprovadoras de dissonâncias entre os pesquisados, relacionadas à assimetria
informacional, nesse processo será feito uso de uma abordagem, baseada na
disponibilização de questionários de coleta, para aferição de informações, que
possibilitem a constatação dos objetivos, e consequentemente validação ou não das
hipóteses.
Todo esse contexto de análise será balizado pela pesquisa bibliográfica que
foi realizada, comparando esse referencial com o resultado da coleta de dados que
será realizada.
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA
Na pesquisa foram utilizadas empresas consideradas micro-empresas,
optantes pelo regime de tributação do Simples Nacional, visto o fato da ampla
maioria do total no cenário nacional e também no município pesquisado serem
dessa natureza. Os escritórios contemplados foram àqueles considerados de grande
porte dentro da realidade local, ou seja, os que possuem mais de cinquenta (50)
empresas ativas, com no mínimo dez (10) empresas que tenham um quadro de
funcionários entre cinco (5) e dez (10) funcionários.
Nessa conjuntura de amostra, tomando por base dados da 38ª. Delegacia do
CRC/BA, a cidade de Senhor do Bonfim-Ba, tem em sua totalidade vinte (20),
escritórios contábeis em atividade. Desse montante, contatou-se que oito (8),
preenchem os requisitos da pesquisa, assim sendo, a averiguação foi realizada em
cinco (5) destes escritórios, o que totaliza um percentual de 62,5% do total, índice
considerado aceitável, para o cumprimento da análise em questão. Quanto à
aplicação dos questionários, a informação segue no gráfico a seguir:
48
Gráfico I Número de Questionários Aplicados na Pesquisa Fonte: Dados da Pesquisa
3.3 PÚBLICO-ALVO
Empresários de firmas individuais, como também de Sociedades Limitadas,
tipos de empresas mais comuns na cidade, e onde se considera que o sucesso da
empresa esteja atrelado ao desempenho do gestor e dos seus colaboradores. Os
próprios funcionários empregados nessas empresas, como também os profissionais
em contabilidade que prestam serviços aos entes já citados.
3.4 METODOLOGIA
Levantamento qualitativo, exploratório, direcionado para as atitudes e
posturas práticas entre as partes pesquisadas, abrangendo aspectos que sejam
importantes para a identificação da assimetria informacional dentro dessas relações.
Com procedimentos como: o levantamento de dados sobre a área de pesquisa, além
da aplicação de questionários com características descritivas e perguntas que visem
49
à demonstração dos fatores que resultem no aparecimento do processo de
assimetria, como também do viés contábil nesse contexto.
Convém salientar que o questionário foi diligenciado de forma a dar mais
independência nas respostas, sendo assim, a pesquisa foi feita de forma isolada
para cada sujeito (contador, empresário e funcionário). No entanto as respostas
serão consolidadas para que análise possa ser fiel e autêntica a realidade
encontrada.
3.5 ANÁLISE DA COLETA DE DADOS (QUESTIONÁRIOS)
3.5.1 Apreciação dos questionários dirigidos aos funcionários
No questionário dirigido aos funcionários, percebeu-se a incidência de
dificuldade nas relações com seus empregadores, fator que na opinião destes é
prejudicial a sua produtividade dentro da empresa. Percebeu-se também que grande
parte dos funcionários não detém conhecimento sobre a legislação trabalhista, que
regra os direitos e deveres dos empregados. Diante de questionamento que surgem
nas relações de trabalho, os empregados tendem a procurar os profissionais
contadores vinculados a empresa em que eles trabalham, a fim de suprir dúvidas e
questionamentos voltados as suas obrigações e os diretos que a lei lhes concede.
Quando questionados sobre o resultado das consultas aos contadores,
verifica-se que existe considerável influência positiva nesse sentido, ou seja,
identifica-se determinado grau de satisfação por parte desses funcionários, o que
nas suas próprias opiniões, ocasiona uma melhoria nas relações de trabalho com
seus empregadores. Portanto é perceptível o alcance da contabilidade nessa
relação.
3.5.2 Apreciação dos questionários dirigidos aos empresários
50
Com relação aos empresários pesquisados, constatou-se que para eles a
produtividades dos seus funcionários esta absolutamente ligada ao resultado da sua
empresa, e ainda que a comunicação entre ambos tem envolvimento benéfico para
a empresa. Entretanto verificou-se também, que essa comunicação dificilmente
acontece de maneira positiva, o que torna difícil, o condicionamento de um ambiente
direcionado a um nível de operacionalização, ideal para sua empresa.
Foram verificadas também questões relativas à confiança, e nesse interim se
constata que os empresários encontram dificuldades e até se utilizam de
mecanismos de apoio nesse contexto, como o monitoramento das ações e também,
atribuições que exerçam padrões de confiança menos elevados. Esses padrões
expõem problemas relacionados a situações que envolvem a teoria da agência e
seleção adversa, uma vez que, ao contratar um funcionário, o empregador não tem
conhecimento das suas reais intenções para com a empresa, e ainda, se suas ações
terão um direcionamento convergente aos propósitos do empregador.
No relacionamento com o seu contador, a pesquisa mostrou que, no que
tange às relações de trabalho com os funcionários, o empresário busca o
profissional de contabilidade, para que este participe de maneira direta nos
problemas oriundos dessa relação, no intuito de procurar soluções, e ainda se
resguardar para esse tipo de circunstância.
Já nas questões voltadas ao gerenciamento da sua empresa, percebe-se
uma redução, tanto nas consultas, como na utilização do contador como ferramenta
de auxílio dessas questões.
3.5.3 Apreciação dos questionários dirigidos aos contadores
Em se tratando dos profissionais em contabilidade, responsáveis pelas
empresas pesquisadas, juntamente com seus respectivos funcionários, averiguou-se
que comumente as relações de trabalho desses entes, tem elevada participação do
contador quando da necessidade de orientar, ou ainda, atenuar determinadas
51
situações que venham a surgir, comportamento que para esse profissional, auxilia
no entendimento e consequente melhoria das relações em questão.
Do ponto de vista do gerenciamento das empresas, os profissionais atestam
a dificuldade em acompanhar e auxiliar questões dessa ordem, pois entendem que
os clientes não oferecem demandas nesse sentido. Contudo há de se comentar que
em se tratando de pontos relacionados ao lado financeiro e tributário da entidade, a
sua participação exerce ocorrência que excede ao tramite normal do seu escritório,
pois além dessa rotina, é comum os clientes indagarem sobre as ações e a postura
a serem adotadas, dentro desse contexto econômico-financeiro e tributário.
3.6 RESULTADO DA ANÁLISE DOS DADOS
Os dados levantados na pesquisa demonstram que o envolvimento do
profissional em contabilidade dentro das relações dos seus clientes empresários,
com seus respectivos funcionários ocorre de forma constante e decisiva para a
melhoria das mesmas, ocorre que essa inserção não só demonstra uma vantagem
na relação, como também promove um ambiente de estabilidade, que se torna
altamente benéfico para o desenvolvimento da empresa. Isso acontece por que
também de acordo com a pesquisa, a produtividade desse funcionário tem conexão
com as condições de socialização com o chefe, e dessa forma, considerando que as
empresas alvo da pesquisa têm o seu desempenho atrelado diretamente ao
comportamento dos empregados, a pesquisa apontou que, 72% dos empresários
pesquisados acreditam nesse fator.
Esse padrão é explicado pelo fato de que, diferentemente das empresas de
grande porte a exemplo das S/As, que tem o seu rendimento atrelado a diversos
fenômenos como: Mercado, o câmbio, investimentos, e demais elementos que tem
influência financeira, às microempresas, em especial aquelas optantes pelo simples
nacional, por sua vez, tem nos seus funcionários uma das principais ferramentas
para o sucesso, isso se dá principalmente nas situações que envolvem finalidades
relacionadas, a revenda de mercadorias, prestações de serviços diversos, atividades
que compõe ao rol do universo pesquisado.
52
No tocante ao envolvimento da contabilidade, percebe-se que o contador
deve estar sempre atualizado com relação à legislação vigente, desse modo o seu
preparo para intermediar as relações em análise, será pontual. Não só para manter
um ambiente propício ao rendimento de todos, mas também, deixar claro para o
empregador e para o empregado, que ambos tem responsabilidades que são
mútuas, e devem ser respeitadas para o bem comum, em especial o empresário,
que em caso do não atendimento aos preceitos da legislação trabalhistas, pode
sofrer punições severas, e com isso vir a comprometer a situação econômico-
financeira da empresa, foi verificado durante a pesquisa que: os funcionários 93,33%
de alguma forma buscam o contador, e os empresários 84% também procuram a
sua contabilidade. O que demonstra uma incidência elevada de demanda para o
profissional.
Algumas dessas sanções voltadas a legislação trabalhista, podem a
depender do tamanho da empresa, comprometer o seu processo de continuidade,
por exemplo, no caso de uma fiscalização constatar que algum funcionário que
preste serviço à empresa, esteja recebendo parcelas do seguro-desemprego, a
empresa pode vir a pagar multas, que podem ultrapassar a cifra de R$ 40.000,00
(Quarenta mil reais), como reflete o texto da Lei 7.998/90 em seus Artigos 24 e 25.
Outro ponto a ser considerado, está no fato de que o contador, ao assumir
uma postura de intermediação nas relações pesquisadas, pode interferir na política
motivacional e nos critérios de contratação, direcionado aos recursos humanos das
empresas clientes, os percentuais obtidos mostram que 100% dos questionados
buscam a contabilidade para dirimir problemas dessa natureza. Essa atitude de
intervenção do profissional contador, pode vir a solucionar problemas de seleção
adversa dentro do ambiente empresarial, como parâmetro, temos as questões
relativas aos salários, empresas que adotam padrões salariais baixos, correm riscos
no sentido de que, podem motivar seus funcionários mais capacitados a deixarem a
empresa, como também serão uma vitrine negativa de atração para candidatos mais
qualificados. Nota-se que essa prática tem envolvimento na redução da rotatividade
funcional turn over, visto que a ocorrência desse fator é relativamente alta no campo
pesquisado conforme mostra o gráfico II, verifica-se segundo os dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados-CAGED/MTE, que para o total de 1.724
admissões feitas no ano de 2010, foram demitidos no mesmo período 1.650
53
empregados, 95,7% do total. Sendo assim, a resolução desse problema de
assimetria, trará condições de se manter na empresa profissionais mais qualificados
e comprometidos com o crescimento da entidade.
Gráfico II Movimentações de EmpregadosFonte: Adaptado do CAGED/MTE 2010
Diante desse panorama, o contador pode instigar os empresários, a se
utilizarem de todas essas ferramentas, e ainda formalizar outras situações nessa
direção, como procedimentos contratuais (sinalização), protecionistas aos interesses
não só dos empresários, como também de reconhecimento aos direitos dos
funcionários. Já para as atividades que requeiram atribuições voltadas a atividades
de maior responsabilidade e confiança, essa orientação pode ser no sentido de que
sejam criados métodos de incentivo, para combate a incidência do Risco Moral, que
podem ser: comissões, participação nos lucros e outros tipos de estímulos de
natureza motivacional.
Esses procedimentos logicamente trazem a incidência de custos relativos às
atitudes propostas, dessa forma a contabilidade através do profissional responsável
pela entidade, que entende-se como um profundo conhecedor das condições
financeiras da empresa, deve analisar o assunto e definir estrategicamente qual a
direção a ser seguida. Se as ações são vinculadas a critérios de custo benefício, e
54
se a sua utilização como forma de investimento, pode trazer a empresa melhoria nos
seus resultados.
Sendo assim a pesquisa mostra que as empresas dependem do profissional
de contabilidade para dirimir essas questões, levantar condições que viabilizem esse
tipo de comportamento por parte dos seus clientes e levar a estes, entendimento
necessário para a implantação de ações que sejam benéficas ao sucesso da sua
empresa.
55
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve o objetivo de analisar os principais fatores que
contribuem para a incidência de assimetria informacional, nas microempresas da
cidade de Senhor do Bonfim-Ba, especialmente na conjuntura das relações entre os
usuários da contabilidade, a exemplo dos empresários e respectivos funcionários.
Buscou-se ainda uma leitura da importância e fundamentação da contabilidade
como ferramenta de construção de informações que possam contribuir para a
diminuição dessa assimetria, para tanto foi realizada pesquisa acerca das principais
teorias que versam sobre o tema, contextualizando com a influência da contabilidade
sobre essas teorias.
A análise dessas relações demonstrou que é fato, a ocorrência de assimetria
informacional, pois as mesmas sofrem de problemas vinculados as teorias da
assimetria, no caso específico ao grau de confiança, percebe-se o aparecimento de
pontos similares a Teoria da Agência e Risco Moral, problemas de ordem
motivacional como os salários por exemplo, que tem relação com elementos
encontrados na teoria da Seleção adversa, portanto se torna perceptível o
aparecimento de assimetrias nessas relações.
Foi observado através de estudo de caso e aplicação de questionários, que
diante das hipóteses preteridas, houve a constatação de que a contabilidade exerce
considerável influência no direcionamento das decisões, especialmente dentro das
relações entre empregadores e empregados, esse processo faz com que o
profissional contábil se transforme num interlocutor, que interfere de maneira
positiva, trazendo entendimento e pacificando o ambiente entre os envolvidos.
Através da análise dos dados coletados, percebeu-se que o contador tem
participação ativa nos problemas oriundos da relação patrão e empregado, fator que
se mostra efetivo na solução de impasses oriundos dessas relações.
Assim sendo, percebeu-se que os profissionais em contabilidade,
necessitam de amplo conhecimento da legislação trabalhista e previdenciária, pois
quando inquirido, no contexto acima descrito, possam estar preparados para atender
a essas demandas. Torna-se evidente essa necessidade, ainda mais por que
conhecendo as questões pontuais, suas ponderações serão dirigidas no sentido de
56
proteger seus clientes de eventuais penalidades, provenientes da ausência de
compromissos que a lei estabelece, dentro das relações de trabalho, fator de
extrema importância para a continuidade da empresa, uma vez que essas sanções
se demonstram imputáveis e de difícil apelação.
Outro ponto que merece destaque, ilustra o fato de que, abonando essas
relações o contador de forma indireta, contribui para uma melhor operacionalidade
da sua empresa cliente, uma vez que a pesquisa demonstrou que esse ambiente
quando se encontra em condições favoráveis, provoca uma melhoria na
produtividade do empregado, fator preponderante para o resultado da empresa, visto
que, se averiguou também, o alto grau de importância que esse trabalhador tem no
sucesso das empresas pesquisadas, pois a suas finalidades são altamente
dependentes de um comportamento (dos funcionários), propício ao crescimento da
qualidade, tanto do atendimento, como dos produtos e da eficácia das vendas,
fatores que tem forte ligação com os recursos humanos das empresas.
No que tange as questões sobre a participação da contabilidade no
gerenciamento das empresas, percebe-se que apesar das inúmeras contribuições
que o ramo gerencial disponibiliza aos seus usuários, na pesquisa a sua incidência é
relativamente baixa, em virtude da não prática por parte dos empresários, de ações
vinculadas à contabilidade gerencial. Nesse contexto percebeu-se que a
participação do contador, praticamente se restringe a contribuições de ordem
tributária e financeira, como: cálculo de tributos, elaboração de demonstrativos
obrigatórios, e demais obrigações acessórias impostas pela legislação.
Conclui-se portanto que quanto as hipóteses, as duas primeiras foram
atestadas, pois dentro de tudo que foi estudado, comprova-se que a contabilidade
pode sim, enquanto ciência social, contribuir para o entendimento e melhoramento
das relações entre os usuários pesquisados, criando condições para que esse
relações sejam benéficas para ambas as partes e principalmente para a garantia de
continuidade das empresas. Que pode ainda conduzir os empresários a tomada de
decisões que não só potencializem essas relações, mas também, protejam os
mesmos de possíveis ônus financeiros provenientes de multas e decisões judiciais,
que podem comprometer o resultado, além da estabilidade econômico-financeira da
empresa.
57
Com relação à outra hipótese, o estudo demostrou que a contabilidade faz o
seu dever de casa, nas áreas tributária e financeira, contudo os percentuais
encontrados na pesquisa, mostram que a parte gerencial da contabilidade, ainda
ocorre de forma muito tímida, o que demonstra uma necessidade de conscientização
do empresariado local, para a importância da utilização do cunho gerencial da
contabilidade, e as vantagens da sua aplicação. No que diz respeito aos motivos
dessa não utilização, a pesquisa não teve direcionamento nesse sentido, o que leva
ao entendimento de que se faz necessário um estudo que seja guiado para esse fim.
Pois se entende que diante dos inúmeros benefícios que a contabilidade gerencial
pode proporcionar a quem dele faz uso, a sua utilização por parte das empresas
pesquisadas é uma questão pontual.
A pesquisa, portanto, mostrou-se importante para a comprovação da
incidência da assimetria de informações, como também da participação da
contabilidade no confrontamento a esse fenômeno, apesar de delimitado as relações
das empresas com seus funcionários, pôde-se demonstrar que estes inferem
elevada importância para o sucesso da empresas pesquisadas, é que o contador
participa ativamente desse processo, além de detém a capacidade de maximizar
esse cenário. Para um entendimento mais apurado e minucioso desse fator, propõe-
se a realização de análises posteriores para aferição dessas demandas.
Sendo assim, a pesquisa demonstra a sua utilidade na atestação e
verificação de que a contabilidade pode sim reduzir a assimetria informacional. E
ainda condiciona parâmetros que direcionam, a comprovação de que a mesma
exerce papel fundamental, não só no resultado financeiro das empresas, como
também, na ambiência dos processos operacionais, e nas relações entre esses
seres, o que potencialmente melhora a produtividade e a socialização dos
envolvidos.
58
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63
APÊNDICE A – Percentuais da pesquisa – Questionário dirigido aos Funcionários
Você acredita que os seus rendimentos dentro da empresa são compatíveis com a sua função?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P1 Sim 69 92,00%
Não 6 8,00%
A comunicação entre você e o seu empregador ocorre de forma satisfatória durante a sua jornada de trabalho?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P2 Sempre 3 4,00%
Quase Sempre 3 4,00% As Vezes 58 77,33% Nunca 11 14,66%
Você considera que essa comunicação influencia no seu rendimento como funcionário dentro da
empresa?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P3 Sempre 9 12,00%
Quase Sempre 62 82,66% As Vezes 4 5,33% Nunca 0 0,00%
Como funcionário qual o seu grau de conhecimento sobre direitos e deveres, impostos pela
legislação ao seu empregador e você?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P4 Total 0 0,00%
Intermediário 11 14,66% Baixo 56 74,66% Desconhecido 8 10,66%
64
Quando surge alguma dúvida sobre questões referentes aos seus direitos e deveres como
empregado, você procura o contador da empresa, a fim de saná-las?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P5 Sempre 8 10,67%
Quase Sempre 55 73,33% As Vezes 7 9,33% Nunca 5 6,66%
Nas ocasiões em que você conversou sobre o seu trabalho com o contador da empresa, essa
conversa de alguma forma propiciou uma melhor relação entre patrão e empregado?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P6 Sim 64 85,33%
Não 11 14,67%
65
APÊNDICE B – Percentuais da pesquisa – Questionário dirigido aos
Empresários
O desempenho dos seus funcionários na sua opinião, é um fator preponderante no resultado da sua
empresa?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P7 Sim 18 72,00%
Não 7 28,00%
Você acredita que a comunicação com os seus funcionários acontece de maneira positiva?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P8 Sempre 3 12,00%
Quase Sempre 8 32,00% As Vezes 14 56,00% Nunca 0 0,00%
Na sua opinião, essa comunicação é importante para a produtividade do seu empregado?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P9 Sim 16 64,00%
Não 9 36,00%
Você costuma delegar aos seus funcionários atribuições que careçam de um alto grau de confiança?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P10 Sempre 1 4,00%
Quase Sempre 3 12,00% As Vezes 12 48,00% Nunca 9 36,00%
Na sua empresa você adota procedimentos de controle e monitoramento, sobre os seus
funcionários?
Tipo de Pesquisados Percentual
66
Resposta
P11 Sempre 4 16,00%
Quase Sempre 13 52,00% As Vezes 5 20,00% Nunca 3 12,00%
Na ocorrência de problemas com os seus funcionários, o seu contador costuma ser uma fonte de
auxílio quando do surgimento desse tipo de situação?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P12 Sempre 11 44,00%
Quase Sempre 10 40,00% As Vezes 4 16,00% Nunca 0 0,00%
As informações contidas nessas consultas, tem facilitado a sua relação com seus funcionários?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P13 Sempre 7 28,00%
Quase Sempre 12 48,00% As Vezes 6 24,00% Nunca 0 0,00%
Quando ocorrem dúvidas e problemas inerentes a sua gestão na empresa, você busca informações
com o seu profissional contábil, para ajudá-lo nesse processo?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P14 Sempre 2 8,00%
Quase Sempre 3 12,00% As Vezes 11 44,00% Nunca 9 36,00%
67
Pergunta: Essas consultas quando realizadas, tem facilitado a sua maneira de administrar a sua
empresa?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P15 Sempre 3 12,00%
Quase Sempre 4 16,00% As Vezes 12 48,00% Nunca 6 24,00%
APÊNDICE C – Percentuais da pesquisa – Questionário dirigido aos
Contadores
É comum os seus clientes o indagarem sobre dúvidas com respeito a questões de ordem tributária e
financeira?
68
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P16 Sempre 3 60,00%
Quase Sempre 1 20,00% As Vezes 1 20,00% Nunca 0 0,00%
Na comunicação com seus clientes, você procura oferecer a eles algum tipo de assessoramento
vinculado à contabilidade gerencial?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P17 Sim, acho importante para a empresa 0 0,00%
Sim, esse procedimento é padrão no escritório 0 0,00% Não, os clientes não se utilizam dessa prática 3 60,00%
Não, os honorários não cobrem esse tipo de serviço 1 20,00%
Outros (Não há necessidade) 1 20,00%
Os funcionários das empresas vinculadas ao seu escritório, como também os próprios clientes,
costumam procurá-lo para conversar sobre a situação e a relação de ambos dentro da empresa?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P18 Sim, isso é muito comum 4 80,00%
Sim, procuro incentivá-los a fazer isso 1 20,00% Não, não me envolvo nesse tipo de situação 0 0,00%
Não, nunca chegou até mim esse tipo de situação 0 0,00%
Outros 0 0,00%
Pergunta: Em sua opinião, essa conversa propicia uma melhoria na relação e consequentemente na
produtividade desse empregado?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P19 Sim, é perceptível esse realidade 1 20,00%
Sim, para a maioria das empresas 3 60,00% Não, nunca percebi diferenças nesse sentido 1 20,00%
69
Não, não há nenhuma ligação 0 0,00% Outros 0 0,00%
A respeito da relação que o seus clientes tem com os funcionários, em sua opinião o seu
envolvimento como profissional em contabilidade, pode contribuir na melhoria dessa relação?
Tipo de Resposta Pesquisados Percentual
P20 Sim, o meu envolvimento facilita o processo 2 40,00%
Sim, tenho presenciado vários casos típicos 3 60,00%
Não, não acredito que possa ajudar nessa relação 0 0,00%
Não, meus serviços são incompatíveis com essa situação 0 0,00%
Outros 0 0,00%
APÊNDICE D – Questionário com as perguntas utilizadas na pesquisa
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
70
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII – SENHOR DO BONFIM
BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
QUESTIONÁRIO DE PERGUNTAS
FUNCIONÁRIO
1º Pergunta: Você acredita que os seus rendimentos dentro da empresa são
compatíveis com a sua função?
( ) Sim ( ) Não
2º Pergunta: A comunicação entre você e o seu empregador ocorre de forma
satisfatória durante a sua jornada de trabalho?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
3º Pergunta: Você considera que essa comunicação influencia no seu rendimento
como funcionário dentro da empresa?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
4º Pergunta: Como funcionário, qual o seu grau de conhecimento sobre os direitos e
deveres, impostos pela legislação ao seu empregador e a você?
( ) Total( ) Intermediário( ) Baixo( ) Desconhecido
71
5º Pergunta: Quando surge alguma dúvida sobre questões referentes aos seus
direitos e deveres como empregado, você procura o contador da empresa a fim de
saná-las?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
6º Pergunta: Nas ocasiões em que você conversou sobre o seu trabalho com o
contador da empresa, essa conversa de alguma forma propiciou uma melhor relação
entre patrão e empregado?
( ) Sim( ) Não
EMPRESÁRIO
7º Pergunta: O desempenho dos seus funcionários na sua opinião, é um fator
preponderante no resultado da sua empresa?
( ) Sim ( ) Não
8º Pergunta: Você acredita que a comunicação com os seus funcionários acontece
de maneira positiva?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
9º Pergunta: Em sua opinião, essa comunicação é importante para a produtividade
do seu empregado?
( ) Sim
72
( ) Não
10º Pergunta: Você costuma delegar aos seus funcionários atribuições que careçam
de um alto grau de confiança?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
11º Pergunta: Na sua empresa você adota procedimentos de controle e
monitoramento, sobre os seus funcionários?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
12º Pergunta: Na ocorrência de problemas com os seus funcionários, o seu contador
costuma ser uma fonte de auxílio quando do surgimento desse tipo de situação?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
13º Pergunta: As informações contidas nessas consultas, facilitam a sua relação
com seus funcionários?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
14º Pergunta: Quando ocorrem dúvidas e problemas inerentes a sua gestão na
empresa, você busca informações com o seu profissional contábil, para ajudá-lo
nesse processo?
( ) Sempre( ) Quase sempre
73
( ) As vezes( ) Nunca
15º Pergunta: Essas consultas quando realizadas, tem facilitado a sua maneira de
administrar a sua empresa?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
CONTADOR
16º Pergunta: È comum os seus clientes o indagarem sobre dúvidas com respeito a
questões de ordem tributária e financeira?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) As vezes( ) Nunca
17º Pergunta: Na comunicação com seus clientes, você procura oferecer a eles
algum tipo de assessoramento vinculado à contabilidade gerencial?
( ) Sim, acho importante para a empresa( ) Sim, esse procedimento é padrão no escritório( ) Não, os clientes não se utilizam dessa prática( ) Não, os honorários não cobrem esse tipo de serviço( ) Outro __________________________________________
18º Pergunta: Os funcionários das empresas vinculadas ao seu escritório, como
também os próprios clientes, costumam procurá-lo para conversar sobre a situação
e a relação de ambos dentro da empresa?
( ) Sim, isso é muito comum( ) Sim, procuro incentivá-los a fazer isso( ) Não, não me envolvo nesse tipo de situação( ) Não, nunca chegou até mim esse tipo de situação( ) Outro __________________________________________
74
19º Pergunta: Em sua opinião, essa conversa propicia uma melhoria na relação e
consequentemente na produtividade desse empregado?
( ) Sim, é perceptível esse realidade( ) Sim, para a maioria das empresas( ) Não, nunca percebi diferenças nesse sentido( ) Não, não há nenhuma ligação( ) Outro __________________________________________
20º Pergunta: A respeito da relação que o seus clientes tem com os funcionários, em
sua opinião o seu envolvimento como profissional em contabilidade, pode contribuir
na melhoria dessa relação?
( ) Sim, o meu envolvimento facilita o processo( ) Sim, tenho presenciado vários casos típicos( ) Não, não acredito que possa ajudar nessa relação( ) Não, meus serviços são incompatíveis com esse situação( ) Outro __________________________________________