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MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO ESTADO DO PARÁ EM AGOSTO DE 2011
O emprego no mês de agosto.
De acordo com os resultados apresentados no Cadastro Geral dos Empregados e
Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no mês de agosto
de 2011, foram criados 190.446 empregos com carteira assinada em todo país, o que elevou
o estoque de postos de trabalho celetistas em 0,51%, acumulando no ano um saldo de
1.825.382 novos postos de trabalho formais.
Acompanhando a tendência de expansão do mercado de trabalho brasileiro, a região
Norte e o estado do Pará registraram a geração de 13.485 e 6.663 ocupações formais, com
variações de 0,84% e 1,01%, respectivamente.
Fonte: MTE - CAGED. Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
0 200.000 400.000 600.000 800.000
1.000.000 1.200.000 1.400.000 1.600.000 1.800.000 2.000.000
Brasil Região Norte Pará
Admissões 1.830.321 81.325 32.381
Desligamentos 1.639.875 67.840 25.718
Saldo 190.446 13.485 6.663
Trab
alh
ado
res
Gráfico 1. Empregos Formais. Brasil, Região Norte e Pará Agosto de 2011
Pará apresenta o melhor desempenho na
geração de empregos na Região Norte,
pelo segundo mês consecutivo.
Em termos de variação absoluta, o Pará registrou o terceiro melhor resultado de toda
a série histórica do CAGED para o período de agosto, ficando atrás apenas dos 7.852 postos
gerados em 2006 e dos 7.204 gerados em 2009.
Cabe ressaltar ainda que, com esse resultado, o Pará apresenta pelo segundo mês
consecutivo, o melhor desempenho na criação de novos empregos formais na Região Norte,
embora no acumulado do ano (de janeiro a agosto de 2011), essa posição ainda seja
ocupada pelo estado do Amazonas, com um saldo positivo de 39.774 empregos, mantendo
o Pará, o segundo lugar com um saldo de 33.281 empregos.
Gráfico 2. Empregos formais. Região Norte – Janeiro a Agosto de 2011
Fonte: MTE - CAGED. Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
O comportamento do emprego segundo Setores de Atividade Econômica:
O comportamento do emprego por setor de atividade econômica (Quadro 1)
demonstra que, o setor que mais contribuiu para obtenção do significativo saldo de
empregos formais no Estado foi o da Construção Civil (3.364 postos), seguido pelos setores
de Serviços (1.146 postos), Agropecuária (743 postos), Indústria de Transformação (641
postos) e Comércio (639 postos). A Extrativa Mineral e a Administração Pública também
apresentaram variações positivas, embora menores, de 210 e 33 postos, respectivamente. O
setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública foi o único a registrar saldo negativo, com
o fechamento de 133 postos de trabalho.
0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000
Roraima
Amapá
Acre
Tocantis
Rondonia
Pará
Amazonas
722
3.831
4.358
6.432
13.467
33.281
39.774
15.039
19.386
22.128
49.111
107.964
205.602
140.224
15.761
23.217
26.486
55.543
121.431
238.883
179.998
Admitidos
Desligados
Saldo
Quadro 1. Comportamento do emprego no Pará por setor de atividade econômica
agosto/2011
Setores de Atividade Total de
Admissões
Total de
Desligamentos Saldo
Variação do
emprego (%)
Extrativa Mineral 383 173 210 1,35
Indústria de Transformação 3.905 3.264 641 0,71
Serviço Indust. de Util. Pública 103 216 -113 -1,28
Construção Civil 8.231 4.867 3.364 4,72
Comércio 7.491 6.852 639 0,36
Serviços 8.547 7.401 1.146 0,52
Administração Pública 49 16 33 0,12
Agropecuária 3.672 2.929 743 1,47
Total 32.381 25.718 6.663 1,01
Fonte: MTE - CAGED. Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
Construção Civil: devido à ampliação de obras privadas e públicas no Estado, o
setor da Construção Civil segue aquecido, o que explica a manutenção do bom
desempenho registrado neste mês de agosto. Na Região Metropolitana de Belém (RMB),
mais especificamente na capital paraense, a construção de edifícios residenciais e
comerciais impulsionou o emprego com carteira assinada do setor e foi responsável pela
maioria dos postos de trabalho criados no Estado e o segundo na geração de empregos
formais na área metropolitana.
Serviços: as maiores contribuições originaram-se dos subsetores “Comércio e
Administração de Imóveis e Serviços Técnico-profissionais” (368 postos), “Ensino (303
postos), “Alojamento, alimentação, reparo e manutenção” (257 postos) e “Transportes e
Comunicações (238 postos).
Agropecuária: neste setor, as atividades ligadas a Agricultura, Pecuária e Serviços
relacionados, criaram 1.116 novos postos de trabalho formal, enquanto que as atividades
vinculadas a Produção Florestal e a Pesca e Aqüicultura eliminaram, respectivamente, 298 e
76 postos de trabalho durante o mês analisado.
Indústria de Transformação: o crescimento dos empregos na Indústria de
Transformação, com saldo de 641 postos gerados, foi impulsionado pelos subsetores
“Indústria de Madeira e Mobiliários” (450 postos), “Indústria de Produtos Alimentícios e
Bebidas” (147 postos) e “Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos” (138 postos).
Comércio: este setor, que apresentou o quinto maior saldo de postos de trabalho (639
postos), teve como destaque o Comércio Varejista com 578 postos de trabalho, contra 61
postos do Comércio Atacadista.
Extrativa Mineral: o saldo de 210 postos de trabalho decorreu majoritariamente das
atividades ligadas a Extração de minerais metálicos, responsáveis pela geração de 203
postos.
Administração Pública: este setor registrou um saldo positivo de 33 novos postos,
decorrente da admissão de 49 pessoas contra o desligamento (espontâneo ou pelo fim de
contrato por prazo determinado) de 16 funcionários.
Serviços Industriais de Utilidade Pública: este setor foi o único que apresentou
saldo negativo decorrente, sobretudo, do fechamento de postos de trabalho em serviços de
Captação, Tratamento e Distribuição de água (-11 postos), Eletricidade, Gás e Outras
atividades (-21 postos) e serviços de Esgoto e Atividades relacionadas (-38 postos).
Ocupações com maiores saldos de emprego no mês de agosto de 2011.
No quadro 2, a seguir são apresentadas as trinta ocupações que mais contribuíram
para o resultado positivo do emprego registrado no mês em análise. Em conjunto, essas
ocupações somaram um total de 5.425 novos empregos, o equivalente a 81,4% dos 6.663
postos gerados no mês de agosto no mercado de trabalho paraense.
Quadro 2. Ocupações com maiores saldos de emprego em agosto
Ocupações Saldo Ocupações Saldo
1. Servente de obras 1.423 16.Auxiliar geral de conservação de vias permanentes
107
2. Trabalhador agropecuário em geral 458 17.Técnico em segurança no trabalho
103
3. Montador de andaime (edificações) 275 18.Ajudante de motorista 99
4. Pedreiro 266 19.Embalador, a mão 89
5. Faxineiro 263 20.Zelador de edifício 88
6. Trabalhador volante da agricultura 216 21.Operador de escavadeira 83
7. Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais)
205 22.Almoxarife 76
8. Auxiliar de escritório, em geral 192 23.Eletricista de manutenção eletroeletrônica
73
9. Carpinteiro 189 24.Lagareiro 68
10.Alimentador de linha de produção
187 25.Vigia 65
11.Vendedor de comércio varejista 150 26.Operador de motosserra 54
12.Contínuo 132 27.Empregado doméstico nos serviços gerais
54
13.Trabalhador de cultura de especiarias 124 28.Funileiro industrial 51
14.Motorista de carro de passeio 119 29.Assistente administrativo 50
15.Motorista operacional de guincho 113 30.Operador de trator de lâmina 50
Evolução do emprego no Pará em 2011 e nos últimos doze meses.
No acumulado do ano, a variação percentual do emprego formal paraense foi de
5,20% em relação ao estoque do iníicio de 2011, acima da variação nacional (5,08%) e abaixo
da variação regional (6,56%). Em termos absolutos equivale a à criação de 33.281 postos
formais de trabalho, destacando-se os setores de Serviços (11.897 postos) e Construção Civil
(9.371 postos), seguido por Comércio (5.877 postos), Agropecuária (2.863 postos) e Extrativa
Mineral (2.116 postos) como os que mais contribuíram para esse resultado. Nos últimos 12
meses, a geração de 46.232 postos de trabalho, o melhor na Região Norte, implicou no
acréscimo de 7,37% no nível de emprego no Estado.
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
Comportamento do emprego na RMB e municípios, no mês de agosto.
A Região Metropolitana de Belém alcançou, no mês de agosto, a geração de 1.910
novos empregos celetistas, o equivalente a 29% do total gerado em todo o Estado. Este é o
segundo melhor resultado do ano para a RMB, sendo superado apenas pelo saldo de 2.899
empregos formais assinalados no mês anterior. Os setores de atividade com maior destaque
foram Serviços com (910 postos), Construção Civil (542 postos), Comércio (322 postos) e
2.116
924 -428
9.371
5.877
11.897
661
2.863
2.938
1.057
-447
8.641
12.871
17.284
598
3.290
-2.000 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000
Extrativa mineral
Ind. de transformação
Serv. Indust. de Util. Púb.
Construção Civil
Comércio
Serviços
Administ. Pública
Agropecuária
Número de empregos formais
Gráfico 3. Saldo de empregos formais por setores econômicos
Em 12 meses No ano
Indústria de Transformação (212 postos de trabalho), conforme especificado no quadro 2 a
seguir.
Quadro 2. Comportamento do emprego na RMB e demais municípios
Setores de Atividade Econômica RMB Demais
Municípios Estado do Pará
Extrativa Mineral -8 218 210
Indústria de Transformação 212 429 641
Serv. Industriais de Utilidade Pública 542 2.822 3.364
Construção Civil 322 317 639
Comércio 910 236 1.146
Serviços -8 751 743
Administração Pública -64 -49 -113
Agropecuária 4 29 33
Total 1.910 4.753 6.663
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
No ranking dos municípios paraenses com maior saldo de emprego no mês de agosto,
Parauapebas fica na primeira posição, gerando 1.568 postos de trabalho, no qual se destaca a
Construção Civil (1.386 postos), refletindo o aquecimento da construção de modo geral (Projeto
Salobo, Programa Minha Casa minha Vida, construção denovo Hhospital, etc.), seguida por Serviços
e Extrativa Mineral, com respectivos 145 e 142 postos de trabalho.
O município de Belém ocupa a segunda posição, com 1.270 postos, impulsionado pelo setor
de Serviços, com 544 postos, ; Construção Civil, com saldo de 423 postos, ; Comércio, com 290
postos e pela Indústria de Transformação, com 106 postos.
Altamira, que ocupou o terceiro lugar no ranking, também se destacou em saldo de emprego
num total 991 postos, no qual a Construção Civil foi o setor de atividade que gerou maior saldo, com
904 postos, em grande medida relacionados às construções da Usina de Belo Monte.
O município de Ananindeua, com 546 postos, apresenta-se como o quarto município no
ranking, com destaque para Serviços, responsável pela geração de 407 postos de trabalho e
Construção Civil, que gerou 111 postos. Vigia, por sua vez, ocupa o quinto lugar com 271 postos,
tendo o setor da Agropecuária como carro chefe na criação de empregos formais no município (270
postos).
Em Tailândia, o saldo de 189 empregos formais é explicado pela variação positiva nos setores
da Agropecuária (105 postos), Indústria de Transformação (64 postos) e Comércio (26 postos). Na
seqüênciasequência, o município de Castanhal apresentou saldo de 181 empregos, sendo que os
setores que mais contribuíram para este resultado foram Agropecuária (88 postos), Construção Civil
(58 postos), Indústria de Transformação (19 postos), Serviços (11 postos) e Comércio (5 postos).
Na oitava posição no ranking, Tomé-Açú gerou saldo de 169 postos de trabalho neste mês,
puxado pelos seguintes setores de atividade: Agropecuária (149 postos), Indústria de Transformação
(59 postos), Construção Civil (40 postos) e Extrativa Mineral (4 postos). Em penúltima colocação,
aparece o município de Alenquer com saldo 162 postos de trabalho, cabendo este resultado ao setor
da Construção Civil (162 postos).
O município de Marituba, por sua vez, foi o décimo entre os que apresentaram os melhores
resultados quanto à criação de empregos formais no Pará, apresentando variação de 103 postos,
devido a à geração de 73 postos na Indústria de Transformação, 40 no Comércio, 17 na Construção
Civil e 2 postos na Agropecuária.
Gráfico 5. Ranking do saldo de emprego formais por Municípios. Pará – Agosto de 2011.
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
No outro extremo, entre os municípios que tiveram os piores saldos no mês, Marabá encabeça
a relação, com saldo negativo de 320 postos de trabalho em decorrência, principalmente, das
variações negativas assinaladas pela Construção Civil (254 postos) e pela Indústria de
Transformação (117 postos). Na seqüênciasequência, Almerim apresentou saldo negativo de 75
postos de trabalho, em função do desempenho da Agropecuária (65 postos) e da sua Indústria de
Transformação (25 postos).
Quanto ao município de Paragominas, o saldo negativo de 68 empregos formais se deu,
especialmente, em decorrência da variação negativa de 168 postos de trabalho na Agropecuária,
seguida por Serviços (31 postos) e Comércio (13 postos). Dom Eliseu, por sua vez, respondeu pelo
saldo negativo de -38 postos em virtude dos setores Agropecuários e Serviços, ambos com variação
negativa de 98 e 8 postos de trabalho, respectivamente.
Barcarena respondeu pelo saldo negativo de -35 postos em virtude dos setores Indústria de
Transformação, Serviços, Comércio, Extrativa Mineral, Administração Pública, com variação
negativa de -72, -29, -18, -17 e -1 respectivamente. O município de Santarém, que no mês anterior
encontrava-se entre os 10 com os maiores saldos de emprego, também apresentou saldo negativo de -
-320
-75
-68
-38
-35
-35
-31
-24
-23
-20
103
162
169
181
189
271
546
991
1.270
1.568
-500 0 500 1.000 1.500 2.000
Marabá
Almerin
Paragominas
Dom Eliseu
Barcarena
Santarém
Mojú
Benevides
Juruti
Igarapé-Açu
Marituba
Alenquer
Tomé-Açu
Castanhal
Tailândia
Vigia
Ananindeua
Altamira
Belém
Parauapebas
35 postos de trabalho, puxado pela queda de postos de trabalho nos setores da Construção Civil (-40
empregos), Indústria de Transformação (-19 empregos), Comércio (-2 empregos) e Extrativa Mineral
(-1 emprego).
Moju é o sétimo município entre os 10 com piores saldos, embora, no mês julho, tenha
estados no grupo dos 10 primeiros em termos de geração de empregos formais. Neste mês, Moju
apresentou saldo negativo de -31 postos, devido ao maior volume de demissões frente às admissões
nos setores de Serviços (-31 postos), Construção Civil (-30 postos) e Indústria de Transformação (-3
postos). Em seguida, aparece Benevides com saldo de -24 postos de trabalho, com destaque para
Comércio (-36 postos), Serviços (-11 postos) e Construção Civil (-9 postos).
Ainda no ranking dos municípios com os piores saldos no mês, Juruti aparece na nona
posição com variação negativa de -23 postos de trabalho por conta dos setores de Serviços (-15
postos), Construção Civil (-7 postos) e Comércio (-1 posto), sendo que os demais setores
apresentaram saldo nulo em agosto (sem admissões e sem demissões). Por fim, Igarapé-Açu aparece
na décima posição com saldo negativo de -20 empregos formais, cabendo destaque ao setor de
Serviços (-16 postos), Agropecuária (-12 postos) e Indústria de Transformação (-2 postos).
Conforme a tabela 1, que mostra o demonstrativo de emprego do Estado para o mês de
agosto, entre as admissões, o tipo de admissão que mais se destacou foi o de Reemprego, com
23.493, seguido por Primeiro Emprego (8.222), Contrato de Trabalho por Prazo Determinado (647) e
Reintegração (19), equivalente ao total de 32.381 admissões. Na contramão, entre os desligamentos,
16.983 trabalhadores foram dispensados sem justa causa, 5.273 se desligaram espontaneamente,
2.689 por término do contrato de trabalho e 390 com prazo determinado, 307 por justa causa, 62 por
morte e 14 por aposentadoria, resultando no total de 25.718 desligamentos.
Tabela 1. Demonstrativo do Emprego no Estado do Pará – em Agosto de 2011.
Período: Agosto de 2011
Admissões Desligamentos
Primeiro Emprego 8.222
Dispensados Sem Justa Causa 16.983
Dispensados Por Justa Causa 307
À Pedido 5.273
Reemprego 23.493 Aposentados 14
Reintegração 19 Mortos 62
Término Contrato de Trabalho 2.689
Contrato de Trabalho 647 Término Contrato de Trabalho 390
por Prazo Determinado por Prazo Determinado
Total de Admissões 32.381 Total de Desligamentos 25.718
Saldo 6.663
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
.