Download - Max Feffer
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HISTÓRICO
O Centro de Cultura Max Feffer, instalado na cidade de Pardinho, SP, a 184 quilômetros
de São Paulo, é a primeira edificação na categoria a receber, na América Latina, a certificação
Leed Gold, emitido pelo United States Green Building Council (USGBC). Há conceitos de
eficiência energética, ventilação natural, redução do consumo de água tratada e implantação
de um programa de gestão de resíduos no canteiro de obras.
O centro cultural, projetado pela arquiteta Leiko Motomura, do escritório Amima, foi
idealizado pelo Instituto Jatobás, que, em parceria com o Instituto EcoAnima, criou o Projeto
Pardinho, com o objetivo de implantar ações de desenvolvimento socioambiental no município.
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PLANTAS E CORTES
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ANÁLISE
Ficha técnica:
Local: Pardinho, SP
Início do projeto: 2008
Conclusão da obra: 2009
Área do terreno: 6.250 m2
Área construída: 830 m2 (térreo); 740 m2 (superior)
Arquitetura, paisagismo e luminotécnica: Amima Arquitetura - Leiko Hama Motomura
(autora)
Estrutura e fundações: Natan Jacobsohn Levental
Instalações: HPF
Construção: PPR; OMK (telhado)
Consultorias: Anésia Frota e Leonardo Monteiro (conforto ambiental); Antônio Luiz
Beraldo/Unicamp, Guillermo Gayo/Takuararenda-Uruguai, Marcos Pereira/Unesp Bauru
e Carlito Calil Jr./Laboratório de Madeira da USP São Carlos (bambu)
Fonte:www.arcowerb.com.br
Terreno e implantação: O reaproveitamento de uma pequena construção - palco e
conjunto de sanitários - numa praça cedida pela prefeitura foi o ponto de partida para o
desenvolvimento do projeto. A nova edificação reúne sala de espetáculos com palco
coberto e platéia descoberta para 510 pessoas, área para exposições, biblioteca com
capacidade para 5 mil livros e Centro de Informações Turísticas. Há também área
prevista para a instalação do Museu do Bambu.
- Aproveitaram 63% da área do terreno para vegetação de espécies nativas e adaptadas
Água: Sistema de captura e reuso de águas pluviais, águas cinzas, além do piso drenante
que substituiu os passeios impermeabilizados. Para isso a ocupação da área do terreno
foi de 15%.
- O sistema de tratamento de águas cinzas é constituído por um processo de
filtragem física em brita e areia e um bio-filtro composto por plantas ( zona de raízes).
- O próprio paisagismo, que foi recriado com desenho mais orgânico e incluiu o
plantio de mudas de árvores de grande porte, é mais uma ferramenta que contribui
para a retenção da água no solo
- Instalação de descarga com acionamento duplo para diminuição do consumo
de água e as torneiras possuem fechamento automático, para reduzir o desperdício.
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Energia: Tem como destaque a redução do efeito “ ilha de calor” com a presença de vasta
vegetação, pela utilização de cores claras no piso e com uso de cobertura branca, que favore o aumento
da reflexão solar.
- A cobertura com mentragem superior a 800 metros quadrados, combina linhas
sinuosas, áreas vazadas que possibilitam a entrada de luz natural pelas duas laterais e partes
opacas com telhas de fibra vegetal pintadas de branco recobrindo o bambu. Além disso não há
uso de ar condionado pois a arquitetura do prédio permite um sistema de ventilação natural.
- A iluminação é feita por LED, que proporciona baixo consumo de energia e emissão de
calor. O controle da iluminação é feita pelos usuários de acordo com as necessidades pessoais e
grande parte da mesma é feita por luz natural ( 79,52%)
Concepção da obra: Plano de prevenção de poluição causada pela obra, reduzindo o
assoreamento do leito dos rios e a poluição do ar.
- Redirecionamento dos resíduos da obra de acordo com sua classificação: utilização na
própria construção ou encaminhamento para reciclagem, reduzindo a quantidade para aterros
sanitários.
- Utilização, na obra, de madeira proveniente de manejo florestas responsável.
- Utilização de materias reciclados reduzindo impacto de extração e produção de
materiais verdes: 80% de aço reciclado, telhas com 42% de papelão reciclado em sua
composição. Faz-se uso também de materiais rapidamente renováveis como bambu e
eucalipto.
- Para reduzir as chances de problemas respiratórios foram usados colas, seladores,
tinta e vernizes com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis.
Reutilização de materiais: Uso de caixilhos de madeira de demolição
- Guarda- corpos feitos a partir de apoios de ônibus
- Janelas operáveis, possibilitando que cada pessoa possa ajustar a ventilação natual de acordo
com duas necessidades
- Utilização exclusiva de produtos de higiêne natual, não- persistentes e que portanto respeitam
a saúde do ecossistema
Qualidade interna: Para o controle da qualidade de ar foi feito instalação de aparelhos
para medir a quantidade de CO2 nos ambientes.
- Os espaços possuem 95% da visualização para o meio externo.
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- Definição de locais de coleta seletiva de resíduos com o objetivo de incentivar a
reciclagem de materiais.
- Criação de bicicletário para o estímulo do uso da bicicleta como transporte não
poluente.
Arquitetura diferenciada: O Centro Max Feffer abriga o Centro de Excelência do
Bambu, ligado ao Instituto Jatobás, que tem entre suas metas incentivar e expandir o
conhecimento sobre o uso do mesmo. Sendo assim o prédio foi projetado sob uma cobertura
sinuosa estruturada em bambu que é uma matéria-prima renovável.
A cobertura de bambu é apoiada em estrutura independente de eucalipto. Sob essa
cobertura, uma segunda construção, feita de concreto e alvenaria, abriga os setores fechados
do programa.
Detalhe cobertura:
A estrutura da cobertura emprega peças metálicas complementares. O vazio sobre a sala de leitura .
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CONCLUSÃO
O Centro de Cultura Max Feffer conseguiu fazer um plano de projeto muito bem
eleborado para assim conseguir a certificação LEED. Quesitos como a localização aproveitando
parte remanescente do terreno cedido pela Prefeitura de Pardinho, a criação de bicicletários
para o incentivo de bicicletas como transporte alternativo e a idéia do uso do bambu, uma
matéria prima renovável, que é pouco explorada em construções e criando um efeito muito
interessante. A arquiteta da obra Leiko Hama Motomura disse “ o bambu chama a atenção
porque as pessoas não estão acostumadas...”
Foi buscado o uso de materiais que não interferem no meio e nas pessoas, como uso de
materias com baixa emissão de compostos voláteis. Algo simples que poucas pessoas possuem
consciência.
Um item muito importante também foi ovaproveitamento de guarda-corpos
reaproveitados de ônibus e caixilhos de madeira de demolição, oferecendo uma estética
diferenciada e muito bonita.
Neste edífcio há vantagens como o reuso das águas cinzas e pluvias que é
extremamente vantajoso e contruibui drasticamente para redução do uso de água potável. Um
item importante foi a maximização da área aberta e verde.
Atitudes simples como uso de lâmpada led, incentivo de ventilação natural, reuso de
água para descargas e irrigação, entre outros itens, mesmo que encareça no final da obra cerca
de 5% ( que é pouco), a econômia futura de energia irá compensar o gasto extra, neste caso
específico houve uma redução de 25,6% comparado com as construções convencionais.
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ANEXO_ fotos
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O paisagismo foi redesenhado e a área ganhou mudas de árvores de grande porte
A sala de leitura é separada do ambiente externo por gradis que reaproveitam sobras de chapas de estamparias. As bases dos bancos reciclam antigas colunas de lavatórios e os tijolos são de demolição
Cobertura de bambu em fase de construção
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BIBLIOGRAFIA
Sites:
- http://www.centromaxfeffer.com.br/
- http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/amima-arquitetura-centro-cultural-28-07-2009.htm
- http://www.gbcbrasil.org.br/pt/