Manual do Calouro
2011/2
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
SUMÁRIO
BEM-VINDO CALOURO(A) ................................................................................................................................................3
UM ESTUDANTE EM CONSTRUÇÃO .................................................................................................................................3
PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DE RECEPÇÃO DOS CALOUROS ........................................................................................6
SEGUNDA-FEIRA ...............................................................................................................................................................6
TERÇA-FEIRA ....................................................................................................................................................................7
QUARTA-FEIRA .................................................................................................................................................................9
QUINTA-FEIRA ..................................................................................................................................................................9
SEXTA-FEIRA .....................................................................................................................................................................9
ORAÇÃO DO CADÁVER ...................................................................................................................................................10
MAU OLHADO SOBRE O SUS ..........................................................................................................................................11
PSF .................................................................................................................................................................................13
DIREÇÃO EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA ...............................................................................13
INFORMAÇÕES GERAIS ..................................................................................................................................................15
REPRESENTANTES DISCENTES ........................................................................................................................................21
GLOSSÁRIO DO CALOURO ..............................................................................................................................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................................................23
CHARGES E QUADRINHOS .............................................................................................................................................23
REFLEXÃO.......................................................................................................................................................................25
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
Bem-vindo(a) Calouro(a)! Após muito estudo, noites insones, dias de espera... Depois de conhecer desde o ácido de Arrhenius até a
Diáspora dos Hebreus, você merecidamente chegou até aqui! Parabéns!
Sabemos o quanto essa caminhada é difícil, mas agora finalmente tudo isso acabou e está na hora de se
libertar das amarras do verdadeiro ou falso e entrar de corpo e alma para um novo mundo: a universidade! Aqui
você deixa de ser um mero nome-propaganda em faixas, uma foto de outdoor, um número numa lista de aprovados
e passa a ser um(a) acadêmico(a) único(a), livre para tomar suas escolhas, desbravador(a) de conhecimentos
diversos e potencialmente transformador(a) de várias realidades! A partir de agora, você não será um(a) simples
estudante de medicina, mas um futuro profissional da saúde, ciente de que a cada dia, a cada trabalho, a cada prova,
a cada congresso, a cada roda de conversa ou qualquer outro momento vivenciado na universidade, você estará
construindo o(a) médico(a) que você vai ser. Portanto, aproveite ao máximo cada minuto dessa nova fase da sua
vida e não seja apenas “mais um(a)” passando pela UFS. Vivencie a universidade não apenas usufruindo da sua
estrutura física e intelectual, mas buscando construí-la e melhorá-la para que possamos garantir que as próximas
gerações possam ter acesso a uma educação pública, 100% gratuita e de qualidade.
A universidade é um espaço amplo e diversificado de produção de conhecimentos e muitas vezes nos
sentimos perdidos quanto às melhores escolhas a fazer, quais disciplinas nos matricular, quais pesquisas participar,
que tipo de projeto de extensão construir... decidir qual a melhor opção nem sempre é uma tarefa fácil, mas se você
tiver em mente, além das suas aptidões pessoais, que a universidade é um espaço mantido pela sociedade e que
todo conhecimento que nela for produzido através dos seus estudos e intervenções deve ter por objetivo
proporcionar um retorno à população, certamente você estará construindo a sua profissão com responsabilidade
social.
Nossa universidade, assim como a sociedade na qual estamos inseridos, apresenta várias contradições e para
compreendê-las, precisamos observar os fatos de forma crítica, questionadora e propositiva. Nesse sentido, o
Movimento Estudantil de Medicina (MEM) existe com o intuito de reivindicar as diretorias das escolas médicas, aos
governantes, aos donos de empresas, enfim, às gestões sejam públicas ou
privadas, condições adequadas à Educação, à Saúde e à Sociedade. Como o
movimento se faz com ações concretas, o nosso MEM se organiza localmente
através do CAMED – Centro Acadêmico de Medicina “Dr. Augusto
César Leite”, entidade representativa dos estudantes de medicina da UFS, onde
participam estudantes dos mais diversos períodos.
O papel do CAMED é facilitar o diálogo entre os estudantes e os departamentos, promover a integração e a
confraternização dos estudantes através de diversos eventos e, principalmente, atuar como instrumento de lutas,
possibilitando espaços de debates sobre temas de relevância para a nossa formação como profissional e cidadão,
organizando mobilizações e contribuindo para que prevaleçam na Universidade e na sociedade os interesses do
povo.
O nosso Centro Acadêmico tem um histórico de lutas e conquistas ao longo dos seus 50 anos de existência.
Dentre elas, a conquista do Hospital Universitário (antigo Sanatório) como campo de prática aliada à aprendizagem
foi fruto de muita luta em parceria com outros centros acadêmicos e professores e hoje é de fundamental
importância para que possamos ter uma formação cada vez mais qualificada. Além do HU, muito do que a partir de
hoje será o seu curso é fruto de muita luta de estudantes que já foram do CAMED e que provavelmente não
usufruíram o que conquistaram, mas fizeram de tudo para que você pudesse ter uma formação melhor. Portanto,
esperamos que vocês se juntem a nós para que possamos avançar no nosso propósito de trazer melhorias para a
nossa Universidade e para a sociedade como um todo! Sejam muito bem vindos à universidade!
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Nosso Centro Acadêmico é dividido em Coordenações que, apesar de terem diferentes funções, procuram
trabalhar sempre juntas em prol dos mesmos objetivos, sem hierarquia organizacional, uma coordenação geral que,
apesar de representar todo o grupo, tem a mesma importância das outras coordenações. Conheça, agora as
coordenações que formam o CAMED:
COORDENAÇÃO GERAL COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO
COORDENAÇÃO FINANCEIRA COORDENAÇÃO CULTURAL E EVENTOS
COORDENAÇÃO LOCAL DE ESTÁGIOS E VIVÊNCIAS COORDENAÇÃO DESPORTIVA
COORDENAÇÃO CIENTÍFICA E DE EXTENSÃO COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS DE SAÚDE
Um Estudante em Construção
Quantas coisas são construídas para alicerçar nossas estruturas? As casas, escolas, universidades. No mundo
são apenas objetos inominados que nos abrigam, valorizados conforme as leis de mercado, mas o homem se perde
no anonimato das construções e vive sobre as construções que ajudou a levantar. O poema “Operário em
construção”, de Vinícius de Moraes, referência para o tema da Calourada 2011/2, inicia com o papel do operário na
construção das coisas e o desconhecimento da importância da sua profissão. Narra, em versos, a alienação verificada
na multidão que empilha os tijolos com suor e cimento. Incrivelmente, o poema é totalmente aplicável ao estudante
e sua formação e trabalho, como ele muitas vezes se tornam alienados por tudo que está a sua volta e lhe é imposto.
“Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.”
De repente, o operário constatou que ele, um humilde operário, era responsável pelos objetos que estavam
em sua mesa e, “tomado de uma súbita emoção”, percebe que era ele quem construía tudo o que existia: “casa,
cidade, nação!”. Compreende a força das rudes mãos e a grandeza de ser um operário em construção.
“Foi dentro desta compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário...”
O operário se constituiu em uma nova dimensão. A percepção da própria importância na sociedade que
construía, a compreensão do significado do exercício de sua profissão... Tudo disposto em poesia, a consciência
adquirida, o conhecimento compartilhado como outros operários e a possibilidade de dizer não:
“O que o operário dizia
Outro operário escutava
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
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Que sempre dizia “sim”
Começou a dizer “não”...”
O poema nos contagia. Sentimos libertar a percepção quando o operário começa a notar as coisas, as
diferenças de sua vida com a do patrão, comparando pequenos detalhes. Sua consciência política e social amadurece
e ele se faz forte em dizer não, apesar das contrariedades e das delações de alguns companheiros. O patrão, sem dar
importância, solicita aos delatores que o convençam do contrário. Começam as agressões: cospem em seu rosto,
quebram seu braço e ainda assim o operário diz não.
“Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.”
O patrão, verificando que toda a violência sofrida não convenceria o operário, tenta dobrá-lo com a proposta
de poder, tempo de lazer e de mulheres, com a condição de que o mesmo abandone o motivo que lhe faz dizer não.
O operário observa a ampla região em volta da construção e vê o que seu patrão não consegue ver: o operário vê
casas e tantos objetos, enquanto seu patrão está limitado a visão do lucro. O operário percebe que em tudo há a
marca de sua mão e diz “não” à oferta do patrão: “Não pode me dar o que é meu”.
O homem, com a amplitude da percepção que adquiriu, sente a enorme solidão dos que compreendem além
das aparências, a responsabilidade pela vida dos que padeceram e dos que viverão com esperanças. Constrói-se
dentro de um novo perfil de homem, engajado no mundo e consciente de sua participação na história.
“E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um pobre e esquecido
Razão que fizera
Em operário construído
O operário em construção.”
Vivemos a construção do operário, de sua consciência e da coragem para negar à ordem, quando esta não
representa o seu trabalho. Viajamos nos versos e aportamos, emocionados, em nosso papel no mundo. Somos todos
operários em construção que devemos construir o dia-a-dia com tijolos significativos e transformar a realidade num
abrigo seguro para os ideais.
Pensamos nas conquistas de nossas construções individuais, as carreiras que exercemos, nossa importância
na sociedade, o orgulho de estar no mundo de forma significativa, e verificamos que somos também a edificação
coletiva, quando podemos visualizar, do alto da construção, o mundo em desenvolvimento.
O poema “Operário em construção” poderia facilmente ser denominado “O Estudante em Construção”.
Os versos impõem a reflexão do papel que exercemos na sociedade em que vivemos, dos compromissos que
assumimos e dos direitos pelos quais devemos lutar. O estudante muitas vezes não percebe que tem a capacidade
de dizer não. Temos sempre de afirmar nossos ideais com a percepção lúcida do operário e não com os olhos dos
acovardados pelas circunstâncias ou dos corrompidos pelo poder.
Muitas coisas que nos são impostas durante nossa devem ser encaradas com o operário no poema de
Vinícius de Moraes, sem medo de dizer não. Amigos e amigas, vivemos em uma realidade cada vez mais dura.
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Enquanto a nossa profissão é cada vez mais reconhecida, valorizada, remunerada, as pessoas que estão trabalhando
para gerar as riquezas do mundo – nosso arroz, nosso sapato, nossa casa – são cada vez mais doentes, têm cada vez
mais dificuldade em ter acesso à saúde, morrem e não conseguem viver. Enquanto a medicina vai bem, a saúde vai
mal. Mas como é possível essa contradição? Os médicos e médicas não deveriam cuidar da saúde das pessoas?
Respondemos intuitivamente que sim. Mas acontece que, precisamos acordar e prestar atenção ao fato de que
vivemos em uma realidade cada vez mais imposta por aqueles poderosos que visam somente o lucro.
Planos de Saúde, que para gerar cada vez mais lucros para grandes empresários, vendem saúde, que não
deveria ser vendida, cobrando exorbitantes mensalidades, não cobrindo diversos tratamentos necessários à saúde e
sequer prestando o que poderia se chamar de um bom serviço a quem dá dinheiro a esses planos. Indústria
Farmacêutica, que é a segunda maior indústria que mais acumula as riquezas do mundo – perdendo apenas para a
bélica - e que apenas investe em pesquisas e remédios para vender a quem pode pagar um bom dinheiro por eles,
negligenciando, por exemplo, o fato de que mais de 11 milhões de pessoas, a maior parte delas na África, morrem a
cada ano devido a doenças que não têm tratamento adequado, como malária, tuberculose, mal de Chagas,
leishmaniose e outras “doenças de pobre” que não dão lucro. E na mesma lógica dos planos de saúde e da indústria
farmacêutica estão vários setores que vivem da privatização e venda de saúde.
Precisamos tomar consciência do que nos rodeia assim como fez o operário. Precisamos ser médicos mais
humanos. Precisamos não nos preocupar apenas em ganhar dinheiro, ter “status”, mas em verdadeiramente cuidar
das pessoas. Precisamos cuidar das pessoas que são injustiçadas nesse mundo em que vivemos. As pessoas que se
matam para produzir tudo o que há de útil no mundo e não têm direito a quase nada. Precisamos, enquanto novos
estudantes de medicina, não nos restringir à sala de aula (onde muitas vezes nossos próprios professores nos
incentivam a pensar apenas em dinheiro e status) e à “montagem do nosso futuro currículo” e nos preocupar
também com a saúde das pessoas que garantem a nossa sobrevivência no mundo (inclusive garantindo nossa
formação enquanto médicos pagando as altas taxas de impostos para manter a universidade). Precisamos fazer um
estudante esteja em construção consciente como o operário de Vinicius
Saudações, estudantes!
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SEGUNDA-FEIRA
Manhã
Este será nosso primeiro contato e, portanto, um momento de apresentação de ambas as partes de uma
forma bem dinâmica. Serão entregues os Kits dos Calouros para vocês. Depois teremos um momento crucial para a
sua iniciação no curso de Medicina: uma Homenagem àqueles que te ajudarão muito mais que os livros: os
cadáveres! Esse primeiro contato associado a todas as atividades que serão feitas nesse momento é essencial para a
criação de uma postura mais humanizada no seu dia-a-dia de estudos de anatomia.
Após as apresentações, para fechar com chave-de-ouro nossa manhã, iremos de trem todos juntos almoçar
no nosso Restaurante Universitário! Tudo bem que a refeição lá não é igual à comidinha da mamãe, mas é
cuidadosamente preparada com todos os pré-requisitos de higiene básica (ao contrário de muitos
trailers por aí) e o cardápio é acompanhado por nutricionistas e outros profissionais super
competentes! Portanto, levem ao menos R$ 2,50 (um para o almoço e um real e cinquenta para a
bebida). Antes de dar ouvido aos boatos, confira você mesmo(a)!!!
Programação da Semana do Calouro
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
MANHÃ
(Das 8h às
11h)
Apresentação
Entrega dos
Kits
Homenagem ao Cadáver
Espaço sobre o SUS
(CEPS)
Café da Manhã na Sementeira
Troca de
Experiências
Universidade papel na Formação
Conhecendo o CAMED
12h Almoço no RESUN Almoço
-
-
Almoço no HU
TARDE
(Das 14h às 18h)
CineMed (Filme: Sicko)
Debate do
filme
Conhecendo
as UBS
Vivência na Comunidade
Caça ao Tesouro
Controle social: Qual o papel do estudante na construção
da saúde?
Happy Hour
Conhecendo o HU
(Até as 15h)
NOITE
(19h)
-
-
-
-
Noite do
Jaleco
Coquetel
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Tarde
Após o almoço assistiremos ao filme Sicko, onde o documentarista Michael Moore aborda o sistema norte-
americano de convênios médicos particulares por meio de histórias e estatísticas, como de cidadãos que tiveram
tratamentos médicos negados ou foram forçados a declarar falência para poder pagar por eles. O documentário
também faz comparações com o sistema de saúde de outros países.
Acreditamos na importância do filme para que possamos ter um olhar mais crítico em relação ao nosso
sistema de saúde, pois por meio da comparação da nossa realidade com a de outros países, no âmbito da saúde,
podemos compreender melhor os nossos avanços e as nossas falhas. Temos certeza de que este filme será marcante
na sua vida, principalmente como estudante de medicina! Não perca!
Sinopse
As palavras "sistema de saúde" e "comédia" não são facilmente encontradas na
mesma frase, mas no mais recente filme de Michael Moore elas podem ser vistas lado a lado.
Para mostrar como as coisas funcionam na terra do Tio Sam, Moore ouve as histórias de vários
americanos comuns cujas vidas foram despedaçadas, ou arruinadas pelo sistema de saúde
americano. O filme mostra que a crise não somente afeta os milhões de cidadãos que não têm
seguro de saúde - mas também milhões de outros que pagam religiosamente suas prestações
e que estão freqüentemente lutando com a burocracia e com suas regras oficiais obscuras.
Para provar que nem tudo está perdido, o cineasta compara outros sistemas de saúde visitando o Canadá, a
Inglaterra, a França e a Cuba onde todas as pessoas recebem um bom atendimento médico de forma gratuita.
TERÇA-FEIRA
Manhã
Hoje nos encontraremos no Núcleo de Educação Permanente da Saúde (NEPS). Nesse momento, teremos a
oportunidade de entender um pouco mais sobre o sistema de saúde do Brasil. Contaremos com a presença de
professores que falarão um pouco do histórico de sua construção, abordando também o papel dos estudantes nesse
processo, e de como esse sistema é estruturado, ou seja, como ele se organiza. Informações importantes para a
vivencia à tarde.
Esse espaço é de extrema importância, pois contribui para que vocês conheçam mais sobre a realidade
brasileira no quesito saúde, que será o nosso campo de atuação enquanto médicos. Além disso, a participação nessa
ocasião fornecerá subsídios para um maior aproveitamento de outros momentos da semana, como a vivência nas
UBS e a troca de experiências subsquente a essa.
O que é o NEPS?
O Núcleo de Educação Permanente da Saúde é um espaço que articula processos pedagógicos para
desenvolvimento e formação de trabalhadores, gestores e usuários da saúde com o objetivo de implantar o Modelo
Assistencial Saúde Todo Dia. A articulação das diferentes estratégias de educação permanente (oficinas de trabalho,
cursos modulares, cursos de especialização) é o modo pelo qual o NEPS oferece apoio técnico e pedagógico para o
desenvolvimento de projetos das áreas técnico-assistenciais.
O NEPS tem ainda a atribuição de articular em nível municipal a Política de Educação para a Saúde junto ao
controle social e às instituições formadoras de nível técnico e superior. Iniciou suas atividades em setembro de 2002,
ainda dentro da estrutura da assessoria técnica de planejamento. Em novembro de 2002 dispara o seu primeiro
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processo de educação permanente junto aos trabalhadores da rede básica, ocupando o espaço do prédio onde está
sediado atualmente.
O mapa para chegar ao NEPS é esse aqui:
Tarde
Depois, nos dividiremos em grupos e faremos visitas às unidades básicas de saúde (UBS), que fazem parte da
atenção primária do SUS. Nesta etapa da semana, poderemos vivenciar e conhecer na prática, uma parte do nosso
Sistema Único de Saúde, a sua porta de entrada. Esse é um das experiências mais marcantes da semana.
Durante a vivência você terá a oportunidade de estabelecer um contato direto não só com os pacientes e
funcionários que lá estarão, como também poderão visitar a comunidade juntamente com os Agentes de Saúde.
Não perca esta oportunidade! Pois como dizia Paulo Freire “A cabeça pensa onde os pés pisam”. Daí a
importância das vivências, visto que o conhecimento geralmente não é abstrato, ele está sempre relacionado a uma
realidade.
ATENÇÃO!
Durante a vivência na Unidade Básica, teremos um momento para vacinação: A
Hora da Picadinha! Funcionários das UBS irão vacinar todos os alunos e alunas que ainda
não tomaram as vacinas obrigatórias (tétano, hepatite B e Rubéola)! Como você estará
constantemente exposto a doenças tanto na sua vida acadêmica quanto profissional, a
vacinação não só serve como método de proteção pessoal, mas como proteção aos que
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estão debilitados nos hospitais, susceptíveis a qualquer doença oportunista. Vale lembrar que é indispensável a
apresentação da carteirinha de vacinação, portanto, não vá esquecer! E não vale dizer que dói, é apenas uma
picadinha!!! Você não vai querer chamar o Zé Gotinha, vai?
QUARTA-FEIRA
Manhã
Nesta quarta nos encontraremos nos laguinhos do Parque da Sementeira. Teremos um café-da-manhã
especial e diferente preparado pelo CAMED para vocês. Teremos também dinâmicas bem divertidas e uma troca de
experiências da vivência realizada na Terça, pois todos que se dividiram em grupos poderão compartilhar as
experiências vividas e aprender ainda mais com os depoimentos dos outros colegas. Nesse momento, poderemos
trocar idéias e ver que a medicina é muito mais do que aparenta ser. Não perca esta oportunidade de ficar por
dentro do que está acontecendo e formar sua própria opinião! As atividades serão super descontraídas e
interessantes!
Tarde
Esse é o momento em que você terá a oportunidade de conhecer ainda mais
seus novos colegas de turma e descobrir o mundo que é a universidade! Além de ser a
marca registrada da Semana de Recepção de Medicina, a Caça ao Tesouro é
importante para que você não se sinta um peixe fora d’água depois! Como todo
processo de caça requer indumentárias próprias, aconselhamos o uso de roupas leves,
confortáveis e calçados que não machuquem os pés.
QUINTA-FEIRA
Manhã
Nessa quinta teremos um espaço sobre a universidade, qual o papel dela na nossa formação? O que esperar
dela? Como ela se estrutura e se alicerça? Conversaremos sobre as expectativas de cada um com o curso. Como já
diz a palavra ‘’Universidade’’, um universo de conhecimento, sentimentos, novidades, etc.
Tarde
A tarde nos encontraremos nos lagos da orla para saber um pouco sobre controle social, afinal, quem
controla quem? Em seguida teremos lá mesmo o nosso Happy Hour. Esse é mais um
momento de descontração, cada um deve levar um lanchinho pra compartilharmos.
Encontramos-nos nos lagos da Orla para que em meio a comes e bebes (afinal de contas é
um Happy Hour!) vocês possam interagir muito mais conosco com brincadeiras, conversas
bem divertidas e músicas com toque de violões. Não deixe de participar! Sua presença é
fundamental!
SEXTA-FEIRA
Manhã e Tarde (Até as 15h)
Nesse momento conheceremos o local onde você passará a maior parte do curso: o Hospital Universitário! Além de
você conhecer o hospital onde você aprenderá a ser médico(a), você terá a honra de conhecer a sede do CAMED!
Esse é o nosso cantinho, conquistado depois de tanta luta! Nele você poderá desfrutar de uma fresquinha no ar
condicionado, um computador, materiais de leitura super interessantes e todo um acervo histórico de conquistas do
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nosso Centro Acadêmico! Ainda nessa manhã você
conhecerá um pouco sobre a DENEM –Direção Executiva
Nacional dos Estudantes de Medicina, seu histórico,
importância e organização. Não perca essa oportunidade!
Noite
Esse é um momento super especial da nossa
semana e foi criado para fechar com chave de ouro nossas
atividades: A Noite do Jaleco! Por termos a consciência de
que sua chegada até aqui foi árdua e fruto de um esforço
não só seu, mas de todos que conviveram ao seu redor
durante todo o sofrimento do vestibular, gostaríamos de
promover um momento onde pudéssemos marcar sua
entrada na universidade com todos que participaram da
sua história de Pré-universitário. Portanto, você deve
convidar seus amigos, pais, familiares, periquito,
papagaio, enfim... Todos que foram, de alguma forma,
especiais nessa etapa da sua vida. Para registrar essa
transição de etapas da sua vida, gostaríamos que você
escolhesse aquele(a) que foi mais importante para você
durante todo esse momento e essa pessoa vestiria o seu
jaleco em você, simbolizando sua entrada na universidade
como estudante de medicina. Em seguida teremos um
coquetel de encerramento.
ORAÇÃO AO CADÁVER
“Ao curvares, com a lâmina rija do teu bisturi, sobre o cadáver desconhecido,
lembra-te de que este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu
embalado pela fé e pela esperança daquela que, em seu seio o agasalhou.
Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens,
por certo amou e foi amado, esperou e acalentou uma manhã feliz,
e sentiu saudades dos outros que partiram; e agora jaz na fria lousa,
sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer,
sem que tivesse um único beijo de despedida, sem que tivesse uma só prece.
Seu nome, só Deus sabe, mas o destino inexorável
deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade
que por ele passou indiferente.”
Karl Rokitansky (1876)
Ao cadáver, respeito e agradecimento.
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Mau olhado sobre o SUS Texto escrito por Flávio Cardoso Arcângelis*
''Quando você pensa em SUS, qual a primeira lembrança que lhe
vem à mente? Provavelmente você deve se lembrar do lado ruim
do SUS: filas de espera, hospitais lotados e sucateados, falta de
remédios, dificuldade para se realizar um exame e a demora no recebimento de seu resultado, além do tempo de
espera para se conseguir uma consulta. De fato, todos esses são problemas que ainda não superamos, mas será que
o SUS é apenas isso?
Pense um pouco. Quantas vezes você viu nos jornais televisivos reportagens que divulgavam o lado bom do SUS?
Certamente divulgam-se muito mais as suas dificuldades do que suas virtudes. Há anos a mídia de massa vem o
identificando com suas deficiências e o afastando de suas melhores qualidades. Só para citar um exemplo, a mídia
passou dias cobrindo o drama vivido pela estudante Eloá – a garota que foi assassinada pelo ex-namorado em Santo
André, São Paulo – e muitos foram os momentos em que ela poderia ter divulgado positivamente o SUS, mas em
nenhum momento o fez. Enquanto ela apenas divulgava de modo sensacionalista a forma brutal como a garota foi
morta, o SUS, através do ‘Sistema Nacional de Transplantes’, trabalhava para que cada órgão da menina fosse
doado para salvar outras tantas vidas, mas isso nunca foi mostrado. Só no ano de 2007, foram realizados mais de 12
mil transplantes de órgãos pelo SUS – você sabia? Além desse programa, existem outros que são referências
mundiais. É notório o reconhecimento mundial do ‘Programa Nacional DST e AIDS’ que concede assistência integral
e totalmente gratuita a todos os portadores do HIV e doentes de AIDS. Isso tudo é SUS! É a prova de que ele já está
dando certo.
Mas o SUS tem ainda grandes adversários que não querem que ele dê certo. São os
mesmos inimigos do povo que controlam os meios de comunicação e mostram
apenas as dificuldades do sistema. A mídia hegemônica – jornais e revistas de grande
circulação, a televisão e o rádio – é a grande responsável pela criação dessa imagem
negativa. Desde sua criação, ela serve aos interesses da classe dominante e, portanto,
só produz pensamentos que perpetuam a manutenção do poder pela elite
dominante. Esse massacre da desinformação promovido pela mídia elitista mantém
na sociedade brasileira um momento de profundo desconhecimento de causas. Na
área da saúde não poderia ser diferente.
O SUS foi concebido há cerca de 20 anos e desde então sofre fortes ataques da mídia burguesa exatamente porque
ele pretende ser um sistema de saúde revolucionário. As bases desse sistema são fundamentadas em princípios
éticos e de inclusão social que não interessa à elite brasileira. O princípio da universalidade garante o direito de que
todos os cidadãos brasileiros possuam acesso aos serviços de saúde de modo gratuito, independentemente de
qualquer tipo de contribuição previdenciária. Ele é o avesso do que quer a elite que está acostumada a sempre
auferir grandes lucros da parcela mais pobre da população.
O processo histórico pelo qual foi concebido o SUS não deixa restar dúvida sobre o seu caráter transformador da
saúde brasileira. Até a década de 1990 tínhamos um serviço de saúde que excluía a maior parte da população
brasileira. Naquela época somente tinham acesso aos serviços de saúde aqueles que estivessem dentro da esfera
trabalhista ou que pudessem pagar por serviços privados, ou seja, os trabalhadores com carteira assinada ou a
parcela mais abastada da população. É a retomada dessa lógica de saúde privatista onde tudo se paga que é
defendida pela grande mídia.
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E isso não é difícil de perceber quando entendemos que ela é controlada pela mesma oligarquia que também
controla toda a saúde privada. Observe as propagandas das TVs e dos grandes jornais, você perceberá que grande
parte dos anúncios veiculados são da indústria de medicamentos, dos planos de saúde, das corporações médicas, da
medicina de grupo, enfim, de toda a saúde que só funciona na lógica privada. E como “quem paga a banda escolhe a
música”, os anunciantes que financiam os meios de comunicação também dão a linha política a ser divulgada. A idéia
é denegrir a imagem do sistema de saúde público para convencer as pessoas de que o sistema privado é melhor,
sem qualquer discussão sobre assunto.
Se você é usuário de algum plano privado deve estar se perguntando: o que eu tenho a ver com isso e por que
defender o SUS? Pois bem, se você fez essa opção deve ser por que o sistema público ainda não funciona como
deveria e porque tem condições financeiras para tanto. No entanto, certamente, você não deve estar satisfeito com
a idéia de pagar impostos para não receber serviços de saúde em troca e, paralelamente, pagar altas mensalidades
para ter um plano que, ainda por cima, tem várias limitações e impõe inúmeras dificuldades, deixando muito a
desejar. É uma grande ilusão pensar que os planos de saúde privados que atendem apenas uma pequena parcela da
população brasileira prestam serviços de qualidade. Além de custarem os olhos da cara, muitas vezes negam
atendimento quando o cidadão mais precisa: deixam de fora diversas cirurgias, medicamentos, exames de alta
complexidade e dificultam o atendimento a pessoas idosas, pacientes crônicos e portadores de patologias e
deficiências.
O SUS está cotidianamente em nossas vidas e, muitas vezes, sequer nos
damos conta disso. Diferentemente dos planos de saúde, ele oferece muito
mais do que o acesso apenas aos serviços de saúde diretos, como consultas
e exames. Só para se ter uma idéia, ele é responsável por toda a execução
das ações de vigilância epidemiológica e sanitária, bem como as de saúde
do trabalhador. Na prática, apenas para citar alguns exemplos, os
programas de combate à dengue, as vacinações que já erradicaram
doenças como varíola e poliomielite além de controlarem a tuberculose, o
tétano e sarampo, também são ações do SUS. Além disso, compete à ele a execução das ações de vigilância sanitária
de fiscalização e inspeção de alimentos, bebidas e água para consumo humano, controle de sangue e
hemoderivados, registro de medicamentos, entre tantas outras ações. Isso tudo também é o SUS, você sabia?
Como você pode ver, o SUS está bem mais próximo de você do que parece. Mas a população brasileira que vem
sofrendo um massacre de desinformação pela mídia, ainda não se conscientizou de que o SUS representa a maior
política de inclusão social e distribuição de renda do país. A freqüente exposição das mazelas do sistema de saúde
que é feita sob a lógica burguesa que inferioriza tudo o que é público de modo absolutamente parcial e alienado
para justificar a superioridade aparente do privado faz com que o SUS seja identificado apenas com aquilo que lhe
falta. É por isso que se faz necessário que reafirmemos sempre suas conquistas. É preciso que rompamos com essa
lógica para conseguirmos efetivar, na prática, aquilo que em muito já avançamos no campo legal, a fim de que
possamos garantir que, de fato, a saúde seja um direito de todos e um dever do Estado.''
*Flávio Cardoso Arcângelis é membro do Diretório Acadêmico de Medicina da UNIVASF (DAMUNI) e acadêmico do 6º
período do curso de medicina.
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
PSF (Programa de Saúde da Família)
No Brasil a origem do PSF remonta a criação do PACS (programa de Agentes Comunitários de Saúde) em
1991, como parte do processo de reforma do setor da saúde, desde a Constituição de 1988, com intenção de
aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde. Em 1994
o Ministério da Saúde lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo e
substitutivo, fazendo frente ao modelo tradicional de assistência primária baseada em profissionais médicos
especialistas focais e teve como objetivo explícito promover uma mudança profunda na estrutura do sistema de
saúde brasileiro. Viabilizar o SUS – Sistema Único de Saúde – passou a ser o grande desafio para o PSF.
Reformulando-se a atenção básica espera-se uma melhor organização e funcionamento dos serviços de
média e alta complexidade. Estando bem estruturada, ela subtrai as consultas não urgentes dos centros
hospitalares, desafogando o sistema de maior complexidade e facilitando o acesso ao atendimento médico.
Segundo o Ministério da Saúde, se funcionando adequadamente, as unidades básicas do programa seriam
capazes de resolver 85% dos problemas de saúde em sua comunidade, prestando um atendimento de bom nível,
prevenindo doenças, evitando internações desnecessárias e melhorando a qualidade de vida da população.
Em 2005 a Organização Pan-Americana de Saúde (com a participação de ministros de todos os países
membros), reafirmou que basear os sistemas de saúde na APS (Atenção Primária a saúde) é a melhor abordagem
para produzir melhorias sustentáveis e eqüitativas na saúde das populações das Américas.
DENEM – DIREÇÃO EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA
DONA MARIA PRECISA DE VOCÊ
Imagine o seguinte caso clínico: Dona Maria chega ao seu consultório (ou no HU, onde você vai atender
durante boa parte do seu curso) queixando-se de dores na cabeça e nas costas. Sua diabetes está descompensada e
sua pressão alta. Os remédios que você passou não fazem mais o mesmo efeito que antes. E agora, José? Uma
conversa mais detalhada com ela é necessária para saber o que está acontecendo.
Dona Maria relata que sai todos os dias pela manhã cedinho da periferia onde mora para trabalhar como
empregada em casa de família na 13 de Julho. Trabalha feito uma escrava durante o dia. Chega em casa depois da
hora do jantar pois o “Circular Sardinha”, lotado, demorou um tempão pra passar no ponto. Seu salário não é
suficiente para pagar as contas de casa, pois seu marido está desempregado há 6 meses e ainda por cima virou
alcoólatra. Além disso, seu filho não frequenta mais a escola (de péssima qualidade, diga-se de passagem) e é
usuário de crack. Dona Maria ainda não conseguiu marcar os exames que você passou no ano passado, pois a
demanda é enorme. Quando vai aos hospitais, estão sempre lotados. Alguém pode pensar: “Nossa, quantos
problemas! Mas o que eu tem a ver com isso? Não era só passar os remédios que ela ficaria boa?”. Ledo engano.
Com esse exemplo fica fácil entender o quanto a sociedade em que vivemos adoece as pessoas,
principalmente as mais desfavorecidas (pena não aprendermos isso na sala de aula). O nosso papel vai muito além
de passar remédios ou realizar um exame físico, pois não é suficiente para entendermos complemente os males de
Dona Maria. Por isso, também somos responsáveis pela realidade em que ela vive, pela sua exploração no trabalho,
pela escola de má qualidade que seu filho estuda, pelo emprego que falta a seu marido, pela péssima assistência à
saúde oferecida pelo sistema. Mas e agora, que fazer?
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
O MOVIMENTO ESTUDANTIL DE MEDICINA TRANSFORMANDO REALIDADES
A maioria das conquistas para o povo em nossa sociedade (senão todas) foi conseguida com muito esforço e
luta pelo próprio povo. A população em busca da transformação da realidade organiza-se nos chamamos
movimentos sociais, os quais tiveram papéis centrais em vários momentos da história do país – Resistência contra a
ditadura, lutas por eleições diretas (Diretas Já), a construção do SUS por meio da Reforma Sanitária, etc. O
movimento estudantil teve um papel essencial nessas conquistas, inclusive o de medicina.
A organização dos estudantes de medicina sempre esteve presente no país, desde a luta pela abolição da
escravatura até a luta por saúde e educação de qualidade para todos nos dias de hoje.
Em 1986, os estudantes de medicina sentiram a necessidade da criação de uma entidade que articulasse os
Centros e Diretórios Acadêmicos do país para que o movimento
estudantil de medicina criasse mais força. Foi então criada a
DENEM – Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina,
a qual representa todos os estudantes de medicina do país. É como
se fosse o “CAMED do Brasil”.
É papel da DENEM discutir temas importantíssimos para nossa formação enquanto futuros profissionais
médicos e agentes transformadores da realidade, temas esses que não são abordados em sala de aula, ou quando
são, de maneira desqualificada. A importância da Reforma Sanitária, o papel do SUS, as privatizações na saúde, as
implicâncias do Ato Médico, do Exame de Ordem para medicina e do ENADE, Educação Médica e Reforma Curricular,
o papel das Ligas Acadêmicas, etc., são temas que não podem ser deixados de lado por nós estudantes, afinal, são
temas do nosso cotidiano.
A DENEM teve um papel importantíssimo no processo de constituição do SUS, na formação de profissionais
mais humanos e compromissados com os problemas que nosso povo enfrenta. Além disso, a entidade tem um papel
essencial na luta por uma saúde e uma educação médica 100% pública, gratuita e de qualidade, ao lado de outros
movimentos sociais.
ENCONTROS E CONGRESSOS DA DENEM
A DENEM realiza encontros/congressos nacionais e regionais durante o ano para discutir temas de interesse
e do cotidiano dos estudantes, além de serem ótimos espaços de integração e troca de idéias entre pessoas de todos
os cantos do país. Não deixem de ir, perguntem a alguém que já foi! São os seguintes:
EREM (Encontro Regional dos Estudantes de Medicina) – É realizado geralmente no 1º semestre de cada ano e
abrange as escolas médicas da regional (a DENEM é dividida em regionais de acordo com o número de escolas
médicas. A nossa regional é a Nordeste 1 – Bahia, Sergipe e Alagoas, ou seja, estudantes desses estados que
participam).
O EREM é sem sombra de dúvida o melhor encontro para se ir enquanto calouro (além da proximidade geográfica
que facilita a ida). Os últimos dois EREM’s foram em Aracaju (2009), Ilhéus (2010) e Salvador-BA (2011)!
ECEM (Encontro Científico dos Estudantes de Medicina) – É um encontro nacional realizado geralmente no mês de
julho. Tem esse nome “científico” por conta de uma herança da ditadura militar para burlar a repressão da época.
Mas claro, ainda hoje o ECEM também possui um programação cultural e científica. O ECEM 2011 ocorre em
Uberlândia-MG.
SEMINÁRIO DO CENEPES (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Saúde) – É o encontro da DENEM em que
são aprofundados os temas das coordenações de área da DENEM: Políticas de Saúde, Políticas de Educação,
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
Educação em Saúde, Extensão Universitária, etc. O Seminário do CENEPES desse ano será realizado em Belém-PA no
mês de setembro.
COBREM (Congresso Brasileiro dos Estudantes de Medicina) – É realizado geralmente no mês de janeiro e lá, além
das mesas, oficinas e painéis, é construído o planejamento da DENEM para aquele ano junto com todos os
estudantes do congresso, além da eleição da coordenação nacional. O último COBREM foi realizado em janeiro desse
ano em Maceió-AL.
INFORMAÇÕES GERAIS
MATRÍCULA CURRICULAR
É a matrícula em disciplinas e deve ser feita todos os semestres, em datas especificadas no Calendário Acadêmico. Iniciado o período letivo regular o aluno que não estiver matriculado em nenhuma disciplina será desligado da UFS. Para evitar que isto aconteça, ele deve solicitar uma Dispensa de Matrícula na dentro da data limite especificada no Calendário Acadêmico.
DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACADÊMICO
O desempenho nos estudos é verificado através de assiduidade e eficiência, ambas eliminatórias por si mesmas.
ASSIDUIDADE
Será aprovado o aluno que obtiver um mínimo de 75% de freqüência em cada disciplina. A legislação do ensino não permite abono de faltas, excetuando-se os casos que se referem a:
Convocados e reservistas das forças armadas em exercício ou manobra (Decreto - Lei 715/69);
Participante em competições desportivas oficiais ou em conclaves internacionais (Decreto - Lei nº 80.228/77).
EFICIÊNCIA
A eficiência será apurada através do conjunto de verificações previstas no plano de ensino da disciplina distribuído com os alunos por ocasião do início do período letivo.
Todas as formas de verificação serão traduzidas em notas que variarão de 0 (zero) a 10 (dez).
Além das notas acima haverá o conceito RF correspondente à reprovação por falta de freqüência.
As notas das verificações, para efeito da emissão de conceito deverão ser atribuídas em número inteiro ou em 0,5 (cinco décimos de ponto), e a média de aproveitamento será computada até os décimos segundo a teoria do erro.
Para efeito de registro junto ao DAA, o número de notas de cada disciplina deverá estar claramente definido no seu plano de ensino e não poderá ultrapassar o número de créditos atribuídos à mesma. Para cada um dos alunos matriculados na mesma disciplina será exigido o mesmo número total de notas para ela fixado.
Os testes ou outros tipos de verificação de aprendizagem, aprovados pelos Departamentos para atribuição das notas referidas anteriormente, deverão ser aplicados durante o decorrer do período de execução do programa da disciplina a intervalos de tempo proporcionais ao número de notas por ela estabelecido e em dias previstos no calendário que integra o plano de ensino a ser distribuído com os alunos.
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
A devolução do material de avaliação, quando se tratar de provas, testes ou outros trabalhos escritos de origem individual ou grupal, será um direito que assistirá ao aluno, logo após o decorrer do prazo para recursos, previsto no § 4º do Art. 52, das Normas do Sistema Acadêmico. O último trabalho do qual o aluno deverá auferir nota, será aplicado entre os 90% (noventa por cento) das aulas previstas e o último dia de aula da disciplina.
A nota de cada trabalho ou verificação de aprendizagem deverá, obrigatoriamente, ser publicada pelo professor até o prazo máximo de 08 (oito) dias de sua realização. A média final será a média aritmética das notas obtidas durante o período na disciplina. Satisfará a condição de eficiência, o aluno que obtiver, por disciplina, média final igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula zero).
Poderá haver aproveitamento especial de estudos de acordo com o disposto na Resolução 46/99/CONEP. No período indicado no calendário acadêmico, o aluno poderá solicitar avaliação referente ao conteúdo de disciplina ainda não cursada desde que fundamente o seu pedido ao DAA. A aprovação ou reprovação do aluno nesta avaliação, bem como a nota obtida, constarão do seu histórico escolar.
A falta a qualquer verificação prevista no plano de ensino de uma disciplina corresponderá à nota 0 (zero), só sendo aceitas as justificativas previstas na legislação em vigor.
Também serão aceitas como justificativas as faltas motivadas por falecimento de genitores, prole, cônjuge, ou irmão (a) de aluno, bem como aquelas motivadas por doença atestada pelo médico da Universidade, e outras a critério e responsabilidade do professor.
O aproveitamento geral por período ou para conclusão do curso será medido através da Média Geral Ponderada, que terá as seguintes funções:
a) Classificar os alunos de um mesmo curso segundo o critério de aproveitamento; b) Manter um nível razoável de aproveitamento em termos de curso e não só de disciplina; c) Classificar os alunos para efeito de matrícula e em vaga de curso ou de disciplina.
REVISÃO DE PROVAS
Quando há discordância por parte do aluno em relação à nota da avaliação, apresentada pelo professor, o aluno poderá requerer no Departamento, ao qual a disciplina estiver vinculada, revisão de provas, até 72 (setenta e duas) horas após publicação dos resultados (§ 6º do Art. 52).
APROVEITAMENTO DE CURSOS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Os portadores de certificados de Michigan, Cambridge, Nancy e Salamanca podem solicitar equivalência destes títulos com disciplinas relacionadas com o idioma estudado. Não é preciso se submeter ao Aproveitamento Especial de Estudos.
O aluno deve apresentar, no período estabelecido no Calendário Acadêmico e que costuma ser na segunda semana de aula, certificado de conclusão destes cursos acompanhado de atestado de validação emitido pela instituição nacional que patrocinou o curso.
APROVEITAMENTO ESPECIAL DE ESTUDOS
Se você acha que domina o conteúdo de uma disciplina que ainda não cursou, você pode, no período estabelecido no Calendário Acadêmico, solicitar um exame desta disciplina. O processo é enviado ao Departamento responsável pela disciplina, que marcará o dia de realização da prova.
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
Se você obtiver nota não inferior a 7,0 a disciplina vai para o seu histórico, com aprovação, sem você precisar cursá-la. Caso a nota seja inferior a 7,0 a disciplina irá pro historio como reprovada.
Só que tem um detalhe, para participar você não pode ter trancamento ou reprovação na disciplina nem estar nela matriculado.
ATESTADO MÉDICO
Para justificar ausência às aulas por motivo de saúde deve-se encaminhar, até 5 dias úteis contados a partir do início da enfermidade, requerimento ao DAA acompanhado de atestado que será submetido ao setor médico da UFS. Neste caso, não há abono de faltas. A legislação vigente prevê atividades domiciliares prescritas pelo professor para compensar a ausência às aulas. O requerimento pode ser feito por qualquer pessoa e não precisa de procuração.
CERTIFICADOS E CRÉDITOS DE MONITORIA
O certificado deve ser requerido, em datas estabelecidas no Calendário Acadêmico e que costuma ser na segunda semana de aula, após o exercício das 4 monitorias às quais o aluno tem direito, ou no semestre de conclusão do curso. Os créditos podem ser requeridos a cada vez que é concluído o exercício de uma monitoria.
É facultado apenas aos concludentes o direito de requerer crédito de uma monitoria que ainda está em desenvolvimento.
CRÉDITOS
Um crédito equivale a 15 horas de aula. Os créditos de uma disciplina equivalem ao número de horas de aulas semanais: uma disciplina de 4 créditos, por exemplo, compreende 60 horas de aula, 4 horas por semana.
CRITÉRIOS PARA PREENCHIMENTO DE VAGA NAS DISCIPLINAS
O preenchimento das vagas nas disciplinas obedece à seguinte ordem decrescente de prioridade:
1. Disciplina turma ofertada para o curso 2. Tipo: obrigatória, optativa, eletiva, nesta seqüência decrescente 3. Aluno formando 4. Oportunidades que teve para cursar a disciplina (reprovações e\ou trancamentos) 5. Créditos acumulados pelo aluno 6. Índice de Regularidade 7. MGP
Funciona assim: Primeiro procura-se atender todos os alunos para os quais aquela turma foi
ofertada. Se, depois disto, ainda sobrar alguma vaga atende-se o pessoal dos outros cursos. Obedecida a primeira prioridade, parte-se para a segunda: primeiro atende-se o
pessoal que tem a disciplina como obrigatória, depois aqueles que têm a disciplina como optativa e por último aqueles que têm a disciplina como eletiva.
Atentem, no entanto, para um detalhe: a prioridade 1 prevalece sobre a 2. Por exemplo: se uma turma é ofertada apenas para um curso que tem a disciplina como optativa os alunos deste curso serão atendidos antes dos alunos de outros cursos, mesmo
que a disciplina seja obrigatória para alguns destes outros cursos. A seguir, dá-se preferência aos alunos formandos.
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
Detalhe: se o aluno é formando e a turma foi ofertada para o curso dele ele está lá pelo topo da lista. Mas se a turma não foi ofertada para o curso dele ele só entra depois do preenchimento das vagas pelos alunos dos cursos para os quais a turma foi ofertada.
E por aí vai: quem nunca trancou e nunca teve reprovação em uma disciplina tem preferência sobre aqueles que já trancaram ou foram reprovados nesta disciplina.
Outro exemplo: se só tiver uma vaga sobrando e 2 alunos com o mesmo número de créditos estiverem disputando esta vaga a preferência será dada para o que tiver maior Índice de Regularidade, se o empate persistir a preferência será dada ao aluno que tiver maior MGP.
ÍNDICE DE REGULARIDADE
É o total dos créditos obtidos pelo aluno dividido pelo número de semestres usados para cursá-los. Ele representa a média semestral dos créditos cursados pelo aluno.
MGP (Média Geral Ponderada)
A média ponderada de X valores com seus respectivos P pesos é definida como a soma dos produtos dos n valores pelos seus respectivos pesos, dividindo-se este resultado pela soma dos pesos.
No caso da nossa Média Geral Ponderada os valores são as notas obtidas pelo aluno em cada disciplina e os pesos são os números de créditos de cada disciplina.
Por exemplo: se o aluno obteve nota 7 em uma disciplina de 3 créditos, nota 6 em uma disciplina de 4 créditos e nota 2 em outra que tem 5 créditos, a sua MGP será (7x3+6x4+2x5)/(3+4+5)=(21+24+10)/12=55/12=4,58333..., que arredonda para 4,6 (4 pontos e seis décimos) segundo a teoria dos erros.
Um detalhe: o cálculo da MGP engloba todas as disciplinas constantes do histórico do aluno, daí que vem o termo Geral, entre as palavras Média e Ponderada.
DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS
São disciplinas que constituem o currículo padrão do curso e estão distribuídas por período letivo. O aluno deve ser cursar, obrigatoriamente, estas disciplinas. No site, na opção que mostra as grades curriculares dos cursos, clicando sobre a disciplina é possível saber para quais cursos a disciplina e é obrigatória e para qual período de cada curso.
DISCIPLINAS OPTATIVAS
São disciplinas que constituem o currículo complementar do curso. O aluno deve ser cursar algumas destas disciplinas. No site, na opção que mostra as grades curriculares, clicando sobre a disciplina é possível saber para quais cursos a disciplina é optativa.
DISCIPLINA ELETIVA
Consulte no site a Grade Curricular do seu curso. Você vai ver que ela é composta por disciplinas obrigatórias e optativas. A depender do seu Colegiado de Curso qualquer outra disciplina existente na UFS poderá ser considerada eletiva para o seu curso. A grande maioria dos Colegiados não impõe restrições.
Os créditos obtidos em disciplinas eletivas substituem os optativos, mas não podem ultrapassar o limite de 8% do total de créditos do curso.
DISCIPLINAS EM TRÂNSITO
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CAMED – Gestão “De Estudante Para Estudante”
Destinam-se a alunos regulares de instituições de ensino superior de outros estados da federação que estão residindo no estado de Sergipe.
Documentos necessários: Fotocopias da Carteira de identidade (RG) e do CPF; Declaração de vínculo; Histórico escolar; Programas das disciplinas que são pré-requisitos para as disciplinas solicitadas.
Os originais dos documentos devem ser apresentados para que as fotocópias sejam autenticadas pelo DAA. A cada semestre solicita-se um máximo de seis disciplinas para cursar um máximo de três. Pode-se cursar até 4 semestres consecutivos ou não. Deve ser solicitada em um semestre para cursar no semestre seguinte. As datas em que devem ser feitas a solicitação e a matrícula são estabelecidas, a cada semestre, no
Calendário Acadêmico, disponível em www.daa.ufs.br O preenchimento das vagas se dá por ordem de chegada e será feito nas vagas que restarem após os ajustes
de matrícula dos alunos regulares da UFS.
DISCIPLINAS ISOLADAS
Destinam-se aos portadores de diploma de curso superior. Documentos necessários: Fotocopias da Carteira de Identidade (RG), do CPF, do diploma; Histórico escolar;
Programa de disciplinas que são pré-requisitos para as disciplinas solicitadas. Os originais dos documentos devem ser apresentados para que as fotocópias sejam autenticadas pelo DAA. A cada semestre solicita-se um máximo de seis disciplinas para cursar um máximo de três. Pode-se cursar até 12 disciplinas em semestres consecutivos ou não. Deve ser solicitada em um semestre para cursar no semestre seguinte. As datas em que devem ser feitas a solicitação e a matrícula são estabelecidas, a cada semestre, no
Calendário Acadêmico, disponível em www.daa.ufs.br O preenchimento das vagas se dá por ordem de chegada e será feito nas vagas que restarem após os ajustes
de matrícula dos alunos regulares da UFS.
DISPENSA DE MATRÍCULA
Se o aluno não pretende cursar um determinado semestre ele deve solicitar, no dia da matrícula, uma Dispensa de Matrícula. Este procedimento deve também ser adotado pelo aluno que, depois de todas as etapas da matrícula curricular, não estiver matriculado em nenhuma disciplina.
Durante sua vida acadêmica o aluno tem direito a 4 dispensas de matrícula, em semestres consecutivos ou não. Este procedimento, se necessário, precisa ser renovados a cada semestre.
EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS
Se as disciplinas originais foram cursadas na UFS você deverá apresentar uma cópia do histórico que contém estas disciplinas. Se as disciplinas foram cursadas em outra instituição você deverá trazer original e cópia dos programas destas disciplinas e do histórico escolar que as contém. A solicitação de equivalência é feita no DAA, em período estabelecido no Calendário Acadêmico e que costuma ser na segunda semana de aula.
HORÁRIO DE ATENDIMENTO DO DAA
De segunda à sexta, das 9h às 12h, 14h às 16h30 e 18h às 20h
PAGAMENTO DE TAXAS DO DAA
O pagamento pode ser feito em qualquer agência ou caixa eletrônico do Bando do Brasil por um dos seguintes meios:
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Transferência para a Conta Única da União
GRU – Guia de Recolhimento da União
DIPLOMA E CERTIFICADOS
Diploma expedido pela UFS ISENTO DE TAXA
Segunda via de diploma expedido pela UFS R$ 50,00
Registro de diploma expedido por outras instituições R$ 70,00
Apostilamento de diploma R$ 10,00
Certificado de monitoria R$ 10,00
REQUERIMENTO DE INGRESSO EXTRA-VESTIBULAR
Transferência interna R$ 20,00
Transferência externa R$ 70,00
Readmissão R$ 70,00
Ingresso como portador de diploma R$ 70,00
TRANCAMENTO
O trancamento pode ser total ou parcial. É total quando se tranca todas as disciplinas e é parcial quando se tranca apenas algumas. O trancamento traz prejuízo para o aluno: quando ele vai solicitar matrícula em uma disciplina que já trancou ele fica em desvantagem com relação aos alunos que nunca trancaram esta mesma disciplina.
Se o aluno não pretende cursar um determinado semestre ele deve solicitar, no dia da matrícula, uma Dispensa de Matrícula. Pelas regras atuais, durante sua vida acadêmica o aluno tem direito a 2 trancamentos totais e 4 dispensas de matrícula, em semestres consecutivos ou não. Estes procedimentos precisam ser renovados a cada semestre.
BIBLIOTECA
Utilize esse serviço para apoio e enriquecimento dos seus estudos. Localizada no Campus, funciona no horário de 7:30 às 21:30 horas. Lá você ainda pode dispor de: Núcleo de audiovisual; Consulta no local; Empréstimo a domicilio; Programa de comutação bibliográfica; Levantamento bibliográfico a pedido; Serviço de fotocópia; Normalização técnica de trabalhos.
Para maiores esclarecimentos procure a Divisão de Apoio aos Leitores (DIALE).
DEMAIS TAXAS
Trancamento de matrícula em disciplinas R$ 5,00
Aproveitamento especial de estudos R$ 10,00
Atestados e Declarações R$ 3,00
Equivalência de disciplinas R$ 10,00
Guia de Transferência R$ 8,00
Histórico Escolar R$ 3,00
Opção de Curso/Continuidade R$ 10,00
Programa de disciplina (cada) R$ 5,00
Programa de disciplina (acima de 10 programas) R$ 50,00
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REPRESENTANTES DISCENTES Os Representantes Discentes (R.D.) são estudantes eleitos, separadamente à eleição do centro acadêmico, e que representam os estudantes de um determinado curso em seus respectivos Departamentos, Conselhos e Colegiados de Curso, participando de suas respectivas reuniões. Mas a função dos R.D. não é apenas essa. Eles devem também levar as sugestões, dúvidas e reclamações dos estudantes para serem avaliadas, além de contribuir para a obtenção de soluções ou respostas. Há também a troca de informações: o que está acontecendo entre o corpo docente e o discente - como eventos e projetos - que muitas vezes não chegam ao conhecimento de todos.
E como o estudante pode ajudar os seus Representantes Discentes?
O estudante pode procurar os representantes discentes do seu curso / departamento para conhecê-los melhor e interagir junto com eles dando sua opinião, sugestão, repassando problemas enfrentados no curso / departamento e tirando suas dúvidas. É de extrema importância que os estudantes informem aos R.D. sobre problemas com as aulas do curso, o nível de aprendizado das turmas, o aproveitamento das aulas, a didática, o comprometimento do professor com as aulas, a facilidade de acesso ao docente, a grade-horária, a falta de infra-estrutura necessária para se ministrar as aulas com as condições básicas de ensino, muitas vezes o aluno se vê impossibilitado de estabelecer um diálogo minimamente efetivo com o professor da matéria, a fim de melhorar o curso ou, ainda, questioná-lo de certas atitudes. Para tentar melhorar essas questões é que foram criados os cargos de Representação Discente, personificados pelos Representantes Discentes (R.D.s), eleitos pelos próprios estudantes. Qual a relação do Centro Acadêmico (C.A.) com os Representantes Discentes (R.D.)?
Os R.D. devem repassar para os seus respectivos C.A.s sobre suas participações nos departamentos / conselhos / colegiados, para que o C.A., uma vez ciente dos problemas enfrentados pelos estudantes e pelos R.D., possa ajudá-los na busca por soluções de problemas e desempenho de suas atividades.
GLOSSÁRIO DO CALOURO
AJUR: Assessoria Jurídica
ASCOM: Assessoria de Comunicação
CAMED: Centro Acadêmico de Medicina
CCBS: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
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CCSA: Centro de Ciências Sociais e Aplicadas
CCV: Coordenação de Concurso Vestibular
CECH: Centro de Educação e Ciências Humanas
CMED: Colegiado de Medicina
CCET: Centro de Ciências Exatas e Tecnologia
CFM: Conselho Federal de Medicina
COBEM: Congresso Brasileiro de Educação Médica
COBREM: Congresso Brasileiro dos Estudantes de Medicina
CODAE: Coordenação de Assistência ao Estudante
COGEPLAN: Coordenação Geral de Planejamento
CONEP: Conselho de Ensino e Pesquisa
CONSU: Conselho Universitário
CREMESE: Conselho Regional de Medicina de SERGIPE
DAA: Departamento de Administração Acadêmica
DCE: Diretório Central dos Estudantes
DEAPE: Departamento de Apoio Didático-Pedagógico
DENEM: Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina
DFS: Departamento de Fisiologia
DMO: Departamento de Morfologia
ECEM: Encontro Científico dos Estudantes de Medicina
EREM: Encontro Regional dos Estudantes de Medicina
GR: Gabinete do Reitor
GVR: Gabinete do Vice-Reitor
OREM: Olimpíadas Regionais dos Estudantes de Medicina
POSGRAP: Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
PREFCAMP: Prefeitura do Campus
PROAD: Pró-Reitoria de Administração
PROEST: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis
PROEX: Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários
PROGRAD: Pró-Reitoria de Graduação
RESUN: Restaurante Universitário
SEMINÁRIO DO CENEPES: Centro Nacional de Estudos e Pesquisas em Educação e Saúde
SUS: Sistema Único de Saúde
UNE: União Nacional dos Estudantes
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bom, esperamos que você esse manual tenha te ajudado durante essa semana e sirva sempre que aquela
duvidazinha bater. Lembre-se que qualquer coisa que você precisar, é só entrar em contato com a gente!
CAMED – Centro Acadêmico Dr. Augusto Cesar Leite – Gestão ‘’De Estudantes para Estudantes’
’
CHARGES e QADRINHOS
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REFLEXÃO
‘‘ É PROVA ATÉ UMAS HORAS CHEGA ATÉ SER DESUMANO QUANDO É QUE EU VOU LHES PROVAR QUE ESTUDAR É UM ATO HUMANO? ’’
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Organização: