Transcript
Page 1: Lojas ampliam mix para driblar sazonalidade - dci.com.br · dos por clientes de classe A e B, já que são um pouco mais caros. Mas essa estratégia tem ... quanto no verão”, comple-

DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS � QUINTA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 20 1 5 9

Negócios Comér cio

Para manter as vendas aquecidas durante o verão, redes de produtos ligados ao frio, como adegase chocolaterias, aumentam a oferta de produtos e apostam em um consumo mais sofisticado

Lojas ampliam mix para driblar sazonalidadeVARE JO

Sammy EduardoSão Paulosa m m ye @ d c i . c o m . b r

� Com a aproximação do ve-rão, as vendas de produtos re-lacionados ao frio, como cho-colates e vinhos, tendem a cair.Para driblar esse problema, aslojas buscam ampliar o mix deprodutos e sofisticam o consu-mo como estratégias paramanter as vendas aquecidas.

Segundo o professor depós-graduação na área de va-rejo da Fa a p, Antônio Sá, es-tas são as saídas possíveis pa-ra que o negócio semantenha rentável duranteas épocas em que o consumorecue por problemas de sazo-nalidade. “É importante queessas lojas busquem aumen-tar o mix, mesmo que seja deforma paliativa, para atrair oconsumidor que resiste à sa-zo n a l i d a d e”, indica.

Outras alternativas, deacordo com Sá, são agregarinformação aos produtos ousofisticar o consumo, atravésda venda de itens que envol-vam cuidados maiores deprodução e atenção à saúde

Nu g a l i , que possui loja própriaem Pomerode, no norte deSanta Catarina.

“O inverno chega a repre-sentar 30% de todo o fatura-mento do ano. Mas esse níveltem caído nos últimos anos, jáque temos conseguido equili-brar as vendas no verão tam-b é m”, afirma a diretora comer-cial da Nugali, Maitê Lang.

Segundo ela, na épocaquente do ano a marca vaiapostar na venda de chocola-tes ‘gour met’, caracterizadospor produtos com zero açúcarou amargos, visto como maissaudáveis pelos clientes. “[ Osprodutos] são mais consumi-dos por clientes de classe A eB, já que são um pouco maiscaros. Mas essa estratégia temse mostrado certeira, porquetemos vendido bem esses pro-dutos no calor”, argumenta.

Sem revelar a previsão de fa-turamento, a diretora estimaum crescimento de até 27% emvendas ao final deste ano.

“O consumidor está cadavez mais sofisticado, na nossavisão. Por isso, achamos queesses produtos ‘gour met’ têmimpactado positivamente asnossas vendas, tanto no inver-no, quanto no verão”, comple-menta Lang.

N U G A L I / D I V U L G AÇ ÃO

Meses de inverno representam até 30% do faturamento da Nugali

Confiança do consumidor sobe, mas ainda é motivo de cautela

BA L A N Ç Oção financeira da família”, afir-ma a coordenadora da Sonda-gem do Consumidor, VivianeSeda Bittencourt, em nota.

Na visão da executiva, ape-sar de a perspectiva continuarruim, o dado foi o primeiro po-sitivo dos últimos meses. “Osconsumidores melhoraramsuas perspectivas com relaçãoao futuro econômico, levandoà primeira alta da confiançaapós seis meses consecutivosde queda”, completou.

Por categoriaA avaliação sobre a situaçãopresente ficou parecida com ado mês anterior, mas houvemelhora das expectativas emrelação aos meses seguintes.

O Índice de Situação Atual(ISA) variou 0,2% no períodoanalisado, passando de 65,7

nor nível da série histórica, si-nalizando a pouca intenção doconsumidor em se endividar.

Faixas de rendaO resultado por faixas de rendamostra uma recuperação daconfiança dos consumidorescom maior poder aquisitivo –renda familiar acima de R$ 9,6mil. “O aumento de 5,7% noindicador de confiança dessafaixa de renda decorre de umacombinação de melhores ava-liações sobre momento e redu-ção do pessimismo em relaçãoao futuro”, completava a son-dagem realizada pela FGV.

A edição de novembro doÍndice de Confiança do Consu-midor (ICC), da FGV, entrevis-tou cerca de três mil domicí-lios entre os dias 3 e 21 den ove m b ro.

Empresa de cartões-presente expande atuação

V E N DA Sdos produtos para classesCDE. “A Rede Tendência temforte penetração em estabele-cimentos que atendem as clas-ses CDE, conseguiremos am-pliar tanto as regiões de vendacomo nossa base de consumi-dores com formato da recargade celular”, afirma a executiva.

Um dos produtos comercia-lizados da Blackhawk pela Re-de Tendência são os créditosdo Google Play. Após realizar acompra, o cliente pode resga-tar em um loja virtual da Goo-gle mais de 3 milhões de apli-cativos, entre jogos, filmes,músicas, livros e aplicativos.

Os créditos disponíveis são

de R$ 15 a R$ 100 e diretoracredita no sucesso de adesãodo produto. “Como a operaçãode compra dos cartões pré-pa-gos via POS é muito similar aoda recarga de celular, acredita-mos em uma adaptação rápi-d a”, destaca Andrea.

Para a Rede Tendência, aparceria com a Blackhawk abreoportunidades. “Vender moscréditos de uma das maiores emais importantes empresas domundo representa significati-vo valor e ganho de para an ó s”, diz o responsável pelaárea de produtos e desenvolvi-mento de novos negócios darede, Rodrigo Vasconcelos.

Da RedaçãoSão Paulor e d ac a o @ d c i . c o m . b r

� O Índice de Confiança doConsumidor (ICC) avançou1,3% entre outubro e novem-bro, passando de 75,7 para76,7 pontos, segundo a Funda-ção Getulio Vargas (FGV). Ape-sar da alta, a instituição apon-ta que o patamar ainda segue“extremamente baixo”.

“Mesmo com essa recupe-ração, as vendas de Natal pa-recem estar comprometidas,pois a intenção de comprasde bens duráveis atingiu emnovembro o menor nível dasérie, influenciada pela piorada percepção sobre a situa-

para 65,8 pontos, e o Índice deExpectativas (IE) avançou2,1%, de 81,1 para 82,8 pontos.

O indicador que mede ograu de otimismo com a eco-nomia subiu 5,2%, de 70,5 para74,2 pontos, o melhor resulta-do desde agosto deste ano(74,7), disse a FGV.

Já a parcela de consumido-res projetando melhora avan-çou de 14,0% para 14,1%; a dosque preveem piora recuou de43,5% para 39,9%.

O indicador de expectativascom a situação financeira dafamília também subiu ao pas-sar de 110,9 para 114 pontos.No entanto, explica a coorde-nadora da pesquisa, na outraponta das expectativas, o indi-cador de ímpeto de compra debens duráveis recuou 5,0%,atingindo 60,4 pontos –o me-

do cliente. “Apesar de mais ca-ros, eles costumam fidelizarmais o consumidor na hora dac o m p ra”, explica o professor.

Um exemplo disso é a Ev i n o,que comercializa vinhos pelainternet. Para driblar a sazona-lidade, a loja aposta na sofisti-cação do cliente, além de umclube de compras que garanteo retorno do consumidor.

“A sazonalidade nos atrapa-lhava mais há alguns anos.Com esses programas, temosconseguido equilibrar um

pouco mais as vendas tambémdurante o verão”, diz o cofun-dador da Evino, Marcos Leal.

Durante os meses frios, co-mo julho e agosto, a compa-nhia registra o dobro de ven-das se comparado a mesesmais quentes, como janeiro,fevereiro e março.

Ainda segundo Leal, datascomo o Natal, além da BlackFriday, também ajudam asvendas a crescer nessa época.

“Os clientes do nosso clubede compras recebem vinhos

nossos todo mês. Durante overão, enviamos a eles vinhosdo tipo rosé ou branco, maisatrelados ao consumo em diasq u e n t e s”, diz ele.

Este ano, a Evino prevê cres-cer até 160% em faturamento.No ano passado, a companhiafaturou R$ 18 milhões, e para2016 a previsão é de abocanharaté R$ 46 milhões.

Consumo sofisticadoPara a concorrente Wi n e. c o m .b r, o consumidor brasileiro es-tá mais “e vo l u í d o”, o que temajudado a enfrentar a sazonali-dade de verão.

“Os vinhos brancos, rosés eespumantes hoje representammais de 30% das vendas nomercado brasileiro. Isso refletea evolução do consumidor,mais adequado a questões co-mo o perfil das estações”, con-ta o gerente de marketing daWine.com.br, Rui Duarte.

Através desse equilíbrio nascontas, a marca vai conseguirfaturar R$ 300 milhões em ven-das ao final deste ano, o querepresenta um crescimento de50% sobre o faturamento regis-trado em 2014.

A aposta no paladar mais so-fisticado também é praticadapela chocolateria catarinense

Re d a ç ã oSão Pauloa n a . s i l va @ d c i . c o m . b r

�Para aumentar capilaridade,a Blackhawk, empresa de car-tões de presente pré-pagos fe-chou parceria com Rede Ten-dência. Com a nova operação,a empresa irá operar em 4 milcidades brasileiras e alcançará2.200 pontos de venda.

Segundo a diretora de mar-keting da Bl a c k h a w k no Bra-sil, Andrea Ciparullo, a parce-ria irá aumentar o alcance

PONTO A PONTO

1. Situação Atual.O Índice de Situação Atual(ISA) ficou relativamenteestável, ao variar 0,2% entreoutubro e novembro

2. Expectativas.O indicador que mede asperspectivas do consumidor,Índice de Expectativas (IE)avançou 2,1% no período daanálise da FGV.

3. Bem durávelDe acordo com a FGV, oindicador que mede o ímpetodo consumidor em comprarbens duráveis recuou 5% noperíodo, o menor patamaratingido na série histórica.

Top Related