Download - Livro-Informatica Basica IFAL
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Rede e-Tec Brasil
Informtica Bsica
Joo Kerginaldo Firmino do Nascimento
UFMT
Cuiab - MT2012
INSTITUTO FEDERAL
Alagoas
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Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)
Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica.
B823 Informtica Bsica/Joo Kerginaldo Firmino do Nascimento, 4.ed. atualizada e revisada Cuiab : Universidade Federal de Mato Grosso/Rede e-Tec Brasil, 2012.
185 p. : il. (Curso tcnico de formao para os funcionrios da educao.Profun-cionrio; 7)
ISBN 85-86290-58-0
1. Educador. 2. Formao profissional. 3. Escola. I. Nascimento, Joo Kerginaldo Firmino do. II. Ttulo. III. Srie.
2012 CDU 37.004
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3 Rede e-Tec Brasil
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Presidncia da Repblica Federativa do Brasil
Ministrio da Educao
Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica
Diretoria de Integrao das Redes EPT
Este caderno foi elaborado em parceria entre o Ministrio da Educao e a Universidade Federal de Mato Grosso para a Rede e-Tec Brasil.
Equipe de Elaborao
Universidade Federal de Mato Grosso UFMTCoordenao Institucional
Carlos Rinaldi
Equipe de ElaboraoCoordenao de Produo de Material Didtico Impresso
Pedro Roberto Piloni
Designer EducacionalClaudinet Coltri Junior
DiagramaoMaurcio Mota
Reviso de Lngua PortuguesaPatrcia Rahuan
Projeto GrficoRede e-Tec Brasil/UFMT
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Prezado (a) estudante,
Bem-vindo Rede e-Tec Brasil!
Voc faz parte de uma rede nacional pblica de ensino, a Rede e-Tec Brasil, instituda pelo Decreto n 7.589/2011, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino tcnico pblico, na modalidade a distncia. O programa resultado de uma parceria entre o Ministrio da Educao, por meio da Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica (Setec), as universidades e escolas tcnicas estaduais e federais.
A educao a distncia no nosso pas, de dimenses continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso educao de qualidade, e promover o fortalecimento da formao de jovens moradores de regies distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros.
A Rede e-Tec Brasil leva os cursos tcnicos a locais distantes das instituies de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino mdio. Os cursos so ofertados pelas instituies pblicas de ensino e o atendimento ao estudante realizado em escolas-polo integrantes das redes pblicas municipais e estaduais.
O Ministrio da Educao, as instituies pblicas de ensino tcnico, seus servidores tcnicos e professores acreditam que uma educao profissional qualificada integradora do ensino mdio e educao tcnica, capaz de promover o cidado com capacidades para produzir, mas tambm com autonomia diante das diferentes dimenses da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, poltica e tica.
Ns acreditamos em voc!Desejamos sucesso na sua formao profissional!
Ministrio da EducaoMaro de 2012
Nosso [email protected]
Apresentao
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Prezado (a) estudante,
estamos iniciando uma nova disciplina do curso Profuncionrio. E neste Mdulo iremos abordar questes referentes ao uso de novas tecnologias voltadas ao nosso cotidiano. Os assuntos que trataremos aqui so de interesse de todos ns e em particular seu, que vivencia o uso dessas tecnologias na escola, em casa, enfim no seu dia a dia.
Como voc deve saber, os assuntos aqui tratados so comuns para todos os outros cursos do Profuncionrio, uma vez que abrangem todas as reas do conhecimento. E, ao propormos tais assuntos, acreditamos que o faro refletir um pouco mais em suas atividades dirias, pois a informtica est em todos os momentos de nossa vida.
Iremos conversar sobre questes que ligam esse assunto a diversos aspectos histricos, econmicos e sociais que normalmente no so abordados na informtica, destacando essa disciplina que j foi tratada como mero recurso auxiliar de treinamento de pessoas.
Abordaremos assuntos como a nossa relao com a natureza mediada por recursos renovveis e no renovveis, o uso da informao como ferramenta de poder e ascenso social, bem como descobriremos que o acesso aos recursos tecnolgicos deve ser universal para que tenhamos mais espao para debates e, principalmente, como usar o computador para nossas atividades dirias.
Acessar informaes na grande rede (internet), ter acesso aos conhecimentos do grande orculo (Google), redigir documentos com os recursos do Word e do BRoffice, enviar e receber mensagens em tempo real (on-line), alm de participar de redes sociais, so algumas das expectativas que temos em relao ao que estudaremos a partir de agora.
Sejamos sempre felizes e mos obra!
Mensagem do Professor-autor
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Rede e-Tec Brasil
Hoje, o computador faz parte da nossa realidade como mais uma tecnologia disponvel para nos auxiliar e vai tornando-se to usual quanto o controle remoto e o telefone celular. A informtica nos dias atuais nos ajuda no s no trabalho, mas tambm em casa e at mesmo no exerccio da cidadania. No trabalho, podemos, por exemplo, produzir e corrigir um texto com mais facilidade. Em casa, possvel, entre outras coisas, comunicarmo-nos por meio da internet. A informtica mostra-se cada vez mais til tambm no exerccio da cidadania. Um exemplo disso o voto por meio da urna eletrnica.
E com o objetivo de mostrar a voc algumas ferramentas essenciais para o uso do computador, a fim de facilitar muitas das suas atividades do dia a dia, alm de possibilitar a ampliao de seus horizontes de conhecimento e de comunicao, que apresento este material de estudo do uso bsico da informtica.
Neste mdulo de estudo, voc conhecer o que um sistema operacional que possibilita a visualizao do que o computador faz , um editor de texto que torna a escrita de textos uma tarefa mais fcil e criativa e um navegador ferramenta que permite uma viagem pela grande rede mundial de computadores chamada internet. Ento, mos obra.
Objetivo
Apresentar ao estudante, funcionrios de escola, noes elementares de tecnologia da informao e de ferramentas para uso de microcomputador, capacitando-o a manuse-lo alm de editar textos e utilizar os recursos da internet. Espera-se possibilitar ao educando elementos bsicos para saber utilizar o computador como ferramenta auxiliar no seu trabalho.
Apresentao da Disciplina
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10Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
Ementa
Curso bsico de informtica. Descobertas e criaes do homem na sua relao com a natureza e o trabalho. Industrializao no Brasil. O que tecnologia. Tecnologia da informao. Internet e acesso tecnologia da informao no Brasil. Tecnologias e mercado de trabalho. O que informtica. A informtica na formao do trabalhador. Sistema operacional Windows XP. Editor de texto Word XP. Navegador Internet Explorer. Linux Ubuntu. Editor de texto BrOffice. Navegador Mozilla Firefox e, por fim, um Dicionrio por Associao para melhor entendermos o uso de muitos termos estrangeiros na informtica.
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Rede e-Tec Brasil
Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.
Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.
Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o assunto, ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao tema.
Dicionrio: indica a definio de um termo, palavra ou expresso utilizados no texto.
Em outras palavras: apresenta uma expresso de forma mais simples.
Pratique: so sugestes de: a) atividades para reforar a compreensodo texto da Disciplina e envolver o estudante em sua prtica; b) atividades para compor as 300 horas de Prtica Profissional Supervisionada (PPS), a critrio de planejamento conjunto entre estudante e tutor.
Indicao de cones
Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever/conversar/observar sobre pontos importantes e/ou questionamentos.
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Rede e-Tec Brasil
Sumrio
Unidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua
relao com a natureza e o trabalho 15
1.2 - A industrializao no Brasil 23
1.3 - Tecnologia da informao 26
1.4 - Internet e acesso tecnologia da
informao no Brasil 29
Unidade 2 - Tecnologias e mercado de trabalho 35
2.2 - A informtica na formao do trabalhador 40
Unidade 3 - Sistema Operacional Windows XP 43
3.2 - Conhecendo o Windows XP 45
Unidade 4 - Editor de Texto Word XP 67
4.2 - Tela Inicial 69
4.3 - Digitao 69
Unidade 5 - Internet Explorer 95
5.1 - O que Internet 96
5.2 - Histrico 96
5.3 - Conexo 98
Unidade 6 - Linux 113
6.1 - Histrico Linux 114
6.2 - O que Ubuntu? 115
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Unidade 7 - BrOffice 3 Writer 133
7.1 - O BrOffice 134
7.2 - O BrOffice Writer 135
Unidade 8 - Navegador Mozilla Firefox 159
8.1 - Mozilla 160
Unidade 9 - Dicionrio por Associao de Ingls para
Portugus 163
9.1 - Dicionrio por Associao de Ingls para Portugus 164
Palavras Finais 175
Glossrio 176
Referncias 183
Currculo do Professor-autor 185
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15 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
Unidade 01
Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
Objetivos:
1. Identificar o modo de interveno do ser humano na natureza e desta nas relaes humanas;
2. Apontar os elementos que compem a tecnologia da informao;
3. Reconhecer a dinmica de implantao e difuso da internet no Brasil.
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16Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
Prezado (a) estudante , com grande prazer que recebo voc para darmos incio nossa disciplina. Voc j conhece alguma coisa sobre informtica? Espero que nossas aulas o ajude a enriquecer seu conhecimento e sua prtica dentro deste mundo fantstico que cada vez mais pessoas esto adentrando. Para comearmos, vamos fazer uma viagem no tempo?
1.1 Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
Nesta Unidade iremos conversar sobre a interveno do ser humano na natureza e da natureza na nossa caracterizao ao longo dos tempos.
Veremos a importncia de alguns fatos histricos e suas consequncias para nossa sociedade, discutiremos o nosso processo de industrializao e os recursos tecnolgicos envolvidos em nosso cotidiano, que culminaram no que temos
hoje enquanto nao.
O homem vem ao longo de toda a histria utilizando sua inteligncia,
criatividade e curiosidade para descobrir, inventar, transformar e
aperfeioar ferramentas, materiais e recursos a fim de melhorar sua
vida, se proteger e garantir sua sobrevivncia. O ser humano, em
suas relaes sociais, torna-se produtor de cultura e de trabalho com
inteligncia para desenvolver a sua tecnologia a partir de realizaes
cotidianas. Foi na pr-histria que apareceram os primeiros indcios de
cultura humana, por meio da manufatura de instrumentos de pedra
trabalhados de forma intencional pelo homem para obter suas armas
de caa ou de defesa.
Duas descobertas ocorridas na pr-histria foram fundamentais para
o desenvolvimento do homem: o fogo e a roda. Com o domnio da
utilizao do fogo, o homem se protegia contra predadores, cozinhava
e trabalhava outros materiais como metais e madeira. Foi tambm o
fogo que propiciou ao homem aproveitar melhor o meio ambiente
e se locomover para outras regies do planeta. A roda, por sua vez,
revolucionou os meios de transporte e possibilitou outros avanos
tecnolgicos como os relgios, as mquinas a vapor, a locomotiva e o
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17 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
automvel.
Ainda na pr-histria, no perodo chamado Neoltico, o homem
aprendeu a polir a pedra e, com isso, conseguiu produzir instrumentos
mais eficientes e com melhor acabamento. Foi nesse perodo que
ocorreu a Revoluo Agrcola. O homem foi abandonando a vida de
caador e coletor e comeou a cultivar cereais e a domesticar animais,
promovendo um grande desenvolvimento das foras produtivas e
libertando-se da dependncia absoluta da natureza.
Uma das grandes invenes do perodo Neoltico foi a cermica, que
permitiu a melhoria da qualidade da alimentao do homem primitivo,
uma vez que se tornou possvel armazenar alimentos ou cozinh-los
misturados. Tambm nesse perodo teve incio a construo de casas
de barro, junco ou madeira. No final do perodo Neoltico, o homem
abandonou os instrumentos de osso e pedra e passou a utilizar os
metais, iniciando a chamada Revoluo ou Idade dos Metais.
No perodo final do Neoltico, ocorreram dois importantes descobrimentos
industriais: a inveno do tear e a fundio de metais. Com essas
descobertas, houve um grande desenvolvimento de todos os ramos
de produo e da produtividade do trabalho humano, provocando o
aumento da produo de excedentes e a separao entre o trabalho
artesanal e o trabalho agrcola. Com o desenvolvimento da linguagem
escrita e das cincias ligadas s tcnicas de produo, as camadas
dominantes da sociedade diferenciaram a sua cultura da cultura dos
outros setores da populao.
O surgimento da escrita marca o fim da pr-histria. comumente
aceito, segundo Thompson (1995), que o primeiro sistema completo
de escrita foi desenvolvido por volta do ano 3000 antes de Cristo
pelos sumerianos, no sul da Mesopotmia e, pouco tempo depois, um
sistema um pouco diferente, provavelmente de maneira independente,
foi desenvolvido pelos antigos egpcios. A evidncia histrica mostra
que as primeiras formas de escrita sumeriana consistiam de pequenas
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18Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
placas de argila ou rtulos que eram presos a objetos e serviam como
sinal para identificao da propriedade.
Com o desenvolvimento da escrita, as tabuletas de argila foram
gradualmente substitudas pelo papiro e pergaminho como meios
tcnicos de transmisso. De acordo com Thompson (1995), as folhas
de papiro surgiram no Egito pelo ano 2600 antes de Cristo, e eram
feitas de uma planta cujas folhas eram transformadas em material de
escrita ao serem amassadas com martelo de madeira e colocadas para
secar. O papiro foi utilizado como o principal meio de transmisso at
o desenvolvimento da tcnica de produo de papel, inventado na
China por volta do ano 105 depois de Cristo.
Por volta do ano 1100 depois de Cristo, ocorreram muitas inovaes
na forma de utilizar os meios tradicionais de produo. No setor
agrcola, por exemplo, foi fundamental o desenvolvimento de
ferramentas como a charrua, o peitoral, o uso de ferraduras e a
utilizao de moinhos dgua. Os avanos nas tcnicas de arquitetura
foram aplicados na construo das catedrais. Esse perodo da Idade
Mdia aliou a importao de tecnologias com um aumento radical no
nmero de invenes.
Uma sequncia de descobertas e invenes aconteceu na Idade
Mdia, como a descoberta dos culos, no sculo XIII, da prensa
mvel, no sculo XV, o aperfeioamento da tecnologia da plvora e a
inveno dos relgios mecnicos. Outros avanos importantes foram
em instrumentos como a bssola e o astrolbio, que, junto com as
mudanas na confeco dos mapas e com a inveno das caravelas,
tornaram possvel a expanso martimo-comercial Europeia do incio
da Idade Moderna.
A tecnologia das grandes navegaes permitiu, posteriormente,
a descoberta de um nmero extraordinrio de novas espcies de
animais e plantas, alm de novas formaes geolgicas e climticas.
Os avanos na tica possibilitaram a fabricao de aparelhos como o
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19 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
microscpio e o telescpio. Uma herana importante do perodo foi
tambm o nascimento e multiplicao das universidades, juntamente
com o surgimento das primeiras sementes da metodologia cientfica
contempornea.
Nos sculos XVII e XVIII, o desenvolvimento das tcnicas de produo
levou a um grande desenvolvimento das cincias naturais. Para se
expandir a produo, era preciso conhecer as propriedades da matria,
o que motivou o desenvolvimento de cincias como a fsica, a qumica
e a mecnica. Houve nesse perodo um movimento de renovao
intelectual conhecido por Iluminismo, iniciado na Inglaterra, no final
do sculo XVII. O Iluminismo colocou a razo humana como guia do
conhecimento e ao do homem. O conhecimento e o domnio da
natureza eram condies bsicas da liberdade humana.
A Revoluo Industrial transformou a sociedade europeia e mundial
no sculo XVIII. Iniciada na Inglaterra, em 1760, a Revoluo Industrial
caracterizou-se pela passagem da manufatura indstria mecnica.
A introduo de mquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho
e aumenta a produo global. Invenes como a mquina a vapor,
a fiandeira mecnica e o tear mecnico causaram uma revoluo
produtiva. As fbricas passaram a produzir em srie e surgiu a indstria
pesada de ao e mquinas. A inveno dos navios e locomotivas a
vapor acelera a circulao das mercadorias.
A fotografia surgiu com os franceses Louis Daguerre e Joseph
Nipce, em 1826. Em 1839, Daguerre revelou Academia Francesa
de Cincias o processo que originava as fotografias. Essa tecnologia
capaz de captar as imagens fez com que a perfeio das pinturas fosse
substituda pela fotografia, redefinindo o papel e a expresso das artes
plsticas da poca. J em 1895, surge em carter oficial o cinema,
quando os irmos Louis Lumire e Auguste Lumire, dando movimento
s imagens, apresentaram a primeira sesso de projeo em Paris. No
incio o cinema era mudo. O som s chegou ao cinema no final da
dcada de 1920.
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20Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
A segunda fase da Revoluo Industrial, no perodo de 1860 a 1900, foi
caracterizada pela difuso dos princpios de industrializao na Frana,
Alemanha, Itlia, Blgica, Holanda, Estados Unidos e Japo. Nessa
fase, as principais mudanas no processo produtivo so a utilizao
de novas formas de energia a eltrica e a derivada do petrleo
, o aparecimento de novos produtos qumicos e a substituio do
ferro pelo ao. Toda essa revoluo trouxe consequncias sociais e
econmicas. O lucro passou a se concentrar na indstria, as condies
de trabalho e os salrios eram desfavorveis aos operrios.
Segundo Castells (1999), a eletricidade foi a fora central da segunda
revoluo, apesar de outros avanos extraordinrios como o motor
de combusto interna, o telgrafo, a telefonia, alm dos j citados
produtos qumicos e ao. Isso porque somente com a gerao e
distribuio de eletricidade, os outros campos puderam desenvolver
suas aplicaes e ser conectados entre si. Um caso especial citado
por Castells o telgrafo eltrico que, utilizado experimentalmente de
1790 a 1799 e em pleno uso desde 1837, s conseguiu desenvolver-
se em uma rede de comunicao mundial a partir da difuso da
eletricidade.
Outra grande inveno do homem, patenteada em 1876 nos Estados
Unidos por Graham Bell, foi o telefone. Em 1973, a empresa Motorola
apresentou um prottipo do primeiro celular porttil, mas somente
em 1981 a Motorola e a American Radio Phone iniciaram os testes
com um sistema prprio de rdio-fone. O uso comercial do telefone
celular comeou em 1983, nos Estados Unidos, e a Motorola lana o
primeiro celular porttil. Hoje, o uso tanto do telefone fixo quanto do
celular se popularizou pelo mundo.
Foi em 1888 que o fsico alemo Heinrich Hertz conseguiu produzir
as primeiras ondas de rdio. Entretanto, a primeira transmisso de
rdio, ocorrida em 1895, denominada naquela poca telegrafia sem
fio, atribuda ao italiano Guglielmo Marconi, que funda, em julho de
1897, a primeira companhia de rdio do mundo e, em 1899, a primeira
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21 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
fbrica de equipamento de rdio. Caractersticas como a abrangncia,
a mobilidade, o baixo custo e a autonomia fazem do rdio at hoje um
importante meio de comunicao.
As transmisses por ondas de rdio possibilitaram mais tarde a
transmisso de imagens e a inveno do televisor. Em 1842, Alexander
Bain obteve a transmisso telegrfica de uma imagem por meio do
fax. O surgimento da televiso deve-se a grandes cientistas, que
foram descobrindo os elementos e componentes necessrios para
a transmisso de imagens e a fabricao do televisor. A primeira
transmisso oficial da televiso aconteceu em 1935, na Alemanha. A
televiso passou a exercer grande influncia na sociedade com aspectos
positivos e negativos, at os dias atuais.
Na terceira fase da Revoluo Industrial, a partir de 1900, surgem os
grandes complexos industriais e as empresas multinacionais. A produo
caracterizada pela automao. As indstrias qumica e eletrnica
desenvolvem-se. Os avanos da robtica e da engenharia gentica
tambm so incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez
menos de mo de obra e cada vez mais de alta tecnologia. Nos pases
de economia mais desenvolvida surge o desemprego estrutural, e o
mercado se globaliza apoiado na expanso dos meios de comunicao
e de transporte.
No final do sculo XIX, Thomas Alva Edison desenvolveu uma
lmpada eltrica capaz de ser comercializada. Em trinta anos, as
naes industrializadas geraram energia eltrica para iluminao e
uso em outros sistemas. Invenes desse perodo, como o telefone,
o rdio, o automvel a motor e o avio, revolucionaram o modo de
vida e de trabalho de milhes de pessoas. As sociedades industriais se
transformaram com rapidez devido ao aumento da mobilidade e da
comunicao rpida.
O trem foi o principal meio de transporte do sculo XIX. A utilizao
do automvel como meio de transporte data do incio do sculo XX.
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22Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
Sua produo em maior escala iniciou-se na Alemanha, em 1902,
e nos Estados Unidos, em 1903. Segundo a maioria dos autores, a
inveno do automvel deve-se a Joseph Nicolas Cugnot, engenheiro
militar francs que por volta de 1770 construiu um modelo de trs
rodas movido a vapor, com velocidade de aproximadamente cinco
quilmetros por hora. O automvel a motor foi desenvolvido por
alemes em 1886.
J a utilizao do avio no transporte de passageiros data de 1919.
At hoje se discute quem foi o verdadeiro pioneiro da aviao. A maior
polmica gira em torno do brasileiro Alberto Santos Dumont e dos
irmos americanos Wilbur e Orville Wright. Em 20 de setembro de
1898, Santos Dumont realizou o primeiro voo em balo mecanicamente
dirigido e, em 1906, na Frana, bateu o recorde de voo com o 14-Bis,
de motor a exploso, voando 220 metros em 21 segundos. O primeiro
voo dos irmos Wright ocorreu no dia 17 de dezembro de 1903, em
Kitty Hawk, Estados Unidos, com a utilizao de um planador.
A disputa entre pases tambm contribuiu para alguns
desenvolvimentos tecnolgicos da humanidade. Um exemplo disso
foi a corrida espacial, marcada pela rivalidade entre soviticos e
americanos, no final dos anos 50. Em 1957, os soviticos lanaram o
primeiro satlite artificial, o Sputnik; e, em 1961, o primeiro homem
no espao, Youri Gagarine. Os Estados Unidos conseguem, em 1969,
enviar o homem lua. Foram tambm os americanos que propuseram,
em 1964, aos pases ocidentais o lanamento dos fundamentos de
uma rede internacional de comunicaes por satlite, o Intelsat.
No final da dcada de 1950, a tecnologia de gravao de fitas
magnticas, originalmente desenvolvida para gravao de som,
uma dcada antes, foi adaptada para possibilitar a gravao de
imagens, originando o videocassete. Mas, foi na dcada de 1970 que
o videocassete comeou a ser produzido comercialmente para uso
domstico. Crescendo de forma espantosa no final dos anos 70 e incio
de 80, o uso domstico do videocassete, segundo Thompson(1995),
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23 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
modificou significativamente os canais de difuso para produtos
audiovisuais e a quantidade de controle dos usurios sobre esses canais.
Na nossa histria mais recente, vivemos a substituio progressiva do
videocassete pelo DVD player (aparelho de reproduo do disco de vdeo
digital), a partir de 1997. A tecnologia da gravao e leitura de sons,
dados e imagens por meios ticos, presente nos CDs (compact disc),
produzidos em escala comercial a partir de 1982, e mais recentemente
nos DVDs (disco de vdeo digital), j est incorporada nossa realidade.
No udio, os CDs substituram os discos de vinil, representando no s
um avano tecnolgico, mas tambm uma mudana para a indstria
fonogrfica.
1.2 A industrializao no Brasil
Aqui disponibilizarei a voc alguns fatos que nos levaram a implantar e criar medidas nacionais para o processo de industrializao do Brasil, alm de sua importncia para o fortalecimento de nossa autonomia econmica e poltica.
A origem da industrializao no Brasil est relacionada economia
cafeeira. A partir de 1910, os cafeicultores comearam a aplicar seus
lucros no setor industrial, temendo a recorrncia da crise do caf. Mas,
segundo Piletti(1988), foi sem dvida a Primeira Guerra Mundial,
ocorrida entre 1914 e 1918, que deu um
grande impulso indstria brasileira. As
principais causas do surto industrial brasileiro
da poca foram a substituio das
importaes e a exportao de carne
congelada durante a guerra.
Segundo Luiz Koshiba e Denise Pereira (1987),
a Segunda Guerra Mundial, no perodo
de 1939 a 1945, trouxe efeitos favorveis
indstria nacional com o crescimento da Engenhos de acar primeira etapa da indstria no pas. http://www.mundoeducacao.com.br
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24Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
exportao de produtos manufaturados. De acordo com os autores,
as realizaes efetivamente inovadoras da industrializao brasileira
tomaram forma somente na era Vargas. Em 1939, foi elaborado no
governo Vargas um plano quinquenal de metas para a indstria.
De acordo com Piletti (1988), uma das mais importantes realizaes
econmicas para o Brasil foi a indstria de base, que teve incio em
1946, quando comeou a funcionar a Companhia Siderrgica Nacional
de Volta Redonda e a serem produzidas no Brasil barras de ferro,
folhas de flandres e chapas de ao, necessrias para o funcionamento
de outras indstrias, como a de ferramentas, parafusos, motores,
utenslios de cozinha, automveis, avies, navios, e outras.
Como consequncia da indstria de base, vrios outros setores
industriais tambm se expandiram, entre os quais as fbricas de
rdios, televisores, geladeiras e de eletrodomsticos em geral, alm
das indstrias de ladrilhos, louas, vidros, papel, conservas e outras. A
indstria de base exigiu a construo de novas e mais potentes usinas
hidreltricas para suprir a demanda de energia eltrica da grande
indstria.
O nacionalismo da era Vargas foi substitudo pelo desenvolvimentismo
do governo Juscelino Kubitschek, de 1956 a 1961. Atraindo o
capital estrangeiro e estimulando o capital nacional, Juscelino
implantou a indstria de bens de consumo durveis, principalmente
eletrodomsticos e veculos. No incio dos anos 60, o setor industrial
superou a mdia do crescimento dos demais setores da economia
brasileira.
No perodo de 1968 a 1973, ocorreu o chamado milagre econmico,
com a acelerao do crescimento, investimentos em infraestrutura e
nos diversos segmentos da indstria e na agroindstria de alimentos.
Na dcada de 80, conhecida como a dcada perdida, a alta
internacional dos juros fez com que a economia brasileira entrasse
em dificuldades e o Brasil enfrentasse uma longa recesso que levou
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25 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
estagnao da atividade industrial do pas.
Nos anos 90, o Brasil d incio a uma abertura econmica para a
importao de mercadorias. Essa fase da industrializao brasileira,
iniciada no governo Collor com continuidade at o governo Fernando
Henrique Cardoso, marca o avano do neoliberalismo no pas que
prega a desregulamentao da economia e consiste na reduo da
participao do Estado nas atividades econmicas. Nesse contexto,
houve a privatizao de quase todas as empresas estatais brasileiras.
Conforme Jos Henrique do Carmo , a partir do incio dos anos
90, a indstria no Brasil se depara com a crescente liberalizao da
economia nacional, num contexto de internacionalizao da produo
em nvel mundial, a chamada globalizao processo de integrao
econmica e social entre os pases e as pessoas do mundo todo ,
levando a uma alterao radical nos nveis de concorrncia.
No dia 26 de maro de 1991, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai
assinam o Tratado de Assuno, dando incio ao Mercosul Mercado
Comum do Sul, com o objetivo de criar um mercado comum entre
os pases membros do bloco econmico. A consolidao do Mercosul
permitiu o incio de uma srie de negociaes na rea externa, no
apenas com seus parceiros regionais, mas tambm com outras regies
e pases do mundo.
Em 2004, o governo Lula criou a Agncia Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI), pela Lei 11.080, de 30 de dezembro, com a funo
de promover a execuo de polticas de desenvolvimento industrial,
especialmente as que contribuam para a gerao de empregos, em
consonncia com as polticas de comrcio exterior e de cincia e
tecnologia. A lei foi regulamentada pelo Decreto 5.352, de 24 de janeiro
de 2005. De acordo com o Mapa Estratgico da Indstria 2007/2015:
A indstria no tem escolha. A nica opo possvel ser uma
indstria de classe mundial. A indstria brasileira compete em
mercados globais e participa, de forma crescente, em cadeias
Para saber mais, visite os stios:
http://www.brasilescola.com/h i s t o r i a b / i n d u s t r i a l i z a c a o -brasileira.htm
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm
http://www.estacio.br/cpa/docs/2-2manutencao-industrial.pdf
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26Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
de produo integradas. Isso impe dois desafios: ela tem que
estar preparada para responder aos desafios da globalizao
e s mudanas de organizao da produo. O Pas tem que
elaborar um programa coerente voltado para a criao de um
ambiente econmico e institucional de classe mundial.
MAPA ESTRATGICO DA INDSTRIA: 2007 2015. Braslia: CNI/DIREX, 2005.
1.3 Tecnologia da informao
Vamos perceber aqui que tecnologia da informao um conjunto de equipamentos, saberes, programas, rotinas e aes voltadas a um fim especfico (ou no). Isso sem falar sobre sua importncia e ao direta em nossas vidas.
Vamos tratar agora de uma revoluo tecnolgica que invadiu todas
as esferas da atividade humana e vem trazendo significativas mudanas
para a economia, a sociedade e a cultura em todo o mundo. Estou
falando da tecnologia da informao, que, segundo Resende e Abreu
(2000), pode ser conceituada como o conjunto de recursos tecnolgicos
e computacionais para gerao e uso da informao. Com ela voc vai
conhecer e aprender a utilizar o
microcomputador, uma das ferramentas da
tecnologia da informao.
Antes de prosseguir, vamos compreender o que
tecnologia. O termo revoluo tecnolgica
pode ser conceituado como as invenes,
descobertas ou criaes do homem que afetam,
de forma profunda, ampla e generalizada, os
conhecimentos, os costumes e as prticas cotidianas do seu meio. As
grandes revolues tecnolgicas manifestaram-se de acordo com as
necessidades e anseios do homem em determinadas pocas.
Na viso de Castells, a tecnologia expressa, em grande parte, a
Tecnologia, do grego technologa (tratado sobre uma arte), um termo utilizado para o conjunto de conhecimentos, embasados principalmente em princpios cientficos, que possibilitam uma evoluo na capacidade das atividades humanas.
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27 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
habilidade de uma sociedade para impulsionar seu domnio tecnolgico
por intermdio das instituies sociais, inclusive o Estado. respeito
do contexto histrico no qual se originou a tecnologia da informao
Castells afirma:
O processo histrico em que esse desenvolvimento de foras
produtivas ocorre, assinala as caractersticas da tecnologia e seus
entrelaamentos com as relaes sociais. No diferente no caso
da revoluo tecnolgica atual. Ela originou-se e difundiu-se, no
por acaso, em um perodo histrico da reestruturao global do
capitalismo, para o qual foi uma ferramenta bsica. Portanto, a
nova sociedade emergente desse processo de transformao
capitalista e tambm informacional, embora apresente variao
histrica considervel nos diferentes pases, conforme sua histria,
cultura, instituies e relao especfica com o capitalismo global
e a tecnologia informacional.(Castells, 1999)
Entre as tecnologias da informao est o conjunto convergente de
tecnologias em microeletrnica, computao (hardware componentes
fsicos do computador ou de seus perifricos e software programas
de computador), telecomunicaes/radiodifuso, e optoeletrnica
(transmisso por fibra tica e laser). Segundo Castells, ao redor do ncleo
de tecnologias da informao houve grandes avanos tecnolgicos,
nas duas ltimas dcadas do sculo XX, no que se refere a materiais
avanados, fontes de energia, aplicaes na medicina, tcnicas de
produo e tecnologia de transportes, entre outros. Castells assinala
que, pela primeira vez na histria, a mente humana uma fora direta
de produo:
Assim, computadores, sistemas de comunicao, decodificao e
programao gentica so todos amplificadores e extenses da
mente humana. O que pensamos e como pensamos expresso em
bens, servios, produo material e intelectual, sejam alimentos,
moradia, sistemas de transporte e comunicao, msseis, sade,
educao ou imagens. (Castells, 1999)
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28Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
As primeiras descobertas tecnolgicas em eletrnica, de acordo
com Castells, aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial e
no perodo seguinte, com o primeiro computador programvel e o
transistor, fonte da microeletrnica, que, para Castells, a essncia
da revoluo da tecnologia da informao no sculo XX, que veio
se difundir amplamente na dcada de 1970. O passo decisivo da
microeletrnica foi dado, segundo Castells, em 1957, com o circuito
integrado inventado por Jack Kilby em parceria com Bob Noyce.
O avano gigantesco na difuso da microeletrnica em todas as
mquinas ocorreu, conforme Castells, em 1971, quando Ted Hoff,
engenheiro da Intel, inventou o microprocessador, que o computador
em um nico chip. A miniaturizao, a maior especializao e a queda
dos preos dos chips de capacidade cada vez maior possibilitaram,
como conta Castells, sua utilizao em mquinas que usamos em
nossa rotina diria, como o forno de micro-ondas e at os automveis.
Os computadores foram, segundo Castells, concebidos na Segunda
Guerra Mundial, mas nasceram somente em 1946 na Filadlfia, tendo
a verdadeira experincia da capacidade das calculadoras ocorrido
na Pensilvnia com o patrocnio do exrcito norte-americano, onde
Mauchly e Eckert desenvolveram o primeiro computador para uso
geral. O microcomputador foi inventado em 1975, mas foi somente
na dcada de 1980 que o computador comeou a ser amplamente
difundido com o desenvolvimento e uso dos microcomputadores ou
computadores pessoais, cada vez menores e mais poderosos.
Uma condio fundamental para a difuso dos microcomputadores
foi, de acordo com Castells, o desenvolvimento de software para
computadores pessoais, em meados dos anos 70, com Bill Gates e Paul
Allen, os fundadores da Microsoft, atual gigante em software, que
transformou seu predomnio em software de sistemas operacionais
no predomnio em software para o mercado de microcomputadores
com um todo. O Macintosh da Apple, lanado em 1984, foi o primeiro
passo rumo aos computadores de fcil utilizao, pois introduziu a
tecnologia baseada em cones e interfaces com o usurio, desenvolvida
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29 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
inicialmente pelo Centro de Pesquisas Palo Alto, da Xerox.
Sobre o impressionante aumento da capacidade dos microcomputadores
nos ltimos vinte anos do sculo XX, Castells ressalta que:
Essa versatilidade extraordinria e a possibilidade de aumentar
a memria e os recursos de processamento, ao compartilhar a
capacidade computacional de uma rede eletrnica, mudaram
decisivamente a era dos computadores nos anos 90, ao transformar
o processamento e armazenamento de dados centralizados em
um sistema compartilhado e interativo de computadores em
rede. No foi apenas todo o sistema de tecnologia que mudou,
mas tambm suas interaes sociais e organizacionais. (Castells,
1999)
A convergncia de todas as tecnologias eletrnicas no campo da
comunicao interativa resultou na criao da Internet a rede
mundial de computadores que, segundo Castells, talvez seja o mais
revolucionrio meio tecnolgico da Era da Informao. A Internet teve
origem no trabalho de uma das mais inovadoras instituies de pesquisa
do mundo, conforme Castells: a Agncia de Projetos de Pesquisa
Avanada (ARPA) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da
Amrica. A primeira rede de computadores entrou em funcionamento
em 1 de setembro de 1969.
1.4 Internet e acesso tecnologia da informao no Brasil
Conhecer o processo de implantao e difuso da internet no Brasil e os recursos de tecnologia da informao e comunicao envolvidos no assunto.
A Internet no Brasil comeou no meio acadmico, quando em 1988
Oscar Sala, professor da Universidade de So Paulo e conselheiro da
Fundao de Amparo Pesquisa no Estado de So Paulo (Fapesp),
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30Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
desenvolveu a ideia de estabelecer contato com instituies de
outros pases para compartilhar dados por meio de uma rede de
computadores. Mas, somente em 1991, a Internet foi liberada para
outras instituies no Brasil, tendo seu uso
comercial sido liberado no pas em 1995.
Hoje em dia, podemos fazer vrias coisas
a partir de um computador conectado
Internet, como nos comunicar, fazer
compras, pagamentos, movimentaes
bancrias e pesquisas, por exemplo. Mas,
apesar de todo o avano disponvel na
rea da tecnologia da informao, uma
grande parcela do povo brasileiro ainda no tem acesso a computador
e Internet. O Mapa da Excluso Digital, um estudo divulgado pela
Fundao Getlio Vargas em abril de 2003, mostra que, em 2001,
12,46% da populao brasileira tinham computador em casa e
somente 8,31% tinham acesso Internet.
Em 2001, o Brasil ficou em 43 lugar no ndice de Avano Tecnolgico
do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
entre 72 pases analisados. O ndice foi estabelecido com o objetivo
de verificar o nvel de criao e difuso de tecnologias nos pases,
considerando a capacitao da populao para o uso dos avanos
tecnolgicos. Pode-se afirmar, ento, que para um pas ser considerado
avanado tecnologicamente no basta produzir tecnologia. preciso
permitir e dar condies para a populao ter acesso s tecnologias e
saber us-las. Mais na frente veremos o salto qualitativo e quantitativo
que o Brasil deu nos ltimos anos para sanar alguns desses problemas.
Embora o Brasil necessite ainda avanar muito na difuso tecnolgica
e na preparao de sua populao para o uso das tecnologias, o pas
possui dois dos principais polos tecnolgicos mundiais, de acordo
com o relatrio do Pnud: So Paulo e Campinas. Mas, para que haja
um avano na incluso digital no Brasil necessrio abaixar custos,
desenvolver infraestrutura, possibilitar e facilitar a capacitao e definir
polticas pblicas eficientes para o setor de tecnologia da informao.
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31 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
E, nesse ponto, no podemos esquecer da importncia da educao.
Conforme destaca Paulo Lemos:
Uma das pr-condies fundamentais de acesso informao e ao
conhecimento continua a mesma, com ou sem novas tecnologias:
a educao. O que a nova economia do conhecimento faz
sobressaltar a importncia que o passaporte educacional tem
para os que pleiteiam integrar-se a ela. o desenvolvimento
das capacidades cognitivas dos indivduos, em grande medida
trabalhadas pela educao, que permite um melhor uso da
tecnologia, esteja ela em casa, na empresa ou em algum espao
pblico.
Segundo Dahlman e Frischtak(2005) o Brasil ainda tem como desafio
executar as seguintes aes prioritrias em polticas de educao e de
treinamento:
Aumentar a escolaridade mdia da fora de trabalho.
Universalizar a educao bsica e melhorar a qualidade da educao em todos os nveis.
Aumentar as taxas de matrculas na educao superior, para fazer uso efetivo do conhecimento disponvel, bem como para criar novo conhecimento.
Fortalecer a capacidade de pesquisa das universidades e sua interao com empresas e instituies de pesquisa.
Desenvolver oportunidades de aprendizagem vitalcia para facilitar uma contnua recapacitao das pessoas.
Alguns dados mais atuais:
Nmero de usurios
Segundo o F/Nazca, somos 81,3 milhes de internautas tupiniquins (a
partir de 12 anos). J para o Ibope/Nielsen, somos 78 milhes (a partir
de 16 anos - setembro/2011). De acordo com a Fecomrcio-RJ/Ipsos,
o percentual de brasileiros conectados internet aumentou de 27%
para 48%, entre 2007 e 2011. O principal local de acesso a lan house
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32Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
(31%), seguido da prpria casa (27%) e da casa de parente de amigos,
com 25% (abril/2010). O Brasil o 5 pas com o maior nmero de
conexes Internet.
Internautas ativos
46,3 milhes de usurios acessam regularmente a Internet; 38% das
pessoas acessam web diariamente; 10% de quatro a seis vezes
por semana; 21% de duas a trs vezes por semana; 18% uma vez
por semana. Somando, 87% dos internautas brasileiros entram na
internet semanalmente.
Segundo Alexandre Sanches Magalhes, gerente de anlise do Ibope//
NetRatings, o ritmo de crescimento da internet brasileira intenso.
A entrada da classe C para o clube dos internautas deve continuar
a manter esse mesmo compasso forte de aumento no nmero de
usurios residenciais.
Tempo mdio de navegao
Desde que esta mtrica foi criada, o Brasil sempre obteve excelentes
marcas, estando constantemente na liderana mundial. Em julho de
2009, o tempo foi de 48 horas e 26 minutos, considerando apenas
a navegao em sites. O tempo sobe para 71h30min se considerar o
uso de aplicativos on-line (MSN, Emule, Torrent, Skype etc). A ltima
marca aferida foi de 69 horas por pessoa em julho de 2011.
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33 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
Comrcio eletrnico
Em 2008 foram gastos R$ 8,2 bilhes em compras on-line. Em 2009,
mesmo com crise, foram gastos R$ 10,6 bilhes. 2010 fechou com
R$ 14,8 bilhes, atingindo 1/3 de todas as vendas de varejo feitas no
Brasil. Ainda assim, apenas 20% dos internautas brasileiros fazem
compras na internet; aqueles que ainda no compram, no o fazem
por no considerar a operao segura (69%) ou porque no confiam
na qualidade do produto (26%).
Publicidade on-line
A internet se tornou o terceiro veculo de maior alcance no Brasil, atrs
apenas de rdio e TV.; 87% dos internautas utilizam a rede para pesquisar
produtos e servios. Antes de comprar, 90% dos consumidores ouvem
sugestes de pessoas conhecidas, enquanto 70% confiam em opinies
expressas on-line.
Venda de Computadores
So 60 milhes de computadores em uso, segundo a FGV, devendo
chegar a 100 milhes em 2012. ;95% das empresas brasileiras
possuem computador. A difuso da Internet est diretamente associada
ao crescimento do nmero de computadores, que tm suas vendas
impulsionadas pelos seguintes fatores: aumento do poder aquisitivo,
crescimento do emprego formal e do acesso ao crdito, avano da
tecnologia, baixa do dlar e iseno de PIS e Cofins sobre a venda de
computadores e seus componentes.
Banda larga
Atingimos 10,04 milhes de conexes em junho de 2008: um ano e
meio antes do previsto, j que essa era a projeo para 2010. Quanto
ao volume de dados, o incremento foi de 56 vezes de 2002 at 2007.
E a projeo de um aumento de 8 vezes at 2012; o nmero de
conexes mveis cresceu de 233 mil para 1,31 milho em um ano;
Sistemas gratuitos de banda larga sem fio (Wi-Fi) funcionam nas orlas
de Copacabana, Leme, Ipanema e Leblon, nos Morros Santa Marta e
Cidade de Deus e em Duque de Caxias. Esto nos planos: So Joo
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34Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
de Meriti, Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguau, Nilpolis, Rocinha,
Pavo-Pavozinho, Cantagalo e 58km da Avenida Brasil, todos no Rio
de Janeiro. 16,9% dos internautas brasileiros tem uma velocidade de
banda larga de 128 a 512 Kbps; 47,8% tem 512 Kbps a 2 Mbps;
21,3% usa 2 Mbps a 8 Mbps; 8,7% tem velocidade superior a 8 Mbps.
(Fonte: http://tobeguarany.com/internet_no_brasil.php)
Faa uma pesquisa e escreva um texto sobre:
1 Consequncias positivas e negativas de algumas das invenes do
ser humano.
2 As mudanas que a tecnologia da informao vem trazendo para a
sociedade mundial.
3 Usos positivos e negativos da Internet.
RESUMO
O destaque dado a essa unidade foi importncia da econo-mia cafeeira para nossa origem industrial a partir da segunda guerra mundial, mesmo tendo sido nefasta, trouxe alguns ben-efcios a nossa indstria de manufatura. Alm disso, tecemos comentrios sobre nossos governantes e suas relaes nesse processo.
Outro destaque foi a relao dos recursos tecnolgicos para a condio de sermos mais globais, gerando dessa forma um formato social que possui padres bastante especficos, mas que so pertinentes de uma sociedade da era da informao.
Vimos ainda que o Brasil vem evoluindo gradativamente no aspecto tecnolgico e permitindo cada vez mais a democrati-zao desse recurso.
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35 Rede e-Tec BrasilUnidade 1 - Descobertas e criaes do homem e sua relao com a natureza e o trabalho
Unidade 02
Tecnologias e mercado de trabalho
Objetivos:
1. Expressar o impacto das novas tecnologias no mercado de trabalho;
2. Reconhecer a importncia da formao dos trabalhadores, o novo formato de emprego e as exigncias de conhecimento em informtica;
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36Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
2.1 Tecnologias e mercado de trabalho
Nesta unidade, voc ter um panorama histrico da influncia das descobertas e evolues tecnolgicas na relao do homem com o trabalho. Ter tambm a oportunidade de refletir sobre o impacto das novas tecnologias no mercado de trabalho e sobre a importncia da informtica na formao do trabalhador da era da tecnologia da informao.
A relao homem e trabalho vem sofrendo mudanas ao longo da
histria. Segundo Bell(1977), nas sociedades pr-industriais a fora
de trabalho era absorvida sobretudo pelas atividades extrativistas,
minerao, pesca, silvicultura, agricultura. Nas sociedades industriais
a energia e as mquinas transformaram a natureza do trabalho. J na
sociedade ps-industrial, com nfase no setor de servios, exige-se dos
profissionais educao, conhecimento e outros tipos de habilidades,
que passam a ser cada vez mais facilitadores na busca de emprego.
No livro Histria Geral, Pedro e Cceres(1987) fazem uma comparao
mais detalhada de como era o trabalho antes e depois da Revoluo
Industrial. Segundo os autores, na sociedade pr-industrial, o
trabalhador tinha sua oficina; os trabalhadores eram proprietrios dos
meios de produo; no havia uma diviso acentuada de trabalho,
pois o arteso fazia um produto do comeo ao fim; no era necessrio
grandes quantidades de capital para se produzir algo; o trabalhador
podia criar o produto da forma que quisesse; e o lucro era gerado na
compra e venda de mercadorias, ou seja, no comrcio.
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37 Rede e-Tec BrasilUnidade 2 - Tecnologias e mercado de trabalho
Com a Revoluo Industrial, iniciada na Inglaterra, em 1760, surge
a fbrica, segundo Pedro e Cceres (1987), para abrigar mquinas e
grande nmero de operrios; os proprietrios dos meios de produo
so os industriais e no os trabalhadores; a diviso do trabalho se
acentua, uma vez que cada trabalhador faz somente uma parte do
produto e no conhece o produto final; surge a necessidade de grandes
quantidades de capital para se investir em mquinas; o trabalhador
perde seu poder de criatividade, visto que faz somente parte de um
produto; e o lucro gerado na produo de mercadorias, ou seja, na
indstria.
A partir de 1970, quando comea o perodo chamado ps-industrial,
a revoluo tecnolgica na informtica, na microeletrnica e na
biotecnologia, alm do surgimento de novos tipos de materiais e
de outros setores de produo, trouxeram novas modalidades de
organizao ao trabalho humano. Com a informatizao presente
na maioria das atividades humanas, o trabalhador precisa possuir
habilidades e conhecimentos mltiplos, mais autonomia e participao.
Na avaliao de Castells:
A evoluo do mercado de trabalho durante o chamado perodo
ps-industrial (1970 a 1990) mostra, ao mesmo tempo, um
padro geral de deslocamento do emprego industrial e dois
caminhos diferentes em relao atividade industrial: o primeiro
significa uma rpida diminuio do emprego na indstria aliada
a uma grande expanso do emprego em servios relacionados
produo (em percentual) e em servios sociais (em volume),
enquanto outras atividades de servios ainda so mantidas como
fontes de emprego. O segundo caminho liga mais diretamente os
servios industriais e os relacionados produo, aumenta com
mais cautela o nvel de emprego em servios sociais e mantm os
servios de distribuio.(Castells, 1999)
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38Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
De acordo com Castells (1999), surge no ps-industrialismo a sociedade
informacional, que tem como principais fontes de produtividade o
conhecimento e a informao, por intermdio do desenvolvimento
e da difuso de tecnologias da informao e pelo atendimento dos
pr-requisitos para sua utilizao (principalmente recursos humanos e
infraestrutura de comunicaes). O autor pontua os seguintes aspectos
como sendo caractersticos das sociedades informacionais:
eliminao gradual do emprego rural;
declnio estvel do emprego industrial tradicional;
aumento dos servios relacionados produo e dos servios sociais, com nfase sobre o servios relacionados produo na primeira categoria e sobre servios de sade no segundo grupo;
crescente diversificao das atividades do setor de servios como fontes de emprego;
rpida elevao do emprego para administradores, profissionais especializados e tcnicos;
a formao de um proletariado de escritrio, composto de funcionrios administrativos e de vendas;
relativa estabilidade de uma parcela substancial do emprego no comrcio varejista;
crescimento simultneo dos nveis superior e inferior da estrutura ocupacional;
a valorizao relativa da estrutura ocupacional ao longo do tempo, com uma crescente participao das profisses que requerem qualificaes mais especializadas e nvel avanado de instruo em proporo maior que o aumento das categorias inferiores.
Segundo Castells (1999), o amadurecimento da revoluo das
tecnologias da informao na dcada de 1990 modificou o processo
de trabalho, introduzindo novas formas de diviso de trabalho, tanto
no aspecto tcnico como no social. Um dos fatores que acelerou
a transformao do processo de trabalho na dcada de 90 foi, de
acordo com o autor, a utilizao em larga escala da tecnologia da
computao, das tecnologias de rede, da Internet, e suas aplicaes.
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39 Rede e-Tec BrasilUnidade 2 - Tecnologias e mercado de trabalho
Isso porque, progredindo rapidamente, tornaram-se cada vez melhores
e mais baratas.
Ento, a nova tecnologia da informao est redefinindo os
processos de trabalho e os trabalhadores e, portanto, o emprego
e a estrutura ocupacional. Embora um nmero substancial de
empregos esteja melhorando de nvel em relao a qualificaes
e, s vezes, a salrios e condies de trabalho nos setores
mais dinmicos, muitos empregos esto sendo eliminados
gradualmente pela automao da indstria e de servios. So,
geralmente, trabalhos no-especializados o suficiente para
escapar da automao, mas so suficientemente caros para valer
o investimento em tecnologia para substitu-los.(Castells, 1999)
A difuso da tecnologia da informao, embora elimine alguns
empregos tradicionais na indstria, cria novos empregos ligados
indstria de alta tecnologia. A relao quantitativa entre as perdas
e os ganhos dessa nova tendncia varia, segundo Castells (1999),
entre empresas, indstrias, setores, regies e pases em funo da
competitividade, estratgias empresariais, polticas governamentais,
ambientes institucionais e posio relativa na economia global.tt
A difuso da tecnologia da informao na economia no causa
desemprego de forma direta. Pelo contrrio, dadas as condies
institucionais e organizacionais certas, parece que, a longo prazo,
gera mais empregos. A transformao da administrao e do
trabalho melhora o nvel da estrutura ocupacional e aumenta o
nmero dos empregos de baixa qualificao. Castells (1999),
Entretanto, o autor adverte para o fato de que o processo de transio
histrica para uma sociedade informacional e uma economia globalizada
caracterizado pela deteriorao das condies de trabalho e de vida
para um nmero significativo de trabalhadores, seja com o desemprego,
o subemprego, a queda dos salrios reais, a segmentao da fora de
trabalho ou o emprego informal, por exemplo.
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40Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
2.2 A informtica na formao do trabalhador
A importncia da formao dos trabalhadores com vistas a um novo formato de emprego e exigncias de conhecimento em informtica.
Uma questo que no pode ser ignorada
na anlise do mercado de trabalho atual a
importncia da qualificao profissional. A baixa
qualidade do ensino e a falta de fornecimento
de qualificaes para os novos empregos
da sociedade informacional podem rebaixar
pessoas ou exclu-las do mercado de trabalho.
Nesse ponto, a informtica que pode ser
conceituada como o ramo da tecnologia que
trata do processamento de informaes ou
dados por meio do computador tornou-se fundamental e mudou o
perfil dos empregos na nossa sociedade.
O uso do computador facilita a nossa vida no s enquanto
profissionais, mas tambm enquanto pessoas e cidados. Quem no
tem conhecimentos fundamentais na rea de informtica enfrenta
hoje dificuldades tanto para se inserir, progredir ou se manter no
mercado de trabalho, como para realizar tarefas mais simples como
retirar extrato bancrio em um caixa eletrnico ou fazer uma pesquisa
pela Internet. Portanto, saber lidar com o computador se tornou
essencial na nossa vida moderna.
A partir desta unidade de estudo, voc ter condies de ingressar ou
prosseguir no mundo da informtica e aproveitar todos os benefcios
que ela pode trazer para sua vida. Para estimular voc mais ainda
a comear o estudo, cito a seguir cinco motivos para se estudar
informtica, publicados em reportagem do jornal Correio Braziliense,
publicada em 20 de outubro de 2002:
Conhecimentos em informtica so essenciais para obteno
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41 Rede e-Tec BrasilUnidade 2 - Tecnologias e mercado de trabalho
de melhores empregos. Cerca de 80% dos candidatos a
estgio que ignoram informtica no conseguem colocao,
segundo estimativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
A utilizao da Internet ajuda a desburocratizar a vida. Cerca
de 72% dos servios do governo federal so oferecidos
na rede mundial de computadores. O mais conhecido o
recebimento de declarao de Imposto de Renda.
A Internet a maior biblioteca do mundo. Em poucos
minutos, possvel reunir informaes suficientes para a
realizao de um bom trabalho escolar e dados importantes
para a execuo de tarefas profissionais.
A comunicao por e-mail permite a transferncia de uma
quantidade enorme de conhecimento de um ponto a outro
do planeta. Conversas pela rede mundial de computadores
so mais baratas que por meio de telefone.
As ferramentas contidas em um simples microcomputador
permitem a organizao da vida em diversos nveis.
possvel elaborar desde um simples oramento domstico
a um complexo demonstrativo financeiro de uma grande
empresa.
RESUMO
A abordagem dessa unidade priorizou o mundo do trabalho, em seu processo histrico de mudana, passando por suas prticas nas oficinas na fase pr-industrial e nas fbricas no ps-industrial, e nessas visualizamos como se deu a diviso do trabalho. Essa ltima fase marcou o surgimento da sociedade informacional, amadurecimento das tecnologias da informao e a transformao do processo de trabalho com a extino de uns e criao de outros. Portanto vimos surgir um novo paradigma: emprego x salrio x trabalho.
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42Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
Pesquise e escreva um texto a respeito dos temas abaixo e os transcreva
para o seu memorial:
1 Utilidades e importncia do computador na sociedade moderna.
2 A importncia da informtica na formao profissional
Antes de passarmos para a prxima unidade, quero destacar
algumas questes importantes para estimular voc e ajud-
lo a seguir no estudo deste Mdulo. A primeira delas que
valorizar a utilizao do computador e aprender a trabalhar
com ele pode modificar positivamente seu trabalho e suas
atividades dirias.
Todos ns sempre temos algo a aprender. E em cada
aprendizado temos a chance de crescer como pessoas
e conquistar espao profissionalmente. No caminho do
aprendizado, precisamos muitas vezes da ajuda de outras
pessoas. Por isso, no tenha vergonha ou receio de pedir
auxlio quando precisar.
No desanime diante das dificuldades que possa encontrar
durante o curso. Os desafios existem para serem vencidos. O
computador existe para nos ajudar, desde que tenhamos os
conhecimentos necessrios para utiliz-lo. Sendo assim, siga
em frente! Explore o computador e se beneficie desta incrvel
mquina.
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43 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
Unidade 03
Sistema Operacional Windows XP
Objetivos:
1. Apontar as noes bsicas de Windows XP;
2. Aplicar mediante os Pratiques o aprendizado sobre o sistema operacional Windows XP.
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44Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
Nesta unidade, voc ter noes bsicas de Windows XP, um sistema operacional utilizado na maioria dos computadores. Voc aprender, por exemplo, a ligar e desligar um computador e nele salvar e organizar arquivos, criar pastas, entre outras coisas.
3.1 Introduo
Antes de falarmos do Windows XP, preciso que voc conhea melhor
essa mquina da qual falei na Unidade I: o computador:
foto: www.atera.com.br
CPU - uma sigla em ingls que significa Unidade Central de
Processamento. nela que esto instaladas as partes principais para o
funcionamento do computador.
Monitor - por meio dele voc pode ler textos, ver imagens, acompanhar
o que o sistema operacional faz e visualizar pginas na Internet.
Microfone - como um microfone comum, por meio dele que voc
pode gravar sua voz ou de outras pessoas no computador.
Teclado - serve para digitar textos e executar comandos como dar
Arquivo. A exemplo do que acontece na vida real, uma rea destinada a armazenamento de documentos tanto do Word quanto do KWord, que so programas editores de texto.
Caixa de som Teclado
Mouse
CPU
Microfone
Monitor
-
45 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
espao entre uma palavra e outra ou entre uma linha e outra do texto,
entre outros.
Mouse - com ele que voc seleciona o que desejar na tela do
computador.
Caixa de som - por ela voc pode ouvir sons e msicas, seja do prprio
computador, de pginas da Internet, de CD ou de mensagens recebidas.
3.2 Conhecendo o Windows XP
Agora que voc j conhece o computador, vamos falar a respeito do
sistema operacional Windows XP, responsvel por fazer com que ns,
seres humanos, consigamos ver o que o computador faz e fazer com
que o computador, que uma mquina, entenda o que ns queremos
dele. Para ajudar na familiarizao com o sistema, mostrarei uma
fotografia das telas sobre as quais conversaremos
Voc ver a seguir, passo a passo, como utilizar o Windows XP a partir
de qualquer computador que esteja disponvel.
Para voc comear a trabalhar com o Windows XP faa o seguinte:
1. Ligue o computador.
2. Aps alguns segundos, o Windows XP estar completamente
carregado e pronto para ser utilizado e voc ver uma tela parecida
com esta:
O Windows foi desenvolvido pelo norte-americano Bill Gates, fundador da Microsoft, uma das maiores empresas de programas de computadores do mundo. Se voc tiver interesse em conhecer mais sobre o incio da carreira de Bill Gates, assista ao filme Piratas do Vale do Silcio. importante saber que antes desse sistema operacional existiram outras verses, como o Windows 98 e o Windows 2000. Fica a dica para voc, caso queira, fazer uma boa pesquisa a respeito dos seus antecessores e se aprofundar mais. Voc topa esse desafio?
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46Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
3. Logo aps aparecer a tela acima, voc dever posicionar o mouse
sobre o nome que aparecer e pressionar o boto esquerdo (clicando).
Assim, voc j estar no ambiente Windows.
3.2.1 rea de trabalho (Desktop)
Depois que voc clicar no nome do usurio, aparecer uma tela
parecida com a figura abaixo e nela a rea de trabalho, na qual
encontramos os seguintes itens:
cones
Barra de tarefas
Boto iniciar
Veremos agora o que so cones, barra de tarefas e boto iniciar e
para que servem.
3.2.2 cones
cones so figuras que representam recursos do computador. Um
cone pode representar texto, msica, programa, fotos etc. Voc pode
adicionar cones na rea de trabalho, assim como pode excluir. Alguns
cones so padro do Windows: Meu Computador, Meus Documentos,
Meus locais de Rede, Internet Explorer.
rea de Trabalho Toda a tela que representa a rea em que se trabalha no Windows. cones, janelas e a barra de tarefas so exibidos na rea de Trabalho do Windows, que pode ser personalizada de modo que se adapte s suas preferncias e exigncias de trabalho.
Barra de tarefas. Barra retangular geralmente localizada na parte inferior da rea de Trabalho do Windows. A barra de tarefas inclui o boto Iniciar bem como os botes para todos os programas e documentos que estejam abertos. Sua localizao, seu tamanho e sua visibilidade podem ser modificados para se ajustar s suas preferncias.
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47 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
Escolha um cone da rea de trabalho do seu computador e d um
clique duplo com o boto esquerdo do mouse para ver como funciona.
A tela referente ao cone se abrir para voc.
3.2.3 Barra de tarefas
A barra de tarefas mostra quais as janelas esto abertas no momento,
mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela,
permitindo, assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com
rapidez e facilidade.
A barra de tarefas muito til no dia a dia. Imagine que voc esteja
criando um texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe pede
para voc imprimir uma determinada planilha que est em seu micro.
Voc no precisa fechar o editor de textos. Apenas salve o arquivo que
est trabalhando, abra a planilha e mande imprimir. Enquanto imprime,
voc no precisa esperar que a planilha seja totalmente impressa; deixe
a impressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um
clique no boto correspondente na barra de tarefas, e volte a trabalhar.
A barra de tarefas, na viso da Microsoft, uma das maiores ferramentas
de produtividade do Windows. Vamos abrir alguns aplicativos e ver
como ela se comporta.
3.2.4 Logon e Logoff (entrando e saindo no ambiente Windows)
Voc abrir uma janela onde poder optar por
trocar usurio ou fazer logoff. Veja a funo de
cada um e como fazer:
Trocar usurio: Clicando nesta opo, os
programas que o usurio atual est usando no
sero fechados, e uma janela com os nomes
dos usurios do computador ser exibida para
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48Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
que a troca de usurio seja feita. Use esta opo na seguinte situao:
outro usurio vai usar o computador, mas depois voc ir continuar
a us-lo. Ento o Windows no fechar seus arquivos e programas,
e quando voc voltar ao seu usurio, a rea de trabalho estar
exatamente como voc deixou.
Fazer logoff: este caso tambm para a troca de usurio. A grande
diferena que, ao efetuar o logoff, todos os programas do usurio
atual sero fechados, e s depois aparece a janela para escolha do
usurio.
3.2.5 Como se desliga o Windows XP
Clicando-se em Iniciar e, em seguida, em Desligar o computador,
teremos uma janela onde possvel escolher entre trs opes:
Em espera: clicando neste boto, o Windows salvar o estado da
rea de trabalho no disco rgido e depois desligar o computador.
Desta forma, quando ele for ligado novamente, a rea de trabalho
se apresentar exatamente como voc deixou, com os programas e
arquivos que voc estava usando abertos.
Desativar: desliga o Windows, fechando todos os programas abertos
para que voc possa desligar o computador com segurana.
Reiniciar: encerra o Windows e o reinicia.
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49 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
3.2.6 Acessrios do Windows
O Windows XP inclui muitos programas e acessrios teis. So
ferramentas para edio de texto, criao de imagens, jogos, ferramentas
para melhorar a performance do computador, calculadora etc.
Se fssemos analisar cada acessrio que temos, encontraramos vrias
aplicaes, mas vamos citar as mais usadas e importantes. Imagine que
voc est montando um manual para ajudar as pessoas a trabalharem
com um determinado programa do computador. Neste manual, com
certeza voc acrescentaria a imagem das janelas do programa.
Para copiar as janelas e retirar s a parte desejada, utilizamos o Paint,
que um programa para trabalhar com imagens. As pessoas que
trabalham com criao de pginas para a Internet utilizam o acessrio
Bloco de Notas, que um editor de texto muito simples. Assim, vimos
duas aplicaes para dois acessrios diferentes.
A pasta Acessrios acessvel dando-se um clique no boto Iniciar
na barra de tarefas, escolhendo a opo Todos os programas e, no
submenu que aparece, Acessrios.
Acessrios. Programas bsicos includos no Windows que o ajudam no seu trabalho dirio no computador, como o WordPad e o Paint, por exemplo. Os acessrios tambm incluem utilitrios que o ajudam a usar mais facilmente os recursos de telecomunicao, fax e multimdia do seu computador. As ferramentas de sistema so acessrios que o ajudam a gerenciar os recursos do seu computador. Os jogos tambm so includos como parte dos acessrios do Windows.
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50Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
Vamos praticar um pouco? Afinal, fazendo que se aprende, no mesmo?
1 Como prtica, abra a Calculadora que fica em Acessrios e
faa algumas operaes matemticas relativas as suas atividades na
sua escola
2 Depois, abra outras opes de Acessrios e explore sua utilidade
e funes, sempre visando sua atividade laboral.
3.2.7 Janelas
Para exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um
aplicativo do Windows: o Bloco de Notas. Para abri-lo, clique no
boto Iniciar / Todos os Programas / Acessrios / Bloco de Notas.
Barra de ttulo: esta barra mostra o nome do arquivo (Sem Ttulo)
e o nome do aplicativo (Bloco de Notas) que est sendo executado
na janela. Atravs desta barra, conseguimos mover a janela quando
a mesma no est maximizada. Para isso, clique na barra de ttulo,
mantenha o clique, arraste e solte o mouse. Assim, voc estar
movendo a janela para a posio desejada.
Na barra de ttulo encontramos os botes de controle da janela. Estes
so:
Aplicativo. Conjunto detalhado de instrues de computador que se pode usar para realizar tarefas relacionadas, tais como redigir uma carta com um programa editor de texto, calcular uma coluna de nmeros com um programa de planilha e fazer o backup de arquivos com um programa utilitrio de sistema.
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51 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
Minimizar: este boto oculta a janela da rea de trabalho e mantm
o boto referente janela na barra de tarefas. Para visualizar a janela
novamente, clique em seu boto na barra de tarefas.
Maximizar: este boto aumenta o tamanho da janela at que ela
ocupe toda a rea de trabalho. Para que a janela volte ao tamanho
original, o boto na barra de ttulo, que era o maximizar, alternou para
o boto Restaurar. Clique neste boto e a janela ser restaurada ao
tamanho original.
Fechar: este boto fecha o aplicativo que est sendo executado e sua
janela. Esta mesma opo poder ser utilizada pelo menu Arquivo/Sair.
Se o arquivo que estiver sendo criado ou modificado dentro da janela
no foi salvo antes de fechar o aplicativo, o Windows emitir uma tela
de alerta perguntando se voc quer ou no salvar o arquivo, ou cancelar
a operao de sair do aplicativo.
Barra de menu: contm o conjunto completo de operaes possveis
de serem realizadas em uma janela.
Barra de ferramentas: contm botes de atalho das principais opes
da barra de menu. Podem existir mais de uma barra de ferramentas ou
nenhuma em uma s janela.
Bordas: marcam os limites de uma janela. Uma janela pode ser
dimensionada atravs de suas bordas, bastando passar o mouse sobre
elas, clicar, segurar e arrastar (drag-and-drop) para o sentido desejado.
Tambm possvel modificar o tamanho de uma janela atravs dos
vrtices da mesma.
rea de Trabalho: local em uma janela onde podemos realizar as
tarefas pertinentes a ela. Por exemplo, apenas na rea de Trabalho do
MS-Word poderemos digitar e formatar textos.
Barra de Status: serve para exibir o estado atual de uma janela,
Barra de status. Barra na parte inferior de uma janela de programa que indica o estado do programa, como o nmero da pgina, o modo atual, o tamanho do objeto etc. Em geral, pode-se ativar ou inibir a exibio da barra de status.
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52Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
exibindo as mais diferentes informaes como, por exemplo, espao
livre de memria em disco, nmero de objetos, quantidade de pginas,
etc.
3.2.8 O Painel de Controle
Tem por finalidade controlar todas as opes que alterem componentes
bsicos ou tcnicos do Windows, tais como Data/Hora, Mouse, Teclado,
Opes Regionais e de Idioma, entre outras. A janela do Painel de
Controle pode se apresentar como mostrada abaixo:
Devemos ter muito cuidado ao alterar determinadas opes existentes
no Painel de controle, pois isso pode afetar a funcionalidade do
Windows. A seguir, daremos alguns exemplos de atalhos a opes
mais comuns do Painel de controle:
V at a secretaria de sua escola e veja qual o cone usado para o
cadastro dos alunos no censo escolar do Mec.
Comente com a ou o Gestor da secretaria sua descoberta.
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53 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
Alterando a data/hora do
computador
D um duplo clique no cone
Data e hora ou no relgio
que aparece na bandeja do
sistema da barra de tarefas.
Faa agora o ajuste de seu
computador para o horrio
de vero do ano de 2012 e
depois volte ao normal.
Na janela de Propriedades
de Data e hora, realizar as
alteraes desejadas, selecionando as opes com o mouse e utilizando
o teclado, caso seja necessrio.
Alterando as propriedades de vdeo
1 - Clicar no cone Vdeo ou com o boto
direito do mouse na rea de trabalho do
Windows.
2 - No menu suspenso, escolher
Propriedades.
3 - Na janela de Propriedades de Vdeo,
selecionar, nas guias disponveis, as
opes desejadas. Muito cuidado! As
propriedades de vdeo, se alteradas
indevidamente, podem fazer com que a
imagem que aparece no monitor fique
distorcida ou simplesmente suma.
3.2.9 Como salvar arquivos
Salvar um arquivo grav-lo no disco rgido, disquete, CD ou pendrive
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54Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
para que no seja perdido com a falta de energia (lembrando que,
quando criamos um arquivo, ele est armazenado ma memria RAM
que s funciona com o computador ligado por isso a necessidade
de salv-lo). Desta forma, poderemos utiliz-lo posteriormente. A
primeira vez que vamos salvar um arquivo temos que dar um nome
para o mesmo e escolher uma pasta (um local no disco). Depois que o
arquivo j tem um nome, o comando salvar s atualiza as alteraes.
Quando criamos arquivos no editor de texto ou em uma planilha
eletrnica, estes arquivos esto sendo guardados temporariamente
na memria RAM. Para transferi-los para o disco rgido, devemos
salv-los. Para isso, execute os seguintes passos quando for salvar um
arquivo pela primeira vez:
1. Voc est com o Bloco de Notas aberto. Ento, digite a frase meu
primeiro texto. Agora, vamos gravar este pequeno texto que voc
digitou.
2. Clique no menu Arquivo / Salvar. A seguinte tela ser mostrada:
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55 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
A janela Salvar Como no Windows XP traz uma barra de navegao
de pastas esquerda da janela (observe a figura acima). Esta barra
fornece atalhos para locais em seu computador ou na rede como: a
pasta Histrico (ou Documentos Recentes), que mostra as ltimas
pastas e arquivos que foram acessados; a rea de Trabalho (Desktop);
a pasta Meus Documentos; Meu computador, que permite acessar
as unidades disponveis em seu micro, como disco rgido, disquete e
unidade de CD; e, por ltimo, a pasta Meus locais de Rede. Quando
voc clicar em um local, ele aparecer em Salvar em e os arquivos e
pastas no local selecionado sero listados direita. Se, por exemplo,
voc deseja salvar o arquivo na pasta Meus Documentos, no ser
necessrio localizar esta pasta na caixa Salvar em. Basta clicar no cone
Meus Documentos na barra de navegao de pastas e esta j estar
selecionada.
3. Como a primeira vez que est salvando o arquivo, ser aberta a
tela do Salvar Como para voc definir o local e o nome do arquivo no
disco rgido.
4. Na caixa Salvar em escolha a unidade de disco na qual deseja gravar
seu arquivo (C: ou Disco Flexvel). No nosso caso, vamos escolher (C:).
5. Escolha uma pasta dando um clique duplo sobre ela. No nosso caso,
Meus Documentos.
6. Na Caixa Nome do Arquivo, digite um nome para o arquivo. Este
nome no poder conter os caracteres: *, /, \,?. Pode haver um espao
de um arquivo.
7. Clique no boto Salvar.
3.2.10 Meu Computador
No Windows XP, tudo o que voc tem dentro do computador
programas, documentos, arquivos de dados e unidades de disco, por
exemplo torna-se acessvel em um s local chamado Meu computador.
Quando voc inicia o Windows XP, o Meu computador aparece como
um cone no menu Iniciar. Veja a figura na prxima pgina.
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56Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
O Meu computador a porta de entrada para
o usurio navegar pelas unidades de disco
(rgido, flexveis e CD-ROM). Nas empresas
existem, normalmente, vrios departamentos
como, por exemplo, administrao, compras,
estoque e outros. Para que os arquivos de cada
departamento no se misturem, utilizamos
o Meu computador para dividir o disco em
pastas que organizam os arquivos de cada um
dos departamentos. Em casa, se mais de uma
pessoa utiliza o computador, tambm podemos
criar pastas para organizar os arquivos que
cada um possui.
3.2.11 Exibir o contedo de uma pasta
Para voc ter uma ideia prtica de como exibir
o contedo de uma pasta (estas so utilizadas
para organizar o disco rgido, como se fossem
gavetas de um armrio), vamos, por exemplo, visualizar o contedo de
pasta Windows. Siga os seguintes passos:
1. D um clique sobre a pasta correspondente ao disco rgido (C:). Ser
aberta uma janela com ttulo correspondente ao rtulo da unidade de
disco rgido C:. Nesta janela aparecem as pastas correspondentes s
gavetas existentes no disco rgido C:, bem como os cones referentes
aos arquivos gravados na raiz (pasta principal) da unidade C:.
2. D um clique sobre a pasta Windows. Ela ser aberta como uma
janela cujo ttulo Windows, mostrando todas as pastas (gavetas) e
cones de arquivos existentes na pasta Windows.
3.2.12 Como voc deve fazer para criar pastas
Como j mencionado anteriormente, as pastas servem para organizar
o disco rgido. Para conseguirmos esta organizao, necessrio criar
mais pastas e at mesmo subpastas destas.
Navegar. Acessar stios (sites) na Internet para pesquisa ou lazer.
Pasta. Local em que se armazenam documentos, arquivos de programa e outras pastas em seus discos. Antigamente chamado diretrio.
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57 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
Para criar uma pasta siga estes passos:
1. Abra a pasta ou unidade de disco que dever conter a nova pasta que
ser criada.
2. clique no menu Arquivo / Novo / Pasta.
3. Aparecer na tela uma Nova Pasta selecionada para que voc digite
um nome.
4. Digite o nome e tecle Enter. Pronto! A pasta est criada.
3.2.13 Windows Explorer
O Windows Explorer tem a mesma funo do Meu Computador:
organizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por
exemplo, cpia, excluso e mudana no local dos arquivos. Enquanto o
Meu Computador traz como padro a janela sem diviso, voc observar
que o Windows Explorer traz a janela dividida em duas partes. Mas, tanto
no primeiro como no segundo, esta configurao pode ser mudada.
Podemos criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa,
copiar arquivos para disquete, apagar arquivos indesejveis e muito mais.
Veja mais detalhes na prxima pgina.
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58Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
No Windows Explorer, voc pode ver a hierarquia das pastas em seu
computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta
selecionada. Ele especialmente til para copiar e mover arquivos.
Ele composto de uma janela dividida em dois painis: o painel da
esquerda uma rvore de pastas hierarquizada que mostra todas as
unidades de disco, a Lixeira, a rea de Trabalho ou Desktop (tambm
tratada como uma pasta); o painel da direita exibe o contedo do
item selecionado esquerda e funciona de maneira idntica s janelas
do Meu Computador (no Meu Computador, como padro ele traz a
janela sem diviso, mas possvel dividi-la tambm clicando no cone
Pastas na barra de ferramentas). Para abrir o Windows Explorer, clique
no boto Iniciar, v opo Todos os Programas/Acessrios e clique
sobre Windows Explorer ou clique sobre o boto iniciar com o boto
direito do mouse e selecione a opo Explorar.
Preste ateno na figura anterior. Todas as pastas com um sinal de +
(mais) indicam que contm outras pastas. As pastas que contm um
sinal de (menos) indicam que j foram expandidas (ou j estamos
visualizando as subpastas).
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59 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
Voc j viu que, apesar de a janela no
aparecer dividida, voc pode dividi-la
clicando no cone que fica na barra de
ferramentas.
Uma outra formatao que serve tanto
para o Meu Computador quanto para
o Windows Explorer a escolha de
exibir ou no, do lado esquerdo da
janela, um painel que mostra as tarefas
mais comuns para as pastas e links que
mostram outras partes do computador.
Clicando no menu Ferramentas e depois
clicando em Opes de pasta, a janela
apresentada:
3.2.14 Lixeira do Windows
A Lixeira uma pasta especial do Windows que pode ser encontrada
na rea de trabalho, como j mencionado, mas pode ser acessada
atravs do Windows Explorer. Se voc estiver trabalhando com janelas
maximizadas, no conseguir ver a lixeira. Use o boto direito do mouse
para clicar em uma rea vazia da barra de tarefas. Em seguida, clique
em Minimizar todas as Janelas. Para verificar o contedo da lixeira, d
um clique sobre o cone e
surgir a imagem ao lado:
Ateno para o fato de
que, se a janela da lixeira
estiver com a aparncia
diferente da figura
acima, provavelmente
ser colocado na lixeira.
Para isso, vamos criar um
arquivo de texto vazio
com o bloco de notas e
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60Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
salv-lo em Meus documentos. Aps isto, abra a pasta e selecione
o arquivo recm-criado; e ento pressione a tecla Delete. Surgir
uma caixa de dilogo com a figura a seguir. Clique em Sim e, ento,
o arquivo ser enviado para a Lixeira.
3.2.14.1 Como fazer para esvaziar a Lixeira
Ao Esvaziar a Lixeira, voc est excluindo definitivamente os arquivos
do seu disco rgido. Estes no sero mais recuperados pelo Windows.
Ento, esvazie a Lixeira somente quando tiver certeza de que no
precisa mais dos arquivos ali encontrados. Para esvaziar a lixeira, siga
os seguintes passos:
1. Abra a Lixeira.
2. No menu Arquivo, clique em Esvaziar Lixeira.
Voc pode tambm esvaziar a Lixeira sem
precisar abri-la. Para tanto, basta clicar com
o boto direito do mouse sobre o cone da
Lixeira e selecionar no menu de contexto
Esvaziar Lixeira.
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61 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
3.2.15 Paint
O Paint um acessrio do Windows que permite o tratamento de
imagens e a criao de vrios tipos de desenhos para nossos trabalhos.
Atravs deste acessrio, podemos criar logomarcas, papel de parede,
copiar imagens, capturar telas do Windows e us-las em documentos
de textos.
Uma grande vantagem do Paint para as pessoas que esto iniciando no
Windows que com ele possvel aperfeioar-se nas funes bsicas
de outros programas, tais como: abrir, salvar, novo, desfazer, alm de
desenvolver a coordenao motora no uso do mouse.
Para abrir o Paint, siga at os Acessrios do Windows. A seguinte
janela ser apresentada:
Nesta Janela, temos os seguintes elementos:
Caixa de ferramentas
Nesta Caixa, selecionamos as ferramentas que iremos utilizar para
criar nossas imagens. Podemos optar por: Lpis, Pincel, Spray,
Linhas, Curvas, Quadrados, Elipses e etc.
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62Rede e-Tec Brasil Informtica Bsica
Caixa de cores
Nesta caixa, selecionamos a cor que iremos utilizar, bem como a
cor do fundo em nossos desenhos.
Vejamos agora as ferramentas mais utilizadas para criao de
imagens:
Lpis: apenas mantenha pressionado o boto do mouse sobre a
rea em branco e arraste para desenhar.
Pincel: tem a mesma funo do lpis, mas com alguns recursos
a mais, com os quais podemos alterar a forma do pincel e o
tamanho do mesmo. Para isso, basta selecionar na caixa que
aparece em baixo da caixa de ferramentas.
Spray: com esta ferramenta, pintamos como se estivssemos
com um spray de verdade, podendo ainda aumentar o tamanho
da rea de alcance dele, assim como o tamanho do pincel.
Preencher com cor ou Balde de tinta: Serve para pintar os
objetos, tais como crculos e quadrados. Use apenas se a sua
figura estiver fechada, sem aberturas, conforme exemplo abaixo:
Ferramenta Texto: utilizada para inserir textos no Paint. Ao
selecionar esta ferramenta e clicarmos na rea de desenho,
devemos desenhar uma caixa para que o texto seja inserido
dentro da mesma. Junto com a ferramenta texto surge tambm
a caixa de formatao de texto.
Voc pode salvar o seu desenho, para que possa abrir mais tarde
ou mesmo imprimir. Para tanto, clique em Arquivo / Salvar. Basta
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63 Rede e-Tec BrasilUnidade 3 - Sistema Operacional Windows XP
inserir um nome para o desenho e