LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE INTERTEXTUALIDADE – 3º ano
A intertextualidade pode ser encontrada nos diversos gêneros textuais, inclusive nas histórias em quadrinhos.
O cartum Vida de Passarinho, do cartunista Caulos, estabelece um interessante diálogo com um famoso texto-‐fonte de nossa literatura.
Questão 01. A alternativa que contém esse texto-‐fonte é:
A) Canção do exílio, de Gonçalves Dias. B) Erro de português, de Oswald de Andrade. C) Não há vagas, de Ferreira Gullar. D) José, de Carlos Drummond de Andrade. E) No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade.
TEXTO I Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. Gonçalves Dias, “Canção do exílio.
TEXTO II Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra... Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá!
Carlos Drummond de Andrade Questão 02. Comparando o conteúdo dos dois textos, observa-se que a intertextualidade se faz presente através da A) pastiche. B) citação literal. C) paródia. D) paráfrase. E) bricolagem.
2 Bom Conselho – Chico Buarque Ouça um bom conselho que eu lhe dou de graça: inútil dormir que a dor não passa. Espere sentado ou você se cansa. Está provado, quem espera nunca alcança. Venha, meu amigo. Deixe esse regaço. Brinque com meu fogo, venha se queimar.
Faça como eu digo. Faça como eu faço. Aja duas vezes, antes de pensar. Corro atrás do tempo. Vim de não sei onde. Devagar é que não se vai longe. Eu semeio o vento na minha cidade. Vou pra rua e bebo a tempestade.
Questão 03. A intertextualidade do texto Bom Conselho o caracteriza como uma A) pastiche. B) citação literal. C) paródia. D) paráfrase. E) bricolagem. As questões de 04 a 07 referem-‐se ao texto “Língua”, de Caetano Veloso, exposto abaixo.
Língua Caetano Veloso
Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões Gosto de ser e de estar E quero me dedicar a criar confusões de prosódia E uma profusão de paródias
05 Que encurtem dores E furtem cores como camaleões Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia está para a prosa 10 Assim como o amor está para a amizade E quem há de negar que esta lhe é superior? E deixe os Portugais morrerem à míngua "Minha pátria é minha língua" Fala Mangueira! Fala!
15 Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó O que quer O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas E o falso inglês relax dos surfistas 20 Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas! Vamos na velô da dicção choo-‐choo de Carmem Miranda E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate E -‐ xeque-‐mate -‐ explique-‐nos Luanda Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
3 25 Sejamos o lobo do lobo do homem Lobo do lobo do lobo do homem Adoro nomes Nomes em ã De coisas como rã e ímã 30 Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã Nomes de nomes Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé e Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó 35 O que quer O que pode esta língua?
Se você tem uma ideia incrível é melhor fazer uma canção Está provado que só é possível filosofar em alemão Blitz quer dizer corisco 40 Hollywood quer dizer Azevedo E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo A língua é minha pátria E eu não tenho pátria, tenho mátria E quero frátria 45 Poesia concreta, prosa caótica Ótica futura Samba-‐rap, chic-‐left com banana (-‐ Será que ele está no Pão de Açúcar? -‐ Tá craude brô 50 -‐ Você e tu -‐ Lhe amo -‐ Qué queu te faço, nego? -‐ Bote ligeiro! -‐ Ma'de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado! 55 -‐ Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho! -‐ I like to spend some time in Mozambique -‐ Arigatô, arigatô!) Nós canto-‐falamos como quem inveja negros Que sofrem horrores no Gueto do Harlem 60 Livros, discos, vídeos à mancheia E deixa que digam, que pensem, que falem.
Questão 04 A ideia central é que
A) a língua portuguesa está repleta de dificuldades, principalmente prosódias e paródias, para os falantes brasileiros. B) autores de língua portuguesa, como Fernando Pessoa, Guimarães Rosa e Camões, têm estilos diferentes. C) a pátria dos falantes é a língua, superando as fronteiras geopolíticas. D) na língua portuguesa, é fundamental a associação de palavras para criar efeitos sonoros. E) a escola de samba Mangueira é uma legítima representante dos falantes da língua portuguesa.
Questão 05 Caetano Veloso, em determinado ponto do texto, refere-‐se à Língua Portuguesa de modo geral, sem considerar as peculiaridades relativas ao uso do idioma no Brasil e em Portugal. Para fazer tal referência, utiliza-‐se da seguinte expressão:
4 A) Língua de Luís de Camões. B) Lusamérica. C) Minha língua. D) Flor do Lácio. E) Latim em pó.
Questão 06 A expressão “Flor do Lácio” também faz parte de um famoso poema da Literatura Brasileira, intitulado “Língua Portuguesa”, produzido por Olavo Bilac, na segunda metade do século XIX. Assinale a alternativa que apresenta características pertencentes ao estilo da época em que foi produzido esse poema. A) Subjetivismo, culto da forma, arte pela arte. B) Culto da forma, misticismo, retorno aos motivos clássicos. C) Arte pela arte, culto da forma, retorno aos motivos clássicos. D) Culto da forma, subjetivismo, misticismo. E) Subjetivismo, misticismo, arte pela arte. Questão 07. Pode-‐se afirmar de acordo com o texto: A) É um poema-‐manifesto, no qual o poeta expõe seu desprezo pela língua portuguesa. B) Que há várias relações de intertextualidade como, por exemplo, referência a importantes escritores lusófono. C) A composição poética apresenta conservadorismo quanto aos aspetos sintáticos-‐linguísticos. D) “Lácio” (v. 15) -‐ região onde se falava a língua portuguesa. E) Que há elogio à vida burguesa numa linguagem coloquial
[...] Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta. Melancolias, mercadorias espreitam-‐me. Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas, revoltar-‐me?
Olhos sujos no relógio da torre: Não, o tempo não chegou de completa justiça. O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Questão 08. No texto o eu-‐lírico
A) apresenta sentimento de angústia, em face de um mundo conturbado. B) é movido por um sentimento que provoca a distorção da realidade. C) faz alusão a uma natureza não convencionada pelo estilo árcade. D) tem uma visão otimista e revela estados psicológicos. E) mostra-‐se totalmente consciente da necessidade de igualdade social.
Textos para as questões 09 e 10.
Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-‐se com passagens lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
TEXTO 1 Quando nasci, um anjo torto Desses que vivem na sombra Disse: Vai Carlos! Ser “gauche na vida” ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964.
5 TEXTO 2 Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim.
BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. TEXTO 3 Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam trombeta, anunciou: Vai carregar bandeira. Carga muito pesada pra mulher Essa espécie ainda envergonhada.
PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986 Questão 09. Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação a Carlos Drummond de Andrade por: A) reiteração de imagens B) oposição de ideias. C) falta de criatividade. D) negação dos versos. E) ausência de recursos poéticos. Questão 10. Especificamente o texto II, de Chico Buarque, em relação ao texto I, de Carlos Drummond, apresenta A) uma paródia. B) uma bricolagem. C) uma paráfrase. D) um pastiche. E) uma citação literal. A cidade em progresso [...} Não cresceu? Cresceu muito! Em grandeza e miséria Em graça e disenteria Deu franquia especial à doença venérea E à alta quinquilharia. Tornou-‐se grande, sórdida, ó cidade Do meu amor maior! Deixa-‐me amar-‐te assim, na claridade Vibrante de calor!
Vinicius de Moraes Questão 11. O trecho do poema “A cidade em progresso” de Vinícius de Moraes, aborda, A) problemas da explosão urbana. B) características da natureza brasileira. C) degradação ambiental no meio urbano. D) superação dos obstáculos da Reforma Urbana. E) processo de metropolização-‐desmetropolização.
6 Para responder a questão 12, observe as reproduções a seguir:
A B
C
Questão 12. As reproduções A e C são uma releitura da imagem B – “a última ceia” de Leonardo da Vinci. Portanto há uma relação de intertextualidade. Com base nesta observação pode-‐se afirmar que A) as reproduções A e C são uma paráfrase. B) a reprodução A é uma paródia, e a C uma paráfrase. C) as duas reproduções, A e C, são paródia. D) a reprodução A é uma paráfrase, e a C uma paródia. E) as duas reproduções, A e C, são apenas bricolagem.
Canção Cecília Meireles
Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; -‐ depois, abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre de meus dedos colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas.
7 Questão 13. A partir da leitura do poema “Canção”, de Cecília Meireles, podemos notar a presença dos seguintes elementos nos versos da poeta: A) Presença do rigor formal: redondilha maior, estrofes regulares e rimas em todos os versos. B) Inclinação para a estética neossimbolista perceptível através da utilização de elementos como mar, sonho, ondas, areias, águas, conferindo ao poema um caráter fluido e etéreo. C) Presença do monólogo interior, digressão e fragmentação dos versos que contribuem para a temática da existência. D) Preocupação com a reflexão filosófica, com os modelos clássicos, além de uma temática notadamente pessimista. E) Proximidade com o mundo material, temas relacionados com o cotidiano, sobretudo com as questões sociais. Essa mulher que se arremessa, fria E lúbrica em meus braços, e nos seios Me arrebata e me beija e balbucia Versos, votos de amor e nomes feios. Essa mulher, flor de melancolia Que se ri dos meus pálidos receios A única entre todas a quem dei Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama A miséria e a grandeza de quem ama E guarda a marca dos meus dentes nela. Essa mulher é um mundo! -‐ uma cadela Talvez... -‐ mas na moldura de uma cama Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Soneto de devoção, Vinicius de Moraes
Questão 14. Sobre o poema de Vinicius de Moraes é correto afirmar: A) Predominância de elementos místicos e religiosos, características da primeira fase da poesia de Vinicius de Moraes. B) Visão da mulher inacessível, tipicamente do período ultrarromântico, em que o amor não se realiza. C) Presença do erotismo, recriado a partir de uma forma clássica e de uma linguagem crua e direta. D) Emprego de uma linguagem direta e quase didática para manifestar solidariedade às classes oprimidas e também à mulher. E) Apresenta elementos que revelam grande preocupação com a condição humana e o desejo de superar, através da transcendência mística, as sensações de culpa do pecado do amor carnal. Maria Diamba Para não apanhar mais falou que sabia fazer bolos: virou cozinha. Foi outras coisas para que tinha jeito. Não falou mais: Viram que sabia fazer tudo, até molecas para a Casa-‐Grande. Depois falou só, só diante da ventania que ainda vem do Sudão; falou que queria fugir dos senhores e das judiarias deste mundo para o sumidouro.
LIMA, Jorge de. Poemas negros. Questão 15. O poema de Jorge de Lima sintetiza o percurso de vida de Maria Diamba e sua reação ao sistema opressivo da escravidão. A resistência dessa figura feminina é assinalada no texto pela relação que se faz entre
8 A) a exploração sexual e a geração de novas escravas. B) a prática na cozinha e a intenção de ascender socialmente. C) o prazer de sentir os ventos e a esperança de voltar a África. D) o medo da morte e a vontade de fugir da violência dos brancos. E) o uso da fala e o desejo de decidir o próprio destino.
Canção do exílio Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil-‐réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Murilo Mendes
Questão 16. Murilo Mendes começou sua produção poética ainda no primeiro momento modernista, e evoluiu para a segunda fase em que a temática universalista predominava. Neste texto, Canção do exílio, o poeta A) apresenta a sua caraterística religiosa que dominou na segunda fase do modernismo. B) apresenta o surrealismo, que dominou a sua primeira fase. C) faz uma relação de intertextualidade em que parafraseia a “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias. D) desenvolve uma paródia à “Canção do exílio” de Goncalves Dias, retomando a essa caraterística do primeiro momento modernista. E) desenvolve um nacionalismo ufanista por exaltar a natureza brasileira.
O farrista Quando o almirante Cabral Pôs as patas no Brasil O anjo da guarda dos índios Estava passeando em Paris. Quando ele voltou de viagem O holandês já está aqui. O anjo respira alegre: “Não faz mal, isto é boa gente, Vou arejar outra vez.” O anjo transpôs a barra, Diz adeus a Pernambuco, Faz barulho, vuco-‐vuco, Tal e qual o zepelim Mas deu um vento no anjo, Ele perdeu a memória... E não voltou nunca mais.
MENDES, Murilo
9 Questão 17. Esta poesia de Murilo Mendes situa-‐se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem, no poema, por um eu lírico que A) configura um ideal de nacionalidade pela integração regional. B) remonta ao colonialismo fundamentado sob um viés iconoclasta. C) repercute as manifestações do sincretismo religioso. D) descreve a gênese da formação do povo brasileiro. E) promove inovações no repertório linguístico.
Questão 18. A tirinha acima apresenta: A) uma paródia. B) uma paráfrase. C) um pastiche. D) uma bricolagem. E) uma citação. Filiação Eu sou da raça do Eterno, Fui criado no princípio E desdobrado em muitas gerações Através do espaço e do tempo. Sinto-‐me acima das bandeiras, Tropeçando em cabeças de chefes. Caminho no mar, na terra e no ar. Eu sou da raça do Eterno, Do amor que unirá todos os homens: Vinde a mim, órfãos da poesia, Choremos sobre o mundo mutilado Murilo Mendes Questão 19. A obra Tempo e eternidade, de onde foi extraído este poema, é de 1935. Considerando esse dado pode-‐se identificar que A) a palavra eterno do primeiro verso significa o tempo. B) o título do poema desdobra-‐se nos três últimos versos. C) o eu-‐lírico aceita a concepção de mundo em que o homem criou Deus. D) a expressão mundo mutilado é uma referência direta a bomba atômica. E) o verso “sinto-‐me acima das bandeiras” é uma recusa a qualquer ideologia política. Questão 20. Ouça as canções: “Aquarela do brasil “ de Ary Barroso e “Brasil” de Cazuza. Observando o conteúdo de suas letras, explique qual a relação de intertextualidade. -‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐