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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro resultado multiplicar em enormes proporções tanto a massa das notícias que circulam quanto as ocasiões de sermos solicitados por elas. Os profissionais têm tendência a considerar esta inflação como automaticamente favorável ao público, pois dela tiram proveito e tornam-se obcecados pela imagem liberal do grande mercado em que cada um, dotado de luzes por definição iguais, pode fazer sua escolha em toda liberdade. Isso jamais foi realizado e tende a nunca ser. Na verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores, mesmo se se abandonam a sua bulimia

1, não são realmente

nutridos por esta indigesta sopa de informações e sua busca finaliza em frustração. Cada vez mais frequentemente, até, eles ressentem esse bombardeio de riquezas falsas como agressivo e se refugiam na resistência a toda ou qualquer informação. O verdadeiro problema das sociedades pós-industriais não é a penúria

2, mas a abundância. As sociedades modernas têm

a sua disposição muito mais do que necessitam em objetos, informações e contatos. Ou, mais exatamente, disso resulta uma desarmonia entre uma oferta, não excessiva, mas incoerente, e uma demanda que, confusamente, exige uma escolha muito mais rápida a absorver. Por isso os órgãos de informação devem escolher, uma vez que o homem contemporâneo apressado, estressado, desorientado busca uma linha diretriz, uma classificação mais clara, um condensado do que é realmente importante.

1:fome excessiva, desejo descontrolado.

2: miséria, pobreza

VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa: Armand Colin, 1975 (adaptado).

Com o uso das novas tecnologias, os domínios midiáticos obtiveram um avanço maior e uma presença mais atuante junto ao público, marcada ora pela quase simultaneidade das informações, ora pelo uso abundante de imagens. A relação entre as necessidades da sociedade moderna e a oferta de informação, segundo o texto, é desarmônica, porque (A) o jornalista seleciona as informações mais importantes

antes de publicá-las. (B) o ser humano precisa de muito mais conhecimento do

que a tecnologia pode dar. (C) o problema da sociedade moderna é a abundância de

informações e de liberdade de escolha. (D) a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm

para digerir a quantidade de informação disponível. (E) a utilização dos meios de informação acontece de

maneira desorganizada e sem controle efetivo.

Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico do Sistema de Biblioteca da UFG, esse cartaz tem função predominantemente (A) socializadora, contribuindo para a popularização da

arte. (B) sedutora, considerando a leitura como uma obra de

arte. (C) estética, propiciando uma apreciação despretensiosa da

obra. (D) educativa, orientando o comportamento de usuários de

um serviço. (E) contemplativa, evidenciando a importância de artistas

internacionais

Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos cursos da área automotiva fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado ano a ano. De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para 79 alunas inscritas neste ano nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica, repintura e funilaria. A presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura – que são gratuitos – cresceu 1.480% nos últimos sete anos e tem aumentado ano a ano.

Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).

Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que possibilitam inferir o objetivo do autor. Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o objetivo textual de (A) demonstrar que a situação das mulheres mudou na

sociedade contemporânea. (B) defender a participação da mulher na sociedade atual. (C) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher

é na cozinha”. (D) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos

da área automotiva. (E) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na

cozinha”

QUESTÃO 01 QUESTÃO 02

QUESTÃO 03

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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Das irmãs

os meus irmãos sujando-se na lama e eis-me aqui cercada de alvura e enxovais eles se provocando e provando do fogo e eu aqui fechada provendo a comida eles se lambuzando e arrotando na mesa e eu a temperada servindo, contida os meus irmãos jogando-se na cama e eis-me afiançada por dote e marido

QUEIROZ, S. O sacro ofício. Belo Horizonte: Comunicação, 1980.

O poema de Sonia Queiroz apresenta uma voz lírica feminina que contrapõe o estilo de vida do homem ao modelo reservado à mulher. Nessa contraposição, ela conclui que (A) a mulher deve conservar uma assepsia que a distingue

de homens, que podem se jogar na lama. (B) a palavra “fogo” é uma metáfora que remete ao ato de

cozinhar, tarefa destinada às mulheres. (C) a luta pela igualdade entre os gêneros depende da

ascensão financeira e social das mulheres. (D) a cama, como sua “alvura e enxovais”, é um símbolo

da fragilidade feminina no espaço doméstico. (E) os papéis sociais destinados aos gêneros produzem

efeitos e graus de autorrealização desiguais.

Texto para as questões de 5 a 8. ''O enterro foi feito no dia imediato e a casa de Albernaz esteve os dous dias cheia, como nos dias de suas melhores festas. Quaresma foi ao enterro; ele não gostava muito dessa cerimônia; mas veio, e foi ver a pobre moça, no caixão, coberta de flores, vestida de noiva, com um ar imaculado de imagem. Pouco mudara, entretanto. Era ela mesma ali; era a Ismênia dolente e pobre de nervos, com os seus traços miúdos e os seus lindos cabelos, que estava dentro daquelas quatro tábuas. A morte tinha fixado a sua pequena beleza e o seu aspecto pueril; e ela ia para a cova com a insignificância, com a inocência e a falta de acento próprio que tinha tido em vida. Contemplando aqueles tristes restos, Quaresma viu o caixão do coche parar na porta do cemitério, atravessar pelas ruas de túmulos - uma multidão que trepava, se tocava, lutava por espaço, na estreiteza da várzea e nas encostas das colinas. Algumas sepulturas como se olhavam com afeto e se queriam aproximar; em outras, transparecia repugnância por estarem perto. Havia ali, naquele mudo laboratório de decomposições, solicitações incompreensíveis, repulsões, simpatias e antipatias; havia túmulos arrogantes, vaidosos, orgulhosos, humildes, alegres e tristes; e de muitos, ressumava o esforço, um esforço extraordinário, para escapar ao nivelamento da morte, ao apagamento que ela traz às condições e às fortunas. Quaresma ainda contemplava o cadáver da moça e o cemitério surgia aos seus olhos com as esculturas que se amontoavam, com vasos, cruzes e inscrições, em alguns túmulos; noutros, eram pirâmides de pedra tosca, retratos, caramanchões extravagantes, complicações de ornatos, cousas barocas e delirantes, para fugir ao anonimato do túmulo, ao fim dos fins. As inscrições exuberam: são longas, são breves; têm nomes, têm datas, sobrenomes, filiações, toda a certidão de idade do morto que, lá em baixo, não se pode mais conhecer e é lama pútrida.''

(Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma)

Qual o único período em que o verbo não é de ligação? (A) '...a casa de Albernaz esteve os dous dias cheia...' (B) 'Era ela mesma ali...' (C) 'Era a Ismênia dolente e pobre de nervos...' (D) '...que estava dentro daquelas quatro tábuas.' (E) ...são longas...

No período '...havia túmulos arrogantes, vaidosos, orgulhosos, humildes, alegres e tristes...', o verbo haver é empregado: (A) no lugar do verbo ter, por isso pode ser usado tanto no

singular quanto no plural. (B) como verbo impessoal, no sentido de 'existir'; por isso,

só pode ser empregado na 3ª pessoa do singular. (C) como verbo impessoal em lugar de existir, por isso

deveria ser empregado no plural, ou seja, haviam, porque concorda com o sujeito composto.

(D) no singular porque o sujeito é simples. (E) no singular porque está substituindo fazia, indicando

tempo.

Com base no texto, é incorreto afirmar: (A) 'Quaresma foi ao enterro...' - o sujeito é simples,

expresso pelo nome Quaresma. (B) '...e foi ver a moça, no caixão...' - o sujeito dessa oração

está elíptico. (C) '...e se queriam aproximar...' - o sujeito está elíptico e se

encontra presente no contexto. (D) '...em outras, transparecia repugnância...' - o sujeito

está elíptico e só pode ser depreendido do contexto. (E) '...o cemitério surgiu aos seus olhos...' - o sujeito é

simples, expresso pelo substantivo cemitério.

Assinale a frase que não apresenta ambiguidade: (A) 'Acabamos com o último bloqueio que você tinha com

computadores. Leasing, cartão, em três prestações ou à vista.'

(B) 'No Brasil, os meninos de rua recebem bala gratuitamente.'

(C) 'Hoje você é uma uva. Mas, cuidado, uva passa.' (D) 'Pare de fumar correndo.' (Campanha contra o fumo). (E) 'Seja paciente no trânsito para não ser paciente no

hospital.'

QUESTÃO 07

QUESTÃO 06

QUESTÃO 04 QUESTÃO 05

QUESTÃO 08

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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Dia do Músico, do Professor, da Secretária, do Veterinário... Muitas são as datas comemoradas ao longo do ano e elas, ao darem visibilidade a segmentos específicos da sociedade, oportunizam uma reflexão sobre a responsabilidade social desses segmentos. Nesse contexto, está inserida a propaganda da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam elementos verbais e não verbais para se abordar a estreita relação entre imprensa, cidadania, informação e opinião. Sobre essa relação, depreende-se do texto da ABI que, (A) para a imprensa exercer seu papel social, ela deve transformar opinião em informação. (B) para a imprensa democratizar a opinião, ela deve selecionar a informação. (C) para o cidadão expressar sua opinião, ele deve democratizar a informação. (D) para a imprensa gerar informação, ela deve fundamentar-se em opinião. (E) para o cidadão formar sua opinião, ele deve ter acesso à informação. Rede social pode prever desempenho profissional, diz pesquisa

Pense duas vezes antes de postar qualquer item em seu perfil nas redes sociais. O conselho, repetido à exaustão por consultores de carreira por aí, acaba de ganhar um status, digamos, mais científico. De acordo com resultados da pesquisa, uma rápida análise do perfil nas redes sociais pode prever o desempenho profissional do candidato a uma oportunidade de emprego. Para chegar a essa conclusão, uma equipe de pesquisadores da Northern Illinois University, University of Evansville e Auburn University pediu a um professor universitário e dois alunos para analisarem perfis de um grupo de universitários. Após checar fotos, postagens, número de amigos e interesses por 10 minutos, o trio considerou itens como consciência, afabilidade, extroversão, estabilidade emocional e receptividade. Seis meses depois, as impressões do grupo foram comparadas com a análise de desempenho feita pelos chefes dos jovens que tiveram seus perfis analisados. Os pesquisadores encontraram uma forte correlação entre as características descritas a partir dos dados da rede e o comportamento dos universitários no ambiente de trabalho. Disponível em http://exame.abril.com.br.Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).

As redes sociais são espaços de comunicação e interação on-line que possibilitam o conhecimento de aspectos da privacidade de seus usuários. Segundo o texto, no mundo do trabalho, esse conhecimento permite (A) identificar a capacidade física atribuída ao candidato. (B) certificar a competência profissional do candidato. (C) controlar o comportamento virtual e real do candidato. (D) avaliar informações pessoais e comportamentais sobre o candidato. (E) aferir a capacidade intelectual do candidato na resolução de problemas.

Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa. Deus veio num raio. Então apareceram os bichos que comiam os homens. E se fez o fogo, as especiarias, a roupa, a espada e o dever. Em seguida se criou a filosofia, que explicava como não fazer o que não devia ser feito. Então surgiram os números racionais e a História, organizando os eventos sem sentido. A fome desde sempre, das coisas e das pessoas. Foram inventados o calmante e o estimulante. E alguém apagou a luz. E cada um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas que alcança. BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In:MORICONI,

Í. (Org.). O cem melhores contos do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

A narrativa enxuta e dinâmica de Fernando Bonassi configura um painel evolutivo da história da humanidade. Nele, a projeção do olhar contemporâneo manifesta uma percepção que (A) recorre à tradição bíblica como fonte de inspiração para a humanidade. (B) desconstrói o discurso da filosofia a fim de questionar o conceito de dever. (C) resgata a metodologia da história para denunciar as atitudes irracionais. (D) transita entre o humor e a ironia para celebrar o caos da vida cotidiana. (E) satiriza a matemática e a medicina para desmistificar o saber científico.

Embalagens usadas e resíduos devem ser descartados adequadamente Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares de toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil quilômetros das rodovias paulistas são 41,5 mil toneladas. O hábito de descartar embalagens, garrafas, papéis e bitucas de cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado nos últimos anos. O problema é que o lixo acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, pode impedir o escoamento da água, contribuir para as enchentes, provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes. Além dos perigos que o lixo representa para os motoristas, o material descartado poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. Ou seja, o papel que está sobrando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso também vale para os plásticos inservíveis, que poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até acessórios para os carros.

Disponível em: www.girodasestradas.com.br.Acesso em: 31 jul. 2012.

Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de composição de texto, determinados pelo contexto em que são produzidos, pelo público a que eles se destinam, por sua finalidade. Pela leitura do texto apresentado, reconhece-se que sua função é (A) apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no país. (B) alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do mercado de recicláveis. (C) divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados das rodovias brasileiras. (D) revelar os altos índices de acidentes nas rodovias brasileiras poluídas nos últimos anos. (E) conscientizar sobre a necessidade de preservação ambiental e de segurança nas rodovias.

QUESTÃO 09 QUESTÃO 11

QUESTÃO 10 QUESTÃO 12

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Pode aparecer onde menos se espera em cinco formas diferentes. É por isso que o Dia Mundial Contra a Hepatite está ai para alertar você. As hepatites A, B, C, D e E tem diversas causas e muitas formas de chegar até você. Mas, evitar isso é bem simples. Vocé, só precisa ficar atento aos cuidados necessários para cuidar do maior bem que você tem: A SUA SAÚDE! Algumas maneiras de se prevenir:

• Vacine-se contra as hepatites A e B. • Use água tratada e siga sempre as recomendações quanto à restrição de banhos em locais públicos e ao uso de desinfetantes em piscinas. • Lave SEMPRE bem os alimentos como frutas, verduras e legume. • Lave SEMPRE bem as mãos após usar o toalete e antes de se alimentar. • Ao usar agulhas e seringas, certifique-se da higiene do local e de todos os acessórios. • Certifique-se de que seu médico ou profissional da saúde esteja usando a proteção necessária, como luvas e máscaras, quando houver a possibilidade de contato de sangue ou secreções contaminadas com o vírus.

Disponível em: http://farm5.static.flickr.com. Acesso em: 26 out. 2011 (adaptado)

Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não verbais são usados com o objetivo de atingir o público-alvo, influenciando seu comportamento. Considerando as informações verbais e não verbais trazidas no texto a respeito da hepatite, verifica-se que (A) o tom lúdico é empregado como recurso de consolidação do pacto de confiança entre o médico e a população. (B) a figura do profissional da saúde é legitimada, evocando-se o discurso autorizado como estratégia argumentativa. (C) o uso de construções coloquiais e específicas da oralidade são recursos de argumentação que simulam o discurso do médico. (D) a empresa anunciada deixa de se autopromover ao mostrar preocupação social e assumir a responsabilidade pelas informações. (E) o discurso evidencia uma cena de ensinamento didático, projetado com subjetividade no trecho sobre as maneiras de prevenção.

A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço anunciado, funcionando como estratégia de persuasão em relação ao consumidor do mercado gráfico. O recurso da linguagem verbal que contribui para esse destaque é o emprego (A) do termo “fácil” no início do anúncio, com foco no processo. (B) de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão. (C) das formas verbais no futuro e no pretérito, em sequência. (D) da expressão intensificadora “menos do que” associada à qualidade. (E) da locução “do mundo” associada a “melhor”, que quantifica a ação.

João Antônio de Barros (Jota Barros) nasceu aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá (PE). Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e escritor de literatura de cordel, já publicou 33 folhetos e ainda tem vários inéditos. Reside em São Paulo desde 1973, vivendo exclusivamente da venda de livretos de cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola. Grande divulgador da poesia popular nordestina no Sul, tem dado frequentemente entrevistas à imprensa paulista sobre o assunto.

EVARISTO. M. C. O cordel em sala de aula. In: BRANDÃO. H. N. (Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político,

divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000.

A biografia é um gênero textual que descreve a trajetória de determinado indivíduo, evidenciando sua singularidade. No caso específico de uma biografia como a de João Antônio de Barros, um dos principais elementos que a constitui é (A) a estilização dos eventos reais de sua vida, para que o relato biográfico surta os efeitos desejados. (B) o relato de eventos de sua vida em perspectiva histórica, que valorize seu percurso artístico. (C) a narração de eventos de sua vida que demonstrem a qualidade de sua obra. (D) uma retórica que enfatize alguns eventos da vida exemplar da pessoa biografada. (E) uma exposição de eventos de sua vida que mescle objetividade e construção ficcional.

QUESTÃO 13 QUESTÃO 14

QUESTÃO 15

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AS QUESTÕES A SEGUIR, ABORDAM O CONTEÚDO PERÍODO COMPOSTO, QUE SUGERE A ANÁLISE DAS ORAÇÕES: “Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante medida.” A oração em destaque é substantiva: (A) objetiva indireta (B) completiva nominal (C) objetiva direta (D) subjetiva (E) apositiva

Há oração subordinada substantiva apositiva em: (A) Na rua perguntou-lhe em tom misterioso: onde poderemos falar à vontade? (B) Ninguém reparou em Olívia: todos andavam como pasmados. (C) As estrelas que vemos parecem grandes olhos curiosos. (D) Em verdade, eu tinha fama e era valsista emérito: não admira que ela me preferisse. (E) Sempre desejava a mesma coisa: que a sua presença fosse notada.

ASSINALE a alternativa que apresenta um período composto no qual uma das orações é subordinada adjetiva: (A) “… a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo contrário, digo a todas como sou”. (B) “Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda há pouco mostrei.” (C) “… em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto”. (D) “Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós enganais e eu desengano.” (E) ” - Está romântico!… está romântico… - exclamaram os três…”

Leia, com atenção, os períodos abaixo: Caso haja justiça social, haverá paz. Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece uma reprodução fiel da realidade. Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas: (A) tempo, concessão, comparação (B) tempo, causa, concessão (C) condição, consequência, comparação (D) condição, concessão, causa (E) concessão, causa, conformidade No trecho "Cecília ... viu do lado oposto do rochedo Peri, que a olhava com uma admiração ardente", a oração grifada expressa uma (A) causa (B) lugar (C) oposição (D) explicação (E) condição

Leia o texto.

Um pensamento liberal moderno, em tudo oposto ao pesado escravismo dos anos 1840, pode formular-se tanto entre políticos e intelectuais das cidades mais importantes quanto junto a bacharéis egressos das famílias nordestinas que pouco ou nada poderiam esperar do cativeiro em declínio.

(BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 224)

Ideias liberais, tornadas públicas, entraram em conflito com a realidade escravista do Brasil, tal como se pode avaliar na força dramática que assumiram: (A) os poemas libertários de Castro Alves, já ao final do

período romântico. (B) os romances naturalistas de Aluísio Azevedo e Machado

de Assis. (C) as páginas de literatura documental de Antonil e Pero de

Magalhães Gândavo. (D) os manifestos pré-modernistas de Euclides da Cunha e

Augusto dos Anjos. (E) as crônicas de costumes de Olavo Bilac e João do Rio. Leia o poema do português Eugênio de Castro (1869-1944) para responder às questões a seguir. MÃOS

Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, o vosso gesto é como um balouçar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, rolas à volta da negra torre da minh’alma. Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes, Caridosas Irmãs do hospício da minh’alma, O vosso gesto é como um balouçar de palma, Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes... Mãos afiladas, mãos de insigne formosura, Mãos de pérola, mãos cor de velho marfim, Sois dois lenços, ao longe, acenando por mim, Duas velas à flor duma baía escura. Mimo de carne, mãos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mãos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mãos de rainha, Mãos que sois um perpétuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha avó entrevadinha. (Obras poéticas, 1968.) A musicalidade, as reiterações, as aliterações e a profusão de imagens e metáforas são algumas características formais do poema, que apontam para sua filiação ao movimento: (A) romântico. (B) realista. (C) parnasiano. (D) simbolista. (E) neoclássico.

QUESTÃO 16

QUESTÃO 21

QUESTÃO 22

QUESTÃO 19

QUESTÃO 18

QUESTÃO 20

QUESTÃO 17

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“Alegrai, como dois netinhos, o viver / Da minha alma, velha avó entrevadinha.” Considerados em seu contexto, tais versos: (A) reforçam o modo negativo como o eu lírico enxerga a si

mesmo. (B) evidenciam o ressentimento do eu lírico contra os

familiares. (C) assinalam uma reaproximação do eu lírico com a própria

família. (D) atestam o esforço do eu lírico de se afastar da imagem

obsessiva das mãos. (E) reafirmam o otimismo manifestado pelo eu lírico ao longo

do poema. Leia o soneto de Cruz e Sousa. Silêncios

Largos Silêncios interpretativos, Adoçados por funda nostalgia, Balada de consolo e simpatia Que os sentimentos meus torna cativos; Harmonia de doces lenitivos, Sombra, segredo, lágrima, harmonia Da alma serena, da alma fugidia Nos seus vagos espasmos sugestivos. Ó Silêncios! Ó cândidos desmaios, Vácuos fecundos de celestes raios De sonhos, no mais límpido cortejo... Eu vos sinto os mistérios insondáveis Como de estranhos anjos inefáveis O glorioso esplendor de um grande beijo! (Cruz e Sousa. Broquéis, Faróis, Últimos Sonetos, 2008.)

A análise do soneto revela como tema e recursos poéticos, respectivamente: (A) a aura de mistério e de transcendentalidade suaviza o

sofrimento do eu lírico; rimas alternadas e sinestesias se evidenciam nos versos de redondilha maior.

(B) o esforço de superação do sofrimento coexiste com o esgotamento das forças do eu lírico; assonâncias e metonímias reforçam os contrastes das rimas alternadas em versos livres.

(C) a religiosidade como forma de superação do sofrimento humano; metáforas e antíteses reforçam o negativismo da desagregação existencial nos versos livres.

(D) a apresentação da condição existencial do eu lírico, marcada pelo sofrimento, em uma abordagem transcendente; assonâncias e aliterações reforçam a sonoridade nos versos decassílabos.

(E) o apelo à subjetividade e à espiritualidade denota a conciliação entre o eu lírico e o mundo; metáforas e sinestesias reforçam o sentido de transcendentalidade nos versos de doze sílabas.

Assinale a alternativa que contém o trecho em que Machado de Assis utiliza, como recurso literário de comunicação, a prosopopeia. (A) – (...) Olhe a pamonha da Beatriz; não foi agora para a

roça só porque o marido implicou com um inglês que costumava passar a cavalo de tarde? (Capítulo dos Chapéus).

(B) Duas ou três amigas, nutridas de aritmética, continuavam a dizer que ela perdera a conta dos anos. (Uma Senhora).

(C) Tinha toda a vida nos olhos; a boca meio aberta, parecia beber as palavras da sobrinha, ansiosamente, como um cordial*. (D. Paula). * medicamento que fortalece. (D) Mariana aceitou; um certo demônio soprava nela as

fúrias da vingança. (Capítulo dos Chapéus). (E) Nunca encontro esta senhora que me não lembre a

profecia de uma lagartixa ao poeta Heine subindo os Apeninos: “Dia virá em que as pedras serão plantas, as plantas animais, os animais homens e os homens deuses.” (Uma Senhora).

Leia o texto. FABIANA, arrepelando-se de raiva — Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher para minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa... Já não posso, não posso, não posso! (Batendo com o pé). Um dia arrebento, e então veremos!

PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopubiico.gov.br.

Acesso em: 7 dez. 2012. As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem: (A) necessidade, porque as encenações precisam ser fiéis

às diretrizes do autor. (B) possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim

como outros elementos. (C) preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou

para a encenação. (D) exigência, porque elas determinam as características do

texto teatral. (E) imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor. Utilize os textos abaixo para responder às questões.

Texto 1 Canção do tamoio

(...) Porém se a fortuna, Traindo teus passos, Te arroja nos laços Do imigo falaz! Na última hora Teus feitos memora, Tranquilo nos gestos, Impávido, audaz. E cai como o tronco Do raio tocado, Partido, rojado Por larga extensão; Assim morre o forte! No passo da morte Triunfa, conquista Mais alto brasão. (...)

(Gonçalves Dias)

QUESTÃO 23

QUESTÃO 24

QUESTÃO 26

QUESTÃO 25

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Texto 2 Berimbau

Quem é homem de bem não trai O amor que lhe quer seu bem. Quem diz muito que vai não vai E, assim como não vai, não vem. Quem de dentro de si não sai Vai morrer sem amar ninguém, O dinheiro de quem não dá É o trabalho de quem não tem, Capoeira que é bom não cai E, se um dia ele cai, cai bem! (Vinicius de Moraes e Baden PowellI)

O modo como a morte é figurativizada no fragmento de Gonçalves Dias é semelhante ao seguinte verso da canção de Vinicius e Baden: (A) O amor que lhe quer seu bem (B) Vai morrer sem amar ninguém (C) O dinheiro de quem não dá (D) É o trabalho de quem não tem (E) E, se um dia ele cai, cai bem! No fragmento poético de Gonçalves Dias, um pai explica ao filho como se comporta um guerreiro no momento da morte. Esse conselho demonstra que os românticos viam os índios: (A) como retrato de uma sociedade em crise, pois eles

estavam sendo dizimados pelos colonizadores europeus, que tinham grande poder militar.

(B) de modo cruel, uma vez que, em lugar de criticar as constantes lutas entre tribos rivais, eles preferiam falar dos aspectos positivos da violência.

(C) de modo idealizado, com valores próximos aos das Cruzadas europeias, quando era nobre morrer por uma causa considerada justa.

(D) como símbolos de um país que surgia, sem nenhuma influência dos valores europeus e celebrando apenas os costumes dos povos nativos da América.

(E) com base no mito do “bom selvagem”, mostrando que eles nunca entravam em conflitos entre si.

Leia o poema “Encarnação”. Carnais, sejam carnais tantos desejos, carnais, sejam carnais tantos anseios, palpitações e frêmitos e enleios, das harpas da emoção tantos arpejos... Sonhos, que vão, por trêmulos adejos, à noite, ao luar, intumescer os seios láteos, de finos e azulados veios de virgindade, de pudor, de pejos... Sejam carnais todos os sonhos brumos de estranhos, vagos, estrelados rumos onde as Visões do amor dormem geladas... Sonhos, palpitações, desejos e ânsias formem, com claridades e fragrâncias, a encarnação das lívidas Amadas!

Com base no poema e em seu contexto, afirma-se: I. A atmosfera onírica, a sugestão através de símbolos, a

musicalidade das palavras por meio da aliteração são características que permitem associar o poema à escola simbolista.

II. O eu lírico, em tom quase de súplica, ambiciona a concretização daquilo que pensa e deseja.

III. O autor do poema também escreveu as obras Missal e Broquéis. Seu nome é Alphonsus de Guimaraens.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são (A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Leia o fragmento do poema apresentado a seguir. SOLIDÃO

[…] As árvores prateiam-se na praia, Qual de uma fada os mágicos retiros... Ó lua, as doces brisas que sussurram Coam dos lábios teus como suspiros! Falando ao coração que nota aérea Deste céu, destas águas se desata? Canta assim algum gênio adormecido Das ondas moças no lençol de prata? Minh’alma tenebrosa se entristece, É muda como sala mortuária... Deito-me só e triste, sem ter fome Vejo na mesa a ceia solitária. Ó lua, ó lua bela dos amores, Se tu és moça e tens um peito amigo, Não me deixes assim dormir solteiro, À meia-noite vem cear comigo! AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 232.

Fenômeno recorrente na estética romântica, o processo de adjetivação permite ao eu lírico, no poema transcrito, (A) intensificar sua tristeza, ressaltando uma perspectiva

pessimista da vida. (B) demarcar sua individualidade, expressando seu estado

de espírito. (C) detalhar suas intenções amorosas, nomeando seus

sentimentos. (D) descrever as coisas circundantes, apresentando uma

visão objetiva da realidade. (E) revelar um sentimento platônico, enumerando as

qualidades da amada.

QUESTÃO 29

QUESTÃO 30

QUESTÃO 28

QUESTÃO 27

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

8

O poema abaixo traz a seguinte característica da escola literária em que se insere: Violões que Choram...

Cruz e Sousa Ah! plangentes violões dormentes, mornos, soluços ao luar, choros ao vento... Tristes perfis, os mais vagos contornos, bocas murmurejantes de lamento. Noites de além, remotas, que eu recordo, noites de solidão, noites remotas que nos azuis da Fantasia bordo, vou constelando de visões ignotas. Sutis palpitações à luz da lua, anseio dos momentos mais saudosos, quando lá choram na deserta rua as cordas vivas dos violões chorosos. [...]

(A) tendência à morbidez. (B) lirismo sentimental e intimista. (C) precisão vocabular e economia verbal. (D) depuração formal e destaque para a sensualidade

feminina. (E) registro da realidade através da percepção sensorial do

poeta. Leia os textos. Texto I

(...) No lampejo de seus grandes olhos pardos brilhavam irradiações da inteligência. (...) O princípio vital da mulher abandonava seu foco natural, o coração, para concentrar-se no cérebro, onde residem as faculdades especulativas do homem. (...) Era realmente para causar pasmo aos estranhos e susto a um tutor, a perspicácia com que essa moça de dezoito anos apreciava as questões mais complicadas; o perfeito conhecimento que mostrava dos negócios, a facilidade com que fazia, muitas vezes de memória, qualquer operação aritmética por muito difícil e intrincada que fosse. Não havia porém em Aurélia nem sombra do ridículo pedantismo de certas moças, que tendo colhido em leituras superficiais algumas noções vagas, se metem a tagarelar de tudo.

(ALENCAR, José de. Senhora. SP: Editora Ática, 1980.)

Texto II Aquela pobre flor de cortiço, escapando à estupidez do meio em que desabotoou, tinha de ser fatalmente vítima da própria inteligência. À míngua de educação, seu espírito trabalhou à revelia, e atraiçoou-a, obrigando-a a tirar da substância caprichosa da sua fantasia de moça ignorante e viva a explicação de tudo que lhe não ensinaram a ver e sentir. (...)

Pombinha, só com três meses de cama franca, fizera-se tão perita no ofício como a outra; a sua infeliz inteligência nascida e criada no modesto lodo da estalagem, medrou admiravelmente na lama forte dos vícios de largo fôlego; fez maravilhas na arte; parecia adivinhar todos os segredos daquela vida; seus lábios não tocavam em ninguém sem tirar sangue; sabia beber, gota a gota, pela boca do homem mais avarento, todo dinheiro que a vítima pudesse dar de si.

(AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. SP: Editora Ática, 1997.)

Considerando as descrições presentes nos fragmentos transcritos, é correto afirmar que:

(A) o texto I filia-se ao Romantismo, uma vez que nele a heroína é reflexo, em grande medida, das circunstâncias do ambiente em que se criou.

(B) o texto I filia-se ao Romantismo, já que nele a figura feminina é descrita sob o prisma da idealização.

(C) o texto I filia-se ao Naturalismo, pois as habilidades da personagem são naturais no meio em que vive.

(D) o texto II filia-se ao Realismo, já que a figura feminina é descrita de forma fiel à realidade do período histórico em que está inserida.

(E) o texto II filia-se ao Naturalismo, pois nele a personagem constitui uma representação inequívoca do perfil feminino típico.

Leia o texto. Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos. E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto. Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa.

(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)

QUESTÃO 31

QUESTÃO 32

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

9

A forma como se dá a construção do texto revela que ele é predominantemente: (A) dissertativo, com o objetivo de analisar criticamente o

que é um sarau. (B) descritivo, com o objetivo de mostrar o sarau como uma

festa fútil e sem atrativos. (C) narrativo, com o objetivo de contar fatos inusitados

ocorridos em um sarau. (D) descritivo, com o objetivo de apresentar as

características de um sarau. (E) dissertativo, com o objetivo de relatar as experiências

humanas em um sarau.

Considerando os papéis desempenhados pelas personagens no texto, é correto afirmar que: (A) o diplomata é oportunista; o velho, conservador; os

rapazes usufruem exageradamente os prazeres da vida; e as moças são frívolas.

(B) o diplomata é astuto; o velho, intimista; os rapazes usufruem a vida dentro de suas possibilidades; e as moças vivem de sonhos.

(C) o diplomata é perspicaz; o velho, saudosista; os rapazes usufruem prazerosamente a vida; e as moças encantam a todos.

(D) o diplomata é trapaceiro; o velho, desencantado; os rapazes usufruem a vida de modo fútil; e as moças investem tão-somente na beleza exterior.

(E) o diplomata é esperto; o velho, avançado; os rapazes usufruem a vida com parcimônia; e as moças vivem de devaneios.

Leia o texto. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuía para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das coisas do tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete.

BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2011.

O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento destacado, a reação do personagem aos desdobramentos de suas iniciativas patrióticas evidencia que: (A) A dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento

da natureza brasileira levou-o a estudar inutilidades, mas possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país.

(B) A curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de prosperidade e democracia que o personagem encontra no contexto republicano.

(C) A construção de uma pátria a partir de elementos míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do solo e a pureza linguística, conduz à frustração ideológica.

(D) A propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, justifica a reação de decepção e desistência de Policarpo Quaresma, que prefere resguardar-se em seu gabinete.

(E) A certeza da fertilidade da terra e da produção agrícola incondicional faz parte de um projeto ideológico salvacionista, tal como foi difundido na época do autor.

Respirando os ares da modernidade literária, a estética simbolista revela-se uma reação artística à referencialidade que violentamente restringe a palavra poética ao mundo das coisas e conceitos. No intuito de libertar a linguagem poética, o Simbolismo explora diversos recursos sensoriais a fim de sugerir mistérios. Simbolista, Alphonsus de Guimaraens escreve muitos textos que apelam para o símbolo visual, a imagem, carregado de insinuações de misticismo e morte. Marque a alternativa cujos versos se relacionam ao comentário acima. (A) Queimando a carne como brasas,

Venham as tentações daninhas, Que eu lhes porei, bem sob as asas,

A alma cheia de ladainhas. (B) Quando Ismália enlouqueceu,

Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu,

Viu outra lua no mar. (C) Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? agosto,

Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março, Brilhasse o luar, que importa? ou fosse o sol já posto,

No teu olhar todo o meu sonho andava esparso. (D) Lua eterna que não tiveste fases,

Cintilas branca, imaculada brilhas, E poeiras de astros nas sandálias trazes... (E) Venham as aves agoireiras,

De risada que esfria os ossos... Minh’alma, cheia de caveiras,

Está branca de padre-nossos. Leia o texto. Uma campanha alegre, IX

Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este singular estado:

Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder, trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos, como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.

Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder, esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da Fazenda, a ruína do País!

QUESTÃO 35

QUESTÃO 34

QUESTÃO 36

QUESTÃO 33

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

10

Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses do País.

Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se, para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros liberais, e os interesses do País!

Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio — a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.

Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...

Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações mais hostis...

Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa constitucional do poder moderador...

E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai, feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto** tão triunfante! (*) Pela: bola. (**) Chouto: trote miúdo. (Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores,

[s.d.].)

Considere as frases com relação ao que se afirma na crônica de Eça de Queirós: I. Os que estão no poder não querem sair e os que não estão querem entrar. II. Quando um partido ético está no poder, tudo fica melhor. III. Os governantes são bons e éticos, mas vivem a trocar acusações infundadas. IV. Os políticos que estão fora do poder julgam-se os melhores eticamente para governar. As frases que representam a opinião do cronista estão contidas apenas em: (A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) I, II e III. (E) II, III e IV. Considerando que o último parágrafo do fragmento representa uma ironia do cronista, seu significado contextual é: (A) Portugal vai muito bem, apesar de seus maus

governantes. (B) A alternância dos grupos no poder faz bem ao país. (C) O país experimenta um progresso vertiginoso. (D) O país vai mal em todos os sentidos. (E) Portugal não se importa com seus políticos.

... cheios de fel e de tédio...

Nesta passagem do sexto parágrafo, o cronista se utiliza figuradamente da palavra fel para significar: (A) rancor. (B) eloquência. (C) esperança. (D) medo. (E) saudade.

Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações mais hostis...

Com esta frase, o cronista afirma que: (A) a atividade política está sempre sujeita a acusações

descabidas. (B) é altamente honroso, em certos casos, demitir-se para

evitar males ao estado. (C) a defesa de boas ideias frequentemente leva à renúncia. (D) os políticos honestos sofrem acusações e perseguições

dos desonestos. (E) todos os políticos se equivalem pelos desvios da ética.

INGLÊS Destination Europe

The riots that erupted in the immigrant suburbs of Paris in 2005 drew worldwide attention to a dramatic shift in Europe’s population: Once a continent of emigration, it had become a destination for immigrants from around the globe. Today immigration is the main driver of growth in the European Union’s aging population. The booming economics of the 1950s and ‘60s created the need for Europe’s big wave of immigrant labor, often from former colonies. However, current economic woes have worsened rising xenophobia. As a result, European countries that once actively recruited laborers are attempting to tighten their immigration policies.

A partir de suas características, o texto é classificado como: (A) uma propaganda, visto que procura incentivar o movimento migratório. (B) uma notíca, uma vez que apresenta fatos e dados baseados na realidade. (C) um relatório, por demonstrar técnicas e estratégias de incentivo à migração. (D) uma crítica, já que se coloca a favor das leis antixenofobia na Europa. (E) um anúncio, visto que busca atrair imigrantes como mão de obra especializada.

QUESTÃO 40

QUESTÃO 37

QUESTÃO 39

QUESTÃO 38

QUESTÃO 41

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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Baby caught after two-storey plunge in China

CCTV footage has captured the dramatic moment a baby was caught by a passerby after falling two storeys from a building in China. The one-year-old had apparently got out of a window during a thunderstorm when he slipped from the building in Guangdong Province. Cameras trained on the street below showed the hero, Mr Li, with his arms outstretched as the baby began to fall. He then rushes forwards and clings on to the youngster despite the pouring rain. Mr Li said: "I didn't think too much at the time. I was just afraid of failing to catch him. Some people put down cardboard to avoid serious injuries to the baby if I failed to catch him."

Os noticiários destacam acontecimentos diários, que são veiculados em jornal impresso, rádio, televisão e internet. No texto, o acontecimento reportado é: (A) a irresponsabilidade de uma família chinesa. (B) uma violenta temprestade que atingiu a China. (C) a falta de seguranção nos prédios chineses. (D) o resgate de um bebê desaparecido há dias. (E) o ato heróico de um pedestre durante a chuva. Boyhood: from childhood to boyhood – reviews A film for the ages

Author: rblenheim from Daytona Beach, Florida 21 February 2016 Though less blatantly emotional than other favorites this year, what this film accomplishes truly makes it a landmark film. A modern Epic

Author: v-paige-smith from Los Angeles, CA 23 January 2016 It’s true: Linklater took 12 years to develop his family of characters. While I was intimidated by the 3 hour run time, I have to admit, there was not a moment of this film I could have done without. A once-in-a-lifetime experience

Author: I’m Batman from United Kingdom 12 July 2017 Although the story line is fairly simplistic and one might argue, unadventurous, the sheer ambition of the director is reason enough to hand your money over; shot over twelve years with the same group of actors, audiences can experience the true evolution of a character like never before. Em seus comentários sobre o filme Boyhood, os três expectadores: (A) elogiam o filme apesar de alguns aspectos que poderiam ser considerados negativos. (B) afirmam que teriam apreciado muito mais o filme não fossem alguns aspectos negativos. (C) não entendem as críticas feitas à falta de emoção, à duração e ao roteiro do filme. (D) criticam aspectos que impedem o filme de ser considerado um marco na história do cinema. (E) apresentam argumentos que reforçam algumas críticas negativas ao enredo e à duração do filme.

A mensagem que se pode inferir a partir da citação acima é: (A) não há necessidade de se irritar com o que já passou. (B) o perdão possibilita esquecer o passado e ir em frente. (C) a autoestima é apenas uma questão de opinião pessoal. (D) a raiva e o perdão são antagônicos no crescimento individual. (E) o perdão é imposto às pessoas como recompensa pela raiva.

A Lifeline for the Iberian Lynx

Its golden eyes have shone across Mediterranean lands for a million years. But the 25-pound Iberian lynx, icon of Spain and Portugal, is on shaky turf. Its wild count is about 225 animals, up from 100 a decade ago but far too low for long-term survival. Hunting, road kills, and habitat loss have sped the plunge of Lynx pardinus, as has near-total dietary reliance on rabbits — themselves overhunted and slammed by disease. Qual dos fatores abaixo não contribui para a possível

extinção dos linces da Península Ibérica? (A) A dieta dependente basicamente da caça de uma única presa. (B) O atropelamento por veículos em estradas. (C) A disseminação de doenças pelos coelhos. (D) A caça aos coelhos pelos humanos. (E) A diminuição das áreas onde vivem.

QUESTÃO 43

QUESTÃO 42

QUESTÃO 44

QUESTÃO 45

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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ESPANHOL

Texto 1 CHINA RECURRE A LOS ROBOTS PARA MANTENER SU VENTAJA

La fábrica cerca de Shanghai confía en que una

nueva clase de trabajadores le ayude a mantener su ventaja competitiva en el ensamblaje de dispositivos electrónicos: unos pequeños robots diseñados en Alemania.Yugen Gao, presidente de la junta de Suzhou Victory Precision Manufacture Co., dice que los días en los que la empresa extraía su fortaleza de empleados baratos y dedicados han quedado atrás.

“Hemos estado perdiendo esa ventaja en los últimos tres años”, dice Gao en su oficina con vista a hileras de edificios donde un batallón de robots arma teclados de computadoras.

“Es uno de los efectos de la política de hijo único”. El apetito de China por los robots industriales hechos en Europa aumenta rápidamente a medida que un alza de los salarios, una fuerza laboral que se encoge y cambios culturales llevan a más empresas chinas hacia la automatización. Los tipos de robots favorecidos por los fabricantes chinos también están cambiando, conforme la automatización se expande de industrias pesadas como la fabricación de autos hacia sectores que requieren robots más precisos y flexibles capaces de manejar y ensamblar productos más pequeños, incluyendo electrónicos de consumo y ropa. [...] FUNG, Esther; WHELAN, Robbie. China recurre a los robots para mantener su ventaja. La Nación, 17 ago. 2016. Tecnología. Disponível em: <www.lanacion.com.ar/1928839-china-recurre-a-los-robots-para-mantener-su-ventaja>. Acesso em: 14 out. 2016.

O artigo relata a mudança que está ocorrendo nas indústrias chinesas. Essa mudança diz respeito à substituição de trabalhadores por robôs na produção de certos produtos e é resultado de modificações que vêm ocorrendo no país. Ao dizer que a política do filho único tem efeitos negativos para as empresas, o presidente de uma empresa chinesa se refere: (A) aos baixos salários pagos aos funcionários que não rendiam tanto quanto os robôs comprados. (B) à falta de mão de obra que vai se tornando escassa conforme a população chinesa vai envelhecendo, uma vez que, se não há jovens, não há trabalhadores. (C) aos salários que foram se tornando altos para manter os filhos únicos no mercado de trabalho, pois, ao não ter mão de obra qualificada disponível, as empresas acabavam aceitando qualquer funcionário para manter sua produção. (D) à falta de confiança de que esses funcionários poderão se dedicar tanto quanto os robôs, que não se cansam e não precisam ter altos salários pagos por produção. (E) à perda de vantagem sobre os concorrentes de outros países que têm muito mais funcionários que a China para fabricar a mesma quantidade de produtos por um preço mais baixo.

Texto 2 ¿QUIERES SABER SI TIENES UN NIÑO SUPERDOTADO?

[...] Todas las madres, padres y abuelos creen que sus

hijos y nietos son muy inteligentes, pero lo cierto es que no todos los niños poseen altas capacidades (AACC), por mucho que sus familiares crean que sí. La ciencia los define como “aquellos que muestran una gran capacidad de aprendizaje y curiosidad; que se interesan por aprender y entender; que preguntan; que tienen la capacidad para resolver problemas y que son capaces de hacer deducciones y de cuestionarse”, explica Olga Carmona, psicóloga de Ceibe especializada en el diagnóstico y atención a estos niños. [...]

La inteligencia no es un concepto abstracto ni que se aplique a una sola capacidad, sino a muchas, de hecho, la ciencia ha ido ampliando el concepto hacia otros más diversos donde no existe uno, sino múltiples tipos. Así, hoy podemos hablar de las inteligencias múltiples propuestas por Howard Gardner, premio Príncipe de Asturias a las Ciencias Sociales, y que plantea nueve diferentes: lingüística, lógico-matemática, corporal-cenestésica, espacial, musical, interpersonal, intrapersonal, naturalista y existencial. Otras posibles clasificaciones hablan de inteligencia emocional, cognitiva, social, y biológica. “Todos están de acuerdo en que no es una capacidad fija e inamovible, sino que nacemos con un potencial determinado genéticamente que luego se verá potenciado o disminuido en función del ambiente social y familiar”, explica Carmona. ¿Cuáles son las señales de que un niño tiene altas capacidades?

Un gran error, bastante generalizado, es creer que es lo mismo ser inteligente que tener altas capacidades. Todos los que las tienen son muy inteligentes, pero no todos los muy inteligentes las poseen. “La diferencia radica en el coeficiente intelectual, que en el caso de los superdotados debe ser igual o superior a 130 en la Escala Wechsler. También difieren en la creatividad.

Además, el niño con altas capacidades tiene unas características de personalidad muy concretas y comunes a todos ellos en mayor o menor medida”, dice Carmona.

Es arriesgado hacer un listado aislado de tales características, explica, porque siempre quedarán fuera niños con altas capacidades que no las cumplen al 100%, pero rasgos comunes son que “suelen ser bebés extraordinariamente demandantes y se sobre estimulan con facilidad; muy hábiles a nivel psicomotriz, levantan la cabeza y fijan la mirada antes del mes de vida y dicen sus primeras palabras con sentido hacia los cinco o seis meses. [...]

LENDOIRO, Gema. ¿Quieres saber si tienes un niño superdotado? Elpaís.

23ago. 2016.Disponível em: <http://elpais.com/elpais/2016/07/ 18/mamas_papas/1468833218_804430.html>. Acesso em: 21 out. 2016.

Ao dizer que “la inteligencia no es un concepto abstracto”, a autora do texto deseja explicar que: (A) a inteligência pode ser medida pela quantidade de capacidades que uma pessoa possui. (B) as pessoas possuem nove tipos diferentes de inteligências e todas elas podem ser medidas de acordo com o ambiente social e familiar. (C) diferentemente do conceito de superdotação, que é um conceito abstrato, a inteligência existe e pode ser qualificada em múltiplos tipos. (D) diferentemente da criatividade, que não pode ser medida, a inteligência possui traços 100% bem definidos. (E) a inteligência não é fruto da imaginação e pode ser classificada em diversos tipos.

QUESTÃO 41

QUESTÃO 42

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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Texto 3 #LECTORESENRED. EL LIBRO, ESE OBJETO DE DESEO CAPAZ DE OFRECER NUEVAS EXPERIENCIAS DE LECTURA

Al mismo tiempo que los medios digitales se amplían y ofrecen muy interesantes propuestas de lectura, muchos lectores revalorizan al libro como un objeto de deseo. Incluso, tal como reflexiona Laura Leibiker, directora editorial de Norma, lo fotografían, evalúan su forma y contenido, comparan portadas y diseño interior.

Con el relanzamiento de dos títulos ya consagrados como el bestseller Los ojos del perro siberiano, de Antonio Santa Ana y la oscuridad de los colores, de Martín Blasco, la editorial Norma busca seducir a un grupo más amplio de lectores con una nueva colección. “Muchos de estos textos ya están publicados en la colección Zona Libre, una de las más importantes dedicadas a la literatura juvenil – explica Leibiker –. Pero nuestra percepción fue que muchos de estos textos eran muy interesantes no sólo para jóvenes sino también para lectores adultos. Por lo que decidimos desarrollar objetos de diseño, atractivos, que dieran ganas de tener, de abrir, de llevarse a casa.” [...] SCHERER, Fabiana. #LectoresEnRed. El libro, ese objeto de deseo capaz de ofrecer nuevas experiencias de lectura. La Nación, 19 ago. 2016. Consumos culturales. Disponível em:<www.lanacion.com.ar/1929723-lectoresenred-el-libro-ese-objeto-de-deseo-capaz-de-ofrecer-nuevas-experiencias-de-lectura>. Acesso em: 14 out. 2016.

No texto, afirma-se que, apesar dos meios digitais oferecerem interessantes propostas de leitura, o livro impresso está passando por um momento de “revalorização” por muitos leitores. Isso acontece porque: (A) os livros estão se tornando objetos de design, que fazem os leitores terem vontade de ter, fotografar e avaliar seu formato e conteúdo. (B) apesar de antigo, o livro é capaz de oferecer novas experiências de leitura, diferentemente do meio digital, já explorado pelos leitores. (C) as editoras estão criando novas coleções com títulos ainda não disponíveis para a leitura digital, o que favorece a busca por livros físicos. (D) as obras que estão sendo escritas agora não são dedicadas a nenhuma faixa etária específica, o que aumentam as vendas significativamente, valorizando mais o livro. (E) as pessoas estão saturadas com tanta tecnologia, portanto, o livro acaba sendo mais valorizado. Os e-books, por exemplo, são a nova forma que a tecnologia encontrou para suprir a necessidade de leitura do ser humano. Texto 4

Todas las noches, de nueve a doce, tenemos, como ya indiqué a usted, tertulia en casa de Pepita. Van cuatro o cinco señoras y otras tantas señoritas del lugar, contando con la tía Casilda, y van también seis o siete caballeritos, que suelen jugar a juegos de prendas con las niñas. Como es natural, hay tres o cuatro noviazgos. La gente formal de la tertulia es la de siempre. Se compone como dijéramos, de los altos funcionarios de mi padre, que es cacique; del boticario, del médico, del escribano y del señor Vicario. Pepita juega al tresillo con mi padre, con el señor Vicario y con algún otro. Yo no sé de qué lado

ponerme. Si me voy con la gente joven, estorbo con mi gravedad en sus juegos y enamoramientos. Si me voy con el estado mayor, tengo que hacer el papel de mirón en una cosa que no entiendo. Yo no sé más juego de naipes que el burro ciego, [...]. Lo mejor sería que yo no fuese a la tertulia; pero mi padre se empeña en que vaya. Con no ir, según él, me pondría en ridículo.”

(VALERA, Juan. Pepita JIMÉNEZ. Madrid: Alianza Editorial, 1998, p.91.

Qual é o fragmento do texto que revela que o narrador encontra-se indeciso: (A) “Todas las noches, de nueve a doce, tenemos como ya indiqué a ustedes, tertulia en casa de Pepita”. (B) “La gente formal de la tertulia es la de siempre.” (C) “[...] pero mi padre se empeña en que vaya. Con no ir, según él, me pondría en ridículo.” (D) “Yo no sé de qué lado ponerme. Si me voy con la gente joven, estorbo con mi gravedad en sus juegos y enamoramientos. Si me voy con el estado mayor, tengo que hacer el papel de mirón en una cosa que no entiendo.” (E) “Como es natural, hay tres o cuatro noviazgos.” Texto 5 Duerme negrito

Duerme, duerme, negrito, que tu mamá está en el campo, negrito... Te va a traer codornices para ti. Te va a traer rica fruta para ti. Te va a traer carne de cerdo para ti. Te va a traer muchas cosas para ti [...] Duerme, duerme, negrito, que tu mamá está en el campo, negrito... Trabajando, trabajando duramente, trabajando sí. Trabajando y no le pagan, trabajando sí.

Disponível em: http://letras.mus.br. Acesso em: 26 jun. 2012 (fragmento).

Duerme negrito é uma cantiga de ninar da cultura popular hispânica, cuja letra problematiza uma questão social, ao: (A) destacar o orgulho da mulher como provedora do lar. (B) evidenciar a ausência afetiva da mãe na criação do filho. (C) retratar a precariedade das relações de trabalho no campo. (D) ressaltar a inserção da mulher no mercado de trabalho rural. (E) exaltar liricamente a voz materna na formação cidadã do filho.

QUESTÃO 43

QUESTÃO 45

QUESTÃO 44

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

14

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Observe os gráficos a seguir e assinale a alternativa correta:

(A) Os dados expressam uma relação desigual na produção e consumo de energia no mundo, o que está diretamente ligado ao poder econômico dos respectivos países representados.

(B) As maiores reservas correspondem também aos maiores produtores mundiais.

(C) A maior parte dos principais consumidores de petróleo são países desenvolvidos ou emergentes, enquanto as maiores reservas encontram-se no mundo subdesenvolvido.

(D) A grande dependência de petróleo por parte da Arábia Saudita explica as inúmeras ações militares desse país no Oriente Médio.

(E) As novas fontes de energia provocou um total desinteresse pelo petróleo.

A primeira Revolução Industrial promoveu várias modificações nos padrões de vida e produção no Reino Unido, Exceto: (A) transformação da paisagem com depósitos de carvão e

fumaça (B) êxodo rural dos operários atraídos pela oferta de

emprego nas fábricas (C) proximidade das fábricas com a fonte de energia,

carvão (D) excelentes condições de vida para os trabalhadores nas

cidades e nas fábricas (E) mudança na forma de produção do modelo artesanal

para máquinas.

A China é um país que tem despertado o interesse mundial

face o grande progresso econômico que tem alcançado nos

últimos anos. Apesar disso, chama à atenção a falta de

progresso na área política, pois já há algum tempo a China

deixou de ser atrasada e agrícola para se tornar industrial e

competitiva.

Sobre a China, é correto afirmar que:

(A) mantém, ao longo da costa leste, as chamadas Zonas Econômicas Especiais, onde as empresas estrangeiras podem se instalar com o incentivo do estado. Essas zonas são responsáveis pela absorção do conhecimento tecnológico multinacional, conferindo ao país uma verdadeira reforma industrial. (B) o modelo de desenvolvimento adotado buscou o fortalecimento da indústria local, tendo sido evitados os subsídios estatais e os investimentos estrangeiros, sobretudo em função da política nacionalista do governo. (C) Taiwan, por ter sido um protetorado inglês devolvido à China recentemente, é uma região especial, onde o governo chinês controla assuntos de defesa e política externa, deixando livre o funcionamento da economia de mercado. (D) as condições de vida da população têm crescido na mesma medida que o crescimento econômico como um todo. Milhões de chineses deixaram a pobreza, e a diferença entre ricos e pobres tem diminuído muito recentemente. (E) o meio ambiente é uma grande preocupação do governo, o que levou o país a combater a desertificação com sucesso, e a despoluir rios e lagos. Por ter alcançado um desenvolvimento industrial planejado, sua indústria não é mais poluente. “A pobreza em recursos naturais, a escassez de terras agrícolas e a forte pressão demográfica caracterizavam esse país como áreas totalmente inviáveis para o crescimento econômico. No entanto, a atitude da sociedade em relação ao desenvolvimento, a frugalidade da população, o talento humano e a abertura da economia para o comércio exterior superaram as entraves das condições iniciais.” O texto melhor se aplica: (A) ao Japão; (B) à Alemanha (C) aos EUA (D) ao Reino Unido; (E) à Rússia Em relação ao processo de industrialização, mundial e no Brasil, é correto afirmar: (A) A descentralização das indústrias, nas últimas décadas,

possibilitou uma significativa redução do desemprego estrutural, tanto nos países periféricos quanto nos centrais.

(B) As indústrias germinativas se caracterizam por serem tradicionais e oriundas da Primeira Revolução Industrial.

(C) Nos países centrais, as indústrias germinativas são tradicionais e estão concentradas nas metrópoles.

(D) As indústrias de bens de capital são responsáveis por equipar outras indústrias, como a agricultura e os serviços de infraestrutura.

(E) As indústrias de bens intermediários tendem a se localizar próximas aos centros consumidores, porém, no Brasil, elas são as mais dispersas.

QUESTÃO 50

QUESTÃO 49

QUESTÃO 46

QUESTÃO 47

QUESTÃO 48

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

15

A Terceira Revolução Industrial, que se iniciou desde a década de 1970, vem impulsionando alterações no que se refere à espacialização de áreas fabris. No atual ciclo de inovações, configuram-se novas regiões industriais que primam pela localização nas proximidades de (A) grandes aglomerações de força de trabalho. (B) áreas com recursos naturais abundantes. (C) amplos mercados consumidores. (D) universidades e institutos de pesquisa. (E) nenhuma das respostas acima. Para responder à questão, analise as afirmativas que podem completar a frase abaixo:

A China se tornou uma potência industrial e exportadora nos últimos anos. Esse fenômeno deve-se -_____________________________________________________________________. I. às vantagens concedidas pelo governo chinês às companhias transnacionais II. à mão de obra barata e abundante do país III. à política de liberalização econômica, que abriu o país para investimentos estrangeiros IV. à atuação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que unificou fretes e tarifas em toda a região Estão corretas apenas as afirmativas (A) I e II. (B) I, II e III. (C) III e IV. (D) II e III. (E) II, III e IV. A indústria japonesa desenvolveu-se aceleradamente no Pós-Segunda Guerra Mundial. Entre outros motivos, esse fato deveu-se: (A) aos grandes investimentos de capitais norte-americanos em grupos industrializados japoneses. (B) à presença, no país, de grandes reservas de carvão, petróleo e minério de ferro. (C) à existência de grande mercado comprador representado pela China e pela Coréia do Sul. (D) à localização privilegiada do país em relação aos mercados americanos e europeus. (E) à existência, no país, de enormes reservas de ouro que permitiram elevadas exportações de capitais.

A Alemanha foi arruinada pela Segunda Guerra Mundial, mas conseguiu reerguer-se: I - graças aos investimentos e financiamentos obtidos dos Estados Unidos, por meio do Plano Marshall. II - Atualmente a Alemanha possui a economia de mercado mais importante de Europa Ocidental. III - A Alemanha está entre as quatro maiores potências econômicas mundiais, juntamente com os Estados Unidos, a China e o Japão. Sobre as afirmativas, acima, marque a única alternativa correta : (A) Somente a III afirmativa é correta . (B) Somente a II afirmativa é correta. (C) Todas as afirmativas acima estão corretas. (D) Somente a I afirmativa é correta. (E) Somente as afirmativas I e II são corretas. A República Popular da China se apresenta principalmente como um país: (A) agrícola, produzindo através das Comunas Populares e mantendo-se fechada ao comércio internacional; (B) de economia estatal e cooperativa, com algumas zonas de livre mercado abertas aos capitais internacionais; (C) economicamente ligado a Taiwan, Cingapura e Coréia, compondo os “Tigres Asiáticos”; (D) socialista industrializado e dotado de uma agricultura extensiva mecanizada; (E) de economia pastoril nas planícies dos grandes rios e de cultura intensiva nas encostas do Himalaia.

Minha vida é andar

Por esse país

Pra ver se um dia

Descanso feliz

Guardando as recordações

Das terras onde passei

Andando pelos sertões

E dos amigos que lá deixei

GONZAGA, L.; CORDOVIL. H. A vida de viajante, 1953. Disponível em: www.recife.pe.gov.br. Acesso em: 20 fev. 2012 (fragmento).

A letra dessa canção reflete

elementos identitários que

representam a

(A) denúncia da precariedade social provocada pela seca.

(B) discriminação dos nordestinos nos grandes centros

urbanos.

(C) experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante.

(D) profunda desigualdade social entre as regiões

brasileiras.

(E) valorização das características naturais do Sertão

nordestino.

QUESTÃO 56

QUESTÃO 54

QUESTÃO 52

QUESTÃO 55

QUESTÃO 51

QUESTÃO 53

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

16

O gráfico obtido a partir das informações do Censo de 2010

é reflexo da dinâmica populacional do país e apresenta

um(a)

(A) continuidade da dinâmica demográfica brasileira

representada pelo alargamento de sua base e

estreitamento do topo.

(B) elevação da população adulta, reflexo do baby boom nos

anos 2000.

(C) divergência no crescimento quantitativo de homens e

mulheres de 0 a 14 anos.

(D) decréscimo da população jovem e crescente

alargamento da parte intermediária e do topo da

pirâmide.

(E) declínio da população idosa brasileira visualizada no

topo da pirâmide.

Existe uma cultura política que domina o sistema e é fundamental para entender o conservadorismo brasileiro. Há um argumento, partilhado pela direita e pela esquerda, de que a sociedade brasileira é conservadora. Isso legitimou o conservadorismo do sistema político: existiriam limites para transformar o país, porque a sociedade é conservadora, não aceita mudanças bruscas. Isso justifica o caráter vagaroso da redemocratização e da redistribuição da renda. Mas não é assim. A sociedade é muito mais avançada que o sistema político. Ele se mantém porque consegue convencer a sociedade de que é a expressão dela, de seu conservadorismo.

NOBRE, M. Dois ismos que não rimam. Disponível em: www.unicamp.br. Acesso em: 28 mar. 2014 (adaptado).

A característica do sistema político brasileiro, ressaltada no

texto, obtém sua legitimidade da

(A) dispersão regional do poder econômico.

(B) polarização acentuada da disputa partidária.

(C) orientação radical dos movimentos populares.

(D) condução eficiente das ações administrativas.

(E) sustentação ideológica das desigualdades existentes.

Os fluxos migratórios humanos, representados nos mapas abaixo, mais do que um deslocamento espacial podem significar uma mudança de condição social.

Fonte: Adaptado de SANTOS, Regina Bega. Migrações no Brasil.

São Paulo: Scipione, 1994.

Analisando-se os mapas, pode-se afirmar que essa mudança ocorreu com:

(A) trabalhadores rurais nordestinos, que migraram para São Paulo nas décadas de 50 e de 60, transformando-se em operários do setor industrial. (B) agricultores sulistas, que migraram para o centro-oeste na década de 60, transformando-se em empresários da mineração. (C) trabalhadores rurais nordestinos, que migraram para a Amazônia na década de 60, transformando-se em grandes proprietários de terras. (D) moradores das periferias das grandes cidades, que migraram para o interior do país na década de 70 atraídos pelas oportunidades de emprego nas reservas extrativistas. (E) pequenos proprietários rurais nordestinos que, na década de 70, migraram para São Paulo para trabalhar como bóias-frias na colheita de café.

A discreta mas contínua melhora do mercado de trabalho

nos EUA deve passar despercebida para um grupo cujo

problema vai além de achar emprego: homens de 25 a 64

anos sem diploma universitário, cuja renda, nos últimos

cinco anos, caiu 20%. Com a crise, os ganhos dos menos

instruídos caíram a níveis perto da barreira da pobreza na

definição do censo dos Estados Unidos (US$ 22,3 mil/ano

para família de quatro pessoas). O dinamismo e a mudança

rápida na economia americana depreciaram as habilidades

de parte dos trabalhadores.

Folha de São Paulo. 11 dez. 2011

Dentre os fatores que contribuíram para a diminuição da

renda dos trabalhadores, pode-se relacionar

(A) a interferência do Estado no mercado de trabalho,

privilegiando os portadores de diploma universitário.

(B) as demandas da globalização, que levaram à

importação de mão de obra oriunda dos países

emergentes.

(C) a necessidade de mão de obra qualificada, que dificulta

a inserção dos trabalhadores com menos formação.

(D) a opção do setor produtivo por empregar trabalhadores

com maior qualificação, a fim de garantir linhas de

financiamento estatal.

(E) as reformas propostas pelo Estado para o setor da

saúde, privilegiando contratação de mão de obra de alta

qualificação.

QUESTÃO 57

QUESTÃO 58

QUESTÃO 60

QUESTÃO 59

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

17

Os moradores de Andalsnes, na Noruega, poderiam se dar

ao luxo de morar perto do trabalho nos dias úteis e de se

refugiar na calmaria do bosque aos fins de semana. E sem

sair da mesma casa. Bastaria achar uma vaga para

estacionar o imóvel antes de curtir o novo endereço.

Disponível em: http://casavogue.globo.com. Acesso em: 3 out. 2015

(adaptado).

Uma vez implementada, essa proposta afetaria a dinâmica

do espaço urbano por reduzir a intensidade do seguinte

processo:

(A) Êxodo rural.

(B) Movimento pendular.

(C) Migração de retorno.

(D) Deslocamento sazonal.

(E) Ocupação de áreas centrais.

O jovem espanhol Daniel se sente perdido. Seu diploma de

desenhista industrial e seu alto conhecimento de inglês

devem ajudá-lo a tomar um rumo. Mas a taxa de

desemprego, que supera 52% entre os que têm menos de

25 anos, o desnorteia. Ele está convencido de que seu

futuro profissional não está na Espanha, como o de, pelo

menos, 120 mil conterrâneos que emigraram nos últimos

dois anos. O irmão dele, que é engenheiro agrônomo,

conseguiu emprego no Chile. Atualmente, Daniel participa

de uma “oficina de procura de emprego” em países como

Brasil, Alemanha e China. A oficina é oferecida por uma

universidade espanhola.

GUILAYN, P. Na Espanha, universidade ensina a emigrar. O Globo, 17 fev. 2013 (adaptado).

A situação ilustra uma crise econômica que implica a

(A) valorização do trabalho fabril.

(B) expansão dos recursos tecnológicos.

(C) exportação de mão de obra qualificada.

(D) diversificação dos mercados produtivos.

(E) intensificação dos intercâmbios estudantis.

Uma consequência socioeconômica para os países que

vivenciam o fenômeno demográfico ilustrado é a diminuição

da

(A) oferta de mão de obra nacional. (B) média de expectativa de vida. (C) disponibilidade de serviços de saúde. (D) despesa de natureza previdenciária. (E) imigração de trabalhadores qualificados.

O processo indicado no gráfico demonstra um aumento

significativo da população urbana em relação à população

rural no Brasil.

Esse fenômeno pode ser explicado pela

(A) atração de mão de obra pelo setor produtivo concentrado nas áreas urbanas. (B) manutenção da instabilidade climática nas áreas rurais. (C) concentração da oferta de ensino nas áreas urbanas. (D) inclusão da população das áreas urbanas em programas assistenciais. (E) redução dos subsídios para os setores da economia localizados nas áreas rurais.

QUESTÃO 61

QUESTÃO 62

QUESTÃO 63

QUESTÃO 64

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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As migrações transnacionais, intensificadas e generalizadas nas últimas décadas do século XX, expressam aspectos particularmente importantes da problemática racial, visto como dilema também mundial. Deslocam-se indivíduos, famílias e coletividades para lugares próximos e distantes, envolvendo mudanças mais ou menos drásticas nas condições de vida e trabalho, em padrões e valores socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radicalmente distintas, algumas vezes compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas.

IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

A mobilidade populacional da segunda metade do século XX teve um papel importante na formação social e econômica de diversos estados nacionais. Uma razão para os movimentos migratórios nas últimas décadas e uma política migratória atual dos países desenvolvidos são (A) a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de

barreiras contra a imigração. (B) a necessidade de qualificação profissional e a abertura

das fronteiras para os imigrantes. (C) o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o

acautelamento dos bens dos imigrantes. (D) a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos

imigrantes qualificados (E) a fuga decorrente de conflitos políticos e o

fortalecimento de políticas sociais.

O ano de 2008 assinala os duzentos anos da chegada da

Família Real ao Brasil.

Sobre isso assinale a alternativa CORRETA.

(A) A monarquia que chegava ao Brasil representava, em realidade, boa parte dos ideais da Revolução Francesa e do liberalismo europeu daquele período. (B) As motivações da vinda da Família Real para o Brasil estão relacionadas mais à realidade europeia do período do que à ideia de desenvolvimento de um Brasil monárquico e posteriormente independente de Portugal. (C) Foi incentivada a manifestação pública de nossos problemas, seguindo as práticas liberais e laicas da monarquia portuguesa. (D) Chegando ao Brasil, o monarca trabalhou muito para a ampliação da cidadania. (E) A política de terras foi imediatamente implementada e, em 1810, o Brasil realizava sua primeira reforma agrária.

O impacto da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil

implicou alterações significativas para a cidade do Rio de

Janeiro que se prolongaram durante todo o período

conhecido como "joanino". Essas alterações produziram

uma nova dinâmica socioeconômica e redefiniram, em

vários aspectos, a inserção da cidade no contexto

internacional.

Uma função urbana associada a essa nova inserção está

indicada em:

(A) crescente polo turístico em função da chegada da Missão Artística Francesa (B) expressivo núcleo comercial articulado à nascente rede ferroviária brasileira (C) principal porto brasileiro relacionado à importação legal de manufaturas britânicas (D) importante centro religioso decorrente da instalação do Tribunal da Santa Inquisição (E) extenso espaço cultural, verificado na construção de museus e bulevares.

Sobre as transformações político-sociais e econômicas

ocorridas durante a permanência da Corte portuguesa no

Brasil (1808-1821), estão corretas as afirmações a seguir, À

EXCEÇÃO DE:

(A) A vinda da família real para o Brasil transformou a colônia no principal centro das decisões políticas e econômicas do Império português. (B) A abertura dos portos favoreceu os interesses dos proprietários rurais produtores de açúcar e algodão, uma vez que se viram livres do monopólio comercial. (C) A permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro satisfez os interesses dos diferentes grupos sociais da colônia e trouxe benefícios para todas as regiões do Brasil. (D) Durante o Período Joanino, organizaram-se novos órgãos e instituições, como o Banco do Brasil e a Casa da Moeda. (E) Dentre as medidas que mudaram o perfil político-econômico da colônia, destacaram-se os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação, que deram benefícios aos ingleses.

Sobre a Guarda Nacional, é correto afirmar que: (A) foi criada logo após o início da Guerra do Paraguai e complementou o efetivo brasileiro, destacando-se na batalha do Curupaiti. (B) era um corpo de elite do Exército brasileiro, também conhecido como “Voluntários da Pátria” e que se tornou famoso devido à repressão aos cabanos. (C) era uma força paramilitar, criada durante o Primeiro Reinado, e que teve uma importante participação na consolidação da independência brasileira. (D) era formada por milícias civis, comandadas pelos grandes fazendeiros, e um de seus objetivos era reprimir movimentos sociais que ameaçassem o governo e as elites. (E) foi criada pelo ministro da justiça Antonio Feijó e foi extinta durante o Segundo Reinado, após participar de vários motins ocorridos no Rio de Janeiro.

O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado: (A) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a volta de Pedro I ao poder. (B) pela promoção política e pela ascensão social dos setores menos favorecidos proporcionadas pelos regentes. (C) por um conjunto de rebeliões populares que clamavam pelo estabelecimento da republica e pelo final da escravidão. (D) pela convulsão política que desencadeou varias rebeliões que questionavam as estruturas estabelecidas. (E) por provocar intenso debate com vistas a reparar as injustiças cometidas contra os escravos.

QUESTÃO 69

QUESTÃO 70

QUESTÃO 66

QUESTÃO 67

QUESTÃO 65 QUESTÃO 68

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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“[...] Nada mais liberal que um conservador na oposição; nada mais conservador que um liberal no governo.”

SILVA, Francisco de Assis, BASTOS, Pedro Ivo de Assis. História do Brasil. São Paulo: Editora Moderna, 1976 p. 107.

Analise as afirmativas a seguir, sobre a expressão acima. I. Muito propagada no Período Regencial, mostra que, embora com denominações diferentes, “conservadores” e “liberais” possuíam basicamente os mesmos interesses. II. Muito propagada no Período Regencial, mostra que “conservadores” e “liberais” possuíam posições políticas, sociais e econômicas muito distintas. III. Muito propagada no Período Regencial, mostra que “conservadores” e “liberais” possuíam as mesmas origens sociais e não se opunham, por exemplo, à escravidão. IV. Muito propagada no Período Regencial, mostra que “conservadores” e “liberais” possuíam concepções políticas muito diferentes e defendiam a participação popular no poder. De acordo com essa análise, são CORRETAS apenas as

alternativas: (A) I e III (B) II e IV (C) I e IV (D) II e III (E) I e II

Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à Metrópole (…).

CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.

Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é correto afirmar que: (A) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país. (B) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos. (C) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que expressava aspectos da natureza, da história e das sociedades locais. (D) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros. (E) a ideia nacionalista nasceu com o desejo dos liberais em possibilitar maior participação das populações menos favorecidas na esfera de poder.

No Brasil, logo após a independência política em relação a Portugal, foi necessário obter o reconhecimento internacional para consolidar-se política e economicamente no quadro das nações de fato independentes. Sobre o(s) primeiro(s) país(es) a reconhecer(em) o Brasil como país soberano, assinale a alternativa correta: (A) Foi a França, interessada em avançar com seu território da Guiana Francesa e estabelecer novas colônias. (B) Trata-se da Inglaterra, interessada em efetivar o imperialismo que já vinha exercendo desde antes da independência. (C) Foram os EUA, que tinham em vista as futuras alianças comerciais e a diminuição das influências inglesas em nosso país. (D) Foram a Argentina e o Paraguai, recentemente independentes, interessados em formar uma América Latina forte e ampliar o comércio na Bacia do Prata. (E) Foi a Áustria, interessada em manter estreitas relações com a nova nação, devido ao casamento do Príncipe de Bragança com a Princesa da Casa da Áustria.

Depois de declarada a Independência do Brasil, foi necessário dar uma ordenação legal ao novo país por meio da sua primeira constituição. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar que:

(A) O primeiro projeto de constituição recebeu o nome de Constituição da Mandioca, porque estabelecia que, para votar ou se eleger, a pessoa deveria comprovar uma renda mínima, equivalente a determinada quantidade de alqueires plantados desse vegetal. (B) A Assembleia Legislativa reunida em 1823 para elaborar a primeira Constituição do Brasil foi dissolvida por D. Pedro I, por ter proposto um projeto que privilegiava os grandes proprietários de terra e excluía os pobres da participação política. (C) A primeira Constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro I e estabelecia o voto censitário e a formação de quatro poderes – Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador –, ficando os dois últimos sob controle do Imperador. (D) A primeira Constituição brasileira, estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu uma monarquia hereditária no Brasil e o catolicismo como religião oficial do novo País, subordinando a Igreja ao controle do Estado. (E) Instituído pela Constituição outorgada de 1824, o Poder Moderador garantia a D. Pedro I o direito de nomear ministros, dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as Forças Armadas e nomear os presidentes das províncias, favorecendo a concentração de poderes no Imperador.

QUESTÃO 71

QUESTÃO 72

QUESTÃO 73

QUESTÃO 74

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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O processo de independência do Brasil teve raízes na chegada da Corte Portuguesa ao país, em 1808. A partir daí, a quebra do pacto colonial resultou em significativas transformações econômicas que foram exigindo, também, um novo estatuto político. Esse processo de mudanças culminou com a separação política, quando em 1822 o príncipe regente D. Pedro proclamou a Independência do Brasil em relação a Portugal. Sobre o contexto imediatamente após o 7 de setembro de 1822, assinale a alternativa correta:

(A) O modelo político implantado e que era desejado pelas classes conservadoras foi a monarquia absolutista, com todos os poderes concentrados nas mãos de D. Pedro I. (B) O governo implantado e conduzido por D. Pedro I atendia unicamente os interesses dos latifundiários, por isso os comerciantes portugueses que estavam no Brasil se organizaram numa oposição ferrenha, que resultou na abdicação do Imperador em 1831. (C) A forma de governo desejável, segundo os conservadores, era a monarquia constitucional, com representação limitada, como garantia da ordem e da estabilidade social. (D) Este contexto foi conduzido pela aristocracia industrial, não havendo a participação popular, nem nas chamadas guerras de independência, na Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Cisplatina. (E) Implantou-se um modelo econômico autônomo, que embora estivesse baseado na escravidão, voltou-se para atender as demandas do mercado interno.

Em 1815, foi encerrado o Congresso de Viena que tinha como propósito reorganizar o mapa político da Europa. A respeito desse Congresso, considere as seguintes afirmações. I. Foi realizado após a derrota de Napoleão Bonaparte, que havia alterado o equilíbrio de forças na Europa. II. Resultou na formação da Santa Aliança para coibir qualquer tentativa de revolução liberal. III. Garantiu a Portugal e Espanha ganhos territoriais na Europa, por terem lutado contra as forças napoleônicas. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas l e III. (E) I,II e III. O ano de 1848 foi marcado por manifestações populares na Europa, conhecidas como “Primavera dos Povos”. Em 2010, um protesto na Tunísia deflagrou um conjunto de manifestações populares em outros países árabes. A imprensa aproximou os eventos de 1848 e 2010, quando cunhou a expressão Primavera dos povos árabes. Essa aproximação advém (A) do interesse árabe em resolver conflitos entre minorias étnicas, as quais, como em 1848, encontram-se esmagadas por governos autoritários. (B) da expectativa ocidental de que os países árabes assimilem a democracia, assim como em 1848 se esperava a ampliação das reformas liberais. (C) do sentimento nacionalista laico das manifestações de 2010, que sustentou também as reivindicações das mobilizações de 1848. (D) do ideal romântico que, em 2010, se expressou no martírio dos rebeldes e, em 1848, na disposição para a luta nas barricadas. (E) da insatisfação com as constituições árabes que, assim como no constitucionalismo europeu de 1848, obstaculizam a participação popular.

“As influências desfavoráveis do trabalho na fábrica sobre os operários são as seguintes: 1) necessidade absoluta de ritmar os esforços físicos e intelectuais com os movimentos das máquinas, movidas por uma força regular e incessante; 2) permanência de pé, que é preciso suportar durante Períodos anormalmente longos e demasiado próximos um dos outros; 3) privação do sono (devido a um trabalho demasiado longo, ou à dor nas pernas e doenças físicas generalizadas). É preciso acrescentar, por outro lado, o efeito das oficinas, muitas vezes com o teto muito baixo, exíguas, poeirentas, ou úmidas, insalubres, uma atmosfera demasiado quente, uma transpiração contínua. É por isso que principalmente os jovens, com muito raras exceções, perdem muito depressa a vivacidade da infância e tornam-se mais pálidos e debilitados que os outros rapazes.”

Texto de Sir D. Barry, citado por Friedrich Engels.

O texto acima refere-se à (às): (A) situação da classe trabalhadora na Inglaterra do século XIX. (B) condições de trabalhadores nas guildas medievais. (C) condições de trabalho no Brasil, durante a Era Vargas, antes da institucionalização da CLT. (D) situação dos trabalhadores juvenis na América, durante o período colonial. (E) uma situação ilusória, uma vez que desde a Revolução Industrial sempre existiram leis trabalhistas que garantiram plenos direitos aos trabalhadores.

Leia o texto a seguir. Árabes, Turcos, Mongóis, que sucessivamente invadiram a Índia, cedo ficaram indianizados, uma vez que, segundo uma lei eterna da história, os conquistadores bárbaros são eles próprios conquistados pela superior civilização dos seus súditos. Os Britânicos foram os primeiros conquistadores superiores e, por conseguinte, inacessíveis à civilização hindu. Destruíram-na, rebentando com as comunidades nativas, arrancando pela raiz a indústria nativa e nivelando tudo o que era grande e elevado na sociedade nativa.

Karl Marx. In. PRAXEDES, Walter. Eurocentrismo e racismo nos clássicos da filosofia e das ciências sociais. Revista Espaço

Acadêmico. n. 83. Abril de 2008. Disponível em: <www.espacoacademico.com.br/083/83praxedes.html>. Acesso em:

02 set. 2016.

O autor do texto citado foi Karl Marx (1818-1883), um dos mais destacados intelectuais da segunda metade do século XIX. Como documento histórico de uma época, o texto revela que (A) o marxismo foi uma teoria que, apesar dos seus apelos socialistas, foi criada para defender os interesses colonialistas dos países capitalistas europeus. (B) o hinduísmo é uma religião sofisticada e “elevada”, que garantiu a manutenção da identidade cultural hindu frente a todos os conquistadores. (C) a universal “lei eterna da história”, apregoada pelo autor, retrata coerentemente a conquista de Roma pelos bárbaros e a invasão britânica na Índia. (D) a concepção eurocêntrica do autor, um homem de seu tempo, levou-o a ressaltar a superioridade cultural britânica frente à civilização hindu. (E) a dominação capitalista britânica não teve condições efetivas de desenvolver-se na Índia, em virtude da debilidade de sua indústria nativa.

QUESTÃO 75 QUESTÃO 78

QUESTÃO 79 QUESTÃO 76

QUESTÃO 77

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da anexação de territórios mexicanos, da distribuição de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim como da anexação de terras indígenas. Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual (A) o direito pertence aos povos mais democráticos e laboriosos. (B) o mundo deve ser transformado para o engrandecimento da humanidade. (C) o povo americano deve garantir a sobrevivência econômica das sociedades pagãs. (D) as terras pertencem aos seus descobridores e primeiros ocupantes. (E) a nação deve conquistar o continente que a Providência lhe reservou.

Na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, a sociedade norte-americana passou por importantes transformações políticas, sociais, econômicas e culturais. Sobre essas transformações, assinale a alternativa INCORRETA. (A) Os EUA viveram um grande desenvolvimento industrial, com acelerada mecanização, concentração de capitais e formação de grandes associações, trustes, cartéis e outros monopólios. (B) No plano externo, intensificou-se o expansionismo em direção ao Pacífico e ao Caribe, como atestam a Guerra Hispano-americana e a anexação das ilhas Havaí em 1898. (C) Os EUA adotaram uma política, que rejeitava alianças e acordos políticos com os países europeus, a qual foi abandonada quando entraram na Primeira Guerra Mundial, em 1917. (D) Este período foi marcado por uma crescente mobilização e organização dos trabalhadores em sindicatos e associações operárias e pelo aumento das tensões raciais e étnico-culturais. (E) A partir da década de 1870, milhares de imigrantes afluíram para os EUA, tendo este fluxo diminuído consideravelmente na primeira década do século XX, devido à aprovação de uma série de leis de restrição à imigração.

Como os abolicionistas americanos previram, os problemas da escravidão não cessariam com a abolição. O racismo continuaria a acorrentar a população negra às esferas mais baixas da sociedade dos Estados Unidos. Mas se tivessem tido a oportunidade de fazer uma viagem pelo Brasil de seus sonhos – o país imaginado por tanto tempo como o lugar sem racismo – eles teriam concluído que entre o inferno e o paraíso não há uma tão grande distância afinal.

(Adaptado de Célia M. M. Azevedo, Abolicionismo: Estados Unidos e Brasil, uma história comparada (século XIX). São Paulo:

Annablume, 2003, p. 205.)

Sobre o tema, é correto afirmar que: (A) A experiência da escravidão aproxima a história dos Estados Unidos e do Brasil, mas a questão do racismo tornou-se uma pauta política apenas nos EUA da atualidade. (B) Os abolicionistas norte-americanos tinham uma visão idealizada do Brasil, pois não identificavam o racismo como um problema em nosso país. (C) A imagem de inferno e paraíso na questão racial também é adequada às divisões entre o sul e o norte dos EUA, pois a questão racial impactou apenas uma parte daquele país. (D) A abolição foi uma etapa da equiparação de direitos nas sociedades norte-americana e brasileira, pois os direitos civis foram assegurados, em ambos os países, no final do século XIX. (E) O Brasil era para os norte-americanos um exemplo de país racista, já que os EUA aboliram a escravidão desde a sua independência.

No século XIX, uma corrente de filósofos acreditava ser possível reformar o capitalismo por meio da ação do estado ou da associação dos trabalhadores em cooperativas autogeridas. Esses princípios são denominados (A) Materialismo Histórico. (B) Socialismo Utópico. (C) Socialismo Científico. (D) Liberalismo. (E) Anarquismo.

QUESTÃO 82

QUESTÃO 81

QUESTÃO 83

QUESTÃO 80

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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Há dois séculos, o país [Haiti] era responsável por 75% da produção mundial de açúcar. Como foi possível a colônia mais rica da América tornar-se um dos países mais pobres do mundo? Uma história que, no entanto, começou de forma promissora. No fim do século 18, o Haiti era uma das colônias mais ricas da América. Sob controle francês, a pequena ilha de Saint Domingue, no Caribe, era responsável pela produção de 75% do açúcar comercializado no mundo. A prosperidade econômica era garantida pelas plantações em grandes propriedades e pela exploração do trabalho escravo. Mas esse modelo estava com os dias contados. (O HAITI... 2016). No Brasil, do início do século XIX, a expressão “haitianismo” aterrorizava os grandes senhores de terras e de escravos em razão (A) da concorrência do açúcar das Antilhas ao comércio internacional do açúcar brasileiro, produzido no oeste paulista. (B) da intensa migração de haitianos para o Brasil, fugindo dos maus-tratos aplicados pelo sistema escravista, praticado no Haiti. (C) das práticas religiosas do vodu, de origem africana, tidas como feiticeiras e demoníacas pelas populações brancas do Brasil. (D) da revolta da população escrava do Haiti contra o modelo de exploração do trabalho, quando foi exterminada grande parte dos proprietários brancos. (E) do apoio dado pela França napoleônica à expansão das revoltas escravas em todo o território colonial da América.

Em dezembro de 1824, Bolívar enviou nota circular aos governos americanos convidando-os a se reunir. Quase dois anos depois reuniu-se o Congresso do Panamá.

(Rubim Aquino. História das Sociedades Americanas)

Quanto ao Congresso do Panamá, citado no texto, é correto assinalar: (A) propôs a manutenção da escravidão; (B) recebeu decidido apoio da Inglaterra, pois esta atuava para evitar qualquer intervenção da Santa Aliança no continente americano; (C) sugeriu um Tratado de União, Liga e Confederação perpétua entre os Estados hispano-americanos; (D) foi um completo sucesso, pois recebeu decidido apoio do Brasil e da Argentina; (E) pretendeu organizar uma força militar para repelir a intervenção francesa no México, que instaurara a monarquia de Maximiliano de Habsburgo.

“O existencialismo foi uma corrente de pensamento que fez do homem efetivamente existente o centro e o núcleo das questões filosóficas, e o ponto de partida para a Ontologia.”

Um dos seus mais conhecidos criadores e pensadores, o francês Jean Paul Sartre.

(A) Rejeita toda e qualquer dependência da filosofia de Heidegger. (B) Não aceita a metodologia fenomenológica e prefere um discurso filosófico mais próximo do dramático. (C) Considera que a existência de Deus é a garantia da plena liberdade humana. (D) Define o ser humano como um ser em projeto, inacabado, que se completa nas suas relações de caridade e amor ao próximo. (E) Argumenta que nada define o homem, mas é ao longo da vida que ele constrói sua existência.

“Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”.

Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado).

No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é: (A) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre) (B) “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo Agostinho) (C) “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer) (D) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault) (E) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” (Friedrich Nietzsche)

QUESTÃO 85

QUESTÃO 84 QUESTÃO 86

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III Simulado - ENEM 2ª serie 1º dia

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O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana (...). Mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo homem no domínio do que ele é de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existência. E, quando dizemos que o homem é responsável por si próprio, não queremos dizer que o homem é responsável pela sua restrita individualidade, mas que é responsável por todos os homens. SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo.

São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 11-12

Com base nesse fragmento, a partir do existencialismo de Sartre, sobre o tema da condição humana é CORRETO afirmar que (A) a existência traz a marca da angústia, pois os seres humanos são movidos por um profundo e permanente medo da morte violenta. (B) é inútil a luta humana contra o destino e o determinismo, pois as forças exteriores da cultura abafam a originalidade e a criatividade dos indivíduos. (C) a liberdade é a marca essencial dos homens, sua natureza, uma dádiva divina que diferencia os seres humanos dos demais animais. (D) a má fé é a desculpa que os homens se concedem, para não assumirem a responsabilidade de suas ações. (E) a autenticidade é a postura de quem se deixa conduzir pelos preceitos religiosos; sempre buscando o sobrenatural

Leia o trecho abaixo. “Após um período de governo provisório, entre 1889 e 1891, houve a promulgação de uma constituição, em 1891, que criava a República Federativa do Brasil. Isso significava que o Brasil era um conjunto de províncias (os atuais Estados), as quais tinham autonomia e uma constituição própria que definia o judiciário, as Forças Armadas, os códigos eleitorais e a capacidade de criar impostos. Mas o poder da União ficava resguardado, pois ela podia intervir nas províncias para assegurar a ordem, a estabilidade e o pacto federativo”

Tomazi, Nelson Dácio. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Ed., Atual, 2007, 1. Ed, p. 115.

O poder nesse período (1894-1930) caracterizava-se por duas práticas: (A) a política do encilhamento e o coronelismo. (B) a política do encilhamento e a política dos governadores. (C) a política dos governadores e o coronelismo. (D) o coronelismo e a política dos cabildos. (E) a política dos governadores e a política de assistencialismo.

Leia os textos a seguir. Texto I Um dos documentos mais curiosos para a história da grande data de 15 de novembro consiste, a nosso ver, no aspecto inalterável da rua do Ouvidor, nos dias 15, 16 e 17, onde, a não ser a passagem das forças e a maior animação das pessoas, dir-se-ia nada ter acontecido. Tão preparado estava o nosso país para a República, tão geral foi o consenso do povo a essa reforma, tão unânimes as adesões que ela obteve, que a rua do Ouvidor, onde toda a nossa vida, todas as nossas perturbações se refletem com intensidade, não perdeu absolutamente o seu caráter de ponto de reunião da moda.

(Adaptado de THOME,J. "Crônica do chic". 1889. Apud PRIORE,M.D.et alli. Documentos de História do Brasil de Cabral aos

anos 90. São Paulo: Scipione, 1997.)

Texto II "Em frase que se tornou famosa, Aristides Lobo, o propagandista da República, manifestou seu desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo regime. Segundo ele, o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver uma parada militar." (CARVALHO, J.M. "Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República

que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.)

Nos textos apresentados, encontram-se as opiniões de dois observadores do fim do século XIX - José Thome e Aristides Lobo - a respeito da Proclamação da República. A divergência entre as posições dos autores sobre o evento refere-se ao seguinte aspecto: (A) ideário republicano. (B) reação da população. (C) caráter elitista do movimento. (D) caracterização política do regime. (E) ideário monarquista.

QUESTÃO 88

QUESTÃO 89

QUESTÃO 90

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PROPOSTA DE REDAÇÃO

Leia a seguir trechos de artigos sobre o tema e,

considerando as posições neles apresentadas, redija uma

dissertação argumentativa coerente, sensata e original,

expondo seus conhecimentos sobre o seguinte tema:

IMPACTOS DO CONSUMISMO E OSTENTAÇÃO NA

SOCIEDADE BRASILEIRA

TEXTO 1

Tomando como estudo a pesquisa do Instituto Data

Popular, com os dados do IBGE, temos que o crescimento

dos gastos com vestuário, segmento mais assediado do

consumo pelo funk ostentação, em torno de 202% em onze

anos, fazendo-se uso de produtos originais, ou seja, neste

cenário de consumo a pirataria é rechaçada pelos líderes

deste movimento. Fazendo, entender rapidamente o quanto

esta nova classe está inserida e engajada no consumo,

principalmente em gerar ressignificação à ideia de

identidade através das marcas.

Assim, a ostentação pode ser encarada como uma

ode à riqueza, um comportamento, um estilo de vida, onde o

indivíduo concentra no luxo e poder, o complemento

imagético para conduzi-lo ao caminho da felicidade, a

realização do sonho e à autoestima. Segundo o próprio MC

Guimé em entrevista ao portal UOL em maio de 2014, ele

diz: “Faço questão de comprar original. Desde antigamente,

sempre tive essa visão: melhor você comprar o original, que

não é tão caro, do que comprar o falso que é de marca. É

melhor comprar a coisa que tem a qualidade", afirmou. Ele

não condena as pessoas que querem impressionar usando

produto pirata, mas não vê muita coerência na pose. "A

pessoa tem de se sentir bem. Se está se sentindo bem com

aquele falsificado, legal. Mas aí a pessoa não está

ostentando a parada que é da marca, está ostentando algo

falso. É difícil.” Ou seja, é importante e necessário mostrar o

que possui.

[FONTE: Brasil Emergente. Instituto Data Popular, 2014]

TEXTO 2

Na moda, você não precisa realmente ser rico para

parecer rico; isso é um trunfo na manga dos que almejam a

escalada social. A moda ostentação é o estilo das pessoas

que exibem peças chave que têm um valor alto para

pertencerem a uma camada especial da sociedade. Em

pesquisa recente da USP com jovens da periferia, 97% dos

entrevistados afirmou que se tivessem R$ 500,00 gastariam

tudo com roupas de grifes. Uma bolsa Louis Vuitton ou um

cinto da Hermès dão a falsa impressão a pessoas com

poucos recursos de que elas são ricas.

Muitas vezes essas pessoas vivem em condições

precárias, não têm seguro de saúde ou acabamento nas

paredes da sala, mas o símbolo de status traz um conforto

social que acaba sendo mais importante que o conforto

físico. É o ter versus o ser. No Brasil, o ter (infelizmente)

ainda é mais importante.

Aqui, o interessante é que na maioria das vezes

não tem dinheiro de verdade. As pessoas querem mesmo é

ostentar e parecer o que não são. Inclusive os ricos

ostentam. Se você for ao bairro do Itaim Bibi, em São Paulo,

e ver grupos de garotas de classe média alta, vai notar as

bolsas Goyard e Louis Vuitton repetidamente em mesas,

como se essas bolsas fossem um vale aceitação para elas

se sentirem adequadas nesses ambientes. Essas bolsas,

pasmem, não têm nem zíperes ou fecho algum. E estamos

falando de São Paulo, uma das cidades mais violentas do

mundo.

[Jorge Grimberg - O ESTADO DE S.PAULO – 2014]

TEXTO 3

[http://culturasensacional.blogspot.com.br/2014/07]

INSTRUÇÕES: • O texto definitivo deve ser escrito à tinta,

na folha própria, em até 30 linhas. • A redação que

apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do

Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas

desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota

zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a

redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo

considerada “insuficiente”. • fugir ao tema ou que não

atender ao tipo dissertativo • apresentar parte do texto

deliberadamente desconectada com o tema proposto.

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