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JORNALISMO CIENTIFICOJornalismo EspecializadoMarcelo FreireUFOP
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HISTÓRIA DA DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA Há indícios de que a divulgação da ciência inicia
com o próprio advento da imprensa de Gutenberg, no século XV. A difusão da impressão tornou disponíveis idéias e ilustrações científicas a um maior número de pessoas, porém essas informações ficavam restritas aos representantes do clero, da nobreza e da burguesia mercantil.
Desde os seus primórdios, os jornais impressos traziam notícias científicas. Na França, 34 anos após a criação do jornal La Gazette, de propriedade do médico Théophraste Renaudot, surge em 1665, o Journal des savants. Essa publicação continha relatos dos trabalhos sobre matemática, ciência, história e letras.
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HISTÓRIA DA DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA
Nos séculos XVII e XVIII vivia-se um período de transformações. Mudanças que extrapolavam os limites do desenvolvimento científico, atingindo campos mais amplos, como a filosofia, a religião e o pensamento social, moral e político. Nesse período, a Inglaterra foi o berço da divulgação científica devido à grande quantidade de cartas expedidas por cientistas sobre suas ideias e novas descobertas.
No século XIX, foram criadas as revistas American Journal od Science (EUA, 1818), a Scientific American (EUA, 1845), Nature (Inglaterra, 1869) e Science (EUA, 1880).
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HISTÓRIA DA DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA No final do século XVIII e início do século XIX, com o retorno
dos brasileiros que tinham ido para a Europa frequentar cursos superiores, começava no país uma discreta difusão das novas concepções científicas.
SBPC, 1949; CNPq, 1951; MC&T, 1985
Na década de 1980, a divulgação e o jornalismo científico cresceram significativamente com o surgimento de novas revistas como Ciência Hoje (SBPC), Ciência Ilustrada (Editora Abril). Em 1990, a Editora Globo lançou a revista Globo Ciência e, no mesmo ano, a Editora Abril lançou a Superinteressante. Além disso, surgiram programas de televisão como Globo Ciência (TV Globo) e Estação Ciência (antiga TV Manchete), e já eram freqüentes as manchetes sobre Ciência e Tecnologia nos noticiários televisivos do dia-a-dia.
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JORNALISMO CIENTIFICO X DIVULGAÇÃO CIENTIFICA
Divulgação cientifica contém o jornalismo científico. Ela é mais ampla e é feita através de livros, de conferências, de aulas, de artigos, etc, além de ser produzida pelos próprios cientistas e pesquisadores.
Para Wilson da Costa Bueno, o jornalismo científico refere-se a “processos, estratégias, técnicas e mecanismos para veiculação de fatos que se situam no campo da ciência e da tecnologia. Desempenham funções econômicas, político-ideológicas e sócio-culturais importantes e viabiliza-se, na prática, através de um conjunto diversificado de gêneros jornalísticos”.
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JORNALISMO CIENTIFICO X DIVULGAÇÃO CIENTIFICA Wilson Bueno vislumbra uma grande atividade designada
como difusão científica que seria subdivida em difusão para especialistas e difusão para o público em geral.
Direcionada aos especialistas, ela passa a ser designada como disseminação científica.
Por outro, ao ser voltado para o público, teríamos a divulgação científica. É nessa última atividade que estaria incluído o jornalismo científico, assim como os livros didáticos, as aulas de ciência, os cursos de extensão para não-especialistas, as histórias em quadrinhos, os suplementos infantis, os folhetos de extensão rural e de campanhas educativas, as publicações das grandes editoras, documentários e programas de rádio e televisão.
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LINGUAGEM DO JORNALISMO CIENTIFICO
O empenho em produzir textos endereçados ao “leitor comum” remete os questionamentos para uma das mais discutíveis e corriqueiras observações sobre a prática do jornalismo científico: é o profissional atuante nesta área apenas um “tradutor” (esse é o termo comumente utilizado pela maior parte das análises) do discurso científico para um vocabulário inteligível pelo homem do povo? (Praticco, 2003).
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CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE NOTÍCIAS
1. Senso de oportunidade2. “Timing”3. Impacto4. Siginificado5. Pioneirismo6. Interesse humano7. Personagens célebres ou de ampla exploração na
mídia8. Proximidade9. Variedade e equilíbrio10. Conflito11. Necessidade de sobrevivência12. Necessidades culturais13. Necessidade do conhecimento
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PERCALÇOS NO JORNALISMO CIENTÍFICO
1. Analfabetismo cientifico2. Interesses de empresas e dos institutos de
pesquisa3. Cientistas x jornalistas4. Questão das fontes
a) Palestras à imprensab) Comunicado a imprensac) Congressos científicosd) Resumose) Press-releases
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ASPECTOS ÉTICOS DO JC (PARA BURKETT)1. conflito de interesses: aceitar qualquer tipo de privilégio ou presente para
realizar uma matéria.
2. ganho financeiro pessoal: geralmente é proibido que um jornalista noticie fatos de uma companhia com a qual ele mantenha vínculos mais próximos, como por exemplo, sendo acionista.
3. ética das publicações: os canais de comunicação de massa não devem anunciar, junto às notícias científicas, produtos diretamente envolvidos com as matérias e nem mesmo aqueles que oferecem facilidades para a obtenção do saber científico.
4. contar o que se sabe: cabe ao jornalista relatar ao público tudo que sabe e acredita que seja de importância, quer conflitos existentes no interior da própria comunidade científica, quer assunto que um pesquisador já comprovou a veracidade, mas que é mal visto pelos seus pares.
5. ética nas escolhas: um jornalista, inevitavelmente, coloca sua opinião nos seus textos, por mais que ele queira se omitir em nome de uma pretensa objetividade.