Download - Jornal Escola "O Ardina"
Janeiro 2008 O Ardina página 1
Direcção Regional de Educação de Lisboa
CAE da Lezíria e Médio Tejo
Escola Básica Integrada Fernando Casimiro Pereira da Silva
RIO MAIOR
O Ardina
2º Período Ano Lectivo: 2007 / 2008
1ª Edição Rio Maior, Janeiro de 2008
EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva
Urbanização Pá Ribeira, nº1
2040 – 227 RIO MAIOR
Tel: 243999180 / Fax: 243999185
E-mail: [email protected]
EQUIPA RESPONSÁVEL
Coordenadora: Cristina Santos
Colaboradores Permanentes:
. Patrícia Rodrigues
Outros Colaboradores:
. Professores, Funcionários,
Associação de Pais e Alunos
Impressão Gráfica:
. RioGráfica
EDITORIAL
Mais um ano, mais um desafio que nos cumpre agarrar herculeamente.
Por isso, é com um enorme prazer e satisfação que aqui vos deixamos mais uma
edição d’ “O Ardina”, a primeira deste ano lectivo.
O Ardina é um projecto que se quer em crescendo, da comunidade educativa para
a comunidade educativa. É um projecto que pretende envolver de forma activa todas
as escolas do agrupamento, levando-as a participar de forma diferente, dando lugar à
criatividade, à imaginação e porque não à critica.
Queremos – e precisamos de si neste desafio! – que o “Ardina” se construa num
projecto sempre mais ambicioso, que seja facilitador de “trans-formação”, que
continue a crescer como espaço privilegiado de comunicação entre a escola e a
comunidade, … como espaço reflexivo, de encontro, de despertar de prazeres: o
prazer de ler, de escrever, de pensar, de “Viver a Escola”!...
A coordenadora, Professora Cristina Santos
Nesta Edição:
Notícias
O Espaço dos Nossos
Trabalhos
As Nossas Histórias…
Basta Imaginar!
A nossa BE
Nós por cá…
apontamentos e
reflexões!
O Cantinho das Línguas
Espaço de Descontracção
_______________________
BOAS
LEITURAS
Olá a todos!
Não sejam tímidos!... Partam à descoberta das nossas páginas e vivam
com “O Ardina” a aventura de desvendar um pouco da vida da Escola nos últimos meses. Leiam as nossas noticias, os nossos artigos, … Divirtam-se no nosso espaço de descontracção.
… Entre outras coisas… Natal singela e sentida Homenagem
Corta Mato Histórias e Tradições Natalícias… Festival da Alimentação Saudável BE
Cantinho das Línguas O jogo da apanhada
O Espaço dos Trabalhos dos Alunos Passatempos
Canções de Natal Paixão pelos Livros
1 Ardina
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Queridos Avós
Mais um ano convidamos os nossos avós, para virem à
escola de São Sebastião partilhar o Pão por Deus.
Nós recebemos os nossos avós com muito carinho,
cantámos algumas canções e oferecemos as broas que
fizemos na Escola.
Também festejámos o São Martinho com os utentes
do Centro de Estar que nos ajudaram a assar as
castanhas.
Foram dois momentos de convívio na Escola muito
interessantes.
Os alunos Jardim de Infância
1º Ciclo
Departamento de Educação
Especial
Dia de Todos – os – Santos
Na véspera do Dia de Todos – os – Santos, nós os
alunos de Educação
Especial - Currículo
Alternativo -
fizemos broas, no
gabinete 3.
Depressa um
cheirinho agradável se espalhou pela escola e muita gente
nos veio bater à porta porque queriam provar as broas.
Então decidimos vendê-las.
Algumas pessoas gostaram tanto que até nos pediram
a receita.
A ida à Biblioteca
Chegámos à aula de Estudo Acompanhado e fomos andando até à portaria. Fomos logo brincar. Quando
saímos da escola, os rapazes puseram-se logo a subir as barreiras. Continuámos a andar até à biblioteca e os
alunos pareciam que estavam eléctricos. Entrámos. Eles nem pareciam que estavam numa biblioteca porque
faziam muito barulho. Entrámos para a sala infantil júnior e estava lá um senhor que se chamava Miguel
Horta e era escritor, ilustrador e músico e viveu em Cabo Verde.
Ele ensinou-os a fazer os tipos de balões da banda desenhada
e fizemos Onomatopeias. Estava colado na parede um papel grande
com as divisões A, B e C para fazermos grupos para trocar os sons
por verbos. Nós ainda demoramos muito tempo a adivinhar.
Depois saímos da sala infantil e viemos embora.
Paulo Caetano nº18, Turma 6ºE
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Festival da Alimentação Saudável No âmbito do Projecto Educação para a Saúde,
implementado este ano lectivo na nossa escola pelo grupo
disciplinar de Ciências Naturais e Educação Física, em
parceria com a Câmara Municipal de Rio Maior, Centro de
Saúde e Associação de Pais, com o objectivo de abordar a
temática Alimentação e Exercício Físico, foi dinamizado o
Festival da Alimentação saudável, pelos alunos do 9º ano,
turmas A, B e C, cuja planificação da actividade decorreu
em área de projecto em articulação com o Director de
Turma e a actividade “Mexe-te”.
Deste modo assinalou-se o Dia Mundial da
Alimentação. Nos dias 16 e 17 de Outubro decorreu a
actividade “Vitaminix” com venda de sandes saudáveis,
fruta e sumos naturais. As sandes feitas de pão de mistura,
cereais ou outro, poderiam ser de carne, ovo, atum,
fiambre de peru (Patrocínio Nobre) e guarnecidas
obrigatoriamente de alface, cenoura ou tomate…uma
delicia! Entre os sumos, de frutos silvestres, ou de maçã
(Patrocínio Compal), ou sumo de laranja natural. A fruta
variou entre a maçã (Patrocínio Frubaça) e banana.
No dia 18 de Outubro, “Pela sua Saúde, coma Sopa”
– concurso de sopas. Nesta actividade houve cinco sopas a
concurso, que foram sujeitas a prova pela respectiva mesa
de Júri, constituída pelo Presidente do Conselho Executivo,
Professor Vicente Dias, Professor Pedro Lapa, Professora
Paula Silva, Dª Isabel Peralta (Funcionária dos Serviços
administrativos), Dª Jacqueline (Auxiliar de Acção
Educativa) e pelo aluno Fábio Santos, aluno do 9ºA. Tendo o
primeiro lugar sido atribuído a Leonor Solla (aluna do 1º
ano), pela sopa de peixe, o segundo a Diogo Caneco (aluno
do 4º ano), pela sopa de grão com espinafres e o terceiro a
Diogo Antunes (aluno do 1º ano) com a sopa de
feijão seco. No decorrer destas actividades esteve
também exposta uma “Roda dos Alimentos ao Natural”,
rodeada de informação relativa a hábitos alimentares
saudáveis. De referir, que os fundos obtidos nesta
actividade reverteram para alunos dinamizadores, para
a viagem de finalistas.
O grupo de trabalho considera que a actividade
foi um sucesso, pois ao contrário do pensado, os alunos
apreciam as
referidas sandes
saudáveis, quem
sabe um dia
oferecidas no
bar da nossa
escola. Neste
sentido, vários
colegas
manifestaram
interesse na venda de sopas no bar.
Relativamente à actividade física “Mexe-te”
realizou-se:
- Sessão de ginástica aeróbica, no dia 10 de
Outubro;
- Caminhada às Marinhas do Sal no dia 21 de
Outubro;
- 2 Sessões de yôga no dia 13 de Dezembro.
No segundo período, haverá dia 23 de Janeiro
uma sessão de Dança do Ventre, dia 13 de Fevereiro
uma sessão de Kempo.
Professora Clara Cruz
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A todos os membros desta comunidade escolar,
O Sub-Departamento de Educação Física, vem por
este meio, agradecer a todos os que de forma
directa ou indirecta contribuíram para o enorme
sucesso da actividade IV Corta-Mato Escolar
Concelhio, realizado na terça-feira, 11 de
Dezembro de 2007.
Numa organização conjunta das escolas E.B.I.
Fernando C. P. Silva, E.B.I. Marinhas do Sal e
E.S./3 Augusto C.S. Ferreira e com o apoio da
Escola Superior de Desporto, da Câmara Municipal,
Guarda Nacional Republicana e Bombeiros
Voluntários de Rio Maior, através da conjugação do
esforço de todos quantos estiveram envolvidos na
actividade, foi possível envolver dezenas de
professores
de
diferentes
ciclos e
grupos
disciplinares
e 826
participante
s, dos quais
431 da nossa
escola.
Pela sua participação, todos os alunos envolvidos merecem um
destaque positivo, destacando-se os seguintes participantes:
Bambis Masculinos (500m) - 1º Marcelo Romão (2ºC, nº12), 2º
Afonso Barreto (2ºA, nº1), 3º João Lindo (2ºC, nº9)
Bambis Femininos (500m) – 1º Maria Inês Coelho (2ºC, nº13),
Mariana Catarino (2ºC, nº14), Rita Adrião (2ºa, nº19).
Infantis A masculinos (1000m) – 1º Ruben Araújo (4ºC, nº21),
2º Nuno Coelho (4ºC, nº16), 3º bruno Ferreira (5ºA, nº5).
Infantis A feminino (1000m) – 1ª Shykunova (4ºb, nº6), 2ª
Laura Henriques (5ºE, nº18), 3ª Carolina Silva (5ºB, nº5).
Infantis B Masculinos – 1º Pedro Regueira (6ºC, nº16), 2º
Miguel Rodrigues (6ºC, nº15), 3º David Miranda (7ºA, nº7)
Infantis B Feminino 1ª Joana Costa (7ºC, nº12), 2ª Tamára
Branco (7ºB, nº24), 3º Tânia Jenny (7ºD, nº20).
Iniciados Masculinos – 1º Miguel Carvalho (8ºA, nº17), 2º
Cláudio Abreu (9ºB, nº6), 3º João Simplício (8ºB, nº10).
Iniciados femininos – 1º Ana Hurllebaus (7ºC, nº2), 2ª Ana
Sousa (8ºC, nº1), 3º Mariana Ferreira (6ºD, nº10).
Juvenil Masculinos -1º Diogo Henriques (9ºE, nº5), 2º David
Henriques (9ºF, nº7), 3º Mauro Urgeiro (8ºD, nº19).
Laboratório aberto ao 1º ciclo
As turmas 7ºA, 7ºD e 8ºB irão realizar, durante o 2º período, diversas sessões de ciência para os alunos do 1º
ciclo do nosso agrupamento.
Estas actividades surgem no âmbito da disciplina de Área de Projecto das referidas turmas e têm como
objectivo:
Despertar nos mais pequenos o gosto pela ciência;
Possibilitar a aproximação dos alunos das várias escolas do Agrupamento, permitindo também uma certa
familiarização com os espaços da nossa escola.
As sessões de ciência, inteiramente preparadas, organizadas e apresentadas pelos alunos, consistem na realização
de várias experiências, subordinadas a temáticas tão diversas como o som, a luz, o magnetismo ou a astronomia.
O Ardina – página 6
Poemas
O amor é uma companhia!..
O amor não sabe andar só!..
Já não sei andar pelos caminhos;
Porque já não posso andar só;
Um pensamento visível faz-me andar
Mais depressa e ver menos; e ao mesmo
Tempo gostar bem de ir vendo tudo…
Mesmo a ansiedade de ver tudo, tudo,
Tudo, tudo…
Tudo pode ser perigoso!...
Perigosa é a vida!...
Que engraçado nós vivermos!...
O que é que é vida?
André Germano, N.º 2, 9ºF
………………………………………..
Amo com o olhar e nem com a fantasia.
Sou sujeito a paixões visuais.
Para mim uma criatura não tem alma,
A alma é só com ela mesma.
André Germano, N.º 2, 9ºF
Aos deuses uma causa se agradece
O sono … a vida esqueça já que não pode nunca ser feliz
Por isso, com um rito definido encostemos a fronte ao
travesseiro
E deponhamos como antes de um juiz…
Sim, o sono, o sossego, a não ser nada
A morte sempre ansiava…
No sossego da fronte que repousa…
Não gostamos de espectáculos… Desprezemos actores e
dançarinos. Todo o espectáculo e a imitação desgraçada do
que havia apenas de sonhar-te…
A minha vida e uma febre perpétua uma cede sempre
renovada…
Que o nosso amor seja uma oração… unge-me de ver-te
Que eu farei dos meus tédios serão padres-nossos e as minhas
Angustias ave-marias…
A nossa pátria estava demasiado longe para rosas.
André Germano, N.º 2, 9ºF
O Tiago era um menino que vivia na Tailândia, ele tinha
muitos amigos e gostava de brincar com eles em especial
com o Tomás o Toni e o Tozé. No Verão o Tiago ia passar as
férias a casa do tio Tomé que morava em Tavira; o tio Tomé
tinha muitos instrumentos que o Tiago adorava tocar ele
tinha: tambores, trompetes, trombetas, tubas. O Tiago
também gostava que a tia Tina preparasse a sua comida
preferida; arroz de Tamboril.
Quando adormecia ao som do relógio que fazia tic-tac
sonhava com os amigos Tomás, Toni e Tozé que se estavam a
divertir na Tailândia.
Não sou tímido, teimoso nem trapalhão.
Sou tranquilo, talentoso e tarologo.
Trabalho realizado por: Tiago (N.20, 6ºF)
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Trabalho realizado por: Susana Madalena N.19, 6ºF
Sem E:
Olá, sou a Susana
Vou contar uma história
A minha gata Bixana
Não gosta da minha prima Glória.
Sem O:
A minha prima
É engraçada
Fica chateada
Sempre que vê a minha gata Felina.
Sem I:
Orelhas felpudas
Patas brancas
Rabo preto e patusco
É o meu gato farrusco
Sem I:
Escrevo eu esta quadra
Para contar-vos que o amor,
Chega quando menos se espera
E traz com ele o calor.
Sem O:
Aprender é saber
É ser inteligente,
Nunca se pára de aprender
É sempre em frente!
Sem E:
A lua nova faz a sua missão,
Nisto há afirmação,
O amor voa no ar
Acabando por ficar.
Trabalho realizado por: Karyna N.11, 6ºC
Sem I: COM A SE ESCREVE AMOR
COM R RECORDAÇÃO. COM M SE ESCREVE MÃE
QUE TRAGO NO CORAÇÃO. Sem O: A CHUVA CAI LÁ FORA POR CASA VOU FICAR
BRINCAR, SORRIR, DANÇAR COISAS VOU PINTAR.
Sem E: E JÁ ESTE MÊS
QUENTINHAS A ESTALAR VENHAM À RUA PARA AS
APANHAR.
Trabalho realizado por: Ana Catarina, N.1, 6ºC
Janeiro 2008 O Ardina página 8
SEM “O”
AMAR A VIDA É TER A CERTEZA DA FELICIDADE
DA NATUREZA E DA CARIDADE E TAMBÉM AMAR QUEM QUISER
///////
SEM “E”
NO MUNDO HÁ AMOR HÁ CALOR, HÁ COR
MAS HÁ ÓDIO, RANCOR NA VIDA LOUCA DA DOR
////////
SEM “I” LOUCO ESTOU POR VOCÊ
SEUS OLHARES VERDES ACASTANHADOS LOUCO DE AMOR
SEM RANCOR!
Trabalho Realizado por: Francisco
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Felinos ou felídeos – são mamíferos carnívoros digitígrados. Ex: leão, tigre, pantera,
chita, onça, gato doméstico…
Os felinos rastejam camuflados até perto das suas presas e de repente atacam com um
salto súbito.
Habitat de vários felinos:
Podem-se encontrar na África ou na Ásia, nas planícies abertas perseguem as presas e
mata-as saltando-lhes sobre o dorso.
Espécie: panthera leo
Género: panthera
Família: felidae Reino Animal
Ordem: carnívoro
Classe: mamíferos
Filo: cordatos
1- O leão tem algumas características em comuns com os outros gatos. Todos rugem e se sentam
todos da mesma maneira. Nunca se sentam como os gatos domésticos. Por isso fazem parte de um
grupo designado género.
2- Os grandes gatos partilham características com pequenos gatos. Assim se reúnem num outro
grupo chamado família.
3- Todas as famílias carnívoras têm dentes de forma semelhante. São conjuntamente
classificadas noutro grupo chamado ordem.
4- O grupo que vem a seguir chamasse classe, todos os animais da classe são mamíferos, os
mamíferos são animais com pelo e amamentam-se da progenitora.
Os humanos fazem parte desta mesma classe.
5- Este grupo chama-se filo ou sub-reino.
Nesta classe apenas estão os animais com coluna vertebral, ou seja, os animais vertebrados.
6- O Reino Animal é o último grupo, é o conjunto de todos os animais.
Aqui existem 45 000 vertebrados diferentes, e 950 000 invertebrados. Existem mais reinos. Ex:
Reino das plantas.
Janeiro 2008 O Ardina página 10
- Os tigres dentes de sabre são da época de 12 mil anos atrás e os seus dentes (caninos)
podem atingir 20 cm.
- Os tigres dentes de sabre, tinham
pernas curtas, e eram mais parecidos com
ursos do que propriamente com
gatos.
- O
serval é um felino africano que, consegue saltar até 2 m,
para apanhar algumas das
suas presas voadoras.
- As chitas podem atingir acima dos 110 km/h
em curtos períodos de cada vez (ao fim de cerca de
370 m de corrida)
- Os leopardos capturam as suas presas e transporta-as
para cima das árvores sendo aí que se alimenta.
Sabias Que:
- Os leões africanos e os tigres são os gigantes da
família dos felinos.
- Os pelos dos leões confundem-se com as planícies
onde habitam.
- Enquanto as leoas caçam os leões têm que cuidar
das suas crias.
- Os leões do cabo desapareceram, eram os maiores
e com um pelo comprido.
Trabalho Realizado por:
Joana Miguel Nº 16
Pedro Machado Nº 20
Rui Carreira Nº 23
6º A
Janeiro 2008 O Ardina página 11
Men
sa
gem
de
Na
tal
Janeiro 2008 O Ardina página 12
O LOBO E OS SETE CABRITINHOS
Era uma vez sete cabritinhos que viviam com a sua mãe.
Um dia a mãe foi às compras e disse aos filhos para não abrirem a porta a ninguém. Veio o lobo
bater à porta, mas os cabritinhos conheceram - no. Então, o lobo pôs farinha nas patas e
enganou-os. Assim que abriram a porta o lobo comeu – os, menos ao mais pequeno que se
escondeu no relógio.
A mãe chegou e o pequeno contou-lhe tudo.
A mãe cortou a barriga ao lobo, tirou os cabritinhos e pôs pedras.
Quando acordou, o lobo sentiu muita sede, foi beber água ao rio, caiu e morreu.
Os cabritinhos ficaram felizes.
Joana, 3ºC
O Encontro de Amor…
A minha história começou numa noite de Verão de dia 15 de Agosto numa festa aqui perto. Parecia-me
uma noite vulgar, igual a tantas outras, em que não se fazia nada, nem acontecia nada, ou melhor, não era
costume acontecer nada. Mas, esta noite foi diferente. Houve um encontro inesperado, que eu nunca
pensei que algum dia fosse acontecer comigo, mas aconteceu.
Um aperto que me deu no coração que não pensava sentir no primeiro encontro, um olhar que me
arrepiou. As aulas começaram de maneira diferente, apesar de não sermos da mesma escola!… Um beijo
nessa noite que me arrepiou. Um toque especial enquanto dançávamos. Já lá vão tantos meses de tanta
paixão e nada parece mudar. Já houve um fim de tarde diferente. E, mais alguns dias em que fui feliz…
Mas passados alguns dias, uma mensagem para pedir um tempo para pensar. Dias mais tarde outra
mensagem que dizia para voltar. E no fim disto e muito mais, uma cara inundada em lágrimas! Um coração
que anda a sofrer em silêncio. Um sorriso que já não consigo dar com felicidade.
Um pensamento de que viver já não faz sentido. Um amor que não acaba mais. E, hoje a esperança que
tenho de que um dia vai resultar e que já não falta muito para esse dia tão desejado acontecer… mas
tenho esperança e a esperança é a última a morrer.
Marta Santos, n.º4, 9ºD
Janeiro 2008 O Ardina página 13
A história de uma folha
Sou a folha de um castanheiro e tenho muitas irmãs pequenas como eu.
Estava presa aos braços da minha mãe, onde me sentia protegida do
mau tempo.
A minha mãe é uma árvore muito grande, frondosa e muito bonita.
Na Primavera e no Verão veste-se de verde e é um refúgio para os
pássaros que fazem aí os seus ninhos. Mas quando chega o Outono, a
cor verde dá lugar às cores amarelas, castanha e vermelha.
Fica deslumbrante!
Quando veio o Inverno, eu e as minhas irmãs partimos levadas pelo vento. Viajámos por terras
distantes e vimos grandes cidades e paisagens muito diferentes.
Ao fim de alguns dias e cansada da viagem fui parar a um jardim onde brincava um menino com o
seu cão chamado Bell. O menino, ao ver-me no chão, apanhou-me e levou-me para casa, colocando-
me dentro do seu livro preferido de histórias de Natal.
Desde esse dia passei a ser a folha mais feliz do mundo pois vivo rodeado de lindas histórias de
encantar.
Bernardo Santos, 3ºC
No Outono...
No Outono está frio e chove muito.
Começa a acender-se a lareira e começa a caça.
Na caça há caçadores e cães.
As árvores começam a ficar sem folhas.
E os dias começam a ser mais pequenos e as noites maiores.
Nuno Gomes, 3º C
Janeiro 2008 O Ardina página 14
Que o Pai Natal visite a Vossa Árvore de Natal e vos leve muito
Amor, Alegria e Paz
O Natal transporta a imaginação dos mais novos para um mundo encantado,
algures no Pólo Norte, onde vive um senhor “barrigudo, de barba branca, vestido
de vermelho” que chefia uma fábrica de brinquedos destinados a eles na noite
de 24 para 25 de Dezembro.
A lista de presentes é extensa e variada. Bicicletas, bonecas, Cachorros e
gatinhos bebés, estojos de maquilhagem, X-Box, Game Boy, computador, são
alguns dos pedidos já a caminho da fábrica de brinquedos do Pai Natal. Para as
crianças de hoje o velhote vestido de vermelho e de barbas brancas existe e
quem não se portar bem arrisca-se a não ter presente no sapatinho. “Para
ganharmos um presente do Pai Natal temos que nos portar bem”, explica Raquel, 5 anos. No Jardim-de-infância de
Boiças, que frequenta, já todos os seus colegas pediram presentes, que a educadora registou numa carta enviada ao
Pai Natal. O Fernando, 4 anos, sentado ao seu lado, insiste com a educadora para que telefone ao Pai Natal, a
confirmar os pedidos! Neste Jardim-de-infância, as crianças vivem já com ansiedade e expectativa a noite de 24. “Eu
vou passar o Natal a Angola diz a Neuza, 4 anos, é lá que mora o pai, a mãe e o mano. No outro ano ele entrou na
minha casa pela chaminé, eu estava a jantar e não o vi, conta o Miguel, 4 anos. A tarefa complica-se quando o Pai
Natal não tem chaminé para descer. Joaquim resolve, “nas casas que não têm chaminé, ele entra pela porta do
quintal”. Muitos não dormem na esperança de ver ou ouvir qualquer som que lhes alimente o imaginário. O Miguel deixa
chocolates para as renas perto da chaminé, já Jessica deixa sumo. Carolina estranha, “as renas não bebem sumo!”.
Mas estas renas são especiais, “tem um foguetão por baixo para conseguir dar a volta ao mundo numa noite” explica
Miguel Maria de 4 anos. As crianças não se deixam iludir pelos milhares de Pais Natais que povoam os centros
comerciais. “Esses são mascarados e metem barrigas de fingir, o Pai Natal está no Pólo Norte a trabalhar”, explica o
Joaquim de 4 anos. Um pouco mais desconfiada, a Carlota, 4 anos, afirma, “Eu acho que o pai e a mãe dão dinheiro ao
Pai Natal para ir às compras porque eles estão a trabalhar”. Contrapõe convicta a Tatiana, 4 anos,” o Pai Natal não
precisa de dinheiro. Não sabes que o Menino Jesus deu-lhe uma fábrica dos brinquedos, para ele entregar aos
meninos que portam-se bem?!”Segundo a psicóloga Ana Isabel Mestre as crianças acreditam convictamente no Pai Natal até aos seis, sete anos de idade. “Esse imaginário é muito importante para o desenvolvimento criativo da criança, porque há todo um outro mundo que só existe quando se é pequeno”, afirma. Partilho inteiramente desta
opinião, porque na infância a imaginação é fértil. É bom sonhar enquanto se pode.
De S. Nicolau ao Pai Natal da Coca-Cola. A história do Pai Natal que povoa o imaginário das crianças de hoje
difere daquela que é considerada como a verdadeira história do Pai Natal. São Nicolau, Bispo de Mira, na actual
Turquia onde era conhecido pela sua generosidade para com os mais desfavorecidos e crianças que protegia com toda
a dedicação. Em torno deste homem surgiram várias lendas. Nuns locais dizia-se que se deslocava de trenó puxado
por oito renas. Noutros a figura do velhinho de longas barbas brancas aparecia num burro, com um saco cheio de
presentes. Mais tarde acreditava-se que o velhinho descia pelas chaminés, de noite, para deixar os seus presentes
nas meias e sapatinhos das crianças. Esta imagem do S. Nicolau vive até aos nossos dias, personificado pelo Pai Natal,
símbolo de dádiva, amor e fraternidade, características do Natal Cristão. O Pai Natal como o conhecemos
actualmente é o resultado da sociedade de consumo. A sua divulgação a nível mundial deve-se aos Estados Unidos da
América, onde é conhecido como Santa Claus. Foi em meados do séc. XIX que Thomas Nast criou a imagem do Pai
Natal como a conhecemos. Em 1931, essa mesma imagem foi usada
numa campanha de publicidade da Coca-cola, da autoria de Habdon
Sundblom. Assim o Pai Natal alcançava a fama. A lenda alastrava desta
forma a todo o mundo. Hoje, o Natal não é o mesmo se não houver um
velhinho vestido de vermelho, de barbas e cabelos brancos, com um
saco enorme carregado de presentes.
Luísa Falcão, Educadora de Infância
(Artigo desenvolvido a partir de registos orais do meu grupo de Crianças e pesquisas na Internet.)
Querido Pai Natal
Janeiro 2008 O Ardina página 15
2ºe 3º Ciclo – Escola - Sede
JI e 1º Ciclo de Arrouquelas – a 1ª escola a visitar-nos.
Era uma vez… O Leão e o Rato
Quem entra na Biblioteca apercebe-se, de imediato, que ali os dias passam de um modo agradável, com muitas
novidades e repletos de aventura.
É um espaço aberto, activo e muito concorrido, desde a hora de abertura até ao fecho, todos os dias da semana. Para
tal, muito tem contribuído a dinâmica que lhe é dada pela equipa
nuclear, colaboradores, animadores e funcionários da mesma.
Esta tem promovido diversas actividades que atraem os alunos à
Biblioteca. Eis alguns destaques…
Começou-se por dar a “Conhecer a Biblioteca Escolar”.
Todas as turmas do Agrupamento foram convidadas a visitar a BE
e a conhecê-la mais de perto. Experimentaram os vários espaços,
visualizaram um filme-documentário e tomaram conhecimento do
seu funcionamento e organização.
Por uma questão
de acessibilidade, as
turmas da Escola-sede
foram as primeiras a
fazer esta visita. Ao
longo do mês de
Novembro, vieram as
turmas dos Jardins-de-infância e do 1º ciclo das restantes
freguesias. A experiência foi muito positiva e espera-se que seja
repetida outras vezes, quer por iniciativa da BE quer por
iniciativa das próprias escolas, pois a BE é um espaço que se enriquece com a participação e colaboração de todos nós.
“Era uma vez…”
Desde o dia 23 de Outubro até ao dia 12 de
Novembro, decorreu na Biblioteca, durante o período
do almoço, entre as 13h e as 13.30h, uma actividade
intitulada “Era uma vez…”. Esta actividade consistiu
na dinamização de um pequeno conto, neste caso a Fábula de La Fontaine “O
Leão e o Rato”. Os alunos ouviram, reflectiram e ilustraram a história. Por fim,
todos os trabalhos foram expostos na biblioteca.
1º Ciclo – Turma 1ºB - Escola -Sede
Janeiro 2008 O Ardina página 16
O livro é…
Bibliopaper – vencedores do 2º ciclo – 6ºF
A Biblioteca Escolar também não esqueceu a comemoração de alguns dias festivos.
“Dia Internacional das Bibliotecas Escolares”
No âmbito das comemorações do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, dia 22 de Outubro, os alunos do 1º
ciclo foram convidados a participar na construção de um livro grande intitulado “ O livro é…”. As turmas envolveram-
se, a participação foi intensa e o resultado foi um grande livro ilustrado. Foi ainda possível visitar uma exposição com
trabalhos realizados pelas escolas das freguesias.
Os alunos do 2º e 3º ciclo participaram num Bibliopaper. Divididos
por grupos e por ciclos os alunos foram percorrendo a biblioteca em busca
de respostas. Foi muita a agitação! … Os grandes vencedores foram os
Chili Paper do 6ºF e os Worms do 8ºC.
“ Halloween” e Dia de São Martinho
Estes dias também não foram esquecidos.
No Dia das Bruxas, a Biblioteca animou-se com
tanta feitiçaria, fez-se uma mesa de livros e uma exposição de trabalhos, alusivos ao
tema.
Pelo S. Martinho, a nossa Árvore Mágica, embelezou-se com muitas castanhas,
ouriços e outros motivos decorativos, realizados pelos alunos do 1º ciclo.
Bibliopaper – Vencedores do 3º ciclo – 8ºC
Janeiro 2008 O Ardina página 17
Ana Rita e Rafaela – 7ºA, colaborando na actividade “Era uma
vez…” hora do conto para o 1º ciclo.
Bruno Santos – 6ºB, colaborando na actividade de recepção às
escolas do Agrupamento.
Patrícia Couto (8ºA) e Rita Jesus (5ºC) colocando cotas nos livros
Mas não é só! Outras actividades vão decorrer, ao longo do ano, e que contam com a tua colaboração. Procura o
“Caderno do Ser”, pois ele encontra-se permanentemente à tua disposição e nele poderás registar as tuas opiniões ou
pensamentos, de acordo com o mote dado semanalmente. Poderás, ainda, participar num concurso de problemas,
“Matematicando”. Na 1ª semana de cada mês, será proposto um desafio que consiste na resolução de um problema de
matemática. Para participares, deverás deslocar-te à BE e colocares a tua resposta na caixa que se encontra lá para esse
efeito. Já agora, aproveita para aprenderes muitas curiosidades sobre a matemática. Serão atribuídos prémios aos
concorrentes mais pontuados. Participa!!!
Já conheceste as Malas do Imaginário? Sabias que existem umas malas, que podem circular pelas salas e que contêm cartões
com imagens para que a partir delas possas criar belas histórias. Pergunta ao teu professor por elas! Já estão a circular.
“Clube Amigos da Biblioteca”
Caso ainda não tenhas conhecimento, a Biblioteca
tem um Clube!!! Sim, um Clube onde se pretende que os
alunos se envolvam, de forma directa e responsável, nas
actividades da Biblioteca: no atendimento, na leitura, na
informática, nos audiovisuais, entre outros. Os alunos
inscritos vão receber uma pequena formação e um cartão
identificador do seu estatuto, que usam sempre que estão
em funções. Já muitos alunos se inscreveram e a sua
colaboração tem sido muito importante.
A Equipa da Biblioteca e o Conselho Executivo
agradecem a todos os alunos que, voluntariamente,
colaboram com a nossa Biblioteca, tornando-a um espaço
tão especial.
Janeiro 2008 O Ardina página 18
Alguns dos Encarregados de Educação presentes durante os
convívios realizados na Biblioteca
Exposição “A escola e os pais de mãos dadas”
Escola de Pais
Aproveitando as comemorações do Dia Europeu dos Pais e da
Escola, um grupo de professores e a Associação de Pais do
Agrupamento de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva,
conscientes da necessidade da aproximação da escola à Família,
convidaram todos os Pais e Encarregados de Educação do
Agrupamento a comparecerem na Biblioteca Escolar e a participarem
num encontro/convívio. Deste encontro resultou a vontade de criar
uma Escola de Pais.
A Escola de Pais funciona como um local de reflexão e
de debate onde os pais procuram, em conjunto, ultrapassar
alguns problemas inerentes à sua condição de educadores.
Sim, porque educar não é fácil! O primeiro encontro
decorreu no dia 16 de Novembro. Este foi um encontro sem
tema definido e com um único objectivo: os pais presentes
apresentaram-se, dialogaram, trocaram ideias. Foi, ainda,
possível recolher algumas informações, para uma posterior
caracterização do grupo.
Bem-haja a todos!!
Estejam atentos! A Biblioteca reserva muitas surpresas para
o 2º período.
Janeiro 2008 O Ardina página 19
Singela e Sentida Homenagem
“Enquanto os rios corram, os montes façam sombra e no céu haja estrelas deve durar a memória do bem recebido na mente do homem grato”, disse Virgílio. E é, principalmente, como mulher e mãe que hoje, aqui, quero reconhecer perante todos vós a minha gratidão
pelo convívio com a D.Eduarda.
Primeiro, enquanto professora, por me auxiliar no meu desempenho: sempre afável, cordial, educada, atenta e
disponível para todos.
Depois, e talvez principalmente, como mãe: porque acompanhou o meu filho, e os de tantas outras mães, nos
seus primeiros passos na nossa escola; tratava-os com meiguice, mimava-os sempre que percebia que de mimos
necessitavam, falava-lhes num tom meigo e em voz baixa, não precisando de a elevar para que compreendessem
a sua razão quando precisava de a impor; tratava-os a todos pelo seu nome próprio, distinguindo-os facilmente
desde o primeiro dia, bem como reconhecia os seus pais, mães ou outros familiares de cada um, a quem sempre
sabia descrever, com pormenor, como havia decorrido o dia de aulas na escola, sensível à ansiedade de todos os
pais no início da vida escolar dos seus filhos!
Muitas vezes me perguntei: “Como é possível distingui-los? Saber o nome de todos tão cedo? Reconhecê-los?
Atender às necessidades de cada um?
Quem com ela conviveu e trabalhou depressa concluiu que só assim acontece quando o nosso trabalho é
por vocação!
Como mulher, mãe e professora sei que só por essa razão pode ser! E sei também quão difícil é manter todos
os dias a boa disposição, ser paciente, não permitir que os nossos problemas, por maiores que sejam, interfiram
no nosso desempenho com as crianças com quem, por força do ofício que escolhemos, connosco convivem
todos os dias, quantas vezes por mais tempo do que com a própria família!
Por fim, também como mulher, a D. Eduarda foi, para mim, um exemplo de força e de grandeza, pelo que pude
acompanhar. Nem a adversidade nem a doença alteraram o seu carácter e a sua forma de estar com todos aqueles
que com ela conviviam no dia a dia de trabalho!
Para terminar, gostaria de citar uma máxima hebreia que sintetiza o elogio que aqui pretendo tornar público:
“Quem dá, não deve voltar a recordar-se; mas quem recebe nunca deve esquecer.” “A memória é o único paraíso do qual não podemos ser expulsos.”
Pelo muito que recebi e porque para sempre a guardarei na memória e no coração, obrigada pela sua dádiva, D.
Eduarda, e que Deus lhe permita o descanso e a paz.
Professora Anabela Brígida
O Ardina – página 20
A paixão pelos livros…
A questão que se impõe é de fácil e evidente formulação:
como formar e desenvolver jovens leitores? O prazer de
ler pode transmitir-se e alimentar-se, mas esta é uma
tarefa que deverá ficar a cargo de quem tiver a paixão
pelos livros e a souber comunicar. Não uma paixão
inconsequente e que exclua a razão, mas uma paixão
consciente e enternecedora, até porque a inteligência não
se deve desligar das emoções e dos afectos. Neste
sentido, a escola assume uma dupla função. Por um lado
deverá ensinar a ler, desenvolvendo nos alunos as
competências de leitura que lhes permitam descodificar
o código escrito, e, por outro lado, deverá ensinar a
compreender, a apreciar e a desfrutar do que se lê.
No entanto, a “construção” de um leitor é um
processo lento e complicado, que exige regularidade e
continuidade nas suas actividades. Para além deste
aspecto, torna-se fundamental que a criança/jovem se
envolva emotivamente com a leitura, rendendo-se à
capacidade de sedução do texto e deixando-se conduzir
pela riqueza ou “imprevisibilidade” do que lê.
Para tal, dever-se-á cuidar do gosto pela leitura,
construindo estratégias que convoquem vários parceiros
(a família, a escola, a biblioteca) para desenvolver uma
paixão que terá de contar com o seu elemento material: o
livro. Este terá de ser, cada vez mais, um objecto tocado,
manuseado em muitos momentos e em muitos espaços,
por mais incríveis que sejam, porque o livro deve fazer
parte dos hábitos quotidianos. O prazer e a paixão de ler
alimentam-se na construção dessa familiaridade com o
livro e a leitura. Trata-se, neste sentido, de reconhecer o
livro e a leitura como elementos da construção da
identidade pessoal e cívica dos jovens e como o
prolongamento natural do Ser e Estar de cada um.
O Plano Nacional de Leitura assumiu o
desenvolvimento da leitura e a valorização do livro
como uma prioridade, procurando alargar e diversificar
as acções promotoras de leitura em contexto escolar,
na família e em outros contextos sociais.
Consequentemente, tem proporcionado às escolas
livros e outros recursos, através de um apoio
financeiro que se tem consubstanciado de forma
faseada. O nosso Agrupamento já havia sido
contemplado na primeira fase nacional de atribuição de
verbas (Educação Pré-escolar, 1º e 2º ciclo do ensino
Básico) e no passado mês de Novembro foi também
seleccionado para receber apoio para as actividades
promotoras da leitura no 3º ciclo, após o respectivo
registo a apresentação de projecto. Embora haja a
consciência de que este Plano não é a panaceia para
todos os males, os estudos demonstram que as
competências básicas ou se adquirem precocemente ou
dão lugar a dificuldades que progressivamente se
acumulam e se multiplicam. Daí que se parta do
pressuposto de que, para chegar às crianças e aos
jovens, é indispensável mobilizar os responsáveis pela
sua educação. É aqui que a intervenção de todos
professores (e não apenas dos professores de Língua
Portuguesa!) se torna fulcral e indispensável.
Professora Susana Traquina
O Ardina – página 21
O Jogo da Apanhada! … Sou professora por profissão e… vocação. À minha profissão já
dediquei muito da minha vida, já fiz grandes sacrifícios e, também, já tive as maiores alegrias. E, de entre
elas, vivi, há pouco tempo atrás, um momento de rara beleza que não posso deixar de registar e partilhar
convosco.
Era a última hora do dia, numa tarde de chuva miúda e cinzenta. Já um pouco cansada, preparei-me para
mais uma aula. De repente, quando calmamente abro a porta da sala, entram-me os “miúdos” de roldão,
algumas meninas chorosas, uma, a Dulce, a chorar mesmo, os rapazes nervosíssimos e percebi logo que ia ter
um “drama” entre mãos… E “puxei” da minha calma, da minha paciência…
“ Que a Dulce tinha “chibado””, isto é, feito ”queixinhas” de duas colegas por terem iludido o controle da
funcionária da entrada e terem saído para comprar duas fatias de pizza e uma mão cheia de deliciosas
gomas, que ela era uma embirrenta, que nunca brincava com ninguém, que nunca “alinhava “ com o grupo, que
nunca jogava à apanhada, que nunca, que nunca…
A verborreia, a algazarra, a crueldade, a inconsciência das crianças e a desgraça, a infelicidade da Dulce
comoveram-me. De olhos rasos de água, encolhida, via-se que estava a ser o bode expiatório de toda a
turma… Imaginam, não é? Sabem, … as crianças são capazes de ser cruéis!
E, eu tomei, imediatamente, a defesa da Dulce que como o nome diz é uma menina tímida, sempre só, de
grandes e doces olhos castanhos. Doía-me aquela injustiça. E via naquela menina, nos seus olhos cheios de
lágrimas, no seu quase silêncio e frouxo protestar, alguém habituado a sofrer, há muito e em silêncio… Nos
adultos, meu Deus, que nos aguentemos e defendamos, mas nas crianças, não, não pode ser!...
E, gradualmente, respondendo a este e aquele, fui dominando a algazarra geral, “virando a face da
situação” e aos poucos “reabilitando a Dulce.
A certa altura disse-lhes: ”Sabem, é quase Natal!... E… Natal pode ser todos os dias, deveria ser todos os
dias. E sabem? -disse-lhes a seguir: “ A agressividade é muitas vezes uma forma de se pedir ajuda”.
E os “miúdos” pararam a pensar. Contei-lhes que a vida já é suficientemente dura para todos, de vez em
quando, para andarmos, já nos bancos da escola a guerrearmo-nos uns aos outros. Que a amizade,
companheirismo, perdão, fraternidade, tolerância não são coisas que se lêem só nos livros mas sim valores a
serem aprendidos, ali, na escola, uns com os outros e agora. Que a escola não existe apenas para aprender
Português, Matemática, Inglês, … mas para formar os homens e mulheres de amanhã, se possível para um
futuro mais justo e mais humano… E, agora, com o Natal a aproximar-se bem podiam começar a pensá-lo, a
senti-lo no coração, a pô-lo em prática… “ Que Natal é sempre que o Homem quiser…”
E os “meus miúdos” perceberam… e sorriram… e a Dulce mudou de carteira par o lado de uma das meninas
que a tinha acusado mas que “afinal” era sua amiga e deixou de estar ao fundo da sala e completamente só.
A certa altura, a Mariana vira-se para mim e diz-me: -Sabe “stõra”, a “stôra” é bué de fixe” E desta vez
eu não lhe corrigi o Português, … e quando o toque de saída soou e o Alexandre desafiou o grupo para um jogo
da “apanhada”, para aproveitarem os últimos raios de sol, a Dulce corajosa e tímida lá foi “embrulhada” no
grupo jogar com o resto da turma, quebrando a sua barreira de silencio e misturando-se com os “miúdos” qual
bando de passarada.
Sai. Curiosamente, não estava cansada, o “stress” desaparecera, uma alegria secreta invadia-me o coração,
sentia-me leve e, para já realizada. Talvez conseguisse ajudar a tornar uma criança maia feliz e menos só!...
O sol estava a desaparecer. Um resto de luz num fim de tarde de chuva fazia com que as nuvens
carregadas de água desenhassem um belíssimo jogo de sombras chinesas num céu cinza de
veludo… A felicidade enchia-me o peito. O Natal chegara mais cedo aquela turma. O sol punha-se,
enquanto, um grupo de meninos jogava feliz à apanhada.
Professora Cristina Santos
Janeiro 2008 O Ardina página 22
O Significado Do Natal
O Natal surge como o aniversário do
nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, sendo
actualmente uma das festas católicas mais
importantes.
Inicialmente, a Igreja Católica não
comemorava o Natal. Foi em meados do século IV
d.C. que se começou a festejar o nascimento do
Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data
no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a
verdadeira data do Seu nascimento.
Uma das explicações para a escolha do dia 25
de Dezembro como sendo o dia de Natal prende-
se como facto de esta data coincidir com a
Saturnália dos romanos e com as festas
germânicas e célticas do Solstício de
Inverno, sendo todas estas festividades
pagãs, a Igreja viu aqui uma oportunidade de
cristianizar a data, colocando em segundo
plano a sua conotação pagã.
Algumas zonas optaram por festejar o
acontecimento em 6 de Janeiro, contudo,
gradualmente esta data foi sendo associada à
chegada dos Reis Magos e não ao nascimento
de Jesus Cristo.
O Natal é, assim, dedicado pelos cristãos a
Cristo, que é o verdadeiro Sol de Justiça
(Mateus 17,2; Apocalipse 1,16), e
transformou-se numa das festividades
Janeiro 2008 O Ardina página 23
centrais da Igreja, equiparada desde cedo à
Páscoa.
Apesar de ser
uma festa cristã, o
Natal, com o passar
do tempo,
converteu-se numa
festa familiar com
tradições pagãs,
em parte
germânicas e em parte romanas.
Sob influência franciscana, espalhou-se, a
partir de 1233, o costume de, em toda a
cristandade, se construírem presépios, já que
estes reconstituíam a cena do nascimento de
Jesus. A árvore de Natal surge no século XVI,
sendo enfeitada com luzes símbolo de Cristo, Luz
do Mundo. Uma outra tradição de Natal é a troca
de presentes, que são dados pelo Pai Natal ou
pelo Menino Jesus, dependendo da tradição de
cada país.
Apesar de todas estas tradições serem
importantes (o Natal já nem pareceria Natal se
não as cumpríssemos), a verdade é que não nos
podemos esquecer que o verdadeiro significado
de Natal prende-se com o nascimento de Cristo,
que veio ao Mundo com um único propósito: o de
justificar os nossos pecados através da sua
própria morte. Nesses tempos, sempre que
alguém pecava e desejava obter o perdão
divino, oferecia um cordeiro em forma de
sacrifício. Então, Deus enviou Jesus Cristo
que, como um cordeiro sem pecados, veio ao
mundo para limpar os pecados de toda a
Humanidade através da Sua morte, para que
um dia possamos alcançar a vida eterna, por
intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus.
Assim, não se esqueçam que o Natal não se
resume a bonitas decorações e a presentes,
pois a sua essência é o festejo do nascimento
Daquele que deu a Sua vida por nós, Jesus
Cristo.
Janeiro 2008 O Ardina página 24
A Todos Um Bom Natal
Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós
No Natal pela manhã
Ouvem-se os sinos tocar
E há uma grande alegria, no ar
Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Nesta manhã de Natal
Há em todos os países
Muitos milhões de meninos, felizes
Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Vão aos saltos pela casa
Descalças ou com chinelos
Procurar suas prendas, tão belas
Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Depois há danças de roda
As crianças dão as mãos
No Natal todos se sentem irmãos
Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Se isto fosse verdade
Para todos os Meninos
Era bom ouvir os sinos tocar.
Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós
(Letra de Lúcia Carvalho)
Janeiro 2008 O Ardina página 25
Árvore de Natal
Antecedentes
A Árvore de Natal é um pinheiro ou abeto,
enfeitado e iluminado, especialmente nas casas
particulares, na noite de Natal.
A tradição da Árvore de Natal tem raízes
muito mais longínquas do que o próprio Natal.
Os romanos enfeitavam árvores em honra de
Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na
mesma época em que hoje preparamos a Árvore
de Natal. Os egípcios traziam galhos verdes de
palmeiras para dentro de suas casas no dia mais
curto do ano (que é em Dezembro), como
símbolo de triunfo da vida sobre a morte.
Nas culturas célticas, os druidas tinham o
costume de decorar velhos carvalhos com
maças douradas para festividades também
celebradas na mesma época do ano.
Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século
VII, pregava na Turíngia (uma região da
Alemanha) e usava o perfil triangular dos
abetos com símbolo da Santíssima Trindade
(Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho,
até então considerado como símbolo divino, foi
substituído pelo triangular abeto.
Na Europa Central, no século XII,
penduravam-se árvores com o ápice para baixo
em resultado da mesma simbologia triangular
da Santíssima Trindade.
Janeiro 2008 O Ardina página 26
Árvore de Natal como hoje a conhecemos
A primeira referência a uma “Árvore de Natal”
surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela
se vulgarizou na Europa Central, há notícias de
árvores de Natal na Lituânia em 1510.
Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da
reforma protestante, que após um passeio, pela
floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e
de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à
família sob a forma de Árvore de Natal, com
uma estrela brilhante no topo e decorada com
velas, isto porque para ele o céu devia ter
estado assim no dia do nascimento do Menino
Jesus.
O costume começou a enraizar-se. Na
Alemanha, as famílias, ricas e pobres,
decoravam as suas árvores com frutos, doces
flores de papel (as flores vermelhas
representavam o conhecimento e as brancas
representavam a inocência).
Isto permitiu que surgisse uma indústria de
decorações de Natal, em que a Turíngia se
especializou.
No início do século XVII, a Grã-Bretanha
começou a importar da Alemanha a tradição da
Árvore de Natal pelas mãos dos monarcas de
Hannover. Contudo a tradição só se consolidou
nas Ilhas Britânicas após a publicação pela
“Illustrated London News”, de uma imagem da
Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos,
junto à Árvore de Natal no castelo de
Windsor, no Natal de 1846.
Esta tradição espalhou-se por toda a Europa
e chegou aos EUA aquando da guerra da
independência pelas mãos dos soldados
alemães. A tradição
não se consolidou
uniformemente
dada a divergência
de povos e
culturas. Contudo,
em 1856, a Casa
Branca foi
enfeitada com uma
árvore de Natal e a tradição mantém-se desde
1923.
Janeiro 2008 O Ardina página 27
Árvore de Natal em Portugal
Como o uso da árvore de Natal tem origem pagã, este predomina nos países nórdicos e no
mundo anglo-saxónico. Nos países católicos, como Portugal, a tradição da árvore de Natal foi
surgindo pouco a pouco ao lado dos já tradicionais presépios.
Contudo, em Portugal, a aceitação da Árvore de Natal é recente quando comparada com os
restantes países. Assim, entre nós, o presépio foi durante muito tempo a única decoração de
Natal.
Até aos anos 50, a Árvore de Natal era até algo mal visto nas cidades e nos campos era pura e
simplesmente ignorada. Contudo, hoje em dia, a Árvore de Natal já faz parte da tradição
natalícia portuguesa e já todos se renderam aos Pinheirinhos de Natal!
Janeiro 2008 O Ardina página 28
COMMENT ON DIT?
LES JOURS DE LA SEMAINE ( DIAS DA SEMANA)
Português Francês Pronúncia
Dia Le jour / La journée le jur / la jurnê
Semana La semaine lá çeméne
Que dia é hoje? Quel est le jour? kélé le jur
É... C’est... çé
... segunda-feira ... lundi lãdi
... terça-feira ... mardi márdi
... quarta-feira ... mercredi mérkredi
... quinta-feira ... jeudi jâdi
... sexta-feira ... vendredi vãdredi
... sábado ... samedi çámedi
... domingo ... dimanche dimãxe
É 8 de Outubro C’est le huit octobre çé le ui óktóbre
Hoje Aujourd’hui ôjurdüí
Fim-de-semana Le week-end le uikend
Trouve dix noms de couleurs dans la grille.
Janeiro 2008 O Ardina página 29
Noël en France
Alguns dias antes do Natal, as cidades e as aldeias francesas apresentam um ar de festa.
Decoram-se as fachadas das Câmaras Municipais. Decoram-se enormes pinheiros nas praças e
nos largos dessas localidades. As ruas principais e as árvores são cobertas com fitas e luzes
coloridas e luminosas. Os grandes armazéns fazem belas montras e alguns colocam autómatos
nas montras.
As crianças tiram fotografias ao lado do Pai Natal. As escolas primárias decoram as suas
salas. No dia 24, à noite, as famílias reúnem-se para um jantar composto por manjares deliciosos
como ostras e pasta de fígado. Após o jantar, os mais católicos vão, em família, à missa da meia-
noite. Durante a noite, o Pai Natal vem entregar os presentes e as crianças descobrem-nos no
dia seguinte de manhã junto à árvore de Natal.
O dia de Natal é passado em família, à volta da mesa. A refeição é muitas vezes composta por
perú ou por capão assado e termina com um bolo ou por um tronco de Natal (torta de chocolate
em formato de um tronco de árvore). Na Provença, em algumas igrejas junto ao mar, no fim da
missa da meia-noite, uma procissão de pescadores e de peixeiros deposita junto ao presépio um
cesto cheio de peixe, como sinal de afecto e reconhecimento para com o pequeno Jesus.
A tradição manda que a refeição da véspera de Natal termine com treze sobremesas que
simbolizam Cristo e os doze apóstolos. Estas sobremesas reúnem todas as frutas e doces da
região.
Joyeux Noël et Bonne Année!!!
Ana Cigarro (2007)
Janeiro 2008 O Ardina página 30
- Arrêtez ! Ne partez pas !
Comme les rennes sont obéissants, ils s'arrêtent immédiatement.
Qui a crié ? Une silhouette surgit de la forêt. Ce grand manteau rouge. cette longue barbe blanche... C'est lui...
c'est le Père Noël ! Les lutins n'en croient pas leurs yeux. Voilà un deuxième Père Noël. Et ce Père Noël est en
colère. II répète :
- Ne partez pas. Attendez-moi. Le Père Noël, c'est moi !
- Pas du tout ! Le Père Noël, c'est moi ! Décollons vite, Nous sommes en retard. Les rennes ne savent plus à quel
Père Noël obéir. Le premier dit :
- Vous n'allez pas croire cet inconnu ! Envolons-nous. Et zou... Le deuxième rouspète :
- Je suis allé faire un petit pipi.
dans la forêt et ce vieux brigand a pris ma place. Faites-le descendre de mon traîneau !
Les lutins sont bien embêtés. Les deux Pères Noël se ressemblent tellement. Comment reconnaître le vrai ? Un lutin
courageux a une idée. Il s'approche du Père Noël dans le traîneau et, d'un coup sec, il tire sur sa barbe.
- Ouille, ouille, ouille ! fait celui-ci.
Janeiro 2008 O Ardina página 31
- Pas de doute, c'est une vraie barbe, affirme le lutin.
Puis il va tirer sur la barbe de l'autre Père Noël.
- Aïe, aïe, aïe ! crie celui-là.
- C'est aussi une vraie barbe.
conclut le lutin courageux. Un lutin malin a une autre idée :
- Le vrai Père Noël connaît le nom de tous ses rennes. Alors, je vous
écoute, messieurs les Pères Noël.
- Trop facile ! dit en rigolant le Père Noël sur le traîneau. Et il vient
murmurer six noms à l'oreille gauche du lutin.
- Hyper-simple, lance en ricanant l'autre Père Noël.
Et il chuchote les mêmes noms à l'oreille droite du lutin.
« Incroyable, soupire le lutin malin... ils m'ont donné tous les deux la bonne réponse.
Mais deux Pères Noël, c'est beaucoup trop. Il y a forcément un faux ! »
À cet instant, la porte d'une petite cabane en bois s'ouvre brusquement.
Un vieux bonhomme en caleçon apparaît. Il a une barbe blanche et il n'est pas
content.
- Vous avez vu l'heure, dit-il aux lutins. Je faisais une sieste dans mon
cabanon et personne n’est venu me réveiller.
Les lutins poussent des cris de stupeur :
- Encore un Père Noël ! Impossible !
Trop c'est trop ! Le Père Noël en caleçon ronchonne :
- Qu'est-ce que vous attendez ? Puis il ouvre de grands yeux étonnés lorsqu'il
découvre tes deux autres Pères Noël.
-Albert ! Dagobert ! s'exclame-t-il.
- J'avais envie d'essayer ton traîneau, dit l'un.
- Moi aussi, dit l'autre.
Les lutins ne comprennent vraiment plus rien. Heureusement, le Père Noël en caleçon leur donne des explications :
- Ces deux barbus sont mes frères,
Albert et Dagobert.
Ils me ressemblent beaucoup,
mais rassurez-vous, le Père Noël, le vrai, l'unique, c'est moi ! D'ailleurs, je suis le seul à connaître les adresses de
tous les enfants de la Terre.
- Tu nous emmèneras un jour avec toi ? demandent en chœur Albert et Dagobert.
- Si vous êtes sages, je vous ferai faire un petit tour dans l'Univers lorsque j'aurai fini ma tournée, répond le Père
Noël. Alors, vite, Albert lui passe son manteau, Dagobert lui donne son pantalon. Et le Père Noël, le vrai, maintenant
tout habillé, s'envole avec ses rennes pour distribuer ses jouets.
Janeiro 2008 O Ardina página 32
Reza a história - Porque é que Camões é célebre? - Pela sua memória, senhor professor. - Porque dizes isso? - Porque, no seu monumento, está escrito “À SUA MEMÓRIA”.
A verdadeira preguiça - Então mandei-te fazer uma redacção sobre as características da preguiça e entregas-me uma folha em branco. - Naturalmente, esta é uma das características da preguiça.
A escolha certa - Luizinho, que queres ser quando fores grande? - Quero ser “Pai Natal”! - Porquê? - Assim trabalharei sempre um dia por ano!
Mesmo Idiota - Considero que um tipo é idiota quando pensa ter a
certeza absoluta de qualquer coisa.
- E tu estás certo disso?
- Claro que sim.
Encontra as 20 palavras com os nomes de frutas escondidas.
Solu
ção
Janeiro 2008 O Ardina página 33