ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DA
BM&FBOVESPA: ANÁLISE COMPARATIVA DA PERFORMANCE SOCIOAMBIETAL
Área temática: Gestão Ambiental & Sustentabilidade
Anna Cleide Cardoso Alves
Ana Carolina Vasconcelos Colares
Patrícia Mattar
Resumo: Tendo em vista a sustentabilidade e sua importância na gestão empresarial, a presente pesquisa visa
analisar se as empresas do setor de energia elétrica, participantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE),
possuem melhor evidenciação e indicadores socioambientais do que as empresas não participantes. A presente
pesquisa se caracteriza como descritiva, quanto aos procedimentos utiliza a pesquisa bibliográfica e em relação à
abordagem classifica-se como quantitativa. Foram analisados os Passivos Ambientais e os Indicadores
socioambientais de 22 empresas. Com vista a atender os objetivos, foram excluídas 7 empresas que não divulgaram o
Balanço Social (modelo Ibase). Dessas empresas, 6 participam do ISE, e apenas 3 possuem Passivos Ambientais no
Balanço Patrimonial. Observou-se por meio de análise horizontal, que os valores monetários dos Passivos Ambientais
não sofreram alterações significativas de 2012 para 2013 e, que as Notas Explicativas, de forma geral, evidenciam
apenas obrigações ambientais (licenças e recuperação de danos). As empresas participantes do ISE apresentaram
maiores índices socioambientais, no entanto, ao aplicar o teste estatístico T-Student, as médias não apresentaram
diferenças significativas. De maneira geral, a falta de divulgação dos Passivos Ambientais e do Balanço Social exigido
pela ANEEL, reduziu a analise da pesquisa, não sendo possível generalizar as ações socioambientas da amostra
estudada.
Palavras-chaves: Balanço Social, Índice de Sustentabilidade Empresarial, Gestão Ambiental,
Indicadores Socioambientais.
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ISSN 1984-9354
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
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1. INTRODUÇÃO
A relação humana com o meio ambiente torna-se cada vez mais discutida nos meios sociais e
econômicos, propondo questões que venham salientar a qualidade de vida e seus impactos no
patrimônio ambiental. Diante disso, as organizações têm considerando a variável ambiental como uma
importante ferramenta na gestão de seus negócios, tornando-se um diferencial competitivo, gerando
uma relação de interdependência entre o setor econômico e ambiental.
Para Seiffert (2011) a sustentabilidade desafia e pressiona as empresas a levarem em
consideração os impactos ambientais dos processos e materiais utilizados na produção, bem como os
reflexos sociais de seus produtos. Ainda, Tinoco (2010) ressalta que uma empresa sustentável tem que
se preocupar com as esferas sociais e ambientais, por meio do comportamento ético dos seus diretores
através de propostas que foquem a sustentabilidade e sua relação entre os negócios e a natureza.
Para verificar a participação das empresas no processo de gestão com viés sustentável, o Brasil,
dentre outros países, dispõe de uma ferramenta para análise da sustentabilidade corporativa das
empresas listadas na BM&FBOVESPA, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que baseia-se
em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa.
(BM&FBOVESPA, 2014).
No entanto, para a maioria das entidades brasileiras, o Balanço Social ainda é o principal meio
de divulgação das informações sócios ambientais, haja vista que as informações contidas vão além da
gestão financeira e conseguem atingir a evidenciação almejada pelos stakeholders. (COLARES et al.,
2012). Para Tinoco e Kraemer (2011, p.63), o Balanço Social é visto como um “instrumento de gestão
e de informação que visa evidenciar, de forma mais transparente possível, informações contábeis,
econômicas, ambientais e sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferenciados usuários”.
Neste contexto, muitas pesquisas têm sido realizadas no âmbito sustentável das organizações na
busca de identificar qual o grau de comprometimento das empresas para com a sociedade. Para isso, a
Contabilidade tem se tornado um importante instrumento na geração de informações que visa atender
“os usuários interessados na atuação das empresas sobre o meio ambiente, subsidiando o processo de
tomada de decisão, além das obrigações com a sociedade no que tange à responsabilidade social e à
questão ambiental”. (TINOCO e KRAEMER, 2011, p. 16).
A presente pesquisa propõe verificar se existe diferenciação na performance socioambiental das
empresas do setor de energia elétrica participantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da
BM&FBovespa comparativamente com empresas não participantes desse índice, a partir das
informações contidas no Passivo Ambiental e no Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas (IBASE). Para alcance desse objetivo, foram estabelecidos os seguintes
objetivos específicos: a) analisar se as empresas do setor de energia elétrica participantes do ISE têm
Passivo Ambiental inferior ao das empresas não participantes desse índice, bem como a representação
desse Passivo no Patrimônio Líquido; b) verificar qual o teor das informações qualitativas divulgadas
sobre os Passivos Ambientais das empresas do setor de energia elétrica participantes do ISE; e c)
investigar se as empresas do setor de energia elétrica participantes do ISE têm melhores resultados nos
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indicadores socioambientais do Balanço Social comparativamente com as empresas não participantes
desse índice.
Essa pesquisa torna-se relevante, pois permite verificar se as empresas do setor de energia
elétrica têm buscado pelo desenvolvimento sustentável através dos índices e demonstrativos estudados,
no que tange a eficiência ambiental, justiça social e desenvolvimento econômico. Para a área contábil
o trabalho apresentado justifica-se pelo reconhecimento da Contabilidade Ambiental, em nível de
evidenciação das informações, sendo uma contribuição positiva na área de proteção ambiental,
gerando dados econômicos e financeiros das interações das empresas com o meio ambiente, sendo
relevantes para tomada de decisões e a realização de avaliações regulares das políticas ambientais. E
por último, esse trabalho tem o intuito de incentivar pesquisas relacionados à área ambiental, que vem
sendo impulsionada pela sua importância, tanto pelos órgãos governamentais e pela economia.
2. REFERENCIAL TEÓRICO Este capítulo busca fundamentar por meio de uma base teórica os objetivos propostos nesta
pesquisa, abordando os seguintes pontos: Gestão ambiental, Sustentabilidade Empresarial, Balanço
Social, Passivo Ambiental e Indicadores Socioambientais.
2.1 Gestão ambiental
A Gestão ambiental surgiu com a necessidade dos seres humanos continuarem interagindo com
o meio ambiente, tentando criar formas organizadas para o uso dos recursos ambientais frente as
atividades humanas (SEIFFERT, 2011). Tinoco (2010) completa que, a Gestão ambiental é o controle
apropriado do meio ambiente a fim de propiciar o seu uso com a redução de abusos, de maneira que as
comunidades biológicas se mantenham para a continuidade do benefício humano.
Nesse sentido define-se que a “gestão ambiental consiste na administração do uso dos recursos
ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e potenciais institucionais e
jurídicos com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade de recursos e desenvolvimento social”.
(CAMPOS apud Tinoco, 2010 p.127)
Notadamente, de acordo com as definições dos autores, entende-se que a Gestão ambiental é a
forma organizada e racional da interação dos seres humanos com o meio ambiente, a fim de
proporcionar um equilíbrio entre as ações humanas e o bem estar do meio ambiente. De acordo Seiffert
(2011, p.8), o significado de Gestão ambiental pode ser segregado da seguinte forma:
1.política ambiental: o conjunto consistente de princípios doutrinários que conformam as aspirações
sociais e/ou governamentais no que concerne à regulamentação ou modificação no uso, controle,
proteção e conservação do ambiente;
2.planejamento ambiental: o estudo prospectivo que visa a adequação do uso, controle e proteção do
ambiente às aspirações sociais e/ou governamentais expressas formal ou informalmente em uma
política ambiental, através da coordenação, compatibilização, articulação e implantação de projetos de
intervenções estruturais e não estruturais;
3.gerenciamento ambiental: o conjunto de ações destinado a regular o uso, controle, proteção e
conservação do meio ambiente, e a avaliar a conformidade da situação corrente com os princípios
doutrinários estabelecidos pela política ambiental. (SEIFFERT, 2011, p. 8).
Perfazendo o significado da gestão ambiental, a Contabilidade torna-se uma importante
ferramenta no processo de gestão ambiental, uma vez que seu objetivo é o fornecimento de
informações uteis para a tomada de decisões dos seus usuários, realizada de forma integrada com as
demais áreas de uma entidade, pode informar com eficácia sobre a contribuição das empresas ao
desenvolvimento sustentável através do registro, mensuração e evidenciação das informações de cunho
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ambiental, seja no curto ou longo prazo (VELLANI, 2011). Diante disso, a Contabilidade contribui
para a geração de diversos benefícios no processo de gestão ambiental, conforme Quadro 1.
Quadro 1 - Benefícios da gestão ambiental Benefícios Econômicos
Economia de Custos
Redução do consumo de água, energia e outros insumos.
Reciclagem, venda e aproveitamento e resíduos, e diminuição de efluentes.
Redução de multas e penalidades por poluição.
Incremento de Receita
Aumento da contribuição marginal de “produtos verdes”, que podem ser vendidos a preços mais altos.
Aumento da participação no mercado, devido à inovação dos produtos e à menor concorrência.
Linha de novos produtos para novos mercados.
Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da poluição.
Benefícios Estratégicos
Melhoria da imagem institucional.
Renovação da carteira de produtos.
Aumento da produtividade.
Alto comprometimento do pessoal.
Melhoria nas relações de trabalho.
Melhoria da criatividade para novos desafios.
Melhorias das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos ambientalistas.
Acesso assegurado ao mercado externo.
Melhor adequação aos padrões ambientais.
Fonte: Adaptado de Tinoco (2010, p. 131)
Portanto, para que seja possível continuar a usufruir dos recursos existentes sem comprometer
as gerações futuras, faz-se necessário, cada vez mais, o papel da gestão ambiental, não somente com
objetivo de sanar ou reduzir problemas com inadimplências legais ou riscos ambientais, mas, também,
adicionar valor às empresas através do comprometimento ético com a sociedade e o meio ambiente.
2.3 Sustentabilidade Empresarial Para Varela, Costa e Dolabela (1999), algumas importantes transformações que tiveram
influência no contexto econômico, social e político foram a expansão do comércio internacional
através do crescimento das corporações transacionais e o desenvolvimento de escala dos meios de
comunicação e do transporte, ocasionando, assim, o fenômeno da globalização. Com isso, a integração
desses fatores, levou o homem a buscar uma conscientização das diferenças econômicas e sociais entre
os países desenvolvidos e os em desenvolvimento, o que desencadeou o questionamento dos valores
presentes nas organizações das diversas sociedades.
Com isso, as empresas se tornaram “sistemas abertos e estão em constante interação com o
meio que as cerca, mantendo um conjunto de relações que envolvem demandas e contribuições com
vários elementos que compõem o seu ambiente, chamados de parceiros.” (VARELA, COSTA E
DOLABELA, 1999, p.29).
Quadro 2 - Relação das empresas com os parceiros
PARCEIROS CONTRIBUIÇOES DEMANDAS BÁSICAS
Acionistas - capital - lucro e dividendos
- prevenção do Patrimônio
Empregados
- mão-de-obra
-criatividade
- ideias
- salários justos
- segurança no emprego
- realização pessoal
- condições de trabalho
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Fornecedores - mercadorias - respeito aos contratos
- negociação legal
Clientes - dinheiro
- segurança e boa qualidade dos produtos
- preço acessível
- propaganda honesta
Concorrentes - competição
- referencial de mercado - lealdade na concorrência
Governo
- suporte institucional
- suporte jurídico
- suporte político
- obediência às leis
- pagamento de tributos
Grupo e movimentos - aportes socioculturais diversos
- proteção ambiental
- respeito aos direitos de minorias
- respeito aos acordos salariais, etc.
Comunidade - infraestrutura
- respeito ao interesse comunitário
- contribuição à melhoria da qualidade de vida na comunidade
- conservação dos recursos naturais
Fonte: Adaptado de Varela, Costa E Dolabella (1999, p. 29)
Visto que as empresas representam um conjunto de elementos inter-relacionados, que pode
influenciar, tanto no seu funcionamento, como atingir a sociedade, é de grande importância o papel da
sustentabilidade que venha garantir o desenvolvimento econômico, social e a preservação ambiental
concomitantemente com o objetivo do negócio, o lucro. (VELLANI, 2011).
Nesse sentido, Barbieri (2004, p.141), cita que responsabilidade social é definida como “uma
forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torne parceira e corresponsável pelo
desenvolvimento social”. Ainda, Varela, Costa e Dolabela (1999) conceituam a responsabilidade social
como a forma de tomar decisões baseadas na justiça e no equilíbrio dos interesses dos acionistas com
os interesses dos clientes, dos fornecedores, dos trabalhadores e da sociedade de forma geral.
Em sentido mais amplo, Ruscheinsky citado por Colares et al. (2012, p. 86) define a
sustentabilidade como um conjunto de “[...] medidas que visam manter a capacidade de reposição de
uma população seja ela de espécie animal ou vegetal, ou sejam, a medida em que os recursos naturais
podem ser extraídos, a longo prazo, sem que o patrimônio natural se esgote”. Esse conjunto de
medidas pode ser abordado em cinco dimensões do desenvolvimento sustentável, segundo SACHS
citado por TINOCO (2010, p. 12 -13): A sustentabilidade social – que se entende como criação de um processo de
desenvolvimento sustentado por uma civilização com maior equidade na distribuição de
renda e bens, de modo a reduzir o abismo entre os padrões de vida dos ricos e pobres.
A sustentabilidade econômica – que se deve ser alcançada através do gerenciamento e
alocação mais eficientes dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos
e privados.
A sustentabilidade ecológica – que pode ser alcançada através do aumento da
capacidade de utilização dos recursos, limitação do consumo de combustíveis fósseis e
de outros recursos e produtos que são facilmente esgotáveis, redução da geração de
resíduos e de poluição, através da conservação de energia, de recursos e da reciclagem.
A sustentabilidade espacial – que deve ser dirigida para a obtenção de uma configuração
rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assentamentos
humanos e das atividades econômicas.
A sustentabilidade cultural – incluindo a procura por raízes endógenas de processos de
modernização e de sistemas agrícolas integrados, que facilitem a geração de soluções
específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área. (SACHS APUD TINOCO,
2010, p. 12 -13.)
De forma geral, pode se afirmar que a responsabilidade social pode ser obtida a partir de ações que
permeiam três grandes áreas: econômica, social e ambiental. Com isso, as empresas têm um forte papel
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na sociedade enquanto garantidoras da sustentabilidade, uma vez que suas atividades estão ligadas
diretamente com todas as áreas da sociedade.
2.3 Balanço Social Dentre outras maneiras, as empresas utilizam como forma de evidenciar seu papel sustentável o
Balanço Social que “surgiu com a crescente demanda, por parte da sociedade, de informações a
respeito dos impactos que as atividades empresariais exercem sobre os trabalhadores, a sociedade, a
comunidade e o meio ambiente” (TENÓRIO E NASCIMENTO, 2006, p. 37).
O Balanço Social pode ser definido como uma ferramenta de gestão e informação que visa
evidenciar, de forma mais transparente possível, informações contábeis, econômicas, ambientais e
sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferentes usuários (TINOCO e KRAEMER, 2011).
Para Santolin e Frey (2005), o Balanço Social pode ter diversos objetivos, levando em
consideração o envolvimento das empresas com a área social, como por exemplo: o diálogo – inteirar-
se com o ambiente interno e externo por meio da comunicação; as relações públicas das organizações -
retratar o todo e não apenas as partes, de forma que vire uma publicidade positiva na divulgação dos
resultados efetivos da empresa no âmbito social e ambiental; e, a gestão social - planejamento e o
controle da gestão social da empresa a fim de promover o bem estar e a harmonia constante no
ambiente interno.
Sendo o Balanço Social o demonstrativo financeiro capaz de fornecer informações no que tange o
compromisso sustentável das organizações para com a sociedade. As empresas concessionárias e
permissionárias do serviço público de energia elétrica, para atender as exigências da Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL), por meio Resolução ANEEL nº 444 que Institui o Manual de
Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, que dentre outras questões, deverão utilizar o
modelo de Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) para
evidenciação de informações socioambientais.
O Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase, surgiu de
uma necessidade de modelos adequados ao contexto socioeconômico do país. A partir desta
ideia, o Ibase começou, junto com outras ONGs, a disseminar a importância da transparência
nas ações das empresas, além de cobrar que as grandes corporações prestassem contas das suas
atividades, incluindo os impactos causados ao meio ambiente e na sociedade de uma forma
geral (CASTRO e FILHO, 2011, p.44)
De forma geral, mesmo com alguns pontos a melhorar, o Balanço Social proposto pelo Manual
de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica deverá ser observado no que tange as
informações socioambientais, utilizado como instrumento de avaliação da responsabilidade social das
empresas fornecedoras de energia elétrica do país.
Por fim, o Balanço Social tem como função demonstrar as informações de cunho social,
ambiental e econômico, no que tange o comprometimento da entidade com a sociedade, apresentando
uma postura responsável na avaliação correta de seus negócios perante seus usuários na tomada de
decisões.
2.4 Passivo Ambiental Além do Balanço Social, o Passivo Ambiental é uma outra forma das empresas evidenciar
envolvimentos com a área ambiental, destacado no Balanço Patrimonial. Segundo Seiffert (2011), o
Passivo Ambiental pode ser definido como o conjunto de todas as obrigações que as empresas têm
com a natureza e com a sociedade e, dentre outras informações, promover investimentos em benefícios
ao meio ambiente.
Ainda, de acordo com Vellani, o Passivo Ambiental “pode fornecer informações sobre o valor
dos esforços das empresas em direção à eco eficiência do negócio” (VELLANI, 2008, p.381). No
mesmo sentido, Hendricksen e Van Breda, definem Passivos Ambientais como “prováveis sacrifícios
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futuros de benefícios econômicos resultantes das obrigações presentes”. (HENDRICKSEN E VAN
BREDA apud BUFONI E CARVALHO, 2009, p.16-22)
Em sentido mais restrito, Vilela Júnior e Demajorovic (2006) cita que os Passivos Ambientais são: [...]o valor monetário necessário para custear a reparação do acúmulo de danos ambientais
causados por um empreendimento ao longo de sua operação. Todavia, o termo tem sido
empregado, com frequência, para conotar, de forma mais ampla, não apenas o custo monetário,
mas a totalidade dos custos decorrentes do acúmulo de danos ambientais, incluindo os custos
financeiros, econômicos e sociais. (VILELA JÚNIOR E DEMAJOROVIC, 2006, p.250).
No entanto, conforme afirma Vellani (2008), muitas empresas possuem Passivos Ambientais
que não são identificados no Balanço Patrimonial, provocando grande prejuízo aos demais envolvidos,
não sendo subsidiados para uma justa e real avaliação da situação da empresa, comprometendo seus
investimentos na realização de negócios.
De maneira geral, as informações contidas no Passivo Ambiental relatam os esforços em valores
monetários que as empresas fazem rumo à sustentabilidade empresarial. Para isso, o Conselho Federal
de Contabilidade do Brasil por meio da Resolução CFC nº 1.003/04, aprovou a NBC T 15, que
estabelece procedimentos de evidenciação de informações de natureza social e ambiental, com o
objetivo de demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade social da entidade (CFC, 2014).
Para Vellani (2008), tendo em vista que qualquer atividade econômica pode causar algum impacto nos
ecossistemas que estejam ligados ao negócio da empresa, tais regras evidenciam a variável ecológica
nos demonstrativos contábeis obrigatórios.
Bufoni e Carvalho (2009, p.16-22) apontam que para a existência de um Passivo denotam-se quatro
condições que são essenciais e fazem parte de sua natureza: “[...] (1) a entrega de ativos, (2) alguma
restrição de liberdade, (3) evento passado e (4) estimativa razoável de valor.”
Em geral, o reconhecimento do Passivo Ambiental deve ocorrer quando existe a obrigação por parte da
empresa que incorreu em um custo ambiental, mesmo que ainda não haja uma cobrança formal, e que
atenda ao critério do reconhecimento com uma obrigação, e, ainda, no caso de houver impossibilidade
de mensuração, deverá ser inserido em Notas Explicativas (TINOCO e KRAMER, 2011 e BERTOLI e
RIBEIRO, 2006).
O Passivo Ambiental, não só abrange às sanções por degradação ambiental, mas, também, diz respeito
as medidas empresariais preventivas de danos ambientais, pois têm reflexos econômico-financeiros,
comprometendo tanto o presente quanto o futuro da empresa, podendo ser exemplificado nas situações
em que a empresa tem de assumir a responsabilidade pelas consequências das atividades operacionais
(BERTOLI E RIBEIRO, 2006).
Pode-se afirmar, de maneira geral, que o Passivo Ambiental é uma obrigação que deve ser
reconhecida, mensurada e que tem relação das empresas com os danos ambientais causados pela
atividade, e também toda obrigação contraída destinada a aplicação em ações de controle, preservação
e recuperação do meio ambiente.
Complementando, Tinoco (2010) discorre que o Relatório da Administração e as Notas
Explicativas também podem ser usados para divulgação de informações ambientais, conforme Quadro
3.
Quadro 3: Relatório da Administração e Notas Explicativas RELATORIO ADMINISTRAÇÃO NOTAS EXPLICATIVAS
a) As classes de questões ambientais que se
aplicam à empresa e seu ramo de atividades;
b) As medidas e programas formalmente
estabelecidos pela empresa em relação com
as medidas de proteção ao meio ambiente;
a) Ao reflexo nas operações do montante
relacionado com as medidas ambientais;
b) À origem de financiamento e à política de
amortização;
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c) As melhorias introduzidas em grau de
importância desde que se adotaram as
medidas nos últimos anos;
d) As metas em matéria de emissão de
poluentes que a empresa tem fixado e o
resultado alcançado;
e) O resultado da empresa nas medidas de
proteção do meio ambiente por imposição
legal;
f) Os efeitos financeiros e operacionais das
medidas de proteção ao meio ambiente sobre
os gastos de capital no atual exercício e a
previsão em exercícios futuros.
c) À consignação dos passivos;
d) À criação de provisões e de reservas para
atender casos de acidentes ecológicos;
e) Á divulgação da informação sobre passivos
eventuais;
f) Ao critério aplicado às subvenções oficiais
Fonte: Adaptado de Tinoco (2010, p. 135-136)
Muitas são as formas de evidenciar a posição da entidade mediante os impactos ambientais e sociais
causados por suas atividades, e para que seja possível avaliar sua situação patrimonial e financeira, faz
se necessário o uso de indicadores capazes de auxiliar no processo de gestão.
2.5 Indicadores Socioambientais
A partir de alguns demonstrativos e relatórios financeiros, é possível determinar vários indicadores que
irão avaliar a entidade em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais, permitindo aos investidores
avaliaram a empresa sob seu aspecto sustentável.
Tenório e Nascimento (2006) definem indicadores de responsabilidade social como sistemas de
avaliação que permitem às empresas verificar o seu nível de envolvimento com questões sociais, isto é,
além de exercer função auxiliar na gestão, os indicadores possibilitam a comunicação transparente da
empresa com os diversos agentes, fazendo com que reforcem seu compromisso com a ética nos
negócios e a melhoria na qualidade de vida de sociedade.
Nesse sentido, Tinoco e Kraemer (2010) destaca que evidenciar é divulgar informações do
desempenho econômico, financeiro, social e ambiental das entidades aos parceiros sociais, os
stakeholders, e, para isso, os demonstrativos financeiros e outras informações de evidenciação não
devem ser enganosos. Ainda, os autores, afirmam que a utilização de indicadores de desempenho e a
dispersão de indicadores de eco eficiência são medidas necessárias para conferir transparências aos
negócios da empresa, fundamentando a tomada de decisões nos diversos níveis e áreas (TINOCO e
KRAEMER, 2011).
No Brasil utiliza-se, dentre outros indicadores, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)
da Bolsa de Valores (BM&FBOVESPA), que pode ser entendido como “uma ferramenta para análise
comparativa da performance das empresas listadas na BM&FBOVESPA sob o aspecto da
sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e
governança corporativa.” (BM&FBOVESPA, 2014).
Para Lins e Silva (2009), O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) tem como visão
destacar as empresas, em consequência da valorização das suas ações, uma vez que o ISE, pela
avaliação da BM&FBovespa, apresenta os melhores desempenhos no que se refere nos termos de
responsabilidade social e sustentabilidade financeira e ambiental.
Também, Borges e Ensslin (2010), ressaltam que o ISE pode servir como uma referência para
indicar quais ações, dentro da BM&FBovespa, podem ser mais seguras considerando a longo prazo,
uma vez que essas empresas seguem os critérios de sustentabilidade empresarial, representando menor
risco de investimento.
As empresas, não somente contam com o ISE para avaliação de suas práticas sustentáveis, são
utilizados diversos indicadores de desempenho ambiental. No âmbito ambiental, Tinoco e Kraemer
(2011) citam que existem três combinações de possíveis pares de indicadores que podem ser usados
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para descrever o desempenho ambiental: indicador ecológico com indicador ecológico (resíduo
produzido/recurso utilizado), indicador financeiro com indicador ecológico (emissão de dióxido de
carbono –CO2/unidade de produto produzido) e indicador financeiro com indicador financeiro
(Passivo Ambiental/patrimônio líquido).
Ainda, no Balanço Social do modelo IBASE é possível obter alguns indicadores, dentre eles:
Indicadores Sociais Externos - educação, cultura, saúde e saneamento, esporte, combate à fome e
segurança alimentar e outros; Indicadores Sociais Internos - alimentação, encargos sociais
compulsórios, previdência privada, saúde, segurança e medicina no trabalho, educação, cultura,
capacitação e desenvolvimento profissional, creche ou auxílio-creche, participação nos lucros ou
resultados e outros e Indicadores Ambientais - investimentos relacionados com a produção/ operação
da empresa e investimentos em programas e/ou projetos externos (CASTRO e FILHO, 2011).
Os indicadores, portanto, são importantes instrumentos que auxiliam diretamente a avaliação
patrimonial e financeira de uma entidade, perfazendo uma análise sob aspectos econômicos, sociais e
ambientais, que dentre outros objetivos, pode verificar a eficácia do negócio no que tange o uso dos
recursos naturais em suas atividades, atribuindo valor perante a sociedade.
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS
Este capítulo aborda a classificação deste estudo no que se refere ao tipo de pesquisa, os meios
utilizados para seleção da amostra e da coleta de dados, bem como os instrumentos utilizados e a
maneira que serão abordadas as informações coletadas para esse estudo.
3.1 Tipo de pesquisa O tipo de pesquisa é definido de acordo com fins e os meios que serão utilizados na elaboração
da pesquisa. A presente pesquisa é caracterizada como descritiva, por “[...] descrever, narrar,
classificar características de uma situação e estabelece conexões entre a base teórico-conceitual
existente ou de outros trabalhos já realizados sobre o assunto” (CHAROUX, 2006, p. 39). Quantos aos
procedimentos, esse estudo utiliza a pesquisa bibliográfica “quando é feita com intuito de recolher
informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura resposta ou acerca
de uma hipótese que se quer experimentar.” (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 66). E por último, a
pesquisa tem abordagem quantitativa por organizar, caracterizar e interpretar os dados numéricos
coletados, sendo tratados através de métodos e técnicas estatísticas (MARTINS e THEOPHILO,
2009).
3.2. Universo e amostra de estudo A amostra de empresas desta pesquisa se baseou no setor de energia elétrica, considerando a
Resolução ANEEL nº 444 que Institui o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia
Elétrica que dentre outras questões, define a utilização do modelo de Balanço Social do Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) para evidenciação de informações
socioambientais. Utilizou-se critério de diferenciação que foi a participação ou não da empresa no
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), disponível no site da BM&FBovespa, chegando em 22
empresas, sendo 11 participantes do ISE e 11 não participantes. Para realizar outros objetivos o
número de empresas foi reduzido para 15, por não apresentar o Balanço Social, conforme modelo do
IBASE.
3.3 Instrumentos de coleta de dados Os dados desta pesquisa foram coletados nos relatórios das Demonstrações Financeiras Anuais
Completas de 2013, disponíveis no site da Comissão de Valores Imobiliários (CVM).
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Optou-se por buscar a evidenciação do Passivo Ambiental no Balanço Patrimonial, bem como sua
caracterização por meio das Notas Explicativas. No Balanço Social, conforme modelo do IBASE,
foram coletados os valores representativos da Receita Líquida, dos Indicadores Sociais Internos e
Externos, e Ambientais.
Os valores do Passivo Ambiental foram analisados através da análise horizontal para os anos de
2013 e 2012, a fim de verificar se houve aumento ou redução em valores absolutos e, também,
utilizou-se um indicador financeiro para verificar a representação desse Passivo no Patrimônio
Líquido. Já, as informações qualitativas foram retiradas das Notas Explicativas referentes aos
exercícios de 2013 e 2012.
Em relação a análise dos indicadores socioambientais foram utilizados procedimentos
estatísticos descritivos, comparando seus percentuais em relação a Receita Líquida e, a partir disso,
analisar se as empresas participantes do ISE têm maior ou menor representação de seus indicadores. E,
por último, utilizou-se de testes estatísticos para verificar se há diferenças significativas entre as
médias dos indicadores das empresas participantes do ISE em relação as que não são participantes.
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Nesse capítulo são apresentados os resultados obtidos a partir da amostra estudada. Para isso,
utilizou-se como ferramenta de análise estatística o software Excel 2013, tanto para análises descritivas
quanto na aplicação de testes estatísticos de diferença de média.
4.1. Caracterização da Amostra A amostra é composta por 22 empresas do Setor de Energia Elétrica que divulgaram seus
relatórios das Demonstrações Financeiras Anuais Completas de 2013 na Comissão de Valores
Imobiliários (CVM). Também, foram coletadas informações da BM&FBovespa em relação a
participação dessas empresas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
Quadro 4 – Amostra da pesquisa
EMPRESA SETOR ISE EMPRESA SETOR ISE
CESP ELÉTRICO SIM ESCELSA ELÉTRICO NÃO
CEMIG ELÉTRICO SIM NEOENERGIA ELÉTRICO NÃO
COELCE ELÉTRICO SIM CELESC ELÉTRICO NÃO
CPFL ENERGIA ELÉTRICO SIM CELPA ELÉTRICO NÃO
COPEL ELÉTRICO SIM CELPE ELÉTRICO NÃO
ELETROBRAS ELÉTRICO SIM CEMAR ELÉTRICO NÃO
ELETROPAULO ELÉTRICO SIM CEMAT ELÉTRICO NÃO
ENERGIAS BR ELÉTRICO SIM COELBA ELÉTRICO NÃO
AES TIETE ELÉTRICO SIM COSERN ELÉTRICO NÃO
LIGHT S/A ELÉTRICO SIM AMPLA ELÉTRICO NÃO
TRACTEBEL ELÉTRICO SIM ELEKTRO ELÉTRICO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa (2014)
Observa-se no Quadro X que, da amostra total, 11 empresas são participantes do ISE e 11 não
são participantes.
4.2. Análise horizontal do Passivo Ambiental De acordo com os objetivos propostos, foi possível identificar se as empresas da amostra
participantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa têm Passivo Ambiental
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inferior ao das empresas não participantes desse índice. Para tanto, foram analisados os seguintes
relatórios financeiros: Balanço Patrimonial, dos exercícios 2013 e 2012.
Tabela 1: Análise Horizontal – Passivo Ambiental (R$ em milhares)
EMPRESA ISE
Passivo
Ambiental
2013
Passivo
Ambiental
2012
Variação
%
Passivo
Ambiental/
Patrimônio
Líquido 2013
Passivo
Ambiental/
Patrimônio
Líquido 2012
CESP SIM 122.218 252.304 -51,6% 1,31% 2,55%
CEMIG SIM 1.179 5.442 -78,3% 0,01% 0,05%
ESCELSA NÃO 95 92 3,3% 0,01% 0,01%
Fonte: Resultados da pesquisa (2014)
Verifica-se na Tabela 1, que apenas 3 empresas (13,64%) da amostra total apresentaram em seu
Balanço Patrimonial o Passivo Ambiental e que dessas empresas 2 participam do ISE e 1 não participa.
Observou-se, ainda, que das 3 empresas, a CESP possui maior valor monetário em seu Passivo
Ambiental e, que juntamente com a CEMIG, obteve uma redução considerável no Passivo Ambiental
de 2012 para 2013, de 51,6% e 78,3%, respectivamente. Já a empresa ESCELSA apresentou um
aumento pouco significativo em seu Passivo Ambiental de 2012 para 2013. Em relação ao Patrimônio
Líquido, nota-se que o Passivo Ambiental tem pouca representatividade em ambas as empresas, sendo
maior na CESP no ano de 2012 (2,55%). De forma geral, observa-se que poucas empresas evidenciam
os seus Passivos Ambientais, isso pode representar algumas situações: i) a empresa não teve nenhum
Passivo Ambiental durante o período analisado; ii) a empresa não evidenciou separadamente as
obrigações ambientais em relação aos seus passivos, não sendo possível identificá-las; iii) por uma
questão pejorativa, conforme cita Ribeiro e Gratão (2000) apud Tinoco e Kraemer (2011), que os
Passivos Ambientais são conhecidos pela sua conotação negativa, isto é, as empresas que divulgam
essas informações são responsáveis por agredir o meio ambiente.
4.3 Informações qualitativas sobre os Passivos Ambientais
Perfazendo os objetivos específicos em verificar qual o teor das informações qualitativas
divulgadas sobre os Passivos Ambientais das empresas do setor de energia elétrica participantes do
Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa, foram analisadas as Notas Explicativas das
empresas que possuem Passivos Ambientais em seus Balanços Patrimoniais.
Quadro 5 – Detalhamento dos Passivos Ambientais
EMPRESA ISE NOTAS EXPLICATIVAS
CESP SIM
(a) Refere-se a Termo de Ajustamento de Conduta TAC, parcelado em 60
meses, com pagamento iniciado em setembro de 2009 e término para
agosto de 2014. (b) Refere-se ao compromisso de adquirir áreas e de
realizar projetos de reflorestamento no Parque Rio do Peixe, Ivinhema e
Porto Primavera.
CEMIG SIM
A Companhia e suas controladas estão envolvidas em assuntos
ambientais, os quais se referem a áreas protegidas, licenças ambientais,
recuperação de danos ambientais e outros, no montante de R$5.263
(R$12.456 em 31 de dezembro de 2012), dos quais R$1.179 foram
provisionados (R$5.442 em 31 de dezembro de 2012), sendo esta a
estimativa provável de recursos para liquidar estas discussões.
ESCELSA NÃO A empresa relatou apenas licenças ambientais.
Fonte: Resultados da pesquisa (2014)
Considerando o teor das informações descritas no Quadro 5, percebe-se que as empresas
participantes do ISE relatam de forma mais detalhada as especificações para os Passivos Ambientais.
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No entanto, em relação a amostra total, o número de empresas que apresentaram Passivo Ambiental é
muito pequeno, o que não permite maior análise das informações e muito menos generalizar tais
resultados, sabendo que são baseados em casos específicos.
Ainda, ressalta-se que o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (2010) apresenta modelos
de Notas Explicativas referentes às demonstrações contábeis e sugere uma tabela comparativa entre as
provisões para contingências entre os dois anos apresentados no relatório, indicando o valor
provisionado no exercício, o acumulado e os depósitos judiciais realizados. No caso de não ter
realizado provisões, o manual indica que a empresa faça uma justificativa da situação. Embora as
demais empresas não tenham evidenciado em números os seus Passivos Ambientais em seus Balanços
Patrimoniais, encontraram-se nos relatórios informações das empresas COPEL, Light S/A, COELCE,
Neonergia e Cemat, sobre projetos, revitalizações, criação de reservas ambientais, arborização de
cidades, recuperação florestal, criação de reservatórios.
4.4 Indicadores Socioambientais x Receita Líquida
Em relação ao objetivo de investigar se as empresas do setor de energia elétrica participantes
do Índice de Sustentabilidade Empresarial BM&FBovespa têm melhores resultados nos Indicadores
Socioambientais do Balanço Social comparativamente com as empresas não participantes desse índice,
foram coletados os dados a partir dos seguintes relatórios: Balanço Social (IBASE), dos anos de 2013
e 2012.
No entanto, para a análise foram excluídas 7 empresas da amostra total (22 empresas) que não
apresentaram o Balanço Social nas demonstrações financeiras disponíveis na CVM, mesmo
considerando a Resolução ANEEL nº 444 que Institui o Manual de Contabilidade do Serviço Público
de Energia Elétrica que dentre outras questões, define a utilização do modelo de Balanço Social do
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) para evidenciação de informações
socioambientais. As empresas excluídas participantes do ISE foram COELCE; CPFL Energia;
Eletrobrás, Energias BR, AES Tiete; e as empresas excluídas não participantes do ISE foram a CELPA
e Ampla.
Ainda, constatou-se que das 15 empresas estudadas, que 6 (40%) são participantes do Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa e que 9 (60%) não são participantes do ISE.
Tabela 2: Indicadores x Receita Liquida (em R$ mil) – 2013
EMPRESA
I
S
E
Receita
líquida
Indicadore
s Sociais
Internos
(ISI)
ISI/RL
(%)
Indicadore
s Sociais
Externos
(ISE)
ISE/RL
(%)
Indicadores
Ambientais
(IA)
IA/RL
(%)
CESP S 3.904.102 82.208 2,11 933.719 23,92 31.933 0,82
CEMIG S 14.627.280 774.617 5,3 5.707.429 39,02 181.300 1,24
COPEL S 9.180.214 1.499.015 16,33 3.704.362 40,35 252.488 2,75
ELETROPAULO S 9.012.207 646.688 7,18 2.488.259 27,61 85.690 0,95
LIGHT S/A S 7.422.256 151.698 2,04 3.104.169 41,82 38.872 0,52
TRACTEBEL S 5.568.658 166.204 2,98 1.179.953 21,19 44.650 0,8
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MÉDIA ISE 8.285.786 553.405 5,99 2.852.982 28,68 105.822 1,18
ESCELSA N 2.027.509 73.454 3,62 830.726 40,97 2.962 0,15
NEOENERGIA N 10.614.298 294.243 2,77 4.622.804 43,55 359.594 3,39
CELESC N 4.872.377 251.556 5,16 2.090.721 42,91 218.958 4,49
CELPE N 3.283.509 96.467 2,94 1.338.441 40,76 185.247 5,64
CEMAR N 1.968.774 61.367 3,12 655.661 33,3 9.183 0,47
CEMAT N 2.312.967 67.810 2,93 984.225 42,55 39.135 1,69
COELBA N 4.894.637 137.556 2,81 2.440.924 49,87 162.066 3,31
COSERN N 1.383.176 46.503 3,36 514.379 37,19 10.928 0,79
ELEKTRO N 3.549.334 123.482 3,48 1.123.831 31,66 52.158 1,47
MÉDIA NÃO ISE 3.878.509 128.049 3,35 1.622.412 40,31 115.581 2,38
Fonte: Resultados de pesquisa (2014)
A partir dos dados apresentados na Tabela 2, foi possível verificar a partir da razão da média
aritmética dos Indicadores Sociais Internos, Externos e Ambientais em relação a Receita Líquida do
exercício 2013, que as empresas participantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da
BM&FBovespa apresentam maiores percentuais em relação as empresas que não são participantes do
ISE.
Tabela 3: Indicadores x Receita Liquida (em R$ mil) – 2012
EMPRESA ISE Receita
líquida
Indicadores
Sociais
Internos ISI/R
L (%)
Indicadores
Sociais
Externos ISE/RL
(%)
Indicadores
Ambientais
(IA)
IA/RL
(%)
(ISI) (ISE)
CESP S 3.354.005 81.986 2,44 813.666 24,26 25.917 0,77
CEMIG S 14.137.358 769.134 5,44 6.784.769 47,99 163.177 1,15
COPEL S 8.493.252 1.617.300 19,04 4.559.404 53,68 275.151 3,24
ELETROPAUL S 9.959.198 581.090 5,83 2.959.448 29,72 57.080 0,57
LIGHT S/A S 7.182.360 129.677 1,81 2.984.459 41,55 41.927 0,58
TRACTEBEL S 4.912.499 155.321 3,16 1.163.472 23,68 56.312 1,15
MÉDIA - ISE 8.006.445 555.751 6,29 3.210.870 36,81 103.261 1,24
ESCELSA N 1.904.705 55.825 2,93 1.086.994 57,07 7.970 0,42
NEOENERGIA N 11.650.373 280.911 2,41 4.548.513 39,04 229.148 1,97
CELESC N 4.545.214 255.278 5,62 2.198.539 48,37 150.815 3,32
CELPE N 3.545.861 82.915 2,34 1.424.330 40,17 125.950 3,55
CEMAR N 2.348.082 52.012 2,22 825.864 35,17 31.307 1,33
CEMAT N 2.344.799 66.055 2,82 1.136.821 48,48 43.028 1,84
COELBA N 5.813.614 139.359 2,4 2.313.065 39,79 89.837 1,55
COSERN N 1.418.335 36.069 2,54 519.878 36,65 12.159 0,86
ELEKTRO N 3.569.543 145.006 4,06 1.322.296 37,04 73.835 2,07
MÉDIA - NÃO ISE 4.126.725 123.714 3,04 1.708.478 42,42 84.894 1,88
Fonte: Resultados de pesquisa (2014)
Já em 2012, as empresas não participantes do ISE obtiveram maior percentual dos Indicadores Sociais
Externos e Ambientais em relação a Receita Líquida, e as empresas participantes do índice obtiveram
maior percentual dos Indicadores Sociais Internos em relação a Receita Líquida. Também, é possível
perceber que a representação dos Indicadores Sociais das empresas selecionadas possui maior ênfase
nos Indicadores Externos, tanto as participantes ou não do ISE, em relação aos Internos. Entretanto, os
Indicadores Ambientais não apresentam valores expressivos em nenhum dos casos da amostra.
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Observa-se, ainda, através das médias descritas nas Tabelas 2 e 3, em termos absolutos, que as
empresas não participantes do ISE têm menor Receita Líquida e, que os valores correspondentes aos
investimentos sociais são menores, o que pode ser justificado pela menor geração de recursos diante de
suas operações, principalmente para os investimentos sociais internos que estão relacionados com
remuneração, benefícios e capacitação de funcionários da empresa. Com relação aos investimentos
ambientais, essas empresas apresentam maior volume monetário do que aquelas que são participantes
do ISE em 2013, resultado este que não se repetiu no ano anterior.
Tabela 4: Teste T de Student
Informação 2013 2012
ISI/RL ISE/RL IA/RL ISI/RL ISE/RL IA/RL
P-valor 0,169 0,055 0,175 0,156 0,295 0,26
Intervalo de Confiança 95% 95% 95% 95% 95% 95%
Fonte: Resultados da pesquisa (2014)
Por fim, utilizando os percentuais de investimentos a partir dos Indicadores Socioambientais em
relação à Receita Líquida como parâmetro de comparação entre as empresas, aplicou-se o Teste de
Shapiro-Wilk para verificar se as distribuições eram normais. Uma vez confirmadas as distribuições
normais, aplicou-se o Teste T de Student resultando, conforme Tabela 4, que não existem diferenças
significativas entre os percentuais da amostra em relação as empresas que são participantes do ISE e as
que não são participantes do índice, ou seja, com base no intervalo de confiança de 95% e o p-valor
encontrado em todas as médias percentuais é menor que 0,05 confirma que não diferenças
significativas entre as empresas em ambos exercícios analisados.
Ao comparar os resultados evidenciados com a teoria apresentada, verifica-se que não há como fazer
diferenciação entre empresas participantes ou não do Índice de Sustentabilidade Empresarial, pois o
Passivo Ambiental em termos de evidenciação e mensuração das informações qualitativas e
quantitativas da amostra não representam dados conclusivos para análise e, os Indicadores Ambientais
e Sociais Externos e Internos também não apresentaram premissas para determinar a seleção das
empresas participantes do ISE.
Os problemas identificados nos resultados foram a falta de informações nas demonstrações divulgadas
pelas empresas, mesmo com à exigência de informações das empresas do setor energético de acordo
com o Manual para Elaboração e Evidenciação das Concessionárias do Setor de Energia Elétrica
instituído pela ANEEL, o que ocasionou a exclusão de algumas empresas da amostra pesquisada, uma
vez que não possuíam as informações necessárias em acordo com os objetivos propostos por essa
pesquisa.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Essa pesquisa teve como objetivo verificar se existe diferenciação na performance socioambiental das
empresas do setor de energia elétrica participantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da
BM&FBovespa comparativamente com empresas não participantes desse índice.
Por meio dos relatórios financeiros disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) verificou-
se que apenas 20% da amostra estudada possuem Passivos Ambientais discriminados no Balanço
Patrimonial. Das empresas que apresentaram os Passivos Ambientas, realizou-se uma análise
horizontal, identificando que a CESP e a CEMIG e obteve uma redução considerável no Passivo
Ambiental de 2012 para 2013, de 51,6% e 78,3%, respectivamente. Em relação as informações
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qualitativas sobre os Passivos Ambientais, dentre as empresas que os possuem, identificou-se que os
valores monetários referem-se, em geral, a licenças ambientais e recuperação de danos ambientais.
Através dos indicadores socioambientais disponíveis no Balanço Social, modelo IBASE, foi
analisado que, de forma geral, as empresas participantes do ISE possuem maior relevância de seus
índices em relação a Receita Líquida. No entanto, ao aplicar o teste estatístico de diferença de média,
verificou-se que não há diferença significativas entre as médias dos índices socioambientais.
Portanto, mediante os resultados obtidos, foi possível verificar que, ainda, muitas empresas do
setor de energia elétrica não apresentam seus Passivos Ambientais nos relatórios financeiros e/ou não
utilizam o modelo de Balanço Social instituído pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Isso, dentre
outros fatores, pode ocorrer pelo fato da empresa não possuir Passivos Ambientais durante o período
analisado, não evidenciou separadamente as obrigações ambientais em relação aos seus passivos e por
uma questão pejorativa, não identificam seus Passivos Ambientais por serem conhecidos pela sua
conotação negativa, isto é, as empresas que divulgam essas informações são responsáveis por agredir o
meio ambiente. O ISE não determina que as empresas participantes apresentam maior performance
socioambiental do que as demais empresas, uma vez que não apresentou percentuais relevantes e nem
diferenças significativas entre as médias. Com isso, sugere-se novas pesquisas com mais empresas que
tenham grande influência no aspecto ambiental e social, para verificar se tais pontos são confirmados
ou rechaçados nos demais setores.
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