IDENTIFICAÇÃO DE COLABORADORES PARA EQUIPES DE ALTA PERFORMANCE
Karina Parcianello Bordin, Fernanda Piccinin Michelin, Norberto Arend Aviles, Janis
Elisa Ruppenthal (Universidade Federal de Santa Maria,UFSM)
Resumo: Este estudo tem por objetivo geral identificar o estágio de performance nas equipes de trabalho de uma empresa que atua no segmento da prestação de serviços na cidade de Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul. A abordagem sobre a área de Gestão de Pessoas está na busca pela identificação dos profissionais de alta performance aliada aos treinamentos e desenvolvimentos aplicados às equipes que desenvolvam características possíveis de atingir a sua capacidade máxima dentro da organização e do grupo, gerando vantagens competitivas através das pessoas. Na revisão da literatura abordam-se os conceitos que permeiam a compreensão de equipe, a necessidade e resistência à equipe e desafio da performance: suas características e aplicações no campo organizacional. Para atingir os objetivos propostos adotou-se como procedimento metodológico a pesquisa quantitativa referente à natureza descritiva dos objetivos, sendo desenvolvida através do método de estudo de caso. Como principais resultados, pode-se observar que a estrutura da empresa está voltada a processos, pessoas e resultados. A revisão de literatura indica que equipes de alta performance podem gerar impactos positivos para as organizações, considerando que se precisa de condições adequadas para seu desenvolvimento e que demandam da organização um planejamento e comprometimento que ultrapassam o desejo de simplesmente sobressair-se. Os resultados compilados através desta pesquisa demonstram que é possível mensurar o estágio e a identificação dos profissionais de alta performance e que estes podem originar um diferencial na busca por melhores resultados nas organizações de encontro com o planejamento estratégico almejado pela empresa.
Palavras-chaves: Organizações. Equipes de alta performance. Treinamento e
Desenvolvimento. Resultados.
ISSN 1984-9354
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1 INTRODUÇÃO
Atualmente, para uma empresa sobreviver em um mercado competitivo, torna-se um
desafio atender as exigências do mercado em que atua. É necessário possuir um diferencial que vai
além de um planejamento adequado, onde ofereça seus serviços de forma a suprir e atender as
expectativas esperadas e, para isto, a qualidade no desenvolvimento dos profissionais que prestam
seus serviços é um ponto chave.
As empresas demonstram que se preocupam com o mercado atuante e as diferentes esferas
que as cercam. Muitas delas, na busca por atingir melhores resultados, investem no treinamento e
desenvolvimento com a intenção de identificar equipes de alta performance - o que vem a
evidenciar a preocupação em atender, alinhar a equipe e principalmente satisfazer as metas
estabelecidas e suprir as necessidades de seus usuários.
O presente trabalho irá abordar o tema relacionado à administração de Gestão de Pessoas e
o possível estágio de equipes de alta performance dentro de uma empresa de prestação de serviços
visando a melhoria da gestão da qualidade na execução dos serviços prestados pelos seus
profissionais de encontro com os resultados que a empresa almeja.
As equipes de alta performance podem se transformar num dos pilares de sustentação para
qualquer organização, sendo um fator fundamental na busca de vantagens competitivas. Para
Katzenbach e Smith (2001, p.185) no que se refere às equipes de trabalho, “elas são um elemento
básico para o desempenho diante de um cenário de mudanças profundas”. Por sua vez, Ancona e
Nadler (1988) dizem que as equipes são grupos de pessoas formados para criar sinergia, para
aumentar a aplicação coordenada de conhecimento especializado, a fim de que o desempenho do
todo seja maior do que a soma de suas partes.
Diante do atual contexto empresarial, torna-se importante o acompanhamento das
organizações referente às informações e às mudanças que acontecem no mercado competitivo e
globalizado. É possível ressaltar também a importância das tendências que envolvem a
administração de Gestão de Pessoas, tendo em vista que as informações são utilizadas, não só com
o objetivo da maximização dos resultados organizacionais como o investimento nas equipes,
agregado de acordo com os valores que a organização cultua.
De acordo com Gil (2001, p.42 e 43),
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...todas as organizações apresentam uma cultura organizacional que se caracteriza pelos valores que esposam, pela regularidade do comportamento de seus membros, pela filosofia que guia suas políticas, pelo clima expresso tanto por seu layout físico, quanto pela interação de seus membros entre si e com o público externo.
Investir em treinamento e desenvolvimento é uma das formas que as instituições
encontram para moldar as suas equipes de modo a capacitá-las e consequentemente garantir o seu
êxito no segmento de atividade. Capacitar o grupo favorece a qualidade dos serviços prestados,
além de padronizar e melhorar as tomadas de decisões.
Neste sentido, Robbins e Decenzo (2004) ressaltam a importância de uma estrutura
formal para uma equipe de alto desempenho. Internamente a equipe deverá ter uma infraestrutura
sólida, incluindo treinamento adequado, sistema de avaliação compreensível com o qual os
integrantes da equipe possam checar seus desempenhos em geral.
Conforme Gil (2008, p.122) treinamento refere-se ao conjunto de experiências de
aprendizagem centradas na posição atual da organização e o desenvolvimento como o conjunto de
experiências de aprendizagem não necessariamente relacionadas aos cargos que as pessoas
ocupam.
A presente pesquisa tem como problemática responder a seguinte questão: Qual o estágio
de performance é predominante nas equipes de trabalho na empresa do segmento de prestação de
serviços.
Tendo em vista o tema apresentado, o objetivo geral deste estudo será: Analisar as
possíveis melhorias que um profissional de alta performance pode gerar. Com o intuito de atingir
o objetivo geral e a sua complementação de acordo com as etapas consecutivas, os objetivos
específicos deste estudo são: Levantar os motivos que levaram a organização em estudo, a optar
pelo investimento em treinamentos na busca deste tipo de profissional ou equipe.
O presente estudo mostra um tema de alta relevância nas empresas, a crescente importância
da administração de recursos humanos e a preocupação com as mudanças organizacionais.
Segundo Gil (1994, p.13), ”a Administração de Gestão de Pessoas é o ramo especializado
da ciência da Administração que envolve todas as ações que têm como objetivo a integração do
trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade”.
Para Daft (2005, p.306): “O treinamento e desenvolvimento representa um esforço
planejado para facilitar o aprendizado dos funcionários de comportamentos relacionados ao
trabalho”.
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Para a empresa, a presente pesquisa, visa à análise da aplicação dos métodos pela busca
da padronização, desenvolvimento e capacitação dos colaboradores na busca da aprendizagem
contínua e do crescimento profissional e organizacional.
O tema em estudo justifica-se dada a importância da Gestão de Pessoas aliado ao
treinamento, capacitação e identificação dos melhores profissionais, bem como a busca pelo
aprofundamento teórico a respeito da aplicação deste processo na empresa e da preocupação em
manter-se altamente competitiva no mercado.
Segundo Milkovich (2000, p.19):
Os recursos humanos (RH) trazem o brilho da criatividade para a empresa. As pessoas planejam e produzem os produtos e serviços, controlam a qualidade, vendem os produtos, alocam recursos financeiros e estabelecem as estratégias e objetivos para a organização. Sem pessoas eficazes, é simplesmente impossível para qualquer empresa atingir seus objetivos.
Neste contexto, o processo da identificação de equipes de alta performance é uma
ferramenta que possibilita a empresa um diagnóstico de ter um elenco propulsor na gestão no seu
macro sistema promovendo melhoria de seus serviços, aumento efetivo da produtividade e vendas,
maior envolvimento do cliente interno e externo, fortalecimento da sua imagem diante dos
concorrentes. Trata-se enfim de uma abordagem que busca a excelência nos produtos e serviços
oferecidos pela organização (SCHEFFER, 2001).
2 GRUPOS E EQUIPES
As pessoas geralmente se destacam por que possuem certas habilidades que são
identificadas através de seu desenvolvimento humano, suas atitudes e convívio em grupo.
Wellins, Byham e Wilson (1994, p. 57), definem grupos como “... pessoas que
normalmente trabalham em conjunto contínua e diariamente”.
De acordo com Robbins , existe uma diferenciação entre grupos de trabalho e equipes de
trabalho. “... grupo cujos membros interagem basicamente para partilhar informações e tomar
decisões, para mutuamente se ajudarem no desempenho em sua área de responsabilidade”
(ROBBINS, 2001, p. 260). Enquanto que “as equipes geralmente superam os indivíduos quando
as tarefas realizadas exigem aptidões múltiplas, discernimento e experiência”. (ROBBINS, 2001,
p. 272).
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O desenvolvimento humano, de acordo com GIL (2001, p.122) “refere-se ao conjunto de
experiências de aprendizagem não necessariamente relacionadas aos cargos que as pessoas
ocupam atualmente, mas que proporcionam oportunidades para o crescimento e desenvolvimento
profissional”.
Deste modo, é necessário que estes atributos sejam alocados em comum dentro da
organização, atuando de maneira singular e complementar, objetivando alcançar o foco delineado.
O alcance deste foco dependerá do trabalho realizado em equipe e pela equipe.
Conforme os autores Katzenbach e Smith (2001), a palavra "equipe" vem sendo tão
utilizada para definir grupos que não são realmente equipes que o termo começa a perder seu
significado. Uma equipe é um grupo de pessoas com aptidões complementares, comprometidas
com um objetivo comum, que realizam trabalho interdependente e são coletivamente responsáveis
pelos resultados.
Conforme salientam Katzenbach & Smith (1994), as equipes devem equilibrar a
quantidade correta de conhecimentos entre competências técnicas ou funcionais, capacidade para
solucionar problemas e tomar decisões e conhecimentos interpessoais, descritos no Quadro 1, de
forma a um membro complementar os conhecimentos dos demais.
Categoria Definição
Competência técnica ou funcional
Dado o tema no qual a equipe deve desenvolver seu trabalho, é importante que membros desta equipe tenham competências técnicas ou funcionais que se complementem na execução de seus objetivos, para uma visão sistêmica do trabalho a ser desenvolvido.
Capacidade para
solucionar problemas e para tomar decisões
As equipes devem conseguir identificar problemas e oportunidades, avaliar as opções disponíveis, fazer opções e tomar decisões, então é importante que algum ou alguns membros iniciais da equipe tenham esta capacidade, embora no decorrer do trabalho essas capacidades possam ser desenvolvidas.
Conhecimentos
interpessoais
Saber se comunicar efetivamente, escutar, apoiar, reconhecer os interesses e realizações dos demais membros da equipe são características relevantes para compreensão e propósitos comuns na equipe.
Quadro 1: Categorias de requisitos de conhecimentos de equipe. Fonte: Adaptado de KATZENBACH & SMITH (1994).
Em outras palavras, a maior parte das equipes é realmente fundamental para poderem
promover uma vantagem competitiva e motivar os demais profissionais que compõe o grupo na
busca de ideias almejadas pela organização.
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Para Schermerhorn (1999, p.149), grupos de trabalho também são equipes, de acordo com
a seguinte definição: "equipe é um pequeno grupo de pessoas com habilidades complementares,
que trabalham juntas com o fim de atingir um propósito comum pelo qual se consideram
coletivamente responsáveis".
3 EQUIPES DE ALTA PERFORMANCE
Na atual conjuntura em que as organizações precisam oferecer um diferencial para
manter-se no mercado em que atuam, investem na qualidade de suas equipes. Nesse sentido
buscam equipes que apresentem um diferencial competitivo evidenciado por sua alta performance,
e que desta maneira os resultados possam ser alcançados de modo eficiente, ágil e competente.
Segundo os autores Katzenbach e Smith (1994), uma equipe de alta performance : “é um
grupo que satisfaz todas as condições da equipe real e possui participantes que estão também
profundamente compromissados com o crescimento e sucesso uns dos outros”, e descrevem que
“Equipe de alta performance”: tende a todos as condições de equipe real e tem um
comprometimento profundo entre seus membros com o intuito de crescimento pessoal de cada um.
Ainda conforme evidenciam os autores acima: “é preciso destacar que as equipes serão
fundamentais para construir a performance empresarial das organizações no futuro”.
Katzenbach e Smith (1994) classificam grupos de acordo com seu modo de funcionamento
e maturidade em uma das cinco posições abaixo:
a) “Pseudo-equipe”: este tipo de grupo pode definir um trabalho a se fazer, mas não se preocupa
com o desempenho coletivo, nem tenta consegui-lo. As interações dos
membros inibem o desempenho individual, sem produzir nenhum ganho coletivo apreciável;
b) “Grupo de trabalho”: os membros desse grupo não veem nenhuma razão para se
transformarem numa equipe. Podem partilhar informações entre si, porém responsabilidades,
objetivos, por exemplo, pertencem a cada individuo;
c) “Equipe potencial”: este grupo quer produzir um trabalho conjunto. No entanto, os
membros precisam de esclarecimentos e orientações sobre sua finalidade e objetivos;
d) “Equipe real”: uma equipe real compõe-se de poucas pessoas, mas com habilidades
complementares e comprometidas umas com as outras através de missão e objetivos comuns. Os
membros passam a confiar uns nos outros;
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Dyer et al. (2011, p. 23) conceituam equipes de alto desempenho como sendo:
As equipes de alto desempenho são aquelas compostas de membros cujas habilidades, atitudes e competências lhes permitem atingir as metas da equipe. Em equipes de alto desempenho, os membros definem as metas, tomam decisões, comunicam-se, administram os conflitos e solucionam problemas em uma atmosfera de incentivo e confiança para atingir seus próprios objetivos. Além disso, os membros desta equipe estão cientes de suas próprias forças e fraquezas e tem a capacidade de mudar quando necessário para melhorar o desempenho do grupo.
4 METODOLOGIA
Na concepção de Andrade (2009, p.111), pesquisa “é o conjunto de procedimentos
sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para
problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos”.
Quanto à natureza a pesquisa classifica-se como quantitativa. Segundo Lakatos (2003) a
razão para se conduzir uma pesquisa quantitativa é descobrir quantas pessoas de uma determinada
população compartilham uma característica ou um grupo de características.
Quanto aos objetivos, pesquisa é exploratória e descritiva. De acordo com Cervo e
Bervian (2002, p. 69) “pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer
descobrir as relações existentes entre os elementos componentes da mesma”. Segundo Vergara
(2000, p.47), “a investigação exploratória é normalmente realizada em áreas nas quais há pouco
conhecimento acumulado e sistematizado”.
Já, a pesquisa descritiva “observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos
(variáveis) sem manipulá-los”. (CERVO; BERVIAN 2002 p. 66). Conforme Vergara (2004) a
pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno.
Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso
de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação.
Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa se caracteriza como um estudo de caso. O
estudo de caso de acordo com Yin (2003) é uma das maneiras de se fazer uma pesquisa em
ciências sociais como: experimentos, levantamentos, pesquisas históricas e análise de informação
de arquivos são alguns exemplos de outras maneiras de se realizar pesquisa. Em geral, os estudos
de caso representam a estratégia preferida quando se colocam questões do tipo “como” e “por
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que”, quando o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em
fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real.
Como plano de coleta dos dados, primeiramente, na fase exploratória utilizou-se de
pesquisa bibliográfica. Posteriormente na fase descritiva, visando levantar os motivos que levaram
a organização em estudo, a optar pelo treinamento e a possível identificação de equipe ou
profissionais de alta performance, utilizou-se da técnica de aplicação de questionário com
perguntas fechadas para os profissionais pertinentes à pesquisa. Para tanto, faz-se necessário
definir o tipo de questionário e como deve ser planejado e executado.
Visando analisar o desenvolvimento das possíveis equipes de alta performance nos
aspectos referentes aos interesses e resultados obtidos para a empresa, foi desenvolvido um
questionário com questões fechadas, que foi aplicado a uma amostra por acessibilidade.
Para Andrade (2009, p.136)
Para elaborar as perguntas de um questionário é indispensável levar em conta que o informante não poderá contar com explicações adicionais do pesquisador. Por este motivo, as perguntas devem ser muito claras e objetivas. A preferência deve recair sobre o emprego de perguntas fechadas, ou seja, as que pedem respostas curtas e previsíveis. Perguntas fechadas são aquelas que indicam três ou quatro opções de resposta ou se limitam à resposta afirmativa ou negativa, e já trazem espaços destinados á marcação da escolha.
Após a coleta dos dados, os mesmos foram tabulados e analisados sob a ótica
quantitativamente.
4 RESULTADOS
Partindo do objetivo de identificar o estágio de possíveis equipes ou o profissional de alta
performance que se destacam dentro da organização, este tópico descreve os dados e informações
obtidas com a aplicação do questionário para 30 colaboradores. A pesquisa foi realizada através de
questionário fechado com perguntas relacionadas ao perfil do colaborador e perguntas relevantes
que possibilitam a identificação do estágio desse tipo de profissional de alta performance, sendo
que se utilizou das opções de resposta: discordo totalmente, discordo, indiferente, concordo,
concordo totalmente.
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Na primeira etapa, foram abordados aspectos referentes ao perfil dos entrevistados como:
o quesito pessoal de questões relativas à idade, sexo, escolaridade, estado civil, e no quesito
profissional o tempo de serviço.
O questionário foi aplicado para 30 colaboradores, as idades variam de 26 a 41 anos,
representado por 40% do sexo feminino e 60% do sexo masculino, sendo amostra na sua maioria
57% de solteiros, 80% possui o ensino médio completo e estão na empresa no tempo de serviço
em média de 4 a 7 anos representado por 33% dos participantes, seguido de 27% dos que estão na
empresa em média de 1 a 3 anos.
Já a segunda parte contempla a percepção dos colaboradores no ambiente do trabalho e o
mapeamento dos estágios das equipes de alta performance.
Conforme salientam Katzenbach & Smith (1994), as equipes devem equilibrar a
quantidade correta de conhecimentos entre competências técnicas ou funcionais, capacidade para
solucionar problemas e tomar decisões e conhecimentos interpessoais.
Figura 1: Trabalho em equipe Figura 2: Comunicação com equipe
Figura 3: Discussões são abertas Figura 4: Cada um compreende os papéis
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Conforme figura 1, evidencia-se que em média de 30% concordam que a empresa
estimula o trabalho em equipe, a figura 2 ilustra que em torno de 28% concordam que conseguem
comunicar-se com facilidade e a percepção que cada um tem a respeito da equipe que atua que as
discussões são abertas para todos os participantes conforme 30% que ilustra a figura 3, cada um
compreende e conhece o papel que os demais desempenham.
Figura 5 : Interesse em aprender Figura 6: Áreas críticas de conhecimento
Observa-se de acordo com a figura 5, que no que tange ao interesse em aprender, e como
mostra a figura 6, que ajudar e identificar áreas críticas em falta em torno de 37% e 34%
respectivamente concordam em desenvolver-se e reconhecem as áreas críticas as quais precisam
ser mais desenvolvidas.
A seguir as figuras 7,8,9,10, abordam questões referentes as metas, conforme ressaltam
os autores Katzenbach & Smith (1994), as metas específicas oferecem às equipes degraus claros e
tangíveis por diversas razões.
Figura 7: As metas são claras Figura 8: As metas são realistas
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Figura 9: As metas requerem um conjunto Figura 10: A importância relativa
Referente às metas a maioria, 37% concordam que elas são claras e simples, 33%
afirmam que são realistas e ambiciosas de acordo com a figura 8. A figura 9 ilustra que 44%
afirmam que as metas requerem um conjunto concreto de trabalho em equipe, já a figura 10
contempla que 36% dos colaboradores concordam que a importância relativa das metas está bem
clara.
Figura 11: O grupo sente-se responsável Figura 12: Os participantes estão esclarecidos
De acordo com a figura 11, 37% do grupo concordam e sentem-se responsáveis
individual e em conjunto pelas metas no seu trabalho , a figura 12 aborda a questão dos
participantes estarem esclarecidos sobre suas responsabilidades, 37% concordam.
Figura 13: Tenho interesse, entusiasmo Figura 14: Adoto atitudes cabíveis
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Conforme ilustra a figura 13, no que tange ao interesse e entusiasmo para a execução da
atividades, 44% concordam que possuem tal interesse. A figura 14 demonstra um percentual de
que 30% concordam que adotam atitudes cabíveis mesmo diante de situações complexas.
Figura 15: Fracasso da equipe Figura 16: Resolução dos problemas
Como podem ser evidenciados na figura 15, 33% dos participantes concordam e tem a
consciência de que qualquer falha será de toda equipe, já na figura 16, 44% concordam que
utilizam de seus conhecimentos para resolver os problemas que surgem não só com as soluções
que são apresentadas, mas como buscam alternativas para resolver da melhor maneira possível.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As equipes são instrumentos estratégicos dentro de uma organização e o seu
desenvolvimento torna-se um ponto chave para alavancar a transformação necessária mediante as
diferentes dimensões que o mercado exige.
Sabendo que a empresa atua no setor da prestação de serviços e devido a isso precisa
estar constantemente buscando renovação de seus processos, e assim também treinar e
desenvolver seus colaboradores e suas equipes, acompanhando as exigências de crescimento para
ser mais competitiva, nesse sentido está buscando identificar uma equipe de alta performance.
Conforme analisadas as respostas, percebe-se que a empresa precisa investir e dar mais
credibilidade para o desenvolvimento das equipes, pois está evidente que os profissionais na sua
maioria têm condições de formar uma excelente equipe de alta performance. Existem diversas
oportunidades de melhorias, principalmente na consciência dos colaboradores em relação à
importância do trabalho em equipe e da união entre as pessoas que compõem uma equipe.
Recomenda-se também à empresa que demonstre para seus colaboradores e suas equipes
que elas possam compreender o quanto o desempenho das suas atividades são importantes, que
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percebam o seu reconhecimento acima de tudo como pessoas que podem fazer a diferença na
organização e não apenas como recursos para desempenhar tarefas.
Os objetivos específicos e geral do estudo constituem-se em conhecer os aspectos
relevantes da empresa relacionados às práticas na área de Gestão de Pessoas, através da descrição
das técnicas delineadas de gestão da empresa e formalização dos procedimentos, elencarem os
treinamentos e desenvolvimentos e a possível identificação de equipes de alta performance,
apresentados neste estudo.
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