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HISTRICO E EVOLUO DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO
Advocacia-Geral da Unio a
instituio que, diretamente ou atravs
de rgo vinculado, representa a Unio,
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos
termos da lei complementar que dispuser
sobre sua organizao e funcionamento, as
atividades de consultoria e assessoramento
jurdico do Poder Executivo. (CF, ART. 131.)
ANTECEDENTES HISTRICOS
Antes da promulgao da Constituio da Repblica de 5 de outubro de 1988 a
representao judicial da Unio (Administrao direta) estava a cargo do Ministrio
Pblico da Unio e as atividades de consultoria e assessoramento jurdicos do Poder
Executivo estavam confiadas Advocacia Consultiva da Unio,1 que tinha como instncia
mxima a Consultoria-Geral da Repblica2 e era composta pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional (no Ministrio da Fazenda), pelas Consultorias Jurdicas (nos demais
Ministrios, Estado-Maior das Foras Armadas e Secretarias da Presidncia da Repblica),
pelos rgos jurdicos dos Gabinetes Militar e Civil da Presidncia da Repblica, pelas
Procuradorias-Gerais e departamentos jurdicos das autarquias e das fundaes federais, e
pelos rgos jurdicos das empresas pblicas, sociedades de economia mista e demais
entidades controladas, direta ou indiretamente, pela Unio. Exercia parcialmente a
representao extrajudicial da Unio a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional PGFN,
como rgo do Ministrio da Fazenda. A representao judicial da Unio esteve afeta ao
Ministrio Pblico da Unio at o advento da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de
1993, com exceo daquela referente s causas de natureza fiscal que passaram antiga
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional desde a promulgao da Carta Poltica, por fora
do art. 29, 5, do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias ADCT.
A AGU NA CONSTITUIO DE 1988 2. A Constituio de 1988, no seu Ttulo IV, disps sobre a ORGANIZAO DOS
PODERES e, sob esse Ttulo, destinou o Captulo I ao PODER LEGISLATIVO, o Captulo II
ao PODER EXECUTIVO, o Captulo III ao PODER JUDICIRIO e o Captulo IV s
FUNES ESSENCIAIS JUSTIA, inserindo neste ltimo Captulo o MINISTRIO PBLICO,
na Seo I, e a ADVOCACIA PBLICA, na qual se inclui a ADVOCACIA-GERAL DE UNIO, na
Seo II. Teve o Constituinte o cuidado de situar a Advocacia-Geral da Unio fora dos trs
Poderes da Repblica, no para que formasse um quarto poder, mas para que pudesse
atender, com independncia, aos trs Poderes, tendo presente que a representao judicial
da Unio funo essencial Justia , confiada nova Instituio, envolveria os trs
Poderes da Repblica. Tambm deixou claro que a Advocacia-Geral da Unio ficaria
responsvel pelas atividades de consultoria e assessoramento jurdicos apenas do Poder
Executivo. Portanto, o lao mais forte a unir a Advocacia-Geral da Unio ao Poder Executivo
decorre desses servios que lhe presta, com exclusividade.
1 Ver Decreto n 93.237, de 1986. 2 Ver Decreto n 92.889, de 1986, e Decreto n 93.237, de 1986.
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3. A Advocacia-Geral da Unio nasceu da necessidade de organizar em Instituio
nica a representao judicial e extrajudicial da Unio e as atividades de consultoria e
assessoramento jurdicos do Poder Executivo, propiciando ao Ministrio Pblico o pleno
exerccio de sua funo essencial de defesa da ordem jurdica essencial Justia ,
do regime democrtico, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponveis,
desvencilhando-o da representao judicial da Unio, por vezes incompatvel com os
seus outros misteres.
A ESTRUTURA DA AGU EM SUA LEI ORGNICA 4. Consoante preconizado no art. 131 da Constituio de 1988, veio a dispor sobre a
organizao e funcionamento da nova Instituio a Lei Complementar n 73, de 10 de
fevereiro de 1993, que instituiu a Lei Orgnica da Advocacia-Geral da Unio e cuidou
de forma mais pormenorizada do brao contencioso da Instituio, de sua representao
judicial, uma vez que j existia, em organizao sistmica, a Advocacia Consultiva da Unio,
a qual tinha na Consultoria-Geral da Repblica sua instncia mais elevada, responsvel
pelas atividades de consultoria e assessoramento jurdicos do Poder Executivo.
5. Os rgos da Advocacia-Geral da Unio AGU, segundo a Lei Orgnica da
Instituio, foram classificados como:
rgos de direo superior: Advogado-Geral da Unio,3 Procuradoria-Geral da
Unio,4 Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,5 Consultoria-Geral da Unio,6 Conselho
Superior da Advocacia-Geral da Unio7 e Corregedoria-Geral da Advocacia da Unio;8
rgos de execuo: Procuradorias Regionais da Unio,9 Procuradorias
Regionais da Fazenda Nacional,9 Procuradorias da Unio nos Estados e no Distrito
Federal,10 Procuradorias da Fazenda Nacional nos Estados e no Distrito Federal,10
Procuradorias Seccionais da Unio,11 Procuradorias Seccionais da Fazenda Nacional,11
Consultoria da Unio12 e Consultorias Jurdicas13 nos Ministrios;
3 O Advogado-Geral da Unio o mais elevado rgo de assessoramento jurdico do Poder Executivo e exerce a representao judicial da Unio perante o Supremo Tribunal Federal. 4 O Procurador-Geral da Unio exerce a representao judicial da Unio perante os tribunais superiores em quaisquer causas, ressalvadas aquelas de competncia da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 5 A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional presta assessoramento jurdico e consultoria ao Ministrio da Fazenda [funes exercidas pelas Consultorias Jurdicas nos demais Ministrios] e exerce a representao judicial da Unio na execuo da dvida ativa de carter tributrio e nas causas de natureza fiscal. Com a promulgao da Constituio de 1988 a antiga PGFN passou a exercer a representao judicial de Unio nas causas de natureza fiscal, mesmo antes da expedio da Lei Complementar n 73, de 1993, por fora do art. 29, 5, do ADCT. 6 A Consultoria-Geral da Unio colabora com o Advogado-Geral da Unio em seu assessoramento jurdico ao Presidente da Repblica. 7 O Conselho Superior da AGU composto de membros natos [Advogado-Geral da Unio, Procuradores-Gerais da Unio e da Fazenda Nacional, Consultor-Geral da Unio e Corregedor-Geral da Unio] e de membros eleitos [um representante de cada Carreira] com mandato de dois anos, e tem funes restritas: tratar dos concursos de ingresso nas Carreiras da Instituio, organizar listas de promoes e remoes dos membros efetivos da AGU e decidir sobre estgio confirmatrio. Veja outras atribuies conferidas ao Conselho Superior da AGU pelas Portarias n 7, de 2009, 1.643, de 2009, n 55, de 2009, n 218, de 2011, n 248 de 2011, n 178, de 2012, n 345, de 2012, n 568, de 2012, e Resoluo n 1, de 2011 8 A Corregedoria-Geral da AGU, conforme a Lei Complementar n 73, de 1993, tem sua atuao voltada to somente para os rgos jurdicos da Instituio, inclusive os vinculados, e para os membros da AGU, no se ocupando dos demais rgos e servidores. 9 As Procuradorias Regionais da Unio e da Fazenda Nacional se localizam nas Capitais que sejam sede de Tribunal Regional Federal [Braslia, Rio de Janeiro, So Paulo, Porto Alegre e Recife]. 10 As Procuradorias da Unio e da Fazenda Nacional esto localizadas nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal. 11 As Procuradorias Seccionais da Unio e da Fazenda Nacional se localizam em cidades do interior dos Estados. 12 A Consultoria da Unio, rgo da Consultoria-Geral da Unio, composta pelos Consultores da Unio.
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rgos vinculados: Procuradorias e Departamentos jurdicos de autarquias e
fundaes pblicas federais.14
Alm dos rgos que dizem respeito s atividades finalsticas da AGU, a sua Lei
Orgnica previu ainda os seguintes rgos de administrao:
Gabinete do Advogado-Geral da Unio, Diretoria-Geral de Administrao,
Centro de Estudos15 e Secretaria de Controle Interno.16
6. At o incio do ano 2000 a Advocacia-Geral da Unio funcionou com essa estrutura.
FUNCIONAMENTO DA AGU FORA DE TRABALHO 7. Os rgos responsveis pela representao judicial da Unio, precisamente
aqueles do Gabinete do Advogado-Geral da Unio e os integrantes da Procuradoria-Geral
da Unio17 (rgo central, Procuradorias Regionais, Procuradorias nos Estados,
Procuradorias Seccionais) em todo o territrio nacional, a Corregedoria-Geral da AGU, o
Gabinete do Advogado-Geral da Unio, o Centro de Estudos Victor Nunes Leal e a
Diretoria-Geral de Administrao da AGU foram implantados com servidores
requisitados ou cedidos de ministrios, autarquias, fundaes, empresas pblicas e
sociedades de economia mista, de outros Poderes da Repblica, de Estados, Distrito
Federal e Municpios. O minguado quadro de pessoal que a AGU recebeu da extinta
Consultoria-Geral da Repblica se resumia a dezesseis servidores efetivos.
8. Desde o incio de suas atividades fevereiro de 1993 at o incio do ano 2000 a
representao judicial da Unio, a cargo da AGU, era exercida pelos titulares dos cargos
em comisso de rgos de direo e de execuo e por Procuradores da Fazenda
Nacional, Assistentes Jurdicos e cerca de trinta Advogados da Unio (oriundos do
primeiro concurso pblico realizado para essa Carreira) todos eles auxiliados por
Procuradores de autarquias e fundaes e outros bacharis em Direito, detentores de
cargos em comisso na AGU.
9. No incio do ano 2000 ingressaram nos quadros da AGU, mediante concurso
pblico o segundo , cerca de trezentos Advogados da Unio e, em seguida, outro tanto
de Assistentes Jurdicos provenientes do primeiro concurso pblico realizado para essa
Carreira.18 Tambm foram realizados dois concursos para cargos de Procurador da
Fazenda Nacional at 2002.
13 As Consultorias Jurdicas, localizadas nos Ministrios, exercem as atividades de consultoria e assessoramento jurdicos no mbito das respectivas Pastas. 14 Os rgos Vinculados AGU so responsveis pela representao judicial e extrajudicial e pelas atividades de consultoria e assessoramento jurdicos das autarquias e fundaes federais. 15 O Centro de Estudos da AGU, denominado Victor Nunes Leal, foi instalado no ano de 2000. Ver o Ato Regimental n 2, de 2005, as Portarias n 190, n 134, de 2012, n 304, de 2012, n 322, de 2012, e n 345, de 2012. 16 A Secretaria de Controle Interno da AGU ainda no foi instalada, ficando as suas atribuies temporariamente confiadas Secretaria de Controle Interno da Presidncia da Repblica. 17 A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, responsvel pela representao judicial da Unio na execuo da dvida ativa de carter tributrio e nas causas de natureza fiscal, j se encontrava organizada nacionalmente seguindo os rgos do Ministrio da Fazenda, pois era responsvel pelo assessoramento jurdico e consultoria quela Pasta. 18 Aquele foi o primeiro e nico concurso pblico de ingresso na Carreira de Assistente Jurdico do quadro da AGU, pois a Carreira foi extinta e os cargos foram transformados em cargos de Advogado da Unio pelo art. 11 da Medida Provisria no 43, de 2002, convertida na Lei n 10.549, de 2002.
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CORREIES DA AGU MEDIDAS ADOTADAS RGOS NOVOS 10. As correies realizadas pela Corregedoria-Geral da AGU em rgos jurdicos de
autarquias e fundaes federais vinham indicando a necessidade de mudana na
representao judicial de grande parte dessas entidades, principalmente aquelas de
mbito local e de pequeno porte, como era o caso de escolas tcnicas, agrotcnicas
centros federais de educao tecnolgica, alm de outras. Essas entidades, sendo de
mbito local, muitas localizadas em pequenos municpios, no dispunham de meios para
acompanhar at as ltimas instncias, as aes judiciais de seu interesse, ficando
praticamente indefesas. As correies identificaram tambm deficincia na representao
judicial de algumas autarquias e fundaes de grande porte, pela falta de recursos
humanos em quantidade e qualidade desejadas.
11. Ante esse quadro, com base no art. 131 da Constituio, do qual consta que a
Advocacia-Geral da Unio a Instituio que, diretamente ou atravs de rgo
vinculado, representa a unio, judicial e extrajudicialmente, considerando que a
representao judicial daquelas entidades, descentralizadas da Unio, poderia ser feita
diretamente pela Instituio, e havendo a AGU recebido expressivo nmero de
Advogados da Unio no incio do ano 2000, foi possvel Instituio, ainda no primeiro
semestre daquele ano, mediante ato legislativo,19 assumir a representao judicial de
quase uma centena de autarquias e fundaes, at que lei dispusesse sobre a nova
forma de representao judicial, direta e indireta, da Unio, consideradas as suas
entidades autrquicas e fundacionais, bem como sobre a prestao de consultoria e
assessoramento jurdicos a essas entidades.
12. Os resultados positivos da assuno pela AGU da representao judicial das
pequenas entidades e, mais expressivamente, de algumas autarquias e fundaes
federais de grande porte so notrios, mormente no que diz respeito reduo dos
vultosos valores das condenaes judiciais impostas aos cofres pblicos. A representao
judicial dessas entidades concentrada na AGU permitiu ainda conferir tratamento uniforme
a matrias comuns Administrao direta e indireta (autarquias e fundaes).
13. Os altssimos valores das condenaes judiciais sofridas pelo Tesouro
determinaram se criasse, na Procuradoria-Geral da Unio, o Departamento de Clculos
e Percias,20 setor especializado que vem auxiliando eficaz e decisivamente o segmento
contencioso da Instituio, incluindo os das autarquias e fundaes federais. So notveis
os resultados obtidos a partir do refazimento desses clculos, reduzindo
significativamente os valores efetivamente devidos pela Unio.
14. As correies empreendidas pela Corregedoria-Geral da AGU tambm
identificaram irregularidades em rgos jurdicos que conduziram instaurao de diversos
processos administrativos disciplinares. A concluso desses processos e julgamentos
proferidos pelo Tribunal de Contas da Unio em matrias da alada daquela Corte de
Contas exigiu a criao, tambm na Procuradoria-Geral da Unio, da Coordenadoria de
19 Ver arts 11-A e 11-B da Lei n 9.028, de 1995 [Medida Provisria n 2.180-35, de 2001]. 20 Ver art. 8-D da Lei n 9.028, de 1995.
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Aes de Recomposio do Patrimnio da Unio,21 rgo especfico para recuperar
perdas patrimoniais sofridas pela Unio e promover a execuo de ttulos judiciais e
extrajudiciais, inclusive os expedidos pelo Tribunal de Contas da Unio.
MEDIDAS RACIONALIZADORAS ESTRUTURAO DE RGOS 15. Ao longo desses anos foi vista a necessidade de racionalizar servios a cargo das
Procuradorias Regionais da Unio22 e das Procuradorias da Unio23 situadas nas
mesmas capitais. A racionalizao reclamada, depois de autorizada em lei,24 conduziu
unificao, na Procuradoria Regional, das duas estruturas existentes, com absoro da
Procuradoria da Unio pela respectiva Procuradoria Regional da Unio situada na mesma
capital. Com a unificao das procuradorias, foram eliminadas unidades dplices
desnecessrias, passando os representantes judiciais da Unio a atuar na primeira e na
segunda instncias, otimizando os trabalhos.
16. Na esteira da racionalizao, e tambm com autorizao legislativa,25 foram
desativadas procuradorias seccionais localizadas em cidades que apresentavam pequena
movimentao processual de interesse da Unio, ficando os servios concentrados na
Seccional mais prxima ou na Procuradoria da Unio, eliminando-se gastos com a
manuteno de estruturas, permitindo melhor utilizao de recursos humanos,
principalmente de representantes judiciais da Unio que, localizados naquelas Seccionais,
cuidavam de pequeno nmero de processos judiciais. Pelos mesmos motivos tambm
deixaram de ser instaladas outras Procuradorias Seccionais.
17. O Ato Regimental26 da estrutura bsica da Procuradoria-Geral da Unio PGU
(com suas Procuradorias Regionais, da Unio e Seccionais) foi expedido em junho de
2002, e cuidou tambm do Gabinete do Procurador-Geral da Unio; e dos Departamentos
Judicial Cvel; Judicial Trabalhista; Judicial de rgos e Entidades Sucedidos pela Unio;
Judicial Internacional e de Recomposio do Patrimnio da Unio; para Assuntos
Especiais e Orientao Processual; de Clculos e Percias; alm de Coordenaes-
Gerais. Contudo, a PGU ainda no teve integralmente implantada a sua estrutura pela
falta dos cargos em comisso indispensveis para tanto.
18. Enquanto se empreendiam as mudanas nas Procuradorias da Unio, igualmente
se implantava no Gabinete do Advogado-Geral da Unio o Ncleo27 de
acompanhamento de feitos judiciais de interesse da Unio, e de suas autarquias e
fundaes, em tramitao perante o Supremo Tribunal Federal, cuja atuao
concentrou-se especialmente no acompanhamento das causas de maior relevncia e
interesse pblico.
21 Ver art. 8-E da Lei n 9.028, de 1995. 22 As Procuradorias Regionais da Unio atuavam apenas na 2 instncia [Tribunais Regionais situados nas Capitais onde estas tm sede]. 23 As Procuradorias da Unio nos Estados e no Distrito Federal atuam na 1 instncia das Justias Federal e do Trabalho. 24 Ver art. 3, 1, da Lei n 9.028, de 1995. 25 Ver art. 3, 4, da Lei n 9.028, de 1995. 26 Ato Regimental n 5, de 19 de junho de 2002. 27 Implantado pela Portaria AGU n 224, de 2000.
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19. Todas as Procuradorias da AGU (Geral, Regionais, da Unio e Seccionais)
passaram a contar com setor especfico para o acompanhamento e controle especiais de
feitos considerados relevantes, assim considerados pela possibilidade de acarretar
expressivo dano ao errio, seja pelo seu valor individualizado, ou pela multiplicao de seus
efeitos, ou ainda por envolver assuntos relacionados s polticas pblicas de interesse social.
20. Revistas as estruturas do brao contencioso da Advocacia-Geral da Unio,
voltaram-se as atenes para a remodelagem do seu brao consultivo, aquele advindo da
antiga Advocacia Consultiva da Unio, como j visto.
21. A Lei Complementar n 73, de 1993, que instituiu a Lei Orgnica da Advocacia-
Geral da Unio, criou a Consultoria-Geral da Unio como rgo de direo superior da
Instituio, mas incumbiu-a apenas (embora principalmente) de colaborar com o
Advogado-Geral da Unio em seu assessoramento jurdico ao Presidente da
Repblica produzindo pareceres, informaes e demais trabalhos jurdicos que lhe sejam
atribudos pelo chefe da Instituio.28 Ficou a Consultoria-Geral da Unio isolada do
restante do segmento consultivo da Instituio, notadamente das Consultorias Jurdicas
que receberam tratamento em captulo autnomo da Lei.
22. Para suprir a lacuna da Lei e tornar coerente a classificao do rgo como de
direo superior, o Advogado-Geral da Unio, expediu Ato Regimental29 dispondo sobre
a competncia, a estrutura e o funcionamento da Consultoria-Geral da Unio, bem
como as atribuies de seu titular e demais dirigentes.30 A Consultoria-Geral da Unio,
alm da Consultoria da Unio (integrada pelos Consultores da Unio), passou a contar
com um Gabinete e os Departamentos de Assuntos Extrajudiciais, de Orientao e
Coordenao de rgos Jurdicos, de Acompanhamento de Feitos Estratgicos perante o
Supremo Tribunal Federal,31 de Anlise de Atos Normativos e de Informaes Jurdico-
Estratgicas e de Coordenaes-Gerais, incumbindo-se de coordenar a atuao das
Consultorias Jurdicas dos Ministrios e de coordenar e orientar a atuao dos rgos
Jurdicos das autarquias e fundaes pblicas,32 com a participao da Consultoria
Jurdica do Ministrio a que estivessem subordinados. Registra-se que a Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional, rgo de direo superior da AGU, submete-se s normas
disciplinadoras das Consultorias Jurdicas no que concerne s atividades de consultoria e
assessoramento jurdicos prestados ao Ministrio da Fazenda. Tambm a Consultoria-
Geral da Unio ainda no teve integralmente implantada a sua estrutura pela falta dos
cargos em comisso indispensveis para tanto.
28 Ver arts. 2, I, c, e 10 da Lei Complementar n 73, de 1993. 29 Ato Regimental no 1, de 2002. O Ato Regimental n 5, de 27.9.2007, reorganizou a Consultoria-Geral da Unio e revogou o Ato Regimental n 1, de 2002. 30 A competncia para dispor sobre essas matrias foi conferida ao Advogado-Geral da Unio pelo art. 45, 1, da Lei Complementar n 73, de 1993. 31 O Departamento de Acompanhamento de Feitos Estratgicos perante o Supremo Tribunal Federal Absorveu o Ncleo de acompanhamento de feitos judiciais de interesse da Unio, e de suas autarquias e fundaes, em tramitao perante o Supremo Tribunal Federal objeto do item 17. Atualmente esse acompanhamento, no que diz respeito a causas de interesse da Administrao direta, feito, sob o comando do Advogado-Geral da Unio, pela Secretaria-Geral de Contencioso, e aquelas de interesse de autarquias e fundaes federais (exceto do Banco Central do Brasil) pela Procuradoria-Geral Federal. 32 Observa-se que o Ato Regimental n 1, de 2002, precedeu a criao da Procuradoria-Geral Federal. O ato Regimental n 1, de 2002, foi revogado pelo Ato Regimental n 5, de 2007.
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23. As Consultorias Jurdicas, rgos de execuo da AGU, j se encontravam
estruturadas nos respectivos ministrios e assim foram mantidas. Situao nova surgiu
com a criao do Ministrio da Defesa, em substituio aos trs Ministrios Militares
Marinha, Exrcito e Aeronutica e ao Estado-Maior das Foras Armadas EMFA, este
absorvido pelo novo Ministrio e aqueles transformados em Comandos Militares
integrantes do Ministrio da Defesa, fato que recomendou se criassem, na Consultoria
Jurdica do Ministrio da Defesa, as Consultorias Jurdicas-Adjuntas dos Comandos da
Marinha, do Exrcito e da Aeronutica. At o momento, a Consultoria Jurdica do
Ministrio da Defesa, e suas Consultorias-Adjuntas, foram as nicas a terem suas
competncias, estruturas e funcionamentos disciplinados em ato do Advogado-Geral da
Unio.33 As demais Consultorias permanecem regidas por atos editados pelos respectivos
Ministros de Estado, assim como a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
24. Outra medida, que contou com autorizao legislativa,34 de fundamental importncia
para racionalizar as atividades de assessoramento jurdico, propiciando orientao uniforme
para temas comuns de interesse de rgos da Administrao direta localizados fora do
Distrito Federal foi a criao dos Ncleos de Assessoramento Jurdico35. At setembro de
2002 foram instalados trs desses Ncleos em Goinia, Fortaleza e Porto Alegre.36
25. Os Ncleos de Assessoramento Jurdico, rgos integrantes da Consultoria-Geral
da Unio, representam mais uma medida de racionalizao de servios, de uniformidade de
orientao jurdica e de economia, uma vez que evita a mantena de vrias unidades com as
mesmas finalidades em rgos dos Ministrios localizados fora do Distrito Federal.
RGOS VINCULADOS A PROCURADORIA-GERAL FEDERAL 26. Estabelecidas as estruturas (embora no implantadas integralmente) dos rgos
da Instituio responsveis pela representao judicial da Unio e pelas atividades de
consultoria e assessoramento jurdicos do Poder Executivo, no que diz respeito
Administrao direta, retoma a Instituio a questo relativa aos seus rgos
Vinculados, responsveis pela representao judicial e extrajudicial das autarquias e
fundaes federais, bem como pelas atividades de consultoria e assessoramento jurdicos
a essas entidades da Administrao indireta.
27. Ao tempo em que a Advocacia-Geral da Unio assumia a representao judicial
de quase uma centena de autarquias e fundaes, conforme visto nos itens 10, 11 e 12,
era criada a Carreira de Procurador Federal,37 reunindo, sob denominao nica os
profissionais do Direito responsveis pelas atividades de representao judicial e
extrajudicial e daquelas de consultoria e assessoramento jurdicos das autarquias e
fundaes federais, passo fundamental para a organizao e racionalizao da atuao
dos integrantes da nova Carreira.
33 Ver Ato Regimental n 6, de 2002. 34 Ver art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995 [Medida Provisria n 2.180-35, de 2001]. 35 Ver o Anexo II do Decreto n 7.392, de 2010, que insere na Consultoria-Geral da Unio 26 Consultorias Jurdicas da Unio nos Estados e uma em So Jos dos Campos. Essas Consultorias teriam substitudo os Ncleos de Assessoramento Jurdico de que trata o art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995. 36 Portarias nos 306, 359 e 720, de 2002. 37 Ver art. 35 e seguintes da Medida Provisria n 2.229-43, de 2001.
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28. Na AGU, concomitantemente, era criada, via legislativa, a Coordenadoria dos
rgos Vinculados AGU,38 para auxiliar o Advogado-Geral no exerccio de suas
atribuies de orientao normativa e superviso tcnica dos rgos jurdicos das
autarquias e fundaes pblicas, os rgos Vinculados, assim denominados pela Lei
Complementar n 73, de 1993.39 Essa Coordenadoria teve o seu funcionamento
disciplinado em ato40 do Advogado-Geral da Unio e representou passo decisivo na
racionalizao da distribuio dos Procuradores Federais e na deteco de problemas
ocorrentes na Administrao indireta (autarquias e fundaes).
29. Da Coordenadoria dos rgos Vinculados evoluiu-se para a criao da
Procuradoria-Geral Federal,41 como rgo autnomo vinculado Advocacia-Geral da
Unio e sob a sua superviso direta, com o objetivo de reunir, sob administrao nica,
as atividades de representao judicial e extrajudicial e aquelas de consultoria e
assessoramento jurdicos da Administrao indireta (autarquias e fundaes federais),
em tudo iguais quelas exercidas pela AGU em relao Administrao direta.
30. A criao da Procuradoria-Geral Federal representa mais uma ao governamental
em busca da racionalidade, economia e otimizao das atividades constitucionais da
Advocacia-Geral da Unio, retirando da subordinao dos dirigentes de autarquias e
fundaes decises importantssimas de representao judicial da Unio, bem como de
consultoria e assessoramento jurdicos, atividades que devem ser orientadas pelo Advogado-
Geral da Unio. A Constituio no distinguiu a Administrao direta da indireta quanto
defesa do patrimnio pblico federal, apenas admitiu que a AGU pudesse fazer a
representao judicial e extrajudicial atravs de rgos a ela vinculados.42
31. A nica entidade autrquica federal cuja Procuradoria-Geral no foi absorvida
pela Procuradoria-Geral Federal o Banco Central do Brasil e, da mesma forma, os
Procuradores do Banco Central tambm no integram a Carreira de Procurador Federal,
embora constantemente reivindiquem essa integrao.
INSTALAO DE RGOS ADMINISTRATIVOS E DE APOIO DA AGU
32. No era suficiente, contudo, imprimir mudanas e aperfeioamentos diretamente
ligados s atividades finalsticas da Instituio. Para se alcanar a excelncia no
desempenho das atividades institucionais da Advocacia-Geral da Unio, era necessrio
dotar os seus membros dos meios necessrios ao pleno cumprimento da misso
constitucional da AGU.
33. Foi organizada, em ato do Advogado-Geral da Unio,43 a Diretoria-Geral de
Administrao DGA, de modo a oferecer, aos rgos voltados s atividades finalsticas
e a seus servidores, o suporte e os servios necessrios ao bom desempenho de suas
atribuies institucionais. Dispunha a DGA de unidades regionais descentralizadas para
38 Ver art. 8-A, da Lei n 9.028, de 1995 (Includo pela Medida Provisria no 2.180, de 2001 e revogado pela Lei no 10.480, de 2002.) 39 Ver arts. 17 e 18 da Lei Complementar n 73, de 1993. 40 Ver Ato Regimental n 1, de 2000. Perdeu a eficcia com a revogao do art. 8-A pela Lei n 10.480, de 2002.) 41 Ver Lei n 10.480, de 2002 - art. 9 e seguintes. 42 Ver art. 131, caput, da Constituio. 43 Ver Ato Regimental n 3, de 2000, revogado em 2002.
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atender, por regio, os rgos finalsticos da Instituio. Cumpre destacar os avanos
realizados para a completa informatizao da Instituio. Em 2002 a DGA foi substituda
pela Secretaria-Geral, com estrutura e quadro de cargos comissionados estabelecidos
em decreto.44
34. Era necessrio tambm cuidar do permanente aprimoramento dos profissionais
do Direito responsveis pelas atividades jurdicas da Instituio. Para tanto foi implantado
na AGU, ainda no ano de 2000, o Centro de Estudos Victor Nunes Leal,45 rgo
especialmente voltado promoo, organizao e coordenao das atividades
destinadas ao aperfeioamento profissional dos Membros da Advocacia-Geral da Unio e
de seus rgos Vinculados, bem como atualizao e especializao do respectivo
conhecimento jurdico. O Centro de Estudos atualmente tambm responsvel pelo
aprimoramento e capacitao dos demais servidores da AGU. O Centro de Estudos
Victor Nunes Leal conta com unidades descentralizadas nas Procuradorias Regionais da
AGU e vem desenvolvendo intensa atividade no sentido de difundir conhecimentos e
aperfeioar a atuao de todos os integrantes da Instituio. O Centro conta com revista
virtual na Internet e em 2002 lanou o primeiro nmero de sua revista impressa.
35. At o momento no foi implantada a Secretaria de Controle Interno da Advocacia-
Geral da Unio. Essas atividades, desde o incio do funcionamento da Instituio, foram
confiadas Secretaria de Controle Interno da Presidncia da Repblica.46
36. Para possibilitar o acompanhamento permanente e a atuao oportuna e eficiente
dos rgos do contencioso, inclusive pela identificao das aes consideradas
relevantes, que exijam acompanhamento especial, foi implantado o Sistema de Controle
das Aes da Unio SICAU.47
O QUADRO DE PESSOAL ADMINISTRATIVO DA AGU
37. Foi dito retro (item 7) que a Advocacia-Geral da Unio funcionava, desde o incio de
suas atividades, com servidores requisitados ou cedidos, exceo dos integrantes de suas
carreiras jurdicas. Essa era uma situao que reclamava soluo que melhor atendesse o
interesse da Instituio de contar com seu prprio quadro de servidores administrativos,
de modo a permitir a estabilidade dos servios e a fixao da memria da Instituio. Em
julho de 2002, por medida legislativa,48 foram integrados ao Quadro de Pessoal da AGU
1580 servidores administrativos que, originrios de ministrios, autarquias e fundaes
federais, se encontravam em exerccio na Instituio, criando a lei para esses servidores
gratificao de desempenho especfica. O prximo passo dever ser a criao de carreiras
de apoio especficas j h proposta da AGU a respeito , semelhana do que ocorre com
o Ministrio Pblico, o Judicirio e outras instituies e entidades governamentais.
44 Ver Decreto n 4.368, de 2002. O Decreto n 4.368, de 2002, foi revogado pelo Decreto n 7.392, de 2010. 45 O Centro de Estudos da Advocacia-Geral da Unio, denominado Victor Nunes Leal, atualmente constitui-se na Escola da Advocacia-Geral da Unio, conforme o Ato Regimental n 2, de 15 de agosto de 2005. 46 Ver Decreto n 767, de 1993 e art. 16 da Lei n 9.028, de 1995. 47 Ver as Portarias nos 81, de 2003, e 431, de 2006, que revogou a primeira. 48 Ver a Lei n 10.480, de 2002 - art. 1 e seguintes.
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ESPAO FSICO DIFICULDADES INCIO DE SOLUO
38. A Advocacia-Geral da Unio veio, ao longo desses doze anos, implantando, a
cada passo, rgos e unidades necessrios ao seu integral funcionamento. No dispondo
de espaos suficientes nas salas que ocupava nos Anexos II, III e IV do Palcio do
Planalto, buscou outros espaos e foram instalados rgos e unidades em outros prdios
pblicos no Setor de Autarquias Sul, no Setor Bancrio Norte e no Setor de Indstrias..
Essa diversidade de espaos e endereos dificultava a administrao e a integrao das
atividades da Instituio.
39. Para remover mais essas dificuldades, e buscando sempre a racionalidade e a
eficincia, no incio de 2002, com a desativao de setores do Departamento de Imprensa
Nacional,49 foi propiciada Advocacia-Geral da Unio a oportunidade de reunir no mesmo
espao (no prdio administrativo do DIN Setor de Indstrias Grficas), suas principais
atividades, continuando o esforo para reunir em endereo nico todos os rgos e
unidades que funcionam em Braslia. Com o mesmo desiderato so envidados
permanentes esforos para reunir em sede nica todos os rgos e unidades da AGU nas
demais unidades da federao.
PROJETO DE REFORMA INSTITUCIONAL DA AGU
40. A estrutura da Advocacia-Geral da Unio prevista na Lei Complementar n 73, de
1993, tmida e restrita aos principais rgos voltados s atividades finalsticas, foi
implantada emergencialmente para fazer funcionar, de imediato, a nova Casa, pois, da
forma como redigido, o art. 29, caput,50 do ADCT no deixou espao a perodo de vacatio
legis51 para que se concebesse, planejasse e implantasse, de forma mais cientfica,
estrutura compatvel com as relevantssimas e gigantescas atribuies constitucionais da
nova Instituio antes da entrada da lei em vigor. Presente esse cenrio, no incio do ano
2001, aps a adoo das medidas mais urgentes ligadas s atividades finalsticas da
Instituio, sentiu a Advocacia-Geral da Unio a necessidade de imprimir sua estrutura,
agora com suporte em consultoria especializada, organizao compatvel com os desafios
enfrentados, valendo-se da experincia acumulada desde a sua criao, a exemplo do
que ocorria em rgos do Poder Executivo.
41. Dessa forma, o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, na condio de
executor do projeto de modernizao do Poder Executivo Federal, celebrou contrato com
a Fundao Getlio Vargas, tendo como cliente a Advocacia-Geral da Unio, passando
esta a receber a prestao de servios especializados de consultoria da FGV para
desenvolver e implantar seu plano de reforma institucional.
49 Ver o Decreto n 4.294, de 3 de julho de 2002. 50 O art. 29, caput, do ADCT previu que as instituies e os rgos jurdicos nele mencionados continuariam a exercer suas antigas atribuies somente at a aprovao das leis complementares ali referidas. Com isso, a aprovao [pelo Congresso Nacional e sano do Presidente da Repblica] da primeira delas a Lei Complementar n 73, de 1993, dispondo sobre a AGU , fez cessar as competncias anteriores. 51 Perodo que medeia entre a sano da lei e a sua vigncia, impossibilitado, no caso, em razo do contido no art. 29, caput, do ADCT.
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42. O contrato com a Fundao Getlio Vargas durou um ano e, nesse perodo, a
FGV teve como papel principal o de oferecer suporte de consultoria e metodologia para a
implementao do Projeto de Reforma Institucional da Advocacia-Geral da Unio, a
partir de trabalhos realizados por equipe multidisciplinar de servidores da AGU.
43. Os trabalhos elaborados pela FGV objeto do contrato foram desenvolvidos
visando obteno dos seguintes produtos: diagnstico, reavaliao estratgica,
formulao e implementao da estrutura organizacional e do novo modelo de gesto.
Esses contedos encontram-se em Relatrios produzidos pela FGV. Para obteno
desses produtos, foram efetuados esforos em trs frentes: planejamento estratgico,
levantamento de processos e estrutura organizacional.
44. De abril a julho de 2001, sob a consultoria da Fundao Getlio Vargas, foram
efetuadas, com a participao das principais lideranas da AGU, as reunies do
Planejamento Estratgico, onde ficou definido o Plano de Ao da Instituio.
45. De julho a novembro de 2001, a Fundao Getlio Vargas apoiou o esforo no
Levantamento de Processos e na Estrutura Organizacional, executados por equipe de
servidores da AGU. No incio dos trabalhos, a FGV desenvolveu programa de capacitao
da equipe e, ao final do treinamento, foram formados grupos de trabalho para o
levantamento dos macroprocessos, processos e subprocessos. Tambm foi constituda
equipe para tratar da estrutura organizacional.
46. De dezembro de 2001 a fevereiro de 2002 (quando findou o contrato com a FGV)
os esforos se concentraram nas propostas de estrutura e de detalhamento das aes
dos objetivos estratgicos fixados, bem como das melhorias sugeridas. Ainda esto
pendentes de concluso as estruturas da Corregedoria-Geral da Advocacia da Unio e do
Gabinete do Advogado-Geral da Unio.
47. Durante os trabalhos desenvolvidos com a consultoria da FGV, e mesmo depois, a
Advocacia-Geral da Unio foi incorporando e pondo em prtica produtos obtidos a partir
desses trabalhos, tais como a estruturao da Consultoria-Geral da Unio e da Procuradoria-
Geral da Unio; a unificao das Procuradorias Regionais da Unio com as Procuradorias da
Unio situadas nas mesmas capitais; a estrutura e implantao dos Ncleos de
Assessoramento Jurdico em Goinia, Fortaleza e Porto Alegre; a reestruturao do Centro
de Estudos Victor Nunes Leal; os estudos para a reestruturao da Diretoria-Geral de
Administrao; a unificao, ainda que parcial, de Carreiras da AGU;52 a redistribuio,
para o quadro da AGU, dos servidores federais cedidos ou requisitados.53
48. Os trabalhos desenvolvidos sugeriram a convenincia de se criar na AGU uma
secretaria executiva, nos moldes existentes nos ministrios, e de se instalarem
escritrios da AGU fora do Distrito Federal onde esto localizados rgos regionais e
nos Estados, para congregar, sob comando nico, todas as atividades da Instituio
consultoria e assessoramento, representao judicial e extrajudicial, bem como atividades
administrativas, e de instalar a ouvidoria da AGU na Corregedoria-Geral da AGU.
52 Ver o art. 11 da Lei n 10.549, de 2002 [converso da Medida Provisria n 43, de 2002], que transformou cargos de Assistente Jurdico da AGU em cargos de Advogado da Unio, extinguindo a carreira de Assistente Jurdico. 53 Ver a NOTA DE RODAP referente ao item 37.
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49. Tambm necessita a Instituio de Regimento Interno que disponha, de forma
global e nos termos do art. 45 da Lei Complementar n 73, de 1993, no s sobre a
competncia, a estrutura e o funcionamento da Corregedoria-Geral da Advocacia da
Unio, da Procuradoria-Geral da Unio, da Consultoria-Geral da Unio, das Consultorias
Jurdicas, do Gabinete do Advogado-Geral da Unio e dos Gabinetes dos Secretrios-
Gerais, do Centro de Estudos, da Diretoria-Geral de Administrao e da Secretaria de
Controle Interno, bem como sobre as atribuies de seus titulares e demais integrantes,
mas que tambm discipline os procedimentos administrativos concernentes aos trabalhos
jurdicos da Advocacia-Geral da Unio. As estruturas dos principais rgos da AGU vm
sendo objeto de atos regimentais especficos, que podero, quando definidas todas as
estruturas, ser reunidos, e completados, no regimento interno.
50. Relatrio final desses trabalhos rene, em documento nico, todas as propostas,
os objetivos estratgicos estabelecidos e os respectivos planos de ao para realiz-los,
alm das melhorias sugeridas pelas equipes de trabalho.
51. Esses trabalhos foram acompanhados, at 2002, por equipe treinada pela FGV para
dar continuidade aos trabalhos necessrios ao atingimento das propostas a estruturao da
Advocacia-Geral da Unio em modelo compatvel com as suas atribuies institucionais e
posteriormente passaram a ser acompanhados quela poca pela Secretaria-Geral.
ALGUNS DESAFIOS A ENFRENTAR
52. A Advocacia-Geral da Unio, porm, continua em construo. O ideal a ser atingido
e todas as aes realizadas caminharam nessa direo o de ter a AGU carreira jurdica
nica e ser a nica a fazer a representao judicial e extrajudicial da Unio e a prestar
consultoria e assessoramento jurdicos ao Poder Executivo, racionalmente organizada, de
modo que a estrutura do rgo central esteja refletida em todas as unidades da Instituio,
em busca da excelncia dos trabalhos que realiza. Isso, contudo, depender de ambiente
institucional favorvel e, qui, de alterao constitucional, tendo em vista a possibilidade
atual de autarquias e fundaes demandarem a Unio em juzo e vice-versa.
53. A unificao das Carreiras de Advogado da Unio e de Assistente Jurdico j
apresentou resultados positivos, pela possibilidade de os Advogados da Unio (carreira j
unificada) poderem atuar em ambos os segmentos, otimizando a utilizao da sua
capacidade de trabalho. Antes dessa unificao a AGU poderia lotar nos rgos
consultivos somente Assistentes Jurdicos e, nos rgos do contencioso, apenas
Advogados da Unio. Isso fez com que a Instituio convivesse, durante anos, com
escassez desses profissionais do Direito ora em uns, ora em outros rgos. Atualmente
coexistem quatro carreiras jurdicas na Administrao Federal (direta, autrquica e
fundacional), com semelhantes atribuies: Advogado da Unio, Procurador da
Fazenda Nacional, Procurador Federal e Procurador do Banco Central do Brasil.
54. Ainda esto a reclamar efetivo acompanhamento as atividades dos rgos
jurdicos das entidades estatais da Unio empresas pblicas e sociedades de economia
mista os quais no esto mencionados na Lei Complementar n 73, de 1993,
diversamente do que ocorria poca da Advocacia Consultiva da Unio (v. item 1).
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Atualmente os rgos jurdicos dessas estatais se ligam AGU por meio das Consultorias
Jurdicas e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, conforme previsto no art. 11,
inciso II, combinado com o art. 13, da Lei Complementar n 73, de 1993, que atribuiu a
esses rgos da AGU a coordenao dos rgos jurdicos dos respectivos rgos
autnomos e entidades vinculadas (aos respectivos ministrios).
55. Organizadas e postas a funcionar as principais atividades da Instituio, dever a
AGU buscar iguais organizao e funcionamento para uma de suas atribuies
constitucionais de inegvel relevncia e expresso poltico-administrativa a representao
extrajudicial da Unio e de suas autarquias e fundaes , seja ela exercida em empresas
pblicas e sociedades de economia mista ou na celebrao de contratos por entes
pblicos federais, de modo a possibilitar ou complementar o exame e o controle prvios da
legalidade de grande parte das atividades administrativas e contratuais, medidas de carter
preventivo que possibilitaro controle mais efetivo da atuao da Administrao Federal,
reduo de perdas patrimoniais e do volume das aes judiciais.
OUTRAS AES DESENVOLVIDAS EM 2002
56. O relato acima contm aes desenvolvidas at 20 de setembro de 2002.
57. Aps essa data, outras aes realizadas em 2002 merecem registro, tais como:
a implantao dos Ncleos de Assessoramento Jurdicos54 de Porto
Alegre,55 no Estado do Rio Grande do Sul, de Recife,56 no Estado de Pernambuco e de
Salvador,57 no Estado da Bahia;
a instalao das Procuradorias Regionais Federais da 5 Regio, com sede
em RecifePE,58 da 4 Regio, em Porto AlegreRS,59 e das Procuradorias Federais no
Estado da Bahia, com sede em Salvador,60 e no Estado do Cear, com sede em Fortaleza.61
AES DESENVOLVIDAS A PARTIR DE 2003
58. COMISSES TEMTICAS. A partir de 2003 a Advocacia-Geral da Unio passou a
constituir Comisses Temticas para o trato das questes de responsabilidade da
Instituio. Essas comisses tm por finalidade assistir o Advogado-Geral da Unio
objetivando sistematizar e orientar a atuao da Advocacia-Geral da Unio sobre cada um
dos temas dos quais se incumbem. As comisses temticas esto voltadas para as
atividades finalsticas da Instituio.62
54 Ver o Anexo II do Decreto n 7.392, de 2010, que insere na Consultoria-Geral da Unio 26 Consultorias Jurdicas da Unio nos Estados e uma em So Jos dos Campos. Essas Consultorias teriam substitudo os Ncleos de Assessoramento Jurdico de que trata o art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995. 55 Portaria n 720, de 2002. 56 Portaria n 747, de 2002. 57 Portaria n 832, de 2002. 58 Portaria n 785, de 2002. 59 Portaria n 789, de 2002. 60 Portaria n 805, de 2002. 61 Portaria n 806, de 2002. 62 As Comisses Temticas foram extintas pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008, exceto a Comisso de Contencioso Judicial CCJ, criada pela Portaria Conjunta/AGU/PGF n 93, de 2003.
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59. Foram criadas as seguintes COMISSES TEMTICAS:
1. Comisso de Promoo e Defesa do Patrimnio Pblico CPDP;63
2. Comisso de Infra-Estrutura CIE;64
3. Comisso de Assuntos de Servidores Pblicos CASP;65
4. Comisso de Assuntos Indgenas CAI;66
5. Comisso de Direitos Humanos CDH;67
6. Comisso de Anlise de Atos da Administrao Pblica Federal CAPF;68
7. Comisso de Assuntos de Desenvolvimento Social CADES;69
8. Comisso de Aes de Seguridade Social CASEG;70
9. Comisso de Coordenao de Assuntos Internacionais CCAI;71
10. Comisso de Assuntos de Defesa do Estado e Segurana Pblica CADESP;72
11. Comisso de Assuntos de Desenvolvimento Urbano e Reforma Agrria CDRA;73
12. Comisso de Contencioso Judicial CCJ;74
13. Comisso de Assuntos de Natureza Penal CANP.75
60. Para coordenar a atuao das comisses temticas, foi constituda a COMISSO
DE COORDENAO DAS COMISSES TEMTICAS CCCT76 com a finalidade de assistir o
Advogado-Geral da Unio quanto superviso, orientao e acompanhamento das
atividades das Comisses Temticas da Advocacia-Geral da Unio.
61. A tendncia que as Procuradorias da Advocacia-Geral da Unio tambm se
organizem seguindo o modelo das comisses temticas do rgo central da Instituio.
62. Para cuidar da administrao da Advocacia-Geral da Unio foi constituda a
COMISSO DE ASSESSORAMENTO GESTO INSTITUCIONAL CAGI,77 com a finalidade de
assessorar o Advogado-Geral da Unio quanto direo, superintendncia e
coordenao das atividades da Advocacia-Geral da Unio.
63 Portaria n 278, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 64 Portaria n 370, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 65 Portaria n 391, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 66 Portaria n 392, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 67 Portaria n 393, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 68 Portaria n 572, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 69 Portaria n 573, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 70 Portaria n 574, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 71 Portaria n 575, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 72 Portaria n 576, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 73 Portaria n 577, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 74 Portaria Conjunta n 93, de 2003. 75 Portaria n 122, de 2004. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 76 Portaria n 313, de 2004, alterada pela Portaria 379, de 2004. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008, que constituiu a Comisso de Sistematizao Jurdica CSJ. 77 Portaria n 314, de 2004. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.046, de 21.7.2008, que deu nova feio CAGI. A Portaria n 1.046, de 2008, foi revogada pela Portaria n 1.643, de 19.11.2009, que atribui ao Conselho Superior da Advocacia-Geral da Unio a funo de rgo consultivo do Advogado-Geral da Unio.
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63. Esse novo modelo de administrao da AGU permitir que os rgos
responsveis pelas atividades finalsticas da Instituio conheam e influam na
administrao da Casa, que deve estar voltada para o atendimento das necessidades dos
que executam as atividades institucionais da AGU.
64. SICAU - Merece realce a administrao do SISTEMA DE CONTROLE DAS AES DA
UNIO SICAU, cujos relatrios emitidos nos anos de 2004 a 2006 permitiram conhecer no
s o volume mensal dos feitos em andamento, como tambm a sua natureza, incidncia por
procuradoria e por regio, permitindo orientar a atuao da AGU no trato dos temas que
apresentem elevada incidncia ou relevncia econmica, social ou poltitico-administrativa.
65. Tambm foi institudo o SISTEMA DE REGISTRO DE ATIVIDADES JURDICAS SIRAJ78,
destinado ao registro da produo de peas e de demais atividades jurdicas
desenvolvidas no mbito da Advocacia-Geral da Unio e da Procuradoria-Geral Federal.
66. A prtica demonstrou a eficcia da instalao de NCLEOS DE ASSESSORAMENTO
JURDICO nas Capitais dos Estados. At 2004 eram cinco os Ncleos implantados, como j
visto, e no dia 11 de maro de 2005 foram publicadas portarias de implantao de mais
dezenove Ncleos.79 Os Ncleos de Rio Branco, no Estado do Acre, e o de Manaus, no
Estado do Amazonas, foram implantados em 2006,80 completando-se a implantao de
todos os NAJs.
67. Prosseguindo na implantao e consolidao da PROCURADORIA-GERAL
FEDERAL, foram adotadas diversas medidas, tais como:
a transferncia para a AGU da folha de pagamento dos Procuradores Federais;
a instalao das Procuradorias Regionais Federais da 2 Regio,81 com
sede na Cidade do Rio de JaneiroRJ, da 3 Regio,82 com sede na Cidade de So
Paulo-SP, e da 1 Regio,83 com sede em BrasliaDF;
a instalao das Procuradorias Federais no Estado de Minas Gerais,84 com
sede em Belo Horizonte, no Estado do Rio Grande do Norte,85 com sede em Natal-RN, no
Estado do Esprito Santo,86 com sede em Vitria, no Estado do Mato Grosso do Sul,87 com
78 Portaria n 367, de 2004. A Portaria n 367, de 2004, que institua o SIRAJ foi revogada pela Portaria n 1.831, de 22 de dezembro de 2008. 79 Pelas Portarias nos 157 a 175, de 2005, foram implantados os Ncleos de Assessoramento Jurdico de Aracaj/SE, Belm/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Campo Grande/MS,Cuiab/MT, Curitiba/PR, Florianpolis/SC, Joo Pessoa/PB,Macap/AP,Macei/AL, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Velho/RO, Rio de Janeiro/RJ, So Lus/MA, So Paulo/SP, Teresina/PI e Vitria/ES. Ver o Anexo II do Decreto n 7.392, de 2010, que insere na Consultoria-Geral da Unio 26 Consultorias Jurdicas da Unio nos Estados e uma em So Jos dos Campos. Essas Consultorias teriam substitudo os Ncleos de Assessoramento Jurdico de que trata o art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995. 80 O Ncleo de Assessoramento Jurdico NAJ de Rio Branco/AC foi implantado pela Portaria n 982, de 2006, e o de Manaus/AM, pela Portaria n 983, de 2006. Ver o Anexo II do Decreto n 7.392, de 2010, que insere na Consultoria-Geral da Unio 26 Consultorias Jurdicas da Unio nos Estados e uma em So Jos dos Campos. Essas Consultorias teriam substitudo os Ncleos de Assessoramento Jurdico de que trata o art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995. 81 Portaria n 220, de 2004. 82 Portaria n 222, de 2004. 83 Portaria n 483, de 2004. 84 Portaria n 219, de 2004. 85 Portaria n 221, de 2004. 86 Portaria n 77, de 2005. 87 Portaria n 267, de 2005.
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sede em Campo Grande, no Estado do Paran,88 com sede em Curitiba, no Estado de Santa
Catarina,89 com sede em Florianpolis, no Estado de Gois,90 com sede em Goinia, no
Estado do Piau,91 com sede em Teresina, no Estado de Alagoas,92 com sede em Macei,
no Estado de Rondnia,93 com sede em Porto Velho, no Estado de Roraima,94 com sede
em Boa Vista, no Estado da Paraba,95 com sede em Joo Pessoa, no Estado do
Maranho,96 com sede em So Lus e no Estado do Acre,97 com sede em Rio Branco;
a assuno, em carter exclusivo, pela Procuradoria-Geral Federal, da
representao judicial de autarquias e fundaes da Unio perante os Tribunais
Superiores e o Supremo Tribunal Federal;98
a assuno, em carter exclusivo, pelas Procuradorias Federais nos Estados
do Cear e de Minas Gerais, e as Procuradorias Regionais Federais da 2, 3, 4 e 5
Regies, j instaladas, da representao judicial das autarquias e fundaes pblicas
federais, nos respectivos Estados e Regies.99
68. Tambm foram expedidas portarias determinando a assuno, em carter
exclusivo, da representao judicial de autarquias e fundaes pblicas federais nos
Estados da Bahia,100 do Rio Grande do Norte,101 do Esprito Santo,102 do Par,103e de
Alagoas,104 pelas respectivas Procuradorias Federais. A Procuradoria Regional Federal
da 1 Regio, igualmente assumiu, em carter exclusivo, a representao judicial de
118 autarquias e fundaes pblicas federais perante a primeira e a segunda instncias
dos rgos do Poder Judicirio no Distrito Federal.105
69. A Procuradoria-Geral Federal exerceu diretamente as atribuies de
representao judicial e extrajudicial relativas execuo da dvida ativa do INSS
atinente competncia tributria referente s contribuies sociais a que se refere o art. 1
da Lei n 11.098, de 13 de janeiro de 2005106, bem como seu contencioso fiscal, nas Justias
Federal, do Trabalho e dos Estados.107 Essas atividades conferidas diretamente PGF foram
exercidas pelo extinto108 rgo de Arrecadao da Procuradoria-Geral Federal, que chegou
a ter sua competncia, estrutura (com cargos em comisso remanejados para a PGF109) e
88 Portaria n 358, de 2005. 89 Portaria n 683, de 2005. 90 Portaria n 496, de 2006. 91 Portaria n 826, de 2006. 92 Portaria n 905, de 2006. 93 Portaria n 1.103, de 2006. 94 Portaria n 1.163, de 2006. 95 Portaria n 1.255, de 2006. 96 Portaria n 1.271, de 2006. 97 Portaria n 238, de 2007. 98 Portaria n 436, de 2004. 99 Portaria n 450, de 2004. 100 Portaria n 34, de 2005. 101 Portaria n 63, de 2005. 102 Portaria n 608, de 2005. 103 Portaria n 1.164, de 2006. 104 Portaria n 1.165, de 2006. 105 Portaria n 147, de 2005. 106 Converso da Medida Provisria n 222, de 4 de outubro de 2004. 107 Ver o art. 2 da Lei n 11.098, de 2005. 108 Ver o art. 16 do Ato Regimental n 2, de 2007. 109 Ver Decreto n 5.255, de 2004.
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funcionamento disciplinados em ato regimental110 do Advogado-Geral da Unio. Com a
criao da Secretaria da Receita Federal do Brasil Lei n 11.457, de 16 de maro de 2007
, essa competncia da PGF cessar, em face da revogao do art. 2 da Lei n 11.098, de
2005, pela Lei n 11.501, de 11.7.2007,111 transferindo-se para a Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional. Entretanto, a Procuradoria-Geral Federal continuar a exercer parte
dessas atribuies, por delegao,112 por fora da Lei n 11.457, de 2007.113 Consultar a
respeito tambm o Ato Regimental n 2, de 12 de junho de 2007.
70. As medidas noticiadas no item anterior retiraram da Procuradoria Federal
Especializada junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) as atribuies de
representao judicial e extrajudicial relativas execuo da dvida ativa do INSS atinente
competncia tributria referente s contribuies sociais a que se refere o art. 1 da Lei
n 11.098, de 13 de janeiro de 2005, bem como seu contencioso fiscal, nas Justias
Federal, do Trabalho e dos Estados, alm da consultoria e assessoramento jurdico a elas
correspondentes, conforme explicitado no art. 4, II, do Ato Regimental n 1, de 2004,114
do Advogado-Geral da Unio.
71. As atribuies supra, conferidas diretamente Procuradoria-Geral Federal, foram
temporariamente exercidas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), por fora
da Medida Provisria n 258, de 21 de julho de 2005, que teve seu prazo de vigncia
encerrado em 18 de novembro de 2005,115 retornando situao anterior. Posteriormente,
com a sano da Lei n 11.457, de 2007 e a expedio da Medida Provisria n 359, de
110 Ver o Ato Regimental n 1, de 2004 (revogado pelo Ato Regimental n 2, de 2007). Ver os Anexos I e II do Decreto n 7.392, de 2010, que Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso da Advocacia-Geral da Unio, aprova o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso da Procuradoria-Geral Federal e remaneja cargos em comisso para a Advocacia-Geral da Unio e para a Procuradoria-Geral Federal. 111 A Lei n 11.501, de 11.7.2007, originria da Medida Provisria n 359, de 16.3.2007. 112 Ver a Portaria/PGFN/PGF n 433, de 25 de abril de 2007. 113 Lei n 11.457, de 2007:
Art. 16. A partir do 1o (primeiro) dia do 2o (segundo) ms subseqente ao da publicao desta Lei, o dbito original e seus acrscimos legais, alm de outras multas previstas em lei, relativos s contribuies de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei, constituem dvida ativa da Unio.
1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o (dcimo terceiro) ms subseqente ao da publicao desta Lei, o disposto no caput deste artigo se estende dvida ativa do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE decorrente das contribuies a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei.
2o Aplica-se arrecadao da dvida ativa decorrente das contribuies de que trata o art. 2o desta Lei o disposto no 1o daquele artigo. 3o Compete Procuradoria-Geral Federal representar judicial e extrajudicialmente: I - o INSS e o FNDE, em processos que tenham por objeto a cobrana de contribuies previdencirias, inclusive nos que
pretendam a contestao do crdito tributrio, at a data prevista no 1o deste artigo; II - a Unio, nos processos da Justia do Trabalho relacionados com a cobrana de contribuies previdencirias, de imposto
de renda retido na fonte e de multas impostas aos empregadores pelos rgos de fiscalizao das relaes do trabalho, mediante delegao da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
4o A delegao referida no inciso II do 3o deste artigo ser comunicada aos rgos judicirios e no alcanar a competncia prevista no inciso II do art. 12 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.
5o Recebida a comunicao aludida no 4o deste artigo, sero destinadas Procuradoria-Geral Federal as citaes, intimaes e notificaes efetuadas em processos abrangidos pelo objeto da delegao.
6o Antes de efetivar a transferncia de atribuies decorrente do disposto no 1o deste artigo, a Procuradoria-Geral Federal concluir os atos que se encontrarem pendentes.
7o A inscrio na dvida ativa da Unio das contribuies de que trata o art. 3o desta Lei, na forma do caput e do 1o deste artigo, no altera a destinao final do produto da respectiva arrecadao. 114 O Ato Regimental n 1, de 2004, foi revogado pelo Ato Regimental n 2, de 2007. Ver os Anexos I e II do Decreto n 7.392, de 2010, que Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso da Advocacia-Geral da Unio, aprova o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso da Procuradoria-Geral Federal e remaneja cargos em comisso para a Advocacia-Geral da Unio e para a Procuradoria-Geral Federal. 115 Ver o Ato Declaratrio do Presidente da Mesa do Congresso Nacional n 40, de 21 de novembro de 2005.
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2007,116 a competncia de arrecadao da contribuio previdenciria, pela via judicial,
passou Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.117 Em conseqncia, foi expedido o Ato
Regimental/AGU n 2, de 12 de junho de 2007, dispondo sobre a alterao da competncia,
estrutura e funcionamento da Procuradoria-Geral Federal no que se refere s atribuies
definidas pela Lei n 11.457, de 16 de maro de 2007.
72. SMULA DA AGU. 118 Outras aes, de fundamental relevncia, foram
empreendidas, destacando-se entre elas: a reviso das at ento chamadas smulas
administrativas da AGU e o exame da legislao e das normas da AGU. O Grupo de
Trabalho119 incumbido da reviso das smulas apresentou Relatrio de 250 pginas ao
Advogado-Geral da Unio, no qual esto examinadas cada uma das 20 smulas ento
existentes, com propostas de reviso de textos, de revogao e de substituio de
algumas delas por instrues normativas.
73. Os critrios adotados pelo Grupo incumbido da reviso das smulas
administrativas da AGU representam mudana de postura da Instituio em relao ao
tema e merecem ser aqui reproduzidos:
Cnscio da relevncia do tema que lhe foi confiado, o Grupo de Trabalho procurou orientar
seus estudos por critrios definidos no seu mbito, para que houvesse uniformidade no exame
de cada uma das smulas atuais.
Assim, acordou-se, relativamente Smula da Advocacia-Geral da Unio, que:
I a postura da Administrao Federal na esfera administrativa no pode ser oposta quela
adotada em juzo. Ou seja, em respeito tica, ao princpio constitucional da moralidade
administrativa, ao Poder Judicirio e ao cidado, no pode a Administrao aceitar como
definitiva tese reiteradamente afirmada no STF, STJ e TST e deixar de interpor recursos e, na via
administrativa, negar deferimento a postulao idntica da tese judicialmente acolhida;
II a Smula da Advocacia-Geral da Unio120 composta de enunciados editados pelo
Advogado-Geral da Unio, os quais devem receber numerao seqencial;
III vista da necessidade de atuao coerente da Administrao, os enunciados da Smula
da AGU devem orientar, em carter vinculativo, a atuao dos rgos jurdicos e dos integrantes da
AGU, da PGF e da Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil, no exerccio de suas atividades de
representao judicial e extrajudicial, de consultoria e assessoramento jurdicos;
IV em conseqncia do item anterior, o prembulo da Smula da AGU deve ser revisto,
pois o seu carter obrigatrio no seria apenas para os rgos jurdicos da representao judicial
da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas;
V os enunciados da Smula da AGU, resultantes que so de jurisprudncia iterativa dos
Tribunais (STF, STJ e TST), devem expressar as teses assentes no Judicirio, focalizando,
objetivamente, a controvrsia posta em juzo e ali pacificada;
116 Convertida na Lei n 11.501, de 11.7.2007. 117 Sobre atribuies da Procuradoria-Geral Federal ver tambm o Ato Regimental n 2, de 2007. 118 Sobre a Smula da AGU, ver nova orientao estabelecida no Ato Regimental n 1, de 2.7.2008, que dispe sobre a edio e a aplicao de sumulas da Advocacia-Geral da Unio. 119 Grupo constitudo pela Portaria n 121, de 2004. 120 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio.
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VI embora de carter vinculante para todos os rgos jurdicos mencionados no item III,
em conseqncia da edio de enunciado da Smula e quando for o caso, deve ser expedida
instruo normativa determinando que os rgos detentores de representao judicial e seus
integrantes no proponham aes judiciais, deixem de recorrer ou desistam de recursos j
interpostos sobre a matria sumulada pela AGU;
VII no necessria a edio de enunciado da Smula da AGU quando a matria objeto
de deciso judicial proferida em caso concreto tiver os seus efeitos jurdicos estendidos para a via
administrativa por lei ou decreto. Neste caso, ao Advogado-Geral da Unio caberia a expedio
de instruo normativa determinando aos rgos detentores de representao judicial e seus
integrantes a no proposio de aes judiciais, a no interposio de recursos e a desistncia
dos j interpostos sobre a matria;
VIII o enunciado da Smula que disser respeito a matria exclusivamente processual e
que no encerrar interpretao de norma legal, mas to somente postura da AGU e de seus
rgos vinculados perante decises judiciais, tal como o contido na atual Smula Administrativa n
5, pode ser substitudo por instruo normativa determinando aos rgos detentores de
representao judicial e seus integrantes a no interposio de recursos e a desistncia dos j
interpostos sobre tema objeto de jurisprudncia iterativa dos Tribunais (STF, STJ e TST);
Os critrios orientadores do exame das atuais smulas administrativas, se acolhidos, podem
orientar tambm o exame da propositura de novos enunciados,121 alm dos outros j inscritos na
legislao e normas pertinentes.
74. Os estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho, consolidados no Relatrio j
referido, levaram o Advogado-Geral da Unio a expedir o Ato de 19 de julho de 2004122
SMULA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO , alterando a denominao de smula
administrativa para enunciado123 da Smula da AGU e revogando alguns
enunciados.124 Em conseqncia, foram expedidas diversas instrues normativas.125
Outras alteraes de enunciados126 esto a depender de respostas de ministrios que
foram consultados a respeito de eventual impacto econmico-financeiro resultante de
alterao da redao de antigos enunciados.127
75. Ainda em decorrncia dos estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho
incumbido da reviso das antigas smulas administrativas, foram editados os Atos de 27 de
setembro de 2005128 e de 1 de Agosto de 2006,129 alterando outros enunciados130 da
Smula da AGU, e expedidas as conseqentes instrues normativas.131 Em 4 de agosto
121 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 122 Publicado no Dirio Oficial de 26, 27 e 28 de julho de 2004. 123 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 124 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 125 Ver as Instrues Normativas nos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, de 19 de julho de 2004 (Dirio Oficial de 26.7.2005). 126 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 127 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 128 Publicado no Dirio oficial de 28, 29 e 30 de setembro de 2005. 129 Publicado no Dirio Oficial de 2, 3 e 4 de agosto de 2006. 130 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 131 Ver as Instrues Normativas nos 2 e 3, de 2005, e nos 4 e 5, de 2006.
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de 2006 o Advogado-Geral da Unio expediu ato de consolidao de todos os
enunciados132 da Smula da AGU.133 Outra consolidao ocorreu em 26 de janeiro de
2007.134 Em 6 de fevereiro de 2007 foi editado Ato alterando a redao de mais trs dos
antigos enunciados135 da Smula136 e expedidas as conseqentes instrues normativas.137
Em razo disso, nova consolidao foi expedida em 16 de fevereiro de 2007.138
76. O Grupo de Trabalho139 incumbido de examinar a legislao e as normas da
AGU e de apresentar proposta de sistematizao apresentou Relatrio de 671 pginas
que dever orientar diversas outras aes da Instituio. O Relatrio do Grupo incumbido
do exame da legislao e das normas da AGU, dada a natureza dos trabalhos de
consolidao, optou por sistematizar, em quadro comparativo, por tema, os diversos atos
legislativos e normativos, e observou que:
O trabalho que ora se apresenta, sob a forma de RELATRIO, alm de servir aos estudos de
consolidaes futuras, evidencia situaes que esto a merecer regulamentao, estudos
especficos, reviso de condutas e tomada de decises. No se apresenta aqui proposta de alterao
da Lei Complementar n 73, de 1993, pois este GRUPO DE TRABALHO disso no se incumbe; para tal
fim foi constitudo grupo especfico. Tampouco se prope alterao da Constituio ou de outras
normas. Nesta fase, optou o GRUPO por indicar lacunas, impropriedades, interpretaes restritivas na
aplicao das normas, falta de regulamentao, contradies, superposies de normas,
especialmente no que diz respeito a competncias e atribuies, aquilo que considerou evidente da
comparao dos textos, salvo juzo superior e de estudiosos das matrias.
77. ESCOLA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO. O Advogado-Geral da Unio,
considerando que o Centro de Estudos estava a exigir reformulao capaz de torn-lo
um rgo gerador e difusor do conhecimento com atuao ampla, que pudesse atender
aos desafios constantemente enfrentados pela Advocacia-Geral da Unio,140 bem como
o disposto no art. 39, 2, da Constituio, segundo o qual a Unio deve manter escola
de governo para a formao e o aperfeioamento dos servidores pblicos, constituindo-
se a participao nos cursos um dos requisitos para a promoo na carreira, resolveu
criar a Escola da Advocacia-Geral da Unio, rgo direta e imediatamente subordinado
ao Advogado-Geral da Unio, destina-se a ser um centro de captao e disseminao do
conhecimento, voltado para o desempenho das atividades institucionais da Advocacia-
Geral da Unio, assim entendida a instituio que, nos termos do art. 131, caput, da
Constituio Federal representa a Unio, judicial e extrajudicialmente, diretamente ou
atravs de rgo vinculado, cabendo-lhe, ainda, as atividades de consultoria e
assessoramento jurdico do Poder Executivo.141
132 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 133 Publicado no Dirio Oficial de 8, 9 e 10 de agosto de 2006. 134 O Ato de consolidao dos enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio foi publicado no Dirio Oficial dos dias 30 e 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2007. Segundo o art. 43, 2, da Lei Complementar n 73, de 1993, no incio de cada ano, os enunciados existentes devem ser consolidados e publicados no Dirio Oficial da Unio. 135 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 136 Publicado no Dirio Oficial de 8, 9 e 12 de fevereiro de 2007. 137 Ver as Instrues Normativas nos 1, 2 e 3, de 2007 Dirio Oficial de 8.2.2007. 138 Publicado no Dirio Oficial de 22, 23 e 26 de fevereiro de 2007. 139 Grupo constitudo pela Portaria n 59, de 2004. 140 Extrado do Anexo da Portaria n 725, de 15.8.2005 141 Art. 3 do Ato Regimental n 2, de 15.8.2005, que dispe sobre a Escola da Advocacia-Geral da Unio.
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78. REPRESENTAO PERANTE O STF. Em 2005 foi editado ato dispondo sobre a
organizao e o funcionamento da Secretaria-Geral de Contencioso, que conta, alm
do Gabinete do Secretrio-Geral, com trs Departamentos, seis Coordenaes-Gerais e
trs Coordenaes.142 A Secretaria-Geral de Contencioso auxilia o Advogado-Geral da
Unio em sua atuao perante o Supremo Tribunal Federal, exceto no que diz respeito
elaborao das informaes a serem prestadas pelo Presidente da Repblica nas aes
diretas de inconstitucionalidade, declaratrias de constitucionalidade e de
descumprimento de preceito fundamental, mandados de segurana e de injuno, habeas
corpus etc, que so de responsabilidade da Consultoria-Geral da Unio.
79. ESCRITRIOS DE REPRESENTAO. Considerando que a AGU ainda no estava
completamente estruturada e vista da falta de condies para implantar novas
Procuradorias Seccionais, foi experimentada, em carter emergencial, a instalao de
escritrios de representao143 da Advocacia-Geral da Unio em cidades do interior.
80. SUBSDIO DAS CARREIRAS JURDICAS. Desde a promulgao da Emenda Constitucional
n 19, de 1998, os Advogados Pblicos reivindicavam o cumprimento do disposto no art. 135
c/c o art. 39, 4, da Constituio a remunerao por subsdio. Essa reivindicao foi
atendida com a sano da Lei n 11.358, de 19 de outubro de 2006. 144
81. Contudo, questes conjunturais no permitiram, ainda, o atendimento integral da
aspirao das Carreiras Jurdicas do Poder Executivo, qual seja a de perceberem subsdios
prximos daqueles estabelecidos s carreiras do Ministrio Pblico da Unio pois, como
aquelas, estas exercem funo essencial Justia. Mesmo assim, a tabela de subsdios
progressivos at o ano de 2009, pode ser vista como sinalizadora de futura isonomia.
82. A fixao dos subsdios, entretanto, representa o primeiro passo em direo
conquista almejada. At que tal ocorra, a Advocacia-Geral da Unio pode cuidar do
estabelecimento de critrios para a estruturao de suas carreiras jurdicas e das
carreiras de Procurador Federal e de Procurador do Banco Central do Brasil.
83. CONCILIAO ENTRE RGOS E ENTIDADES DA UNIO. A Lei Complementar n 73,
de 10 de fevereiro de 1993, (art. 4, X, XI, XII, XIII, e 2), e a Lei n 9.028, de 12 de
abril de 1995 (art. 8-C), trouxeram disposies destinadas a evitar que a soluo de
controvrsias entre rgos e entidades da Administrao Federal se transferisse para a
esfera judicial. E, com esse propsito, foi includo o art. 11 na Medida Provisria n
142 Ver o Ato Regimental n 3, de 19.8.2005. 143 Ver as Portarias nos 690 e 691, de 17.7.2006, e nos 710, 711, 712 e 713, de 21.7.2006, 800, de 23.8.2006, e 1.145, de 27.11.2006, que autorizam o funcionamento dos escritrios de representao da AGU em Bag-RS, Uruguaiana-RS, Divinpolis-MG, Montes Claros-MG, Guarapuava-PR, Cricima-SC, Varginha - MG, e Santo ngelo - RS. As Portarias nos 710, 711 e 800, de 2006, foram revogadas pela Portaria n 774, de 17.6.2008, que instalou Procuradorias Seccionais da Unio nas cidades de Divinpolis-MG, Montes Claros-MG e Varginha-MG. 144 Eis o Anexo referido no art. 1 da Lei n 11.358, de 2006 [converso da Medida provisria n 305, de 29 de junho de 2006]:
ANEXO I (Redao dada pela Lei n 12.775, de 28.12.2012)
TABELA DE SUBSDIOS PARA AS CARREIRAS DA REA JURDICA
CATEGORIA EFEITOS FINANCEIROS A PARTIR DE
1 JUL 2010 1 JAN 2013 1 JAN 2014 1 JAN 2015
ESPECIAL 19.451,00 20.423,55 21.424,30 22.516,94
PRIMEIRA 17.201,90 18.062,00 18.947,03 19.913,33
SEGUNDA 14.970,60 15.719,13 16.489,37 17.330,33
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2.180-35, de 24 de agosto de 2001 (em sua verso anterior de n 1.984-18, de
1.6.2000), que incumbiu o Advogado-Geral da Unio de adotar todas as providncias
necessrias a que se deslindem tais controvrsias em sede administrativa. Em 3 de
outubro de 2002, foi editada a Medida Provisria n 71, da qual constava a criao de
cmara de conciliao da Administrao Federal na Advocacia-Geral da Unio. Essa
medida provisria, no entanto, veio a ser rejeitada pelo Congresso Nacional145 em
dezembro daquele ano, em razo de outras matrias ali tratadas. Antes da rejeio
daquele diploma algumas conciliaes foram realizadas e, mesmo depois, considerados
os dispositivos legais j citados, principalmente o art. 11 da Medida Provisria n 2.180-
35, de 2001, outras conciliaes ocorreram e outras esto em andamento no mbito da
Advocacia-Geral da Unio. Para viabilizar outras conciliaes e orientar as entidades e
rgos interessados, o Advogado-Geral da Unio expediu a Portaria n 118, de 1 de
fevereiro de 2007,146 dispondo sobre a conciliao entre rgos e entidades da
Administrao Federal, por cmaras de conciliao ad hoc, instaladas pelo Advogado-
Geral da Unio, at que seja instituda cmara permanente e regulamentada a
conciliao entre rgos e entidades da Unio.
84. COLGIO DE CONSULTORIA DA AGU.147 Considerando a necessidade de proporcionar
foro adequado para a discusso de temas comuns aos rgos encarregados das atividades
de consultoria e de assessoramento jurdico do Poder Executivo, foi criado o COLGIO DE
CONSULTORIA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO, com a finalidade de discutir temas relevantes
de consultoria e assessoramento jurdico e propor ao Advogado-Geral da Unio a adoo de
medidas visando uniformizao de interpretaes e de procedimentos no mbito dos
rgos jurdicos da Administrao Pblica Federal. O Colgio de Consultoria da AGU tem a
seguinte composio: Consultor-Geral da Unio, que o coordenar, Procurador-Geral da
Fazenda Nacional, Secretrio-Geral de Consultoria, Procurador-Geral Federal, Consultores
da Unio, Consultores Jurdicos dos Ministrios, Subchefe para Assuntos Jurdicos da Casa
Civil da Presidncia da Repblica, Chefes dos demais rgos jurdicos da Presidncia da
Repblica e Procurador-Geral do Banco Central do Brasil.
85. A PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL PGFN, cujas atribuies se
encontram na Constituio Federal execuo da dvida ativa da Unio de natureza
tributria148 e na Lei Complementar n 73, de 1993,149 tem outras atribuies fixadas na
Lei n 11.457, de 2007 e em decreto,150 do qual tambm consta a sua organizao.
PGFN compete, ainda, a inscrio em Dvida Ativa dos dbitos para com o Fundo de
Garantia do Tempo de servio - FGTS, bem como, diretamente ou por intermdio da
Caixa Econmica Federal, mediante convnio, a representao Judicial e extrajudicial do
FGTS, para a correspondente cobrana, relativamente contribuio e s multas e
145 A Medida Provisria n 71, de 2002, foi rejeitada pelo Ato de 11 de dezembro de 2002, do Presidente da Cmara dos Deputados. 146 A Portaria n 118, de 1.2.2007, foi revogada pela Portaria n 1.281, de 27.9.2007. 147 Ver o Ato Regimental n 1, de 5 de maro de 2007, que cria o Colgio de Consultoria da Advocacia-Geral da Unio. 148 Conforme o art. 131, 3, da Constituio, Na execuo da dvida ativa de natureza tributria, a representao da Unio cabe Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 149 Ver os arts. 12 e 13 da Lei Complementar n 73, de 1993. 150 Ver o art. 23 da Lei n 11. 457, de 2007 que atribui Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a representao judicial na cobrana de crditos de qualquer natureza inscritos em Dvida Ativa da Unio, e o art. 9, III, do Anexo I do Decreto n 7482, de 16 de maio de 2011, que torna privativa da PGFN a representao judicial e extrajudicial da Unio na execuo de sua dvida ativa.
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demais encargos previstos na legislao respectiva.151 A cobrana da contribuio
previdenciria, competncia antes atribuda ao Ministrio da Previdncia Social, passou
Secretaria da Receita Federal do Brasil pela Lei n 11.457, de 2007 e, em conseqncia,
transferiu-se para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a atribuio de inscrever os
dbitos e executar a dvida ativa referente a essa contribuio.152
AES DESENVOLVIDAS A PARTIR DE ABRIL DE 2007
86. PROCURADORIAS SECCIONAIS DA UNIO REATIVAO E INSTALAO E ESCRITRIOS
DE REPRESENTAO DA AGU. A Portaria n 351, de 13 de abril de 2007,153 reativou
quatorze Procuradorias Seccionais da Unio que haviam sido desativadas em 2000/2001.
Outras trs Seccionais, ento desativadas, j haviam sido reativadas em 2003. Algumas
Seccionais reativadas esto sediadas em Municpios que tambm so sede de Escritrios
de Representao instalados enquanto no se reativavam as Seccionais. Alm das
Procuradorias Seccionais, foi autorizado o funcionamento de Escritrio de
Representao da Advocacia-Geral da Unio em Pelotas/RS, posteriormente
desativado pela reativao da Procuradoria Seccional da Unio em Pelotas. Outras
Procuradorias Seccionais da Unio foram instaladas.
87. Em 17 de junho de 2008 foi editada a Portaria n 774, para instalar mais quatorze
Procuradorias Seccionais.154
151 Ver a Lei n 8.844, de 20 de janeiro de 1994. 152 Ver a propsito a Lei n 11.457, de 2007:
Art. 2o Alm das competncias atribudas pela legislao vigente Secretaria da Receita Federal, cabe Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributao, fiscalizao, arrecadao, cobrana e recolhimento das contribuies sociais previstas nas alneas a, b e c do pargrafo nico do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuies institudas a ttulo de substituio.
1o O produto da arrecadao das contribuies especificadas no caput deste artigo e acrscimos legais incidentes sero destinados, em carter exclusivo, ao pagamento de benefcios do Regime Geral de Previdncia Social e creditados diretamente ao Fundo do Regime Geral de Previdncia Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.
2o Nos termos do art. 58 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a Secretaria da Receita Federal do Brasil prestar contas anualmente ao Conselho Nacional de Previdncia Social dos resultados da arrecadao das contribuies sociais destinadas ao financiamento do Regime Geral de Previdncia Social e das compensaes a elas referentes.
3o As obrigaes previstas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, relativas s contribuies sociais de que trata o caput deste artigo sero cumpridas perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil.
........................................................................................................................................... Art. 16. A partir do 1o (primeiro) dia do 2o (segundo) ms subseqente ao da publicao desta Lei, o dbito original e seus
acrscimos legais, alm de outras multas previstas em lei, relativos s contribuies de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei, constituem dvida ativa da Unio.
1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o (dcimo terceiro) ms subseqente ao da publicao desta Lei, o disposto no caput deste artigo se estende dvida ativa do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE decorrente das contribuies a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei.
2o Aplica-se arrecadao da dvida ativa decorrente das contribuies de que trata o art. 2o desta Lei o disposto no 1o daquele artigo. 153 A Portaria n 351, de 2007 D. O. de 16.4.2007 reativou as Procuradorias Seccionais de Uruguaiana RS, Cricima SC, Joaaba SC, Santo ngelo RS, Santana do Livramento RS, Bag RS, Cascavel PR, Guarapuava PR, Marab PA, Nova Friburgo RJ, Araatuba SP, Bauru SP, Piracicaba SP e Sorocaba SP. Os Municpios de Bag, Uruguaiana, Guarapuava, Cricima e Santo ngelo tambm so sedes de Escritrios de Representao da AGU - ver as Portarias nos 690, 691,712, 713 e 1.145 de 2006. A Portaria n 604, de 2009, alterou a Portaria n 351, de 2007, para desativar a PSU-Santana do Livramento/RS e a PSU-Nova Friburgo/RJ e reativar a PSU-Pelotas/RS. Em consequncia, a Portaria n 688, de 23.5.2008, que autorizou o funcionamento do Escritrio de Pelotas, foi revogada pela Portaria n 604, de 2009. 154 A Portaria n 774, de 2008 - D. O. de 26.6.2008 instalou as Procuradorias Seccionais de Barreiras/BA, Rio Verde/GO, Imperatriz/MA, Montes Claros/MG, Varginha/MG, Divinpolis/MG, So Joo de Meriti/RJ, Guaratinguet/SP, Dourados/MS, Arapiraca/AL, Mossor/RN, Juazeiro do Norte/CE e Serra Talhada/PE. A Portaria n 774, de 2008 foi alterada pela Portaria n 604,
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88. As Procuradorias Seccionais da Unio foram criadas pela Lei n 9.028, de 1995 (criou
41 Seccionais) e pela Lei n 9.366, de 1996 (criou 16 Seccionais), em um total de 57
Procuradorias. Usando a faculdade prevista no 4 do art. 3 da Lei n 9.028, de 1995 (com a
redao dada pela Medida Provisria n 1.984-24, de 2000 atual e vigente Medida Provisria
n 2.180-35, de 2001), foram desativadas dezoito Procuradorias Seccionais da Unio.155
89. Observa-se que os cargos de Procurador Seccional da Unio foram criados pelas
Leis n 8.682, de 1993 (1 cargo art. 2), n 9.028, de 1994 (40 cargos art. 9) e n 9.366,
de 1996 (16 cargos art. 8, pargrafo nico), perfazendo um total de 57 cargos.
Posteriormente, o art. 13 da mesma Medida Provisria n 2.180-35, de 2001 que autorizou
a desativao de Procuradorias Seccionais reduziu para trs os dezesseis cargos de
Procurador Seccional da Unio criados pelo art. 8 da Lei n 9.366, de 1996 e o art. 17, 1,
da Lei n 10.480, de 2 de julho de 2002, transformou em cargos de Coordenador-Geral os
cargos de Procurador Seccional da Unio das Procuradorias Seccionais desativadas.
90. CANAL DO CIDADO. A Advocacia-Geral da Unio lanou em 24 de abril de 2007 o
Canal do Cidado, para receber, via Internet e por telefone, denncias da sociedade sobre
atos cometidos contra a Unio. As denncias devem estar relacionadas com assuntos
tratados pela Instituio, como invaso de imveis ou terras pblicas, funcionamento ilegal de
casas de bingo, obstruo de rodovias, corrupo, desvio de verbas pblicas federais, meio
ambiente, reclamao contra servidores e autoridades da administrao, entre outros.156
91. PROCURADORIA-GERAL FEDERAL. Em prosseguimento ao processo de implantao
da Procuradoria-Geral Federal, foram adotadas as seguintes medidas:
foram instaladas as Procuradorias