historico e evolucao da agu

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  • HISTRICO E EVOLUO DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO

    Advocacia-Geral da Unio a

    instituio que, diretamente ou atravs

    de rgo vinculado, representa a Unio,

    judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos

    termos da lei complementar que dispuser

    sobre sua organizao e funcionamento, as

    atividades de consultoria e assessoramento

    jurdico do Poder Executivo. (CF, ART. 131.)

    ANTECEDENTES HISTRICOS

    Antes da promulgao da Constituio da Repblica de 5 de outubro de 1988 a

    representao judicial da Unio (Administrao direta) estava a cargo do Ministrio

    Pblico da Unio e as atividades de consultoria e assessoramento jurdicos do Poder

    Executivo estavam confiadas Advocacia Consultiva da Unio,1 que tinha como instncia

    mxima a Consultoria-Geral da Repblica2 e era composta pela Procuradoria-Geral da

    Fazenda Nacional (no Ministrio da Fazenda), pelas Consultorias Jurdicas (nos demais

    Ministrios, Estado-Maior das Foras Armadas e Secretarias da Presidncia da Repblica),

    pelos rgos jurdicos dos Gabinetes Militar e Civil da Presidncia da Repblica, pelas

    Procuradorias-Gerais e departamentos jurdicos das autarquias e das fundaes federais, e

    pelos rgos jurdicos das empresas pblicas, sociedades de economia mista e demais

    entidades controladas, direta ou indiretamente, pela Unio. Exercia parcialmente a

    representao extrajudicial da Unio a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional PGFN,

    como rgo do Ministrio da Fazenda. A representao judicial da Unio esteve afeta ao

    Ministrio Pblico da Unio at o advento da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de

    1993, com exceo daquela referente s causas de natureza fiscal que passaram antiga

    Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional desde a promulgao da Carta Poltica, por fora

    do art. 29, 5, do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias ADCT.

    A AGU NA CONSTITUIO DE 1988 2. A Constituio de 1988, no seu Ttulo IV, disps sobre a ORGANIZAO DOS

    PODERES e, sob esse Ttulo, destinou o Captulo I ao PODER LEGISLATIVO, o Captulo II

    ao PODER EXECUTIVO, o Captulo III ao PODER JUDICIRIO e o Captulo IV s

    FUNES ESSENCIAIS JUSTIA, inserindo neste ltimo Captulo o MINISTRIO PBLICO,

    na Seo I, e a ADVOCACIA PBLICA, na qual se inclui a ADVOCACIA-GERAL DE UNIO, na

    Seo II. Teve o Constituinte o cuidado de situar a Advocacia-Geral da Unio fora dos trs

    Poderes da Repblica, no para que formasse um quarto poder, mas para que pudesse

    atender, com independncia, aos trs Poderes, tendo presente que a representao judicial

    da Unio funo essencial Justia , confiada nova Instituio, envolveria os trs

    Poderes da Repblica. Tambm deixou claro que a Advocacia-Geral da Unio ficaria

    responsvel pelas atividades de consultoria e assessoramento jurdicos apenas do Poder

    Executivo. Portanto, o lao mais forte a unir a Advocacia-Geral da Unio ao Poder Executivo

    decorre desses servios que lhe presta, com exclusividade.

    1 Ver Decreto n 93.237, de 1986. 2 Ver Decreto n 92.889, de 1986, e Decreto n 93.237, de 1986.

    A

  • ADVOCACIA-GERAL DA UNIO HISTRICO E EVOLUO

    2

    3. A Advocacia-Geral da Unio nasceu da necessidade de organizar em Instituio

    nica a representao judicial e extrajudicial da Unio e as atividades de consultoria e

    assessoramento jurdicos do Poder Executivo, propiciando ao Ministrio Pblico o pleno

    exerccio de sua funo essencial de defesa da ordem jurdica essencial Justia ,

    do regime democrtico, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponveis,

    desvencilhando-o da representao judicial da Unio, por vezes incompatvel com os

    seus outros misteres.

    A ESTRUTURA DA AGU EM SUA LEI ORGNICA 4. Consoante preconizado no art. 131 da Constituio de 1988, veio a dispor sobre a

    organizao e funcionamento da nova Instituio a Lei Complementar n 73, de 10 de

    fevereiro de 1993, que instituiu a Lei Orgnica da Advocacia-Geral da Unio e cuidou

    de forma mais pormenorizada do brao contencioso da Instituio, de sua representao

    judicial, uma vez que j existia, em organizao sistmica, a Advocacia Consultiva da Unio,

    a qual tinha na Consultoria-Geral da Repblica sua instncia mais elevada, responsvel

    pelas atividades de consultoria e assessoramento jurdicos do Poder Executivo.

    5. Os rgos da Advocacia-Geral da Unio AGU, segundo a Lei Orgnica da

    Instituio, foram classificados como:

    rgos de direo superior: Advogado-Geral da Unio,3 Procuradoria-Geral da

    Unio,4 Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,5 Consultoria-Geral da Unio,6 Conselho

    Superior da Advocacia-Geral da Unio7 e Corregedoria-Geral da Advocacia da Unio;8

    rgos de execuo: Procuradorias Regionais da Unio,9 Procuradorias

    Regionais da Fazenda Nacional,9 Procuradorias da Unio nos Estados e no Distrito

    Federal,10 Procuradorias da Fazenda Nacional nos Estados e no Distrito Federal,10

    Procuradorias Seccionais da Unio,11 Procuradorias Seccionais da Fazenda Nacional,11

    Consultoria da Unio12 e Consultorias Jurdicas13 nos Ministrios;

    3 O Advogado-Geral da Unio o mais elevado rgo de assessoramento jurdico do Poder Executivo e exerce a representao judicial da Unio perante o Supremo Tribunal Federal. 4 O Procurador-Geral da Unio exerce a representao judicial da Unio perante os tribunais superiores em quaisquer causas, ressalvadas aquelas de competncia da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 5 A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional presta assessoramento jurdico e consultoria ao Ministrio da Fazenda [funes exercidas pelas Consultorias Jurdicas nos demais Ministrios] e exerce a representao judicial da Unio na execuo da dvida ativa de carter tributrio e nas causas de natureza fiscal. Com a promulgao da Constituio de 1988 a antiga PGFN passou a exercer a representao judicial de Unio nas causas de natureza fiscal, mesmo antes da expedio da Lei Complementar n 73, de 1993, por fora do art. 29, 5, do ADCT. 6 A Consultoria-Geral da Unio colabora com o Advogado-Geral da Unio em seu assessoramento jurdico ao Presidente da Repblica. 7 O Conselho Superior da AGU composto de membros natos [Advogado-Geral da Unio, Procuradores-Gerais da Unio e da Fazenda Nacional, Consultor-Geral da Unio e Corregedor-Geral da Unio] e de membros eleitos [um representante de cada Carreira] com mandato de dois anos, e tem funes restritas: tratar dos concursos de ingresso nas Carreiras da Instituio, organizar listas de promoes e remoes dos membros efetivos da AGU e decidir sobre estgio confirmatrio. Veja outras atribuies conferidas ao Conselho Superior da AGU pelas Portarias n 7, de 2009, 1.643, de 2009, n 55, de 2009, n 218, de 2011, n 248 de 2011, n 178, de 2012, n 345, de 2012, n 568, de 2012, e Resoluo n 1, de 2011 8 A Corregedoria-Geral da AGU, conforme a Lei Complementar n 73, de 1993, tem sua atuao voltada to somente para os rgos jurdicos da Instituio, inclusive os vinculados, e para os membros da AGU, no se ocupando dos demais rgos e servidores. 9 As Procuradorias Regionais da Unio e da Fazenda Nacional se localizam nas Capitais que sejam sede de Tribunal Regional Federal [Braslia, Rio de Janeiro, So Paulo, Porto Alegre e Recife]. 10 As Procuradorias da Unio e da Fazenda Nacional esto localizadas nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal. 11 As Procuradorias Seccionais da Unio e da Fazenda Nacional se localizam em cidades do interior dos Estados. 12 A Consultoria da Unio, rgo da Consultoria-Geral da Unio, composta pelos Consultores da Unio.

  • ADVOCACIA-GERAL DA UNIO HISTRICO E EVOLUO

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    rgos vinculados: Procuradorias e Departamentos jurdicos de autarquias e

    fundaes pblicas federais.14

    Alm dos rgos que dizem respeito s atividades finalsticas da AGU, a sua Lei

    Orgnica previu ainda os seguintes rgos de administrao:

    Gabinete do Advogado-Geral da Unio, Diretoria-Geral de Administrao,

    Centro de Estudos15 e Secretaria de Controle Interno.16

    6. At o incio do ano 2000 a Advocacia-Geral da Unio funcionou com essa estrutura.

    FUNCIONAMENTO DA AGU FORA DE TRABALHO 7. Os rgos responsveis pela representao judicial da Unio, precisamente

    aqueles do Gabinete do Advogado-Geral da Unio e os integrantes da Procuradoria-Geral

    da Unio17 (rgo central, Procuradorias Regionais, Procuradorias nos Estados,

    Procuradorias Seccionais) em todo o territrio nacional, a Corregedoria-Geral da AGU, o

    Gabinete do Advogado-Geral da Unio, o Centro de Estudos Victor Nunes Leal e a

    Diretoria-Geral de Administrao da AGU foram implantados com servidores

    requisitados ou cedidos de ministrios, autarquias, fundaes, empresas pblicas e

    sociedades de economia mista, de outros Poderes da Repblica, de Estados, Distrito

    Federal e Municpios. O minguado quadro de pessoal que a AGU recebeu da extinta

    Consultoria-Geral da Repblica se resumia a dezesseis servidores efetivos.

    8. Desde o incio de suas atividades fevereiro de 1993 at o incio do ano 2000 a

    representao judicial da Unio, a cargo da AGU, era exercida pelos titulares dos cargos

    em comisso de rgos de direo e de execuo e por Procuradores da Fazenda

    Nacional, Assistentes Jurdicos e cerca de trinta Advogados da Unio (oriundos do

    primeiro concurso pblico realizado para essa Carreira) todos eles auxiliados por

    Procuradores de autarquias e fundaes e outros bacharis em Direito, detentores de

    cargos em comisso na AGU.

    9. No incio do ano 2000 ingressaram nos quadros da AGU, mediante concurso

    pblico o segundo , cerca de trezentos Advogados da Unio e, em seguida, outro tanto

    de Assistentes Jurdicos provenientes do primeiro concurso pblico realizado para essa

    Carreira.18 Tambm foram realizados dois concursos para cargos de Procurador da

    Fazenda Nacional at 2002.

    13 As Consultorias Jurdicas, localizadas nos Ministrios, exercem as atividades de consultoria e assessoramento jurdicos no mbito das respectivas Pastas. 14 Os rgos Vinculados AGU so responsveis pela representao judicial e extrajudicial e pelas atividades de consultoria e assessoramento jurdicos das autarquias e fundaes federais. 15 O Centro de Estudos da AGU, denominado Victor Nunes Leal, foi instalado no ano de 2000. Ver o Ato Regimental n 2, de 2005, as Portarias n 190, n 134, de 2012, n 304, de 2012, n 322, de 2012, e n 345, de 2012. 16 A Secretaria de Controle Interno da AGU ainda no foi instalada, ficando as suas atribuies temporariamente confiadas Secretaria de Controle Interno da Presidncia da Repblica. 17 A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, responsvel pela representao judicial da Unio na execuo da dvida ativa de carter tributrio e nas causas de natureza fiscal, j se encontrava organizada nacionalmente seguindo os rgos do Ministrio da Fazenda, pois era responsvel pelo assessoramento jurdico e consultoria quela Pasta. 18 Aquele foi o primeiro e nico concurso pblico de ingresso na Carreira de Assistente Jurdico do quadro da AGU, pois a Carreira foi extinta e os cargos foram transformados em cargos de Advogado da Unio pelo art. 11 da Medida Provisria no 43, de 2002, convertida na Lei n 10.549, de 2002.

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    CORREIES DA AGU MEDIDAS ADOTADAS RGOS NOVOS 10. As correies realizadas pela Corregedoria-Geral da AGU em rgos jurdicos de

    autarquias e fundaes federais vinham indicando a necessidade de mudana na

    representao judicial de grande parte dessas entidades, principalmente aquelas de

    mbito local e de pequeno porte, como era o caso de escolas tcnicas, agrotcnicas

    centros federais de educao tecnolgica, alm de outras. Essas entidades, sendo de

    mbito local, muitas localizadas em pequenos municpios, no dispunham de meios para

    acompanhar at as ltimas instncias, as aes judiciais de seu interesse, ficando

    praticamente indefesas. As correies identificaram tambm deficincia na representao

    judicial de algumas autarquias e fundaes de grande porte, pela falta de recursos

    humanos em quantidade e qualidade desejadas.

    11. Ante esse quadro, com base no art. 131 da Constituio, do qual consta que a

    Advocacia-Geral da Unio a Instituio que, diretamente ou atravs de rgo

    vinculado, representa a unio, judicial e extrajudicialmente, considerando que a

    representao judicial daquelas entidades, descentralizadas da Unio, poderia ser feita

    diretamente pela Instituio, e havendo a AGU recebido expressivo nmero de

    Advogados da Unio no incio do ano 2000, foi possvel Instituio, ainda no primeiro

    semestre daquele ano, mediante ato legislativo,19 assumir a representao judicial de

    quase uma centena de autarquias e fundaes, at que lei dispusesse sobre a nova

    forma de representao judicial, direta e indireta, da Unio, consideradas as suas

    entidades autrquicas e fundacionais, bem como sobre a prestao de consultoria e

    assessoramento jurdicos a essas entidades.

    12. Os resultados positivos da assuno pela AGU da representao judicial das

    pequenas entidades e, mais expressivamente, de algumas autarquias e fundaes

    federais de grande porte so notrios, mormente no que diz respeito reduo dos

    vultosos valores das condenaes judiciais impostas aos cofres pblicos. A representao

    judicial dessas entidades concentrada na AGU permitiu ainda conferir tratamento uniforme

    a matrias comuns Administrao direta e indireta (autarquias e fundaes).

    13. Os altssimos valores das condenaes judiciais sofridas pelo Tesouro

    determinaram se criasse, na Procuradoria-Geral da Unio, o Departamento de Clculos

    e Percias,20 setor especializado que vem auxiliando eficaz e decisivamente o segmento

    contencioso da Instituio, incluindo os das autarquias e fundaes federais. So notveis

    os resultados obtidos a partir do refazimento desses clculos, reduzindo

    significativamente os valores efetivamente devidos pela Unio.

    14. As correies empreendidas pela Corregedoria-Geral da AGU tambm

    identificaram irregularidades em rgos jurdicos que conduziram instaurao de diversos

    processos administrativos disciplinares. A concluso desses processos e julgamentos

    proferidos pelo Tribunal de Contas da Unio em matrias da alada daquela Corte de

    Contas exigiu a criao, tambm na Procuradoria-Geral da Unio, da Coordenadoria de

    19 Ver arts 11-A e 11-B da Lei n 9.028, de 1995 [Medida Provisria n 2.180-35, de 2001]. 20 Ver art. 8-D da Lei n 9.028, de 1995.

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    Aes de Recomposio do Patrimnio da Unio,21 rgo especfico para recuperar

    perdas patrimoniais sofridas pela Unio e promover a execuo de ttulos judiciais e

    extrajudiciais, inclusive os expedidos pelo Tribunal de Contas da Unio.

    MEDIDAS RACIONALIZADORAS ESTRUTURAO DE RGOS 15. Ao longo desses anos foi vista a necessidade de racionalizar servios a cargo das

    Procuradorias Regionais da Unio22 e das Procuradorias da Unio23 situadas nas

    mesmas capitais. A racionalizao reclamada, depois de autorizada em lei,24 conduziu

    unificao, na Procuradoria Regional, das duas estruturas existentes, com absoro da

    Procuradoria da Unio pela respectiva Procuradoria Regional da Unio situada na mesma

    capital. Com a unificao das procuradorias, foram eliminadas unidades dplices

    desnecessrias, passando os representantes judiciais da Unio a atuar na primeira e na

    segunda instncias, otimizando os trabalhos.

    16. Na esteira da racionalizao, e tambm com autorizao legislativa,25 foram

    desativadas procuradorias seccionais localizadas em cidades que apresentavam pequena

    movimentao processual de interesse da Unio, ficando os servios concentrados na

    Seccional mais prxima ou na Procuradoria da Unio, eliminando-se gastos com a

    manuteno de estruturas, permitindo melhor utilizao de recursos humanos,

    principalmente de representantes judiciais da Unio que, localizados naquelas Seccionais,

    cuidavam de pequeno nmero de processos judiciais. Pelos mesmos motivos tambm

    deixaram de ser instaladas outras Procuradorias Seccionais.

    17. O Ato Regimental26 da estrutura bsica da Procuradoria-Geral da Unio PGU

    (com suas Procuradorias Regionais, da Unio e Seccionais) foi expedido em junho de

    2002, e cuidou tambm do Gabinete do Procurador-Geral da Unio; e dos Departamentos

    Judicial Cvel; Judicial Trabalhista; Judicial de rgos e Entidades Sucedidos pela Unio;

    Judicial Internacional e de Recomposio do Patrimnio da Unio; para Assuntos

    Especiais e Orientao Processual; de Clculos e Percias; alm de Coordenaes-

    Gerais. Contudo, a PGU ainda no teve integralmente implantada a sua estrutura pela

    falta dos cargos em comisso indispensveis para tanto.

    18. Enquanto se empreendiam as mudanas nas Procuradorias da Unio, igualmente

    se implantava no Gabinete do Advogado-Geral da Unio o Ncleo27 de

    acompanhamento de feitos judiciais de interesse da Unio, e de suas autarquias e

    fundaes, em tramitao perante o Supremo Tribunal Federal, cuja atuao

    concentrou-se especialmente no acompanhamento das causas de maior relevncia e

    interesse pblico.

    21 Ver art. 8-E da Lei n 9.028, de 1995. 22 As Procuradorias Regionais da Unio atuavam apenas na 2 instncia [Tribunais Regionais situados nas Capitais onde estas tm sede]. 23 As Procuradorias da Unio nos Estados e no Distrito Federal atuam na 1 instncia das Justias Federal e do Trabalho. 24 Ver art. 3, 1, da Lei n 9.028, de 1995. 25 Ver art. 3, 4, da Lei n 9.028, de 1995. 26 Ato Regimental n 5, de 19 de junho de 2002. 27 Implantado pela Portaria AGU n 224, de 2000.

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    19. Todas as Procuradorias da AGU (Geral, Regionais, da Unio e Seccionais)

    passaram a contar com setor especfico para o acompanhamento e controle especiais de

    feitos considerados relevantes, assim considerados pela possibilidade de acarretar

    expressivo dano ao errio, seja pelo seu valor individualizado, ou pela multiplicao de seus

    efeitos, ou ainda por envolver assuntos relacionados s polticas pblicas de interesse social.

    20. Revistas as estruturas do brao contencioso da Advocacia-Geral da Unio,

    voltaram-se as atenes para a remodelagem do seu brao consultivo, aquele advindo da

    antiga Advocacia Consultiva da Unio, como j visto.

    21. A Lei Complementar n 73, de 1993, que instituiu a Lei Orgnica da Advocacia-

    Geral da Unio, criou a Consultoria-Geral da Unio como rgo de direo superior da

    Instituio, mas incumbiu-a apenas (embora principalmente) de colaborar com o

    Advogado-Geral da Unio em seu assessoramento jurdico ao Presidente da

    Repblica produzindo pareceres, informaes e demais trabalhos jurdicos que lhe sejam

    atribudos pelo chefe da Instituio.28 Ficou a Consultoria-Geral da Unio isolada do

    restante do segmento consultivo da Instituio, notadamente das Consultorias Jurdicas

    que receberam tratamento em captulo autnomo da Lei.

    22. Para suprir a lacuna da Lei e tornar coerente a classificao do rgo como de

    direo superior, o Advogado-Geral da Unio, expediu Ato Regimental29 dispondo sobre

    a competncia, a estrutura e o funcionamento da Consultoria-Geral da Unio, bem

    como as atribuies de seu titular e demais dirigentes.30 A Consultoria-Geral da Unio,

    alm da Consultoria da Unio (integrada pelos Consultores da Unio), passou a contar

    com um Gabinete e os Departamentos de Assuntos Extrajudiciais, de Orientao e

    Coordenao de rgos Jurdicos, de Acompanhamento de Feitos Estratgicos perante o

    Supremo Tribunal Federal,31 de Anlise de Atos Normativos e de Informaes Jurdico-

    Estratgicas e de Coordenaes-Gerais, incumbindo-se de coordenar a atuao das

    Consultorias Jurdicas dos Ministrios e de coordenar e orientar a atuao dos rgos

    Jurdicos das autarquias e fundaes pblicas,32 com a participao da Consultoria

    Jurdica do Ministrio a que estivessem subordinados. Registra-se que a Procuradoria-

    Geral da Fazenda Nacional, rgo de direo superior da AGU, submete-se s normas

    disciplinadoras das Consultorias Jurdicas no que concerne s atividades de consultoria e

    assessoramento jurdicos prestados ao Ministrio da Fazenda. Tambm a Consultoria-

    Geral da Unio ainda no teve integralmente implantada a sua estrutura pela falta dos

    cargos em comisso indispensveis para tanto.

    28 Ver arts. 2, I, c, e 10 da Lei Complementar n 73, de 1993. 29 Ato Regimental no 1, de 2002. O Ato Regimental n 5, de 27.9.2007, reorganizou a Consultoria-Geral da Unio e revogou o Ato Regimental n 1, de 2002. 30 A competncia para dispor sobre essas matrias foi conferida ao Advogado-Geral da Unio pelo art. 45, 1, da Lei Complementar n 73, de 1993. 31 O Departamento de Acompanhamento de Feitos Estratgicos perante o Supremo Tribunal Federal Absorveu o Ncleo de acompanhamento de feitos judiciais de interesse da Unio, e de suas autarquias e fundaes, em tramitao perante o Supremo Tribunal Federal objeto do item 17. Atualmente esse acompanhamento, no que diz respeito a causas de interesse da Administrao direta, feito, sob o comando do Advogado-Geral da Unio, pela Secretaria-Geral de Contencioso, e aquelas de interesse de autarquias e fundaes federais (exceto do Banco Central do Brasil) pela Procuradoria-Geral Federal. 32 Observa-se que o Ato Regimental n 1, de 2002, precedeu a criao da Procuradoria-Geral Federal. O ato Regimental n 1, de 2002, foi revogado pelo Ato Regimental n 5, de 2007.

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    23. As Consultorias Jurdicas, rgos de execuo da AGU, j se encontravam

    estruturadas nos respectivos ministrios e assim foram mantidas. Situao nova surgiu

    com a criao do Ministrio da Defesa, em substituio aos trs Ministrios Militares

    Marinha, Exrcito e Aeronutica e ao Estado-Maior das Foras Armadas EMFA, este

    absorvido pelo novo Ministrio e aqueles transformados em Comandos Militares

    integrantes do Ministrio da Defesa, fato que recomendou se criassem, na Consultoria

    Jurdica do Ministrio da Defesa, as Consultorias Jurdicas-Adjuntas dos Comandos da

    Marinha, do Exrcito e da Aeronutica. At o momento, a Consultoria Jurdica do

    Ministrio da Defesa, e suas Consultorias-Adjuntas, foram as nicas a terem suas

    competncias, estruturas e funcionamentos disciplinados em ato do Advogado-Geral da

    Unio.33 As demais Consultorias permanecem regidas por atos editados pelos respectivos

    Ministros de Estado, assim como a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

    24. Outra medida, que contou com autorizao legislativa,34 de fundamental importncia

    para racionalizar as atividades de assessoramento jurdico, propiciando orientao uniforme

    para temas comuns de interesse de rgos da Administrao direta localizados fora do

    Distrito Federal foi a criao dos Ncleos de Assessoramento Jurdico35. At setembro de

    2002 foram instalados trs desses Ncleos em Goinia, Fortaleza e Porto Alegre.36

    25. Os Ncleos de Assessoramento Jurdico, rgos integrantes da Consultoria-Geral

    da Unio, representam mais uma medida de racionalizao de servios, de uniformidade de

    orientao jurdica e de economia, uma vez que evita a mantena de vrias unidades com as

    mesmas finalidades em rgos dos Ministrios localizados fora do Distrito Federal.

    RGOS VINCULADOS A PROCURADORIA-GERAL FEDERAL 26. Estabelecidas as estruturas (embora no implantadas integralmente) dos rgos

    da Instituio responsveis pela representao judicial da Unio e pelas atividades de

    consultoria e assessoramento jurdicos do Poder Executivo, no que diz respeito

    Administrao direta, retoma a Instituio a questo relativa aos seus rgos

    Vinculados, responsveis pela representao judicial e extrajudicial das autarquias e

    fundaes federais, bem como pelas atividades de consultoria e assessoramento jurdicos

    a essas entidades da Administrao indireta.

    27. Ao tempo em que a Advocacia-Geral da Unio assumia a representao judicial

    de quase uma centena de autarquias e fundaes, conforme visto nos itens 10, 11 e 12,

    era criada a Carreira de Procurador Federal,37 reunindo, sob denominao nica os

    profissionais do Direito responsveis pelas atividades de representao judicial e

    extrajudicial e daquelas de consultoria e assessoramento jurdicos das autarquias e

    fundaes federais, passo fundamental para a organizao e racionalizao da atuao

    dos integrantes da nova Carreira.

    33 Ver Ato Regimental n 6, de 2002. 34 Ver art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995 [Medida Provisria n 2.180-35, de 2001]. 35 Ver o Anexo II do Decreto n 7.392, de 2010, que insere na Consultoria-Geral da Unio 26 Consultorias Jurdicas da Unio nos Estados e uma em So Jos dos Campos. Essas Consultorias teriam substitudo os Ncleos de Assessoramento Jurdico de que trata o art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995. 36 Portarias nos 306, 359 e 720, de 2002. 37 Ver art. 35 e seguintes da Medida Provisria n 2.229-43, de 2001.

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    28. Na AGU, concomitantemente, era criada, via legislativa, a Coordenadoria dos

    rgos Vinculados AGU,38 para auxiliar o Advogado-Geral no exerccio de suas

    atribuies de orientao normativa e superviso tcnica dos rgos jurdicos das

    autarquias e fundaes pblicas, os rgos Vinculados, assim denominados pela Lei

    Complementar n 73, de 1993.39 Essa Coordenadoria teve o seu funcionamento

    disciplinado em ato40 do Advogado-Geral da Unio e representou passo decisivo na

    racionalizao da distribuio dos Procuradores Federais e na deteco de problemas

    ocorrentes na Administrao indireta (autarquias e fundaes).

    29. Da Coordenadoria dos rgos Vinculados evoluiu-se para a criao da

    Procuradoria-Geral Federal,41 como rgo autnomo vinculado Advocacia-Geral da

    Unio e sob a sua superviso direta, com o objetivo de reunir, sob administrao nica,

    as atividades de representao judicial e extrajudicial e aquelas de consultoria e

    assessoramento jurdicos da Administrao indireta (autarquias e fundaes federais),

    em tudo iguais quelas exercidas pela AGU em relao Administrao direta.

    30. A criao da Procuradoria-Geral Federal representa mais uma ao governamental

    em busca da racionalidade, economia e otimizao das atividades constitucionais da

    Advocacia-Geral da Unio, retirando da subordinao dos dirigentes de autarquias e

    fundaes decises importantssimas de representao judicial da Unio, bem como de

    consultoria e assessoramento jurdicos, atividades que devem ser orientadas pelo Advogado-

    Geral da Unio. A Constituio no distinguiu a Administrao direta da indireta quanto

    defesa do patrimnio pblico federal, apenas admitiu que a AGU pudesse fazer a

    representao judicial e extrajudicial atravs de rgos a ela vinculados.42

    31. A nica entidade autrquica federal cuja Procuradoria-Geral no foi absorvida

    pela Procuradoria-Geral Federal o Banco Central do Brasil e, da mesma forma, os

    Procuradores do Banco Central tambm no integram a Carreira de Procurador Federal,

    embora constantemente reivindiquem essa integrao.

    INSTALAO DE RGOS ADMINISTRATIVOS E DE APOIO DA AGU

    32. No era suficiente, contudo, imprimir mudanas e aperfeioamentos diretamente

    ligados s atividades finalsticas da Instituio. Para se alcanar a excelncia no

    desempenho das atividades institucionais da Advocacia-Geral da Unio, era necessrio

    dotar os seus membros dos meios necessrios ao pleno cumprimento da misso

    constitucional da AGU.

    33. Foi organizada, em ato do Advogado-Geral da Unio,43 a Diretoria-Geral de

    Administrao DGA, de modo a oferecer, aos rgos voltados s atividades finalsticas

    e a seus servidores, o suporte e os servios necessrios ao bom desempenho de suas

    atribuies institucionais. Dispunha a DGA de unidades regionais descentralizadas para

    38 Ver art. 8-A, da Lei n 9.028, de 1995 (Includo pela Medida Provisria no 2.180, de 2001 e revogado pela Lei no 10.480, de 2002.) 39 Ver arts. 17 e 18 da Lei Complementar n 73, de 1993. 40 Ver Ato Regimental n 1, de 2000. Perdeu a eficcia com a revogao do art. 8-A pela Lei n 10.480, de 2002.) 41 Ver Lei n 10.480, de 2002 - art. 9 e seguintes. 42 Ver art. 131, caput, da Constituio. 43 Ver Ato Regimental n 3, de 2000, revogado em 2002.

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    9

    atender, por regio, os rgos finalsticos da Instituio. Cumpre destacar os avanos

    realizados para a completa informatizao da Instituio. Em 2002 a DGA foi substituda

    pela Secretaria-Geral, com estrutura e quadro de cargos comissionados estabelecidos

    em decreto.44

    34. Era necessrio tambm cuidar do permanente aprimoramento dos profissionais

    do Direito responsveis pelas atividades jurdicas da Instituio. Para tanto foi implantado

    na AGU, ainda no ano de 2000, o Centro de Estudos Victor Nunes Leal,45 rgo

    especialmente voltado promoo, organizao e coordenao das atividades

    destinadas ao aperfeioamento profissional dos Membros da Advocacia-Geral da Unio e

    de seus rgos Vinculados, bem como atualizao e especializao do respectivo

    conhecimento jurdico. O Centro de Estudos atualmente tambm responsvel pelo

    aprimoramento e capacitao dos demais servidores da AGU. O Centro de Estudos

    Victor Nunes Leal conta com unidades descentralizadas nas Procuradorias Regionais da

    AGU e vem desenvolvendo intensa atividade no sentido de difundir conhecimentos e

    aperfeioar a atuao de todos os integrantes da Instituio. O Centro conta com revista

    virtual na Internet e em 2002 lanou o primeiro nmero de sua revista impressa.

    35. At o momento no foi implantada a Secretaria de Controle Interno da Advocacia-

    Geral da Unio. Essas atividades, desde o incio do funcionamento da Instituio, foram

    confiadas Secretaria de Controle Interno da Presidncia da Repblica.46

    36. Para possibilitar o acompanhamento permanente e a atuao oportuna e eficiente

    dos rgos do contencioso, inclusive pela identificao das aes consideradas

    relevantes, que exijam acompanhamento especial, foi implantado o Sistema de Controle

    das Aes da Unio SICAU.47

    O QUADRO DE PESSOAL ADMINISTRATIVO DA AGU

    37. Foi dito retro (item 7) que a Advocacia-Geral da Unio funcionava, desde o incio de

    suas atividades, com servidores requisitados ou cedidos, exceo dos integrantes de suas

    carreiras jurdicas. Essa era uma situao que reclamava soluo que melhor atendesse o

    interesse da Instituio de contar com seu prprio quadro de servidores administrativos,

    de modo a permitir a estabilidade dos servios e a fixao da memria da Instituio. Em

    julho de 2002, por medida legislativa,48 foram integrados ao Quadro de Pessoal da AGU

    1580 servidores administrativos que, originrios de ministrios, autarquias e fundaes

    federais, se encontravam em exerccio na Instituio, criando a lei para esses servidores

    gratificao de desempenho especfica. O prximo passo dever ser a criao de carreiras

    de apoio especficas j h proposta da AGU a respeito , semelhana do que ocorre com

    o Ministrio Pblico, o Judicirio e outras instituies e entidades governamentais.

    44 Ver Decreto n 4.368, de 2002. O Decreto n 4.368, de 2002, foi revogado pelo Decreto n 7.392, de 2010. 45 O Centro de Estudos da Advocacia-Geral da Unio, denominado Victor Nunes Leal, atualmente constitui-se na Escola da Advocacia-Geral da Unio, conforme o Ato Regimental n 2, de 15 de agosto de 2005. 46 Ver Decreto n 767, de 1993 e art. 16 da Lei n 9.028, de 1995. 47 Ver as Portarias nos 81, de 2003, e 431, de 2006, que revogou a primeira. 48 Ver a Lei n 10.480, de 2002 - art. 1 e seguintes.

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    10

    ESPAO FSICO DIFICULDADES INCIO DE SOLUO

    38. A Advocacia-Geral da Unio veio, ao longo desses doze anos, implantando, a

    cada passo, rgos e unidades necessrios ao seu integral funcionamento. No dispondo

    de espaos suficientes nas salas que ocupava nos Anexos II, III e IV do Palcio do

    Planalto, buscou outros espaos e foram instalados rgos e unidades em outros prdios

    pblicos no Setor de Autarquias Sul, no Setor Bancrio Norte e no Setor de Indstrias..

    Essa diversidade de espaos e endereos dificultava a administrao e a integrao das

    atividades da Instituio.

    39. Para remover mais essas dificuldades, e buscando sempre a racionalidade e a

    eficincia, no incio de 2002, com a desativao de setores do Departamento de Imprensa

    Nacional,49 foi propiciada Advocacia-Geral da Unio a oportunidade de reunir no mesmo

    espao (no prdio administrativo do DIN Setor de Indstrias Grficas), suas principais

    atividades, continuando o esforo para reunir em endereo nico todos os rgos e

    unidades que funcionam em Braslia. Com o mesmo desiderato so envidados

    permanentes esforos para reunir em sede nica todos os rgos e unidades da AGU nas

    demais unidades da federao.

    PROJETO DE REFORMA INSTITUCIONAL DA AGU

    40. A estrutura da Advocacia-Geral da Unio prevista na Lei Complementar n 73, de

    1993, tmida e restrita aos principais rgos voltados s atividades finalsticas, foi

    implantada emergencialmente para fazer funcionar, de imediato, a nova Casa, pois, da

    forma como redigido, o art. 29, caput,50 do ADCT no deixou espao a perodo de vacatio

    legis51 para que se concebesse, planejasse e implantasse, de forma mais cientfica,

    estrutura compatvel com as relevantssimas e gigantescas atribuies constitucionais da

    nova Instituio antes da entrada da lei em vigor. Presente esse cenrio, no incio do ano

    2001, aps a adoo das medidas mais urgentes ligadas s atividades finalsticas da

    Instituio, sentiu a Advocacia-Geral da Unio a necessidade de imprimir sua estrutura,

    agora com suporte em consultoria especializada, organizao compatvel com os desafios

    enfrentados, valendo-se da experincia acumulada desde a sua criao, a exemplo do

    que ocorria em rgos do Poder Executivo.

    41. Dessa forma, o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, na condio de

    executor do projeto de modernizao do Poder Executivo Federal, celebrou contrato com

    a Fundao Getlio Vargas, tendo como cliente a Advocacia-Geral da Unio, passando

    esta a receber a prestao de servios especializados de consultoria da FGV para

    desenvolver e implantar seu plano de reforma institucional.

    49 Ver o Decreto n 4.294, de 3 de julho de 2002. 50 O art. 29, caput, do ADCT previu que as instituies e os rgos jurdicos nele mencionados continuariam a exercer suas antigas atribuies somente at a aprovao das leis complementares ali referidas. Com isso, a aprovao [pelo Congresso Nacional e sano do Presidente da Repblica] da primeira delas a Lei Complementar n 73, de 1993, dispondo sobre a AGU , fez cessar as competncias anteriores. 51 Perodo que medeia entre a sano da lei e a sua vigncia, impossibilitado, no caso, em razo do contido no art. 29, caput, do ADCT.

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    11

    42. O contrato com a Fundao Getlio Vargas durou um ano e, nesse perodo, a

    FGV teve como papel principal o de oferecer suporte de consultoria e metodologia para a

    implementao do Projeto de Reforma Institucional da Advocacia-Geral da Unio, a

    partir de trabalhos realizados por equipe multidisciplinar de servidores da AGU.

    43. Os trabalhos elaborados pela FGV objeto do contrato foram desenvolvidos

    visando obteno dos seguintes produtos: diagnstico, reavaliao estratgica,

    formulao e implementao da estrutura organizacional e do novo modelo de gesto.

    Esses contedos encontram-se em Relatrios produzidos pela FGV. Para obteno

    desses produtos, foram efetuados esforos em trs frentes: planejamento estratgico,

    levantamento de processos e estrutura organizacional.

    44. De abril a julho de 2001, sob a consultoria da Fundao Getlio Vargas, foram

    efetuadas, com a participao das principais lideranas da AGU, as reunies do

    Planejamento Estratgico, onde ficou definido o Plano de Ao da Instituio.

    45. De julho a novembro de 2001, a Fundao Getlio Vargas apoiou o esforo no

    Levantamento de Processos e na Estrutura Organizacional, executados por equipe de

    servidores da AGU. No incio dos trabalhos, a FGV desenvolveu programa de capacitao

    da equipe e, ao final do treinamento, foram formados grupos de trabalho para o

    levantamento dos macroprocessos, processos e subprocessos. Tambm foi constituda

    equipe para tratar da estrutura organizacional.

    46. De dezembro de 2001 a fevereiro de 2002 (quando findou o contrato com a FGV)

    os esforos se concentraram nas propostas de estrutura e de detalhamento das aes

    dos objetivos estratgicos fixados, bem como das melhorias sugeridas. Ainda esto

    pendentes de concluso as estruturas da Corregedoria-Geral da Advocacia da Unio e do

    Gabinete do Advogado-Geral da Unio.

    47. Durante os trabalhos desenvolvidos com a consultoria da FGV, e mesmo depois, a

    Advocacia-Geral da Unio foi incorporando e pondo em prtica produtos obtidos a partir

    desses trabalhos, tais como a estruturao da Consultoria-Geral da Unio e da Procuradoria-

    Geral da Unio; a unificao das Procuradorias Regionais da Unio com as Procuradorias da

    Unio situadas nas mesmas capitais; a estrutura e implantao dos Ncleos de

    Assessoramento Jurdico em Goinia, Fortaleza e Porto Alegre; a reestruturao do Centro

    de Estudos Victor Nunes Leal; os estudos para a reestruturao da Diretoria-Geral de

    Administrao; a unificao, ainda que parcial, de Carreiras da AGU;52 a redistribuio,

    para o quadro da AGU, dos servidores federais cedidos ou requisitados.53

    48. Os trabalhos desenvolvidos sugeriram a convenincia de se criar na AGU uma

    secretaria executiva, nos moldes existentes nos ministrios, e de se instalarem

    escritrios da AGU fora do Distrito Federal onde esto localizados rgos regionais e

    nos Estados, para congregar, sob comando nico, todas as atividades da Instituio

    consultoria e assessoramento, representao judicial e extrajudicial, bem como atividades

    administrativas, e de instalar a ouvidoria da AGU na Corregedoria-Geral da AGU.

    52 Ver o art. 11 da Lei n 10.549, de 2002 [converso da Medida Provisria n 43, de 2002], que transformou cargos de Assistente Jurdico da AGU em cargos de Advogado da Unio, extinguindo a carreira de Assistente Jurdico. 53 Ver a NOTA DE RODAP referente ao item 37.

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    12

    49. Tambm necessita a Instituio de Regimento Interno que disponha, de forma

    global e nos termos do art. 45 da Lei Complementar n 73, de 1993, no s sobre a

    competncia, a estrutura e o funcionamento da Corregedoria-Geral da Advocacia da

    Unio, da Procuradoria-Geral da Unio, da Consultoria-Geral da Unio, das Consultorias

    Jurdicas, do Gabinete do Advogado-Geral da Unio e dos Gabinetes dos Secretrios-

    Gerais, do Centro de Estudos, da Diretoria-Geral de Administrao e da Secretaria de

    Controle Interno, bem como sobre as atribuies de seus titulares e demais integrantes,

    mas que tambm discipline os procedimentos administrativos concernentes aos trabalhos

    jurdicos da Advocacia-Geral da Unio. As estruturas dos principais rgos da AGU vm

    sendo objeto de atos regimentais especficos, que podero, quando definidas todas as

    estruturas, ser reunidos, e completados, no regimento interno.

    50. Relatrio final desses trabalhos rene, em documento nico, todas as propostas,

    os objetivos estratgicos estabelecidos e os respectivos planos de ao para realiz-los,

    alm das melhorias sugeridas pelas equipes de trabalho.

    51. Esses trabalhos foram acompanhados, at 2002, por equipe treinada pela FGV para

    dar continuidade aos trabalhos necessrios ao atingimento das propostas a estruturao da

    Advocacia-Geral da Unio em modelo compatvel com as suas atribuies institucionais e

    posteriormente passaram a ser acompanhados quela poca pela Secretaria-Geral.

    ALGUNS DESAFIOS A ENFRENTAR

    52. A Advocacia-Geral da Unio, porm, continua em construo. O ideal a ser atingido

    e todas as aes realizadas caminharam nessa direo o de ter a AGU carreira jurdica

    nica e ser a nica a fazer a representao judicial e extrajudicial da Unio e a prestar

    consultoria e assessoramento jurdicos ao Poder Executivo, racionalmente organizada, de

    modo que a estrutura do rgo central esteja refletida em todas as unidades da Instituio,

    em busca da excelncia dos trabalhos que realiza. Isso, contudo, depender de ambiente

    institucional favorvel e, qui, de alterao constitucional, tendo em vista a possibilidade

    atual de autarquias e fundaes demandarem a Unio em juzo e vice-versa.

    53. A unificao das Carreiras de Advogado da Unio e de Assistente Jurdico j

    apresentou resultados positivos, pela possibilidade de os Advogados da Unio (carreira j

    unificada) poderem atuar em ambos os segmentos, otimizando a utilizao da sua

    capacidade de trabalho. Antes dessa unificao a AGU poderia lotar nos rgos

    consultivos somente Assistentes Jurdicos e, nos rgos do contencioso, apenas

    Advogados da Unio. Isso fez com que a Instituio convivesse, durante anos, com

    escassez desses profissionais do Direito ora em uns, ora em outros rgos. Atualmente

    coexistem quatro carreiras jurdicas na Administrao Federal (direta, autrquica e

    fundacional), com semelhantes atribuies: Advogado da Unio, Procurador da

    Fazenda Nacional, Procurador Federal e Procurador do Banco Central do Brasil.

    54. Ainda esto a reclamar efetivo acompanhamento as atividades dos rgos

    jurdicos das entidades estatais da Unio empresas pblicas e sociedades de economia

    mista os quais no esto mencionados na Lei Complementar n 73, de 1993,

    diversamente do que ocorria poca da Advocacia Consultiva da Unio (v. item 1).

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    13

    Atualmente os rgos jurdicos dessas estatais se ligam AGU por meio das Consultorias

    Jurdicas e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, conforme previsto no art. 11,

    inciso II, combinado com o art. 13, da Lei Complementar n 73, de 1993, que atribuiu a

    esses rgos da AGU a coordenao dos rgos jurdicos dos respectivos rgos

    autnomos e entidades vinculadas (aos respectivos ministrios).

    55. Organizadas e postas a funcionar as principais atividades da Instituio, dever a

    AGU buscar iguais organizao e funcionamento para uma de suas atribuies

    constitucionais de inegvel relevncia e expresso poltico-administrativa a representao

    extrajudicial da Unio e de suas autarquias e fundaes , seja ela exercida em empresas

    pblicas e sociedades de economia mista ou na celebrao de contratos por entes

    pblicos federais, de modo a possibilitar ou complementar o exame e o controle prvios da

    legalidade de grande parte das atividades administrativas e contratuais, medidas de carter

    preventivo que possibilitaro controle mais efetivo da atuao da Administrao Federal,

    reduo de perdas patrimoniais e do volume das aes judiciais.

    OUTRAS AES DESENVOLVIDAS EM 2002

    56. O relato acima contm aes desenvolvidas at 20 de setembro de 2002.

    57. Aps essa data, outras aes realizadas em 2002 merecem registro, tais como:

    a implantao dos Ncleos de Assessoramento Jurdicos54 de Porto

    Alegre,55 no Estado do Rio Grande do Sul, de Recife,56 no Estado de Pernambuco e de

    Salvador,57 no Estado da Bahia;

    a instalao das Procuradorias Regionais Federais da 5 Regio, com sede

    em RecifePE,58 da 4 Regio, em Porto AlegreRS,59 e das Procuradorias Federais no

    Estado da Bahia, com sede em Salvador,60 e no Estado do Cear, com sede em Fortaleza.61

    AES DESENVOLVIDAS A PARTIR DE 2003

    58. COMISSES TEMTICAS. A partir de 2003 a Advocacia-Geral da Unio passou a

    constituir Comisses Temticas para o trato das questes de responsabilidade da

    Instituio. Essas comisses tm por finalidade assistir o Advogado-Geral da Unio

    objetivando sistematizar e orientar a atuao da Advocacia-Geral da Unio sobre cada um

    dos temas dos quais se incumbem. As comisses temticas esto voltadas para as

    atividades finalsticas da Instituio.62

    54 Ver o Anexo II do Decreto n 7.392, de 2010, que insere na Consultoria-Geral da Unio 26 Consultorias Jurdicas da Unio nos Estados e uma em So Jos dos Campos. Essas Consultorias teriam substitudo os Ncleos de Assessoramento Jurdico de que trata o art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995. 55 Portaria n 720, de 2002. 56 Portaria n 747, de 2002. 57 Portaria n 832, de 2002. 58 Portaria n 785, de 2002. 59 Portaria n 789, de 2002. 60 Portaria n 805, de 2002. 61 Portaria n 806, de 2002. 62 As Comisses Temticas foram extintas pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008, exceto a Comisso de Contencioso Judicial CCJ, criada pela Portaria Conjunta/AGU/PGF n 93, de 2003.

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    14

    59. Foram criadas as seguintes COMISSES TEMTICAS:

    1. Comisso de Promoo e Defesa do Patrimnio Pblico CPDP;63

    2. Comisso de Infra-Estrutura CIE;64

    3. Comisso de Assuntos de Servidores Pblicos CASP;65

    4. Comisso de Assuntos Indgenas CAI;66

    5. Comisso de Direitos Humanos CDH;67

    6. Comisso de Anlise de Atos da Administrao Pblica Federal CAPF;68

    7. Comisso de Assuntos de Desenvolvimento Social CADES;69

    8. Comisso de Aes de Seguridade Social CASEG;70

    9. Comisso de Coordenao de Assuntos Internacionais CCAI;71

    10. Comisso de Assuntos de Defesa do Estado e Segurana Pblica CADESP;72

    11. Comisso de Assuntos de Desenvolvimento Urbano e Reforma Agrria CDRA;73

    12. Comisso de Contencioso Judicial CCJ;74

    13. Comisso de Assuntos de Natureza Penal CANP.75

    60. Para coordenar a atuao das comisses temticas, foi constituda a COMISSO

    DE COORDENAO DAS COMISSES TEMTICAS CCCT76 com a finalidade de assistir o

    Advogado-Geral da Unio quanto superviso, orientao e acompanhamento das

    atividades das Comisses Temticas da Advocacia-Geral da Unio.

    61. A tendncia que as Procuradorias da Advocacia-Geral da Unio tambm se

    organizem seguindo o modelo das comisses temticas do rgo central da Instituio.

    62. Para cuidar da administrao da Advocacia-Geral da Unio foi constituda a

    COMISSO DE ASSESSORAMENTO GESTO INSTITUCIONAL CAGI,77 com a finalidade de

    assessorar o Advogado-Geral da Unio quanto direo, superintendncia e

    coordenao das atividades da Advocacia-Geral da Unio.

    63 Portaria n 278, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 64 Portaria n 370, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 65 Portaria n 391, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 66 Portaria n 392, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 67 Portaria n 393, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 68 Portaria n 572, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 69 Portaria n 573, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 70 Portaria n 574, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 71 Portaria n 575, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 72 Portaria n 576, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 73 Portaria n 577, de 2003. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 74 Portaria Conjunta n 93, de 2003. 75 Portaria n 122, de 2004. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008. 76 Portaria n 313, de 2004, alterada pela Portaria 379, de 2004. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.047, de 21.7.2008, que constituiu a Comisso de Sistematizao Jurdica CSJ. 77 Portaria n 314, de 2004. Esta Portaria foi revogada pela Portaria n 1.046, de 21.7.2008, que deu nova feio CAGI. A Portaria n 1.046, de 2008, foi revogada pela Portaria n 1.643, de 19.11.2009, que atribui ao Conselho Superior da Advocacia-Geral da Unio a funo de rgo consultivo do Advogado-Geral da Unio.

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    15

    63. Esse novo modelo de administrao da AGU permitir que os rgos

    responsveis pelas atividades finalsticas da Instituio conheam e influam na

    administrao da Casa, que deve estar voltada para o atendimento das necessidades dos

    que executam as atividades institucionais da AGU.

    64. SICAU - Merece realce a administrao do SISTEMA DE CONTROLE DAS AES DA

    UNIO SICAU, cujos relatrios emitidos nos anos de 2004 a 2006 permitiram conhecer no

    s o volume mensal dos feitos em andamento, como tambm a sua natureza, incidncia por

    procuradoria e por regio, permitindo orientar a atuao da AGU no trato dos temas que

    apresentem elevada incidncia ou relevncia econmica, social ou poltitico-administrativa.

    65. Tambm foi institudo o SISTEMA DE REGISTRO DE ATIVIDADES JURDICAS SIRAJ78,

    destinado ao registro da produo de peas e de demais atividades jurdicas

    desenvolvidas no mbito da Advocacia-Geral da Unio e da Procuradoria-Geral Federal.

    66. A prtica demonstrou a eficcia da instalao de NCLEOS DE ASSESSORAMENTO

    JURDICO nas Capitais dos Estados. At 2004 eram cinco os Ncleos implantados, como j

    visto, e no dia 11 de maro de 2005 foram publicadas portarias de implantao de mais

    dezenove Ncleos.79 Os Ncleos de Rio Branco, no Estado do Acre, e o de Manaus, no

    Estado do Amazonas, foram implantados em 2006,80 completando-se a implantao de

    todos os NAJs.

    67. Prosseguindo na implantao e consolidao da PROCURADORIA-GERAL

    FEDERAL, foram adotadas diversas medidas, tais como:

    a transferncia para a AGU da folha de pagamento dos Procuradores Federais;

    a instalao das Procuradorias Regionais Federais da 2 Regio,81 com

    sede na Cidade do Rio de JaneiroRJ, da 3 Regio,82 com sede na Cidade de So

    Paulo-SP, e da 1 Regio,83 com sede em BrasliaDF;

    a instalao das Procuradorias Federais no Estado de Minas Gerais,84 com

    sede em Belo Horizonte, no Estado do Rio Grande do Norte,85 com sede em Natal-RN, no

    Estado do Esprito Santo,86 com sede em Vitria, no Estado do Mato Grosso do Sul,87 com

    78 Portaria n 367, de 2004. A Portaria n 367, de 2004, que institua o SIRAJ foi revogada pela Portaria n 1.831, de 22 de dezembro de 2008. 79 Pelas Portarias nos 157 a 175, de 2005, foram implantados os Ncleos de Assessoramento Jurdico de Aracaj/SE, Belm/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Campo Grande/MS,Cuiab/MT, Curitiba/PR, Florianpolis/SC, Joo Pessoa/PB,Macap/AP,Macei/AL, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Velho/RO, Rio de Janeiro/RJ, So Lus/MA, So Paulo/SP, Teresina/PI e Vitria/ES. Ver o Anexo II do Decreto n 7.392, de 2010, que insere na Consultoria-Geral da Unio 26 Consultorias Jurdicas da Unio nos Estados e uma em So Jos dos Campos. Essas Consultorias teriam substitudo os Ncleos de Assessoramento Jurdico de que trata o art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995. 80 O Ncleo de Assessoramento Jurdico NAJ de Rio Branco/AC foi implantado pela Portaria n 982, de 2006, e o de Manaus/AM, pela Portaria n 983, de 2006. Ver o Anexo II do Decreto n 7.392, de 2010, que insere na Consultoria-Geral da Unio 26 Consultorias Jurdicas da Unio nos Estados e uma em So Jos dos Campos. Essas Consultorias teriam substitudo os Ncleos de Assessoramento Jurdico de que trata o art. 8-F da Lei n 9.028, de 1995. 81 Portaria n 220, de 2004. 82 Portaria n 222, de 2004. 83 Portaria n 483, de 2004. 84 Portaria n 219, de 2004. 85 Portaria n 221, de 2004. 86 Portaria n 77, de 2005. 87 Portaria n 267, de 2005.

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    16

    sede em Campo Grande, no Estado do Paran,88 com sede em Curitiba, no Estado de Santa

    Catarina,89 com sede em Florianpolis, no Estado de Gois,90 com sede em Goinia, no

    Estado do Piau,91 com sede em Teresina, no Estado de Alagoas,92 com sede em Macei,

    no Estado de Rondnia,93 com sede em Porto Velho, no Estado de Roraima,94 com sede

    em Boa Vista, no Estado da Paraba,95 com sede em Joo Pessoa, no Estado do

    Maranho,96 com sede em So Lus e no Estado do Acre,97 com sede em Rio Branco;

    a assuno, em carter exclusivo, pela Procuradoria-Geral Federal, da

    representao judicial de autarquias e fundaes da Unio perante os Tribunais

    Superiores e o Supremo Tribunal Federal;98

    a assuno, em carter exclusivo, pelas Procuradorias Federais nos Estados

    do Cear e de Minas Gerais, e as Procuradorias Regionais Federais da 2, 3, 4 e 5

    Regies, j instaladas, da representao judicial das autarquias e fundaes pblicas

    federais, nos respectivos Estados e Regies.99

    68. Tambm foram expedidas portarias determinando a assuno, em carter

    exclusivo, da representao judicial de autarquias e fundaes pblicas federais nos

    Estados da Bahia,100 do Rio Grande do Norte,101 do Esprito Santo,102 do Par,103e de

    Alagoas,104 pelas respectivas Procuradorias Federais. A Procuradoria Regional Federal

    da 1 Regio, igualmente assumiu, em carter exclusivo, a representao judicial de

    118 autarquias e fundaes pblicas federais perante a primeira e a segunda instncias

    dos rgos do Poder Judicirio no Distrito Federal.105

    69. A Procuradoria-Geral Federal exerceu diretamente as atribuies de

    representao judicial e extrajudicial relativas execuo da dvida ativa do INSS

    atinente competncia tributria referente s contribuies sociais a que se refere o art. 1

    da Lei n 11.098, de 13 de janeiro de 2005106, bem como seu contencioso fiscal, nas Justias

    Federal, do Trabalho e dos Estados.107 Essas atividades conferidas diretamente PGF foram

    exercidas pelo extinto108 rgo de Arrecadao da Procuradoria-Geral Federal, que chegou

    a ter sua competncia, estrutura (com cargos em comisso remanejados para a PGF109) e

    88 Portaria n 358, de 2005. 89 Portaria n 683, de 2005. 90 Portaria n 496, de 2006. 91 Portaria n 826, de 2006. 92 Portaria n 905, de 2006. 93 Portaria n 1.103, de 2006. 94 Portaria n 1.163, de 2006. 95 Portaria n 1.255, de 2006. 96 Portaria n 1.271, de 2006. 97 Portaria n 238, de 2007. 98 Portaria n 436, de 2004. 99 Portaria n 450, de 2004. 100 Portaria n 34, de 2005. 101 Portaria n 63, de 2005. 102 Portaria n 608, de 2005. 103 Portaria n 1.164, de 2006. 104 Portaria n 1.165, de 2006. 105 Portaria n 147, de 2005. 106 Converso da Medida Provisria n 222, de 4 de outubro de 2004. 107 Ver o art. 2 da Lei n 11.098, de 2005. 108 Ver o art. 16 do Ato Regimental n 2, de 2007. 109 Ver Decreto n 5.255, de 2004.

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    17

    funcionamento disciplinados em ato regimental110 do Advogado-Geral da Unio. Com a

    criao da Secretaria da Receita Federal do Brasil Lei n 11.457, de 16 de maro de 2007

    , essa competncia da PGF cessar, em face da revogao do art. 2 da Lei n 11.098, de

    2005, pela Lei n 11.501, de 11.7.2007,111 transferindo-se para a Procuradoria-Geral da

    Fazenda Nacional. Entretanto, a Procuradoria-Geral Federal continuar a exercer parte

    dessas atribuies, por delegao,112 por fora da Lei n 11.457, de 2007.113 Consultar a

    respeito tambm o Ato Regimental n 2, de 12 de junho de 2007.

    70. As medidas noticiadas no item anterior retiraram da Procuradoria Federal

    Especializada junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) as atribuies de

    representao judicial e extrajudicial relativas execuo da dvida ativa do INSS atinente

    competncia tributria referente s contribuies sociais a que se refere o art. 1 da Lei

    n 11.098, de 13 de janeiro de 2005, bem como seu contencioso fiscal, nas Justias

    Federal, do Trabalho e dos Estados, alm da consultoria e assessoramento jurdico a elas

    correspondentes, conforme explicitado no art. 4, II, do Ato Regimental n 1, de 2004,114

    do Advogado-Geral da Unio.

    71. As atribuies supra, conferidas diretamente Procuradoria-Geral Federal, foram

    temporariamente exercidas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), por fora

    da Medida Provisria n 258, de 21 de julho de 2005, que teve seu prazo de vigncia

    encerrado em 18 de novembro de 2005,115 retornando situao anterior. Posteriormente,

    com a sano da Lei n 11.457, de 2007 e a expedio da Medida Provisria n 359, de

    110 Ver o Ato Regimental n 1, de 2004 (revogado pelo Ato Regimental n 2, de 2007). Ver os Anexos I e II do Decreto n 7.392, de 2010, que Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso da Advocacia-Geral da Unio, aprova o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso da Procuradoria-Geral Federal e remaneja cargos em comisso para a Advocacia-Geral da Unio e para a Procuradoria-Geral Federal. 111 A Lei n 11.501, de 11.7.2007, originria da Medida Provisria n 359, de 16.3.2007. 112 Ver a Portaria/PGFN/PGF n 433, de 25 de abril de 2007. 113 Lei n 11.457, de 2007:

    Art. 16. A partir do 1o (primeiro) dia do 2o (segundo) ms subseqente ao da publicao desta Lei, o dbito original e seus acrscimos legais, alm de outras multas previstas em lei, relativos s contribuies de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei, constituem dvida ativa da Unio.

    1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o (dcimo terceiro) ms subseqente ao da publicao desta Lei, o disposto no caput deste artigo se estende dvida ativa do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE decorrente das contribuies a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei.

    2o Aplica-se arrecadao da dvida ativa decorrente das contribuies de que trata o art. 2o desta Lei o disposto no 1o daquele artigo. 3o Compete Procuradoria-Geral Federal representar judicial e extrajudicialmente: I - o INSS e o FNDE, em processos que tenham por objeto a cobrana de contribuies previdencirias, inclusive nos que

    pretendam a contestao do crdito tributrio, at a data prevista no 1o deste artigo; II - a Unio, nos processos da Justia do Trabalho relacionados com a cobrana de contribuies previdencirias, de imposto

    de renda retido na fonte e de multas impostas aos empregadores pelos rgos de fiscalizao das relaes do trabalho, mediante delegao da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

    4o A delegao referida no inciso II do 3o deste artigo ser comunicada aos rgos judicirios e no alcanar a competncia prevista no inciso II do art. 12 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.

    5o Recebida a comunicao aludida no 4o deste artigo, sero destinadas Procuradoria-Geral Federal as citaes, intimaes e notificaes efetuadas em processos abrangidos pelo objeto da delegao.

    6o Antes de efetivar a transferncia de atribuies decorrente do disposto no 1o deste artigo, a Procuradoria-Geral Federal concluir os atos que se encontrarem pendentes.

    7o A inscrio na dvida ativa da Unio das contribuies de que trata o art. 3o desta Lei, na forma do caput e do 1o deste artigo, no altera a destinao final do produto da respectiva arrecadao. 114 O Ato Regimental n 1, de 2004, foi revogado pelo Ato Regimental n 2, de 2007. Ver os Anexos I e II do Decreto n 7.392, de 2010, que Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso da Advocacia-Geral da Unio, aprova o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso da Procuradoria-Geral Federal e remaneja cargos em comisso para a Advocacia-Geral da Unio e para a Procuradoria-Geral Federal. 115 Ver o Ato Declaratrio do Presidente da Mesa do Congresso Nacional n 40, de 21 de novembro de 2005.

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    18

    2007,116 a competncia de arrecadao da contribuio previdenciria, pela via judicial,

    passou Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.117 Em conseqncia, foi expedido o Ato

    Regimental/AGU n 2, de 12 de junho de 2007, dispondo sobre a alterao da competncia,

    estrutura e funcionamento da Procuradoria-Geral Federal no que se refere s atribuies

    definidas pela Lei n 11.457, de 16 de maro de 2007.

    72. SMULA DA AGU. 118 Outras aes, de fundamental relevncia, foram

    empreendidas, destacando-se entre elas: a reviso das at ento chamadas smulas

    administrativas da AGU e o exame da legislao e das normas da AGU. O Grupo de

    Trabalho119 incumbido da reviso das smulas apresentou Relatrio de 250 pginas ao

    Advogado-Geral da Unio, no qual esto examinadas cada uma das 20 smulas ento

    existentes, com propostas de reviso de textos, de revogao e de substituio de

    algumas delas por instrues normativas.

    73. Os critrios adotados pelo Grupo incumbido da reviso das smulas

    administrativas da AGU representam mudana de postura da Instituio em relao ao

    tema e merecem ser aqui reproduzidos:

    Cnscio da relevncia do tema que lhe foi confiado, o Grupo de Trabalho procurou orientar

    seus estudos por critrios definidos no seu mbito, para que houvesse uniformidade no exame

    de cada uma das smulas atuais.

    Assim, acordou-se, relativamente Smula da Advocacia-Geral da Unio, que:

    I a postura da Administrao Federal na esfera administrativa no pode ser oposta quela

    adotada em juzo. Ou seja, em respeito tica, ao princpio constitucional da moralidade

    administrativa, ao Poder Judicirio e ao cidado, no pode a Administrao aceitar como

    definitiva tese reiteradamente afirmada no STF, STJ e TST e deixar de interpor recursos e, na via

    administrativa, negar deferimento a postulao idntica da tese judicialmente acolhida;

    II a Smula da Advocacia-Geral da Unio120 composta de enunciados editados pelo

    Advogado-Geral da Unio, os quais devem receber numerao seqencial;

    III vista da necessidade de atuao coerente da Administrao, os enunciados da Smula

    da AGU devem orientar, em carter vinculativo, a atuao dos rgos jurdicos e dos integrantes da

    AGU, da PGF e da Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil, no exerccio de suas atividades de

    representao judicial e extrajudicial, de consultoria e assessoramento jurdicos;

    IV em conseqncia do item anterior, o prembulo da Smula da AGU deve ser revisto,

    pois o seu carter obrigatrio no seria apenas para os rgos jurdicos da representao judicial

    da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas;

    V os enunciados da Smula da AGU, resultantes que so de jurisprudncia iterativa dos

    Tribunais (STF, STJ e TST), devem expressar as teses assentes no Judicirio, focalizando,

    objetivamente, a controvrsia posta em juzo e ali pacificada;

    116 Convertida na Lei n 11.501, de 11.7.2007. 117 Sobre atribuies da Procuradoria-Geral Federal ver tambm o Ato Regimental n 2, de 2007. 118 Sobre a Smula da AGU, ver nova orientao estabelecida no Ato Regimental n 1, de 2.7.2008, que dispe sobre a edio e a aplicao de sumulas da Advocacia-Geral da Unio. 119 Grupo constitudo pela Portaria n 121, de 2004. 120 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio.

  • ADVOCACIA-GERAL DA UNIO HISTRICO E EVOLUO

    19

    VI embora de carter vinculante para todos os rgos jurdicos mencionados no item III,

    em conseqncia da edio de enunciado da Smula e quando for o caso, deve ser expedida

    instruo normativa determinando que os rgos detentores de representao judicial e seus

    integrantes no proponham aes judiciais, deixem de recorrer ou desistam de recursos j

    interpostos sobre a matria sumulada pela AGU;

    VII no necessria a edio de enunciado da Smula da AGU quando a matria objeto

    de deciso judicial proferida em caso concreto tiver os seus efeitos jurdicos estendidos para a via

    administrativa por lei ou decreto. Neste caso, ao Advogado-Geral da Unio caberia a expedio

    de instruo normativa determinando aos rgos detentores de representao judicial e seus

    integrantes a no proposio de aes judiciais, a no interposio de recursos e a desistncia

    dos j interpostos sobre a matria;

    VIII o enunciado da Smula que disser respeito a matria exclusivamente processual e

    que no encerrar interpretao de norma legal, mas to somente postura da AGU e de seus

    rgos vinculados perante decises judiciais, tal como o contido na atual Smula Administrativa n

    5, pode ser substitudo por instruo normativa determinando aos rgos detentores de

    representao judicial e seus integrantes a no interposio de recursos e a desistncia dos j

    interpostos sobre tema objeto de jurisprudncia iterativa dos Tribunais (STF, STJ e TST);

    Os critrios orientadores do exame das atuais smulas administrativas, se acolhidos, podem

    orientar tambm o exame da propositura de novos enunciados,121 alm dos outros j inscritos na

    legislao e normas pertinentes.

    74. Os estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho, consolidados no Relatrio j

    referido, levaram o Advogado-Geral da Unio a expedir o Ato de 19 de julho de 2004122

    SMULA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO , alterando a denominao de smula

    administrativa para enunciado123 da Smula da AGU e revogando alguns

    enunciados.124 Em conseqncia, foram expedidas diversas instrues normativas.125

    Outras alteraes de enunciados126 esto a depender de respostas de ministrios que

    foram consultados a respeito de eventual impacto econmico-financeiro resultante de

    alterao da redao de antigos enunciados.127

    75. Ainda em decorrncia dos estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho

    incumbido da reviso das antigas smulas administrativas, foram editados os Atos de 27 de

    setembro de 2005128 e de 1 de Agosto de 2006,129 alterando outros enunciados130 da

    Smula da AGU, e expedidas as conseqentes instrues normativas.131 Em 4 de agosto

    121 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 122 Publicado no Dirio Oficial de 26, 27 e 28 de julho de 2004. 123 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 124 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 125 Ver as Instrues Normativas nos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, de 19 de julho de 2004 (Dirio Oficial de 26.7.2005). 126 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 127 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 128 Publicado no Dirio oficial de 28, 29 e 30 de setembro de 2005. 129 Publicado no Dirio Oficial de 2, 3 e 4 de agosto de 2006. 130 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 131 Ver as Instrues Normativas nos 2 e 3, de 2005, e nos 4 e 5, de 2006.

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    20

    de 2006 o Advogado-Geral da Unio expediu ato de consolidao de todos os

    enunciados132 da Smula da AGU.133 Outra consolidao ocorreu em 26 de janeiro de

    2007.134 Em 6 de fevereiro de 2007 foi editado Ato alterando a redao de mais trs dos

    antigos enunciados135 da Smula136 e expedidas as conseqentes instrues normativas.137

    Em razo disso, nova consolidao foi expedida em 16 de fevereiro de 2007.138

    76. O Grupo de Trabalho139 incumbido de examinar a legislao e as normas da

    AGU e de apresentar proposta de sistematizao apresentou Relatrio de 671 pginas

    que dever orientar diversas outras aes da Instituio. O Relatrio do Grupo incumbido

    do exame da legislao e das normas da AGU, dada a natureza dos trabalhos de

    consolidao, optou por sistematizar, em quadro comparativo, por tema, os diversos atos

    legislativos e normativos, e observou que:

    O trabalho que ora se apresenta, sob a forma de RELATRIO, alm de servir aos estudos de

    consolidaes futuras, evidencia situaes que esto a merecer regulamentao, estudos

    especficos, reviso de condutas e tomada de decises. No se apresenta aqui proposta de alterao

    da Lei Complementar n 73, de 1993, pois este GRUPO DE TRABALHO disso no se incumbe; para tal

    fim foi constitudo grupo especfico. Tampouco se prope alterao da Constituio ou de outras

    normas. Nesta fase, optou o GRUPO por indicar lacunas, impropriedades, interpretaes restritivas na

    aplicao das normas, falta de regulamentao, contradies, superposies de normas,

    especialmente no que diz respeito a competncias e atribuies, aquilo que considerou evidente da

    comparao dos textos, salvo juzo superior e de estudiosos das matrias.

    77. ESCOLA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO. O Advogado-Geral da Unio,

    considerando que o Centro de Estudos estava a exigir reformulao capaz de torn-lo

    um rgo gerador e difusor do conhecimento com atuao ampla, que pudesse atender

    aos desafios constantemente enfrentados pela Advocacia-Geral da Unio,140 bem como

    o disposto no art. 39, 2, da Constituio, segundo o qual a Unio deve manter escola

    de governo para a formao e o aperfeioamento dos servidores pblicos, constituindo-

    se a participao nos cursos um dos requisitos para a promoo na carreira, resolveu

    criar a Escola da Advocacia-Geral da Unio, rgo direta e imediatamente subordinado

    ao Advogado-Geral da Unio, destina-se a ser um centro de captao e disseminao do

    conhecimento, voltado para o desempenho das atividades institucionais da Advocacia-

    Geral da Unio, assim entendida a instituio que, nos termos do art. 131, caput, da

    Constituio Federal representa a Unio, judicial e extrajudicialmente, diretamente ou

    atravs de rgo vinculado, cabendo-lhe, ainda, as atividades de consultoria e

    assessoramento jurdico do Poder Executivo.141

    132 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 133 Publicado no Dirio Oficial de 8, 9 e 10 de agosto de 2006. 134 O Ato de consolidao dos enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio foi publicado no Dirio Oficial dos dias 30 e 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2007. Segundo o art. 43, 2, da Lei Complementar n 73, de 1993, no incio de cada ano, os enunciados existentes devem ser consolidados e publicados no Dirio Oficial da Unio. 135 Ver o art. 7 do Ato Regimental n 1, de 2 de julho de 2008 (D. O. de 3.7.2008), que alterou a denominao de Enunciados da Smula da Advocacia-Geral da Unio para Smulas da Advocacia-Geral da Unio. 136 Publicado no Dirio Oficial de 8, 9 e 12 de fevereiro de 2007. 137 Ver as Instrues Normativas nos 1, 2 e 3, de 2007 Dirio Oficial de 8.2.2007. 138 Publicado no Dirio Oficial de 22, 23 e 26 de fevereiro de 2007. 139 Grupo constitudo pela Portaria n 59, de 2004. 140 Extrado do Anexo da Portaria n 725, de 15.8.2005 141 Art. 3 do Ato Regimental n 2, de 15.8.2005, que dispe sobre a Escola da Advocacia-Geral da Unio.

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    21

    78. REPRESENTAO PERANTE O STF. Em 2005 foi editado ato dispondo sobre a

    organizao e o funcionamento da Secretaria-Geral de Contencioso, que conta, alm

    do Gabinete do Secretrio-Geral, com trs Departamentos, seis Coordenaes-Gerais e

    trs Coordenaes.142 A Secretaria-Geral de Contencioso auxilia o Advogado-Geral da

    Unio em sua atuao perante o Supremo Tribunal Federal, exceto no que diz respeito

    elaborao das informaes a serem prestadas pelo Presidente da Repblica nas aes

    diretas de inconstitucionalidade, declaratrias de constitucionalidade e de

    descumprimento de preceito fundamental, mandados de segurana e de injuno, habeas

    corpus etc, que so de responsabilidade da Consultoria-Geral da Unio.

    79. ESCRITRIOS DE REPRESENTAO. Considerando que a AGU ainda no estava

    completamente estruturada e vista da falta de condies para implantar novas

    Procuradorias Seccionais, foi experimentada, em carter emergencial, a instalao de

    escritrios de representao143 da Advocacia-Geral da Unio em cidades do interior.

    80. SUBSDIO DAS CARREIRAS JURDICAS. Desde a promulgao da Emenda Constitucional

    n 19, de 1998, os Advogados Pblicos reivindicavam o cumprimento do disposto no art. 135

    c/c o art. 39, 4, da Constituio a remunerao por subsdio. Essa reivindicao foi

    atendida com a sano da Lei n 11.358, de 19 de outubro de 2006. 144

    81. Contudo, questes conjunturais no permitiram, ainda, o atendimento integral da

    aspirao das Carreiras Jurdicas do Poder Executivo, qual seja a de perceberem subsdios

    prximos daqueles estabelecidos s carreiras do Ministrio Pblico da Unio pois, como

    aquelas, estas exercem funo essencial Justia. Mesmo assim, a tabela de subsdios

    progressivos at o ano de 2009, pode ser vista como sinalizadora de futura isonomia.

    82. A fixao dos subsdios, entretanto, representa o primeiro passo em direo

    conquista almejada. At que tal ocorra, a Advocacia-Geral da Unio pode cuidar do

    estabelecimento de critrios para a estruturao de suas carreiras jurdicas e das

    carreiras de Procurador Federal e de Procurador do Banco Central do Brasil.

    83. CONCILIAO ENTRE RGOS E ENTIDADES DA UNIO. A Lei Complementar n 73,

    de 10 de fevereiro de 1993, (art. 4, X, XI, XII, XIII, e 2), e a Lei n 9.028, de 12 de

    abril de 1995 (art. 8-C), trouxeram disposies destinadas a evitar que a soluo de

    controvrsias entre rgos e entidades da Administrao Federal se transferisse para a

    esfera judicial. E, com esse propsito, foi includo o art. 11 na Medida Provisria n

    142 Ver o Ato Regimental n 3, de 19.8.2005. 143 Ver as Portarias nos 690 e 691, de 17.7.2006, e nos 710, 711, 712 e 713, de 21.7.2006, 800, de 23.8.2006, e 1.145, de 27.11.2006, que autorizam o funcionamento dos escritrios de representao da AGU em Bag-RS, Uruguaiana-RS, Divinpolis-MG, Montes Claros-MG, Guarapuava-PR, Cricima-SC, Varginha - MG, e Santo ngelo - RS. As Portarias nos 710, 711 e 800, de 2006, foram revogadas pela Portaria n 774, de 17.6.2008, que instalou Procuradorias Seccionais da Unio nas cidades de Divinpolis-MG, Montes Claros-MG e Varginha-MG. 144 Eis o Anexo referido no art. 1 da Lei n 11.358, de 2006 [converso da Medida provisria n 305, de 29 de junho de 2006]:

    ANEXO I (Redao dada pela Lei n 12.775, de 28.12.2012)

    TABELA DE SUBSDIOS PARA AS CARREIRAS DA REA JURDICA

    CATEGORIA EFEITOS FINANCEIROS A PARTIR DE

    1 JUL 2010 1 JAN 2013 1 JAN 2014 1 JAN 2015

    ESPECIAL 19.451,00 20.423,55 21.424,30 22.516,94

    PRIMEIRA 17.201,90 18.062,00 18.947,03 19.913,33

    SEGUNDA 14.970,60 15.719,13 16.489,37 17.330,33

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    22

    2.180-35, de 24 de agosto de 2001 (em sua verso anterior de n 1.984-18, de

    1.6.2000), que incumbiu o Advogado-Geral da Unio de adotar todas as providncias

    necessrias a que se deslindem tais controvrsias em sede administrativa. Em 3 de

    outubro de 2002, foi editada a Medida Provisria n 71, da qual constava a criao de

    cmara de conciliao da Administrao Federal na Advocacia-Geral da Unio. Essa

    medida provisria, no entanto, veio a ser rejeitada pelo Congresso Nacional145 em

    dezembro daquele ano, em razo de outras matrias ali tratadas. Antes da rejeio

    daquele diploma algumas conciliaes foram realizadas e, mesmo depois, considerados

    os dispositivos legais j citados, principalmente o art. 11 da Medida Provisria n 2.180-

    35, de 2001, outras conciliaes ocorreram e outras esto em andamento no mbito da

    Advocacia-Geral da Unio. Para viabilizar outras conciliaes e orientar as entidades e

    rgos interessados, o Advogado-Geral da Unio expediu a Portaria n 118, de 1 de

    fevereiro de 2007,146 dispondo sobre a conciliao entre rgos e entidades da

    Administrao Federal, por cmaras de conciliao ad hoc, instaladas pelo Advogado-

    Geral da Unio, at que seja instituda cmara permanente e regulamentada a

    conciliao entre rgos e entidades da Unio.

    84. COLGIO DE CONSULTORIA DA AGU.147 Considerando a necessidade de proporcionar

    foro adequado para a discusso de temas comuns aos rgos encarregados das atividades

    de consultoria e de assessoramento jurdico do Poder Executivo, foi criado o COLGIO DE

    CONSULTORIA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO, com a finalidade de discutir temas relevantes

    de consultoria e assessoramento jurdico e propor ao Advogado-Geral da Unio a adoo de

    medidas visando uniformizao de interpretaes e de procedimentos no mbito dos

    rgos jurdicos da Administrao Pblica Federal. O Colgio de Consultoria da AGU tem a

    seguinte composio: Consultor-Geral da Unio, que o coordenar, Procurador-Geral da

    Fazenda Nacional, Secretrio-Geral de Consultoria, Procurador-Geral Federal, Consultores

    da Unio, Consultores Jurdicos dos Ministrios, Subchefe para Assuntos Jurdicos da Casa

    Civil da Presidncia da Repblica, Chefes dos demais rgos jurdicos da Presidncia da

    Repblica e Procurador-Geral do Banco Central do Brasil.

    85. A PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL PGFN, cujas atribuies se

    encontram na Constituio Federal execuo da dvida ativa da Unio de natureza

    tributria148 e na Lei Complementar n 73, de 1993,149 tem outras atribuies fixadas na

    Lei n 11.457, de 2007 e em decreto,150 do qual tambm consta a sua organizao.

    PGFN compete, ainda, a inscrio em Dvida Ativa dos dbitos para com o Fundo de

    Garantia do Tempo de servio - FGTS, bem como, diretamente ou por intermdio da

    Caixa Econmica Federal, mediante convnio, a representao Judicial e extrajudicial do

    FGTS, para a correspondente cobrana, relativamente contribuio e s multas e

    145 A Medida Provisria n 71, de 2002, foi rejeitada pelo Ato de 11 de dezembro de 2002, do Presidente da Cmara dos Deputados. 146 A Portaria n 118, de 1.2.2007, foi revogada pela Portaria n 1.281, de 27.9.2007. 147 Ver o Ato Regimental n 1, de 5 de maro de 2007, que cria o Colgio de Consultoria da Advocacia-Geral da Unio. 148 Conforme o art. 131, 3, da Constituio, Na execuo da dvida ativa de natureza tributria, a representao da Unio cabe Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 149 Ver os arts. 12 e 13 da Lei Complementar n 73, de 1993. 150 Ver o art. 23 da Lei n 11. 457, de 2007 que atribui Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a representao judicial na cobrana de crditos de qualquer natureza inscritos em Dvida Ativa da Unio, e o art. 9, III, do Anexo I do Decreto n 7482, de 16 de maio de 2011, que torna privativa da PGFN a representao judicial e extrajudicial da Unio na execuo de sua dvida ativa.

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    demais encargos previstos na legislao respectiva.151 A cobrana da contribuio

    previdenciria, competncia antes atribuda ao Ministrio da Previdncia Social, passou

    Secretaria da Receita Federal do Brasil pela Lei n 11.457, de 2007 e, em conseqncia,

    transferiu-se para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a atribuio de inscrever os

    dbitos e executar a dvida ativa referente a essa contribuio.152

    AES DESENVOLVIDAS A PARTIR DE ABRIL DE 2007

    86. PROCURADORIAS SECCIONAIS DA UNIO REATIVAO E INSTALAO E ESCRITRIOS

    DE REPRESENTAO DA AGU. A Portaria n 351, de 13 de abril de 2007,153 reativou

    quatorze Procuradorias Seccionais da Unio que haviam sido desativadas em 2000/2001.

    Outras trs Seccionais, ento desativadas, j haviam sido reativadas em 2003. Algumas

    Seccionais reativadas esto sediadas em Municpios que tambm so sede de Escritrios

    de Representao instalados enquanto no se reativavam as Seccionais. Alm das

    Procuradorias Seccionais, foi autorizado o funcionamento de Escritrio de

    Representao da Advocacia-Geral da Unio em Pelotas/RS, posteriormente

    desativado pela reativao da Procuradoria Seccional da Unio em Pelotas. Outras

    Procuradorias Seccionais da Unio foram instaladas.

    87. Em 17 de junho de 2008 foi editada a Portaria n 774, para instalar mais quatorze

    Procuradorias Seccionais.154

    151 Ver a Lei n 8.844, de 20 de janeiro de 1994. 152 Ver a propsito a Lei n 11.457, de 2007:

    Art. 2o Alm das competncias atribudas pela legislao vigente Secretaria da Receita Federal, cabe Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributao, fiscalizao, arrecadao, cobrana e recolhimento das contribuies sociais previstas nas alneas a, b e c do pargrafo nico do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuies institudas a ttulo de substituio.

    1o O produto da arrecadao das contribuies especificadas no caput deste artigo e acrscimos legais incidentes sero destinados, em carter exclusivo, ao pagamento de benefcios do Regime Geral de Previdncia Social e creditados diretamente ao Fundo do Regime Geral de Previdncia Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.

    2o Nos termos do art. 58 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a Secretaria da Receita Federal do Brasil prestar contas anualmente ao Conselho Nacional de Previdncia Social dos resultados da arrecadao das contribuies sociais destinadas ao financiamento do Regime Geral de Previdncia Social e das compensaes a elas referentes.

    3o As obrigaes previstas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, relativas s contribuies sociais de que trata o caput deste artigo sero cumpridas perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil.

    ........................................................................................................................................... Art. 16. A partir do 1o (primeiro) dia do 2o (segundo) ms subseqente ao da publicao desta Lei, o dbito original e seus

    acrscimos legais, alm de outras multas previstas em lei, relativos s contribuies de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei, constituem dvida ativa da Unio.

    1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o (dcimo terceiro) ms subseqente ao da publicao desta Lei, o disposto no caput deste artigo se estende dvida ativa do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE decorrente das contribuies a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei.

    2o Aplica-se arrecadao da dvida ativa decorrente das contribuies de que trata o art. 2o desta Lei o disposto no 1o daquele artigo. 153 A Portaria n 351, de 2007 D. O. de 16.4.2007 reativou as Procuradorias Seccionais de Uruguaiana RS, Cricima SC, Joaaba SC, Santo ngelo RS, Santana do Livramento RS, Bag RS, Cascavel PR, Guarapuava PR, Marab PA, Nova Friburgo RJ, Araatuba SP, Bauru SP, Piracicaba SP e Sorocaba SP. Os Municpios de Bag, Uruguaiana, Guarapuava, Cricima e Santo ngelo tambm so sedes de Escritrios de Representao da AGU - ver as Portarias nos 690, 691,712, 713 e 1.145 de 2006. A Portaria n 604, de 2009, alterou a Portaria n 351, de 2007, para desativar a PSU-Santana do Livramento/RS e a PSU-Nova Friburgo/RJ e reativar a PSU-Pelotas/RS. Em consequncia, a Portaria n 688, de 23.5.2008, que autorizou o funcionamento do Escritrio de Pelotas, foi revogada pela Portaria n 604, de 2009. 154 A Portaria n 774, de 2008 - D. O. de 26.6.2008 instalou as Procuradorias Seccionais de Barreiras/BA, Rio Verde/GO, Imperatriz/MA, Montes Claros/MG, Varginha/MG, Divinpolis/MG, So Joo de Meriti/RJ, Guaratinguet/SP, Dourados/MS, Arapiraca/AL, Mossor/RN, Juazeiro do Norte/CE e Serra Talhada/PE. A Portaria n 774, de 2008 foi alterada pela Portaria n 604,

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    88. As Procuradorias Seccionais da Unio foram criadas pela Lei n 9.028, de 1995 (criou

    41 Seccionais) e pela Lei n 9.366, de 1996 (criou 16 Seccionais), em um total de 57

    Procuradorias. Usando a faculdade prevista no 4 do art. 3 da Lei n 9.028, de 1995 (com a

    redao dada pela Medida Provisria n 1.984-24, de 2000 atual e vigente Medida Provisria

    n 2.180-35, de 2001), foram desativadas dezoito Procuradorias Seccionais da Unio.155

    89. Observa-se que os cargos de Procurador Seccional da Unio foram criados pelas

    Leis n 8.682, de 1993 (1 cargo art. 2), n 9.028, de 1994 (40 cargos art. 9) e n 9.366,

    de 1996 (16 cargos art. 8, pargrafo nico), perfazendo um total de 57 cargos.

    Posteriormente, o art. 13 da mesma Medida Provisria n 2.180-35, de 2001 que autorizou

    a desativao de Procuradorias Seccionais reduziu para trs os dezesseis cargos de

    Procurador Seccional da Unio criados pelo art. 8 da Lei n 9.366, de 1996 e o art. 17, 1,

    da Lei n 10.480, de 2 de julho de 2002, transformou em cargos de Coordenador-Geral os

    cargos de Procurador Seccional da Unio das Procuradorias Seccionais desativadas.

    90. CANAL DO CIDADO. A Advocacia-Geral da Unio lanou em 24 de abril de 2007 o

    Canal do Cidado, para receber, via Internet e por telefone, denncias da sociedade sobre

    atos cometidos contra a Unio. As denncias devem estar relacionadas com assuntos

    tratados pela Instituio, como invaso de imveis ou terras pblicas, funcionamento ilegal de

    casas de bingo, obstruo de rodovias, corrupo, desvio de verbas pblicas federais, meio

    ambiente, reclamao contra servidores e autoridades da administrao, entre outros.156

    91. PROCURADORIA-GERAL FEDERAL. Em prosseguimento ao processo de implantao

    da Procuradoria-Geral Federal, foram adotadas as seguintes medidas:

    foram instaladas as Procuradorias