Saúde (OMS) – é um completo estado de
bem-estar físico, mental e social, e não
meramente ausência de doença.
Saúde (Aurélio) – é o estado do indivíduo
cujas funções orgânicas, físicas e mentais se
acham em situação normal.
CONCEITOS
OBJETO DE TRABALHO DA
FISIOTERAPIA
Fisioterapia: prevenção de doenças?
manutenção da saúde?
promoção da saúde?
Falta de clareza sobre o objeto
de trabalho
Absoluta atenção à doença
Recuperar, reabilitar,
minimizar o sofrimento
ORIGEM DA FISIOTERAPIA
A história da Fisioterapia mostra que a criação
da profissão se deu principalmente em virtude
da demanda que no contexto mundial se
referia às grandes guerras e, no Brasil, aos
acidentes de trabalho e epidemias
Pessoas fisicamente lesadas, mutiladas
Profissional surgiu como recuperador,
reabilitador, preocupado com a “doença”
ORIGEM DA FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA NO BRASIL
No Brasil, a Fisioterapia implantou-se como
possibilidade de “solução” para os altos
índices de acidentes de trabalho existentes
Curar ou reabilitar vítimas desses acidentes
para reintegrá-las ao sistema produtivo
Permanecia como definição da atuação
profissional do Fisioterapeuta:
Atenuar o sofrimento;
Recuperar condições de saúde perdidas;
Reabilitar o indivíduo.
FISIOTERAPIA NO BRASIL
A literatura, principalmente na área de
Epidemiologia Social, permitiu uma nova maneira
de conceber o objeto de trabalho para o campo
da saúde:
as condições de saúde (em qualquer grau que se
apresentem ou possam apresentar)
as variáveis responsáveis por sua ocorrência
(início, manutenção, alteração)
Como aplicar tudo isso em Fisioterapia?
FISIOTERAPIA NO BRASIL
É necessário o estudo de conceitos básicos:
Noção do objeto de trabalho com o qual lida
esse profissional;
Atribuições que lhe são típicas e que
descrevem a sua atuação profissional e
responsabilidade social em relação a esse
objeto.
FISIOTERAPIA NO BRASIL
A necessidade de um exame do objeto de
trabalho deve-se ao fato de:
O mesmo não encontra-se definido (limitação
pela legislação, tradição, ensino e conhecimento
disponível sobre isso);
Falta de conhecimento sobre o objeto de
trabalho que limita o desenvolvimento do
campo profissional.
FISIOTERAPIA NO BRASIL
ANTIGUIDADE
Na Antiguidade, “diferenças incômodas”
já eram tratadas por meios físicos:
◦ 4.000 a.C. e 395 d.C.: Forte preocupação com
as “diferenças incômodas” designadas
“doenças”
ANTIGUIDADE
Diferenças incômodas eram eliminadas por
meio de recursos, técnicas, instrumentos e
procedimentos:
Agentes físicos
eletricidade do peixe-elétrico
(eletroterapia)
movimentos do corpo humano (ginástica)
2698 a. C.: Imperador chinês criou uma
ginástica curativa com exercícios respiratórios
e que evitavam a obstrução dos órgãos
130 a 199 d. C.: Galeno através de uma
ginástica conseguiu corrigir o tórax
deformado de um rapaz
Não haviam estudos! O trabalho era dirigido
pela “doença instalada, visível e incômoda”
ANTIGUIDADE
IDADE MÉDIA
As “diferenças incômodas” eram
consideradas como algo a ser
exorcizado:
Séc. IV e XV: Ordem social estabelecida no
plano divino
Hierarquia: clero, nobreza e camadas
populares
IDADE MÉDIA
Interrupção no avanço dos estudos e atuação na área da saúde
Influência da religião que valorizava o culto da alma, do espírito
O corpo era apenas um recipiente daqueles.
IDADE MÉDIA
Preocupação com o corpo saudável
Séc. XV e XVI: Crescimento da
arquitetura, escultura, pintura, música e novo
enfoque para a política.
Valorização da beleza física
Surgimento das universidades
RENASCIMENTO
RENASCIMENTO
Retomada dos estudos relativos ao cuidado
com o corpo e a revitalização do culto ao
físico.
Ginástica:
Exercícios para conservar um estado
saudável já existente;
Regularidade no exercício;
Exercícios para enfermos;
Exercícios para sedentários.
RENASCIMENTO
Nota-se:
Preocupação com a manutenção das
condições normais já existentes em
organismos sãos
Promoção da saúde
Proteção específica
Medicina preventiva!
RENASCIMENTO
Séc. XVIII e XIX: Época de grande
transformação social determinada pela
produção em grande escala, crescimento das
máquinas.
Intensificação do trabalho operário
(condições sanitárias precárias e condições
alimentares insatisfatórias).
Proliferação de novas doenças!
INDUSTRIALIZAÇÃO
INDUSTRIALIZAÇÃO
Epidemias de cólera e tuberculose,
alcoolismo, acidentes de trabalho, trabalho
infantil e jornada de 16 horas por dia
exigiram da medicina um desenvolvimento
de trabalhos de intervenção e de estudo
sobre as patologias que proliferavam.
INDUSTRIALIZAÇÃO
Evolução dirigida para o atendimento do
indivíduo doente:
Clínica
Cirurgia
Farmacologia
Aplicação de recursos elétricos, térmicos e
hídricos
Aplicação de exercícios físicos
INDUSTRIALIZAÇÃO
Surgia a ideia do atendimento hospitalar!
Predominância de uma assistência curativa,
recuperativa e reabilitadora
Primeiras especializações (cirurgia,
dermatologia e pediatria, psiquiatria,
oftalmologia, otorrinolaringologia)
INDUSTRIALIZAÇÃO
O exercício físico e maneiras de atuação que
caracterizam a Fisioterapia, no início do séc.
XX, são desenvolvidos com uma preocupação
voltada para o tratamento de pessoas
doentes
Início da cinesioterapia e dos fundamentos do
tratamento das enfermidades internas e
ginecológicas
INDUSTRIALIZAÇÃO
Além disso, as guerras e suas consequências
produziram um grande contingente de
pessoas que precisavam de tratamento para
recuperar-se ou reabilitar-se para voltar a
uma atividade social e produtiva.
O importante era não impedir que o
indivíduo produzisse ou que se tornasse um
incômodo ou prejuízo para a sociedade.
INDUSTRIALIZAÇÃO
INDUSTRIALIZAÇÃO
Atenção secundária e terciária em saúde
Ação curativa e reabilitadora declínio
das ações preventivas primárias
Séculos XIX - XX
1879 - Brasil: Atualização dos recursos físicos
1884 - Dr. Arthur Silva: 1º serviço da América do
Sul
1919 - Dr. Raphael de Barros: Departamento de
Eletricidade Médica da USP
1930 - Dr. Waldo Rolim de Moraes: Fisioterapia do
Hospital das Clinicas
A Fisioterapia sofreu oscilações do decorrer
da história
Voltada sempre aos indivíduos doentes
Essas questões necessitam de um exame
mais detalhado do objeto de estudo da
Fisioterapia no mundo e no Brasil.
CONCLUSÃO
Referências Bibliográficas
PLT - Pinheiro, G. B. Introdução à Fisioterapia. 1ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009 (Cap. 2)
Rebelatto, J. R. Fisioterapia no Brasil. 2ªed. São Paulo: manole, 2004. (capitiulo II, p.29-44)
REBELATTO, José Rubens; BOTOMÉ, Sílvio Paulo. Fisioterapia no Brasil: Fundamentos para uma Ação Preventiva e Perspectivas Profissionais. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1999. (Cap. I – III)
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